Buscar

APOSTILA PREPARATÓRIA PARA O EXAME DE MESTRE AMADOR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

APOSTILA PREPARATÓRIA 
PARA O EXAME DE 
MESTRE AMADOR. 
OBTENÇÃO DA HABILITAÇÃO 
PARA CONDUZIR 
EMBARCAÇÕES NA 
ATIVIDADE DE ESPORTE E 
RECREIO, NOS LIMITES DA 
NAVEGAÇÃO COSTEIRA. 
 
M
ES
TR
E-
A
M
A
D
O
R 
 
 
1ª Edição – Abril 2014 
 
 
COMUNICADO 
 
Esta edição da apostila de Mestre-Amador está de acordo 
com a Norma da Autoridade Marítima – NORMAM-03/DPC, 
atualizada pela Portaria nº 48, de 20 de fevereiro de 2014, 
decorre do que estabelece a Lei nº 9.537, de 11 de dezembro 
de 1997, que dispõe sobre a segurança do tráfego aquaviário 
– LESTA, e do Decreto nº 2.596 de 18 de maio de 1998 – 
RLESTA, que a regulamenta. 
 
 
 
 
www.portaldoamador.com.br 
 
Í N D I C E 
 
 Unidade 1 - Fundamentos da Navegação 01 
 
 Unidade 2 - Cartas Náuticas 08 
 
 Unidade 3 - Publicações de Auxílio à Navegação 20 
 
 Unidade 4 - Instrumentos de Auxílio à Navegação 31 
 
 Unidade 5 - Radar e GPS 43 
 
 Unidade 6 - Noções de Funcionamento da EPIRB 59 
 
 Unidade 7 - Noções de Estabilidade 63 
 
 Unidade 8 - Meteorologia 70 
 
 Unidade 9 - Navegação e Balizamento (RIPEAM) 87 
 
 Unidade 10 - Sobrevivência no Mar 102 
 
 Unidade 11 - Navegando com Agulhas Magnéticas 113 
 
 Unidade 12 - Rumos e Marcações 120 
 
 Unidade 13 - Posição no Mar 128 
 
Carta Especial para Instrução 13006: 
↘ Disponível em: http://www.portaldoamador.com.br/paginas/downloads.html 
 
 
 
 
 
www.portaldoamador.com.br [FUNDAMENTOS DA NAVEGAÇÃO] 
 
 Mestre-Amador 1 
 
Unidade 1: 
Nesta unidade, você terá uma visão geral dos diferentes tipos e métodos de navegação; conhecerá as 
principais linhas, pontos e planos do globo terrestre; aprenderá sobre o sistema de coordenadas 
geográficas; verá as unidades de medidas usadas na navegação, e entenderá sobre as diferenças 
entre Loxodromia e Ortodromia, suas vantagens e desvantagens. 
 
Navegação 
 
Que navegar, alem de ciência, é uma arte, todos os bons 
navegantes já sabem. Eis aqui a definição universal de 
navegação: “Navegação é a ciência e a arte de conduzir uma 
embarcação de um ponto a outro da superfície da Terra com 
segurança”. Para tal o navegante considera informações sobre 
cartografia, meteorologia, auxílios à navegação, sistemas de 
posicionamento, perigos existentes e outros. 
 
Tipos e Métodos de 
Navegação 
 
 
 
Observação: 
- Os valores e definições apresentados para 
águas restritas, costeira e oceânica, tem 
como referência a Norma para o navegante 
amador (NORMAM-03/DPC). 
 
 
Pontos Notáveis 
- São normalmente pontos conhecidos 
devidamente representados nas Cartas 
Náuticas. São exemplos de pontos notáveis: 
montanhas, pontas, cabos, ilhas, faróis, 
torres, edifícios, faroletes, igrejas e outros, 
existentes ou dispostos, em terra, para 
determinar a posição da embarcação no 
mar. 
Basicamente, quanto à distância em que se navega da costa 
ou obstáculos mais próximos, a navegação pode ser de três 
tipos principais: 
≈ Navegação em Águas Restritas – também denominada 
Navegação Interior é aquela que se pratica em águas 
consideradas abrigadas, tais como no interior de portos, 
baías, canais, rios, lagos e lagoas. É, também a navegação 
utilizada próximo à costa (ou perigo mais próximo) menores 
que 3 milhas náuticas de terra. É o tipo de navegação que 
exige maior precisão. (Arrais-Amador, Veleiro e Motonauta). 
≈ Navegação Costeira – é a navegação que se faz ao longo da 
costa, entre portos nacionais e estrangeiros, dentro dos 
limites de visibilidade da costa, à vista de terra, não 
excedendo a 20 milhas náuticas. Na navegação costeira a 
posição da embarcação é determinada visualmente, 
tomando-se por referências, pontos notáveis
≈ Navegação Oceânica – também definida como sem 
restrições, isto é, aquela realizada fora dos limites de 
visibilidade da costa, além das 20 milhas náuticas, e sem 
outros limites estabelecidos. É caracterizada quando a 
embarcação navega suficientemente afastada de terra e 
áreas de tráfego nas quais os perigos de águas rasas e de 
abalroamento são relativamente pequenos. (Capitão-
Amador). 
 em terra, tais 
como: pontas, ilhas, faróis, torres, edificações etc. (Mestre-
Amador). 
 
Em qualquer um dos tipos de navegação, o nauta poderá se 
valer de um ou mais métodos para determinar a posição da 
embarcação no mar. Os principais são: 
≈ Navegação Astronômica – método em que o navegante 
determina a posição da embarcação pela observação dos 
astros (Sol, Lua, planetas e estrelas). Normalmente, só é 
utilizada em alto-mar (navegação oceânica). 
≈ Navegação Visual – método que tem por princípio 
determinar o rumo ou rota da embarcação com base em 
pontos notáveis em terra ou na costa (visual), valendo-se de 
www.portaldoamador.com.br [CARTAS NÁUTICAS] 
 
 Mestre-Amador 8 
 
Unidade 2 
Nesta unidade, você conhecerá as cartas náuticas e as suas múltiplas informações; terá uma visão 
geral dos sistemas de projeção, escalas, informações contidas na carta, cores e manuseio, com 
ênfase à carta náutica na projeção de Mercator. 
 
Cartas Náuticas 
 
 
 
A navegação considerada em nosso estudo é 
aquela realizada em meio aquático, seja ela 
marítima, fluvial ou lacustre. Para tanto, 
utiliza-se o termo “carta náutica”, que é o 
documento cartográfico resultante de 
levantamentos de áreas navegáveis por 
embarcações. 
Uma carta náutica é na realidade um mapa que tem como 
propósito servir de ferramenta à navegação em meio aquático. 
Suas informações compreendem levantamentos de áreas 
oceânicas, mares, baías, rios, canais, lagos, lagoas, ou qualquer 
outra massa d’água navegável; representam ainda os acidentes 
terrestres e submarinos, fornecendo informações sobre 
profundidades, perigos à navegação (bancos, pedras 
submersas, cascos soçobrados ou qualquer outro obstáculo à 
navegação), e ainda, natureza do fundo, fundeadouros, áreas 
de fundeio, auxílios à navegação (faróis, faroletes, boias, 
balizas, luzes de alinhamento, radiofaróis etc.), altitudes e 
pontos notáveis aos navegantes, linha da costa e de contorno 
de ilhas, elementos de marés, correntes e magnetismo e outras 
indicações necessárias à segurança da navegação. As cartas 
náuticas estão associadas a um sistema de coordenadas 
(latitude e longitude) que permite a obtenção da localização de 
qualquer ponto que represente. Além das cartas convencionais 
(em papel), existem as cartas náuticas digitais, que podem ser 
de dois tipos: eletrônica (vetorial) e RASTER, as quais podem, 
em certas condições, substituir as cartas convencionais. 
Para melhor compreender a cartografia náutica é 
fundamental iniciarmos o estudo descrevendo a necessidade de 
representar a terra num plano e das técnicas de projeção, pois 
assim você estará mais contextualizado. 
 
Necessidade de 
Representar a Terra num 
Plano 
 
 
 
Navegação Aquaviária 
- É a navegação realizada por barcos, navios 
e outros meios aquáticos, utilizando um 
corpo de água, tais como oceanos, mares, 
lagos, lagoas, rios, ou outros canais 
navegáveis. 
O globo terrestre é a representação mais fiel do planeta, 
mas é difícil de ser manuseado. Entre suas limitações, podemos 
citar duas principais: 
 O globo impossibilita a visão de toda a Terra 
simultaneamente. 
 A curvatura acaba dificultando possíveis medições de 
distâncias. 
Assim, apesar da semelhança de forma, o globo não é 
funcional para muitas finalidades, em especial, para a 
navegação aquaviária e precisa ser substituído pelas cartas 
náuticas. 
As cartas, por sua vez, constituem uma representação plana 
reduzida – total ou parcial – da superfície terrestre. No entanto, 
a construção de uma carta apresenta dois grandes desafios: 
 Representar a curvatura do geoide (formato da Terra), 
num plano; e Representar as dimensões da superfície terrestre numa 
folha de papel, que é muito menor. 
Para solucionar esse problema, a cartografia desenvolveu 
um método para representar a superfície terrestre numa 
superfície plana (na carta) chamada de projeção. 
www.portaldoamador.com.br [PUBLICAÇÕES DE AUXÍLIO À NAVEGAÇÃO] 
 
 Mestre-Amador 20 
 
Unidade 3: 
Nesta unidade, você vai conhecer as principais publicações de auxílio à navegação, que são de 
interesse dos navegantes das embarcações de esporte e recreio, exceto as miúdas, cujas informações 
complementam e ampliam os elementos fornecidos pelas Cartas Náuticas Brasileiras. 
 
Publicações de Auxílio à 
Navegação 
 
 
 
Na unidade 2, você aprendeu que a carta náutica é o 
principal documento de auxílio à navegação aquaviária, 
oferecendo o posicionamento geográfico da embarcação, 
delimitando áreas que devam ser evitadas e determinando a 
derrota com segurança. No entanto, ela não suporta sozinha a 
totalidade das informações necessárias ao navegante. Assim, a 
Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), edita outros 
documentos cartográficos auxiliares, que tem como principal 
objetivo oferecer informações complementares as cartas 
náuticas, referentes à navegação aquaviária, publicações essas, 
que devemos ter a bordo, devidamente atualizadas, para serem 
consultadas, sempre que for necessário. Vejamos algumas 
dessas publicações: 
 
Catálogo de Cartas e 
Publicações 
 
 
 
Fonte: 
http://www.mar.mil.br/dhn/chm/publicacao/cata
logo/ 
 
 
Na Internet 
- O Catálogo de Cartas e Publicações você 
encontra disponível para download gratuito 
no endereço: 
http://www.mar.mil.br/dhn/chm/publicacao
/catalogo/catalogo.htm 
Acesso em: 19/02/2014 
 
Consiste de um catálogo que relaciona todas as cartas 
náuticas, publicações e impressos em geral editados pela DHN. 
As informações contidas no catálogo dividem-se em quatro 
partes: 
Parte 1 – traz a relação de todas as cartas publicadas 
(Marítimas, Fluviais, Lacustres, Especiais e Meteorológicas). 
Parte 2 – apresenta os vinte (20) índices em que as cartas 
são distribuídas. Cada índice contém uma relação detalhada das 
cartas do trecho representado, com área de abrangência, título, 
escala e o ano da primeira e da última edição, a fim de dar ao 
navegante ciência do estado de atualização das cartas, que 
devem ser constantemente revistas. Foram incluídas nesta 
parte as cartas do II Plano Cartográfico Náutico Brasileiro. 
Parte 3 – relaciona todas as publicações e impressos 
editados pela DHN, de interesse exclusivo à navegação. 
Parte 4 – relaciona todas as Cartas Eletrônicas da DHN 
disponíveis para aquisição junto ao Centro Internacional de 
Cartas Náuticas Eletrônicas – IC-ENC (www.ic-enc.org) ou 
Primar (www.primar.no). 
 
Quando usar? 
Na prática, o Catálogo de Cartas e Publicações é para ser 
consultado sempre antes de adquirir uma carta ou publicação, e 
por ocasião do planejamento de uma viagem, pois ele nos ajuda 
a selecionar as cartas e publicações náuticas necessárias para 
execução de uma determinada derrota a ser percorrida por 
uma embarcação. 
 
Roteiro O Roteiro complementa as cartas náuticas brasileiras, 
oferecendo subsídios para melhor avaliar as informações das 
cartas na navegação ao longo da costa ou dos canais e nas 
aterragens, assim como conhecer os regulamentos, recursos e 
www.portaldoamador.com.br [INSTRUMENTOS NÁUTICOS DE AUXÍLIO À NAVEGAÇÃO] 
 
 Mestre-Amador 31 
 
Unidade 4: 
Nesta unidade, você terá uma visão geral dos principais instrumentos de auxílio à navegação; 
entenderá como funcionam as agulhas (magnética e giroscópica); odômetro (de fundo e de 
superfície); ecobatímetro e prumo de mão; alidade e outros de fundamental importância para uma 
navegação segura. 
 
Instrumentos de Auxílio à 
Navegação 
 
Singradura 
- Caminho, rota que uma embarcação 
percorre em determinado tempo. 
 
Dotação de Equipamentos de Navegação 
- É responsabilidade do Comandante, dotar 
a sua embarcação com equipamentos de 
navegação compatíveis com a singradura 
que irá empreender. (NORMAM-03/DPC). 
 
 
 
A escolha dos instrumentos que se deve ter a bordo 
depende de alguns fatores, dentre os quais se destacam o 
tamanho da embarcação, a singradura que irá empreender e 
os recursos disponíveis a bordo. Aqui vamos conhecer, sem 
entrar em detalhes técnicos, alguns dos equipamentos de 
auxílio à navegação comumentes encontrados na maioria das 
embarcações de esporte e recreio (lazer) utilizadas na 
navegação costeira, estimada e em águas restritas. 
Os instrumentos náuticos são utilizados basicamente para 
se obter as direções no mar (rumos e marcações), medir e 
determinar a velocidade e a distância percorrida por uma 
embarcação, medir as distâncias no mar, medir 
profundidades, desenho e plotagem, ampliação do poder de 
visão do navegante, entre outros. Vejamos alguns desses 
instrumentos: 
 
Instrumentos para Medidas de Direções no Mar 
 
Agulhas Náuticas 
(Bússolas) 
 
 
 
 
 
 
 
Agulha Magnética 
 
A Agulha Magnética pode ser: 
- Eletrônica: baseia seu funcionamento na 
medida do campo magnético terrestre - 
apresentação digital de rumos. 
- Giromagnética: combina os efeitos do 
magnetismo e do giroscópio. 
Um dos problemas principais da navegação é determinar a 
direção no mar (rumos e marcações) a seguir para ir de um 
ponto a outro na superfície terrestre, bem como determinar a 
posição da embarcação em função de pontos de terra quando 
dentro do alcance visual. A solução de ambos exige que se 
conheça uma orientação e esta é obtida pelas Agulhas 
Náuticas. 
As agulhas náuticas podem ser Magnéticas e Giroscópicas. 
 
 Vejamos cada uma delas: 
 
Agulha Magnética 
 A bússola, mais conhecida pelos Marinheiros como Agulha 
é o instrumento de navegação mais importante a bordo ainda 
hoje. O seu princípio de funcionamento é, um ferro natural ou 
artificialmente magnetizado tem em se orientar segundo a 
direção do campo magnético da Terra. A agulha magnética é 
constituída de um grupo aglutinado de leves barras 
magnetizadas e paralelas que se fixam na parte inferior de um 
disco graduado de 000° a 360° (rosa dos ventos). 
Independente de onde se pretende navegar, todas as 
embarcações, com exceção das miúdas devem ser equipadas 
com agulha magnética de governo. As embarcações com 
comprimento igual ou maior que 24 metros deverão possuir, 
também, certificado de compensação ou curva de desvio da 
agulha atualizada a cada dois (2) anos. 
 
www.portaldoamador.com.br [NOÇÕES DE RADAR E GPS] 
 
 Mestre-Amador 43 
 
Unidade 5 
Esta unidade tem como propósito, apresentar noções de navegação radar e operação dos sistemas 
de navegação por satélite (GPS e DGPS). 
 
Radar 
 
 
Antena radar 
 
 
 
 
 
Principais funções do Radar 
- Marcação e distância que determinado 
alvo se encontra da nossa embarcação. 
 
 
RADAR, significa Radio Detection And 
Ranging . 
 
Uso do Radar 
- O radar é usado para detectar e 
acompanhar todos os tipos de objetos – 
alvos de superfície, aeronaves ou mísseis 
numa área muito grande ao redor da 
instalação do radar. 
 
 
 
 
 
O termo “Radar” deriva da expressão inglesa “Radio 
Detecting And Ranging“ (Radio Detecção e Medição de 
Alcance), o que significa: Detecção e determinação da distância 
por intermédio das ondas de rádio do espectro 
eletromagnético. 
As principais informações fornecidas pelo radar são a 
distância, a direção (marcação), a altitude e a velocidade de 
alvos acima d’água, no ar e em terra, ou até mesmo no espaço, 
caso o radar seja adequado. Seu funcionamento baseia-se na 
medição do tempo necessário para que a onda eletromagnética 
por sua antena ao encontrar um alvo regresse à mesma antena 
sob a forma de um eco.Além disso, sendo sua antena 
direcional, a direção de onde provém, o eco, que nada mais é 
do que a marcação do alvo pode ser também determinada. Na 
prática, o radar usa a reflexão de ondas-rádio para detectar 
objetos que não são visíveis normalmente, por estarem na 
escuridão, ocultos por nevoeiros ou por estarem a grandes 
distâncias. 
A antena do radar gira para que seja possível determinar a 
marcação do alvo, ou seja, sua direção. No instante em que a 
antena alinha-se com esse alvo, ela pode percebê-lo pela 
recepção do eco do pulso de ondas eletromagnéticas emitidas 
originalmente pelo radar. 
A Imagem radar necessita ser interpretada, pois nem 
sempre coincide com a visão real. Observe a figura (ao lado), 
que representa a tela do radar que detectou a linha da costa e a 
imagem real correspondente. 
Podemos verificar que o radar fornece ao navegante, 
distâncias e posições reais de objetos (linha da costa, ilhas, 
outras embarcações etc.) em uma determinada escala. Logo, 
com o radar é possível executar uma navegação costeira, isto 
é, fazer marcações e obter distâncias de ponto notáveis que 
estejam identificados pelas cartas náuticas, principalmente 
quando existirem dificuldades de executar uma navegação 
visual, como, por exemplo, quando se está navegando muito 
distante da costa, quando se está navegando à noite ou em 
condições adversas de tempo, tais como, em temporais e 
nevoeiros. 
Além disso, o radar é muito útil para a segurança da 
navegação na entrada e saída de portos, navegação fluvial e 
lacustre e para o controle do tráfego adjacente, ou seja, o 
controle das embarcações que estejam navegando próximo, a 
fim de identificar se existem riscos de abalroamento. 
 
www.portaldoamador.com.br [NOÇÕES DE FUNCIONAMENTO DA EPIRB] 
 
 Mestre-Amador 59 
 
Unidade 6 
Nesta unidade, você vai conhecer algumas noções básicas de funcionamento da EPIRB. 
 
EPIRB 
 
 
 
Fonte: http://pt.wikipedia.org 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COSPAS – Satélites Russos 
SARSAT – Satélites Americanos. 
 
SAR 
- Sigla do Inglês “Search and Rescue”, 
significa Busca e Salvamento. No Brasil 
todos os órgãos componentes de um Serviço 
de Busca e Salvamento Marítimo, a exceção 
do Sistema de Alerta, estão estruturados nas 
Organizações Militares da Marinha do Brasil, 
sendo, portanto, designado como Serviço de 
Busca e Salvamento da Marinha – 
SALVAMAR BRASIL. 
 
Na Internet 
- Saiba mais sobre o SALVAMAR BRASIL, 
acessando o endereço: 
https://www.mar.mil.br/salvamarbrasil/ 
 
O que é EPIRB? 
É uma Radiobaliza Indicadora de Posição em Emergência, 
(acrônimo do inglês Emergency Position Indicating Radio 
Beacon) destinada a transmitir um sinal que identifique uma 
embarcação ou aeronave em perigo e determine sua 
localização, facilitando os trabalhos de busca e resgate, através 
do Sistema Marítimo Global de Socorro e Segurança (GMDSS). 
 
GMDSS 
Iniciado pela Organização Marítima Internacional (IMO), 
em 1988, é um sistema internacional que utiliza tecnologia 
terrestre e satelital com sistemas de rádio a bordo dos navios 
para assegurar um rápido e automático envio de um sinal de 
socorro a uma central de comunicações em terra e às 
autoridades de resgate, em adição aos navios e estações que se 
encontram nas proximidades de um incidente. 
Basicamente, este sistema tem a finalidade de automatizar 
as comunicações de socorro entre os navios e os Centros de 
Coordenação de Salvamento (RCC) e Subcentros de 
Coordenação de Salvamento (RSC) distribuídos ao longo do 
litoral marítimo e fluvial, fazendo conhecer a situação de 
emergência a toda embarcação próxima a um sinistro a fim de 
que coopere nas tarefas de salvamento. 
Aplicável a todos os navios de passageiros carregando 
mais de doze (12) passageiros em viagens internacionais ou em 
mar aberto e de carga de 300 toneladas e acima, quando 
navegando em viagens internacionais ou em mar aberto, o 
GMDSS exige que os navios recebam transmissões de 
informações de segurança marítima, e levem uma radiobaliza 
satelital (EPIRB) de 406 MHz. 
 
Satélites do Sistema 
≈ COSPAS-SARSAT – é um sistema de satélites desenvolvido 
para fornecer alertas de perigo e dados de localização em 
coordenadas geográficas aos RCC para auxiliar nas 
operações do Serviço de Busca e Salvamento (sigla SAR), 
designado para detectar e localizar sinais de balizas de 
emergência (EPIRB) que transmitam durante situações de 
perigo na frequência de 406 MHz. 
≈ INMARSAT – é um sistema que emprega quatro satélites 
geoestacionários, situados a cerca de 36000 km acima do 
Equador, voltados para prover aos navios com estações 
terrenas de navio (SES), com recursos de alerta e socorro e 
capacidade de comunicações ponto a ponto utilizando 
correio eletrônico, fac-símile, transmissão de dados e 
radiotelefonia. Tem a limitação de não oferecer cobertura 
além dos paralelos 70⁰ Norte e Sul. 
 
www.portaldoamador.com.br [NOÇÕES DE ESTABILIDADE DE UMA EMBARCAÇÃO] 
 
 Mestre-Amador 63 
 
Unidade 7: 
Nesta unidade, você vai conhecer algumas noções básicas e recomendações sobre estabilidade de 
uma embarcação. Matéria básica para realização do Exame de Mestre-Amador. 
 
Contribuições de 
Arquimedes 
 
 
 
Arquimedes (282-212 a.C.) 
Inventor e matemático grego. 
 
 
 
 
 
 
Vamos começar com uma pergunta: POR QUE OS BARCOS 
FLUTUAM? 
 
Embora esse não fosse o questionamento de Arquimedes, 
contam os livros, que esse sábio descobriu, enquanto tomava 
banho, que um corpo imerso na água se torna mais leve devido 
a uma força, exercida pelo líquido sobre o corpo, vertical e para 
cima, que alivia o peso do corpo. Força essa, denominada 
empuxo. 
O Princípio de Arquimedes é fundamental para 
entendermos porque um navio flutua e pode assim ser 
enunciado: 
 “Todo corpo mergulhado num fluido em repouso sofre, por parte 
do fluido, uma força vertical para cima, chamada empuxo, cuja 
intensidade é igual ao peso do fluido deslocado pelo corpo”. 
 
Então, quando um objeto está na água (que é um fluído) 
duas forças atuam sobre ele, o peso (P) do corpo, agindo 
verticalmente para baixo (devido à influência do campo 
gravitacional da terra), e a força de empuxo (E) exercida pela 
água, verticalmente para cima. Assim, podemos afirmar que, é 
a existência do empuxo que faz com que os corpos 
mergulhados em um fluido pareçam pesar menos do que 
realmente pesam. É o que chamamos de peso aparente, 
expresso pela diferença entre o peso real e o empuxo. 
 
Características Lineares de 
uma Embarcação 
 
 
 
 
Para compreender melhor o que será apresentado nesta 
unidade, vamos recapitular algumas características lineares de 
uma embarcação: 
A medida longitudinal da embarcação é chamada 
comprimento; e a sua medida transversal, é chamada boca, 
medido de borda a borda. O calado é a medida da altura, desde 
a quilha (fundo da embarcação) até a linha d´água (superfície 
da água), quando a embarcação está flutuando. O calado é 
marcado em escalas a vante, a ré e a meio navio. A linha 
d’água ou linha de flutuação é a interseção da superfície da 
água com o costado da embarcação. É também chamada de 
linha d’água a faixa pintada no casco entre os calados máximo 
(a plena carga) e leve (embarcação vazia). O pontal ou pontal 
moldado é a medida vertical entre o convés principal e a 
quilha. A borda Livre é a distância vertical entre a linha de 
flutuação (superfície da água) até o convés principal, medido a 
meio navio. A superfície do casco que fica mergulhada na água 
é chamada obras vivas ou carena; e a parte que fica acima da 
linha d’água, é chamada obras mortas. 
www.portaldoamador.com.br [METEOROLOGIA] 
 
 Mestre-Amador 70 
 
Unidade 08: 
Nesta unidade, você vai estudar Meteorologia:Interpretação de Cartas Sinóticas; Boletins 
Meteorológicos; imagens satélite e avisos de mau tempo; características das frentes, nevoeiros, 
nuvens e ciclones extratropicais; principais instrumentos meteorológicos e noções dos ventos 
predominantes na costa do Brasil. 
 
Meteorologia 
 
Competências 
- O Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), 
coordenado pela Diretoria de Hidrografia e 
Navegação (DHN) é por lei o órgão, 
responsável pela operação do serviço 
meteorológico marinho. Pela legislação 
brasileira a Marinha tem responsabilidade 
pela meteorologia marinha. Toda a área 
oceânica adjacente ao nosso litoral é de 
responsabilidade da Marinha do Brasil. 
 
Ciência da atmosfera. 
Segundo a Organização Meteorológica Mundial, 
Meteorologia é o estudo de todos os fenômenos diferentes de 
uma nuvem. É a parte da física que estuda os fenômenos 
atmosféricos, também chamados de meteoros. A meteorologia 
tem como atividades básicas a pesquisa, a análise e o registro 
dos dados meteorológicos, atividades essas que, no seu 
conjunto recebem o nome de observação meteorológica. Entre 
suas principais atividades, cabe determinar as condições do 
tempo presente em uma determinada localidade ou região, 
bem como suas probabilidades de evolução futura, resultando 
em um conjunto de informações prováveis denominadas 
previsão do tempo. 
 
Atmosfera 
 
Atmosfera 
- A massa de ar que envolve a Terra. 
 
 
Massa gasosa que acompanha os movimentos da Terra 
(rotação e translação). O Ar atmosférico é composto por uma 
mistura de gases. Os gases mais importantes são o Nitrogênio e 
o Oxigênio, que representam 78% e 20,95% do volume total, 
respectivamente, e o restante, 0,97% de outros gases nobres. 
Além disso, compõem o ar atmosférico: vapor d’água; e 
impurezas (poeira, fumaça, sal etc.), sendo estes os mais 
importantes na formação dos fenômenos meteorológicos, que 
ocorrem principalmente na Troposfera. 
 
Camadas da Atmosfera 
 
 
 
 
Fonte: www.mundoeducacao.com 
 
 
 
 
Em razão de suas características, diretamente associadas 
aos eventos meteorológicos que produzem, as seguintes 
camadas atmosféricas são consideradas principais ou mais 
importantes no estudo dos fenômenos meteorológicos: 
≈ Troposfera – também denominada baixa atmosfera é a 
camada da atmosfera em que vivemos e respiramos. É a 
primeira camada e a mais importante para a vida na Terra, 
pois é onde ocorre a maioria dos fenômenos 
meteorológicos (chuvas, formação de nuvens, relâmpagos). 
A temperatura do ar varia verticalmente na atmosfera, 
diminuindo com a altitude, ao longo da troposfera, ou seja, 
à medida que vamos subindo a temperatura vai caindo. 
≈ Estratosfera – camada situada logo acima da troposfera. 
Nessa camada a temperatura é praticamente constante. É 
onde se localiza a camada de ozônio, que funciona como 
uma espécie de filtro natural do planeta Terra, protegendo-
a dos raios ultravioletas do Sol. 
≈ Mesosfera - camada localizada imediatamente acima da 
estratosfera. Nessa camada o comportamento da 
temperatura é irregular, aumentando, de maneira geral com 
a altitude. É onde ocorre o fenômeno da 
www.portaldoamador.com.br [NAVEGAÇÃO E BALIZAMENTO] 
 
 Mestre-Amador 87 
 
Unidade 09: 
Nesta unidade, você verá Noções Básicas de Luzes de Navegação, Luzes Especiais e Regras de 
Governo; Sistema de Balizamento Marítimo da IALA B; Sinais de Perigo e Sinais Diversos. 
 
RIPEAM 
 
 
 
RIPEAM 
Entrada em vigor: 15/julho/1977 
Resumo: 
Esse regulamento tem sua primeira 
versão em 1889 e vem sendo 
aprimorado ao longo dos anos sempre 
com o objetivo de estabelecer e 
padronizar as luzes, marcas e sinais 
(sonoros e luminosos) de navegação, 
assim como os procedimentos para 
manobra, de forma a constituir um 
tráfego marítimo internacional 
organizado e seguro. 
 
 
Finalidade do RIPEAM 
- Evitar abalroamento no mar, 
utilizando-se regras internacionais de 
navegação, luzes, marcas e sinais. 
 
Aplicação do RIPEAM 
- As regras do RIPEAM se aplicam a 
todas as embarcações em mar aberto 
e em todas as águas a este ligadas, 
navegáveis por navios de alto mar, e 
para embarcações em águas 
interiores. 
 
Hidroavião 
- A palavra “hidroavião” designa 
qualquer aeronave projetada para 
manobrar na água. 
A “Convenção sobre o Regulamento Internacional para Evitar 
Abalroamento no Mar” (COLREG), conhecida no Brasil como 
RIPEAM, foi adotada pela Organização Marítima Internacional 
(IMO), no ano de 1972 e entrou em vigor, internacionalmente, 
em 1977. O RIPEAM apresenta medidas para evitar 
abalroamento no mar, utilizando-se regras internacionais de 
navegação, luzes e marcas e ainda sinais sonoros, 
convencionadas pelos países membros da IMO e que 
padronizam as ações e manobras, a fim de evitar acidentes 
envolvendo mais de uma embarcação. O RIPEAM é composto 
de 38 regras, 4 anexos e incorpora as emendas de 1981, 1987, 
1989, 1993 e 2001. 
 
Palavras e Termos utilizados pelo RIPEAM: 
 A palavra “embarcação” designa qualquer engenho ou 
aparelho, inclusive veículos sem calado (sobre colchões de 
ar) e hidroviários, usado ou capaz de ser usado como meio 
de transporte sobre a água. 
 O termo “embarcação de propulsão mecânica” designa 
qualquer embarcação movimentada por meio de máquinas 
ou motores. 
 O termo “embarcação à vela” designa qualquer 
embarcação sob vela, ou seja, com a máquina de propulsão, 
se houver, não esteja em uso. 
 O termo “embarcação engajada na pesca” designa 
qualquer embarcação pescando com redes, linhas, redes de 
arrasto ou qualquer outro equipamento que restringe sua 
manobrabilidade. A pesca de anzol não se inclui nesta 
definição. 
 O termo “embarcação sem governo” designa uma 
embarcação que se encontra incapaz de manobrar. 
 O termo “em movimento” se aplica a todas as embarcações 
que não se encontram fundeadas, amarradas a terra ou 
encalhadas. 
 O termo “embarcação com capacidade de manobra 
restrita” designa uma embarcação que devido a natureza 
de seus serviços, se encontra restrita em sua capacidade de 
manobrar. 
 O termo “embarcação restrita devido ao seu calado” 
designa uma embarcação que, devido ao seu calado em 
relação à profundidade e largura de um canal, está com 
severas restrições de manobra. 
 O termo “no visual” significa que uma embarcação observa 
a outra visualmente. 
 O termo “visibilidade restrita” se aplica a qualquer 
condição na qual a visibilidade é prejudicada por nevoeiro, 
névoa, chuva, tempestade ou qualquer causa semelhante. 
www.portaldoamador.com.br [SOBREVIVÊNCIA NO MAR E MATERIAL DE SALVATAGEM] 
 
 Mestre-Amador 102 
 
Unidade 10: 
Nesta unidade, você terá uma visão geral sobre o material de salvatagem previstos para 
embarcações de esporte e/ou recreio; e terá uma noção sobre Sobrevivência no Mar. 
 
Salvatagem 
 
 
 
 
Desde que o homem lançou-se ao mar, passou a conviver 
com sinistros envolvendo suas embarcações. Por mais 
modernos que sejam os sistemas de prevenção, por mais que 
se observem as medidas de segurança, em tempo algum será 
possível eliminar definitivamente o risco de acidentes no mar. 
Por isso, torna-se necessário, que todo o pessoal embarcado 
saiba utilizar os equipamentos de salvatagem disponíveis para 
uma eventual faina de abandono e conheça os procedimentos 
básicos de Busca e Resgate (Search And Rescue) - SAR. 
 
Os recursos de salvatagem normalmente encontrados nas 
embarcações são os coletes salva-vidas, boias circulares, balsas 
salva-vidas e os equipamentos de sinalização de emergência. 
 
Material de Salvatagem 
 
 
Homologação 
- Cabe a Diretoria de Portos e Costas 
(DPC), a emissão do certificado de 
homologação de todo componente, 
acessório, dispositivo, equipamento ou 
outro produto cuja homologação pelo 
GovernoBrasileiro, seja requerida por 
regulamentos nacionais e 
internacionais, para aplicações em 
embarcações, plataformas e atividades 
náuticas esportivas. 
 
As Normas marítimas brasileiras determinam que todas as 
embarcações devam ter a bordo equipamentos de salvatagem. 
Esses equipamentos é que vão facilitar os procedimentos de 
emergência para garantir a sobrevivência das pessoas caso 
ocorra um naufrágio. Existem dois tipos de equipamentos de 
salvatagem: Os equipamentos individuais e os coletivos. 
 
São exemplos de equipamentos individuais de salvatagem 
os coletes salva-vidas e a boias circulares. 
 
São exemplos de equipamentos coletivos de salvatagem as 
balsas infláveis e baleeiras. 
Coletes Salva-Vidas 
 
Coletes Infláveis 
- Devem ser inflados quando já estiver 
dentro da água. 
Uso do Colete 
- O colete deve ser amarrado ao corpo, 
com a parte flutuante para frente. 
- É conveniente que antes de uma 
viagem se faça uma demonstração 
para todos embarcados, da forma de 
uso dos coletes salva-vidas. Saber 
vestir o colete corretamente já salvou 
muitas vidas nos casos de abandono 
de uma embarcação. 
 
Uso de roupas protetoras (Neoprene): 
- Nas motos aquáticas, trajes normais 
de banho não oferecem a proteção 
adequada contra fortes jatos de água 
como, por exemplo, os da saída da 
turbina. Além disso, é recomendado 
usar calçados, luvas e óculos de 
proteção. 
É o principal e mais comum equipamento de salvatagem a 
bordo de uma embarcação. Podem ser infláveis ou rígidos 
(conhecidos como coletes de paina, estes são normalmente 
utilizados nas embarcações de esporte e/ou recreio). 
São normalmente fabricados em cinco tamanhos básicos: 
extragrande, para adultos acima de 110kg, grande, para adultos 
de 55 a 110kg, médio, para pessoas de 35 a 55kg, pequeno, 
para crianças de 25 a 35kg, e pequeno para crianças de 25kg. 
Podem ser do tipo canga (de vestir pela cabeça) ou do tipo 
jaqueta ou jaleco (de vestir como paletó). Normalmente 
possuem os seguintes acessórios: apito, lanterna, bateria e 
faixas adesivas refletoras. Os coletes infláveis contem ainda: 
ampola de CO2, alça de pick-up e linha de agregação (utilizado 
para manter os náufragos reunidos), e pó marcador. 
É importante que todos os tripulantes saibam vestir os 
coletes, para que eles sejam utilizados adequadamente quando 
se fizerem necessários. 
 Todos os ocupantes de moto aquática devem utilizar 
coletes salva-vidas classe V ou superior, homologados pela 
Marinha do Brasil. Os condutores, tripulantes e passageiros das 
www.portaldoamador.com.br [NAVEGANDO COM AGULHAS MAGNÉTICAS] 
 
 Mestre-Amador 113 
 
Unidade 11: 
Nesta unidade, você estudará o magnetismo terrestre; princípio de funcionamento das agulhas 
magnéticas; declinação magnética; desvio da agulha; curva de desvios da agulha; compensação da 
agulha e variação total da agulha magnética. 
 
Magnetismo Terrestre 
 
 
 
 
Norte da Agulha 
- Por convenção, denomina-se norte da 
agulha o lado que aponta para o polo norte 
magnético terrestre e sul da agulha, o que 
aponta para o polo sul magnético terrestre. 
 
 
 
Bússola ou Agulha? 
- A bússola, mais conhecida pelos 
navegantes como agulha é um instrumento 
com uma agulha magnética que é atraída 
para o polo magnético terrestre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O fenômeno do magnetismo terrestre é o resultado de a 
Terra ser cortada por diversas linhas magnéticas, se 
comportando como um enorme imã. Estas linhas tem 
características que possibilitou a construção do primeiro grande 
recurso de navegação, que em virtude da sua simplicidade, logo 
se universalizou, a agulha magnética. 
Antes de você saber como ela funciona, é preciso que 
compreenda que na Terra existem dois pontos de concentração 
magnética, uma ao Norte (N), com polaridade negativa, o polo 
norte magnético (-) e outra ao Sul (S), com polaridade positiva, 
o polo sul magnético (+). As linhas de força tendem a se 
dirigirem de um ao outro polo. Entretanto estas linhas de força 
sofrem interferências, entre outras coisas, em razão da 
concentração desuniforme dos materiais magnéticos existentes 
na Terra, principalmente o ferro no subsolo, provocando 
desvios nestas linhas. 
O campo magnético terrestre exerce uma atração sobre 
materiais magnetizados, é por isso que, qualquer barra 
imantada livremente suspensa se orientará na direção dos 
polos magnéticos, ou seja, o polo norte magnético (-) atrairá o 
polo positivo da barra, bem como o polo sul magnético (+) 
atrairá o polo negativo da barra. É exatamente essa a 
propriedade em que se baseiam as agulhas magnéticas (por 
serem imantadas, são atraídas sempre na direção do norte 
magnético da Terra). 
 
 
É importante que você entenda que a Terra possui um campo 
magnético que atua como referência para o funcionamento da 
agulha magnética. Como a Terra é um imã e a agulha também, 
surge uma atração magnética. Assim, não importa o lugar, 
uma agulha magnética vai apontar sempre na direção do polo 
Norte Magnético, isto porque o campo magnético da Terra faz 
com que o ponteiro aponte nessa direção. 
 
 
Vale lembrar, que em determinado ponto do planeta 
existem dois pontos que chamamos de Norte. Um deles é 
chamado de Norte geográfico ou verdadeiro (Nv) e está 
localizado no encontro da latitude 90°N com a longitude 000°. 
E, outro localizado próximo a este, que funciona como um 
grande centro de atração magnética, chamado de Norte 
magnético (Nmg). O norte magnético geralmente não coincide 
com o norte geográfico, ficando um pouco mais a esquerda ou 
a direita deste. A essa distância ou ângulo formado entre os 
dois nortes chamamos de declinação magnética (Dmg). 
www.portaldoamador.com.br [ RUMOS E MACAÇÕES] 
 
 Mestre-Amador 120 
 
Unidade 12: 
Nesta unidade, você identificará os diversos tipos de rumos e marcações e aprenderá a fazer 
conversão de rumos e marcações resolvendo exercícios. 
 
Rumos e Marcações a 
Bordo 
 
Direção 
- é, na superfície da Terra, a linha que liga 
dois pontos. 
 
Exemplos de pontos notáveis: 
- Igrejas, faróis, ilhas, torres etc. 
 
 
Um navio para ir de um ponto a outro da superfície da Terra 
deve seguir um Rumo. Esse rumo deve ser traçado na carta 
náutica, com direção e sentido definidos. 
Ademais, quando se navega próximo da costa ou em águas 
restritas, para determinar a posição de uma embarcação, 
normalmente, o navegante observa Marcações de pontos 
notáveis em Terra ou auxílios à navegação. 
A bordo para obtermos os Rumos e as Marcações, 
normalmente, utilizamos Agulhas Náuticas, que podem ser 
Magnética e Giroscópica. 
Direção 
 
 
 
Direção é, na superfície terrestre, a linha que liga dois 
pontos. O desenho ao lado apresenta as direções cardeais, 
laterais e colaterais, comumente referidas em navegação. Vale 
lembrar, que todas as direções mostradas são direções 
verdadeiras, ou seja, tem como referência o Norte verdadeiro 
da Terra. 
 
Cardeais N, S, L e W 
Laterais NE, SE, SW e NW 
Colaterais NNE, ENE, ESE, SSE, SSW, WSW, WNW e NNW 
 
Como já estudado, o instrumento de bordo que fornece as 
direções da proa, são as agulhas náuticas, que nem sempre 
apontam para o Norte verdadeiro. 
Rumo 
 
 
 
Proa 
- É a direção para a qual a embarcação está 
apontando num determinado momento. 
Parte da frente da embarcação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relembrando: 
- Em navegação, o Norte que interessa ao 
navegante é o verdadeiro (Nv), ou seja, 
aquele onde se inicia a contagem da rosa 
dos ventos (000°). 
Rumo é o ângulo horizontal formado entre uma direção de 
referência e a direção para a qual aponta a proa da nossa 
embarcação, quando navegando. 
Os rumos são medidos de 000° a 360° graus, no sentido dos 
ponteiros de um relógio, a partir da direção de referência 
adotadapara indicar o rumo. 
 
As direções de referência utilizadas em navegação para 
indicar rumos são: 
 
 Norte verdadeiro ou geográfico (Nv); 
 Norte magnético (Nmg); e 
 Norte da agulha (Nag). 
 
Assim, conforme o Norte utilizado como referência 
(origem), os rumos podem ser: 
 
 Rumo verdadeiro (Rv) – é o ângulo formado entre o Norte 
verdadeiro (Rv) e linha de proa da embarcação, medido a 
partir do Norte verdadeiro (Nv). 
www.portaldoamador.com.br [ POSIÇÃO NO MAR] 
 
 Mestre-Amador 128 
 
Unidade 13: 
Nesta unidade, você aprenderá sobre as linhas de posição (LDP), os processos para a determinação 
da posição no mar, as técnicas e regras da navegação estimada e costeira, os efeitos da corrente 
sobre a trajetória da embarcação e como determinar distâncias no mar. 
 
Posição No Mar 
 
 
 
 
Derrota: 
- Linha traçada na carta náutica que uma 
embarcação deve seguir numa viagem para 
se deslocar de um lugar para outro. 
 
 
 
Singradura 
- caminho percorrido num único rumo. 
 
 
Rumos práticos 
- Quando se navega em águas restritas, 
tais como, em lagos, lagoas, baías, rios e 
canais, é comum orientar-se por 
referências em Terra (pontos notáveis) 
para se obter o posicionamento da 
embarcação, e não por rumos da agulha. 
A essa referência denominados Rumos 
Práticos. 
 
 
 
Plotagem 
- Localizar, no mar, a posição da embarcação 
ou de um objeto (alvo), numa carta náutica. 
 
 
 
Uma posição no mar é definida por um paralelo e um 
meridiano que passa no ponto, ou seja, por suas coordenadas 
geográficas de latitude e longitude como referências. 
Conhecendo nossa posição, podemos determinar a direção 
a seguir e corrigi-la sempre que necessário; saber a que 
distância está nossa embarcação; quanto tempo levará para 
alcançar o destino, e também, evitar perigos eventuais em 
nossa derrota (viagem). 
Se a “derrota”, do ponto de partida até o destino, é feita 
em um único rumo, dizemos que a embarcação segue uma 
derrota simples ou singradura única. Se, para alcançar o 
destino, for necessário usar mais de um rumo, dizemos que a 
embarcação segue uma derrota composta, ou em singraduras 
múltiplas. 
Ponto de chegada (ou final) – Chamamos de ponto de 
chegada ou final a um ponto nas proximidades do porto de 
destino, arbitrariamente determinado pelo navegador, a partir 
do qual se navega em “rumos práticos”, com o prático do porto 
a bordo ou não. É preciso notar que nessas ocasiões, mesmo 
navegando em “rumos práticos”, fazem-se ainda as marcações 
julgadas necessárias para conhecer, a curtos intervalos de 
tempo, a posição da embarcação e verificar se ela vai bem ou 
mal navegada, adotando-se de pronto os cuidados e medidas 
necessárias a uma navegação segura e precisa. 
Durante a execução da derrota, o navegante está 
constantemente fazendo-se as seguintes perguntas: “qual é 
minha posição atual? Para onde estou indo? Qual será minha 
posição num determinado tempo futuro?”. 
A determinação de sua posição e a plotagem na carta 
náutica constituem, normalmente, os principais problemas do 
navegante, advindo daí uma série de raciocínios e cálculos, que 
dizem respeito ao caminho percorrido ou a percorrer pela 
embarcação e à decisão sobre os rumos e velocidades a adotar. 
Para determinar a sua posição, o navegante recorre ao 
emprego das Linhas de Posição (LDP). 
 
Linhas de Posição (LDP) 
 
Linha de Posição (LDP) 
- É o lugar geométrico de todas as posições 
que a embarcação pode ocupar. Ou seja, é a 
linha, sobre a qual, se encontra a 
embarcação. 
 
 
 
 
Linha de Posição (LDP) - Chama-se linha de posição ao lugar 
geométrico de todas as posições possíveis que o barco pode 
ocupar, tendo efetuado certa observação, em um determinado 
instante. 
Sempre que em navegação costeira olhamos um 
determinado alvo (objeto), podemos dizer que a linha de 
visada ligando observador e alvo determina uma linha de 
posição (LDP). 
As LDP possuem formas geométricas diferentes, de acordo 
com as observações que lhes deram origem. 
	msacapa
	msaindice
	msa1
	msa2
	msa3
	msa4
	msa5
	msa6
	msa7
	msa8
	msa9
	msa10
	msa11
	msa12
	msa13

Outros materiais