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PODER JUDICIÁRIO

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PODER JUDICIÁRIO
Função típica: Jurisdicional – Composição das lides através da aplicação da lei ao caso concreto.
Função atípica: administrativa (interna) e legislativa (regimento interno).
Ingresso na carreira: (alterado pela EC 45/2004)
->Se dá mediante concurso público de títulos e provas. 
->É necessário, no mínimo, do período de três anos de atividade jurídica.
->A entrada na carreira se dá como juiz substituto.
Exceção: QUINTO CONSTITUCIONAL
O quinto constitucional é forma de ingresso nos seguintes tribunais: TRF’s, TJ’s dos Estados e DF, TST, TRT’s e STJ (este possui procedimento diferente, como será visto posteriormente).
Ingressam através do Quinto Constitucional: Membros do MP e advogados, ambos com o mínimo de dez anos de carreira.
Procedimento: Conselhos da OAB e o Ministério Público elaboram lista sêxtupla, a partir desta lista, o Tribunal (que vai receber o novo membro) elabora lista tríplice e o Chefe do Executivo (Presidente ou Governador) escolhe um dos três da lista.
Com exceção do STJ e do TST, o Poder Legislativo NÃO participa do procedimento.
Promoção: ocorre de entrância em entrância, segundo critérios de antiguidade e merecimento (produtividade, presteza e aproveitamento em cursos oficiais de aperfeiçoamento).
ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO
Supremo Tribunal Federal
Composição: 11 ministros
Investidura: o Presidente da República escolhe um candidato e este passa por sabatina no Senado Federal tendo que ser aprovado por maioria absoluta para, então, ser nomeado.
Requisitos:
-Brasileiro nato.
-Idade entre 35 e 65 anos de idade
-Cidadão (gozar dos direito políticos)
-Notável saber jurídico e reputação ilibada
OBS: nota-se que o bacharelado em direito não é requisito...
Competências:
Originárias (art. 102, inc. I, alíneas “a” até “r”):
Citam-se: 
Ação Direta de Inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade;
Infrações penais comuns do Presidente da República, Vice, membros do CN, ministros do STF, PGR, Ministros de Estado, Comandantes, membros dos Tribunais Superiores e Tribunal de Contas da União;
“Habeas Corpus”, se o paciente uma destas pessoas acima ou contra ato do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal;
Mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Presidente da República, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou do próprio Supremo Tribunal Federal;
Crimes de Responsabilidade: Ministros de Estado, Comandantes, membros dos Tribunais Superiores e Tribunal de Contas da União;
Extradição solicitada por Estado Estrangeiro.
Recurso Ordinário (art. 102, II)
Recurso Extraordinário (art. 102, III)
Superior Tribunal de Justiça
Composição: 33 ministros (1/3 dos TRF’s, 1/3 dos TJ’s, 1/6 de membros da OAB, 1/6 do MP).
Procedimento:
A escolha dos membros dos TRF’s e dos TJ’s se dá por lista tríplice elaborada pelo próprio STJ.
O Presidente da República escolhe um dos três.
Sabatina pelo Senado Federal.
Nomeação pelo Presidente.
Quanto aos membros da OAB e do MP segue a regra do “Quinto Constitucional” com a diferença de que é um terço (um sexto de advogados e um sexto de membros do MP) e, ainda, há a sabatina.
Requisitos:
-Brasileiro nato ou naturalizado
-Idade entre 35 e 65 anos
-notável saber jurídico e reputação ilibada
Competências:
Originárias (art. 105, inc. I, alíneas “a” até “i”):
Citam-se: 
Crimes comuns – Governadores dos Estados e DF;
Crimes de responsabilidade: Governadores, desembargadores dos TJ’s, membros dos Tribunais de contas dos Estados, TRF’s, TRT’s, TRE’s...
Habeas Corpus, quando o paciente ou coator for as pessoas acima.
Homologação de sentenças estrangeiras (novidade da EC 45/2004, pois antes isso era competência do STJ...);
Mandados de segurança, habeas corpus e habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;
Mandado de injunção: no caso da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou indireta, resguardada a competência do STF, Justiça Especial e Justiça Federal.
Recurso Ordinário (art. 105, II)
Recurso Especial (art. 105, III)
JUSTIÇA FEDERAL
Composta pelos juízes federais e pelos Tribunais Regionais Federais (TRF’s – segundo grau de jurisdição da justiça federal).
Juízes Federais – Competências estão no artigo 109.
Citam-se:
Causas de interesse da União, autarquia ou empresa pública federal, salvo competência de Justiça Especial;
Causas relativas a direitos humanos cuja competência for deslocada (IDC – veja a seguir);
Mandado de Segurança e “habeas data” – autoridade coatora federal.
Crimes políticos e infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral.
Crimes cometidos a bordo de navios e aeronaves, resguardada competência da Justiça Militar.
Tribunais Regionais Federais – Composição: 7 membros
Competências originárias (fora recursos) – art. 108
Citam-se
Crimes comuns e de responsabilidade: juízes federais, da Justiça Militar e do Trabalho e membros do MPU;
Mandado de Segurança e Habeas Data se a autoridade coatora for TRF e juízes federais;
Habeas Corpus – autoridade coatora: Juiz Federal
INCIDENTE DE DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA - IDC (art. 109, § 5º )
Mecanismo que serve para deslocar competência da Justiça Estadual para a Justiça Federal.
Decorre de:
Grave violação de direitos humanos
Cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos
Inércia ou incapacidade para julgar da Justiça Estadual.
Importante salientar que o IDC é medida subsidiária.
Procedimento: O PGR pede ao STJ para que este aprecie a incidência do deslocamento de competência em determinado caso concreto.
Houve pedido de IDC duas vezes, no caso “Dorothy Stang” e no caso “Manoel Mattos”.
JUSTIÇA ESTADUAL
*Tribunais de Justiça e dos Juízes de Direito
Competência:
Residual: “o que sobrou” da Justiça Federal e Especial.
Definida por Constituição Estadual
 
JUSTIÇA ESPECIAL
Justiça do Trabalho
*Única “Justiça” que não possui qualquer competência penal.
TST: 27 ministros
TRT (2º grau de jurisdição): 7 Juízes
Varas do Trabalho (1º grau de jurisdição): Juízes singulares
Devem ser criadas por lei, mas, na falta delas, a competência pode ser atribuída aos juízes de direito, tendo como 2º grau de jurisdição o TRT (art. 112 – EC 45/04).
Justiça Eleitoral
TSE: 7 membros (3 ministros do STF, 2 do STJ e 2 advogados indicados pelo STF e escolhidos pelo Presidente da República (o STF indica 6 e o Presidente escolhe 2);
TRE: 7 membros (2 do TJ, 2 juízes de direito escolhidos pelo TJ, 1 do TRF e 2 advogados no mesmo esquema do TSE, só que a indicação é do TJ e não do STF.
Juízes Eleitorais: Competência – Código Eleitoral, artigo 35.
São juízes de direito mesmo, ou seja, não existe carreira específica de juiz eleitoral.
Juntas Eleitorais: Competência – Código Eleitoral, artigo 40.
Justiça Militar
Justiça Militar da União X Justiça Militar Estadual
Justiça Militar da União: sua competência é exclusivamente penal.
Julga membros das Forças Armadas e civis nos casos de crimes contra o patrimônio e administração militar.
STM: é composto por 15 ministros – 10 militares (3 da Marinha, 3 da Aeronáutica e 4 do Exército) e 5 civis (3 advogados, um juiz auditor e um membro do MPM).
Justiça Militar Estadual: julga apenas policiais militares e bombeiros, NÃO julgando, portanto, civis.Julga crimes militares e atos disciplinares objetos de ação judicial.
Deve ser criada por lei estadual nos estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes.
GARANTIAS DO PODER JUDICIÁRIO
Finalidade: Visam preservar a Tripartição dos Poderes e defender a independência do Judiciário em relação a influências externas.
Segundo José Afonso, existem dois tipos básicos: as garantias institucionais e as garantias funcionais.
Garantias Institucionais
Visam proteger o Judiciário como um todo e são duas:
Garantias de autonomia orgânico-administrativa: São referentes à prerrogativa do Judiciário de auto-organização e autoadministração. As garantias de autonomia orgânico-administrativa estão arroladas no artigo 96 da CF. Dentre elas, citam-se: elaboração de regimento interno, organização administrativa interna, proposição de novas varas judiciárias, concursos públicos, etc.
Garantias de autonomia financeira: os tribunais (por meio do Presidente do STF e dos Tribunais Superiores, no âmbito da União, e os Presidentes dos Tribunais de Justiça – no âmbito dos Estados e DF) encaminharão propostas orçamentárias dentro dos limites da lei de diretrizes orçamentárias.
Garantias Funcionais
Incidem diretamente sobre os membros e igualmente se subdividem em dois tipos: garantias de independência e garantias de imparcialidade.
Garantias de Independência: São três.
Vitaliciedade: garantia que assegura ao magistrado que este só poderá perder o cargo por sentença judicial transitada em julgado.
Os demais servidores públicos gozam de garantia diferente que é a estabilidade. Por esta o servidor estável pode perder o cargo não apenas por sentença judicial, mas por processo administrativo também.
I)Como o magistrado adquire a vitaliciedade?
a) O juiz de primeiro grau só se torna vitalício depois de dois anos de efetivo exercício, período em que deverá preencher certas condições (como participar de cursos de capacitação). Esse período é o que chamam de estágio probatório.
b) O ministro do STF ou aqueles que entram no Judiciário através do “Quinto Constitucional” se tornam vitalícios do momento em que tomam posse do cargo.
II)Como perdem o cargo os juízes não vitalícios (aqueles que ainda não passaram pelo estágio probatório)?
Perdem por deliberação do tribunal a que estiverem vinculados.
Exceção à vitaliciedade: é exceção à vitaliciedade a perda dos cargos de Ministros do STF e Conselheiros do CNJ por julgamento de crime de responsabilidade (o julgamento de crime de responsabilidade destes é realizado pelo SENADO FEDERAL, portanto a decisão não é judicial).
Inamovibilidade: o magistrado não pode ser movido ou promovido contra a sua vontade. 
Exceção (art. 93,VIII): remoção (disponibilidade ou aposentadoria) compulsória por voto da maioria absoluta do tribunal responsável ou do CNJ, fundada em interesse público.
Irredutibilidade de subsídios: os subsídios (o “”””salário””””) não podem ser 
reduzidos.
Sub o quê?
Subsídio é a espécie remuneratória fixada ao pagamento dos magistrados. Funciona assim: o valor é pago em parcela única, sendo vedado acréscimo de prêmio, adicional, gratificação, enfim prestações adicionais de natureza remuneratória (artigo 39, § 4º). Tal vedação, no entanto, não exclui as prestações adicionais de natureza indenizatória (ajudas de custo, diárias...). (isso é matéria de Direito Administrativo, portanto, só curiosidade). 
Garantias de Imparcialidade: Consubstanciam-se através de vedações estabelecidas no parágrafo único do artigo 95 da Constituição Federal. Estas vedações visam a preservar a imparcialidade do juiz e são elas:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se à atividade político-partidária.
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. 
PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL (art. 5º, incisos XXXVII e LIII)
Está também relacionado à imparcialidade e independência do órgão julgador. Institui que o julgamento deve ser realizado pela autoridade constitucionalmente competente, vedando-se a possibilidade de tribunais “ad hoc” ou tribunais de exceção.
Concluindo: o juiz deve ser “natural ao processo”.
*Tribunal “ad hoc” ou de exceção é aquele criado para um determinado caso.

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