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A definição de mineral implica em uma composição química definida (mas geralmente não fixa). Para determinar com segurança a composição química de um mineral é necessário fazer uma análise química em laboratório. Diversos métodos analíticos (análise por via úmida, fluorescência de raios-x, microssonda eletrônica, espectrometria de absorção atômica, ICP-MS, etc.) podem ser utilizados para tanto, e cada um tem características e aplicações específicas que estão fora do escopo do curso de Fundamentos de Mineralogia. Os resultados da análise química quantitativa de minerais e rochas são geralmente expressos em proporção relativa ao peso do material analisado. Composição Química Assim, os elementos (ou óxidos) mais abundantes na amostra podem ser expressos em termos de .percentagem em peso, enquanto elementos que estão presentes em quantidades muito pequenas são normalmente expressos em ppm (partes por milhão, também relativamente ao peso do material analisado). A tabela abaixo (Klein & Hurlbut, 1999, p. 240) ilustra um resultado de análise químicaquantitativa de um sulfeto. Composição Química Composição Química A julgar pelos resultados da coluna 1, poderíamos interpretar o mineral como tendo proporções iguais de Cu, Fe e S. Esta interpretação pode ser justificada do ponto de vista de percentagem em peso, mas não reflete a real proporção de átomos de cobre, ferro e enxofre na fórmula do mineral. Isto ocorre porque os três elementos possuem pesos atômicos diferentes (coluna 2). Assim, um átomo de enxofre pesa pouco mais que a metade de um átomo de ferro e quase a metade de um átomo de cobre. A verdadeira proporção entre os átomos de cobre, ferro e enxofre na formula do mineral pode ser obtida dividindo-se os valores das percentagens em peso (coluna 1) pelo respectivo peso atômico de cada elemento (coluna 2), fornecendo as proporções atômicas da coluna 3. A partir destes valores, é possível deduzir que existem, aproximadamente, 1 átomo de Cu e 1 átomo de Fe para cada 2 átomos de S no mineral em questão. Composição Química Composição Química É possível, agora, representar a fórmula química do mineral como CuFeS2, que corresponde ao mineral calcopirita. Note que, na calcopirita, a proporção de Cu:Fe:S é 1:1:2, mas a proporção dos metais para o não- metal é (Cu+Fe):S = 2:2 = 1:1. A proporção entre os metais e os não-metais é freqüentemente usada como um critério para separar tipos químicos dentro de uma classe de minerais, como veremos mais adiante. Considere agora o caso da esfalerita (ZnS). A esfalerita admite quantidades variáveis de Fe substituindo o Zn e, portanto, formando uma solução sólida parcial com FeS. A fórmula química de soluções sólidas é freqüentemente expressa numa forma semelhante a esta: (Zn,Fe)S, que indica que o mineral é um sulfeto de zinco e ferro, mas contendo proporções variáveis dos dois metais. Na verdade, outros elementos, como manganês e cádmio, também podem entrar na estrutura da esfalerita, porém em quantidades subordinadas. A tabela abaixo mostra o resultado de uma análise química (percentagens em peso) de esfalerita rica em ferro (Klein & Hurlbut, 1999, p. 241): Composição Química Composição Química Neste caso, o total de cátions na fórmula do mineral é de 1,060 (coluna 3, Fe+Mn+Cd+Zn). Note que a proporção de cátions para o enxofre é de aproximadamente 1:1, como na esfalerita pura (ZnS). Como o mineral é uma solução sólida, uma representação mais adequada da fórmula seria (Zn,Fe,Mn,Cd)S. Nos casos em que se dispõe de uma análise química quantitativa, é possível expressar a fórmula exata para aquele mineral específico. Para o sulfeto da tabela acima esta fórmula seria: (Zn64,4 Fe30,8 Mn4,5 Cd0,2)S Composição Química Os índices da fórmula acima foram obtidos dividindo a proporção atômica de cada cátion (coluna 3) pelo total de cátions (1,060) e multiplicando por 100. Estes índices representam, portanto, as percentagens de ZnS, FeS, MnS e CdS na fórmula do mineral analisado. Como a maior parte dos minerais contém grandes quantidades de oxigênio, muitas vezes é mais conveniente expressar a análise química de um mineral como percentagem em peso de óxidos (como CaO, MnO, SiO2, etc) ao invés de percentagem em peso de elementos químicos puros. Nestes casos, o cálculo da fórmula do mineral segue um método semelhante ao descrito acima, porém os pesos moleculares dos óxidos são utilizados, em lugar dos pesos atômicos dos elementos. Minerais que possuem um mesmo ânion (ou grupo aniônico) dominante apresentam mais semelhanças entre si do que os que são formados pelo mesmo cátion dominante. Assim, um carbonato de cálcio apresenta muito mais semelhanças com um carbonato de magnésio do que com um sulfato de cálcio. Além disso, minerais que possuem o mesmo ânion (ou grupo aniônico) dominante costumam ocorrer juntos, ou em ambientes geológicos semelhantes (por exemplo, cloretos de sódio e de potássio em evaporitos, 5 carbonatos de cálcio e de magnésio em rochas calcárias, sulfetos de ferro e de cobre em veios hidrotermais, e assim por diante). Por estas razões, os minerais são agrupados em classes segundo o seu ânion ou grupo aniônico (por exemplo, carbonatos, fosfatos, silicatos, etc.), e o estudo dos minerais durante o curso de Fundamentos de Mineralogia também obedecerá a este agrupamento. Cumpre ressaltar, entretanto, que a correta classificação dos minerais não se baseia somente na composição, mas também na estrutura interna de cada mineral (por exemplo, CaCO3 cristalizado no sistema ortorrômbico é o mineral aragonita, enquanto a forma trigonal de CaCO3 é a calcita). Os minerais dentro de uma classe podem ainda ser subdivididos em famílias, de acordo com o tipo químico, grupos, de acordo com a similaridade estrutural, e espécies (minerais com mesma estrutura, mas com composição química diferente, como os membros de uma série isomórfica). As classes de minerais são: • elementos nativos • sulfetos • sulfossais • óxidos simples e múltiplos hidróxidos • halogenetos • carbonatos • nitratos • boratos • fosfatos • arseniatos • vanadatos • sulfatos • tungstatos • silicatos Classes dos minerais Elemento nativo: Elementos químicos que podem ocorrer naturalmente não combinado com outros elementos. Os elementos nativos podem ser classificados em: Gases nobres: hélio, neônio, argônio, kriptônio, xenônio, radônio Metais: Ouro, prata, cobre, chumbo, platina, irídio, ósmio, ferro, mercúrio, tântalo, estanho, zinco Semi-metais: arsênio, antimônio, bismuto, selênio, telúrio. Não metais: carbono e enxofre. Classes dos minerais O fato destes elementos poderem ocorrer em estado puro, ou seja, não combinado com outro elemento, não significa que eles não possam formar minerais combinando com outros elementos, como é o caso do carbono, que na forma pura ocorre como diamante e grafite, e na forma combinada forma o importante grupo dos carbonatos, ao qual pertence, entre outros, a calcita. Os únicos elementos nativos que não se combinam são os gases nobres. Os metais nativos como ouro,prata e cobre, são conhecidos há muito tempo. O ouro em particular, sempre foi muito apreciado e valorizado, pois apresenta um conjunto de propriedades que facilitam seu emprego, em jóias e em objetos de uso corrente: maleabilidade, baixo ponto de fusão, não se oxida, mantendo sua cor amarelada. O enxofre também é conhecido há muito tempo e desempenhou um papel importante na Alquimia. Classes dos minerais Classificação dos Minerais: Elementos Nativos. Ocorrem no estado elementar (Hg, As, Pt, Sb, Ag, Au, C, S, Cu) ou como ligas naturais; Metais, semi-metais (As), não-metais (C,S) Classificação dos Minerais: Elementos Nativos. Classificação dos Minerais: Elementos Nativos. S nativo é encontrado em regiõesde vulcanismo recente e também em seqüências sedimentares que contém sulfatos junto com matéria orgânica (associado a anidrita, gipsita e carbonatos). O enxofre e os compostos de enxofre são utilizados em uma variada gama de processos industriais como a produção de fertilizantes, inseticidas, borracha, sabão, tecidos, papel, couro, tintas, corantes, explosivos, medicamentos, plásticos, etc. Cobre Associa-se com rochas vulcânicas básicas, preenchendo cavidades e com rochas sedimentares, especialmente em conglomerados. Altera-se facilmente a outros minerais de cobre, especialmente a carbonatos quando em condições oxidantes. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Elementos nativos Cobre nativo é um constituinte comum de zonas oxidadas de depósitos sulfetados de cobre, onde está associado a minerais como cuprita, malaquita e azurita. Também como produtos de sistemas hidrotermais ( Cu nativo primário), especialmente associados a rochas ígneas básicas, associado a prehnita, datolita, epidoto, calcita e zeolitas. A maior parte da produção de cobre vem de sulfetos, e não de cobre nativo. Os principais usos do cobre são para fins elétricos, especialmente sob a forma de fios, e na produção de ligas metálicas como latão (cobre e zinco), o bronze (cobre e estanho, com algum zinco) e a prata alemã (cobre, zinco e níquel). ELEMENTOS NATIVOS Ouro Prata Cobre Platina Enxofre Diamante CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Sulfetos Combinação de um elemento metálico ou semi-metálico com S Esfarelita (ZnS) Calcopirita (CuFeS2) Galena (PbS) Pirita (FeS2) Molibdenita (MoS2) Os sulfetos formam importante classe de minerais que incluem a maioria dos minérios metálicos. Os sulfetos podem ser divididos em pequenos grupos estruturais, não sendo possível generalizar-se amplamente com relação à sua estrutura. Muitos sulfetos têm ligação iônica, ao passo que outros, exibindo as propriedades dos metais têm ligação metálica. Reúnem-se nesta classe aqueles minerais cuja composição é a combinação não oxigenada de metais e metalóides com S, As, Sb, Bi, Se e Te; compreende os sulfetos simples e duplos e os sulfossais. Fisicamente caracterizam-se por seu aspecto metálico, pesos específicos elevado e pela sua opacidade. Principais minerais: Galena, Esfarelita, Calcopirita, Estanita, Pirrotita, Nicolita, Covelita, Estilbita, Pirita, Molibdenita e a Bornita. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Sulfetos CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Sulfetos Pirita (Fe, S2) CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Sulfetos É o mineral mais comum dessa classe. É encontrado principalmente em depósitos hidrotermais, associado com outros sulfetos, como por exemplo a calcopirita. Ocorre, também, em rochas ígneas, em rochas de metamorfismo de contato e em rochas sedimentares, como por exemplo em carvões. Durante o intemperismo, sob a ação da água e do oxigênio forma sulfato ferroso e ácido sulfúrico, conforme a equação abaixo: FeS2 +H2O + 70 FeSO4 + H2SO4 CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Sulfetos S: elemento é essencial para os vegetais. Pequena quantidade de pirita no solo é benéfica às plantas. Em excesso inibi o crescimento vegetal devido ao excesso de ácido sulfúrico que se forma, também, pela presença do H2S. SULFETOS Calcopirita Bornita Galena Marcassita Molibdenita Pirita Sulfossais são minerais de sulforetos complexos com fórmula geral AmBnSp, onde A representa um metal como cobre, chumbo ou prata; B representa um semi-metal como o arsênio, antimônio ou bismuto; e S é o enxofre ou, raramente, selênio. Existem cerca de 200 minerais de sulfossais conhecidos, entre os mais comuns ou importantes (como minérios) temos: Pirargirita (Ag3SbS3 ) Proustita (Ag3AsS3 ) Enargita (Cu3AsS4 ) Tetraedrita (Cu12Sb4S13 ) Tennantita (Cu12As4S13 ) Bournonita (PbCuSbS3 ) Jamesonita (Pb4FeSb6S14) CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Sulfossais SULFOSSAIS Pirargirita Proustita Enargita Tetraedrita Tennantita Jamesonita CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Óxidos Combinação de oxigênio com um ou mais elementos metálicos Cassiterita (SnO2) Espinélio (MgAl2O4) Crisoberílio (Al2BeO4) Gibsita Al(OH)3 Hematita (Fe2O3) Magnetita (Fe3O4) Ilmenita (FeTiO3) Rutilo ( TiO2) Uraninita (UO2) Goethita (FeO(OH)) Brucita (Mg(OH)2) Os óxidos classificam-se em óxidos simples, óxidos múltiplos, óxidos contendo hidroxila e hidróxidos. Dentro da estrutura da classificação, existem grupos minerais importantes, notadamente, os grupos da hematita, do espinélio e do rutilo. Cada um destes grupos contém um ou mais minerais de importância econômica. Dentro da classe dos óxidos estão os principais minérios de ferro (hematita e magnetita), de cromo (cromita), de manganês (pirolusita, manganita e psilomelana), de estanho (cassiterita) e de alumínio (bauxita). CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Óxidos CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Óxidos Principais minerais: Óxidos • Zincita: D=4 a 4.5, d=5.6, ZnO , Brilho = Sub-adamantino, Cor = Vermelho intenso a amarelo alaranjado, Uso = minério de zinco, Ocorrência = Geralmente associada a franklita e a willenita. • Hematita: D=5.5 a 6.5, d=5.26, Fe2O3, Brilho = Metálico, Cor = castanho avermelhado a preto, Uso = minério de ferro, Ocorrência = Ocorre nos depósitos metamórficos de contato e nas rochas ígneas feldspáticas como o granito. • Ilmentita : D=5.5 a 6, d=4.7, FeTiO3 , Brilho = Metálico a sub-metálico, Cor = preto do ferro, Uso = minério de Titânio, Ocorrência = Ocorre em camadas e em massas lenticulares em gnaisses e associada a magnetita. • Rutilo: D=6 a 6.5, d=4.18 a 4.25, TiO3 , Brilho = Adamantino a sub-metálico, Cor = Vermelho, castanho avermelhado a preto, Uso =revestimento de hastes de solda, Ocorrência = Encontra-se o rutilo nos granitos, pegmatitos, gnaisses, mica xistos e associados a magnetita, zircão e monazita. • Pirolusita: D=1 a 2, d=4.75, MnO2 , Brilho = Metálico, Cor = preto do ferro, Uso = minério de manganês, Ocorrência = Encontrado em filões com quartzo e vários minerais metálicos. • Cassiterita: D=6 a 7, d=6.8 a 7.1, SnO2, Brilho = adamantino a sub-metálico e fosco, Cor = Castanho ou preto, Uso = minério de estanho, Ocorrência = Encontrado em veios com cassiterita, turmalina, topázio, a fluorita e a apatita . • Goethita: D=5 a 5.5, d=4.37, HFeO2 Brilho = Adamantino a opaco, Cor = Castanho amarelado a castanho escuro, Uso = minério de ferro, Ocorrência = Encontra-se grandes quantidades de goethita como mantos lateríticos residuais. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Óxidos Magnetita Magnetita (Fe3O4) - É um mineral comum que ocorre nas rochas ígneas, metamórficas de contato, em depósitos hidrotermais e em areias de rios. Freqüentemente transforma-se em hematita e limonita. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Óxidos É um mineral primário. Coloração preta Apresenta forte magnetismo Aparece freqüentemente como constituinte mineralógico da fração arenoso do solo Ocorre também como produto sedimentar, em areias negras. Hematita (Fe2O3) - Abundante nas rochas sedimentares emetamórficas. Nas rochas ígneas é acessório. É freqüente sua associação com a magnetita e limonita. Forma também massas irregulares, por concentração devido ao intemperismo de rochas ricas em ferro. Forma-se em solos tropicais com temperatura altae pH baixo. Ocorre como pigmento vermelho comum nos sedimentos, solos,etc. Alto poder pigmentante 1% já dá coloração vermelha ao solo. É o principal minério de ferro para a indústria siderúrgica, mas em geral os depósitos precisam ser grandes (várias dezenas de milhões de toneladas) para ter importância econômica. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Óxidos CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Óxidos CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Óxidos Goethita (FeO(OH) Mineral extremamente comum. Ocorre emambientes oxidantes, comoproduto de alteração de minerais portadores de ferro É a forma de Fe³+ mais estável Ocorre em regiões mais frias e úmidas, com teores elevados de MO e ph ácido Coloração bruna a amarelada Forma os “gossans”, ou “chapéus de ferro”, como produto de alteração superficial de veios mineralizados como metais. Constituinte das laterais. Pode estar presente em fontes ou poças d’água, formada por precipitação inorgânica ou biogênica. ÓXIDOS DE FERRO – abundantes nos solos das regiões tropicais, indicando solos bastante intemperizados. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Óxidos CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Óxidos de Alumínio Gibsita Al(OH)3 Mineral gerado por intemperismo químico, com intensa lixiviação, de rochas ricas em feldspato ou outros minerais aluminosos em clima quente e úmido. Também pode aparecer veios hidrotermais de baixa temperatura É o principal constituinte de muitas bauxitas, sendo formado pelo intemperismo de rochas ígneas aluminosas. Ligação de lâminas octaedrais de AL, Ocorrência natural em solos muitos intemperizados (ácidos), clima quente e úmido, alta precipitação e boa drenagem, Importante na formação da estrutura do solo. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Óxidos Os óxidos classificam-se em óxidos simples, óxidos múltiplos, óxidos contendo hidroxila e hidróxidos. Dentro da estrutura da classificação, existem grupos minerais importantes, notadamente, os grupos da hematita, do espinélio e do rutilo. Cada um destes grupos contém um ou mais minerais de importância econômica.Dentro da classe dos óxidos estão os principais minérios de ferro (hematita e magnesita), de cromo (cromita), de manganês (pirolusita, manganita e psilomelana), de estanho (cassiterita) e de alumínio (bauxita). Principais minerais: Óxidos - Zincita, Hematita, Ilmenita, Rutilo, Pirolusita, Cassiterita, Goethita, Magnetita, Cromita, Columbita-Tantalita, Hidróxidos – Psilomelana, Limonita, Bauxita. Halogenetos sâo minerais em que um elemento do grupo dos halogêneos (Clº, Br,º Fº e I) é o único ‚ ânion, ou o ânion principal. Os halogênios formam íons grandes, de carga (-1), facilmente polarizáveis. Quando estes anions combinam-se com cátions grandes, pouco polarizáveis e de baixa valência, como os metais alcalinos, formam os exemplos mais próximos possíveis de ligação iônica pura, o que confere a estes minerais as seguintes propriedades gerais: - Alto grau de simetria - Dureza relativamente baixa - Pontos de fusão moderados a altos - Baixa condutividade térmica e elétrica no estado sólido - Aumento significativo da condutividade com a temperatura CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Halogenetos Quando o cátion é menor e mais facilmente polarizável, as ligações químicas adquirem um caráter ligeiramente mais covalente, resultando em simetria mais baixa. Existe uma diferença importante de ambiente geológico entre os fluoretos e os demais halogenetos (cloretos, brometos, etc). A maioria dos halogênios (Cl, Br, I) ocorre preferencialmente em minerais de rochas sedimentares (em especial aquelas formadas pela evaporação da água do mar - os evaporitos), mas são raros em minerais de rochas ígneas ou metamórficas, estando presentes apenas como elementos menores ou traços em minerais como apatita, sodalita e escapolita. Por outro lado, o Flúor, embora esteja presente em minerais de algumas rochas sedimentares, é muito comum em minerais de rochas ígneas, de pegmatitos, de veios hidrotermais, e de rochas formadas por metamorfismo de contato e metassomatismo. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Halogenetos Halogenetos Fluorita Halita Silvita CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Carbonatos Combinação de cátions bivalentes com o complexo aniônico (CO3)²- Cerussita (PbCO3) Smithsonita (ZnCO3) Siderita (FeCO3) Magnesita (MgCO3) Calcita (CaCO3) Dolomita (CaMg(CO3)2) CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Halogenetos CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Carbonatos Calcita (CaCO3) – É um dos minerais mais comuns, sendo o principal constituinte mineralógico dos calcários e mármores puros. Ocorre em arenitos, preenchendo cavidades nas rochas ígneas e como depósitos de fontes termais. Calcário: forma-se por precipitação química ou biogênica. Usos geral: Indústria do cimento, indústria química, pedras ornamentais (mármores), instrumentos óticos. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Carbonatos Calcita (CaCO3) – É um dos minerais mais comuns e disseminados. O Ocorre como massas rochosas sedimentares enormes e amplamente espalhadas, nas quais é o único mineral preponderante, sendo o único presente em certos calcários. É um constituinte importante de margas e pelitos calcários. As rochas calcárias formam-se por processos orgânicos e inorgânicos. No primeiro caso resulta da deposição em fundo marinho, de grandes camadas de material calcário, sob a forma de carapaças e esqueletos de animais marinhos. Uma proporção menor dessas rochas formam-se inorganicamente pela precipitação direta de carbonato de cálcio em soluções aquosas. Dolomita – É um carbonato comum. Freqüentemente associa-se a calcita. Pode originar-se a partir da calcita pela influência de soluções magnesianas. É o principal componente mineralógico dos calcários e mármores magnesianos. Em depósitos hidrotermais, é comum sua associação com sulfetos CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Carbonatos Dolomita ocorre principalmente como mineral essencial de rochas sedimentares (dolomitos) e seus equivalentes metamórficos (mármores dolomíticos). Usos geral:tem ampla aplicação como material de construção, pedra ornamental e na produção de alguns tipos de cimento CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Nitratos Combinação de cátions bivalentes com o complexo aniônico (NO3) Salitre do Chile (NaNO3) Salitre (KNO3) CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Nitratos CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Nitratos Salitre do Chile -É um sal solúvel em água, encontrado como incrustação em regiões áridas. Associa-se a outros sais como a halita e gipsita. É encontrado em abundância no norte do Chile, ao longo dos desertos de Atacama e Tarapacá. É usado como fertilizante (fonte de nitrogênio) CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Boratos O bórax é também um mineral encontrado em depósitos de evaporitos, em lagos antigos e praias hoje secas, nas regiões áridas. Pode associar-se à halita, gipsita e nitrato de sódio. Do ponto de vista agronômico é fonte de boro para as plantas (micronutriente) CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Boratos Os boratos constituem sais normalmente gerados a partir de ácido bórico ou ácidos polibóricos e podem conter cátions Al3+, Fe3+ e Mn3+ em combinação com cátions bivalentes de pequeno raio iônico. Os boratos anidros são insolúveis em água e frequentemente também em ácidos, fusíveis a alta temperatura e podem atingir dureza superior a 7. Os boratos com Na e Ca e hidroxilas e/ou água são normalmente solúveis e de dureza baixa. A baixas temperaturas existe uma tendência dos boratos serem substituídos por carbonatos e a altas temperaturas esse processo tende a inverter. Boratos são substituídos por carbonatos nos processos de alteração e tem sido observado a formação de boratos a partir de carbonatos em metamorfismo de contato. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Boratos CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Boratos O boro é um dos elementos mais solúveis, sendo transportado por soluções aquosas contendo Cl e OH e especialmente F com quem tem forte afinidade química. Dessa forma, os boratos fazem parte dos produtos geológicos residuais, sendo encontrado em pegmatitos, hidrotermalitos, eflorescência, e principalmente em sequências evaporíticas. Os boratos possuem propriedades cristaloquímicas similares às do silicatos e dos fluoretos de Al, pois podem-se polimerizar, formando cadeias, camadas ou grupos múltiplos isolados, e por isto são de grandeinteresse para o mineralogista. Isto se deve ao fato do íon B3+, muito pequeno, coordenar três O= em sua configuração estável. Como a carga do cátion central é 3 e existem três vizinhos bivalentes, a força de ligação B-O vai ser igual à unidade, portanto exatamente a metade da energia de ligação do íons oxigênio. Isto permite que um único O seja compartilhado por dois B ligando assim os triângulos da unidade fundamental dos boratos. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Boratos A maior parte dos boratos comuns têm de folhas interrompidas de triângulos BO3 nos quais todos os três oxigênios são compartilhados. As folhas são separadas por camadas de moléculas de água e unidas pelos íons sódio ou cálcio, resultando minerais ou cristais de baixa simetria, moles e bastante solúveis. É possível preparar uma estrutura tridimensional constituída exclusivamente de triângulos BO3, gerando a fórmula B2O3, todavia esta apresenta baixa estabilidade e se desintegra rapidamente, produzindo vidro. Devido a este fato e a tendência de formar redes de triângulos BO3, algo desordenado, o boro é utilizado na fabricação de vidro como um "formador de redes", sendo usado na preparação de vidros especiais de baixa densidade e elevada transparência. Os fosfatos incluem numerosas espécies minerais de composição bem variada, embora a quantidade em peso desses elementos na crosta da Terra seja relativamente pequena, resultando em grande numero de minerais raros. O fósforo, arsênio e vanádio pentavalentes são ligeiramente maiores que o enxofre, resultando em grupo iônico tetraédrico idêntico ao do sulfato. Como o sulfato não pode compartilhar oxigênio ou polimerizar-se. O fósforo, arsênio e vanádio podem substituir-se mutuamente, como íon coordenador central, no grupo tetraédrico dos oxigênios, sendo isto melhor observado no subgrupo da piromorfita do grupo da apatita, onde a piromorfita, a mimetita e a vanadinita são isoestruturais, apresentando todas as gradações de substituição entre os compostos puros. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Fosfato CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Fosfato Combinação de cátions metálicos com os complexos aniônicos • Monazita • Adamita • Apatita • Vanadinita • Vivianita • Eritrita ApatitaMonazita EritritaVivianitaVanadinita Adamita O constituinte mais importante e freqüente dessa classe é a apatita. Esta apresenta solução sólida entre os ânions flúor, cloro, oxigênio e hidroxila, como também substituição parcial do fosfato pelos grupos carbonato e silicato. O cálcio pode ser substituído pelo Mn, Sr, Pb, Cu, Zn, La e outros elementos de terras raras. Esta substituição iônica complexa, típica dos fosfatos, resultam em relações químicas e estruturas complexas. Fosfatos e arseniatos de Ca monoclínicos, a exemplo dos sulfatos (gipsita), exibem muitas propriedades similares como tamanho das celas primitivas, dureza, densidade,etc. Os fosfatos constituem recursos minerais de grande importância (fertilizantes). CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Fosfato CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Fosfato Apatita - Existem vários tipos de apatitas, dependendo dos íons que encontram na estrutura, tais como, F, Cl e OH. A fluor-apatita é mais comum do que cloro-apatita ou a hidroxi-apatita. É encontrada em vários tipos de rochas ígneas,sedimentares e metamórficas. É encontrada, também, em pegmatitos e depósitos hidrotermais. É usada como fertilizante. É o principal fornecedor de fósforo para as plantas. De modo geral, os solos de clima tropical úmido, derivados de rochas cujos minerais contém abundantes inclusões de apatita, são suficientemente ricos em ácido fosfórico. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Fosfato Quando a apatita está presente como inclusões apenas, em minerais ferro magnesianos (biotita, horblenda), o P proveniente da sua decomposição, combina-se com o Fe formando fosfato de ferro que devido à baixa solubilidade não é aproveitada pelas plantas. O P é um elemento essencial para a vida vegetal e animal, embora seu teor seja pequeno. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Sulfatos O enxofre ocorre no estado nativo, como constituinte dos tecidos orgânicos e formando os sulfetos ou os sulfatos, uma vez que o S pode receber dois elétrons para preencher as duas vacâncias situadas na camada eletrônica exterior ( S= sulfetos) com raio iônico de 1,84 Å, ou perder os 6 elétrons, originando íons pequeno, muito carregado, altamente polarizante, positivo (S6+, raio iônico 30 Å). A relação do raio iônico do S6+ com o O (0,226) mostra que a coordenação estável e 4, ou tetraédrica. A ligação S-O desse grupo é bastante forte (1½ de unidade de carga), e covalente em suas propriedades, produzindo grupos ligados apertadamente que não são capazes de compartilhar os oxigênios gerando unidade SO4=, que se constitui na unidade fundamental dos sulfatos. Os sulfatos anidros mais importantes e mais comuns são os membros do grupo da barita, com grandes cátions bivalentes coordenados com o íons sulfato. A estrutura relativamente simples conduz à simetria ortorrômbica, com clivagem perfeita {001} e {110}. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Sulfatos O sulfato de cálcio (anidrita), por causa do tamanho menor do íon Ca, tem estrutura ligeiramente diferente, possuindo três clivagens pinacoidais. As propriedades físicas são em geral conferidas pelo cátion dominante, sendo a densidade diretamente proporcional ao peso atômico do cátion. Entre os sulfatos hidratados, o gipso é o mais importante e abundante e a sua estrutura, como sugerido pela sua clivagem perfeita {010}, é em folhas, consistindo em camadas de íons Ca e sulfato, separadas por moléculas de água. A perda destas moléculas de água faz com que a estrutura entre em colapso, tomando a configuração da anidrita, com grande diminuição de volume e perda da perfeição da clivagem. A maioria dos minerais deste subgrupo são ortorrômbicos, tem estrutura em tetraedros e a maior parte é de resíduos de evaporação de águas carregadas de substâncias químicas dissolvidas, formando os evaporitos e produtos de eflorescência. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Sulfatos Sulfatos,Cromatos, Molibdatos e Tungstatos. Combinação de cátions bivalentes com os complexos iônicos • Thenardita • Anidrita • Celestita • Barita • Crocoíta • Alunita • Linarita • Gipsita Thenardita Anidrita GipsitaLinaritaAlunitaCrocoíta BaritaCelestita CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Sulfatos Gipsita - É um mineral comum, encontrado principalmente em camadas sedimentares, geralmente estratificadas com calcários e folhelhos. É um sulfato de cálcio hidratado. É fonte de Ca e S para as plantas Se origina geralmente por precipitação. Comumente associado a halita, anidrita, calcita, dolomita, enxofre, pirita e quartzo. Usado principalmente para a produção de gesso e como retardador em cimento Portland. As variedades espato acetinado e alabastro são usadas como rocha ornamental. O molibdênio e tungstênio são encontrados, respectivamente, no quinto e sexto período da tabela periódica. Esses elementos, juntamente com outros pares da tabela periódica (ex., Zr e Hf, Nb e Ta.) são caracterizados por raios iônicos similares devido a contração lantanídea (0,62 A), podendo desta forma constituir solução sólida completa. Contudo, na natureza soluções sólidas entre Mo e W são raras, devido ao grande contraste do comportamento geoquímico desses elementos, resultantes de suas densidades contrastantes (W 184 e Mo 96) e da afinidade do Mo com o enxofre. Dessa maneira não é raro encontrar tungstato primário quase inteiramente isento de molibdênio, e vice-versa. Por outro lado, nos minerais secundários os dois elementos estão freqüentemente constituindo solução sólida. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Volmafratos e Molibdatos Os íons hexavalente de tungstênio e molibdênio são maiores que do enxofre hexavalente e do fósforo pentavalente,fazendo com que os quatro íons coordenados de oxigênio não ocupem os vértices dos tetraedros regulares, como nos sulfatos e fosfatos, resultando em agrupamento algo achatado de contorno quadrado. O Mo pode ocorrer como sulfeto (MoS2) devido a sua afinidade com o S e em muitos casos a combinação com o oxigênio aparece confinada à zona de oxidada dos depósitos. Já o W ocorre quase exclusivamente em combinação com o oxigênio, formando os tungstatos. O sulfeto de tungstênio WS2 (tungstite) é muito raro. Os minerais desta classe química distribuem-se em dois grupos isoestruturais principais: o grupo da volframita e da scheelita. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Volmafratos e Molibdatos CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Volmafratos e Molibdatos O grupo da scheelita contém compostos de íons bivalentes maiores, como o cálcio e o chumbo, em coordenação oito com os íons tungstato e molibdato. O tungstênio e o molibdênio podem substituir-se mutualmente, formando séries parciais entre a scheelita(CaWO4) e a powelita (CaMoO4), e entre a stolzita (PbWO4) e a wulffenita (PbMoO4). A substituição entre o Ca e Pb, forma série parcial entre scheelita e a stolzita e entre a powellita e a wulffenita Ferberita Powellita RaspitaScheelita Volframita Wulffenita CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos Os silicatos constituem a classe de maior importância, representando cerca de 25% dos minerais conhecidos e quase 40% dos minerais comuns. Os silicatos constituem cerca de 95% do volume da crosta terrestre, dos quais cerca de 59,5% são representados por feldspatos, 16,8% por anfibólios e piroxênios, 12% por quartzo e 3,8% pelas micas, os outros minerais (silicatos e não silicatos) perfazendo o volume de aproximadamente 7,9%. Dessa maneira, a grande maioria das rochas é formada por silicatos, sendo raras as rochas magmáticas, metamórficas e sedimentares que não possuem como minerais essenciais silicatos. Assim sendo, é impossível classificar rochas sem possuir uma boa base de mineralogia dos silicatos. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos De um modo geral a crosta terrestre é formada por mais de 60% de átomos de oxigênio, pouco mais de 20% de átomos de silício e 6 a 7% de átomos de alumínio, aparecendo com porcentagem atômica ao redor de 2% os átomos de Fe, Ca, Mg, Na e K. Os demais elementos químicos representam cerca de 1% da proporção atômica média encontrada na crosta terrestre, e desses apenas o Ti possui alguma importância volumétrica na arquitetura da crosta. O mais importante para entender a estruturação da crosta terrestre é a proporção atômica, seguida da proporção volumétrica, não tendo importância a porcentagem em peso, embora seja a maneira sob a qual a composição das rochas e dos minerais é normalmente mencionada e analisada do ponto de vista litoquímico ou geoquímico. Dessa forma podemos imaginar a crosta terrestre como uma espuma de oxigênio ligados em configuração de maior ou menor complexidade pelos átomos pequenos, altamente carregados, de silício tetravalente (raio iônico = 0,42A0) e alumínio trivalente (raio iônico = 0,51A). Esta estrutura apresenta interstícios que podem ser ocupados por átomos de Fe, Ca, Mg, Na e K em estados de coordenação adequados a seus respectivos raios individuais. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos O que norteia o aparecimento de um ou outro mineral são as condições termodinâmicas ditadas pela concentração dos elementos, pressão confinante, temperatura, natureza e pressão dos fluidos, pH, etc. Dessa maneira, a mineralogia pode ser tomada como o alfabeto com que a natureza escreve a sua história, sendo que neste contexto aparecem citações como: "Se as rochas são as páginas do livro da história geológica, os minerais são os caracteres com os quais o livro foi impresso e somente com uma compreensão deles e de suas estruturas o documento pode ser lido". CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos O conhecimento dos minerais com suas respectivas propriedades físicas e químicas, são de importância essencial para a vida na terra. Dessa forma, podemos destacar que as plantas obtêm seu sustento do solo, que é constituído basicamente por silicatos; na alimentação animal e mesmo humana entram silicatos como por exemplo o talco na fabricação de balas e doces; o tijolo, vidro, concreto, pedra, argamassa usados na construção das casas são silicatos ou derivam deles. Os silicatos são essenciais na produção de cerâmica, refratários, fibra de vidro e vários outros produtos usados na fabricação de utensílios. Também são fonte de obtenção de alguns metais úteis para a humanidade tais como alumínio, níquel, berílio, zircônio etc. Os usos dos silicatos visando a melhoria das condições de vida são enormes e crescem dia a dia com o desenvolvimento das pesquisas, e dessa forma não devemos recear que nossos estudos sobre os silicatos se desatualizem CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (nesossilicatos) Nesossilicatos - Este grupo é constituído por tetraedros não polimerizados, unidos por cátions intersticiais que, de acordo com as suas dimensões e carga, coordenam o empacotamento da matéria definindo o arranjo interno dos minerais e conseqüentemente as formas externas (hábitos) dos minerais. Dessa forma, quando o cátion é suficientemente pequeno, como Be++(0,35A0), somente é permitida a coordenação 4 com os oxigênios dos vértices do tetraedro fundamental, daí a dificuldade de arranjar os tetraedros de maneira a ocupar o mínimo de espaço possível e mantendo a neutralidade elétrica, de tal modo que cada cátion coordene somente quatro oxigênios. Isto conduz a estrutura bastante complexa da fenaquita ewillemita (trigonal romboédrica). CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (nesossilicatos) O Mg++ e o Fe++ e os cátions com dimensões entre 0,5 e 09 A, resultam em coordenação 6 (octaédrica) com os oxigênios que ocupam os vértices dos tetraedros, desta forma, a estrutura é constituída pela combinação de octaedros e tetraedros, resultando na maioria dos casos em simetrias ortorrômbicas, como é o caso dos minerais do grupo da olivina, sendo que os minerais monticellita CaMgSiO4, larsenita PbZnSiO4 e outros com cátions grandes com coordenação 8 tendem a formar estruturas em camadas. Os minerais do Grupo da Condrodita são constituídos por camadas da estrutura da olivina alternando-se com folhas de brucita (MgOH2), estruturalmente análogas. O flúor pode substituir o OH nas camadas de brucita coordenadas octaedricamente e os diferentes minerais desse grupo diferenciam-se pelas proporções das camadas de brucita em relação às camadas de olivina. Os elementos Zr, Th e U possuem coordenação 8 (cúbica), com os oxigênios dos tetraedros de silício fazendo com que a estrutura resulte do empilhamento alternado de tetraedros e cubos deformados, dando origem a simetria tetragonal. Como esses elementos são tetravalentes a formula geral resultante é XSiO4 (zircão, torita e coffinita. Nesses minerais pode ocorrer substituição por Hf, Y e Ce em quantidades apreciáveis, além da substituição parcial dos tetraedros de SiO4 pelos agrupamentos (OH)4, como no caso da coffinita. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (nesossilicatos) Gadolinita Andaluzita Damburgita Datolita Estaurolita Cianita ToritaTopázio No grupo das granadas os tetraedros isolados são unidos por ligações oxigênio-cátion-oxigênio através de dois tipos estruturalmente distintos, com duas posições de coordenação diferentes, onde cátions bivalentes grandes ocupam a posição B e os cátions trivalentes menores, a posição C, gerando a fórmula B3C2(SiO4)3. O arranjo estrutural apresenta-se de tal modo que nos planos {100} e {111} existe uma menor densidade atômica, fazendo com que a forma mais comum de cristalização desses minerais seja a dodecaédrica. Outro aspecto importante desse grupo é a substituição parcialde SiO4 por (OH)4 gerando as hidrogranadas, em especial a hidrogrossulária, e entrada do Ti4+ na posição C concomitantemente com a substituição do Ca++ pelo Na+ na posição B, produzindo a melanita. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (nesossilicatos) Os polimorfos Al2SiO5 possuem estruturas complexas em cadeias, semelhantes a fibras, em todas elas, um dos íons Al coordenando solidamente a seis O (coordenação 6). Na sillimanita, o outro Al está na coordenação 4, gerando estrutura semelhante à do piroxênio, enquanto na andaluzita o segundo Al tem coordenação 5 com o oxigênio, resultando prismas tetragonais curtos, ao passo que na cianita os dois Al têm coordenação 6, gerando hábito tabular a colunar. Os minerais topázio, estaurolita, datolita e dumortierita possuem estruturas complicadas pela presença da hidroxila, flúor e/ou boro. Na titanita, um dos oxigênios que aparece na fórmula não é parte dos grupos Si-O-Si (tetraedros isolados), mas está ligado aos cátions entre os tetraedros. O Ti está ligado a seis oxigênios, nos vértices de um octaedro regular, ao passo que os íons Ca têm número de coordenação 7 (sete), pouco usual, com respeito ao oxigênio. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (nesossilicatos) CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (nesossilicatos granadas) Almandina Andradita Espessartita UvarovitaGrossuláriaPiropo Humita OLIVINA Forsterita knebelita (faialita) INOSSILICATOS Constitui um dos grupos mais importantes do silicatos e a sua estrutura resulta da polimerização dos tetraedros de SiO4, de maneira a formar fios, cadeias unidimensional infinitas. Esses fios podem ser simples, gerando o grupo dos piroxênios ou duplos, onde duas cadeias unidimensionais infinitas estão unidas através do compartilhamento dos tetraedros dos dois fios, resultando no grupo dos anfibólios. Piroxênios Anfibólios CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (inossilicatos) CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (inossilicatos) CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (inossilicatos) Grupo bastante importante, que ocorre em quase todos os tipos de rochas ígneas e nas metamórficas de temperatura média a alta. A polimerização em fios resulta no radical [Si2O6]4-, sendo que os fios estão unidos através de cátions dispostos intersticialmente resultando na fórmula geral BnCo/Si2O6. A posição B é ocupada por cátions grandes (cerca de 1 A de raio) , em coordenação 8 (cúbica) com o oxigênio, representados principalmente por Ca e Na; a posição C, por cátions com dimensões de raios iônicos ao redor de 0,7 A (Mg, Fe, Fe3+, Mn, Al, Mn3+, Li, Ti), resultando em coordenação 6 (octaédrica) com o oxigênio; sendo que "n" e "o" correspondem ao número de elementos na formula química. A introdução de um íon de carga maior ou menor pode ser compensada mediante uma substituição simultânea, como do silício pelo alumínio, nas posições tetraédricas. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (inossilicatos) Os inossilicatos de cadeia simples originam três subgrupos ou três variedades, uma cristalizada no sistema ortorrômbico, designada ortopiroxênio (série dos ortopiroxênios), outra no sistema monoclínico, denominada clinopiroxênio (série do diopsídio, augita e espodumênio), e a terceira no sistema triclínico, denominada piroxenóide. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (inossilicatos) Nos ortopiroxênios os tetraedros em fios são unidos apenas por cátions de dimensões em coordenação 6 com o oxigênio, resultando em uma simetria ortorrômbica, produzida por uma reflexão semelhante a um geminado, sobre (100), levando a uma duplicação na dimensão a0 da cela; enquanto que nos clinopiroxênios as posições B e C estão ocupadas, gerando maior dificuldade de empacotamento, especialmente pela presença dos cátions maiores, resultando em simetria menor. O terceiro caso ocorre quando ambas as posições são ocupadas por íons grandes, levando a simetria triclínica. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (inossilicatos) Os ortopiroxênios sob certas condições de pressão e temperatura, podem formar polimorfos monoclínicos (clinoestatita-clino-hipertênio-clinoferrossílica), com a metade da dimensão a0 da cela e o Fe e o Mg podem substituir-se, mutualmente, em todas as proporções com distribuição fortuita. Quando a posição B é ocupada pelo Ca e C pelos íons bivalentes (Mg, Fe, Mn), resulta na série do diopsídio. Dentro desta série, pode haver substituição mútua, completa, do Mg, Fe e Mn, resultando em alterações pouco expressivas, porém quase lineares, nas dimensões da cela e nas propriedades. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (inossilicatos) No caso da ocupação da posição B por íon metálico, alcalino, monovalente, de tamanho moderado a grande, e das posições C por um cátion trivalente, resulta em um membro da série do espodumênio: espodumênio, jadeita ou egerina. É possível a solução sólida não somente dentro desta série mas também entre esta série e a do diopsídio, dando origem a muitas variedades. Normalmente os piroxênios das rochas metamórficas e, principalmente das rochas magmáticas, contêm tanto Ca como Na nas posições B, Mg, Fe2+, Al, Fe3+ e algum Ti4+ na posição C, assim como o Si substituído por algum Al nas posições tetraédricas, resultando na série da augita ou dialágio. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (inossilicatos) A junção dos fios resulta em formas (hábitos) prismáticas segundo o eixo cristalográfico c, com clivagem prismática perfeita {110}, formando ângulos de aproximadamente 870 e 930, partições {100},. {001} e {010}, e geminações segundo {100}, que nas variedades monoclínicas aumenta a simetria. A coloração dos piroxênios está, principalmente, na dependência do ferro: quanto maior a quantidade desse elemento mais acentuada será a cor verde, chegando ao preto. O manganês, o titânio e o cromo também influenciam na variação da cor dos piroxênios. De um modo geral os piroxênios são gerados em temperaturas superiores à dos anfibólios, tendem a apresentar cores mais claras para o mesmo teor de ferro, e os prismas dos piroxênios normalmente são mais curtos do que os dos anfibólios correspondentes. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (inossilicatos) A ligação dos tetraedros, como colocado acima, forma uma cadeia continua de composição (SiO3)n, onde a distância de repetição é de aproximadamente 5,3A, definindo o parâmetro a0 da malha unitária. As cadeias que são ligadas lateralmente pelos ions (Ca,Na,Mg,Fe,Al, etc.) podem ter várias disposições, umas relativamente às outras, e são os diferentes arranjos das cadeias que propiciam a subdivisão dos piroxênios em clino e orto. Os parâmetros da malha unitária do clinopiroxênio diopsídio (a0 9,73, b08,91, c0 5,25 e ß 105,50’) e os do ortopiroxênio enstatita (a0 18,23, b0 8,81, c0 5,195) são típicas dos dois subgrupos. Os parâmetros b0e c0 são semelhantes, enquanto que o a0 no ortopiroxênio é praticamente o dobro do diopsídio, pois ocorre a repetição da cela unitária de modo a gerar simetria ortorrômbica. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (inossilicatos) De um modo geral os clinopiroxênios podem ser subdivididos em dois grupos estruturais. Um grupo envolvendo diopsídio, hedenberguita e augitas, com teor de CaSiO3 maior que 25%, possui simetria monoclínica e todos os componentes do grupo são estruturalmente semelhantes ao diopsídio. As composições dos membros do outro grupo possuem um teor máximo de CaSiO3 de 15% e os membros, com mais de 30% da molécula FeSiO3, de alta temperatura são monoclínicos (pigeonita) e os de baixa temperatura (metamórficos e magmáticos plutônicos) são ortorrômbicos. Já os membros com menos de 30% da molécula FeSiO3, podem ocorrer sob três formas polimórficas (da enstatita e protoenstatia, ambas ortorrômbicas e da clinoenstatita, que é monoclínica, todavia, apenas os polimorfos ortorrômbicos aparecem formandorochas). CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (inossilicatos) Nos piroxênios os cátions que ocorrem lateralmente unindo as cadeias de tetraedros podem ser agrupados em duas posições denominadas respectivamente de M1 e M2. No diopsídio os íons de Mg que ocupam a posição M1, estão coordenados octaedricamente pelos oxigênios, os quais estão por sua vez ligados apenas a um Si. Os ions Ca, de maior raio atômico, ocupam a posição M2, e estão rodeados por 8 oxigênios, dois dos quais são compartilhados pelos tetraedros das cadeias vizinhas. Os átomos de Mg localizam-se principalmente entre os ápices das cadeias de SiO3, enquanto os átomos de Ca estão localizados principalmente entre as suas bases. Não há nenhum deslocamento das cadeias vizinhas na direção b, mas as cadeias vizinhas estão em zigue- zague na direção c, de tal maneira que resulta malha monoclínica. Piroxênóides Pectolita Piroxmanguita Rodonita Wollastonita CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (inossilicatos) Existe uma relação estreita entre os parâmetros da malha unitária com a composição dos piroxênios pertencentes ao campo do diopsídio-hedenberguita-clioestatita-ferrossilita. A variação do parâmetro c0 é pequena, mas o parâmetro b0 é muito sensível à variações da relação Mg:Fe. Os parâmetros a0 e ß variam fortemente com as relações Ca:Mg e Ca:Fe, sendo dessa forma muito úteis na caracterização desses minerais. A estrutura da clinoenstatita é semelhante à do diopsídio, mas podem aparecer diferenças porque as posições M1 e M2, ocupadas por Mg e Ca no diopsídio, estão preenchidas pelo Mg na clinoenstatita. Ambos os cátions têm uma coordenação seis o que causa uma certa distorção das cadeias de SiO3, resultando na falta de equivalência das cadeias vizinhas. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (inossilicatos) Na enstatita e nos outros minerais do grupo as cadeias estão unidas lateralmente por Mg ou (Mg,Fe), que estão em posições comparáveis às do Mg e Ca no diopsídio e, uma vez que tanto o Mg como o Fe são íons menores que o Ca, o empilhamento das cadeias difere da do diopsídio, e é tal que origina uma malha ortorrômbica, com parâmetro a0 aproximadamente duplo em relação ao diopsídio. No polimorfo de alta temperatura, a protoenstatita, as cadeias são cristalograficamente equivalentes como no diopsídio; contudo, as cadeias estão estendidas e o parâmetro c0 da protoenstatita é maior que o de qualquer outro componente do grupo dos piroxênios. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (inossilicatos) A estrutura da pigeonita é semelhante à do diopsídio; contudo, na pigeonita não há íons de Ca em quantidade insuficiente para preencher todas as posições M2, e as que restam são ocupadas por Fe em vez de Mg (por exemplo, uma pigeonita com composição Ca0,24Mg0,52Fe1,24Si2O6 tem Ca0,24Fe0,76 em M2 e Mg0,52Fe0,48 em M1). A posição M1 permanece com coordenação seis, mas a coordenação de M2 é reduzida de oito para sete, pela substituição dos ions de Fe por Ca. A modificação na coordenação da posição M2 é acompanhada por uma certa distorção na configuração da cadeia, que dá como resultado a não equivalência das cadeias vizinhas. Além disso, os cations em M1 e M2 não estão sobre os eixos binários, como suscede no diopsídio. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (inossilicatos) GRUPO DOS ORTOPIROXÊNIOS O ortopiroxênio forma uma série isomórfica constituída pelos seguintes membros: (Mg,Fe)2Si2O6 - enstatita (clinoestatita)(até 12% de Fe); bronzita (12 a 30% de Fe); hiperstênio (de 30 a 50% de Fe); ferro- hiperstênio (de 50 a 70% de Fe); eulita (de 70 a 88% de Fe) e; ferrossilita (clinoferrossilita) (mais de 88% de Fe). A ferrossilita/clinoferrossilita é muito raramente encontrada na natureza. Os ortopiroxênios podem conter pequenas quantidades de Ca, Al, Ti, Ni, Cr, Fe3+ e Mn, sendo que a presença do Ca leva a exsolução, especialmente nos cristais de origem magmática. O termo enstatita provém do grego enstates (oponente), por seu caráter refratário; bronzita de bronze, por ter brilho semelhante ao dessa liga; hiperstênio, do grego hyper (muito) + sthenos(força) por ser mais duro que a hornblenda; eulita de eulisito, rocha onde foi descrito, e ferrossilita, de ferro + silicato. ortopiroxênios Enstatita Hiperstênio CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (inossilicatos) GRUPO DOS CLINOPIROXÊNIOS Os clinopiroxênios são todos monoclínicos e formam várias séries isomórficas onde as mais significativas são: diopsídio - salita - ferrossalita - hedenbergita; endiopsídio-augita- ferroaugita-ferro-hedenbergita-augita subcálcica-ferroaugita subcálcica - diopsídio - johannsenita; egerina(acmita)- NaFe3+Si2O6 - jadeíta - NaAlSi2O6; pigeonita (Mg-pigeonita - Fe-pigeonita; augita - egirina-augita - egerina Clinopiroxênios Egirina Augita Diopsídio Espodumênio Hedenberguite Jadeita Johannsenita Pigeonita CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (sorossilicatos) Este grupo caracteriza-se pelos grupos tetraédricos duplos, isolados, onde dois tetraedros SiO4 são unidos por um dos oxigênio comum a dois tetraedros. O grupo do epidoto constitui-se no conjunto mais importante dos sorossilicatos; neste, a estrutura consiste em cadeias de octaedros de AlO6 e AlO4(OH)2 unidos por grupos SiO4 e Si2O7 isolados, resultando em estrutura complexa que, como o grupo da granada, apresenta duas espécies diferentes de posições catiônicas: uma ocupada por cátion relativamente grande, de carga fraca, como o cálcio ou o sódio (posição X), e outra por íons menores, de cargas mais elevadas, incluindo Al, Fe3+, Mn3+ e mais raramente o Mn2+ (posição Y). Pelo exposto, a formula geral deste grupo pode ser escrita da seguinte maneira X2Y3O(SiO4)(SiO7)(OH,F), onde X= Ca, Na, Pb, Sr, Ce3+, La3+, Y3+,Th, Fe2+, Mn2+, Mn3+ e Y= Al, Fe3+, Mg, Be, Mn3+, Fe2+, Mn2+, Ti, Cr. Todavia, o epidoto mais comum contém pouco manganês e quase nenhum dos íons mais raros relacionados acima, tendo uma composição que pode ser representada por uma relação simples do alumínio para o ferro férrico. Excetuando a zoisita, que possui estrutura interpretável como resultante do polimorfo da clinozoizito-monoclínica, mediante uma simples duplicação da cela unitária ao longo do eixo a, à maneira de uma geminação, os membros do grupo do epidoto são isoestruturais, formando cristais monoclínicos, alongados, caracteristicamente na direção do eixo b. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (sorossilicatos) CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (sorossilicatos) Hemimorfita (calamina) Lavenita Lawsonita Melilita Pumpellyíta Vesuvianita (idocrásio) CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (sorossilicatos) EPIDOTO Allanita Clinozoizita Epidoto (pistacita) Piemontita Os filossilicatos constituem um grupo de minerais, com grande importância para a geologia, pedologia e para a indústria. São constituintes essenciais de muitas rochas metamórficas, magmáticas, sedimentares e dos solos. Resultam de processos metamórficos, magmáticos, hidrotermais, diageneticos e intempéricos, sendo usada na indústria como carga, matéria-prima para cerâmica, desodorizantes etc. A palavra filossilicato deriva do grego phylon, que significa folha, uma vez que todos os membros desse grupo possuem hábito achatado ou em escama e clivagem basal perfeita a proeminente e as lamelas de clivagem (placas) são flexíveis elásticas ou plásticas, mais raramente quebradiças. De um modo geral, os filossilicatos exibem dureza baixa, normalmente inferior a 3,5, na escala Mohs, e densidade relativamente baixa em relação a outros silicatos. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (filossilicatos) CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (filossilicatos) As peculiaridades mais marcantes dos filossilicatos representada principalmente pela divisibilidade, dureza e hábito, residem na estruturação desse grupo de minerais,que é bastante numeroso. A estrutura constituída por tetraedros de silício compartilhados, em duas dimensões, formando uma folha, onde três dos quatro oxigênios dos tetraedros SiO4 são compartilhados com os tetraedros vizinhos, levando a uma relação Si:O=2:5, que é denominada de "folha siloxama" ou simplesmente folha tetraédrica (T). Para a constituição dos minerais dessa classe as folhas tetraédricas são unidas a folhas octaédricas, constituídas por brucita [Mg(OH)2] ou gibbsita [Al(OH)3], originando duas famílias ou clãs, denominados respectivamente de trioctaédrica e dioctaédrica. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (filossilicatos) Dentre os minerais de argila o importante grupo das montmorillonitas ou esmectitas, pode ser derivado da estrutura da pirofilita, mediante a inserção de folhas de água molecular contendo cátions livres, entre as camadas triplas T- O-T da pirofilita. Como as folhas de pirofilita, normalmente estão desprovidas de carga, elas podem expandir-se muito, apresentando capacidades extremas de intumescência pela umidade e grande capacidade de troca catiônica. De maneira idêntica a da esmectita, as vermiculitas derivam do talco pela inserção de água molecular entre as folhas triplas do clã trioctaédrico. Tanto os minerais do grupo da montmorillonita como da vermiculita, por terem a folha T-O-T, ou seja, duas camadas de tetraedros por uma de octaedro, são denominadas de 2 para 1 (2:1). CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (filossilicatos) Dentre os filossilicatos, também existem membros transicionais entre os minerais do grupo da montmorillonita e das micas verdadeiras, devido à substituição fortuita do Si pelo Al, nas posições tetraédricas das folhas de pirofilita, sem agregar carga suficiente nas camadas triplas para produzir uma estrutura ordenada de mica com preenchimento de todas as posições catiônicas possíveis situadas entre as camada. Dessa forma, posições ocasionais de cátions, podem estar ocupadas, originando propriedades intermediárias entre as das argilas e as das micas. Este quadro pode complicar-se pela presença de água molecular, resultando o grupo da illita ou hidromica. Por outro lado, é bastante comum o aparecimento de uma ou mais espécie de argilo-minerais interestratificados, podendo até mesmo aparecer camadas de clorita e serpentina. CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (filossilicatos) MICAS Biotita Stilpenomelano Flogopita Fuchsita Margarita Muscovita CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (filossilicatos) CLORITA Clorita Penininita Prehnita Talco CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS: Silicatos (filossilicatos) Número do slide 1 Número do slide 2 Número do slide 3 Número do slide 4 Número do slide 5 Número do slide 6 Número do slide 7 Número do slide 8 Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 Número do slide 14 Número do slide 15 Número do slide 16 Número do slide 17 Número do slide 18 Número do slide 19 Número do slide 20 Número do slide 21 Número do slide 22 Número do slide 23 Número do slide 24 Número do slide 25 Número do slide 26 Número do slide 27 Número do slide 28 Número do slide 29 Número do slide 30 Número do slide 31 Número do slide 32 Número do slide 33 Número do slide 34 Número do slide 35 Número do slide 36 Número do slide 37 Número do slide 38 Número do slide 39 Número do slide 40 Número do slide 41 Número do slide 42 Número do slide 43 Número do slide 44 Número do slide 45 Número do slide 46 Número do slide 47 Número do slide 48 Número do slide 49 Número do slide 50 Número do slide 51 Número do slide 52 Número do slide 53 Número do slide 54 Número do slide 55 Número do slide 56 Número do slide 57 Número do slide 58 Número do slide 59 Número do slide 60 Número do slide 61 Número do slide 62 Número do slide 63 Número do slide 64 Número do slide 65 Número do slide 66 Número do slide 67 Número do slide 68 Número do slide 69 Número do slide 70 Número do slide 71 Número do slide 72 Número do slide 73 Número do slide 74 Número do slide 75 Número do slide 76 Número do slide 77 Número do slide 78 Número do slide 79 Número do slide 80 Número do slide 81 Número do slide 82 Número do slide 83 Número do slide 84 Número do slide 85 Número do slide 86 Número do slide 87 Número do slide 88 Número do slide 89 Número do slide 90 Número do slide 91 Número do slide 92 Número do slide 93 Número do slide 94 Número do slide 95 Número do slide 96 Número do slide 97 Número do slide 98 Número do slide 99 Número do slide 100 Número do slide 101 Número do slide 102 Número do slide 103 Número do slide 104 Número do slide 105 Número do slide 106 Número do slide 107 Número do slide 108 Número do slide 109 Número do slide 110 Número do slide 111 Número do slide 112 Número do slide 113 Número do slide 114 Número do slide 115 Número do slide 116 Número do slide 117 Número do slide 118 Número do slide 119 Número do slide 120 Número do slide 121 Número do slide 122 Número do slide 123 Número do slide 124 Número do slide 125 Número do slide 126
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