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GEOLOGIA MORRO DO CHAPEU

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Revista Discente Expressões Geográficas, nº 05, ano V. p. 141 – 153. Florianópolis, maio de 2009. 
www.geograficas.cfh.ufsc.br 
 
141 
RELATÓRIO DE CAMPO: GEOLOGIA, GEODIVERSIDADE, 
GEOCONSERVAÇÃO E GEOTURISMO EM MORRO DO CHAPÉU / BA 
(NE - BRASIL)1 
 
 
David Christopher Muniz de Amorim2 
Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL 
d_amorim@oi.com.br 
 
 
19 a 25 de Janeiro de 2009 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Na semana de 19 a 25 de janeiro de 2009, foi realizado na cidade de Morro do 
Chapéu, no Estado da Bahia, o segundo curso de campo Patrimônio Geológico, 
Geoconservação e Geoturismo, resultado de uma parceria entre o Programa de Pós-
Graduação em Modelagem em Ciências da Terra e do Meio Ambiente – PPGM, da 
Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS e a Universidade do Minho, de 
Portugal. O curso contou ainda com o apoio da CPRM – Serviço Geológico do Brasil, 
além do Instituto de Gestão das Águas e Clima – INGÁ. As aulas e palestras foram 
ministradas no Centro Integrado de Estudos Geológicos de Morro do Chapéu – CIEG e as 
excursões no entorno no município baiano. 
O professor Dr. José Bernardo R. Brilha de Portugal, foi o principal palestrante do 
evento, que contou com a coordenação da professora Drª. Marjorie Cseko Nolasco da 
UEFS e o apoio do responsável pelo CIEG o Geólogo Dr. Antônio José Dourado Rocha. 
O curso teve a participação de vários pesquisadores da CPRM, Companhia Baiana de 
Pesquisa Mineral, de outras Instituições e principalmente de acadêmicos das mais 
variadas Universidades do Brasil. Teve como objetivo maior, promover a discussão sobre 
 
1
 Excursões realizadas durante as atividades práticas do curso: “Patrimônio Geológico, Geoconservação e 
Geoturismo”. Programa de Pós-Graduação em Modelagem em Ciências da Terra e do Meio Ambiente – 
PPGM. Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS. Morro do Chapéu, Bahia, 19 a 25 de Janeiro 
de 2009. 
2
 Especialista em Geografia: Análise Ambiental, pela Universidade Federal de Alagoas. Turismólogo, pelo 
Centro Federal de Educação Tecnológica de Alagoas e Professor Licenciado em Geografia pela 
Universidade Estadual de Alagoas. 
 
 
Revista Discente Expressões Geográficas, nº 05, ano V. p. 141 – 153. Florianópolis, maio de 2009. 
www.geograficas.cfh.ufsc.br 
 
142 
a Geodiversidade no Brasil, valores e ameaças, o patrimônio geológico, seus conceitos, 
inventariação e quantificação de geosítios, além do enquadramento legal no âmbito 
internacional e brasileiro para a sua devida proteção. Além da Geodiversidade, foram 
discutidos assuntos relacionados à Geoconservação e ao Geoturismo, na realidade este 
trinômio importante para a proteção do patrimônio geológico já vem sendo trabalhado por 
alguns pesquisadores no mundo. No Brasil, as atividades estão começando e algumas 
metodologias estão sendo apresentadas, em virtude, principalmente, da inventariação dos 
sítios brasileiros, como a Chapada Diamantina por exemplo. 
O conceito de Geodiversidade é relativamente novo nas discussões científicas, sua 
utilização inicia-se em meados da década de 1990. Observa-se que na literatura 
internacional o termo geodiversidade aplica-se com maior ênfase nos estudos de 
geoconservação, destacando-se os estudos relativos à preservação do patrimônio natural, 
como as paisagens naturais, os monumentos geológicos, os sítios arqueológicos, 
paleontológicos, etc. 
O serviço geológico do Brasil define a geodiversidade como sendo o estudo da 
natureza abiótica (meio físico) constituída por uma variedade de ambientes, composição, 
fenômenos e processos geológicos que dão origem às paisagens, rochas, minerais, 
águas, fósseis, solos, clima e outros depósitos superficiais que propiciam o 
desenvolvimento da vida na Terra, tendo como valores intrínsecos a cultura, o estético, o 
econômico, o científico, o educativo e o turístico. Já a geoconservação é uma das mais 
novas vertentes da conservação da natureza e da paisagem. Segundo (Brilha, 2005) a 
geoconservação reconhece que através do processo de conservação da natureza, o 
componente abiótico é tão importante quanto o componente biótico. 
Ainda de acordo com o mesmo autor (2006) a geoconservação é um ramo da 
atividade científica que tem como objetivo principal a caracterização, conservação e 
gestão do patrimônio geológico e processos naturais associados. Na Europa e mais 
recentemente no Brasil pesquisadores preocupados na geoconservação destes 
patrimônios, que se associam ao meio abiótico, vêm promovendo e divulgando um novo 
segmento do turismo sustentável, o chamado Geoturismo (Ruchkys, 2007). 
Para (Hose, 1995), o Geoturismo é conceituado como sendo a “provisão de 
serviços e facilidades interpretativas que permitam aos turistas adquirirem conhecimento 
e entendimento da geomorfologia e geologia de um sítio, além de mera apreciação 
estética”. Cinco anos depois em (2000), Hose faz uma revisão deste conceito, desta vez 
caracterizando-o como “a provisão de facilidades interpretativas e serviços para promover 
 
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o valor e os benefícios sociais de lugares e materiais geológicos e geomorfológicos, 
assegurando sua conservação, para uso de estudantes, turistas e outras pessoas com 
interesse recreativo ou de lazer”. 
De acordo com (Nascimento, 2008), os conceitos fornecidos por Hose para 
geoturismo consideram a interpretação como forma de sensibilizar o visitante sobre a 
importância e a necessidade de conservar o patrimônio geológico. 
 
 
 Figura 1: Grupo de geocientistas que vem discutindo as questões de 
 geoconservação do patrimônio geológico no Brasil. 
 
 
 
METODOLOGIA 
Por se tratar de um evento prático, a maior parte das atividades foram realizadas 
durante as saídas de campo, para isto, os participantes utilizaram uma ficha de 
classificação do patrimônio geológico da PROGEO – The European Association for the 
Conservation of the Geological Heritage. 
O trabalho de campo foi planejado de forma a proporcionar a melhor observação 
sobre alguns aspectos da geologia, estratigrafia e geomorfologia dos locais visitados. 
Portanto, levando em consideração as distâncias em relação à base onde o grupo estava 
instalado, o CIEG, alguns pontos foram escolhidos para serem objetos de estudo durante 
 
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o curso. Pontos estes que num futuro próximo poderão ser enquadrados como geossítios. 
As paradas técnicas foram em afloramentos e cortes de estradas, muitas vezes as 
observações e discussões foram acaloradas entre todo o grupo. No primeiro dia de 
campo foi visitado a Serra do Tombador, no segundo dia de campo foi observado o 
chamado Buraco do Possidônio, o Morrão e os Conglomerados as margens da conhecida 
rodovia do feijão, BA 052. Por último, no terceiro dia de campo a visita foi na cachoeira do 
Ferro Doido, cachoeira de grande beleza cênica. 
 
 
 Figura 2: Localização do município de Morro do Chapéu / BA 
 
 
1º Dia de Campo / 21- Jan – 09 
 
Serra do Tombador: 9:36:52 
A serra do Tombador, forma parte da chamada escarpa oriental da Chapada 
Diamantina, é constituída por rochas sedimentares clásticas, com idade superior a um 
bilhão de anos, segundo (Pedreira, 2002). Localizada pela coordenada geográfica de 
11°05’44.8” de latitude Sul e de 040°39’59.9” de longitude Oeste, situação que a coloca 
aproximadamente paralela à serra de Jacobina, na qual é separada por um grande vale. 
 
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Ao longo da rodovia BR – 324 foi possível observar discordâncias, (não-conformidade), 
entre este embasamento e as rochas da Formação Tombador. Ainda de acordo com o 
mesmo autor, eles consistem em arenitos com granulometria bimodal e estratificação 
cruzada de grande porte. Segundo (Rocha, 2002) as litologias e estruturas sedimentares 
da Formação Tombador a caracterizam como um paleo-deserto perfeitamente 
preservado. Para ambos os autores acima citados devido a uma elevação do seu nível, o 
mar transgrediu sobre a Formação Tombador, depositando sobre ela argilitos e siltitos da 
Formação Caboclo, em um ambiente de planície de maré. 
 
 
 
 Figura 3 – Morro do cruzeiro visto da Figura 4 – Arenito da Formação 
 Serra do Tombador, visada Norte. Tombador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 - Panorama de discordância 
entre a Formação Tombador e o 
embasamento cristalino. 
 
 
 
2º Dia de Campo / 22- Jan – 09 
 
Figura 6 - Detalhe da não 
conformidade entre a Formação 
Tombador o embasamento. 
 
 
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Buraco do Possidônio: 8:46:38 
Descoberto na década de trinta, o Buraco do Possidônio é uma grande dolina de 
colapso, com um contorno meio cilíndrico e com cerca de 150 metros de diâmetro por 70 
metros de profundidade. Segundo o Geólogo Antonio Dourado, a origem da dolina, que é 
desenvolvida em siltitos, está relacionada à presença de rochas calcárias subjacentes, 
passíveis de sofrerem dissolução, o que provocou o desmoronamento das camadas 
superiores, caracterizando-a como um dolina. 
Foi observado em campo um grande contraste entre a vegetação de semi-árido na 
superfície e a que ocorre em seu interior, onde há árvores de grande porte, ainda no local 
observou-se o que parece ser uma possível entrada de uma caverna. Chega-se ao local a 
partir da cidade de Morro do Chapéu, acessando a estrada para Bonito, cerca de 1 km, 
em seguida entrar à direita em estrada secundária por cerca de 18 Km, em seguida entrar 
à esquerda passando por uma cancela, 08 Km. Localizada pela coordenada geográfica de 
11°38’48.9” de latitude Sul e de 041°16’10.9” de longitude Oeste, possuindo uma altitude 
de 974 metros na superfície da borda. O buraco do Possidônio é uma área particular, 
necessitando de autorização prévia de seu proprietário para visitação. 
 
Figura 7 – Trilha em Caatinga Figura 8 – Ponto de observação e 
fechada para o Buraco fotografia da dolina. 
do Possidônio. 
 
 
 
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Figura 9 – Árvore de grande porte Figura 10 – Possível entrada de caverna 
no interior da dolina. na dolina. 
 
 
 
 
Morrão: 10:08:01 
Afloramento situado a 1.293 metros de altitude, com cerca de 250 metros acima do 
nível topográfico da sede do município. Localizado pela coordenada geográfica de 
11°35’29.0” de latitude Sul e de 041°12’27.9” de longitude Oeste. O acesso acontece a 
partir da cidade de Morro do Chapéu pela estrada asfaltada para Bonito por cerca de 
1Km, entrando à direita e seguindo por estrada secundária 4,6 Km, depois desviar à 
direita com percurso de 2,5Km. No Morrão ainda pode-se observar uma rica e 
diversificada flora, além de uma bela vista panorâmica da região Oriental da Chapada 
Diamantina. 
 
 Figura 11 - Morrão Figura 12 - Vista do Morrão na visada 
 em direção a cidade de Lençóis. 
 Figura 13 – Flor típica do Morrão Figura 14 - Detalhe no arenito 
 
 
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Conglomerados de Morro do Chapéu: 11:13:10 
Corresponde a afloramentos de quartzito conglomeráticos da parte inferior da 
Formação Morro do Chapéu. São blocos soltos, no local, no acostamento à direita da 
estrada, na entrada de acesso à pequena rodoviária de Morro do Chapéu, (lado Norte). 
Os blocos, grandes, são formados por arenitos grossos, conglomeráticos e 
conglomerados com abundantes estratos cruzados. 
Segundo Misi & Silva (1996) os Conglomerados são formados por seixos e calhaus 
de rochas graníticas, arenitos, quartzitos, filitos, laminitos estromatolíticos e cal-carenitos 
oolíticos. Dominguez & Rocha (1991) referem-se à existência de medidas de 
paleocorrentes tomadas em afloramentos próximos dessa mesma litofácies, cujo fluxo é 
essencialmente para NW (N307° a N346°). Estes mesmos autores interpretam a 
deposição em sistemas fluviais entrelaçados, que preenchem um grande vale escavado 
nos sedimentos plataformais da Formação Caboclo. Há nesses conglomerados belas 
pinturas rupestres, que de alguma forma poderiam atrair turistas para o local, 
proporcionando renda para a população local. Este geossítio está Localizado pela 
coordenada geográfica de 11°32’56.1” de latitude Sul e de 041°10’08.1” de longitude 
Oeste. 
 
Figura 15 – Conglomerados Figura 16 – Detalhe do conglomerado 
 
 
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3° Dia de Campo / 23 - Jan - 09 
Cachoeira do Ferro Doido: 11:34:31 
O termo “Ferro Doido” foi criado por garimpeiros de diamantes para indicar a 
dificuldade de trabalhar na área face à presença de grandes blocos de arenito sobre o 
cascalho. Situando-se a cerca de 500 metros da BA – 052, oferece um espetáculo de rara 
beleza em um vale com desnível de cerca de 80 metros. Iniciando em um pequeno 
afloramento em relevo sobre o acostamento direito (lado Norte), diretamente sobre os 
metassedimentos da Formação Caboclo. A partir daí observam-se afloramentos contínuos 
no leito do rio Ferro Doido, próximo de 1,5 Km para Oeste, no sentido da cidade de Morro 
do Chapéu. Descendo o rio Ferro Doido por cerca de 400 metros, alcança-se a bela 
cachoeira, com sua água avermelhada, rica em ferro, que oferece aos visitantes, um 
magnífico espetáculo quando o rio está cheio. A queda d` água é através dos paredões 
de quartzitos da Formação Morro do Chapéu, com camadas suborizontais. 
Esta parada teve como principal objetivo mostrar a geomorfologia e geometria local 
da Formação Morro do Chapéu, que parece estar preenchendo um paleovale, a julgar 
pela enorme variação de espessura ao longo de poucos metros, mantendo-se as 
camadas suborizontais, segundo Misi & Silva (1996). Na realidade, esta geometria foi 
demonstrada pó Dominguez & Rocha (1990), que interpretaram a existência de um limite 
Figura 17 - Pintura rupestre nos 
conglomerados. 
Figura 18 - Pintura rupestre em Morro 
do Chapéu. 
 
 
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de seqüências (discordâncias) no contato entre as Formações Caboclo e Morro do 
Chapéu. 
A cachoeira do Ferro Doido tem sido muito visitada, principalmente por quem passa 
as margens da rodovia. O acesso é simples pela BA- 052 (18 km), até a ponte sobre o rio 
de mesmo nome, partindo da cidade de Morro do Chapéu. Esta localizada pela 
coordenada geográfica de 11°37’31.1” de latitude Sul e de 040°59’58.3” de longitude 
Oeste. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAISFigura 19 - Ponte sobre o 
rio Ferro Doido. 
 
Figura 20 – Margem do rio 
Ferro Doido. 
 
Figura 21 - Paredões de quartzitos. Figura 22 - Cachoeira do 
Ferro Doido em época de 
seca. 
 
 
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A combinação curso e saídas a campo foi muito feliz, o preparo e organização do 
curso envolvendo temáticas novas no Brasil, certamente renderá bons frutos num futuro 
próximo. O trinômio, Geodiversidade, Geoconservação e Geoturismo, como já foi dito, 
ainda é pouco conhecido no País, contudo este grupo que vem trazendo tais discussões 
certamente está no caminho correto, tendo em vista as discussões e o amadurecimento 
do mesmo. 
Tanto o primeiro curso na cidade de Lençóis, quanto este em Morro do Chapéu foi 
de grande valia para as futuras escolhas em relação aos métodos a serem trabalhados, 
tendo em vista que estamos num processo contínuo de aprendizado. A reflexão dos 
diversos conteúdos apresentados durante o curso suscitaram um conjunto de questões 
que necessitam de ser discutidas no âmbito da comunidade geocientífica brasileira. A 
esses, é importante levantar ainda o (re) conhecimento de todos os colegas de curso, nas 
áreas de Geologia, Geografia e Turismo, com cujas discussões tanto aprendemos, e 
desfrutamos sempre de agradável companhia durante esses sete dias de trabalho no 
município baiano de Morro do Chapéu. 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
São devidos ao PPGM – Programa de Pós-Graduação em Modelagem em 
Ciências da Terra e do Ambiente, da UEFS, na pessoa da coordenadora do curso e 
professora, Doutora Marjorie Csekö Nolasco. Ao professor principal do curso, Doutor José 
Bernardo R. Brilha, da Universidade do Minho – Portugal. Aos Geólogos Dr. Augusto 
Pedreira e Dr. Antônio Dourado Rocha, pela condução nos trabalhos de campo na região 
de Morro do Chapéu. Ficam os sinceros agradecimentos ao incansável guia de turismo 
local, Sr. Gilmar Novais, e a todos que fizeram este magnífico curso. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Revista Discente Expressões Geográficas, nº 05, ano V. p. 141 – 153. Florianópolis, maio de 2009. 
www.geograficas.cfh.ufsc.br 
 
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