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Estrutura, formacao e classe das palavras.

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CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR 
ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO 
PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br 
1 
 
AULA 2 - ESTRUTURA, FORMAÇÃO E CLASSE DAS PALAVRAS 
Olá, pessoal 
Algumas questões de provas utilizam a expressão “análise morfossintática” em seus 
enunciados, o que leva muita gente ao desespero: “Nossa, eu não estudei isso!!!”. 
Calma, povo! Em nosso estudo de hoje, abordaremos esses conceitos e saberemos 
que, ao fim do curso, você terá sido apresentado aos elementos que possibilitam 
essa bendita análise. 
A gramática se divide basicamente em: FONÉTICA, MORFOLOGIA, SINTAXE, 
SEMÂNTICA e ESTILÍSTICA. 
Fonética estuda os sons e fonemas linguísticos. Neste ponto, estudam-se, inclusive, 
tonicidade, classificação da palavra segundo a sílaba tônica, encontros vocálicos ou 
consonantais etc. Parte disso já foi objeto de comentário na aula anterior. 
Felizmente, não precisamos nos aprofundar, pois somente os aspectos relativos à 
ortografia costumam fazer parte dos programas de concursos públicos. 
Morfologia estuda a palavra em si, quer em relação à forma, quer em relação à 
ideia que ela encerra (classes das palavras, flexões, elementos mórficos, terminação, 
grafia). Esse é o assunto da aula de hoje. 
Sintaxe é o estudo da palavra com relação às outras que se acham na mesma 
oração (concordância, regência, colocação). 
Semântica estuda os sentidos das palavras (já vimos na aula anterior) e Estilística 
investiga o sistema expressivo que o idioma apresenta (figuras de estilo, de 
linguagem etc.). 
Assim, a análise morfológica considera a palavra, sua formação, sua classe, a 
possibilidade de emprego, suas flexões, enquanto que a análise sintática trata da 
relação dessa palavra com as demais numa estrutura oracional. Em suma, uma 
análise morfossintática aborda todos estes aspectos – a palavra em si e sua relação 
com as demais da oração. Viu como não é nenhum bicho de sete cabeças (agora, 
sem hífen)??? 
Na Morfologia, um dos pontos a ser estudado é a estrutura das palavras, isto é, as 
unidades que as compõem. 
 
ESTRUTURA DAS PALAVRAS 
Recentemente, esse ponto do programa vem sendo explorado em concursos 
públicos, principalmente pela Fundação Getúlio Vargas. 
Para conhecer a estrutura das palavras, iremos “dissecá-las”, identificando cada uma 
de suas pequenas partes. 
As palavras são constituídas de morfemas, que são unidades mínimas indivisíveis 
da palavra (equivalem às células do corpo). 
Esses morfemas apresentam significados, que podem ser de natureza lexical 
(conceitos e sentidos da língua; léxico é o conjunto de palavras de uma língua, ou 
seja, vocabulário) ou de natureza gramatical (gênero, número, modo, tempo). 
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2 
 
Vamos a um exemplo. Na palavra CÉUS, podemos distinguir dois morfemas – o 
primeiro, que carrega a significação, forma, por si, um vocábulo: céu; o segundo 
não tem autonomia vocabular, serve para identificar o número: s. Ao primeiro, dá-se 
o nome de morfema lexical (significado), e, ao segundo, o nome de morfema 
gramatical (define o número). 
Os morfemas podem ser divididos em: 
- elementos básicos e significativos: raiz, radical e tema; 
- elementos modificadores de significação: afixos, desinências e vogal temática; 
 
Há, também, os elementos de ligação: vogais ou consoantes, também chamados de 
infixos. Esses elementos não são considerados morfemas, como veremos adiante. 
 
Raiz 
É o elemento mínimo, primitivo, carregado do núcleo significativo que se conserva 
através do tempo, comum às palavras cognatas, ou seja, da mesma família. É objeto 
de estudo da Etimologia, parte da gramática que estuda a origem das palavras. 
A título de exemplo, as palavras estar (em latim, stare) e constar (em latim, 
constare) possuem a mesma raiz: “st”. 
 
Radical 
É o elemento comum das palavras cognatas. É responsável pelo significado básico da 
palavra. Ex.: Em terra, terreno, terreiro, terrinha, enterrar, terrestre e aterrar, o 
radical comum a todos é terr-. 
Às vezes, pode sofrer alterações. Ex.: dormir, durmo; querer, quis 
As palavras que possuem mais de um radical são chamadas de compostas. Ex.: 
passatempo 
Ao radical, juntam-se os demais elementos, como desinências, sufixos, prefixos, 
infixos, vogais temáticas, de forma a compor novas palavras. 
Nos verbos, o radical é o que resta após eliminar a terminação “AR”, “ER”, “IR”: 
CANTAR = radical é CANT 
BEBER = radical é BEB 
PARTIR = radical é PART 
A partir da mesma raiz, formam-se vários vocábulos: são cognatos os vocábulos 
coração, cardíaco, cordial, cardiologista. 
Uma curiosidade: a expressão de cor, usada em “saber de cor”, é também cognata 
de “coração”. Isso porque os antigos consideravam o coração como sede não só da 
sensibilidade (amor), mas também da inteligência. Então “saber de cor” liga-se à 
ideia de “saber de coração”. 
Vamos ver alguns exemplos da formação das palavras cognatas. 
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Ao radical CARDI (do grego kardia = coração) podem ligar-se: 
a) O (vogal de ligação) + LOG (logos = tratado) + IA (sufixo) = CARDIOLOGIA 
b) O (vogal de ligação) + PAT (path é a raiz de páscho = sofrer) + IA = 
CARDIOPATIA 
Afixos 
São partículas que se anexam ao radical para formar outras palavras. Existem dois 
tipos de afixos: 
Prefixos: colocados antes do radical. Ex.: desleal, ilegal 
Sufixos: colocados depois do radical. Ex: felizmente, igualdade, confeitaria 
 
Infixos 
Os infixos, também chamados de vogais ou consoantes de ligação, não são 
significativos e, por isso, não são considerados morfemas. 
Entram na formação das palavras para facilitar a pronúncia. 
Ex.: café (radical) + T + eira (sufixo) = cafeteira 
 capim(radical) + Z + al (sufixo) =capinzal 
 rod (radical) + O + via (radical) = rodovia 
Vogal Temática 
Vogal Temática (VT) se junta ao radical para receber outros elementos. 
Pode existir vogal temática tanto em verbos quanto em nomes. Ex.: beber, rosa, 
sala. 
Nos nomes, as vogais temáticas podem ser a, e, o. 
Nos verbos, também são três as vogais temáticas – a, e, i – e estas indicam a 
conjugação a que pertencem os verbos (1ª, 2ª ou 3ª conjugação, respectivamente). 
Ex.: partir (PART + I + R) - verbo de 3ª conjugação 
 sonhando (SONH + A + NDO) – verbo de 1ª.conjugação 
Eu disse “pode existir” porque nem todas as palavras possuem vogal temática. Há 
formas verbais e nomes sem vogal temática. Isso pode ocorrer nos nomes 
terminados em consoante (rapaz, fácil) ou em vogal tônica (saci, fé) – casos em 
que o radical se confunde com o tema (resultado da união do radical com a vogal 
temática), ou em algumas conjugações verbais. 
Em resumo, se um nome terminar por outra letra que não o “a”, “e” ou 
“o”, é chamado de atemático (sem tema). 
CUIDADO: não confunda vogal temática com desinência, que marca a flexão 
da palavra. 
Em palavras que não se flexionam em gênero, esse “a”, “e” ou “o” finais são o tema, 
e a desinência de gênero é indicada pelo símbolo Ø: 
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 radical VT 
desinência 
gênero 
desinência 
número 
sala sal a 
pinto pint o Ø 
livros livr o Ø s 
estudantes estudant e Ø s 
Quando o nome se flexiona, o “a” será desinência de gênero (feminino) e “o”, a 
desinência no masculino. Esse é o posicionamento de Celso Cunha e Lindley Cintra, 
em sua obra Nova Gramática do Português Contemporâneo (Ed.NovaFronteira). 
 
 radical 
desinência 
gênero 
desinência 
número 
aluno alun o 
bela bel a 
algumas algum a s 
menino menin o 
meninas menin a s 
 
OBSERVAÇÃO: Outros autores apontam como Ø a indicação do gênero masculino, 
considerando que o morfema “o” seria a vogal temática (menino = radical: menin + 
VT: o). Em nosso material, adotamos o posicionamento de Cunha e Cintra, por ser 
majoritário. Acredito serem remotas as chances dessa classificação ser objeto de 
prova, mas, de qualquer forma, fica registrada a ressalva. 
Lembramos mais uma vez que algumas formas verbais podem não apresentar vogal 
temática. Por exemplo: eu mato (1ª.pessoa do singular do presente do indicativo do 
verbo matar) – “mat” é o radical e “o” é uma desinência. 
 
Tema 
É a união do radical com a vogal temática. 
Ex.: cantaremos = cant (radical) + a (VT) = canta (tema) 
 mala = mal (radical) + a (VT) = mala 
 
Desinências 
São morfemas colocados no fim das palavras para indicar flexões verbais ou 
nominais. Podem ser: 
1) Nominais: indicam gênero (feminino ou masculino) e número (singular ou plural) 
dos nomes (substantivos, adjetivos, alguns pronomes e numerais). 
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GÊNERO 
masculino.............. o 
feminino................ a 
NÚMERO 
singular................. Ø (ausência de desinência) 
plural.................... s 
 
2) Verbais: existem dois tipos de desinências verbais: desinência modo-temporal 
(DMT) e desinência número-pessoal (DNP). 
Seus nomes já dizem tudo, não é? 
DMT – indica o modo e o tempo (presente do indicativo, pretérito imperfeito do 
subjuntivo) 
DNP – indica o número e pessoa (1ª.pessoa do singular, 3ª.pessoa do plural) 
- desinência modo-temporal: 
MODO INDICATIVO: 
presente: não há (qualquer desinência que exista será DNP) 
pretérito perfeito: não há (qualquer desinência que exista será DNP) 
pretérito imperfeito: va, ve (1ª conjugação); a, e (2ª e 3ª conjugação) 
pretérito mais-que-perfeito (o que acabamos de ver): ra, re 
futuro do presente: ra, re 
futuro do pretérito: ria, rie 
MODO SUBJUNTIVO 
presente: e (1ª conjugação); a (2ª e 3ª conjugações) 
pretérito imperfeito: sse 
futuro: r 
________________________ 
- desinência número-pessoal: 
MODO INDICATIVO 
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 eu / tu / ele / nós / vós / eles 
presente: o / s / - / mos / is / m 
pretérito perfeito: i / ste / u / mos / stes / ram 
pretérito imperfeito: - / s / - / mos / is / m 
pretérito mais-que-perfeito: - / s / - / mos / is / m 
futuro do presente: i / s / - / mos / is / o (do "rão", sendo "ra" DMT) 
futuro do pretérito: - / s / - / mos / is / m 
MODO SUBJUNTIVO 
presente: - / s / - / mos / is / m 
pret.imperfeito: - / s / - / mos / is / m 
futuro: - / es / - / mos / des / m 
 
 2.1) Verbo-nominais (VN): indica as formas nominais dos verbos (infinitivo, 
gerúndio e particípio). Ex.: beber, correndo, partido 
 
Exemplos 
 
TEMPO/MODO/ 
FORMA NOMINAL 
TEMA 
DMT DNP VN RADICAL VT 
CANTAVA Pret.Imp.Indicativo CANT A VA 
CANTÁVAMOS Pret.Imp.Indicativo CANT A VA MOS 
COMPRARÍAMOS Fut.Presente Indic. COMPR A RÍA MOS 
COMPRANDO Gerúndio COMPR A NDO 
COMPRAS Presente Indicativo COMPR A S 
AMASSE Pret.Imperf.Subj. AM A SSE 
AMÁSSEMOS Pret.Imperf.Subj. AM Á SSE MOS 
 
 
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS 
Já conhecemos as “partes” das palavras - morfemas. Agora, veremos a maneira 
como os morfemas se organizam para formar novas palavras. 
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PRIMITIVA DERIVADA 
 Carne 
 
Encarnar 
Desencarnar 
Desencarnado 
Carnívoro 
 
Os principais processos de formação são: Derivação, Composição, Hibridismo, 
Onomatopeia, Sigla e Abreviação. Os principais são os dois primeiros. 
 
1. Derivação 
Processo de formar palavras no qual a nova palavra é derivada de outra chamada de 
primitiva. 
Os processos de derivação são: 
Derivação Prefixal 
A derivação prefixal é um processo de formar palavras no qual um prefixo ou mais 
são acrescentados à palavra primitiva. 
Ex.: pôr (primitiva) / compor (prefixo + primitiva) / recompor (dois prefixos + 
primitiva) 
Derivação Sufixal 
A derivação sufixal é um processo de formar palavras no qual um sufixo ou mais são 
acrescentados à palavra primitiva. 
Ex.: real (primitiva) / realmente (primitiva + sufixo) 
 
Derivação Prefixal e Sufixal 
A derivação prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo são 
acrescentados à palavra primitiva de forma independente, ou seja, sem a presença 
de um dos afixos a palavra continua tendo significado. 
Ex.: deslealmente (prefixo: des + sufixo: -mente) - também existem os vocábulos: 
desleal / lealmente 
Alguns autores, todavia, não aceitam essa classificação. Julgam que houve, 
primeiramente, um dos processos para, então, ocorrer o outro. 
Por exemplo: graça Î desgraça (prefixação) Î desgraçado (sufixação) 
 
Derivação Parassintética 
A derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo são 
simultaneamente acrescentados à palavra primitiva de forma dependente, ou seja, 
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os dois afixos não podem se separar, devem ser usados ao mesmo tempo, pois sem 
um deles a palavra não se reveste de nenhum significado. 
Ex.: anoitecer (prefixo: a + sufixo: -ecer) - não existem “anoite” nem “noitecer”. 
 desperdiçar (prefixo: des + sufixo: -içar) – não existem “desperd(a)” nem 
“perdiçar”. 
 engordar (prefixo: en + sufixo: -ar) – não existem “engord(a)” nem “gordar”. 
Maria Nazaré Laroca, no Manual de Morfologia do Português, observa que há uma 
grande produtividade deste processo de formação das palavras, sobretudo, com 
bases substantivas: 
PREFIXO “EN" + SUBSTANTIVO + SUFIXO “AR” Î DERIVADA 
en + caderno + ar Î encadernar 
en + terra + ar Î enterrar 
en + cabeça + ar Î encabeçar 
 
 
Derivação Regressiva 
Normalmente, as palavras derivadas são maiores que as primitivas. No processo de 
derivação regressiva ocorre o inverso – a derivada é menor que a primitiva. Ocorre 
perda vocabular. 
 SARAMPÃO Î SARAMPO 
 
Chama-se deverbal quando, a partir desse processo, um verbo (geralmente 
indicativo de ação) dá origem a um substantivo abstrato.
COMPRAR Î COMPRA 
VENDER Î VENDA 
ATACAR Î ATAQUE 
 
SACAR Î SAQUE 
COMBATER Î COMBATE 
CASTIGAR Î CASTIGO
Derivação Imprópria 
A derivação imprópria, também intitulada de “mudança de classe” ou “conversão”, 
ocorre quando palavra comumente usada como pertencente a uma classe é usada na 
função de outra, mantendo inalterada sua forma. 
 “A cerveja que desce redondo.” (originalmente adjetivo, usado como advérbio). 
 Comício monstro (substantivo usado como adjetivo) 
 
2. Composição 
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Consiste na criação de uma nova palavra a partir da junção de dois ou mais radicais 
(palavra composta). 
Pode ocorrer de duas formas: 
- aglutinação - ocorre alteração na forma ou na acentuação dos radicais originários.
fidalgo (filho + de +algo) 
aguardente (água + ardente) 
embora (em + boa +hora) 
pernalta (perna + alta)
 
- justaposição – seu próprio nome já indica o processo. Os radicais são mantidos 
da forma original, podendo ser ligados diretamente ou por hífen. 
 beija-flor malmequer bem-me-quer segunda-feira 
Curiosidades: algumas palavras que, em português, apresentam forma simples, em 
sua origem eram compostas: aleluia provém do hebraico hallelu Yah (= louvai ao 
Senhor); oxalá deriva do árabe wa as llâh (= e queira Deus). (Fonte: Cunha, C. e 
Cintra, L., op.cit., p.108) 
Existe um motivo para essa diferença entre BEM-ME-QUER e MALMEQUER. 
A regra de emprego de hífen que se aplica ao advérbio BEM é diferente da regra que 
se aplica ao MAL. 
- BEM exige hífen para formar uma palavra composta com outro vocábulo, 
conservando cada um sua própria estrutura e acentuação: "bem-querer", "bem-
aventurança", "bem-humorado", "bem-disposto"; 
- MAL se liga com hífen a palavras iniciadas por H ou vogal ("mal-acostumado", 
"mal-acabado", "mal-humorado"), somente. Assim, se o outro vocábulo iniciar por 
outra letra que não seja H ou vogal, escreve-se "tudo junto": "malfeitor", 
"maltrapilho", "maltratar". 
Isso justifica as formas: bem-me-quer, bem-comportado e malmequer, 
malcomportado. 
Não posso deixar de observar que existem algumas formas aglutinadas do "bem", 
mas essas são raras e justificáveis por etimologia e processo de formação: benfeitor 
(do latim benefactore), benfeitoria e benfazejo (palavras derivadas da primeira); 
bendizer (do latim benedicere), bendito (derivada da anterior). 
3. Hibridismo 
Consiste na formação de palavras pela junção de radicais de línguas diferentes 
 auto/móvel (grego + latim) bio/dança (grego + português) 
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4. Onomatopeia 
Consiste na formação de palavras pela imitação de sons e ruídos. 
 pingue-pongue buá miau tique-taque zun-zum 
5. Sigla 
Consiste na redução de nomes ou expressões empregando a primeira letra ou sílaba 
de cada palavra. 
 UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais 
 IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
Uma vez “vulgarizada”, a sigla passa a ser considerada como primitiva, podendo 
formar derivadas: deputados petistas (PT), empregados celetistas (regidos pela 
CLT), pacientes aidéticos (portadores de AIDS). 
6. Abreviação ou redução 
Consiste na redução de parte de palavras com objetivo de simplificação. 
 moto (motocicleta) gel (gelatina) cine (cinema) extra (extraordinária). 
 
A seguir, indicamos, para o seu conhecimento, alguns prefixos gregos e 
latinos. 
 
 
 
 
 
ALGUNS PREFIXOS GREGOS 
PREFIXOS SIGNIFICADO EXEMPLOS 
 a-, an- negação, privação, falta analfabeto, ateu, anestesia 
 ana- decomposição, inversão, repetição análise, anagrama, anáfora 
 anfi- ao redor de, duplicidade anfiteatro, anfíbio 
 anti- (ant-) oposição antídoto, antagonista 
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 apo- distância, afastamento apogeu, apóstolo 
 arqui-, arque-, arc-, 
arce-, arci- 
superioridade, primazia arquipélago, arcanjo, 
arquimilionário, arcebispo 
 cata- movimento de cima para baixo catadupa, catarata 
 dia-, di- através de, duplicidade, afastamento diagonal, ditongo, diacronia 
 dis- dificuldade dispneia, disenteria 
 ec-, ex- movimento para fora eclipse, exorcista, êxodo 
 e-, en- posição interna encéfalo, emplasto 
 epi- posição superior, posterioridade epitáfio, epílogo 
 eu- bom, bem, perfeição, excelência, 
verdade 
eucaristia, eufonia, 
evangélico 
 hemi- meio, metade hemisfério 
 hiper- posição superior, excesso hipérbole, hipertrofia, 
hipertensão 
 hipo- falso, por baixo de, posição inferior hipocrisia, hipotensão, 
hipotenusa 
 meta- transformação, movimento de um 
lugar para o outro, mudança 
metamorfose, metáfora, 
metacarpo 
 para- proximidade, ao lado, paralelismo paradigma, parônimo, 
parágrafo 
 peri- em volta de, em torno de perímetro, perígrafe 
 poli- multiplicidade polissemia, polissílaba 
 pro- em frente, para frente, anterior progresso, prólogo, 
prognóstico 
 sin-, sim-, si- simultaneidade, reunião sinfonia, sintonia, síntese, 
 
ALGUNS PREFIXOS LATINOS 
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PREFIXOS SIGNIFICADO EXEMPLOS 
a-, ab-, abs- afastamento, separação abstenção, abdicar, aversão 
a-, ad-, ar-, as- aproximação, direção, 
tendência 
adjunto, adjacente, admirar, 
assentir, arrendar 
ambi- duplicidade (=“ambos”) ambidestro, ambíguo 
ante- anterioridade anteontem, antepassado 
aquém- do lado de cá aquém-mar 
bis-, bi- repetição bípede, binário, bisneto 
circum- em torno de, ao redor circunferência, circunscrito 
cis- posição aquém cisandino, cisalpino 
com- (con-), co- (cor-) companhia, combinação compor, coautor, cooperar, 
correligionário 
contra- oposição contravenção, contradizer 
de- movimento de cima para baixo decrescer, demolir, decair 
des-, dis- separação, privação, negação deportar, descriminar, descrer, 
dissidência 
e- ,em- ,em- , in- (im) introdução, superposição engarrafar, empilhar, imergir, 
ingerir 
e-, es-, ex- movimento para fora, 
mudança de estado, separação 
emergir, expelir, escorrer, extrair, 
exportar, esvaziar, esconder, 
explodir 
extra- posição exterior, excesso extravagante, extraordinário, 
extravasar 
intra- posição interior intramuscular, intravenenoso 
i-, im-, in- negação, mudança imoral, impúbere, incinerar 
intra-, intro-, in-, i- movimento para dentro imersão, impressão, inalar, 
intrapulmonar, introduzir 
justa- posição ao lado justaposição 
o-, ob- posição em frente, oposição obstáculo, obstar, obsceno, opor 
per- movimento através de perfurar, pernoite, perfumar 
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pos- ação posterior, em seguida pospor, póstumo 
pre- anterioridade, superioridade pré-natal, predomínio, prefixo 
pro- movimento para frente, 
intensidade 
projetar, propulsor, prolongar 
re- repetição, para trás recomeço, regredir 
retro- movimento mais para trás retrospectiva, retroagir 
sub-, sus-, sob-, so- movimento de baixo para 
cima, posição inferior 
suspender, subsolo, soerguer, 
supor 
sobre-, super-, supra- acima, excesso sobrepor, supermercado, 
supracitado 
trans- (tras-, tra-, tres) através de, além de, mudança transpor, trespassar, traduzir, 
transbordar 
ultra- além de, excesso ultrapassado 
vice-, vis- abaixo de, substituição visconde, vice-cônsul 
 
 
CLASSES GRAMATICAIS 
A Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) enumera em dez as classes 
gramaticais: substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral, verbo, 
advérbio, preposição, conjunção e interjeição. Tomamos a liberdade de incluir 
mais uma, apresentada sem denominação na NGB, mas reconhecida por gramáticos 
consagrados: palavras denotativas. 
Para fins didáticos, separamo-las em duas categorias: variáveis e invariáveis: 
CLASSES DE PALAVRAS 
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS 
Substantivo Advérbio 
Adjetivo Palavra Denotativa 
Artigo Preposição 
Pronome Conjunção 
Numeral Interjeição 
Verbo 
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Cada uma delas será analisada isoladamente. 
1. SUBSTANTIVO 
Palavra com que designamos ou nomeamos os seres em geral. 
Primitivos 
Dão origem a outras palavras. 
Ex.: terra, casa 
 
Derivados 
São criados a partir de outras palavras. 
Ex.: terreiro, aterrar; casebre, casinha 
 
 
Simples 
Formados por apenas um radical. 
Ex.: cabra, tempo 
 
Compostos 
Formados por mais de um radical. 
Ex.: cabra-cega, passatempo 
 
Comuns 
Designação genérica, referente a 
qualquer ser de uma espécie. 
Ex.: rua, praça, mulher 
Obs. Os dias da semana, como os meses 
do ano ou as estações do ano, não são 
nomes próprios – designam frações do 
tempo. 
 
Próprios 
Um ser específico da espécie. 
Ex.: rua Rio de Janeiro, praça Duque de 
Caxias, Isabela 
 
Concretos 
Nomeiam objetos, lugares, pessoas, 
animais, ou seja, coisas que têm 
subsistência própria. 
Entram nessa espécie os fictícios e coisas 
hipoteticamente existentes. 
Ex.: Carmem, mesa, urso, fada, Júpiter 
Abstratos 
Nomeiam ações, estados, sentimentos, 
qualidades, noções, ou seja, coisas que 
só existem em função de outras. 
Ex.:alegria, tristeza, realização, modo, 
viagem, colheita, delicadeza, rispidez. 
 
 
Coletivos 
Os substantivos coletivos transmitem a noção de plural, embora sejam grafados no 
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singular. Nomeiam um agrupamento de seres da mesma espécie. 
Ex.: matilha, multidão, rebanho, freguesia. 
 
1.1) Flexão em número 
Como vimos, os substantivos são palavras variáveis, alterando-se em função do 
número e do gênero. 
a) Formação do plural nos substantivos simples 
- Regra geral: o plural é formado pelo acréscimo da desinência -s. 
 mapa Î mapas degrau Î degraus 
- Substantivos terminados em -ão: a regra é a forma plural -ões, mas também 
há casos em que formam -ães ou -ãos. Todos os paroxítonos e alguns oxítonos 
terminados em –ão formam o plural –ãos. 
 questão Î questões capitão Î capitães 
 irmão Î irmãos órfão Î órfãos 
Alguns substantivos apresentam mais de uma forma: 
 anão Î anões, anãos aldeão Î aldeãos, aldeões, aldeães 
 charlatão Î charlatões, charlatães; etc. 
- Substantivos terminados em -r, -z: acréscimo de -es. 
 bar Î bares raiz Î raízes vez Î vezes júnior Î juniores 
 gravidez Î gravidezes (estranhou, por quê? Significa mais de uma gestação) 
- Substantivos terminados em -s: acréscimo de -es quando forem oxítonos; 
invariáveis quando não forem oxítonos. 
 país Î países lápis Î lápis ônibus Î ônibus 
- Substantivos terminados em -l: substitui-se o -l por –is; em alguns poucos 
casos, acrescenta o –es. 
 anel Î anéis álcool Î álcoois mal Î males cônsul Î cônsules 
- Substantivos diminutivos: segundo a norma culta, o plural de diminutivos 
obedece à seguinte regra: do vocábulo original no plural, é retirada a letra “s”, que 
irá para o fim da palavra, após o sufixo que indica essa flexão em grau. 
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faróis Î faroizinhos bares Î barezinhos flores Î florezinhas 
 
b) Formação do plural nos substantivos compostos 
 
A flexão de número dos substantivos compostos segue o quadro abaixo: 
Condição 
Varia(m) .... elemento(s) 
Exemplos 
o 1º último todos nenhum 
Substantivo 
composto sem hífen X 
pontapés, planaltos, 
aguardentes, 
vaivéns 
Palavras repetidas 
ou onomatopeias X 
tico-ticos, 
reco-recos 
Verbo ou palavra 
invariável + 
substantivo ou 
adjetivo 
 X 
sempre-vivas, 
vaga-lumes, 
para-choques, 
abaixo-assinados 
guarda-roupas 
(ideia de “guardar”) 
Dois substantivos 
ou substantivo + 
adjetivo (qualquer 
ordem) 
 X 
guardas-noturnos, 
couves-flores, 
secretários-
executivos 
Substantivos 
compostos ligados 
por preposição 
X Pés-de-moleque, copos-de-leite 
Verbo + advérbio X Os fala-mansa 
Verbos antônimos X Os leva-e-traz 
Dois substantivos, 
quando o 2º. 
indicar finalidade 
ou semelhança, 
limitando o sentido 
do 1º (flexão 
predominante). 
Modernamente, já 
se aceita a flexão 
X (X) 
Pombos-correio(s), 
carros-bomba(s), 
salários-família(s), 
navios-escola(s), 
peixes-boi(s) 
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dos dois elementos. 
 
1.2) Flexão em gênero 
 
Quanto ao gênero, os substantivos podem ser: 
a) Biformes: possuem duas formas, uma para o feminino e outra para o masculino. 
 Pombo – pomba príncipe – princesa ator – atriz pastor - pastora 
b) Uniformes: possuem apenas uma forma para os dois gêneros. 
Os substantivos uniformes se subdividem em: 
Epicenos: uma só forma para os dois gêneros, a distinção é feita pelas palavras 
macho e fêmea. 
 a mosca a baleia o besouro a cobra o crocodilo (macho / fêmea) 
Comuns de dois gêneros: uma só forma para os dois gêneros, a distinção é 
feita pelo determinante (artigo, pronome, adjetivo...). 
a pianista / o pianista belo colega/ bela colega o intérprete / a interprete 
Sobrecomuns: uma só forma para os dois gêneros, não é possível fazer a 
distinção pelos determinantes. A distinção pode ser feita pela expressão: do sexo 
masculino/ do sexo feminino. 
 a pessoa a criança o cônjuge a testemunha o ídolo (não tem feminino) 
* O gênero de alguns substantivos podem causar dúvida: 
 a alface o champanha o dó (tanto compaixão como a nota musical) 
E “personagem”, afinal? É masculino ou feminino? Modernamente, esse é um dos 
casos de “comum de dois”, ou seja, aceita o artigo feminino ou masculino: 
o/a personagem. 
 
* Certos substantivos, ao mudar de gênero, mudam também de significado: 
A cabeça / o cabeça o caixa / a caixa o moral (autoestima)/ a moral (ética) 
Para distrair: No filme “Carandiru”, em sua participação “especial”, Rita Caddilac 
(lembra-se da figura?) cantava uma música cujo refrão era : “É bom para o moral / 
É bom para o moral...”. Pelo menos, acertou no gênero... rs.... 
O mesmo acontece em relação ao número de alguns: 
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Féria (renda) x férias (dias de descanso, mesmo que seja só um) 
Bem (benefício) x bens (riquezas, propriedades) 
Haver (verbo) x haveres (riquezas, bens) 
Cuidado com esses: Óculo (uma espécie de luneta – instrumento que permite boa 
visibilidade à distância) x óculos (lentes encaixadas em uma armação) 
Já ouvi muita gente boa falando “perdi o meu óculos”...ui!! Nesse sentido, é sempre 
plural – “Perdi os meus óculos”. 
Outros são empregados apenas no plural: 
pêsames núpcias víveres alvíssaras (prêmio ou recompensa) 
 
1.3) Flexão em Grau 
É a possibilidade de indicar o tamanho do ser que nomeia. 
Os substantivos podem estar em três graus: normal , aumentativo e diminutivo. 
 
As variações de grau podem ser feitas de duas formas: 
Analítica: acréscimo de um adjetivo: casa pequena/grande,pé pequeno/grande 
Sintética: acréscimo de um sufixo: casinha, casebre, pezinho, pezão 
 
2. ADJETIVO 
Palavra variável modificadora de substantivo ou palavra substantivada, exprimindo 
qualidade, estado ou propriedade. 
Pode também atribuir uma relação, como tempo (recebimento mensal), proveniência 
(vinho chileno) etc. A esses dá-se o nome de adjetivos relacionais. 
Locução adjetiva é uma expressão que equivale a um adjetivo. Geralmente é 
constituída de preposição e substantivo ou preposição e advérbio. 
 mesa de madeira casa da frente 
Cuidado! Só podemos analisar e classificar os vocábulos a partir do contexto. 
Por exemplo, doméstica, a princípio, seria um adjetivo. Contudo, em “As 
domésticas não têm muitos de seus direitos reconhecidos”, essa palavra é um 
substantivo. 
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Aliás, é muito estreita a relação entre o substantivo e o adjetivo. Muitas vezes, a 
posição desses elementos na oração implica alteração de sua morfologia. 
Por exemplo: negro jogador / jogador negro – no primeiro, “negro” é um 
substantivo e sua qualidade é “jogador” (assim como em “negro pintor” ou “negro 
lutador”). Isso se inverte no segundo exemplo, em que “negro” é uma característica 
do jogador. A palavra-núcleo é o substantivo, e o adjetivo o caracteriza. 
Essa possibilidade de alteração morfológica e/ou semântica dos adjetivos, em função 
de sua colocação na frase vem sendo objeto de questões dos mais recentes 
concursos públicos. 
Como o adjetivo concorda sempre com o substantivo, sofrerá as mesmas flexões que 
ele: gênero, número e grau. 
 
2.1) Flexão de Gênero 
Os adjetivos podem ser: 
a) Biformes- possuem duas formas, uma para indicar cada gênero. 
 Que garoto bonito! Que garota bonita! 
b) Uniformes - possuem apenas uma forma para indicar os dois gêneros (feminino 
e masculino). Muitos deles terminam em ar/or (exemplar, maior), z (audaz, feliz), 
os paroxítonos terminados em s (simples), l (fácil, infiel), m (comum, virgem) etc. 
 aluno ou aluna: inteligente, capaz, simples, amável, ímpar, ruim 
CURIOSIDADE: Alguns adjetivos terminados em “u”, “ês” e “or” não se flexionam 
em gênero. 
 a mulher hindu a menina cortês a remessa anterior a pior decisão 
Nos adjetivos compostos, somente o gênero do último elemento varia. 
intervenção médico-cirúrgica sandália azul-clara literatura latino-americana 
Uma característica em relação aos adjetivos pátrios: o menor inicia a locução. 
 acordo nipo-itálico mercadoria sino-japonesa 
2.2) Flexão de Número 
Os adjetivos simples seguem as mesmas regras dos substantivos simples para 
flexionarem em número. 
 útil Î úteis feroz Î ferozes 
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Adjetivo composto formado por dois adjetivos: só o segundo elemento varia. 
 sapato marrom-escuro Î sapatos marrom-escuros 
 camisa azul-clara Î camisas azul-claras 
Exceção: azul-marinho e azul-celeste – todos os elementos são adjetivos, mas 
esses adjetivos não se flexionam. 
 camisas azul-marinho / azul-celeste. 
OBS: No adjetivo composto surdo-mudo, variam os dois elementos: 
 surdos-mudos / surda-muda 
Em relação a esse ponto, veja a assertiva INCORRETA presente em uma questão de 
prova da ESAF (AFC 2002): 
“O plural do adjetivo composto “político-institucional” se faz adicionando a desinência 
de plural aos dois elementos.”. 
É falsa essa afirmação, pois, como vimos, nesse caso, varia apenas o último 
elemento: político-institucionais. 
Adjetivo composto formado por um adjetivo e um substantivo: permanecerá 
invariável. 
 Uniformes verde-oliva sofás marrom-café. 
Isso também acontece em adjetivos simples indicativos de cores que derivam de 
substantivos. 
 Vestidos cinza bonés laranja carros prata anéis turquesa 
Luiz Antônio Sacconi (em Gramática Básica) destaca que o adjetivo infravermelho 
é variável (raios infravermelhos), enquanto que ultravioleta é invariável (raios 
ultravioleta). 
2.3) Flexão de Grau 
A flexão de grau corresponde à variação em intensidade da qualidade expressa pelo 
adjetivo. 
a) Grau comparativo 
Indica que um ser possui uma qualidade igual, inferior ou superior a outro. 
 Este cão é tão feroz quanto aquele. 
 Este cão é menos feroz que aquele. 
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 Este cão é mais feroz que aquele. 
Também, em relação ao mesmo ser, pode determinar se uma qualidade que ele 
possua é igual, inferior ou superior a outra. 
 Ele é tão inteligente quanto bonito. 
 Ele é mais inteligente que bonito. 
 Ele é menos inteligente que bonito. 
b) Grau superlativo 
Absoluto – o ser apresenta elevado grau em certa qualidade 
Sintético – expresso em uma só palavra. Ex.: Este cão é ferocíssimo. 
Analítico – formado com mais de uma palavra, normalmente um 
advérbio (muito, bastante, imensamente) . Ex.: Este cão é muito feroz. 
Relativo – o ser se sobressai em relação aos demais seres que possuem a mesma 
qualidade. 
Superioridade. Ex.: Este cão é o mais feroz do bairro. 
Inferioridade. Ex.: Este cão é o menos feroz do bairro 
Alguns adjetivos possuem formas especiais para o comparativo e o superlativo 
sintéticos. 
Observe: 
Adjetivo Comparativo 
Superlativo 
absoluto relativo 
bom melhor ótimo o melhor 
mau pior péssimo o pior 
grande maior máximo o maior 
pequeno menor mínimo o menor 
Quando se comparam duas qualidades, a proximidade dos adjetivos “bom”, “mau”, 
“grande” e “pequeno” com “mais” ou “menos” não os transforma em “melhor”, 
“pior”, “menor” ou “maior”. 
 Ele é mais bom do que bonito. 
 Ele é mais pequeno que gordo. 
 
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3. ARTIGO 
Classe variável que define ou indefine um substantivo. Gosto de brincar dizendo que 
o artigo é igual a arroz – só serve para acompanhar. Nunca vem isolado ou longe de 
um substantivo. 
Pertencem à classe de palavras variáveis, flexionando-se em gênero e número. 
Podem ser: 
Definidos: o/a, os/as 
Indefinidos : um/uma, uns/umas 
Servem para: 
- substantivar uma palavra que geralmente é usada como pertencente a outra 
classe. 
 calça verde (adjetivo) / o verde (substantivo) da camisa 
 não quero (advérbio) / Deu um não (substantivo) como resposta. 
- evidenciar o gênero do substantivo comum-de-dois. 
o colega / a colega o personagem / a personagem o pianista / a pianista 
 
4. PRONOME 
É a palavra que acompanha (determina) ou substitui um nome. 
 Ana disse para sua irmã: 
- Eu preciso do meu livro de matemática. Você não o encontrou? Ele estava aqui 
em cima da mesa. 
1. sua acompanha “irmã” e se refere a Ana; 
2. eu substitui "Ana"; 
3. meu acompanha "livro de matemática"; 
4. o substitui " livro de matemática"; 
5. ele substitui " livro de matemática"Assim, os pronomes podem ser: 
ADJETIVOS – acompanham o nome, determinando-o – exemplos 1 e 3; 
SUBSTANTIVOS – substituem o nome – exemplos 2, 4 e 5. 
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Os pronomes também identificam as três pessoas do discurso: 
- primeira pessoa: a que fala; 
- segunda pessoa: com quem se fala; 
- terceira pessoa: de quem se fala. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES 
Os pronomes classificam-se em: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, 
interrogativos e relativos. 
Como o assunto é muito extenso, por ora apresentamos somente alguns conceitos, 
deixando para a aula específica o aprofundamento do assunto. 
5. NUMERAL 
Classe que expressa quantidade exata, ordem de sucessão, organização. 
Os numerais podem ser: 
5.1) Cardinais 
Indicam uma quantidade exata. Ambos, que substitui o cardinal os dois, é numeral 
e se flexiona em gênero. Os cardinais um, dois e as centenas a partir de 
duzentos também variam em gênero (uma, duas, trezentas). Já outros cardinais, 
inclusive o “mil”, são invariáveis. 
5.2) Ordinais 
Indicam uma posição exata e variam em gênero e número 
 segundo décimo primeiras 
5.3) Multiplicativos 
São invariáveis quando apresentam valor substantivo. 
 Ele tem o dobro da idade de sua mulher. 
Empregados com valor adjetivo, flexionam-se em número e gênero. 
5.4) Fracionários 
Concordam com os cardinais que indicam o número das partes. 
 um quarto dois décimos metade 
INFORMAÇÕES IMPORTANTES: 
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- Milhão, bilhão (ou bilião), trilhão comportam-se como substantivos e variam 
em número. 
- Milhar pode ser precedido por um artigo de gênero masculino: “os milhares de 
crianças que estiveram aqui...”. 
6. VERBO 
Conceito 
Palavra variável (pessoa, tempo, número e modo) que exprime uma ação, um 
estado, um fenômeno. 
Sua importância no estudo da gramática é tão grande que teremos uma aula 
dedicada exclusivamente a ele. 
Passemos, agora, para as classes invariáveis. 
7. ADVÉRBIO 
Classe invariável que expressa circunstâncias. 
Os advérbios se ligam a verbos, adjetivos, outros advérbios ou até mesmo a orações 
ou enunciações inteiras. 
 Ele corre tanto. Ana Hickman é tão alta! 
Aquele piloto dirige muito mal. Infelizmente, não poderei comparecer. 
 Tal como foi demonstrado, o problema é grave. 
São algumas circunstâncias expressas pelos advérbios:
Tempo (sempre, amanhã...) 
Lugar (aqui, ali...) 
Modo (amavelmente, rapidamente...) 
Intensidade (tão, muito...) 
Afirmação (sim, realmente...) 
Negação (nem, não...) 
Dúvida (provavelmente, talvez...)
 
Uma característica dos advérbios chamados “nominais” é que eles podem se formar 
a partir da forma feminina dos adjetivos (quando a possuem) com o acréscimo de 
“mente”: 
 rapidamente corretamente adequadamente 
 provisoriamente precariamente certamente 
 
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Na enumeração de vários advérbios nominais em sequência, pode-se omitir o sufixo 
“mente”, mantendo apenas o do último vocábulo. Sua repetição causaria o 
indesejável efeito de eco: 
 Ele dançava linda, leve, encantadora e brilhantemente. 
Locução adverbial - Duas ou mais palavras com valor de advérbio. 
Rubens estava morrendo de medo. (loc.adverbial expressa a circunstância de causa) 
A bela mulher apareceu na porta. (loc.adverbial expressa a circunstância de lugar) 
As locuções adverbiais mais comuns são: com certeza, sem dúvida, de longe, de 
perto, às vezes etc. 
Sobre o emprego dos advérbios bem e mal, acompanhados de bem e antes de 
adjetivos particípios, já falamos na aula de ortografia. Prefere-se a não-junção: 
É um dos jogadores mais bem pagos do mundo. 
Não há necessidade (nem condição) de decorar listas de advérbios ou locuções 
adverbiais. 
Você irá identificar a classe gramatical a partir da relação que a palavra estabelece 
com as demais. 
Veja: a palavra meio pode ser advérbio, mas nem sempre o será. Vamos aos 
exemplos: 
1 - "Estava meio atrasada." 
2 - "Resolvi dar meia volta." 
3 - "O meio universitário era favorável para a disseminação daquelas ideias." 
Você notou que no exemplo 1, mesmo ao lado de um adjetivo feminino, o vocábulo 
permaneceu inalterado? Isso comprova que essa palavra é um advérbio – é 
invariável e modifica um adjetivo. 
Já a segunda forma se flexionou em gênero, concordando com a palavra “volta” – é 
um numeral, classe de palavra variável. 
No exemplo 3, o vocábulo está acompanhado de um artigo, o que o classifica como 
um substantivo. Também poderia se flexionar: “Os meios acadêmicos...”. 
Também merecem destaque os advérbios interrogativos: onde, aonde, donde, 
como, que fazem parte de orações interrogativas e não devem ser confundidos com 
os pronomes relativos homógrafos. Estes possuem antecedentes aos quais se 
referem, enquanto que os advérbios interrogativos são “independentes” e se referem 
a circunstâncias como tempo, modo, causa ou lugar. Podem estar em construção 
interrogativa direta ou indireta. 
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Não sei como você aguenta esse homem! 
Aonde você vai? (o verbo ir exige a preposição “a”, que a ele se liga: a + onde) 
Quero saber onde você vai almoçar. (quando o verbo exigir a preposição “em”, 
basta o “onde”.) 
Donde você veio? (o verbo vir exige a preposição “de”, que se liga ao advérbio: 
de + onde) 
8. PALAVRAS DENOTATIVAS 
Na língua portuguesa, há algumas palavras e locuções não definidas pela N.G.B. em 
qualquer das classes de palavras. São as palavras denotativas, que apresentam 
certa semelhança com os advérbios mas que, devido a algumas características 
peculiares, com eles não se confundem. 
A principal característica que as distinguem dos advérbios é o fato de estes se 
referirem a certos vocábulos (verbos, adjetivos, advérbios), enquanto que as 
palavras denotativas podem se referir a qualquer vocábulo ou até mesmo a nenhum 
diretamente. 
As palavras ou expressões denotativas mais comuns são: 
- de exclusão – exceto, salvo, apenas etc. 
Todos, menos Lula, sabiam do mensalão. 
- de inclusão – até, inclusive, mesmo, também etc. 
Até Deus duvida disso! 
- de explicação – isto é, ou melhor, ainda, por exemplo, a saber etc. 
Este ato é arbitrário, ou seja, não respeita leis ou regras. 
- de retificação – isto é, ou melhor (a diferença entre esta e a anterior depende do 
contexto). 
Eu preciso de dois laudos, ou melhor, de três. 
- de realce – é que, lá, só, cá, mas etc. 
Ele lá sabe alguma coisa sobre isso? 
- de designação – eis. 
Eis o vencedor da competição. 
- de situação – então, mas, afinal etc. 
Mas, afinal, o que você queria? 
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9. PREPOSIÇÃO 
Classe invariável que liga termos de uma oração de tal modo que o significado do 
primeiro (antecedente – termo regente) é explicado ou delimitado pelo segundo 
(consequente - termo regido). 
Ex.: O professor gosta de trabalhos noturnos.Não há necessidade de trabalharmos à noite. 
São exemplos das preposições simples mais comuns, chamadas de essenciais: 
a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem sob, 
sobre, trás 
Algumas palavras, cujo sentido original é de outra classe gramatical, podem ser 
usadas como preposições – são chamadas de preposições acidentais 
(denominação rejeitada por Napoleão Mendes de Almeida). 
 Eu a considero como uma irmã. Você terá que fazer a prova amanhã. 
As locuções prepositivas se caracterizam por apresentar, como último vocábulo, uma 
preposição essencial: 
Abaixo de apesar de graças a por entre junto a embaixo de 
 
10. CONJUNÇÃO 
Classe invariável que liga orações, às vezes, liga termos coordenados de uma 
oração. 
Ex.: Os pais viajaram e estudaram. (liga orações) 
Os pais viajaram para Orlando e Paris. (liga termos dentro de uma oração) 
As conjunções podem ser: 
Coordenadas – relacionam elementos de mesma função gramatical. 
Subordinadas – ligam duas orações, sendo que uma complementa, 
determina ou restringe o sentido de outra. 
 
Locução conjuntiva 
Formada por mais de um vocábulo, sendo que, normalmente, o último é uma 
conjunção. 
 já que se bem que a fim de que 
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11. INTERJEIÇÃO 
Classe invariável que expressa emoções, sensações, sentimentos ou representa um 
chamamento. 
 alívio (Ufa!) dor (Ai!) espanto (Quê!) medo (Credo!) 
 satisfação (Viva!) chamamento (Oxalá!) saudação (Alvíssaras!) 
 
Locução interjeitiva é o conjunto de duas ou mais palavras com valor de interjeição. 
 Que horror! Queira Deus! Ai de mim! 
Na escrita, a interjeição vem acompanhada do sinal de exclamação, com exceção do 
“Ó” de apelo (“Ó menino, não faça isso”), que não deve ser confundido com “Oh”, de 
admiração. 
Sobre “Vivam os campeões!”, nosso mestre Evanildo Bechara observa, em seu 
“Lições de Português pela Análise Sintática”, que o emprego quase interjeitivo da 
oração e a proximidade com a interjeição (invariável, portanto) “Salve os 
campeões!” levam à forma “Viva os campeões!”, com evidente erro de 
concordância. 
Contudo, ressalta o mestre: “Apesar de correr vitoriosa na linguagem coloquial, esta 
concordância no singular deve ser cuidadosamente evitada na língua padrão”. 
QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
1 - (FGV / Ministério da Cultura /2006) 
Assinale a alternativa que não apresente a classificação correta de um dos 
elementos mórficos do vocábulo deixasse 
(A) deix- = radical 
(B) -e = desinência número-pessoal 
(C) -a = vogal temática verbal 
(D) deixa = tema 
(E) -sse = desinência modo-temporal 
 
2 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006) 
Assinale a alternativa em que um dos elementos mórficos da palavra contribuiu 
(L.65) não esteja corretamente analisado. 
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(A) contribuiu = prefixo 
(B) contribuiu = raiz 
(C) contribuiu = desinência modo-temporal 
(D) contribuiu = tema 
(E) contribuiu = vogal temática 
 
3 -(CESGRANRIO / INSPETOR DE POLÍCIA / 2001) 
Inúmeros, ilícita, impropriedade têm em comum: 
a) o prefixo negativo; 
b) a classe gramatical; 
c) o gênero; 
d) o número; 
e) a forma gráfica. 
 
4 - (FUNDEC / TRT 1ª.Região / 2003)- Mantida grafia original da prova, anterior 
a 2009. 
Os prefixos das palavras entressafra (linha 15) e internacional são sinônimos. 
Idêntica relação semântica pode ser depreendida entre os prefixos das palavras: 
A) anti-higiênico e suboficial; 
B) co-redator e contra-regra; 
C) arquiinimigo e hiper-humano; 
D) vice-diretor e sobreloja; 
E) ante-histórico e recém-chegado. 
 
5 - (FGV / ALESP / 2002) 
Assinale a alternativa em que todas as palavras têm prefixo indicativo de negação: 
A. imoral - imprudente. 
B. imoral - deslocar. 
C. aderente - amoral. 
D. aderente - subterrâneo. 
 
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6 - (FGV / Ministério da Cultura /2006) 
Assinale a alternativa em que o prefixo tenha o mesmo sentido que o de imigrantes. 
(A) imberbe 
(B) imergir 
(C) incréu 
(D) iníquo 
(E) inválido 
 
7 - (FGV / ICMS MS /2006) 
Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo mesmo processo 
que entrevejo. 
(A) joalheria 
(B) serenidade 
(C) decodifica 
(D) acompanhando 
(E) perfumadas 
 
8 - (FGV / ALESP / 2002) 
Assinale a alternativa que apresenta um prefixo indicando “posição superior”: 
A. Transatlântico. 
B. Perímetro. 
C. Epiderme. 
D. Sublocar. 
 
 
9 - (FGV / BESC ADVOGADO/ 2004) 
Assinale a alternativa em que o vocábulo NÃO seja formado pelo mesmo processo 
que "crescimento" 
(A) financeiro 
(B) rentabilidade 
(C) falta 
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(D) prancheta 
(E) executáveis 
 
10 - (FUNDEC / PRODERJ / 2002) Mantida grafia original da prova, aplicada 
antes de 2009. 
Os prefixos das palavras supercomputador e contra-informação são sinônimos, 
respectivamente, dos prefixos das palavras: 
A) hiperinflação e megainvestidor; 
B) politraumatizado e desnecessário; 
C) ultraleve e hemisfério; 
D) além-fronteira e endotérmico; 
E) arquimilionário e antiinflacionário. 
 
11 - (NCE UFRJ / TRE RJ Auxiliar Judiciário / 2001) 
O vocábulo perdão, presente no texto, tem como plural perdões; o item abaixo em 
que todos os vocábulos podem fazer o plural do mesmo modo é: 
a) cidadão, vulcão, capelão; 
b) escrivão, aldeão, razão; 
c) capelão, situação, alazão; 
d) corrimão, cidadão, escrivão; 
e) vulcão, aldeão, alazão. 
 
12 - (NCE UFRJ / Corregedoria Geral da Justiça RJ ) 
Hibernação está para inverno, considerados os vários aspectos de sua formação, 
como: 
(A) crescimento está para crescer; 
(B) diminuição está para diminuir; 
(C) mensal está para mês; 
(D) liberdade está para livre; 
(E) animação está para alma. 
 
 
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13 - (NCE UFRJ / ARQUIVO NACIONAL/ 2006) 
A alternativa que mostra inadequação entre cognatos é: 
(A) terra / aterrorizar; 
(B) lei / legalizar; 
(C) acordo / acordar; 
(D) temor / atemorizar; 
(E) homem / humanizar. 
 
14 - (NCE UFRJ / CVM / 2005) 
A relação ERRADA entre verbo e substantivo é: 
(A) ceder / cessão; 
(B) estender / extensão; 
(C) exceder / exceção; 
(D) ascender / ascensão; 
(E) pretender / pretensão. 
 
15 - (NCE UFRJ / INPI - ANALISTA MARCAS / 2005) 
Agrário se refere a campo; o vocábulo abaixo em que esse radical tem significado 
diferente é: 
(A) agricultor; 
(B) agridoce; 
(C) agrimensor; 
(D) agreste; 
(E) agrícola. 
 
16 - (FGV / ICMS MS – TTI / 2006) 
Assinale a alternativa em que o prefixo tenha valor distinto do de incompetentes. 
(A) irrespondível 
(B) agnósticos 
(C) ateus 
(D) incorrer 
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(E) inafiançável 
 
17 - (FGV / ICMS MS – Fiscal de Rendas / 2006) 
Assinale a alternativa em que a palavra tenhasido formada pelo mesmo processo 
que acompanhamos. 
(A) rapidíssimos 
(B) encanada 
(C) utilizamos 
(D) repressão 
(E) intermediárias 
 
18 - (CESGRANRIO / BNDES – ADVOGADO / 2004) 
No título do artigo “A tal da demanda social”, a classe de palavra de “tal” é: 
(A) pronome. 
(B) adjetivo. 
(C) advérbio. 
(D) substantivo. 
(E) preposição. 
 
19 - (FGV / ICMS MS - Fiscal de Rendas / 2006) 
Tal como está organizada, a sociedade gira em torno do mercado, de acordo com 
um sistema que alguns chamam de "economia de mercado", e outros, de 
"capitalismo". Até hoje, não surgiu nenhum sistema tão capaz de fazer crescer a 
economia. As experiências feitas em nome do socialismo não manifestaram força 
própria suficiente para competir, no plano do crescimento econômico, com o 
capitalismo. 
A palavra Tal classifica-se como: 
(A) adjetivo. 
(B) advérbio. 
(C) conjunção. 
(D) pronome demonstrativo. 
(E) pronome relativo. 
 
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20 - (CESGRANRIO / MPE RO / 2005) 
Dentre os plurais dos nomes compostos, o único flexionado de modo adequado é: 
(A) guarda-chuvas. 
(B) olhos azuis-turquezas. 
(C) escolas-modelos. 
(D) surdo-mudos. 
(E) pores-dos-sóis. 
 
21 - (NCE UFRJ / INPI - ANALISTA MARCAS / 2005) 
matérias-primas faz plural da mesma forma que: 
(A) porta-voz; 
(B) guarda-comida; 
(C) bem-te-vi; 
(D) aluno-mestre; 
(E) pisca-pisca. 
 
22 - (FGV / Pref.Araçatuba / 2002) 
O plural dos adjetivos compostos está correto em 
 
A. Faltava sempre às segundas-feiras. 
B. Recebeu dois salários-famílias. 
C. Houve alguns quebras-quebras na cidade. 
D. Gostava de sopa de grão-de-bicos. 
 
23 - (FGV / ICMS MS / 2006) 
Outras vezes ela passa por mim na rua entre os camelôs. 
Vezes outras a entrevejo no espelho de uma joalheria. 
No trecho acima, a inversão das palavras grifadas não provocou alteração de 
sentido. Assinale a alternativa em que a inversão dos termos provoca alteração 
gramatical e semântica. 
(A) novos papéis / papéis novos 
(B) várias idéias / idéias várias 
(C) lúcidas lembranças / lembranças lúcidas 
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(D) tristes dias / dias tristes 
(E) poucas oportunidades / oportunidades poucas 
 
24 - (UnB CESPE / Banco do Brasil / 2002) 
Passa quase despercebido para o mercado que, na guerra dos bancos pela carteira 
dos brasileiros, o Banco do Brasil S.A. (BB) está mais ativo do que nunca. Foi a casa 
que mais conquistou novos clientes em 2001, saltando de 10,5 milhões de 
correntistas pessoa física para 12 milhões. 
Na área das empresas, o crescimento também foi robusto. Com a criação de uma 
divisão de corporate, sua carteira empresarial saltou de 767 mil para 900 mil 
clientes. 
O BB ainda tem um amplo terreno para conquistar clientes menos endinheirados por 
intermédio das concessões de crédito. A instituição, mesmo com 24,6% de todos os 
ativos do sistema financeiro nacional, não tinha agilidade suficiente para fazer isso, 
por conta do estoque de créditos ruins que a ancora. Depois do ajuste patrimonial, 
ganhou fôlego. 
 
QUESTÃO 
Acerca de aspectos estruturais e das idéias do texto acima, julgue o seguinte item. 
No primeiro parágrafo do texto, as duas ocorrências do advérbio “mais” — 
intensificando “ativo” (l.3) e “conquistou” (l.3) — comprovam que advérbios podem 
modificar tanto verbos como adjetivos. 
 
 
25 - (FGV / BESC ADVOGADO/ 2004) 
Assinale a alternativa em que o termo grifado seja artigo definido. 
(A) "...o que os empurra a dar crédito para o setor privado e para as pessoas 
físicas." 
(B) "O que se faz?" 
(C) "O que está ocorrendo é que os interesses que prevaleceram..." 
(D) "...agora, o que se está fazendo é buscar "acalmar" os que temem perder lucros 
na fase de transição." 
(E) "Ou seja, há uma possibilidade, não desprezível, de o país perder, mais uma vez, 
uma janela de oportunidade." 
 
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26 - (FCC / INSS MEDICO / 2006) 
Analise a proposição abaixo. 
- Esses papeizinhos amarelos marcam as páginas mais importantes do relatório. 
 
 
GABARITOS COMENTADOS DAS QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
 
1 – B - A forma verbal deixasse não possui desinência número-pessoal: 
TEMA 
DMT DNP 
Radical Vogal tem. 
DEIX A SSE Ø 
 
2 – C - O morfema “u” é desinência número-pessoal. 
 
PREFIXO 
TEMA 
DMT DNP 
Radical Vogal tem. 
CON TRIBU I Ø U 
À raiz trib unem-se os prefixos que formam os radicais dos verbos: retribuir, 
contribuir. 
O mesmo ocorre nos seguintes verbos: 
• (raiz = preend) compreender, apreender, repreender; 
• (raiz = vert) reverter, perverter, inverter, converter; 
• (raiz = fer) preferir, conferir, deferir, inferir, desferir; 
Esse são alguns exemplos de verbos formados a partir da união de prefixos à raiz. 
 
3 – A – Os três vocábulos apresentam prefixos negativos: inúmeros, ilícita, 
impropriedade. 
 
4 – Os prefixos latinos entre e inter designam “posição intermediária”. Os prefixos 
gregos da opção C também são sinônimos: arqui e hiper indicam superioridade. 
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a) anti - prefixo grego = oposição / sub - prefixo latino = posição inferior 
b) co – latino = companhia ou contiguidade / contra – latino = oposição 
d) vice – latino = em lugar de / sobre – latino = posição superior 
e) ante – latino = anterioridade / recém – latino = recente 
Decorrente do Acordo Ortográfico, haveria nova grafia em: “corredator”, 
“contrarregra” e “arqui-inimigo”. 
5 – A 
b) i = negação / des = separação 
c) a em “amoral” = negação / a em “aderente” = separação 
d) a em “aderente” = separação / sub = posição inferior 
 
6 – B – O prefixo i em ‘imergir’ indica o movimento para dentro (como em imigrar). 
 
7 – E - O vocábulo “entrevejo” passou pelo processo de derivação prefixal, com a 
colocação do prefixo entre (posição intermediária). A esse mesmo processo se 
submeteu o vocábulo “perfumadas”, com o prefixo per (movimento através) 
a) derivação sufixal (joia + lh + eria) Î sofreu derivação sufixal com –eria ou –aria, 
que indicam “atividade de”, “ramo de negócio”, “ofício”. 
b) derivação sufixal – o sufixo “-(i)dade” indica qualidade ou estado (sereno + idade) 
c) derivação prefixal e sufixal Î (prefixação) “de-” (prefixo latino = ação contrária) 
+ código + (sufixação) “-ficar” = decodificar 
d) derivação parassintética - a + companh + (a)ndo (sufixo indicativo de gerúndio) 
 
8 – C – O vocábulo ‘epiderme’ significa a camada mais superficial da pele (prefixo 
grego epi + radical grego derme = pele). Como o examinador busca o prefixo que 
indica “posição superior”, essa é a resposta. 
Em relação às demais opções: 
a) trans- latino = passar além de. 
b) peri- grego = em torno de. 
d) sub- latino = posição abaixo. 
 
 
9 – C – O vocábulo “falta” é o próprio tema (radical falt + VT a). 
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a) financeiro – “finança” recebeu o sufixo “-eiro” indica, nesse caso, atividade. 
b) rentabilidade – “renda” deu origem ao adjetivo “rentável” que, por sua vez, 
recebeu o sufixo “(i)lidade”, que significa qualidade ou estado. 
d) “eta” é um sufixo de valor diminutivo. 
e) “-vel”é um sufixo nominal que forma adjetivos, com o sentido de “digno de” ou 
“possível de certa ação”. 
 
10 – E – Os prefixos super, extra, ultra (latinos), mega, hiper e arqui (gregos) são 
equivalentes e indicam superioridade. Já os prefixos contra-, ob-, o-, des- (latinos) e 
anti- e para- (gregos) denotam oposição. 
Os demais apresentam os seguintes significados: 
- hemi – grego = metade; 
- poli – grego = muitos; 
- endo – grego = posição interna; 
- além – elemento de composição latino = adiante, além de. 
ACORDO ORTOGRÁFICO: Novas grafias para “contrainformação” e “anti-
inflacionário”. 
 
11 – E - vulcões; aldeões ou aldeães; alazões e alazães. 
a) cidadãos; vulcões ; capelães. 
b) escrivães; aldeãos, aldeões ou aldeães; razões. 
c) capelães; situações; alazões e alazães. 
d) corrimãos; cidadãos; escrivães. 
 
 
12 – E - Essa questão exigia bastante percepção do candidato. A dica para 
solucioná-la estava na expressão “considerados os vários aspectos de sua formação”. 
Assim como “hibernação” buscou em sua origem latina a forma que significa 
“inverno” (hiber), a palavra “animação” tem em sua raiz (änima) o sentido de alma. 
 
13 – A - A palavra “aterrorizar” tem relação com “terror” e não ‘terra’. 
 
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14 – C – O aluno que se lembrou da aula sobre Ortografia não errou essa questão. 
No material, mencionamos que “exceção” não deriva de EXCEDER, mas de 
EXCETUAR. 
 
15 – B - O elemento de composição em “agridoce” é latino e significa “acre, ácido, 
azedo”. Já em “agricultura”, “agrimensor”, “agreste” e “agrícola” está presente o 
prefixo “agri”, também latino, que se refere a campo. 
 
16 – D – O prefixo latino “in” em “incorrer” significa “movimento para dentro”. Os 
demais têm valor de negação. 
 
17 – B - O processo de acompanhamos é o mesmo de encanada – derivação 
parassintética. 
a) rapidíssimos - sufixação 
c) utilizamos - sufixação 
d) repressão - prefixação 
e) intermediárias – prefixação e sufixação (mediar Î intermediar Î intermediária) 
 
 
18 – A – Não nos cansamos de repetir – a análise morfológica de uma palavra só 
pode ser feita de acordo com o contexto. Na oração “A tal da demanda social”, o 
vocábulo “tal” está sendo usado para indicar. Por isso, é um pronome demonstrativo. 
Esse pronome faz parte da expressão “O(a) tal de”, usado na linguagem com 
desdém. 
Não confunda com “o tal”, substantivo coloquial brasileiro de dois gêneros usado 
para designar a pessoa que julga ser mais importante do que é: “Ela se acha o tal”. 
Veja na próxima questão um outro emprego de “tal”. 
 
19 – B - Muita gente boa, de cara, deve ter marcado "pronome demonstrativo" (D), 
e não foi à toa que essa questão está nesta posição. 
Em “Tal como está organizada, a sociedade gira em torno do mercado”, esse 
"tal" indica MODO - circunstância. Troque por "assim" ou "do modo" e continuará 
fazendo sentido. Assim, notamos que não é pronome demonstrativo, mas ADVÉRBIO 
- opção B. 
 
20 – A 
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b) olhos azul-turquesa – note que “turquesa” (com “s”) é um mineral azul ou 
esverdeado. Como o segundo elemento do adjetivo composto é um substantivo, 
permanecerá invariável. 
c) escolas-modelo(s) – atualmente, esta questão estaria sujeita a recursos, pois o 
enunciado não menciona a norma culta e modernamente já se aceita a flexão dos 
dois vocábulos, mesmo o segundo indicando finalidade. 
d) surdos-mudos – os dois se flexionam. 
e) pores-do-sol – só o primeiro elemento varia. 
 
21 – D - “Matéria-prima” é um substantivo composto formado por um substantivo e 
um adjetivo. No plural, os dois elementos variam. O mesmo acontece com “alunos-
mestres”. 
a) porta-voz Î porta-vozes (verbo + substantivo) 
b) guarda-comida Î guarda-comidas (ideia de guardar – não varia) 
c) bem-te-vi Î bem-te-vis 
e) pisca-pisca Î pisca-piscas 
 
ACORDO ORTOGRÁFICO: Algumas palavras compostas deixaram de receber o 
hífen. A justificativa seria a falta de ambiguidade em relação à forma sem hífen. Um 
exemplo seria o substantivo “dia a dia” (agora, sem hífen), equivalente a “cotidiano”, 
que passa a ser grafado igual ao advérbio, que significa “diariamente”. Em relação 
aos substantivos compostos dessa questão, não houve nenhuma modificação. 
 
22 – A – Em “segunda-feira”, os dois elementos se flexionam: segundas-feiras 
(numeral e substantivo). 
Da mesma forma que a questão 20, esta seria passível de anulação, em virtude da 
possibilidade de se flexionar os dois elementos do item B – salários-família(s). 
Assim, haveria duas respostas igualmente válidas – A e B. 
 
As demais opções, devidamente corrigidas, seriam: 
c) Houve alguns quebra-quebras na cidade. 
d) Gostava de sopa de grãos-de-bico. 
 
 
23 – B 
Primeiramente, lembramos que a palavra “ideia” perdeu o acento agudo. 
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A mudança da colocação do vocábulo “várias” altera seu aspecto semântico e 
morfológico. Em “várias idéias (*)”, é um pronome indefinido. Já em “idéias(*) 
várias”, tem valor adjetivo com o sentido de “variadas”. 
Não há alteração morfológica nem semântica entre os elementos das opções a, c e d 
(novos, lúcidas e tristes, que mantêm em qualquer das orações o sentido e a 
classificação morfológica – adjetivo). 
A "pegadinha" do enunciado em relação à opção E é a exigência de alteração 
SEMÂNTICA E GRAMATICAL: poucas oportunidade (pronome indefinido) e 
oportunidades poucas (adjetivo) 
Há alteração gramatical. O Dicionário Eletrônico Aurélio indica as seguintes acepções 
do vocábulo "pouco": 
“Adjetivo. 
1.Em pequena quantidade; escasso, reduzido. [Superl. abs. sint.: pouquíssimo.] 
Pronome indefinido. 
2.Algo (coisa ou indivíduo) em quantidade ou em grau menor do que o habitual ou o 
esperado.” 
Contudo, mesmo que haja alteração gramatical (um é pronome indefinido e o outro, 
adjetivo), não há alteração semântica. Em qualquer das duas construções, a ideia é 
que são oportunidades em quantidade pequena ou menor do que o esperado. Por 
isso, não foi esse o gabarito. Pura maldade! 
 
24 – Item correto – Essa é uma ótima oportunidade de vermos o emprego do 
advérbio. Com função de intensidade, modifica tanto um adjetivo (“o Banco do Brasil 
S.A. (BB) está mais ativo do que nunca”) quanto um verbo (“Foi a casa que mais 
conquistou novos clientes em 2001”). 
 
25 – E – Como vimos, o artigo estará sempre acompanhando um nome. A única 
ocorrência deste vocábulo é na opção E, em que acompanha o substantivo “país”. 
a) "...o que os empurra ..." – pronome oblíquo 
b) "O que se faz?” – pronome demonstrativo junto do pronome interrogativo “que”. 
c) "O que está ocorrendo..." - pronome demonstrativo junto do pronome 
interrogativo “que”. 
d) "...agora, o que se está fazendo é buscar "acalmar" os que temem ..." – pronome 
demonstrativo (aqueles) 
 
26 - Item CORRETO. 
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42 
 
A formação do plural de PAPÉIS leva a letra “s” para o fim do vocábulo após a 
inclusão do sufixo indicador de diminutivo = PAPEIZINHOS. 
Como houve deslocamento da sílaba tônica (agora, é a sílaba “zi”, e não “péis”), não 
há necessidade de colocação de acento agudo. 
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

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