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PANORAMA GERAL
MINERAÇÃO BRASILEIRA
PANORAMA GERAL
Por suas dimensões continentais e diversificada geologia, o Brasil se constitui em um país com enorme
vocação mineral e um grande produtor de insumos básicos provenientes da mineração. Atualmente,
figura no cenário internacional ao lado de países com tradicional vocação mineira, tais como Canadá,
Austrália, África do Sul e Estados Unidos.
A produção mineral brasileira tem sido crescente nas últimas décadas
Investimentos Realizados por empresas de mineração em prospecção mineral
Governos federal e estaduais na execução de extensos programas de
levantamentos geológicos, principalmente, nas décadas de 1960 e 1970, e
retomados nas décadas de 1980, 1990 e 2000, pela Companhia de Pesquisa de
Recursos Minerais/Serviço Geológico do Brasil (CPRM/SGB), juntamente com o
Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) e universidades.
Os programas mais recentes de levantamento geológico Levantamentos geofísicos e
geoquímicos, o que os tornam mais completos e efetivos no mapeamento e prospecção dos recursos
minerais do território nacional resultaram as descobertas de jazidas de minérios metálicos e
não-metálicos, gemas, minerais energéticos.
Como conseqüência, a produção mineral do país tem crescido sistematicamente nos últimos anos,
atingindo, em 2005, o total de R$85 bilhões, o que corresponde a algo em torno de 5% do Produto
Interno Bruto (PIB)
MINERAÇÃO BRASILEIRA
 Atualmente, no Brasil, cerca de 80% das empresas de mineração de grande porte e 37% das de
médio porte possuem a ISO 14.000, relativa à certificação ambiental de seus processos de extração
de minérios. Todas as mineradoras de grande porte têm implantado o Sistema de Gestão Ambiental
(SGA); as de médio porte, cerca de 75% (IN MINE, 2007).
 Além da grande potencialidade mineral do território continental do Brasil, recentemente, estudos
geológicos realizados na plataforma marinha, também conhecida como Amazônia Azul, revelaram
que, além das enormes reservas de petróleo ali existentes, a plataforma contém animadores indícios
de depósitos de fosforitas, diamante, calcário e ouro, entre outros bens minerais .
 Os recursos minerais dessa parte do território brasileiro transformam, dessa forma, essa região de
uso econômico exclusivo em uma nova fronteira mineral para o país. A produção mineral brasileira,
que contempla, atualmente, mais de uma centena de substâncias, permite a auto-suficiência do país
na maioria dos produtos minerais e gera significativos excedentes.
 O Brasil destaca-se como o maior exportador de minério de ferro e ligas de nióbio, situando-se entre
os grandes produtores de petróleo, caulim, tantalita, bauxita, grafita, amianto, cassiterita, magnesita,
vermiculita, rochas ornamentais, talco, rocha fosfática e ouro.
 Mas ainda depende da importação de alguns produtos minerais, necessários a seu desenvolvimento
socioeconômico. Essa dependência externa ainda existe no que se refere à importação de petróleo
bruto leve, carvão metalúrgico, fosfato, potássio e matérias- primas para a metalurgia de metais não
ferrosos (especialmente zinco). Segundo o “Anuário Mineral Brasileiro” (DNPM, 2006)
DISTRIBUIÇÃO DOS BENS MINERAIS
AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA
AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA
Substância Capital econômico Capital Humano Impactos ambientais Custo/benefício/essencialidade
AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA
Substância Capital econômico Capital Humano Impactos ambientais Custo/benefício/essencialidade
AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA
AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA
Substância Capital econômico Capital Humano Impactos ambientais Custo/benefício/essencialidade
AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA
Substância Capital econômico Capital Humano Impactos ambientais Custo/benefício/essencialidade
AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA
Substância Capital econômico Capital Humano Impactos ambientais Custo/benefício/essencialidade
PETRÓLEO E GÁS
No Brasil, a exploração das bacias sedimentares iniciou- se em terra. A primeira bacia sedimentar onde se descobriu uma
acumulação comercial de petróleo foi a do Recôncavo, na Bahia, após a descoberta do campo de Lobato, em 1939, ainda na
gestão do Conselho Nacional do Petróleo (CNP).
A partir de 1953, esforços exploratórios foram realizados pela Petrobras em quase todas as bacias sedimentares brasileiras. Em
terra, nas décadas de 1930 a 1960, devido a grande dificuldade de acesso, orientou a distribuição das pesquisas ao longo do
litoral e nas margens de rios.
As descobertas realizadas no decorrer dos anos, de maior produtividade nas bacias marítimas, direcionaram os investimentos
exploratórios para a plataforma continental, principalmente para a Bacia de Campos. A descoberta do campo de Garoupa, em
1974, favoreceu a opção pela exploração no mar, onde novas descobertas ocorriam à medida que se dominavam novas
tecnologias: para a exploração e produção em águas cada vez mais profundas, para a produção de óleos mais pesados e para a
perfuração de poços mais profundos. Como resultado, atualmente a produção brasileira de petróleo e/ou gás natural é proveniente
das bacias de Santos, Campos, Espírito Santo, Recôncavo, Tucano Sul, Sergipe-Alagoas, Ceará, Potiguar e Solimões, totalizando
cerca de 1,8 milhões de barris/dia de óleo e 48,4 milhões de m³/dia de gás, sendo que a Bacia de Campos é responsável pela
maior parte da produção de óleo.
No entanto, a Bacia de Santos vem aumentando sua contribuição na produção brasileira de gás natural e óleo leve. Em 1997, foi
criada a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), para gerir os recursos petrolíferos da União e estudar
as bacias petrolíferas brasileiras, inclusive sendo responsável por contratar a coleta de dados e informações de geologia e
geofísica, visando a diminuir o risco nas áreas de fronteiras exploratórias e atrair o interesse privado para a exploração e produção
de petróleo no Brasil. Dessa forma, ciente de que apenas o aumento do conhecimento aumentará a atratividade das nossas
fronteiras exploratórias, o corpo técnico da ANP elaborou um plano plurianual voltado mais especificamente para o estudo das
bacias de nova fronteira, com atividades planejadas até o ano de 2012. Os estudos previstos obedecem, em geral, à seguinte
seqüência de atividades: levantamentos geofísicos aéreos, levantamentos geoquímicos, levantamentos sísmicos 2D regionais,
integração de dados e perfuração de poços estratigráficos. As bacias sedimentares brasileiras, tanto em terra como em mar,
apresentam relevante potencial para petróleo e gás considerando-se que condições geológicas similares no mundo proporcionam
produção relevante. No entanto,a pesquisa e o conseqüente conhecimento dessas bacias se encontram em diferentes estágios, de
forma que grandes extensões ainda permanecem pouco conhecidas quanto aos aspectos da geologia de petróleo.
PETRÓLEO E GÁS
As principais bacias sedimentares brasileiras, com potencial para a prospecção de hidrocarbonetos, recobrem
uma área de aproximadamente 7,5 milhões de km²; entretanto, somente nove dessas bacias são produtoras
atualmente. Em termos de área, apenas cerca de 5% do total das bacias sedimentares brasileiras se encontram
sob concessão para a pesquisa exploratória. Bacias maduras, tais como Recôncavo, Sergipe- Alagoas, Espírito
Santo (terra) e Potiguar, com produção e sistemas petrolíferos bem determinados, não apresentam descobertas
de grande porte há mais de 10 anos. No entanto, uma vez que ainda atraem investimentos privados, não se
configuram como prioridade para estudos com recursos públicos. Bacias de elevado potencial, tais como
Campos, Santos, Espírito Santo (mar) e Sergipe (águas profundas), apresentam importantes descobertas de
petróleo e gás que despertam interesse e atraem investimentos privados para a pesquisa exploratória. Nessas
áreas têm sido explorados horizontes cada vez mais profundos,em função do contínuo aprimoramento
tecnológico.
As demais bacias são classificadas como “Novas Fronteiras”, sendo que a maioria delas conta com
investimentos previstos no Plano Plurianual de Geologia e Geofísica da ANP
PETRÓLEO E GÁS
PETRÓLEO E GÁS
CAMPO DE MACAÚ
CAMPO REDONDO PROFUNDO
CAMPO DO AMARO
CAMPO DE BENFICA
CARVÃO MINERAL
 No final do século XVIII, a Revolução Industrial eclodiu na Europa e a energia proveniente do carvão permitiu a criação de
inventos que impulsionaram a economia mundial. Graças a essa nova forma de energia, instalaram-se inúmeras ferrovias que
alavancaram rapidamente o comércio entre os povos e permitiram o desenvolvimento econômico das nações. No Brasil, a
descoberta do carvão ocorreu em 1795 na localidade de Curral Alto, na Estância do Leão (município de Minas do Leão, RS).
 Já o carvão catarinense foi descoberto casualmente por tropeiros, na serra do 12 (atual serra do rio do Rastro), em 1822. O
consumo de carvão no Brasil cresceu consideravelmente durante a Primeira Guerra Mundial (1914), especialmente devido à
viação férrea.
 O carvão metalúrgico nacional foi substituído, por meio da importação, por carvão de melhor qualidade. O carvão energético
nacional continua abastecendo as usinas termoelétricas do país, que cada vez mais contribuem para a geração de energia
elétrica, crescendo em participação, na matriz energética adotada pelo Brasil. As maiores jazidas de carvão mineral situam-se
no sul do Brasil. Os maiores jazimentos localizam-se no estado do Rio Grande do Sul, seguido de Santa Catarina, Paraná e
São Paulo. Nove dessas jazidas concentram o maior volume de carvão: Sul-Catarinense (SC); Santa Terezinha, Morungava-
Chico-Lomã, Charqueadas, Leão, Iruí, Capané e Candiota (RS); Figueira-Sapopema (PR) . Em termos geológicos, o carvão
encontra-se associado à Formação Rio Bonito, pertencente ao Grupo Guatá, que ocorre na porção inferior da seqüência
sedimentar da Bacia Sedimentar do Paraná. Esses depósitos de carvão foram formados há milhões de anos, no período
Permiano. Nesse período, desenvolveu- se na região da Bacia Sedimentar do Paraná uma extensa cobertura vegetal que, ao
longo do tempo, foi perecendo e se acumulando no fundo das lagunas, pântanos e nas planícies de inundação. Toda a
matéria orgânica assim depositada fossilizou, formando extensos e espessos pacotes de turfa que, posteriormente,
transformaram- se em carvão mineral. A Bacia Sedimentar do Paraná é uma extensa bacia (1,2 milhões de km²), formada no
interior de uma placa geológica (intracratônica), o que propiciou a deposição lenta e contínua de camadas sedimentares, sem
dobramentos importantes. Sua conformação atual se deve a falhamentos e erosão ao longo de milhões de anos. A lenta
subsidência apresentada ao longo da evolução da bacia propiciou a deposição de carvão com alternância de outros materiais,
como areia e lama, formando conjuntos sedimentares heterogêneos, tanto na vertical como na horizontal. O carvão assim
formado é constituído por matéria orgânica vegetal e substâncias minerais (silte e argila). A matéria vegetal é decomposta e
carbonificada sob ação de temperatura e pressão por milhares de anos, dando origem à matéria carbonosa. As reservas de
carvão somam 32 bilhões de toneladas (CPRM, 2003).
CARVÃO MINERAL
 Cerca de 90% das reservas do carvão nacional situa-se no estado do Rio Grande do Sul e é representado por carvão vapor,
isto é, carvão que, por suas características energéticas, é utilizado na produção de energia térmica. Dos 32 bilhões de
toneladas de carvão mineral, 12 bilhões encontram- se na região de Candiota (RS), perfazendo 37% das reservas nacionais.
Essas reservas possuem uma situação estratégica em relação ao Bloco Mercosul, sendo garantia de energia abundante e
barata para toda a região.
 O Brasil produz cerca de 6,0 Mt de carvão energético (MME-SGM, 2007), que é empregado principalmente na geração de
termoeletricidade. O carvão metalúrgico utilizado nas siderúrgicas é totalmente importado, principalmente de Estados Unidos,
Austrália, África do Sul e Canadá. A distinção entre carvão energético e carvão metalúrgico está ligada diretamente às
características composicionais da rocha que compõe o pacote carbonoso, às características originais da flora (quantidade de
carbono – hidrogênio, matérias voláteis, maturação da matéria orgânica, qualidade dos macerais), da história geológica da
bacia sedimentar (velocidade de sedimentação, circulação dos sedimentos e águas na bacia sedimentar), além da
temperatura e carbonificação (CPRM, 2003). Além do carvão mineral, o Brasil possui inúmeros depósitos de turfa, que,
paulatinamente, estão sendo estudados e aproveitados como insumos para a agricultura ou na geração local de energia. A
explotação de carvão mineral no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, nos séculos XIX e XX, deixou um grande passivo
ambiental, principalmente nas regiões onde a lavra se processou a céu aberto. Grandes áreas foram ocupadas por rejeito do
carvão, formando uma paisagem lunar, sem nenhum aproveitamento e totalmente degradada. As águas superficial e
subterrânea tornaram-se ácidas, devido ao ferro contido na pirita, afetando enormemente o biossistema regional e
danificando a flora e a fauna da região .
CARVÃO MINERAL
 Serra do Rio do Rastro
CARVÃO MINERAL
Quadro de Reservas 
CARVÃO MINERAL
URÂNIO
Mineral nuclear é todo mineral que contém em sua composição um ou mais elementos nucleares (urânio e tório). Os principais
minerais de urânio são: uraninita, pechblenda, torbenita, autunita, carnotita, betafita, coffinita, euxenita, pirocloro e samarskita; de
tório são: monazita, torita, torianita e euxenita.
A principal aplicação do urânio é na geração de energia, como combustível nuclear. Já o tório, é pouco usado como elemento
gerador de energia. O urânio ainda é utilizado na indústria bélica sob a forma de explosivos; na indústria fotográfica, sob a forma de
nitratos; na indústria química, sob a forma de acetatos; na produção de vidros, sob a forma de sal. O tório é usado principalmente
sob a forma de óxido, na fabricação de camisas para lampiões; na produção de ligas, principalmente com o magnésio; na indústria
eletrônica; na fabricação de lâmpadas elétricas e na produção de vidros para lentes, na indústria óptica. O Brasil possui uma
reserva de urânio que totaliza 309.370 t de U3O8 contido.
O Complexo Mínero-Industrial de Caetité, no centro-sul da Bahia, é atualmente a única área produtora de urânio do país. Por outro
lado, o Complexo Mínero-Industrial de Poços de Caldas, no sul de Minas Gerais, até então a única área produtora do Brasil, está
sendo descomissionado, tendo em vista o esgotamento do minério economicamente viável. Nesse complexo, teve início o
desenvolvimento da tecnologia do ciclo do combustível nuclear para geração de energia elétrica, tratando-se quimicamente o
minério de urânio e transformando-o em yellowcake. Atendeu, basicamente, às demandas de recargas do reator de Angra I e de
programas de desenvolvimento tecnológico. Em Poços de Caldas, o urânio ocorre essencialmente como uraninita associada a
rochas do complexo alcalino gerado entre o Cretáceo e Paleógeno, destacando-se as jazidas do Cercado e do Agostinho. A primeira,
com reserva de 21.800 t de U3O8 contido, foi explorada até 1998 na mina Osamu Utsumi. Na segunda, as reservas estimadas
foram de 50.000 t de U3O8 contido. Três fases de mineralização foram distinguidas em Poços de Caldas: duas hidrotermais e uma
de alteração supergênica.
URÂNIO
Em Caetité, o minério de urânio, representado essencialmente por uraninita, está distribuído em cerca de 33 jazidas que
compõem o Distrito Uranífero de Lagoa Real. O minério ocorre em uma série de corpos de albititos lenticulares associados a zonas
de cisalhamento que cortam metamorfitos arqueanos e granitos paleoproterozóicos. A mineralização foi possivelmentegerada no
início do Neoproterozóico e sofreu remobilização no final do evento Brasiliano. As reservas totais são da ordem de 100.000 t de
U3O8 contido, suficientes para a operação dos reatores nucleares das usinas de Angra I, II e III. As demais reservas uraníferas são
representadas pelas áreas de Itataia, Figueira, Amorinópolis, Espinharas, Campos Belos, Rio Preto, Quadrilátero Ferrífero e Rio
Cristalino . Embora a jazida fósforo-uranífera de Itataia, no centro do Ceará, seja a maior reserva de urânio do país, com 142,5 mil
t de U3O8 contido, sua viabilidade econômica é dependente da exploração do fosfato associado. As principais rochas regionais
relacionadas ao depósito de Itataia são paragnaisses pré-cambrianos com grandes lentes carbonáticas. O urânio ocorre em
hidroxiapatita criptocristalina associada a massas de colofano e a vênulas e stockwork de colofano em mármores, gnaisses e
epissienitos. A idade da mineralização é considerada neoproterozóica a cambro-ordoviciana. As demais reservas de urânio são
menores.
Os depósitos de Figueira, no leste do Paraná, e Amorinópolis, no sul de Goiás, ocorrem em rochas sedimentares paleozóicas da
Bacia do Paraná, respectivamente do Permiano e Devoniano. Em Figueira, o urânio ocorre como uraninita em arenitos ou
associado com matéria orgânica em argilas carbonosas e carvões. Em Amorinópolis, a rocha hospedeira da mineralização de
urânio (autunita, sabugalita, uraninita e coffinita) é uma camada de arcóseo. Já o depósito de urânio de Espinharas, na Paraíba,
ocorre em gnaisses e xistos pré-cambrianos associados a granitos intrusivos, que foram alterados por processos metassomáticos
do final do ciclo Brasiliano, como albitização e hematitização, com lixiviação da sílica e enriquecimento em fosfato. Trata-se de um
depósito do tipo epigenético, similar a outras várias ocorrências espalhadas no Nordeste brasileiro.
Por sua vez, a mineralização de urânio de Campos Belos (autunita, torbenita e renardita) e Rio Preto (uraninita), ambas na parte
central e Goiás, estão hospedadas essencialmente em xistos grafíticos paleoproterozóicos. Metaconglomerados e quartzitos da
Formação Moeda, base do Paleoproterozóico, no Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, apresentam ocorrências de urânio
(uraninita, brannerita e coffinita) associadas a ouro e pirita. Na área do Rio Cristalino, sul do Pará, ocorrências uraníferas
(uraninita, kasolita e meta-autunita), relacionadas a psamitos paleoproterozóicos, estão em processo de avaliação. Por fim, podem
ser referidas ocorrências uraníferas que acompanham mineralizações de cassiterita e outros minerais em Pitinga, no nordeste do
Amazonas, e em mineralizações de cobre e ouro, em Carajás, no sudeste do Pará. Essas ocorrências de urânio têm um potencial
estimado em 150.000 t de U3O8 contido.
URÂNIO
Fonte: CNEN
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