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CURSO DE GEOLOGIA GERAL Introdução O presente curso de geologia geral foi preparado e apresentado internamente pela geóloga Jéssica Beatriz Carvalho nos anos de 2000 e 2001. A autora gentilmente permitiu a disponibilização para o grupo de geometalurgia da CVRD. Os tópicos são claramente abordados e acreditamos que seja uma excelente revisão para os geólogos e, para os não geólogos, uma introdução ao “mundo geológico”. Caso necessário, estamos à disposição para esclarecer dúvidas ou sugerir bibliografia mais detalhada. Bom estudo! Edison Tazava – Tel. (31) 3691-4577 – Carrier 840-4577 edison.tazava@cvrd.com.br Tereza Brod – Tel. (31) 3691-4376 - Carrier 840–4376 - tereza.brod@cvrd.com.br O QUE É A GEOLOGIA GEOLOGIA ciência natural MÃE TERRA •sua constituição •suas mutações e movimentos •sua história •seus recursos “Objetos de observação” •rochas •distribuição espacial das rochas •fenômenos naturais atuais •estruturas e registro fóssil •minérios O QUE É A GEOLOGIA No prefácio de um livro de geoestatística há a seguinte frase sobre geólogos: “Nenhum outro profissional, exceto os astrônomos, têm tão distante de si e tão pouco palpável o seu objeto de estudo...” O objeto de estudo não é a rocha em si, mas sim a sua história Por decorrência, geólogos têm: • senso de observação muito acurado (qualquer pista é importante...) • em mente que tudo tem um porquê de ser (as pistas tem que dizer alguma coisa...) • aguçado senso de distinção, organização e lógica (as pistas de alguma forma correlacionam-se entre si...) • prazer em montar “quebra-cabeças” (as pistas correlacionadas podem ser transformadas em um quadro compreensível e lógico, mesmo com muitas peças faltando...) O QUE É A GEOLOGIA Termos comuns no “geologuês”: • possivelmente... • provavelmente... • infere-se que... • tal fato sugere que... • tal fato evidencia que ou indica que... Ninguém deixou por escrito o que ocorreu há 100.000 ou há 3 bilhões de anos atrás. Qualquer coisa que pareça lógica pode ter ocorrido, nunca vamos ter a certeza absoluta. A desconfiança sobre a lógica aplicada (a sua própria!), sobre o encadeamento das pistas, faz parte da rotina. Uma nova pista que venha a ser descoberta pode mudar completamente, e subitamente, o quadro final. FORMAÇÃO E ESTRUTURA DA TERRA • BIG BANG: há 15 ou 20 bilhões de anos • logo após: aparecimento de elétrons, prótons e nêutrons • aparecimento de H, He, D, Li, Be, B - nuvens de gases interestelares e organização em nebulosas • elementos mais pesados originados por fusão nuclear no interior das estrelas (até Fe26) • elementos mais pesados formados por reação de captura de nêutrons (processo lento, em estrelas, até o Bi83) • elementos mais pesados formados por reação de captura de nêutrons (processo rápido, em supernovas) FORMAÇÃO E ESTRUTURA DA TERRA: Big Bang FORMAÇÃO E ESTRUTURA DA TERRA • 4,7 bilhões de anos: separação da nebulosa solar por contração gravitacional (supernova?). Só átomos, T de vários milhares de oK • rebaixamento da T e formação de moléculas e de sólidos, primeiro os de maior ponto de fusão (teoria da condensação) – córindon → perovskita → espinélio, diopsídio → plagioclásio, magnetita → gelo, amônia, metano • momento angular pequeno: isolamento de um proto-sol e dispersão de material ao seu redor em disco achatado • formação de planetesimais, acresção dos planetas primitivos Condensação de elementos na nebulosa solar primitiva: seqüência em função da temperatura de condensação (distância do sol) FORMAÇÃO E ESTRUTURA DA TERRA • 4,55 bilhões de anos: Terra formada – acresção (No vácuo? Na nebulosa solar?) – compressão (gravidade) – fusão: separação do núcleo por gravidade (4,5-4,0 Ga) (estágios precoces de separação manto-crosta) – separação da lua (4,5 bilhões de anos) – bombardeamento por meteoros – desgaseificação e geração da atmosfera primitiva (~4,0 Ga, CO2, N2 e H2O) SISTEMA SOLAR TERRA MÉDIA H 92,8 He 7,1 Fe 0,001 35 O 0,05 30 Si 0,002 15 Mg 0,002 13 Ni 2,4 Si 1,9 Ca 1,1 Al 1,1 TOTAL 99,955 99,500 PLANETA COM VIDA PLANETA COM ÁGUA CALOR... E MOVIMENTO PLANETA VIVO FORMAÇÃO E ESTRUTURA DA TERRA • Estrutura Núcleo interno Núcleo externo manto Crosta Única camada líquida, cujo movimento é responsável pelos pólos magnéticos (Fe-Ni, + 0,4% de material mais leve Sólido convectivo (composição: O- Si-Mg e menores Ca, Al, Fe) Sólido condutivo (composição: O- Si-Al e menores Fe, Mg, Ca, K, Na) Sólido (Fe 90,8% Ni 8,6%) 6370-4980km 4980-2900km 2900 - ~200km 5 a 60 - 0km FORMAÇÃO E ESTRUTURA DA TERRA • Manto inferior 2900km superior 690km 200km? Condutivo e rígido convectivo 35km em média TERRA MÉDIA NÚCLEO MÉDIO MANTO MÉDIO Fe 35 90,8 6,2 O 30 ? 43,9 Si 15 21 Mg 13 23,5 Ni 2,4 8,6 0,2 S 1,9 ? ? Ca 1,1 2,3 Al 1,1 1,9 K 0,03 Na 0,2 Ti 0,05 TOTAL 99,500 99,400 99,280 FORMAÇÃO E ESTRUTURA DA TERRA • Crosta inferior superior CONTINENTAL OCEÂNICA Espessura normalmente ao redor de 30-40km Espessura normalmente ao redor de 5-7km CROSTA CONTINENTAL CROSTA OCEÂNICA H 0,1 Fe 5,2 6,8 O 45,9 44,1 Si 28,1 23,3 Mg 2,2 4,4 Ca 3,7 8,5 Al 8,3 9,2 K 2,7 0,2 Na 2,9 2,1 Ti 0,7 0,9 TOTAL 99,800 99,500 rígido e condutivo 0 100 200 300 400 500 600 700 800 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 Vs (km/s) pr of un di da de (k m ) crosta (litosfera) Manto superior Manto inferior Transição de fase: olivina- espinélio Transição de fase: espinélio-perovskita FORMAÇÃO E ESTRUTURA DA TERRA DESCONTINUIDADES SÍSMICAS (ambiente oceânico) 4550 2500 1600 1000 540 0 Milhões de anos ARQUEANO PROTEROZÓICO FA N ER O ZÓ IC O paleo meso neo Formação da Terra 1os registros de vida (estromatólitos) Rochas mais antigas eucariotes Extinção dos dinossauros 1os animais multicelulares Começo da formação de grandes massas continentais Fim da agregação de grande volume de crosta continental Fósseis com partes duras preservadas EVOLUÇÃO DA TERRA: O TEMPO GEOLÓGICO Aumento dramático do O na atmosfera GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho O TEMPO GEOLÓGICO EON ERA PE RÍ O DO ÉPOCA ID AD E (M ilh õe s de an os ) HOLOCENO PLEISTOCENO MIOCENO OLIGOCENO EOCENO PALEOCENO SUPERIOR INFERIOR 135 SUPERIOR MÉDIO INFERIOR SUPERIOR MÉDIOINFERIOR LOPINGIANO GUADALUPIANO CISURALIANO PENSILVANIANO MISSISSIPIANO 355 SUPERIOR MÉDIO INFERIOR PRIDOLILUDLOWWENLOCKLLANDOVERY SUPERIOR MÉDIO INFERIOR 495 SUPERIOR MÉDIO INFERIOR Neoproterozóico III 650 Criogeniano 850 Toniano 1000 Steniano 1200 Ectasiano 1400 Calymniano 1600 Stateriano 1800 Orosiriano 2050 Rhyaciano 2300 Sideriano 2500 250 203 65 1,75 540 435 410 295 sem subdivisõesM ES O PR O TE RO ZÓ IC O PA LE O PR O TE RO ZÓ IC O ORDOVICIANO CAMBRIANO PR O TE RO ZÓ IC O NE O - PR O TE RO ZÓ IC O PERMIANO CARBONÍFERO DEVONIANO SILURIANOFA NE RO ZÓ IC O CENOZÓICO QUATERNÁRIO NEOGENO PALEOGENO MESOZÓICO CRETÁCEO JURÁSSICO TRIÁSSICO PALEOZÓICO NE O - AR Q UE AN O 2800 M ES O - AR Q UE AN O 3200 PA LE O - AR Q UE ANO 3600 EO AR Q UE AN O 4600 AR Q UE AN O sem subdivisões sem subdivisões EON ERA PERÍODO ÉPOCA ID AD E (M ilh õe s d e an os ) HOLOCENO PLEISTOCENO 1,75 PLIOCENO 5,3 MIOCENO 23,5 OLIGOCENO 33,7 EOCENO 53 PALEOCENO 65 SUPERIOR 96 INFERIOR 135 SUPERIOR 154 MÉDIO 175 INFERIOR 203 SUPERIOR 230 MÉDIO 240 INFERIOR 250 LOPINGIANO GUADALUPIANO 272 CISURALIANO 295 PENSILVANIANO 320 MISSISSIPIANO 355 SUPERIOR 375 MÉDIO 390 INFERIOR 410 PRIDOLI 415 LUDLOW 425 WENLOCK 430 LLANDOVERY 435 SUPERIOR 455 MÉDIO 465 INFERIOR 495 SUPERIOR 500 MÉDIO 520 INFERIOR 540 FA NE RO ZÓ IC O SILURIANO ORDOVICIANO CAMBRIANO DEVONIANO CENOZÓICO MESOZÓICO PALEOZÓICO JURÁSSICO TRIÁSSICO PERMIANO CARBONÍFERO QUATERNÁRIO NEOGENO PALEOGENO CRETÁCEO * * * * * * * Maiores extinções em massa Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por J.B.C. O TEMPO GEOLÓGICO EON ERA PE RÍ O DO ÉPOCA ID AD E (M ilh õe s de an os ) HOLOCENO PLEISTOCENO MIOCENO OLIGOCENO EOCENO PALEOCENO SUPERIOR INFERIOR 135 SUPERIOR MÉDIO INFERIOR SUPERIOR MÉDIOINFERIOR LOPINGIANO GUADALUPIANO CISURALIANO PENSILVANIANO MISSISSIPIANO 355 SUPERIOR MÉDIO INFERIOR PRIDOLILUDLOWWENLOCKLLANDOVERY SUPERIOR MÉDIO INFERIOR 495 SUPERIOR MÉDIO INFERIOR Neoproterozóico III 650 Criogeniano 850 Toniano 1000 Steniano 1200 Ectasiano 1400 Calymniano 1600 Stateriano 1800 Orosiriano 2050 Rhyaciano 2300 Sideriano 2500 250 203 65 1,75 540 435 410 295 sem subdivisõesM ES O PR O TE RO ZÓ IC O PA LE O PR O TE RO ZÓ IC O ORDOVICIANO CAMBRIANO PR O TE RO ZÓ IC O NE O - PR O TE RO ZÓ IC O PERMIANO CARBONÍFERO DEVONIANO SILURIANOFA NE RO ZÓ IC O CENOZÓICO QUATERNÁRIO NEOGENO PALEOGENO MESOZÓICO CRETÁCEO JURÁSSICO TRIÁSSICO PALEOZÓICO NE O - AR Q UE AN O 2800 M ES O - AR Q UE AN O 3200 PA LE O - AR Q UE AN O 3600 EO AR Q UE AN O 4600 AR Q UE AN O sem subdivisões sem subdivisões EON ERA PERÍODO ÉPOCA ID A D E (M ilh õe s de an os ) Neoproterozóico III 650 Criogeniano 850 Toniano 1000 Steniano 1200 Ectasiano 1400 Calymniano 1600 Stateriano 1800 Orosiriano 2050 Rhyaciano 2300 Sideriano 2500 NEOARQUEANO 2800 MESOARQUEANO 3200 PALEOARQUEANO 3600 EOARQUEANO 4600 sem subdivisões sem subdivisões sem subdivisões PR O TE R O ZÓ IC O A R Q U EA N O NEOPROTEROZÓICO MESOPROTEROZÓICO PALEOPROTEROZÓICO Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho TECTÔNICA DE PLACAS TECTÔNICA DE PLACAS • Expressão superficial da convecção do manto terrestre, a qual é governada pela produção de calor por decaimento radiogênico e pela expulsão deste ao longo das dorsais meso-oceânicas. • Placa tectônica: unidade mecanicamente rígida e contínua em planta e profundidade, que desliza sobre o interior convectivo da Terra com movimento independente das placas vizinhas • As placas são compostas em profundidade pela crosta + porção mais superior do manto superior (LITOSFERA), e em planta por crosta continental + oceânica ou só por oceânica As placas modificam-se com o passar do tempo! Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho TECTÔNICA DE PLACAS HOJE: 6 grandes placas (Pacífica, Eurasiana, Antártica, Indo- Australiana, Americana e Africana), e mais de 14 menores (ex. Nazca, Cocos, Arábica, Caribenha) Nas dorsais: geração de crosta oceânica Nas fossas: consumo (subducção) de crosta oceânica Principais direções de movimento PLACA AFRICANA NAZCA PLACA PACÍFICA PLACA PACÍFICA Cocos Caribenha Placa Scotia PLACA ANTÁRTICA PLACA ANTÁRTICA PLACA EURASIANA INDO AUSTRALIANA Filipinas Arábica SUL AMERICANA NORTE AMERICANA Sismos e vulcões: maioria absoluta concentrada nas margens das placas em cinturões estreitos e contínuos Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho TECTÔNICA DE PLACAS Outra visão... Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho TECTÔNICA DE PLACAS RELAÇÕES DE CONTATO ENTRE PLACAS CONVERGENTE (destrutivo) DIVERGENTE (construtivo) TRANSFORMANTE (conservativo) Em planta: compressão distensão deslizamento Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho TECTÔNICA DE PLACAS RELAÇÕES DE CONTATO ENTRE PLACAS Em perfil: LIMITES DIVERGENTESLIMITES CONVERGENTES Onde os sismos ocorrem Elevada densidade: pode mergulhar no manto Baixa densidade: sempre “boiando” sobre o manto Sismicidade mais intensa Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho TECTÔNICA DE PLACAS DORSAIS OCEÂNICAS: cadeias de montanhas originadas por intenso vulcanismo que gera continuamente nova crosta oceânica. Instalam-se nos limites divergentes (ambientes continentais podem evoluir para oceânicos). RÁPIDAS: 9-18 cm/ano (Leste Pacífico) INTERMEDIÁRIAS: 5-9 cm/ano (Pacífico-Antártica) LENTAS: 1-5 cm/ano (Meso-Atlântica e Indo-Atlântica) 500-1000 km de largura 23 km de altura Reversões dos pólos magnéticos ficam registradas no assoalho oceânico largura em planta da nova crosta oceânica gerada durante 1 ano Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho TECTÔNICA DE PLACAS LIMITES CONVERGENTES 2. Continente X Continente: dois continentes se chocando e cavalgando um sobre o outro (Himalaias) 1. Oceano X Continente: litosfera oceânica subductada sob um continente (Andes) 3. Oceano X Oceano: litosfera oceânica subductada sob outra placa oceânica (Marianas) PLACA INDIANA EURASIANA ARCOS PERICONTINENTAIS (Margens continentais ativas) ARCOS DE ILHA CINTURÕES COLISIONAIS Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho Fossa ou trincheira Bacia de frente de arco Arco vulcânico Bacia de atrás-arco (back-arc) TECTÔNICA DE PLACAS LIMITES CONVERGENTES - estrutura geral dos arcos Cinturão de empurrões Bacia de foreland Platô Foreland Hinterland CINTURÕES COLISIONAIS (continente X continente) ARCOS DE ILHA E PERICONTINENTAIS (oceano X continente ou X oceano) Alinhamento de vulcões Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho TECTÔNICA DE PLACAS OROGÊNESE: nome coletivo para processos de deformação em margens de placas convergentes. Formam-se orógenos = faixa ou cinturão orogenético = faixa móvel Expressão geomorfológica: cadeias de montanhas Tipos de faixas orogenéticas: COLISIONAL: desenvolve-se pela colisão de duas placas continentais. Não há subducção, uma placa cavalga sobre a outra e gera uma crosta continental duplicada, extremamente espessa e complexa. Ex: Himalaias e Alpes. ACRESCIONÁRIA: corresponde a uma colagem tectônica de materiais na margem de um continente, que ocorre durante a subducção (arcos de ilha e pericontinentais). Os materiais podem ser fragmentos de litosfera oceânica e seus sedimentos, ou pequenos blocos continentais. Ex: Cordilheira do oeste da Américado Norte, Andes. Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho AMBIENTE INTRAPLACA E PLUMAS Pluma: “diápiro” de material quente que emerge da superfície do núcleo (CMB - Core-Mantle Boundary) e atinge a base da litosfera (= aporte de material e calor do núcleo para as camadas mais externas da Terra) Hot Spot: expressão superficial das plumas, como vulcões e geisers em posição intraplaca ou nas dorsais (composição química distinta do restante dos vulcões) Principais hot spots atuais Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho AMBIENTE INTRAPLACA E PLUMAS 43 Ma Hoje 70 Ma Expressam-se como cadeias de vulcões não relacionadas a margem de placa tectônica - ILHAS OCEÂNICAS ou intracontinental (trilhas de pluma) “Cabeça” da pluma, estacionária Placa em movimento Vulcões mais jovens Estas cadeias auxiliam muito na reconstrução do movimento da placa tectônica BACIA DO PACÍFICO HOT SPOTS / PLUMAS Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho AMBIENTES TECTÔNICOS Podem ser divididos em: continental intracontinental pericontinental ExtensionalInativo / Plumas(anorogênico) Bacias back-arc Arco pericontinental continente-oceano Cinturão colisional continente-continente Margem ativa Margem passiva Subducção, obducção Duplicação continental ExtensionalCompressional Rifts, bacias intracontinentais Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho AMBIENTES TECTÔNICOS Exemplos: continental intracontinental pericontinental Bacia back-arc Rift (evolui para margem passiva) Margem ativa Margem passiva Bacias intracontinentais Abortado (aulacógeno) Arco pericontinental Em evolução Plataforma continental Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho AMBIENTES TECTÔNICOS Podem ser divididos em: oceânico Intraoceânico Ilhas oceânicas (alinhadas ou isoladas) Margens oceânicas Arcos de ilhaBacias back-arc Dorsais meso-oceânicas ExtensionalInativo / Plumas ExtensionalCompressional Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho AMBIENTES TECTÔNICOS Exercício: dar nome aos vários ambientes mostrados na figura abaixo. Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho TECTÔNICA DE PLACAS AMBIENTE DISTENSIONAL: dos rifts continentais aos oceanos atual 152Ma Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho TECTÔNICA DE PLACAS RIFTS MODERNOS Aulacógeno: rift abortado, ou seja, que não evoluiu até a instalação de crosta oceânica. Tafrogênese: contrário de orogênese; geração de bacias / distensão continental. Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho TECTÔNICA DE PLACAS NO TEMPO • ARQUEANO – pré 4.0 Ga: sem preservação de rochas (HADEANO). – terrenos granito-greenstone (3,6 - 2,5 Ga) e faixas granulito-gnaisse (3,96 - 2,8 Ga): relação provável com tectônica de placas / arcos acrescionários. – primeiro aulacógeno e arco pericontinental reconhecíveis são do final do arqueano. Grandes bacias sedimentares e complexos ígneos acamadados indicam progressiva estabilidade (cratonização) de alguns continentes depois de 3,0 Ga. • PALEOPROTEROZÓICO – 2,4 - 2,0 Ga: enxames de diques máficos em todo o mundo, indicando período significativo de fragmentação continental. Existiu super-continente na transição arqueano-proterozóico? • MESOPROTEROZÓICO – 1600-1400 Ma: formação de um super-continente? Estabilidade tectônica e intenso magmatismo anorogênico (1800-1300 Ma) – 1500-1300: espalhamento do provável supercontinente. • NEOPROTEROZÓICO – 1100-900 Ma: final da formação de um super-continente (faixas Grenvillianas, Rodínia) – 770 Ma: quebramento deste super-continente em diversos blocos continentais que derivaram até ~600 Ma – 600 Ma: colisão dos blocos continentais e amalgamação através das faixas Pan-africanas, formando um novo super-continente (Brasil: evento Brasiliano) – 550 Ma: quebramento deste super-continente e dispersão dos blocos continentais • FANEROZÓICO – 270-240 Ma: formação de novo super-continente (Pangea), faixas Caledoniana-Apalachiana-Variscana – 170 Ma: inicia-se o quebramento do Pangea, uma dispersão que avança até hoje. Colisões continentais já ocorridas: Himalaias (45 Ma) e Alpes (34 Ma) EV O LU Ç Ã O D E 65 0 M a a 5 0, 2 M a Marrom: crátons (terrenos > 2,5Ga); salmão: terrenos proterozóicos; verde: terrenos fanerozóicos; vermelho: dorsais meso-oceânicas atuais e arcos de ilha TECTÔNICA DE PLACAS NO TEMPO Desenho grosseiro! Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho TECTÔNICA DE PLACAS NO TEMPO ALGUNS NOMES DE CONTINENTES E OCEANOS DO PASSADO... RODÍNIA Super-continente formado por blocos continentais sem similaridade imediata com os atuais. Inclui os crátons Amazônico, Sibéria, Laurentia, Oeste-África, entre outros menores. LAURENTIA Continente equivalente à América do Norte + Groelândia + NW da Escócia GONDWANA Super-continente composto pelos continentes hoje do hemisfério sul (África, América do Sul, Índia, Austrália, Antártica) LAURENTIA- GONDWANA (ou "do final do Proterozóico") Super-continente formado pela combinação dos dois blocos citados no nome PANGEA Super-continente formado pela combinação de outros dois super- continentes, Gondwana e Euramérica. LAURÁSIA Refere-se à massa continental formada por América do Norte + Europa + Ásia. BÁLTICA Continente equivalente a um fragmento da Europa atual, formado pelo nordeste da Europa a leste dos Urais. AVALONIA Pequeno fragmento que separou-se do leste de Gondwana, e que depois partiu-se em outros dois (Avalonia Leste e Oeste) EURAMÉRICA Continente formado por América do Norte + Europa, que colidiram originando os APALACHES e CALEDONIDES IAPETUS Proto-Atlântico existente entre a América do Norte e Europa. RHEIC Oceano aberto pela separação entre Avalonia e leste de Gondwana, que evoluiu durante a separação de Gondwana e Euramérica no Paleozóico TETHIS Oceano que existiu como uma reentrância no Pangea, ocupando sua porção centro-leste Formou-se no início do Neoproterozóico, de 1,05 - 0,9Ga, através de colisões que correspondem às faixas Grenvillianas. A posterior amalgamação dos outros crátons africanos, Austrália, Antártica e Índia, no Cambriano, dá origem ao Gondwana. Ocorre como bloco continental desde o Proterozóico, tendo se fragmentado apenas com a abertura do Atlântico Norte Este agregado de continentes existe de forma similar desde o Cambriano, e persistiu como bloco único até sua separação iniciada no Jurássico. Este supercontinente formou-se pela colisão de vários blocos a ~700-600Ma, e começou a partir-se a 600-550Ma com a abertura do oceano Iapetus/Rheic Formou-se no Siluriano e persistiu até o Mesozóico, quando começou a dispersão em blocos como hoje conhecidos Formou-se no Carbonífero pela colisão da Ásia com a Euramérica, a qual originou os URAIS. Amalgamou-se com Gondwana para formar o Pangea no Triássico, e isolou-se novamente, formando bloco único, do Jurássico ao Cretáceo (partiu-se com a abertura do Atlântico Norte) Já estava individualizado como bloco continental no início do Neoproterozóico, e só perde identidade ao chocar-se com Laurentia para formar Euramérica no Siluriano. Separou-se de Gondwana no Ordoviciano, e no Siluriano estava incorporado aos Apalaches-CaledonidesA amalgamação desta massa continental ocorreu no Siluriano ou final do Ordoviciano. Persistiu como bloco até o Carbonífero, quando formou-se a Laurásia Abriu-se por volta de 600-550Ma e foi subductado do Ordoviciano ao Siluriano, fechando quando América do Norte e Europa colidiram (orogenia Caledoniana-Apalachiana). Abriu-se possivelmente Proterozóico Superior (como "Iapetus nascente"), e fechou-se no Carbonífero em decorrência dos movimentos para formação de Pangea Começou sua abertura na passagem Permiano/Triássico, na formação do Pangea. Com a separação da Índia do leste africano (~90Ma), passou a se chamar Oceano Índico e ainda hoje está em subducção sob a fossa de Java TECTÔNICA DE PLACAS E SUA INFLUÊNCIA... ...NO REGISTRO GEOLÓGICO ...NAS OSCILAÇÕES DO NÍVEL DO MAR ...NAS VARIAÇÕES CLIMÁTICAS ...NAS EXTINÇÕES EM MASSA Tipos de rochas e de associações entre rochas (sedimentares, ígneas e metamór- ficas), tipos de depósitos minerais, dependem diretamente da tectônica. Os sedimentos dependem também da posição em que o continente estava ao redor do globo Principal controle é astronômico. Contudo, fases de super- continentes e de continentes dispersos têm padrões de correntes marinhas e atmosféricas muito distintas. Nos super- continentes as glaciações são muito mais severas, e desertos mais comuns Picos máximos em regressões e transgressões relacionam-se diretamente com fases de super- continentes e dispersão, respectivamente. Cretáceo: +350m, Ordoviciano: + 600m em relação ao atual. Influenciam fortemente a distribuição e diversidade de formas de vida (em particular a marinha rasa). Controladas por oscilações nível do mar, glaciações e mudanças das áreas continentais, salinidade do mar, suprimento de nutrientes. Fim do Permiano: super-continente, regressão, evaporitos generalizados, aquecimento global, oxidação da atmosfera (CO2 ↑) Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho TECTÔNICA DE PLACAS E SUA INFLUÊNCIA SOBRE CLIMA, OSCILAÇÕES NÍVEL DO MAR E EXTINÇÕES EM MASSA * * * * * * *seis maiores extinções em massa do Fanerozóico Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho Termos com conotação tectono-temporal Plataforma: área rígida da crosta continental com movimentos tectônicos de baixa magnitude, que contrasta com as áreas de grande mobilidade tectônica. É formada por embasamento (rochas metamórficas ou ígneas mais antigas) e sua cobertura sedimentar mais recente. Escudo: grandes áreas de plataforma com o embasamento exposto, sem a cobertura sedimentar. Cráton: plataforma pré-cambriana. Em alguns ramos da geologia é reservado para idade > 2,5Ga (arqueanos) = bloco continental que existe desde o arqueano (o que restou dele) Faixas Móveis Periféricas: orógenos colisionais ou acrescionários instalados ao redor dos crátons. De forma geral, as proterozóicas ao redor dos núcleos arqueanos e as fanerozóicas ao redor das proterozóicas. Anorogênico: rocha, associação de rochas ou ambiente geológico relacionado ao interior estável das placas tectônicas. Um ambiente anorogênico pode ter sido no passado orogênico, e pode ser no futuro uma margem passiva, por exemplo. A transição para ambientes tectonicamente ativos é completa. Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho CRISTAIS, MINERAIS E ROCHAS CRISTAIS, MINERAIS E ROCHAS • CRISTAL – substância química sólida com estrutura cristalina* definida (refere-se a um indivíduo; não precisa ser natural) • MINERAL – substância química inorgânica, sólida e homogênea, de ocorrência natural, com estrutura cristalina definida e com composição química definida dentro de certo intervalo de variação (refere-se a um grupo de indivíduos com estrutura e composição constante) • ROCHA –agregado (sólido) de cristais de um ou vários minerais *estrutura cristalina: arranjo sistemático de átomos, íons ou moléculas GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho CRISTAIS, MINERAIS E ROCHAS • CRISTAIS – SIMETRIA EXTERNA E INTERNA Arranjo atômico ordenado que fornece relações geométricas bem definidas GETEK/GAMIK TEM LAUE Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho CRISTAIS, MINERAIS E ROCHAS • CRISTAIS – SIMETRIA EXTERNA • elementos de simetria: ponto, eixos de rotação, plano • 32 classes de simetria agrupadas em 7 sistemas cristalinos – SIMETRIA INTERNA • elementos: eixos com giros helicoidais, planos de deslizamento (a nível de átomos ou moléculas) • 230 grupos espaciais (acomodam todas as estruturas conhecidas) • MAIOR A ORDEM, MENOR A SIMETRIA GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho CRISTAIS, MINERAIS E ROCHAS • CRISTAIS – HÁBITO * quanto mais “livre” o cristal durante seu crescimento, maior a chance de ser bem formado. Influência do meio? * planos com maior densidade atômica desenvolvem faces. * ligações fortes formam cadeias (PBC) paralelas a faces bem desenvolvidas * independentemente do hábito ser definido ou indefinido, a estrutura interna continua presente GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho CRISTAIS, MINERAIS E ROCHAS • MINERAIS / CRISTAIS – PROPRIEDADES FÍSICAS • hábito • cor • dureza • brilho • traço • clivagem • fratura • densidade • magnetismo GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho CRISTAIS, MINERAIS E ROCHAS • MINERAIS – PROPRIEDADES ÓTICAS •a luz sofre refração ao atravessar um mineral. O índice de refração é diferente para as várias direções cristalográficas •o microscópio petrográfico tem luz plano-polarizada GETEK/GAMIK Nicóis paralelos Nicóis cruzados Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho CRISTAIS, MINERAIS E ROCHAS • MINERAIS – ESTRUTURA • Polimorfismo: mesma composição química, estruturas distintas (cada um é um mineral; ex: cianita, sillimanita, andaluzita - Al2SiO5; anatásio e rutilo - TiO2) • Isomorfismo: mesma estrutura, mas composição variável entre um e outro extremo (ex: olivina - (Fe,Mg)2SiO4) – COMPOSIÇÃO QUÍMICA • pode variar com condições P-T-X do seu ambiente de formação (composição do sistema e outros minerais em coexistência) • Séries isomórficas: soluções sólidas; dependem muito da composição do sistema • Gaps de miscibilidade: “zonas proibidas” em séries polimórficas; dependem muito de P-T GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho CRISTAIS, MINERAIS E ROCHAS • MINERAIS – PRINCIPAIS CLASSES DE MINERAIS • SILICATOS – ORTOSSILICATOS (olivina) – CICLOSSILICATOS (berilo) – INOSSILICATOS CADEIA SIMPLES (piroxênios) – INOSSILICATOS CADEIA DUPLA (anfibólios) – FILOSSILICATOS (micas) – TECTOSSILICATOS (quartzo e feldspatos) • CARBONATOS, FOSFATOS, SULFATOS • ÓXIDOS e OXI-HIDRÓXIDOS • SULFETOS E SULFOSSAIS • HALETOS • ELEMENTOS NATIVOS GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho CRISTAIS, MINERAIS E ROCHAS • MINERAIS / ROCHAS – ASSOCIAÇÕES ENTRE MINERAIS • minerais com pontos de fusão e solidificação similares associam-se entre si (P-T deestabilidade similares) • Série de Bowen ou Série de Cristalização. Genérica: * T de mais alta para mais baixa * estruturas das mais simples para as mais complexas * Fe,Mg ⇒ Ca ⇒ Na,K * proporção Si:O aumenta muito (0,25 ⇒ 0,50) • a composição do sistema influencia muito a série de cristalização. • minerais que são reagente e produto em uma reação (mudanças de P-T) tendem a estar associados (na mesma rocha ou no mesmo terreno) GETEK/GAMIK olivina ⇒ piroxênios ⇒ anfibólios ⇒ micas ⇒ feldspatos ⇒ quartzo Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho CRISTAIS, MINERAIS E ROCHAS • ROCHAS – CLASSES (referem-se à gênese da rocha) • ÍGNEAS: formadas a partir de magma (rocha prévia fundida) - gênese profunda, na crosta inferior ou manto superior • SEDIMENTARES: formadas a partir da compactação de sedimentos - primeiro estágio da gênese na superfície, depois pequeno soterramento para compactação. Subclasses: CLÁSTICAS E QUÍMICAS. • METAMÓRFICAS: formadas por aquecimento e pressurização de rochas prévias sem ser atingido o ponto GETEK/GAMIK de fusão - gênese em posição intermediária na crosta. É normalmente isoquímico, mas este é o melhor enquadramento para rochas “metassomáticas” (que sofreram mudança química/hidrotermalismo) Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS ROCHAS ÍGNEAS • Formadas a partir de rochas prévias fundidas (magmas). Correspondem a um magma cristalizado/ solidificado. Geração de magma ocorre quando a temperatura do solidus é atingida. • ANATEXIA: fusão parcial de uma rocha, gerando líquidos parciais. Quanto menor o grau de fusão parcial, maior o conteúdo de elementos incompatíveis. • ROCHAS PLUTÔNICAS: o magma cristaliza-se em profundidade, no interior da crosta. O resfriamento é lento e os cristais são grossos - faneríticas. • ROCHAS VULCÂNICAS: o magma alcança a superfície da crosta e extrude. A cristalização é muito rápida, e os cristais são muito finos (há vidro!) - afaníticas GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS • ANATEXIA OU FUSÃO PARCIAL SÓLIDO LÍQUIDO P R E SS ÃO TEMPERATURA • REMOÇÃO DE LÍQUIDO PARCIAL resíduo Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS • ANATEXIA OU FUSÃO PARCIAL – Cada MINERAL com sua curva de fusão – Espaço de fusão da ROCHA SÓLIDO LÍQUIDO P R E SS ÃO TEMPERATURA a b c TEMPERATURA SÓLIDO LÍQUIDO P R E SS ÃO FUSÃO PARCIAL LÍQUIDOS PARCIAIS gerados e extraídos Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS • ANATEXIA OU FUSÃO PARCIAL – Efeito da hidratação da rocha – Composição dos líquidos parciais (magmas) • depende da composição da fonte (rochas e fluidos) • depende do grau de fusão parcial: quanto mais elevado, mais próximo o magma estará da composição da fonte. Quanto menor o grau de fusão parcial, maior o conteúdo de elementos incompatíveis. – Compatibilidade: grau de afinidade de um elemento químico com a fração sólida. Relaciona-se com o peso atômico, potencial de ionização, grau de polimerização do líquido e outros fatores físico-químicos. Mede-se pelo coeficiente de partição. SÓLIDO PARCIALMENTE SÓLIDO P R E SS ÃO TEMPERATURA Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS • ANATEXIA OU FUSÃO PARCIAL – SÍTIOS DE FUSÃO PARCIAL • locais com T elevada • locais onde há despressurização • locais onde há aporte de fluidos GETEK/GAMIK RIFT INTRACONTINENTAL Hot spot ou pluma AMBIENTES TECTÔNICOS Limites de placas: intenso vulcanismo ARCO MAGMÁTICO Hot spot ou pluma ILHA OCEÂNICA Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS • COMPOSIÇÃO DAS ROCHAS – Depende da composição do magma original (o qual depende da fonte, do grau de fusão parcial), e de processos de modificação da sua composição dentro da câmara magmática e na rota até a superfície: GETEK/GAMIK 1. CRISTALIZAÇÃO FRACIONADA Rochas mais diferenciadas Rochas menos diferenciadas COEFICIENTES DE PARTIÇÃO: > 1 = elemento compatível COM O MINERAL EM QUESTÃO OU COM O SÓLIDO (genérico) < 1 = elemento incompatível COM O MINERAL EM QUESTÃO OU COM O SÓLIDO (genérico) Exemplo: OLIVINA magnesiana (forsterita) DCr >1 DNi >2,5 DTh < 0,045 DZr <0,10. Um líquido que sofre cristalização fracionada de olivina ficará progressivamente pobre em Cr e Ni e enriquecido em Th e Zr, com razão Th/Zr aumentando. Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS • COMPOSIÇÃO DAS ROCHAS – Depende da composição do magma original (o qual depende da fonte, do grau de fusão parcial), e de processos de modificação da sua composição dentro da câmara magmática e na rota até a superfície: GETEK/GAMIK 2. MISTURA DE MAGMAS 3. CONTAMINAÇÃO Magmas distintosPulsos diferentes do mesmo magma Rochas encaixantes Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS • COMPOSIÇÃO DAS ROCHAS – Índice de cor: %modal de minerais máficos (Mg-Fe-Ca) e félsicos (K-Na-Al) GETEK/GAMIK Aumenta a T do liquidus Aumenta a H2O Importante! NADA a ver com pH Mais diferenciadas Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS • COMPOSIÇÃO DAS ROCHAS – VARIAÇÕES NOS AMBIENTES TECTÔNICOS Basaltos tholeiíticos Magmas calcialcalinos Magmas alcalinos RIFT INTRACONTINENTAL Hot spot ou pluma SiO2 N a 2 O + K 2O Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS • COMPOSIÇÃO DAS ROCHAS – VARIAÇÕES NOS AMBIENTES TECTÔNICOS • magmatismo em áreas tectonicamente ativas – zonas de colisão continente-oceano (arco pericontinental) » basaltos a andesitos (e riolitos) calcialcalinos a shoshoníticos – zonas de colisão oceano-oceano (arcos de ilha) » basaltos a andesitos (e riolitos) tholeiíticos a shoshoníticos – zonas de colisão continente-continente » granitos Tipo-S (fusão de metassedimentos) e -I (de metaígneas) – zonas de distensão continental (rifts) e bacias relacionadas a transformantes » kamafugitos, basaltos a riolitos tipo flood, parte dos granitos Tipo-A – zonas de distensão oceânica (dorsais) » basaltos tholeiíticos a granitos ORG • magmatismo em áreas inativas (anorogênico) – intraplaca continental » relacionado a plumas: magmas máfico-ultramáficos, potássicos a ultrapotássicos ou sódicos (kimberlitos, lamproítos, carbonatitos, nefelinitos) » Granitos Tipo-A verdadeiramente anorogênicos (rapakivi) – intraplaca oceânico (ilhas oceânicas) » basaltos alcalinos alcalinos Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS GETEK/GAMIK • ROCHAS VULCÂNICAS – Podem ser de qualquer composição. Capacidade de ascensão relaciona-se com espessura da crosta e grau geotérmico, composição do magma (densidade, viscosidade e capacidade de corrosão) e estruturas das encaixantes (falhas, por exemplo) – A violência do vulcanismo depende da composição do magma (mais viscoso = mais explosivo, mais rico em voláteis = mais explosivo, mais rico em incompatíveis = mais explosivo) * hawaiiano: rios de lava. Raramente explosivo epouca cinza. Lavas Pahoehoe; cones largos e baixos. Geralmente basáltico. * Estromboliano: medianamente explosivo. Magmas de viscosidade baixa a moderada. Explosões atingem 500m de altura, com bombas, escória, lapilli e cinza grossa. * Vulcaniano: erupções ricas em gás, de magma viscoso (geralmente dacítico a riolítico). Nuvem ardente de até 1000m (com cinza vítrea, lapilli e bombas com crosta). Espalha mais cinza que os anteriores. Base surge eventual. * Pliniano: erupção muito violenta, com nuvens ardentes de até 10.000m de altura (cinza na estratosfera, podendo afetar o clima por alguns anos). Magmas muito silicosos. Muita cinza e pumice, e construção de caldeiras por colapso * Freatomagmática: extremamente violentas, com base surge comum. Formam cones de cinza com mergulho suave. Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica B. Carvalho ROCHAS ÍGNEAS GETEK/GAMIK DENSIDADE E VISCOSIDADE Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS GETEK/GAMIK • ROCHAS VULCÂNICAS – Classificação no campo e laboratório Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS GETEK/GAMIK • ROCHAS VULCÂNICAS – Exemplo de vulcão muito explosivo (pliniano) Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS GETEK/GAMIK • ROCHAS VULCÂNICAS – Exemplo: Conjunto de vulcões em rift intracontinental - alcalinas máficas, sódicas e potássicas a ultrapotássicas Kilimanjaro Natrocarbonatito Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS GETEK/GAMIK • ROCHAS PLUTÔNICAS: Classificação CAMPO Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS GETEK/GAMIK Nefelina basalto (alcalino) amígdala Diabásio Gabro Resfriamento mais lento, cristais mais grossos e granulação mais homogênea Mesma composição do magma Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS GETEK/GAMIK Esferulitos: vidro desvitrificado Riolito Granito Resfriamento mais lento, cristais mais grossos e granulação mais homogênea vidro Mesma composição do magma Tufo soldado Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS GETEK/GAMIK • DEPÓSITOS MINERAIS – Cu-Au PÓRFIRO Ambiente de arco pericontinental (marginal a zona de subducção), tipo Andes Vulcão Lascar Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS GETEK/GAMIK • DEPÓSITOS MINERAIS – Cu-Pb-Zn (VMS) Fumarolas em centros vulcânicos submarinos Depósitos tipo Kuroko Ambiente de dorsal meso-oceânica (MOR, zona de geração de crosta oceânica) ou de back-arc (logo atrás do arco vulcânico gerado por subducção oceano-oceano) Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS GETEK/GAMIK • DEPÓSITOS MINERAIS – DIAMANTE Kimberlitos: ambiente intracratônico (litosfera continental com > 2,5Ga). Gênese no manto superior. Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS GETEK/GAMIK • DEPÓSITOS MINERAIS: Ni (komatiitos) Spinifex (textura de ultracongelamento ou quench) Ex: Sudbury, Canadá Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS ÍGNEAS GETEK/GAMIK • DEPÓSITOS MINERAIS: outros – Fe (Ex: Kiruna) – U- Cu-Au (Ex: Olympic Dam) – Nb, Ti, U, ETR em carbonatitos (Ex: Araxá) – Cu em carbonatito (Palabora) – V, Cr e PGE em complexos máfico-ultramáficos acamadados (Ex: Bushveld) – gemas (turmalina, berilo, crisoberilo,...) em pegmatitos (Ex: Governador Valadares) – Sn-W (Au, Bi) em granitos e greisens Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS SEDIMENTARES ROCHAS SEDIMENTARES • CLÁSTICAS: Rochas formadas a partir da consolidação de sedimentos (fragmentos soltos, não consolidados, de minerais ou de rochas prévias). Sua gênese ocorre na superfície da Terra (erosão, transporte e deposição) + pequeno soterramento para a consolidação da rocha (diagênese e compactação) • QUÍMICAS: Rochas formadas por precipitação química a partir da água do mar, lagoas hipersalinas ou construções orgânicas. Ex: calcários, evaporitos, fosforitos, formações ferríferas bandadas - BIF GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS SEDIMENTARES • CLÁSTICAS: origem dos sedimentos – INTEMPERISMO QUÍMICO: minerais de rochas prévias instáveis sob condições atmosféricas. Transformam-se em argilominerais e óxidos ou oxi-hidróxidos (formação de solos, suscetíveis a erosão) – INTEMPERISMO FÍSICO: desagregação física de rochas prévias por agentes como vento, chuva, rios, geleiras,... – Ambos podem ocorrer no mesmo local e tempo. Climas áridos (gélidos ou desérticos) favorecem muito o intemperismo físico. Climas úmidos favorecem o intemperismo químico. – Relevo influencia na taxa de erosão (remoção das partículas do seu local de origem) – Agentes biológicos participam do processo de desagregação das rochas GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS SEDIMENTARES GETEK/GAMIK • CLÁSTICAS: composição dos sedimentos – Depende de... • tipo de rocha fonte: os fragmentos da rocha fonte são acumulados como sedimento + modificações nos processos subseqüentes • clima: úmido favorecerá a decomposição química dos minerais da rocha fonte; árido favorecerá a preservação destes minerais • relevo: íngreme favorecerá muito a erosão e a deposição próxima à área fonte (favorece presença de minerais instáveis e fragmentos de rocha); suave minimiza a erosão • processo de transporte: pode ou não selecionar os grãos por tamanho, formato, densidade, e favorecer a perda dos constituintes instáveis (fragmentos de rocha se decompõem por atrito mecânico, minerais instáveis transformam-se em estáveis) • ambiente deposicional: vários processos diferentes ocorrem em ambientes diferentes • diagênese: processos de consolidação do sedimento (formação da rocha): compactação, recristalização, solução, cimentação Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS SEDIMENTARES • CLÁSTICAS: maturidade dos sedimentos – TEXTURAL: grãos muito arredondados e bem selecionados (todos em uma faixa estreita de granulação)? – COMPOSICIONAL: constituintes são minerais estáveis ou instáveis sob condições atmosféricas? – Depende do processo de transporte (tempo, distância, energia) Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS SEDIMENTARES • CLÁSTICAS: classificação dos sedimentos– por tamanho de grão: – depende do transporte e deposição GETEK/GAMIK conglomerado arenito Siltito e argilito (pelito) Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS SEDIMENTARES quartzo Fragmentos de rochafeldspatos Maturidade: remoção de argilas, melhor selecionamento, maior arredondamento,ausência de fragmentos instáveis, ausência de minerais instáveis Arenitos imaturos: pouco transporte, rápida deposição e soterramento. Formam-se em margens convergentes (back-arc, trincheira) • CLÁSTICAS: classificação de arenitos Arenitos super- maturos: só quartzo, grandes áreas continentais, tipicamente reciclados, de praias e outros ambientes de alta energia Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS SEDIMENTARES • CLÁSTICAS: ambientes de sedimentação • Costeiro • Outros: fluvial, glacial, eólico GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS SEDIMENTARES GETEK/GAMIK • CLÁSTICAS: Exemplo de sedimentos e rochas sedimentares de praia Conglomerado bem selecionado (sem matriz): reservatório de petróleo Arenito com estratificações cruzadas e paralelas Arenito bioturbado Areia calcárea (fragmentos de conhas) Arenito com marcas de onda Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS SEDIMENTARES GETEK/GAMIK • CLÁSTICAS: outros exemplos • Offshore e transicional • Planície de maré • FluvialPirita diagenética Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS SEDIMENTARES GETEK/GAMIK • CLÁSTICAS: Exemplo de outras estruturas Estruturas em flame Flames de carga Ao microscópio: Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS SEDIMENTARES GETEK/GAMIK • CLÁSTICAS: Exemplo de outras estruturas Arenito com laminação plano- paralela Bioturbações em arenito (contramoldes de tubos de vermes) Arenito com estrutura de escape de fluidos Laminação convoluta em siltito Arenito com acamamento gradacional Arenito com estratificações cruzadas Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS SEDIMENTARES GETEK/GAMIK • QUÍMICAS: Calcários (1) Precipitação química: (2) Construções orgânicas (recifes ou biohermas): Permiano - EUA coral estromatólito Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS SEDIMENTARES GETEK/GAMIK • QUÍMICAS: Calcários (3) Retrabalhamento de material orgânico ou de precipitados químicos Pisolito: concreção carbonática Calcarenito oolítico Areia calcárea (fragmentos de conhas): pode tornar-se coquina Wackestone ou biolitito Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS SEDIMENTARES GETEK/GAMIK • QUÍMICAS: Calcários - Formação preferencialmente em períodos mais frios. Notar que estamos em época relativamente fria. - organismos construtores variam no tempo geológico - Corais e algas verdes favorecidos por climas mais frios Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS SEDIMENTARES • QUÍMICAS: Evaporitos Alguns Minerais de Evaporitos Cloretos Halita NaCl Sylvita KCl Bischofita MgCl2*6H2O Carnallita KMgCl2*6H2O Sulfatos Anhydrita CaSO4 Gypsum CaSO4*2H2O Polyhalita K2MgCa2(SO4)4*2H2O Kieserita MgSO4*H2O Kainita KMgSO4Cl*3H2O Epsomita MgSO4*7H2O Langbeinita K2OMg2(SO4)3 Glauberita Na2Ca(SO4)2 Carbonatos, Bicarbonatos Trona Na3(CO3)(HCO3)*2H2O Nahcolita NaHCO3 Natron Na2CO3*10H2O Gaylussita Na2Ca(CO3)2*5H2O Boratos Borax Na2B4O7 Nitratos Nitrato de sódio NaNO3 GETEK/GAMIK Evaporação completa ou quase da água do mar ou de lagoas, gerando precipitação de sais por saturação da solução Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS SEDIMENTARES GETEK/GAMIK • QUÍMICAS: Formações Ferríferas Sem a presença de oxigênio na atmosfera, o Fe estava dissolvido na água do mar. Devido a fotossíntese dos estromatólitos (alga), oxigênio foi liberado em abundância para os oceanos. O Fe foi precipitado como formações ferríferas bandadas até que, tendo o Fe sido exaurido, o oxigênio passou a acumular-se na atmosfera. Modelo de uma bacia hipotética com carbonatos e sulfetos depositados em fácies distintos. (Guilbert and Pack, 1986; modificado de James, 1954) Tipo Lago Superior: bandas de chert intercaladas com bandas ricas em Fe (óxidos, carbonatos, silicatos) Tipo Algoma: bandas de jasper vermelho intercaladas com magnetita- hematita Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS SEDIMENTARES GETEK/GAMIK • DEPÓSITOS MINERAIS: – Petróleo e gás natural – Carvão, turfa, hulha – Calcário (corretivos, cimento) – fosfato em fosforitos – K em evaporitos e verdetes – boratos e nitratos em salares (evaporitos) – Fe em formações ferríferas e ironstones – Mn em nódulos manganesíferos – Placers e paleo-placers: diamante, ouro, U, cassiterita, monazita – Lateritos: Au, Pt, Ni, Cu, Mn, Al, U – Interface com ambiente hidrotermal: Mississipi Valley (Cu-Pb-Zn), SEDEX (Cu-Pb-Zn), skarns Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS METAMÓRFICAS • Formam-se a partir de outras rochas (PROTOLITO) por transformações essencialmente no estado sólido • As transformações incluem minerais e/ou texturas: – minerais: crescimento de novas fases minerais, com ou sem adição de novos componentes ao sistema original (isoquímico ou metassomático) – texturas: recristalização, alinhamento e mudanças no tamanho dos grãos ROCHAS METAMÓRFICAS GETEK/GAMIK TEMPERATUR A fluido Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS METAMÓRFICAS GETEK/GAMIK Pressão é uniforme: a rocha está afetada igualmente em todas as direções. Pode ser gerada por: – fluidos trapeados (Pfluido, PH2O,...) – peso das rochas encaixantes (Pcarga ou Plitostática) Na crosta o gradiente é de ~1kbar para cada 3,3km de soterramento Temperatura relaciona-se a 4 fontes principais: – grau geotérmico – decaimento radioativo – deformação – migração de magmas Gradiente geotérmico varia com o ambiente tectônico: dorsais meso-oceânicas (30-50oC/km), zonas de subducção (5-10oC/km), continentes (25oC/km) TEMPERATUR A Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS METAMÓRFICAS GETEK/GAMIK fluido s Stress dirigido não é uniforme, agindo em determinadas direções preferenciais. Várias texturas e estruturas distintas podem ser geradas: compressão: dobras tensão: boudinage cisalhamento: fraturas, foliação As rochas contêm fases fluidas, exceto onde a T é excessivamente elevada ou as rochas são impermeáveis (H2O dominante, mas também CO2, CH4, N2, Cl, S, B, Na, K, etc) – inclusões fluidas – minerais metamórficos com H2O, CO2, etc – reações metamórficas de desidratação Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS METAMÓRFICAS GETEK/GAMIK Metamorfismo ocorre em umavariedade de ambientes geológicos. Tipos: TIPO DESCRIÇÃO EFEITOS COMUNS EXEMPLO DE ROCHA de CONTATO (TÉRMICO) aquecimento das encaixantes durante uma intrusão ígnea crescimento de novos minerais em orientação aleatória hornfels metamorfismo de grande escala, característico de cadeias de montanhas e áreas cratônicas Tipo "soterramento" envolve mudanças progressivas em rochas sedimentares a medida em que são soterradas DINÂMICO resposta a deformação intensa; pode ser de caráter localizado texturas orientadas, brechação milonitos, brechas de falha HIDROTERMAL Reações químicas resultantes da circulação de fluidos. É comum nas dorsais meso-oceânicas Metassomatismo (composição química da rocha original é alterada) skarns de IMPACTO causado pelo impacto de grandes meteoritos O efeito do choque produz minerais densos, que normalmente ocorreriam só no manto. Gera também vidro. Mineral: Moldavita Envolve soterramento para a geração de elevada P e temperatura controlada pelo grau geotérmico, e deformação para produzir as texturas e estruturas REGIONAL (de SOTERRAMENTO) ardósia, filito, xistos, gnaisses Há gradação entre os diferentes tipos, exceto o de impacto Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS METAMÓRFICAS Para interpretar a P e T na qual uma rocha metamórfica foi gerada, ou a trajetória de P-T de um terreno: FÁCIES METAMÓRFICAS (em vários casos é possível calcular as condições de P-T em que um conjunto de minerais se formou, a partir da sua composição química) GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS METAMÓRFICAS Para identificar padrões na história de evolução P-T-tempo de uma região, criou-se um conjunto de SÉRIES METAMÓRFICAS típicas, ou seja, seqüências idealizadas de associações de fácies metamórficas. São típicas de certos regimes tectônicos. GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS METAMÓRFICAS NOMES DE ROCHAS METAMÓRFICAS (baseados em textura) •Ardósia: rocha com grãos muito finos para serem individualizados a olho nú, com aparência homogênea e clivagem ardosiana perfeitamente desenvolvida. •Filito: similar a ardósia, mas com grãos um pouco mais grossos, algumas vezes discerníveis em amostra de mão, com planos de clivagem ardosiana menos desenvolvidos. •Xisto: grãos mais grossos, normalmente bem visíveis em amostra de mão, paralelamente alinhados gerando planos de xistosidade. Os minerais podem ser filossilicatos (micas, clorita, serpentina) ou anfibólios, cianita, etc. •Gnaisse: rocha com granulação grossa (vários mm) e foliada, com bandamento originado por segregação dos minerais em camadas claras (a quartzo e feldspatos) e escuras (a biotita ou hornblenda) •Milonito: rocha muito fina produzida por intensa deformação dúctil; os minerais prévios são recristalizados para uma granulação mais fina. GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS METAMÓRFICAS NOMES ESPECIAIS DE ROCHAS METAMÓRFICAS •Xisto verde: rocha metabásica, verde e foliada, composta normalmente por clorita, epidoto e actinolita (minerais verdes). •Xisto azul: rocha metabásica, foliada e cinza-azulada escura, com abundante glaucofana (anfibólio sódico azulado). Define fácies de alta P e baixa T (cinturões tipo Andino) •anfibolito: rocha verde escura essencialmente constituída por plagioclásio e hornblenda. Pode ser derivada de rochas básicas (ortoderivados) ou de sedimentos (paraderivados) •serpentinito: rocha composta dominantemente por serpentina, formada pela hidratação de peridotitos e komatiitos •granulito: caracterizado por grãos aproximadamente eqüigranulares e poligonais (mosaico) E pela presença de minerais de elevada T (feldspatos, piroxênios, anfibólios, granada-cordierita). •Migmatito: rocha com porções xistosas ou gnáissicas intimamente misturadas com materiais quartzo-feldspáticos (leucossoma) GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS METAMÓRFICAS EXEMPLOS DE EVOLUÇÃO DE ROCHAS METAMÓRFICAS COM VARIAÇÃO P-T (1) PROTOLITO: Rocha básica (ígnea) metamorfito resultante:clorita-actinolita xisto, anfibolito, granulito máfico, por exemplo (metabásicas) GETEK/GAMIK Clinopiroxênio Hornblenda Ca-Plagioclásio Actinolita albita clorita, epidoto Hornblenda Ca-plagioclásio granada Hornblenda Ca-plagioclásio Clinopiroxênio granada Hornblenda Ca-plagioclásio Clinopiroxênio Ortopiroxênio fusão Fácies granulito protolito Fácies xisto verde Fácies anfibolito Ex: Metamorfismo Regional Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho ROCHAS METAMÓRFICAS EXEMPLOS DE EVOLUÇÃO DE ROCHAS METAMÓRFICAS COM VARIAÇÃO P-T (2) PROTOLITO: Siltito metamorfito resultante:ardósia, filito, clorita-muscovita xisto, sillimanita- quartzo xisto, por exemplo (metapelitos) GETEK/GAMIK Quartzo feldspatos muscovita argilominerais Clorita muscovita quartzo albita Biotita clorita muscovita quartzo albita Granada biotita clorita muscovita quartzo albita epidoto cloritóide Estaurolita granada biotita muscovita quartzo plagioclásio sillimanita K-feldspato granada cordierita quartzo plagioclásio (ortopiroxênio, safirina) fusão Fácies granulito protolito Fácies xisto verde Fácies anfibolito Ex: Metamorfismo Regional Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho METAMORFISMO HIDROTERMAL METAMORFISMO HIDROTERMAL • Também chamado alteração hidrotermal (há metassomatismo, ou alteração da composição química original do sistema) • Conjunto de reações minerais que ocorrem entre um FLUIDO aquecido e as rochas que o mesmo atravessa, impulsionadas pelo desequilíbrio entre estes dois sistemas. Processo que redistribui energia e massa em resposta a circulação de fluidos. • Relaciona-se com a geração de inúmeros tipos de minério, com ampla interface com sistemas ígneos e sedimentares • TIPOS DE FLUIDOS: meteóricos, água do mar, conatos (sedimentares intersticiais), metamórficos (originados por reação de desidratação no metamorfismo de alto grau), magmáticos (vapores e salmouras) Inclusões fluidas GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho METAMORFISMO HIDROTERMAL • COMPOSIÇÃO DE FLUIDOS – meteóricos, água do mar, conatos: oxidantes – metamórficos : H2O-CO2, pouco salinos, com pH neutro a levemente alcalino ou ácido; S >> Cl – magmáticos: H2O dominante, salinos a hipersalinos, pH normalmente ácido, com HCl, HF, H2S, SO2, H2 e CO2. F e Cl particionam-se entre si com a evolução do fluido; são excelentes complexantes de metais. – composição isotópica é distinta para cada grupo – Interação com a rocha encaixante modifica a composição do fluido. O fluido libera alguns elementos para a rocha e captura outros. Intensidade do processo depende da razão fluido/rocha (a) voláteis (e.g. H2O,CO2, CH4) (b) elementos maiores (e.g. Na, Mg, S, Cl, K, Ca, Mn and Fe) e (c) elementos traços incluindo metais formadores de minério (e.g. Co, Cu, Zn, Pb). Inclusões de fluidos hipersalinos: têm cristais de halita (NaCl) GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral”- set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho METAMORFISMO HIDROTERMAL • MOTOR DA CIRCULAÇÃO DE FLUIDOS: – gradientes de T: T causa redução da densidade do fluido pelo aquecimento, que tende a ascender. Resfriando-se, torna-se mais denso e retorna à profundidade (circulação convectiva). É o processo mais efetivo para formação de depósitos minerais, particularmente havendo intrusão em profundidade (alta T focada). – gradientes de P: Plitostática pode causar expulsão dos fluidos para zonas de menor P, o mesmo para Phidrostática; bombeamento por osmose – gradientes de densidade: fluidos muito salinos são mais densos, afundando e deslocando para o alto fluidos menos densos Fumarolas (solfataras) e geisers de Yellowstone: fluidos hidrotermais magmáticos misturados a meteóricos Veios: fuga de fluidos para zonas de mais baixa P GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho METAMORFISMO HIDROTERMAL • REGIÕES COM INTENSO FLUXO DE FLUIDOS – COM ATIVIDADE MAGMÁTICA: • DORSAIS MESO-OCEÂNICAS: convecção com mistura da água do mar e fluidos magmáticos. Alta T, alta salinidade, ricos em Na, Ca, Mg, Fe e metais básicos. • ZONAS DE SUBDUCÇÃO E BACIAS DE BACK-ARC • RIFTS INTRACONTINENTAIS – ZONAS DE CISALHAMENTO E OUTRAS FALHAS – GRANDES BACIAS SEDIMENTARES • CAPACIDADE DE CONCENTRAÇÃO DE METAIS Exemplo: rocha fonte (peridotito) com 75ppm de Cu → 32% de fusão parcial a 24kbar = basalto com 230ppm → cristalização fracionada = diorito com 400ppm → separação da fase hidrotermal com 490ppm (inicial) → 4400ppm (fluido mais evoluído) → 6000ppm (fluido após extensiva percolação através da coluna de rochas básicas) GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho METAMORFISMO HIDROTERMAL • REAÇÕES – SOLUBILIZAÇÃO: • em Cl-complexos, Fe-Cu-Pb-Zn comportam-se de forma similar. Sua solubilidade aumenta com aumento da concentração de Cl e da T, e com diminuição do pH, da fS2 e fO2 (mais solúveis em soluções ácidas, de alta T e redutoras) • em Cl-complexos, solubilidade do Au é maior em soluções neutras a levemente ácidas, de alta T e oxidantes • em S-complexos, Fe-Cu-Pb-Zn comportam-se de forma similar. Sua solubilidade é maior em soluções <350oC e redutoras, ~neutras • em S-complexos o Au é mais solúvel em soluções neutras a fracamente alcalinas e reduzidas • sílica tem solubilidade progressivamente aumentada por aumento da T, quase independente do pH exceto quando muito básico (>9, improvável na natureza). Se P-T altas, diminui com aumento da salinidade • calcita é mais solúvel com PCO2 aumentando e T baixa. Mais solúvel em soluções salinas e ácidas. – PRECIPITAÇÃO: quando são ultrapassadas as condições de solubilidade. Ex: calcita precipita por (1) aumento de T se salinidade baixa, (2) por perda de CO2, (3) por redução da salinidade, (4) por aumento do pH. OU AINDA: Imiscibilidade de fluidos, boiling, brechação GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho METAMORFISMO HIDROTERMAL • REAÇÕES – SOLUBILIZAÇÃO e PRECIPITAÇÃO - EXEMPLO: 100ppb Au 10ppb Au Epithermal gold VMS Igarapé Bahia Cu-Au-(REE_U) mineralization Porphyry Cu-Au Magnetite Cu-Au wt% NaCl Magnetite stable Hematite stable 0,1 0,2 0,2 1 2 5 10 20 30 40 150 200 250 300 350 400 450 T (° C ) Davidson e Large 1994, modificado por Tallarico et al. (2000)GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho METAMORFISMO HIDROTERMAL • REAÇÕES – SOLUBILIZAÇÃO e PRECIPITAÇÃO - EXEMPLO: IB IB: Igarapé Bahia Cu-Au-(REE-U) mineralization T (°C) 100 150 200 300 400 -40 -50 -30 -20 L og ƒ O 2 gold-pyrite association with no Cu or U Au-Cu-pyrrhotite Au-Cu-magnetite Au-Cu-pyrite Au-Cu±U-Hematite association Davidson and Large (1994), modificado por Tallarico et al. (2000)GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho METAMORFISMO HIDROTERMAL • REAÇÕES – FASES MINERAIS FORMADAS NO SISTEMA HIDROTERMAL: dependem de parâmetros físico-químicos Sistema Fe-S-Cu-O -33 -32 -31 -30 -29 -28 -27 -26 -25 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 L og ƒ O 2 Log aΣS Hm Mag Po PyMag Sd C py B n + M ag SO4 H2S CO2 CH4 300°C 2Kbar Salobo IB Sistema Cu-Fe-S a 1000oC Sistema Cu-Fe-S a 500oC Tallarico et al. (2000)GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho METAMORFISMO HIDROTERMAL • Exemplo de zonação de fluidos em um terrreno – Golden Mile, Yilgarn, Austrália GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho METAMORFISMO HIDROTERMAL • REAÇÕES – REAÇÕES PROGRESSIVAS E RETROGRESSIVAS. Ex: rochas carbonáticas (skarns) Aside is a sample from the Continental Mine in New Mexico, USA which illustrates intense retrograde envelopes on veins cutting through prograde garnet (red-brown color) and pyroxene (light tan color) skarn. In more widespread retrograde alteration, the vein envelopes would coalesce and completely obliterate the prograde garnet and pyroxene Skarn granada (marrom) - piroxênio (mais claro): veios de piroxênio são mais jovens GETEK/GAMIK Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho GETEK/GAMIK METAMORFISMO HIDROTERMAL • REAÇÕES – REAÇÕES PROGRESSIVAS E RETROGRESSIVAS. Evolução de um skarn no tempo Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - set/2000 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho DEPÓSITOS MINERAIS MINÉRIO Rocha que contenha, ou que seja ela própria, bem mineral de interesse que possa ser extraído com lucro DEPÓSITO MINERAL Corpo ou conjunto de corpos de minério espacialmente associados PROCESSO DE MINERALIZAÇÃO Fonte de fluidos e metais Processo de mobilização adequado Condução e canalização dos fluidos armadilha física para precipitação condições químicas ideais para precipitação (tudo próximo no tempo e espaço) Concentrações de 103 a 109 vezes a abundância na crosta (clarke) Acumulações de tamanhos variáveis... Diminutas (55 ton) a supergigantes (> 55 Mton) Parcela ínfima da crosta terrestre é mineralizada! preservação do depósito ao longo do tempo geológico colocação do depósito em profundidade pequena o suficiente para que possa ser encontrado DEPÓSITOS MINERAIS Curso interno CVRD - “Geologia Geral” - dez/2001 Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - dez/2001 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho Estágio A. Geração do Projeto Desafios ∗ Construir um time de experts para a região ∗ Ter conhecimento, gerenciamento de conhecimento e disponibilidade de dados e informações sobre a região ∗ Selecionar e adquirir áreas em regiões favoráveis, considerando disponibilidade e riscos políticos e ambientais. Análise de riscos/probabilidades: Estágio B. Definição do prospecto Desafios ∗ Definir alvos sondáveis (pesquisa geoquímica e geofísica) (Reconhecimento regional) ∗ Construir conhecimento sobre a área, sistemas de gerenciamento da qualidade de dados, e modelos geológicos viáveis ∗ Usar métodos de exploração eficientes e todas as habilidades geológicas do seu time de exploração ∗ Definir os riscos do prospecto, ferramentas de ranking dos alvos e processos de auditoria da exploração ∗ Testar a presença de um sistema mineralizante Análise de riscos/probabilidades: EstágioC. Teste por sondagem Desafios ∗ Testar os modelos geológicos e de mineralização ∗ Testar as informações geológicas obtidas durante a definição do prospecto ∗ Testar a presença de um sistema mineralizante que seja suficiente para indicar potencial para existência de uma reserva econômica Análise de riscos/probabilidades: Estágio D. Delineação da reserva Desafios ∗ Ter confiança no potencial para tamanho e teor, continuidade do teor e no ambiente geológico ∗ Entender os controles sobre a distribuição de teores Análise de riscos/probabilidades: Estágio E. Viabilidade Desafios ∗ Determinar rotas metalúrgicas, preços, custos, balancetes, minerabilidade ∗ Resultar em decisão sobre abrir a mina, com NPV definido Análise de riscos/probabilidades: Probabilidade de que o estudo de viabilidade resultará em uma reserva de minério Probabilidade de que este estágio resultará na aquisição de áreas de alta qualidade, favoráveis e disponíveis, que valerão a pena para dar continuidade ao projeto Probabilidade de que este processo definirá alvos sondáveis (feições compatíveis com os modelos geológicos e com o conhecimento sobre a área) Probabilidade de que esta fase resultará em uma ou mais interseções mineralizadas. A decisão de continuar deve ser suportada por outras informações geológicas que possam dar alguma confiança sobre a continuidade da mineralização Probabilidade de que a fase resultará na definição de uma reserva preliminar que seja suficientemente robusta para garantir o prosseguimento dos trabalhos DEPÓSITOS MINERAIS Different concepts = different targets Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - dez/2001 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho • MODELO: organização de informações sobre os atributos essenciais dos depósitos minerais que pertencem a um mesmo tipo ou a uma mesma classe. Um modelo é mais evoluído quanto mais depósitos similares são conhecidos. – modelos descritivos: empíricos, com descrição de vários parâmetros (estruturais, geoquímicos, zonações, padrões de alteração, teor/tonelagem, etc) diagnósticos do modelo, mesmo que a relação entre estes seja desconhecida – modelos genéticos: atributos são correlacionados entre si através de algum conceito teórico, ou mesmo uma hipótese genética. Leva à redução do número de atributos necessários à definição de um tipo de depósito - MUITO MAIS PODEROSO, POIS SÓ ELE LEVA A PREVISÕES SOBRE CARACTERÍSTICAS AINDA DESCONHECIDAS – modelos prospectivos: baseados em estratégias prospectivas adequadas ao modelo. Não necessariamente se relacionam com modelos descritivos e genéticos. – modelos tonelagem X teor: tonelagem e teores típicos de determinados tipos de depósito, confrontados com outras características geológicas. • CLASSE DE DEPÓSITO: agrupamento de vários tipos de depósitos, com ênfase nas rochas hospedeiras e posicionamento tectônico. Objetivo: comparação de observações individuais com o conhecimento mundial acumulado. DEPÓSITOS MINERAIS Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - dez/2001 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho Componentes de um modelo descritivo 1. Identificação: nome, sinônimos, commodities e subprodutos, exemplos de depósitos 2. Características geológicas: visão geral, ambiente tectônico, ambiente geológico, idade, tipos de rochas associadas, forma do minério, texturas e estruturas, mineralogia do minério e ganga, intemperismo, controles do minério, modelo genético, tipos de depósitos associados, comentários 3. Guias exploratórios: assinatura geoquímica, assinatura geofísica, outros guias 4. Fatores econômicos: teor e tonelagem típicos, limitações econômicas (geológicas e de tratamento), importância do modelo/classe 5. Referências bibliográficas DEPÓSITOS MINERAIS Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - dez/2001 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho • PRINCIPAIS TIPOS DE DEPÓSITOS: – MAGMÁTICOS • Pegmatitos • Carbonatitos (Nb, Ti, Cu, ETR, U) • cumulados magmáticos (Ni, Cr, V, PGE) • líquidos imiscíveis (Ni-Cu, Fe) – HIDROTERMAIS • Veios (Au, Cu, Ag, etc) • pórfiros (Cu, Mo, Au, Sn, W) • skarns (vários tipos) • VMS (Cu-Pb-Zn) • Mississippi Valley (Cu-Pb- Zn) • estratiformes (Cu-Pb-Zn) • greisens (Sn-W) RELACIONADOS A: – ÁGUA SUBTERRÂNEA • Roll-front • caliche (U) – ÁGUA DO MAR OU DE LAGOS • depósitos de Fe • depósitos de Mn • evaporitos, fosforitos – ÁGUA METEÓRICA • lateritos (Ni, Cu, Au, Pt) • enriquecimento residual – FLUXOS SUPERFICIAIS • placers • praias (diamante, ouro, U, cassiterita, monazita) Há vários outros tipos de agrupamento! DEPÓSITOS MINERAIS Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - dez/2001 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho NOS AMBIENTES TECTÔNICOS INTRACONTINENTAL Bacias: podem ser inundadas pelo mar ou não (puramente continentais). No primeiro caso: óleo em arenitos, argilas cupríferas (kupferschiefer), evaporitos (Na, K, sulfatos). Ouro, U (tipo Wit) e Fe (BIF) nas bacias antigas. Rifts e aulacógenos (bacias estreitas limitadas por falhas): granitos Tipo-A com Sn, complexos máfico-ultramáficos com Cr e PGE, carbonatitos (Cu, P, Na, Nb, Zr, ETR, U), sedimentos e vulcânicas hospedando minérios importantes (cinturão cuprífero da África Central = Cu-Pb-Zn Mount Isa & Hilton; Cu-U-Au Olympic Dam). Localmente, basaltos com Cu nativo (América do Norte). Aulacógenos recentes podem ter óleo e evaporitos. Platôs: depósitos residuais, solos e lateritos DEPÓSITOS MINERAIS INTRAOCEÂNICO Bacias oceânicas e dorsais meso-oceânicas: há muitas evidências de que depósitos VMS Tipo Cyprus (Cu-Zn) sejam formados durante o nascimento dos oceanos. Podem se associar Ni-Cu (não econômicos) e cromita (econômicos, tipo Alpino, ± PGE). Outros tipos de black smokers. Ilhas oceânicas: Ni magmático (concentrações anômalas), guano! Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - dez/2001 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho NOS AMBIENTES TECTÔNICOS MARGEM CONTINENTAL ATIVA Muito ricas em depósitos minerais. No arco: pórfiros Cu-Mo-Au, pórfiros W-Ag- Bi, Au epitermal, skarns e ígneas Fe-apatita Nas zonas de rift/adelgaçadas atrás do arco: mais importantes depósitos de Mo (tipo Climax), Veins & replacement Cu-Pb- Zn-Ag (nos sedimentos tipo molassa) DEPÓSITOS MINERAIS ARCO DE ILHA Alóctones (trincheira e arco externo, acrescionados aos arcos pelo movimento da placa): mélanges com VMS oceânico (tipo Cyprus), cromita podiforme (tipo Alpino vitimado pela colisão, ± PGE), Ni-PGE raramente minerável nos Cyprus (Mina Acoje, Filipinas). Autóctones (gerados no arco, principalmente na fase calcialcalina): VMS tipo Kuroko (fases finais) e Beshi, Cu- pórfiro (Cu-Au-Ag), Au pórfiro e epitermal Intensa atividade ígnea e hidrotermal: ambientes altamente favoráveis à formação de depósitos minerais Curso Interno CVRD - “Geologia Geral” - dez/2001 – elaborado por Jéssica Beatriz Carvalho NOS AMBIENTES TECTÔNICOS COLISÃO CONTINENTAL Granitos tipo-S (derivados de fusão de rochas sedimentares) com Sn-W , U, metais raros (greisens e veios); pegmatitos com metais raros e gemas DEPÓSITOS MINERAIS AMBIENTES DE TRANSCORRÊNCIA Transformantes na crosta continental: nada? Bacias strike-slip: evaporitos, óleo. Olympic Dam? Sb em greenstones? Lineamentos com freqüência exercem controle sobre a mineralização... MARGEM CONTINENTAL PASSIVA Tipo de sedimentação na plataforma depende da latitude, clima, correntes aéreas e marinhas, amplitude de maré. Baixas latitudes: extensos depósitos de calcário que podem hospedar Cu-Pb-Zn tipo SEDEX, estratiforme, skarns. Outros: nódulos manganesíferos em águas rasas, fosforitos (podem ter U), placers (diamantes da Namíbia, praias com rutilo, zircão, monatiza, ilmenita - W Austrália, Flórida, África e América do Sul). BIF’s
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