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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS MODALIDADE A DISTÂNCIA PÓLO VILA FLORES – RS DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÔMICO 2) Aponte as diferenças nas interpretações dos autores tratados sobre o significado de globalização. Referente à globalização, temos aqui cinco autores de diferentes opiniões. Chesnay caracteriza a globalização como uma ferramenta de liberalização e desregulamentação de mercado, dizendo também que o capital produtivo é totalmente bipolar e flexível tornando-se benéfico para a sociedade desde que esta se adapte as novas condições impostas por esta idéia. Para Coutinho, a globalização é um grande passo em todas as etapas produtivas, econômicas, financeiras, institucionais e políticas para o processo econômico mundial. Existe também uma mudança nos processos sócio culturais onde as pessoas buscam a todo o momento um padrão financeiro mais estável e a reorganização nos padrões de produção e gestão. Baumann, setoriza a globalização em áreas distintas como a financeira onde este relata o aumento de recursos e a velocidade com que este circula no mercado mundial. Na área produtiva, os oligopólios tornam-se mais fortes economicamente, pois conseguem maiores lucros uniformizando processos produtivos e administrativos e modificando por muitas vezes legislações de países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos para seu benefício. Lastres afirma que a tecnologia proporcionou a globalização, sendo considerada até como uma nova revolução industrial (ou tecnológica?). A informação em redes e comunidades fez com que empresas se tornassem globais impulsionando o setor produtivo de diferentes países estando estabelecidas neles ou não. Gonçalves afirma que a globalização foi formada para que o capital das empresas não tivesse uma grande perda nos lucros em suas economias de origem. O capital destas seria introduzido em economias em desenvolvimento para ter um crescimento econômico maior, desde que haja por parte do governo que irá receber o investimento uma política econômica mais liberal para a acumulação de lucro. Sendo que a empresa em contrapartida repassa desenvolvimento tecnológico para o setor produtivo local. 4) Por que o IDE se expressa como forma de globalização produtiva no estágio atual do desenvolvimento capitalista? Porque é na globalização que o capitalismo se expressa com maior força. Áreas produtivas, comercial, financeira e tecnológica avançam no processo de acumulação de capital de forma ampliada. As fronteiras internacionais deixam de existir quando políticas econômicas são sancionadas para que o desenvolvimento tecnológico seja implantado no pais hospedeiro a fim de alavancar o crescimento econômico local. Para que isso ocorra, também é proporcionada pelo hospedeiro vantagens atrativas para investimento estrangeiro como localização, mercado interno consumidor, recursos naturais, incentivos fiscais, infraestrutura para distribuição da produção e empresas que possam fornecer matérias primas, tudo de forma abundante e de baixo custo para a maximização dos lucros. 5) Comente as vantagens determinantes oferecidas pelas empresas e pelos países hospedeiros aos IDE. Tomemos como exemplo para a resposta desta questão, a instalação da montadora GM no estado do Rio Grande do Sul. Esta empresa, além de receber isenção fiscal por determinado período de tempo, ganhou também uma área de terras na região metropolitana de Porto Alegre. Teve ajuda do governo estadual e também do município que ajudou na terraplanagem do terreno para a construção da montadora. Além de todos os incentivos fiscais e de ajuda para a sua instalação em solo gaúcho, houve também uma ‘guerra’ entre fornecedores para fornecer seus produtos para esta empresa. Todas elas instalaram-se próximo a montadora para que seus produtos fossem recebidos da maneira mais rápida possível para a montagem dos veículos. Com essa ‘guerra’ de fornecedores, a GM ganhou não só em incentivos fiscais, mas produtos mais baratos com a mesma qualidade que poderia pagar mais para fornecedores antigos, aumentando assim sua margem de lucro sobre veículos comercializados. Outro fator importante para instalação da montadora foi a tão sonhada duplicação da BR 101, que auxiliou o escoamento da produção desta montadora. 2) O que é desenvolvimento sustentável? Quais seus princípios básicos? Desenvolvimento sustentável significa que devemos usar os recursos naturais com respeito ao meio ambiente. Preservar os bens naturais com o crescimento econômico conciliado com a preservação do meio ambiente. Um dos principais fatores que rege o desenvolvimento sustentável é o uso racional da água potável e o desmatamento que ocorre de maneira descontrolada que gerarão um impacto muito grande sobre a vida sustentável e a economia nas próximas gerações. Os princípios básicos do desenvolvimento sustentável são os do princípio do usuário poluidor, onde a empresa ou o indivíduo que causar danos ao meio ambiente repara os prejuízos por meio de pagamentos dos custos para reverter o dolo. Temos o princípio da reparação que é quando o indivíduo causa danos ao meio ambiente obrigatoriamente conserta os danos, os princípios do acesso equitativo, que é o direito de que todos têm em usar os recursos naturais de forma equilibrada e responsável, e o princípio da preservação, que faz com que os indivíduos e empresas tenham consciência ambiental ajudando a preservar e evitando ao máximo a deterioração destes recursos, não só pelo fato de existirem leis para a proteção, mas para que o desenvolvimento econômico seja feito de maneira correta e sustentável. 8) Quais critérios reguladores podem ser utilizados para direcionar o processo de desenvolvimento sustentável? Exemplifique. Os critérios reguladores no processo sustentável recebem regulamentações e pressões de diversos setores, seja ele público ou privado. Vindo do setor privado, as pressões e regulamentações emergem endogenamente do próprio mercado visando uma melhoria e uma percepção global no que se diz respeito à sustentabilidade. No setor público, este confere a regulamentação e exigências para que as leis sejam cumpridas a rigor. Para direcionar o desenvolvimento de maneira sustentável é necessário adequar empresas e indivíduos com boas práticas sociais, ambientais e produtivas, sempre associadas a leis de condutas determinantes sem esquecer as certificações de reconhecimento mundial que qualificam os produtos no mercado e auxiliam produtores de economias emergentes a conquistarem fatias importantes no mercado externo, criando junto uma maior confiabilidade junto ao consumidor. No quesito mercado externo, a norma ISO 14000, vem auxiliando empresas a terem um sistema de gestão reconhecido mundialmente a fim de que todos saibam que esta empresa se preocupa com a economia sustentável, assim também com os produtos com selo de origem orgânica. 9) Apresente os principais desafios do desenvolvimento sustentável. Existem muitos desafios para o desenvolvimento sustentável, mas nada é maior que o desafio financeiro para manter este projeto. Apesar de leis e a conscientização progressiva, a falta de políticas educacionais para que surja endogenamente um padrão de consumo com respeito sócio ambiental podem demorar poranos e por muitas vezes, dependendo da região, pode demorar gerações. Além da deficiência financeira, existem outras, como a deficiência técnico-científica e operacional, tanto por parte do governo como por parte da sociedade. No ambiente desenvolvimentista internacional, não existe um padrão que busca um desenvolvimento econômico sustentável padronizado. Cada economia, busca da melhor forma, extrair ao máximo seus recursos naturais junto de suas legislações, provocando crises sociais e ambientais em âmbito internacional. Apesar de várias pesquisas realizadas e em andamento, permanece quase que inexploradas as relações de gestão ambiental e crescimento econômico, devido à falta de estudos para um desenvolvimento econômico com mudança nos padrões de consumo e produtividade. O investimento em educação social, ambiental, econômica e científica, é fundamental para que o desenvolvimento sustentável venha a se tornar realidade, para criar uma sociedade com conhecimento de causa e um meio ambiente limpo e sustentável para todos, gerando assim, crescimento econômico, de maneira sólida e justa para empresas e indivíduos. 3) O que são os Objetivos do Milênio definidos pela ONU? O principal objetivo definido pela ONU, é que todas as pessoas, tenham seus direitos humanos fundamentais respeitados. E para que isso ocorra, foi assinado no ano de 2000 por 189 países a Declaração dos Objetivos do Milênio, e foram estipulados que num prazo de 15 anos fossem erradicados os principais pontos em nações subdesenvolvidas problemas como a pobreza extrema e a fome. Os governos e a sociedade civil tem como metas promover políticas públicas para geração de renda, erradicação de doenças e moradias dignas, em prol do desenvolvimento social e econômico. 6) O que é o IDH, e como este indicador é obtido? Como se encontra o Brasil em relação a este índice em termos gerais? O IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, foi criado pela ONU no início da década de 1990, para monitorar o desenvolvimento humano e o desenvolvimento mundial, sendo este índice calculado anualmente, a partir de cada país. Este indicador social é obtido por três índices que são a renda, a educação e a saúde, esta última geralmente quantificada pela expectativa de vida. Estes índices podem mudar de região para região mesmo dentro de um único país, como o Brasil. Para a obtenção dos índices é realizada uma média simples da renda, saúde e educação. A renda é sempre calculada em Dólar americano (US$), devido a sua referência no mercado externo. O resultado do IDH fica sempre entre 0 e 1 e quanto mais perto de 1, melhor é o índice do IDH. As definições são para que até 0,499 o IDH seja considerado baixo, entre 0,5 e 0,799 seja considerado médio e acima de 0,8 seja considerado elevado. Dados do ano de 2010 revela que o Brasil possui um IDH de 0,699, sendo considerado médio e ocupa a 73ª posição no ranking mundial. Mas existem disparidades dentro do país e índices ainda do ano de 2008 destacam o Distrito Federal e os estados da região sul e da região sudeste com índices acima de 0,8 e oposto a estes estados estão os estados das regiões norte e nordeste, esta última região com os piores números, com índices entre 0,5 e 0,799. Com essa análise, urge a necessidade de políticas públicas para minimizar diferenças existentes dentro de nossas fronteiras.
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