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ESCOLA DE MINAS/UFOP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL CIV225 – HIDRÁULICA II Prof. Gilberto Queiroz da Silva ESTUDO DOS ORIFESTUDO DOS ORIFESTUDO DOS ORIFESTUDO DOS ORIFÍÍÍÍCIOS E BOCAISCIOS E BOCAISCIOS E BOCAISCIOS E BOCAIS 1. INTRODUÇÃO: definição ESCOAMENTOS DOS FLUIDOS ATRAVESCOAMENTOS DOS FLUIDOS ATRAVÉÉS DOS S DOS ORIFORIFÍÍCIOS E BOCAISCIOS E BOCAIS ((ForonomiaForonomia)) �� ForonomiaForonomia:: �É o estudo do escoamento dos fluidos através dos orifícios e bocais. � Baseia-se em fundamentos teóricos simples, acompanhados de resultados experimentais. � Assunto de grande importância na Hidráulica 1. INTRODUÇÃO: usos �� AplicaAplicaçções:ões: �� Assunto de grande importância na HidrAssunto de grande importância na Hidrááulicaulica �Controle de vazão em geral (medidores de vazão de água, de efluentes industriais e de cursos d´água). �Tomadas d´água em sistemas de abastecimentos. �Projetos de irrigação e drenagem. �Bacias de detenção para controle de cheias urbanas. �Projetos hidrelétricos; �Estações de tratamento de água e de esgotos; �Amortecedores de choques em carros e aviões e nos mecanismo de recuo dos canhões. �Sistema de alimentação de combustíveis de veículos automotores; �Queimadores industriais e em fogões domésticos �Irrigação por aspersão Definições: Orifício e Vertedor �� ORIFORIFÍÍCIOCIO �� Toda abertura, de perToda abertura, de períímetro metro fechado, de forma geomfechado, de forma geoméétrica trica definida, praticada na parede, definida, praticada na parede, fundo de um reservatfundo de um reservatóório ou rio ou conduto sob pressão, que conduto sob pressão, que contenha um lcontenha um lííquido ou gquido ou gáás, s, atravatravéés do qual se ds do qual se dáá o o escoamento.escoamento. Definições: Orifício e Vertedor �� VERTEDORVERTEDOR ��Estrutura anEstrutura anááloga ao loga ao oriforifíício na qual a abertura cio na qual a abertura atinge a superfatinge a superfíície livre do cie livre do llííquido contido no quido contido no reservatreservatóório.rio. Definições: Comporta e Adufa �� COMPORTACOMPORTA ��ÉÉ uma peuma peçça adaptada aos a adaptada aos oriforifíícios, com um dos lados sujeito cios, com um dos lados sujeito a um escoamento livre e com a um escoamento livre e com abertura variabertura variáável.vel. �� ADUFAADUFA ��São orifSão orifíícios com contracios com contraçção ão incompleta, abertos em incompleta, abertos em reservatreservatóórios, barragens ou rios, barragens ou canais, cuja abertura ou canais, cuja abertura ou fechamento podem ser graduados fechamento podem ser graduados atravatravéés de superfs de superfíície mcie móóvel. vel. Bocal Peça adaptada à parede ou ao fundo do recipiente ou do tubo. 1,5d < L < 5d Bocal: exemplo de aplicação ESQUEMA GERAL DE UM ORIFÍCIO: PrincPrincíípio do escoamento:pio do escoamento: ENERGIA POTENCIAL ENERGIA POTENCIAL ���������������� ENERGIA CINENERGIA CINÉÉTICATICA ��H = carga sobre o orifH = carga sobre o orifííciocio ��d = dimensão vertical, diâmetro ou d = dimensão vertical, diâmetro ou altura da abertura que forma o altura da abertura que forma o oriforifííciocio ��e = espessura da parede do orife = espessura da parede do orifííciocio ��NA = nNA = níível do lvel do lííquido sob pressão quido sob pressão atmosfatmosfééricarica ��O jato que deixa o orifO jato que deixa o orifíício se cio se denomina denomina veia lveia lííquidaquida, tendo a , tendo a forma de uma parforma de uma paráábola. bola. 2. CLASSIFICAÇÃO: forma, dimensões e orientação �� FORMA GEOMFORMA GEOMÉÉTRICA:TRICA: ��Simples: Circular, triangular, Simples: Circular, triangular, retangular, Quadrado,retangular, Quadrado, elelííptico, etcptico, etc ��Composto: mais de uma forma geomComposto: mais de uma forma geoméétricatrica DIMENSÕES:DIMENSÕES: Pequenas dimensões: d Pequenas dimensões: d ≤ H/3/3 todas as parttodas as partíículas que atravessam o orifculas que atravessam o orifíício estão sujeitas cio estão sujeitas àà mesma carga h e têm a mesma velocidade v.mesma carga h e têm a mesma velocidade v. Grandes dimensões: d > H/3Grandes dimensões: d > H/3 h h éé considerado variconsiderado variáável e as partvel e as partíículas que atravessam a abertura têm culas que atravessam a abertura têm velocidade distintas.velocidade distintas. ORIENTAORIENTAÇÇÃOÃO ��HorizontalHorizontal ��VerticalVertical ��InclinadosInclinados 2. CLASSIFICAÇÃO: natureza da parede � NATUREZA DA PAREDE: � Parede delgada (fina): e < 0,5d • Contato do jato apenas segundo uma linha de contorno (perímetro) do orifício � Parede espessa (grossa): 0,5d ≤ e ≤ 1,5d • Contato do jato segundo uma superfície que forma a parede do orifício (aderência do jato) � Bocais: 1,5d < e ≤ 5d • Peça adaptada à parede para dirigir o jato. Orifício: parede fina e parede espessa Orifício de parede delgada Orifício de parede espessa e < 0,5d 0,5d ≤ e ≤ 1,5d Jato toca o orifício apenas jato toca o oirfício segundo Segundo uma linha uma superfície: aderência Orifício: representação Parede delgada Parede espessa Orifício parede delgada, parede espessa e bocal Parede em bisel Orifício: Tipo de Escoamento Livre: � O escoamento do jato se dá para um ambiente sujeito á pressão atmosférica Afogado ou submerso: � O escoamento do jato se dá para um ambiente ocupado pelo fluido que está escoando. � Os orifícios afogados têm coeficientes aproximadamente iguais aos de descarga livre. Orifício: Carga �Constante: d ≤ h/3 � d é pequeno � h é considerado constante � Velocidade é praticamente constante ao atravessar o orifício Variável: d > H/3 � H pequeno (d grande) � H varia sobre o orifício � Velocidade é variável ao atravessar o orifício Bocal � Constante: L > 1,5d � Seção contraída: Ac � Veia contraída 3. Orifício de pequenas dimensões em parede delgada � d < h/3 e e < 0,5d � h = carga sobre o orifício � d = dimensão do orifício � Vt = velocidade do escoamento ideal � V0 = velocidade na superfície do reservatório � V2 = velocidade na saída � Vr = velocidade real � A0 = área do reservatório � A = área do orifício � A2 = Ac = área da seção contraída � po = pressão na sup. do líquido no reservatório � p2 = pressão na veia contraída � patm = pressão atmosférica � Qt = vazão teórica � Q = vazão real Contração da veia fluida Veia líquida: jato que deixa o orifício Veia líquida contraída: veia fluida � sofre uma diminuição de seção após atravessar o orifício � convergência dos filetes fluidos que ocorre dentro do reservatório continua após passar pelo orifício. � Veia contraída ou vena contracta: parte do jato que sofreu contração, onde os filetes fluidos volta a ser paralelos: A2 = Ac < A; � Ac / A pode chegar a 62% Veia fluida contraída Contração completa Contração incompleta Coeficiente de contração � A área da veia contraída é menor que área do orifício, por onde o fluido escoa. � Define-se coeficiente de contração: Cc � Cc = Ac / A � Coeficiente de contração depende de: � Forma do orifício; � Paredes do reservatório � Tipo da contração � Em geral varia entre 0,60 e 0,64 � Exemplos: � Orifícios retangulares longos em parede delgada: Cc = pi / (2+pi) = 0,611 � Orifício circular em parede delgada com contração completa a d/2: Cc = 0,61 Variação de Cc � Gráfico de Cc x h para vários d � Cc diminui com h � Cc diminui com d � Gráfico de Cc x Re para um dado d � Cc diminui com Re Variação de Cc � Observação: � se a contração é incompleta� Cc aumenta. � Determinação de Cc: �1. Método direto: �medir A e Ac �Cc = Ac / A �2. Método indireto: �Através da determinação de outros parâmetros conforme será visto à frente Exemplo de valores para Cc 0,6140,6150,6170,6330,66210,00 0,6140,6160,6190,6340,6635,00 0,6150,6160,6200,6340,6633,00 0,6150,6170,6200,6360,6652,00 0,6150,6170,6200,6370,6661,50 0,6150,61706,210,6390,6701,00 0,6150,6176,6220,6410,6730,80 0,6150,6180,6230,6440,6760,60 0,6160,6190,6250,6460,6810,40 00,6170,6210,6250,6560,6850,20 6,05,04,03,02,0(m) Diâmetro do Orifício, em centímetrosCarga h Tabela de Cc para orifícios circulares em parede delgada, segundo Azevedo Neto em seu livro Manual de Hidráulica Cálculo da vazão através do orifício � Aplicação da equação de Bernoulli entre a superfície do líquido e a seção contraída: � Com perda de carga � Sem perda de carga (fluido ideal) � Equação: ver desenvolvimento no quadro � Vo ≅ 0 já que Ao >> A � Equação de Vt � eq. Torricelli � Vazão teórica: Qt � Qt = A.Vt ou ghAQt 2= ghVt 2= Coeficiente de velocidade � Vt = velocidade teórica com que o fluido deixa o orifício � V2 = Vr = velocidade real de saída do fluido (considerando fluido real e efeito de parede). � V2 < Vt � Define-se: Cv = Vr / Vt � Obs: Cv = 1 para fluido ideal. � Em geral varia entre 0,970 e 0,985 Variação do Coeficiente de velocidade Cv aumenta com h Cv aumenta com Re Cv aumenta com d Cv tende para assíntota em 1,0 Variação de Cv com h Variação de Cv com Re Exemplo de valores para Cv 0,9920,9880,9900,9810,95810,00 0,9900,9860,9870,9800,9575,00 0,9880,9860,9850,9790,9573,00 0,9880,9840,9840,9780,9562,00 0,9880,9840,9840,9760,9581,50 0,9880,9840,9820,9740,9581,00 0,9880,9840,9810,9720,9590,80 0,9880,9830,9800,9710,9580,60 0,9860,9810,9760,9670,9560,40 0,9840,9780,9730,9640,9540,20 6,05,04,03,02,0(m) Diâmetro do Orifício, em centímetrosCarga h Tabela de Cv para orifícios circulares em parede delgada, segundo Azevedo Neto em seu livro Manual de Hidráulica Velocidade real � Velocidade com que o jato deixa o orifício, considerando- se escoamento de fluido real, efeito de parede e na seção contraída da veia fluida. � Vr = V2 � Vr = Cv . Vt = Cv.raiz (2gh) � Mas Q = A.V � Q = Ac.Vr� vazão real através do orifício � Q = Cc.A .Cv.raiz(2gh) = Cc .Cv . A . raiz(2gh) � Fazendo Cd = Cc.Cv� coef. de descarga � Q = Cd . A.raiz(2.g.h) � Lei dos orifícios � Lembrete: Como Qt = A.raiz(2gh) � Cd = Q / Qt Variação de Cd � Cd varia com: h � Cd diminui com aumento de h d � Cd aumenta se d aumenta forma do orifício posição � Obs: em geral Cd varia entre 0,61 e 0,65 Variação com h Variação com Re Determinação de Cv � É feita experimentalmente � Jato livre como projétil lançado no centro da seção contraída � Equação da trajetória � Equação da velocidade � Valor de Cv e métodos de determinação Determinação de Cd � É feita experimentalmente � Mede-se Q por um método direto: Q = Vol / t � Calcula-se a vazão teórica: Qt = A.raiz(2gh) � Calcula-se Cd = Q / Qt RESUMO: Se Re� 0: Cc� 1 e Cd� Cv Se Re� infinito: Cv� 1 e Cd� Cc Exemplo de valores para Cd 0,6090,6070,6110,6210,63410,00 0,6080,6070,6110,6220,6345,00 0,6080,6070,6110,6220,6343,00 0,6080,6070,6100,6220,6362,00 0,6080,6070,6100,6230,6381,50 0,6080,6070,6100,6230,6421,00 0,6080,6070,6100,6230,6450,80 0,6080,6070,6100,6250,6480,60 0,6070,6070,6100,6250,6510,40 0,6070,6070,6090,6320,6530,20 6,05,04,03,02,0(m) Diâmetro do Orifício, em centímetrosCarga h Tabela de Cd para orifícios circulares em parede delgada, segundo Azevedo Neto em seu livro Manual de Hidráulica Coeficientes iguais aos correspondentes dos orifícios com descarga livre. Orifício Livre sob Pressão += γ a d phgACQ 2 Um orifício é denominado afogado quando a veia fluida passa para o interior de um líquido. Aqui também ocorre o fenômeno da contração da veia fluida. Coeficientes ligeiramente inferiores aos dos jatos livres, entretanto a diferença não é significativa, de forma que pode se adotar os coeficientes correspondentes dos orifícios com descarga livre. Orifícios Afogados ghACQ d 2= 21 hhh −= Coeficientes aproximadamente iguais aos correspondentes dos orifícios com descarga livre. Orifícios sob pressão Afogados − += γ 212 pphgACQ d 21 hhh −= Observações: � 1. Comportas e adufas são consideradas como orifícios. � 2. Comporta com contração completa: Cd = 0,61 � 3. Comporta com contração incompleta: � 0,65 < Cd < 0,70 (em média Cd = 0,67) � 4. Adufas: Cd = 0,70 Fenômeno da inversão do jato � Fenômeno que ocorre com a seção transversal dos jatos que passam por estágios sucessivos, alterando a sua forma original, à partir da seção contraída.. � Jato circular � O jato circular tende a manter a sua forma circular em toda a veia fluida que forma o jato. � Jato elíptico � Um jato de um orifício de forma elíptica na seção contraída tem a forma elíptica semelhante à do orifício. Entretanto, à medida em que o escoamento acontece, a seção vai se aproximando da forma circular, em seguida vai novamente se tornando elíptica, porém com o seu eixo maior em correspondência com o eixo menor da seção inicial. � Jato triangular � Jato quadrado � Outras formas de jato podem ser vistas no fig. 5.6 do livro do Azevedo Neto. Perda de carga através dos orifícios: p t 2 r 2 p v 2 r 2 h V V h C V 2g 2g ou 1 1 2g = − = − É igual à diferença entre a carga cinética relativa ao fluido ideal e aquela relativa ao fluido real em escoamento. pois Se hp = K Vr2 /2/g � K = 1/C2V – 1 Obs: Para Cv = 0,707 � hp = V2r /2/g Em média: Cd = 0,707 * 0,985 = 0,70 � v r t t r v C VV V VC =∴= ( )hCh vp 21−= ghAQ 270,0= Orifícios de grandes dimensões � Nesse caso: d < h/3 � A velocidade v dos filetes de fluido que atravessam o orifício varia com a carga h. � Admite-se, neste caso, o grande orifício é formado por pequenos orifícios compostos por faixas horizontais de altura infinitesimal. Contração incompleta da veia fluida � Dependendo da posição do orifício, quando existe superfícies próximas, a contração da veia pode ser afetada, ficando desigual, o que gera a necessidade de se corrigir as vazões obtidas com a lei dos orifícios vista até aqui. � A contração é completa quando o orifício fica distante de paredes ou do fundo do reservatório. Admite-se que a distância deva ser igual ou superior a 2.d para que não haja influência na contração. � O procedimento correto, no caso de supressão parcial ou total da contração é utilizar um coeficiente de descarga corrigido, denominado C´d na equação geral dos orifícios. Orifícios Retangulares � C´d = Cd (1+0,15k) � k = (perímetro em que ocorreu a supressão da contração) / (perímetro total do orifício) k = a / (2(a+b) k = (a+b) / 2(a+b) k = (2b+a) / 2(a+b) Orifícios Circulares � C´d = Cd (1+0,13k) k = 0,25 para orifícios junto à parede lateral k = 0,25 para orifícios junto ao fundo k = 0,50 para orifícios junto ao fundo e a uma parede lateral k = 0,75 para orifícios junto ao fundo e a duas paredes laterais Vórtice � Quando o escoamento se dá através de um orifício instalado no fundo de um reservatório de pequena profundidade, forma-se uma espécie de redemoinho, de forma que o líquido do tanque passa a girar (no sentido horário no caso do hemisfério sul), provocando um abaixamento da superfície livre do líquido.� Em alguns casos o abaixamento chega a atingir o orifício, provocando entrada de ar na veia fluida. � O vórtice sempre será formado quando a carga sobre o orifício for pequena, geralmente inferior a 3 vezes a dimensão vertical do orifício. � O vórtice é uma fenômeno que deve ser evitado já que arrasta ar no escoamento, diminui a vazão, provoca ruídos indesejáveis, podendo prejudicar equipamentos eventualmente instalados após o orifício � Ver esquema geral e figura. Esvaziamento de Reservatórios � Escoamento com nível variável Exemplos: 1 � Dois tanques com orifício no fundo Exemplos: 2 ETE Exemplos: 3 Medidor de vazão de orifício Bocais - Definição Bocais: São peças tubulares, de comprimento L, que adaptam-se às paredes ou ao fundo de reservatórios, destinadas a dirigir o jato. O escoamento através destes dispositivos tem o mesmo fundamento teórico do escoamento através dos orifícios. 1,5 d < L < 5 d (2 d < L < 3 d) Tubo muito curto: 5 d < L < 100 d Tubo curto: 100 d < L < 1 000 d Tubo longo: L > 1000 d Bocais: exemplos Tipos de peças adaptadas a parede de um reservatório Bocais – Usos e classificação • Usos • Combate a incêndio • Limpeza • Construção • Irrigação • Tratamento de águas • Máquinas hidráulicas • Desmonte hidráulico Classificação: • Cilíndricos: • internos (ou reentrantes) • externos • Cônicos: • convergentes • Divergentes Bocais – leis e tipos Bocais: O escoamento através destes dispositivos tem o mesmo fundamento teórico do escoamento através dos orifícios. Cd = coeficiente de descarga para bocais ghACQ d 2= Bocais cilíndricos: vazão maior que nos orifícios de mesmo D Bocal Padrão: L = 2,5 d Bocal cilíndrico externo A peça é adaptada ficando externamente à parede do reservatório. Há formação de seção contraída que fica no interior do bocal Ac = área da seção contraída Bocal cilíndrico Externo Bocal Cilíndrico Interno: A peça adaptada às paredes do reservatório fica para o lado de dentro do reservatório, formando uma saliência. � Nesse caso a vazão é menor que num orifício de mesmo diâmetro. � Propicia um jato líquido bastante regular • Se L = 2,5 d � bocal de borda (Cd = 0,51) • Se L < 2,5 d � Cd aumenta L/d 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 5,0 Cd 0,60 0,75 0,78 0,79 0,80 0,82 0,79 Obs: � Cd médio = 0,82 � Cd varia ligeiramente com L/d Coeficiente de descarga para bocal cilíndrico externo Bocal cilíndrico interno Pode ou não haver efeitos da contração do jato. A veia fluida pode ser livre, contraída ou aderente. Lâmina livre não enche completamente o tubo, permitindo uma região externa, dentro do bocal, onde ocorre pressão atmosférica. Lâminas contraída ou aderente promove o enchimento completo do bocal Coeficientes médios para bocais cilíndricos Tabela compilada de Azeveto Neto e G. A. Alvarez Tipo Cc Cv Cd Obs. Orifício 0,62 0,985 0,61 Orifício de parede delgada Bocal cilíndrico interno 0,52 0,98 0,51 Veia livre Bocal cilíndrico interno 1,00 0,75 0,75 Veia aderente Bocal cilíndrico externo 0,62 0,985 0,61 Veia livre Bocal cilíndrico externo 1,00 0,82 0,82 Veia aderente Bocal cilíndrico externo 1,00 0,98 0,98 Borda arredondada Bocal Cônico A peça que forma o bocal tem uma forma cônica que pode ser convergente ou divergente. A vazão vazão é ligeiramente maior que nos demais bocais, para um mesmo diâmetro. Nos bocais convergentees a descarga máxima ocorre quando o ângulo teta for 13º 30´: Cd = 0,94 Os tubos divergentes com uma pequena seção inicial convergente são denominados de tubo de Venturi. Para o tubo de Venturi, os mais altos coeficientes de descarga ocorrem quando o ângulo de divergência é de 5º, para um comprimento de nove vezes o diâmetro da seção estrangulada. � Bocais usados nas instalações de combate a incêndio normalmente têm o diâmetro de saída de 1” a 1 1/2 ”. Tipos de bocais cônicos Convergente Divergente Bocal Venturi Tipos de bocal convergente Bocais usualmente empregados: Cd variando entre 0,95 e 0,98 Bocais: valores de Cd Valores médios dos coeficientes para os diversos tipos de bocais: TIPO Cc Cv Cd Cilíndrico interno: 0,5.d < L < d 2,0.d < L < 3,0.d 0,51 a 0,52 1,0 0,98 0,75 0,5 a 0,51 0,75 Cilíndrico externo: 2,0.d < L < 3,0.d 1,0 0,82 0,82 Cônico convergente: L = 2,5.d θótm.= 130 30’ - - 0,947 Cônico divergente: L = 9,0.d θótm.= 50 5’ 1,0 - 1,40 Experiência de Venturi � Bocal externo aumenta a vazão em relação ao orifício de mesmo diâmetro. Tubo Curto com Descarga Livre � Estrutura destinada ao escoamento de água com pequena carga e comprimento entre 5d e 1000d. � Tubo muito curto: 5d < L < 100d � Tubo curto: 100d < L < 1000d � Tubo longo: L > 1000d � Utiliza-se a lei dos escoamentos em orifícios com Cd adaptado. � Fórmulas para tubulações longas se aplicam para L > 1000d Perda de carga na entrada � H = V2 /(2g) + ∆h � Com ∆h = K.V2/(2g) � perda de carga � Cv = 1/raiz(1 + K) � ∆h = (1/Cv2 – 1).V2/(2g) Perda de carga em trechos retos � h = ∆h + V2/(2g) + hp= (1/Cv2 – 1).V2/(2g) + V2/(2g) � Hp = f . L/D . V2/(2g) � h = 1/Cv2 . V2/(2g) + f . L/D . V2/(2g) � Q = Cd / (raiz(1/Cv2 + f.L/D)) . A . Raiz(2.g.h) � Cd = 1 / (raiz(1/Cv2 + f.L/D)) � Cd � tabelado: ver pg. 371 Livro Rodrigo
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