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ANALISE DE RESTRUTURAÇÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO ATUAL VANTUIR PEREIRA DIVINO TRABALHO FINAL DE CONCLUSÃO DE CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 1° SEMESTRE / 2016 1 2 ANALISE DE RESTRUTURAÇÃO DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO ATUAL O processo de reestruturação do setor elétrico brasileiro foi iniciado efetivamente quando a promulgação da Constituição de Federal de 1988, a partir desta promulgação varias mudança ocorreram. Objetivo Geral: O objetivo deste trabalho é analisar as principais alterações no setor elétrico brasileiro considerando as mudanças ocorridas a partir do RESEB nos anos 90 e as mudanças no 2º ciclo que correspondem os anos de 2002 até 2005 após a crise hídrica do período, os impactos provocados pela MP 579 de 2012 segundo as concessionarias de energia e pela escassez de chuva, o acionamento das térmicas. I - INTRODUÇÃO 3 I - INTRODUÇÃO Objetivos Específicos: Analisar as mudanças ocorridas com as novas diretrizes do setor elétrico brasileiro, tanto na geração, transmissão, distribuição e comercialização. 4 Breve Histórico 1880 – 1930 – Monopólio Privado. 1931 – 1945 – O Estado elabora as primeiras regulamentações no setor, com destaque para a implementação do código de águas, em 1934. 1946 – 1962 – É estabelecida uma maior participação do Estado no setor elétrico, com aumento dos investimentos públicos. 1963 - 1979 – Modelo Estatal – Criação da Eletrobrás. 1980 – 1992 – Num momento de crise econômica , o modelo estatal é questionado. 5 GRANDES MUDANÇAS NA DÉCADA DE 90 Em 1996, o Ministério das Minas e Energia implanta o Projeto de Reestruturação do Setor Elétrico Brasileiro (Projeto RE-SEB). Cria, ainda em 1996, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) Em 1997 Criação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Criação do Mercado Atacadista de Energia (MAE) Criação do Operador Nacional do Sistema (ONS), em 1998. 6 MUDANÇAS ADOTADAS Devido a crise do APAGÃO, ganharam destaque as termelétricas. Foi criada a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) para planejar o setor elétrico a longo prazo, O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), responsável por avaliar permanentemente a segurança do suprimento de energia elétrica do país, A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), no lugar do antigo Mercado Atacadista de Energia (MAE), para organizar as atividades de comercialização de energia no sistema interligado. 7 8 Fonte: ANEEL NOVA ESTRUTURA DO NOVO MODELO SEGUNDO RESEB 9 PROPOSTA PARA O RESEB O processo de reestruturação do setor elétrico brasileiro, foi instituído com vistas a: Aumentar a eficiência econômica do setor Manter o nível de investimentos Garantir oferta de eletricidade Promover o programa de privatizações 10 PORQUE MUDAR? De 1995 a 2001 as tarifas de energia dobraram. O País sofreu um racionamento de 25% de suas necessidades energéticas sob seca moderada. Havia sete anos que não há uma regulamentação estável no setor. O País não tinha uma política energética de longo prazo. O NOVO MODELO DO SETOR ELÉTRICO A partir de 2002, são introduzidas novas modificações no modelo do setor elétrico, visando equacionar o fracasso do processo de privatização que apostou na auto regulação do setor pelo mercado e que tinha culminado na crise nacional do “Apagão” no ano anterior. Entre 2003 e 2004, o governo federal lançou as bases de um novo modelo para o Setor Elétrico Brasileiro, sustentado pelas Leis nº 10.847 e 10.848, de 15 de março de 2004, e pelo Decreto nº 5.163, de 30 de julho de 2004. 11 12 ESTRUTURA DO NOVO MODELO DO SETOR ELÉTRICO Fonte CCEE 13 Definição clara das funções e atribuições dos diversos agentes institucionais existentes: • Restauração do papel de Poder Concedente do MME. • Reforço das funções de regulação, fiscalização e mediação da ANEEL. • Reformulação da governança do ONS, com ênfase na sua independência. • Criação da EPE e do CMSE. • Novas Atribuições da CCEE (ex-MAE). MUDANÇAS ADOTADAS 14 PROPOSTA PARA O NOVO MODELO DO SETOR ELÉTRICO Objetivos Principais: - Garantir a segurança do suprimento de energia elétrica. - Promover a modicidade tarifária - Promover a inserção social no Setor Elétrico Brasileiro, em particular pelos programas de universalização de atendimento, conhecido com luz para todos. ASPECTOS GERAIS – MP579 Lançada em 11/09/2012, pela presidente Dilma Rousseff. Do que se trata: Renovação/licitação de Concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Redução dos encargos setoriais. Modicidade tarifária. Outras providências. 15 RENOVAÇÃO DAS CONCESSÕES Concessões de geração de energia hidrelétrica Prorrogação a critério do poder concedente: Uma única vez, pelo prazo de trinta anos Alocação de cotas às concessionárias de serviço publico de distribuição de energia. Submissão aos padrões de qualidade do serviço – ANEEL 16 RENOVAÇÃO DAS CONCESSÕES Regime de cotas: A distribuição das cotas obedecerão a critérios previstos em regulamento. As cotas serão revisadas periodicamente. Alocação de distribuição será formalizada mediante a celebração de contratos 17 GERAÇÃO Concessões de geração de hidrelétricas destinadas a autoprodução com Potência igual ou inferior a 50 MW. Uma única vez, pelo prazo de trinta anos. Todo o excedente de Energia Elétrica não consumida será liquidado ao PLD. Concessões de geração de autoprodução, independente da potência, não ligados a SIN. A prorrogação será feita a titulo oneroso – pagamento pelo bem publico revertido em modacidade tarifária. 18 DISTRIBUIÇÃO Uma única vez, pelo prazo de trinta anos. receita fixada conforme critérios da ANEEL. Submissão aos padrões de qualidade ao serviço fixados pela ANEEL. 19 TRANSMISSÃO 20 Uma única vez, pelo prazo de trinta anos. receita fixada conforme critérios da ANEEL. Submissão aos padrões de qualidade ao serviço fixados pela ANEEL. 20 21 Desoneração da fatura de energia do consumidor final do sistema cativo, no ponto de vista tributário. Aumento da competitividade da indústria nacional. As finalidades dos encargos subtraídos serão mantidas e compensadas. PONTOS POSITIVOS SEGUNDO O GOVERNO- MP 579 PONTOS NEGATIVOS SEGUNDO AS CONCESSIONARIAS DE ENERGIA - MP 579 Falta de clareza quanto à metodologia de cálculo. Ausência de política de incentivo à geração descentralizada. Redução do poder de influência dos agentes sobre tarifas e menor liberdade para ações de conquista de mercado; Aumento da complexidade de operação do setor; Aumento do controle do Ministério de Minas e Energia sobre o setor. 22 2013 A 2015 ANOS DE CRISE HIDRICA Escassez de chuva Acionamentos da termoelétricas 23 Comparativo entre os modelos de reestruturação 24 Fonte: ANEEL CONCLUSÃO 25 Contudo podemos concluir que entre erros e acertos nenhum modelo consegue sobreviver sem investimentos, os dois modelos impostos nos dois governos faltaram uma politica de investimentos capaz de atrair investidores e de anteceder a crise hidrológica. BIBLIOGRAFIA [1] Ivan Camargo, Noções Básicas de Engenharia Econômica – Aplicações ao Setor Elétrico, FINATEC, Brasília, 1998. Analise do processo de reestruturação do setor elétrico. [2] BRASIL, Ministério de Minas e energia. Reestruturação do Setor Elétrico Nacional- RESEB, Estágio I – Plano de Emergência – Brasília, Outubro de 1996. [3] ANEEL, “Legislação Básica do Setor Elétrico”, volume I e II, Brasília, 2002. [4] TONELLI. A.V. P, Modelo computacional para gestão de risco na comercialização de energia elétrica. Minas Gerais. P xx Dissertação de Mestrado- Universidade Federal Itajubá (Unifei) 2006 [5] Fábio. S El Hage, Estrutura tarifária de Energia Elétrica, Teoria e Aplicação, Rio de Janeiro, Sinergia, Brasília, ANEEL 2011. [6] Reis, Lineu Bélico da Geração de energia elétrica – 2º ed. rev.. e atual- Barueri, SP; Manole, 2011. [7] CARVALHO, Leandro. "Governo Fernando Henrique Cardoso"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/historiab/governo-fernando-henrique-cardoso.htm>. Acesso em 28 de abril de 2016. [8] Araújo, José Prata Um retrato do Brasil: balanço do governo Lula / José Prata Araújo. — 1. ed. — São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2006. 26
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