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Origem da Vida Estima-se que a terra surgiu a cerca de 3.600 bilhões de anos atrás, porém a vida na terra teria surgido a aproximadamente 4 milhões de anos, ao longo dos séculos o homem vem tentando explicar como esses processos de existência teriam acontecido, esse é um tema que gera muita polemica até os dias atuais, apesar das tantas teorias, ninguém sabe ao certo o que teria gerado a vida. Durante muito tempo a teoria sustentada era a de que o homem teria surgido exatamente como ele é, não havia sofrido nenhuma evolução, acreditava-se que tanto o homem como o universo teriam sido “obras das mãos” de um criador maior (Deus). Essa tese conhecida como teoria do criacionismo foi dada como única verdade. Quando deixou de ser satisfatória na Grécia Antiga, de modo que alguns pensadores, recusando-se a acreditar nessa teoria, começaram a observar os fenômenos naturais, e a partir de então elaborar diversas teses, fundamentadas na razão e não mais em uma entidade poderosa. Entre esses pensadores encontrava-se Aristóteles que defendeu uma tese de que a vida era gerada por um princípio ativo, de modo que a vida poderia ser gerada a partir de matéria inanimada desde que sofresse uma ação desse processo ativo. Dessa forma ele contorna a ideia do criacionismo, essa tese ficou conhecida como Geração Espontânea. Ela foi muito bem aceita no meio científico daquela época, perdurando até a era moderna. Van Helmont (1577 – 1644) defendia essa tese da geração espontânea, ele acreditava que ratos poderiam ser gerados, com uma simples receita composta por roupas sujas, restos de comida e um ambiente escuro, que o cheiro dos pântanos geravam rãs, entre outros. A seu parecer não importava o agente catalizador, haveria sempre o surgimento da vida a partir de matéria inanimada. Essas teses, tanto de Aristóteles como a de Helmont foram denominadas Abiogênese. A teoria da Abiogênese perdurou por um tempo, quando por volta do século XVII o naturalista Francisco Redi se levantou contra essa teoria, acreditava que a vida jamais poderia surgir de matéria inanimada, negando assim a existência de um princípio ativo. Ele acreditava que “todos os organismos vivos surgiam a partir de inseminação por ovos”, jamais por geração espontânea. Para comprovar sua teoria Redi elaborou um experimento que consistia em deixar um pedaço de carne dentro de recipientes, estando quatro abertos e quatro completamente vedados, dessa forma ele observou uma grande proliferação de moscas na carne que se encontrava em um recipiente aberto, enquanto que na que estava em recipiente vedado não houve o surgimento de nenhuma mosca, já que elas não entraram em contato com a carne em questão. Assim ele mostrou que as moscas de forma alguma poderiam surgir de matéria inanimada, porém apesar disso os defensores de da abiogênese afirmaram que impedido a passagem do ar nos frascos vedados ele impossibilitou a ação da força vital, mediante a isso ele repetiu o experimento só que agora invés de vedar completamente os fracos ele apenas impossibilitou a entrada de moscas com a utilização de gaze, o que permitiria a passagem do ar, e como no primeiro experimento não houve o surgimento de mosca, na carne presente no frasco coberto com gaze. Dessa forma ele conseguiu definitivamente negar a existência da abiogênese, tornando sua teoria aceita pelos naturalistas. Porém com a descoberta do microscópio, a teoria da Abiogênese é a única capaz de explicar o surgimento de microrganismos. O que gerou novamente bastante discursão entre naturalistas, dois deles foram Needham que defendia a abiogênese e Spallanzani a Biogênese. Em experimento Needham colocou várias infusões em frascos e em seguida os aqueceu, deixando-os em contato com o ar livre durante alguns dias. Ele notou que rapidamente houve uma grande proliferação de microrganismos no conteúdo líquido, definindo assim esse acontecimento como consequência da geração espontânea. Já Spallanzani depositou uma infusão em 16 frascos, e em seguida os ferveu, após a fervura ele selou 4 dos frascos, 4 foram rolhados, 4 tapados com algodão e 4 foram deixados abertos em contato direto com o ar. Com esse experimento ele verificou que o surgimento de microrganismos era proporcional ao contato com o ar, sendo assim ele interpretou que o ar continha ovos desses organismos, comprovando assim a teoria da Biogênese. Porém Needham não aceitou esse resultado, alegava que a excessiva fervura destruiu o princípio ativo que existia nas infusões. Isso gerou uma grande polêmica que se manteve até 1862, quando Louis Pasteur pôs um fim a essa discursão ao apresentar seu experimento conhecido como pescoço de cisne. O experimento consistia em colocar infusões em balões de vidro em contato com o ar, da seguinte maneira, ele alongou o pescoço dos balões e os moldou de modo a formar um ‘s’, ferveu o líquido até que o vapor saísse livremente pela extremidade estreita do pescoço, assim ele verificou que após o resfriamento da solução essa permanecia inalterada, tanto em odor como em sabor, e não se apresentava contaminação por microrganismos. Para derrubar qualquer argumento de Needham ele quebrou alguns pescoços de balões, o que acarreou numa grande infestação de microrganismos. Dessa ele chegou a conclusão de que todos o os microrganismos se formam a partir de qualquer tipo de partícula sólida transportada pelo ar. Ficou definitivamente comprovada a teoria da Biogênese, ou seja, “a vida surge sempre de outra vida preexistente”. Comprovada essa tese, surgiu então a dúvida, ‘se a vida surge da vida, então de onde veio a primeira vida?’. Buscando responder essa pergunta várias hipóteses foram levantadas, como a Teoria Cósmica sugerida por Liebig, Richter e Helmholtz, que diziam que a vida na terra teria sido trazida de outra parte do universo, por meio dos meteoritos sob a forma de esporos resistentes. Uma outra teoria semelhante foi proposta por Arrhenius, denominada de Panspermia, dizia que a vida teria sido originada em esporos impelidos por energia luminosa, vindos numa onda do espaço exterior. Apesar dos esforços nenhuma dessas teorias foram aceitas, pois não esclareciam o surgimento, apenas deslocavam a questão de um local para outro. No entanto com o avanço trazido com as teorias de Pasteur e Darwin, o problema pôde ser observado sob uma perspectiva diferente. Com o avanço nos campos da ciência Alexander Oparin e Haldane, conseguiram formular uma teoria revolucionária, que tentava explicar a origem da vida sem recorrer a eventos místicos ou extraterrestres. Sua hipótese se resumia aos seguintes fatos: na atmosfera da terra primitiva haviam os gases metano, amônia, hidrogênio e vapor d’ água, sob altas temperaturas, já que não havia ainda a presença da camada de ozônio. Tais temperaturas somadas a um grande número de atividades vulcânicas provocavam uma elevada quantidade de evaporação das águas do mar, gerando assim tempestades frequentes com presença de raios. Esses gases sob altas temperaturas, na presença de raios ultravioletas e centelhas elétricas, teriam sido quebrados e se combinado, gerando assim aminoácidos, que ficavam flutuando na atmosfera, e eram arrastados para o solo pelas chuvas frequentes, onde submetidos a um aquecimento prolongado, inúmeros aminoácidos se combinavam e originavam proteínas. Essas proteínas eram levadas para os mares, formando uma “dopa de proteínas”, as mesmas dissolvidas formavam colóides que se fundiam originando assim os coacervados. Os coacervados englobaram moléculas de nucleoproteínas, depois se organizavam em gotículas delimitadas por membrana lipoprotéica,originando assim a primeira célula. Essa é a teoria mais aceita pelos naturalistas atualmente, além disso o cientista Stanley Miller, conseguiu comprovar essa tese com experimento em laboratório. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAGUAIA, M. Origem da vida. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/ biologia/origem-vida.htm>. Acesso em 19 de julho de 2016. SÓ BIOLOGIA. Origem da Vida. Disponível em: <http://www.sobiologia.com.br/ conteudos/Corpo/origem_da_vida2.php>. Acesso em 19 de julho de 2016.
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