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I I I Instituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial CCCConhecimentos EEEEspecíficos = = = = 125125125125 14. Lei de Assistência Social - LOASLei de Assistência Social - LOASLei de Assistência Social - LOASLei de Assistência Social - LOAS conteúdo, fontes e autonomia Derivada do latim — “ad sistentia” — a palavra assistên- cia traduz a idéia de dar proteção, amparo, arrimo, ou mesmo auxílio ou ajuda — daí a locução “assistência social” significar o serviço gratuito prestado aos membros da comunidade, para os amparar em suas necessidades essenciais, sempre que sucumbentes à carência de recur- sos. Advirta-se que a Assistência Social não é atividade caritativa, nem impulsos da religiosidade, qual não pode ser instrumento da crítica político-ideológica, nem do aliciamento para a luta de classes, e muito menos ferra- menta de preparo da mão-de-obra pelos detentores do capital. A Assistência Social é, antes de tudo, um direito natural à Justiça Social, para que se reduzam as desigualdades sociais, culturais e econômicas, que aviltam a dignidade humana. Destaque-se ser imperativo não confundir a assistência com o assistencialismo, um acervo distorcido de ações isoladas, que instrumentam investidas clientelistas — enquanto a AAAAssistência Socialssistência Socialssistência Socialssistência Social há de ser respeitada como direito do cidadão e dever do Estado, uma Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. Todo conteúdoconteúdoconteúdoconteúdo da legislação de Assistência Social tem por premissa os parâmetros constitucionais, que ditam os destinatários da prestação assistencial, qual seus objetivos — conforme o impõem os mandamentos constitucionais: Art.203 - AAAA assistênciassistênciassistênciassistência social será prestada a quem delaa social será prestada a quem delaa social será prestada a quem delaa social será prestada a quem dela necessitar,necessitar,necessitar,necessitar, independentemente daindependentemente daindependentemente daindependentemente da contribuição contribuição contribuição contribuição à seguridade social, e tem por objetivosà seguridade social, e tem por objetivosà seguridade social, e tem por objetivosà seguridade social, e tem por objetivos: I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; III - a promoção da integração ao mercado de traba- lho; IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portado- ras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. Todos os “necessitados” têm direito a uma ajuda da sociedade. Essa "ajuda" será dada, independentemente de ser ou não a pessoa contribuinte do INPS. A "assistência social" será dada às famílias, à maternida- de, à infância, à adolescência e à velhice. As crianças e os adolescentes carentes também terão ajuda. Amplo será o objetivo da "Assistência Social", visando a alcançar a paz e a justiça social, favorecendo aos mais fracos e aos infortu- nados da vida (leia o art.203, inc.I a V/CF). Anote-se que Assistência Social há de ser realizada de forma integrada às políticas setoriais, e terá por propósito o enfrentamento da pobreza, para a garantia dos mínimos sociais, qual visará ao provimento de condições para atender contingências sociais e à universalização dos direitos sociais. Para a consecução desses seus objetivos primaciais, assistência social há de se nortear por princípios: S supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica; S universalização dos direitos sociais, a fim de tomar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; S respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direitos a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; S igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência as populações urbanas e rurais; S divulgação ampla dos benefícios, serviços, progra- mas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão. 14. Lei de Assistência Social FontesFontesFontesFontes "Fonte" é tudo aquilo de onde emana, jorra alguma coisa. É "fonte do direito" — metaforicamente — tudo quanto possa jorrar regras ou normas, que disciplinem uma atividade ou comportamento humano. Chamam-se fontes de direito os diversos modos pelos quais se estabele- cem as regras jurídicas. Para a Assistência Social a expressão “fonte” tem conotação específica de fonte material de recursosrecursosrecursosrecursos para o custeiocusteiocusteiocusteio de suas atividades, à medida que de a prestação de tais serviços demandam significativa transferência de bens e serviços aos necessitados. 126126126126 = = = = CCCConhecimentos EEEEspecíficos IIIInstituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial Por ser incluir dentre os instrumentos da seguridade social — as despesas a serem enfrentadas pela Assistência Social também hão de ser incluídas no respectivo orça- mento, independentemente de eventuais outras ffffontesontesontesontes recursaisrecursaisrecursaisrecursais, que, eventualmente, possam ser organizadas. É o que determina a Constituição Federal: Art.204 - AsAsAsAs ações governamentais na área da assistênciaações governamentais na área da assistênciaações governamentais na área da assistênciaações governamentais na área da assistência socialsocialsocialsocial serãoserãoserãoserão realizadasrealizadasrealizadasrealizadas comcomcomcom recursosrecursosrecursosrecursos dodododo orçamentoorçamentoorçamentoorçamento dadadada seguridadeseguridadeseguridadeseguridade socialsocialsocialsocial, previstos no, previstos no, previstos no, previstos no art.195,art.195,art.195,art.195, alémalémalémalém dededede outrasoutrasoutrasoutras fontes,fontes,fontes,fontes, eeee oooorrrrganizadasganizadasganizadasganizadas com base nas seguintes diretrizescom base nas seguintes diretrizescom base nas seguintes diretrizescom base nas seguintes diretrizes: I - descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social; II - participação da população por meio de organiza- ções representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. § único: ÉÉÉÉ ffffacultado aos Estados e ao Distrito Federalacultado aos Estados e ao Distrito Federalacultado aos Estados e ao Distrito Federalacultado aos Estados e ao Distrito Federal vincularvincularvincularvincular aaaa programaprogramaprogramaprograma dededede apoioapoioapoioapoio àààà incincincincllllusãousãousãousão eeee pro-pro-pro-pro- moçãomoçãomoçãomoção socialsocialsocialsocial atéatéatéaté cincocincocincocinco décimosdécimosdécimosdécimos porporporpor centocentocentocento dededede suasuasuasua receitareceitareceitareceita tributáriatributáriatributáriatributária líquida,líquida,líquida,líquida, vedadavedadavedadavedada aaaa aplicaçãoaplicaçãoaplicaçãoaplicação desses recursos no pagamento de:desses recursos no pagamento de:desses recursosno pagamento de:desses recursos no pagamento de: I - despesas com pessoal e encargos sociais; II - serviço da dívida; III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados. Obs.: § único e incisos acrescidos pela E.C.n° 42/2003, a Reforma Tributária do Governo Lula-PT. A carência dos recursos e a elevada carga tributária têm feito aumentar a tendência de limitar os Administradores Públicos na liberdade para dispor do dinheiro público, retirando-lhes margem para inventar despesas ou realizar obras desnecessárias, senão faraônicas: a vinculação de verbas orçamentárias é um desse instrumentos, que retiram o poder discricionário dos Governantes. A Assistência Social se inclui nas obrigações de promo- ver a seguridade social — mas nem sempre há verbas suficientes para tais promoções. A Reforma Tributária empreendida pelo Governo Lula e o Partidos dos Trabalhadores parece criar aqui uma grande artimanha: a faculdade de vincular parte da receita tributária líquida a programas de apoio à inclusão e promoção social. Aparenta inconseqüente, e por isso tolerável para seus opositores, exatamente por se tratar de uma faculdade: se houver vontade política do Governante, a lei orçamentária reservará dotação orçamentária para tanto e será apro- vada; se não houver, tanto quanto a mesma força política necessária à aprovação da lei orçamentária bastará para excluir qualquer pretensão de vinculação. Parece, entretanto, que o Governo Lula-PT tem a pretensão de criar embaraços aos Governantes de outros Partidos Políticos, onde o petismo conquistar a maioria na Assembléia Legislativa. De qualquer sorte, atente-se que a vinculação é restrita à organização jurídica dos Estados e do Distrito Federal — excluídos os municípios — e poderá ser uma herança plantada pelo P.T. nas Constituições Estaduais, imobili- zando futuros Governadores, que terão dificuldades para alterá-las, se forem eleitos sem obter folgada maioria parlamentar. Por derradeiro, registre-se ser pequeníssimo o percen- tual de vinculação: apenas 0,5% (cinco décimos por cento) da receita tributária líquida. Fontes da SeguridadeFontes da SeguridadeFontes da SeguridadeFontes da Seguridade Em se definindo como fonte dos recursos da Assistência Social uma “fatia” da arrecadação prevista a Seguridade Social — conhecer-se-á a primeira se se conhecer a segunda. Confira, então, as fontes de recursos reservadas, constitucionalmente, para a Seguridade Social: Art.195 - A seguridade social será financiada por toda aA seguridade social será financiada por toda aA seguridade social será financiada por toda aA seguridade social será financiada por toda a sociedade,sociedade,sociedade,sociedade, dededede formaformaformaforma diretadiretadiretadireta eeee indireta,indireta,indireta,indireta, nosnosnosnos termostermostermostermos dadadada lei,lei,lei,lei, mediantmediantmediantmediante recursos provenientes dose recursos provenientes dose recursos provenientes dose recursos provenientes dos orçamentosorçamentosorçamentosorçamentos dadadada União,União,União,União, dosdosdosdos Estados,Estados,Estados,Estados, dodododo Distrito Distrito Distrito Distrito FederalFederalFederalFederal eeee dosdosdosdos Municípios,Municípios,Municípios,Municípios, eeee dasdasdasdas seguintesseguintesseguintesseguintes con-con-con-con- tribuições sociaistribuições sociaistribuições sociaistribuições sociais: Toda a sociedade deve dar dinheiro para o custeio das despesas de saúde: os Governos (todos), os pa- trões/empresários, os empregados, etc. I - dodododo empregador,empregador,empregador,empregador, dadadada empresaempresaempresaempresa eeee dadadada entidade a elaentidade a elaentidade a elaentidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:equiparada na forma da lei, incidentes sobre:equiparada na forma da lei, incidentes sobre:equiparada na forma da lei, incidentes sobre: — aaaa folhafolhafolhafolha dededede saláriossaláriossaláriossalários eeee demaisdemaisdemaisdemais rendimerendimerendimerendimentos dontos dontos dontos do trabalhotrabalhotrabalhotrabalho pagospagospagospagos ouououou creditados,creditados,creditados,creditados, aaaa qualquerqualquerqualquerqualquer título,título,título,título, àààà pessoapessoapessoapessoa físicafísicafísicafísica quequequeque lhelhelhelhe prestepresteprestepreste sssserviço, mesmoerviço, mesmoerviço, mesmoerviço, mesmo sem vínculo empregatício; sem vínculo empregatício; sem vínculo empregatício; sem vínculo empregatício; — a receita ou o faturamento; a receita ou o faturamento; a receita ou o faturamento; a receita ou o faturamento; — o lucro; o lucro; o lucro; o lucro; Os patrões serão obrigados a pagar de várias formas: aaaa) uma percentagem será calculada em função de sua folha de salários, ou seja, do total de salários que ele paga a seus empregados (se tem muitos emprega- dos, pagará mais, se tem poucos, pagará menos) --- se os empregados são importantes e ganham muito, o patrão paga muito; se os empregados são pouco I I I Instituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial CCCConhecimentos EEEEspecíficos = = = = 127127127127 importantes e ganham pouco, produzindo pouco lucro, o patrão também paga pouco ---- veja que é proporcional, porque, afinal, a seguridade social será destinada a beneficiar aos próprios funcionários (empregados) daquele patrão; bbbb) outra percentagem é sobre o faturamento ou a receita: se o movimento econômico é grande, é sinal que pode contribuir mais; se o movimento é peque- no, tem pouca capacidade para contribuir; a inclusão da receita é uma alternativa para avultar a base de cálculo, já que muitos recebimentos poderiam não ser considerados faturamento, mas rendimentos de outras fontes/causas; cccc) o patrão pagará um percentual em função do lucro de sua empresa (essa sempre é pequena, porque todos sempre dão um jeitinho de só ter "prejuízo" ou pouquíssimo lucro). Anote-se que a menção da receita como base de inci- dência (alínea “b”) permite, também, a definição da base de cálculo das entidades (assemelhadas por lei às empre- sas), que não têm faturamento, recebendo receitas de várias fontes (auxílios, doações, subvenções, etc), e que também passarão a contribuir sobre tais valores recebi- dos; AtençãoAtençãoAtençãoAtenção: observe que a Constituição Federal passou a estabelecer novas incidências da contribuição, inclusive novas bases de cálculo; obviamente, que serão editadas novas leis, que aplicarão tais regras. ¿Como ficará a situação, até que tais leis sejam editadas? A Emenda Constitucional da Reforma Administrativa determina que “Art.12 - Até que produzam efeitos as leis que irão dispor sobre as contribuições de que trata o art.195 da Constitui- ção Federal, são exigíveis as estabelecidas em lei, destinadas ao custeio da seguridade social e dos diversos regimes previdenciários” — ou seja, tudo continua como está, até que a nova lei altere a situação. II - do trabalhador e dos demais segurados dado trabalhador e dos demais segurados dado trabalhador e dos demais segurados dado trabalhador e dos demais segurados da prprprprevidência social, não incidindo contribuiçãoevidência social, não incidindo contribuiçãoevidência social, não incidindo contribuiçãoevidência social, não incidindo contribuição sobresobresobresobre aposentadoriaaposentadoriaaposentadoriaaposentadoria eeee pensãopensãopensãopensão concediconcediconcediconcedidas pelodas pelodas pelodas pelo regimeregimeregimeregime geralgeralgeralgeral dededede previdênciaprevidênciaprevidênciaprevidência socialsocialsocialsocial de que trata de que trata de que trata de que trata o art. 201o art. 201o art. 201o art. 201; Obs.:a redaçãodeste inc.II foi alterada pela Emenda Constitucional nº 20/98 (de 16.12.98) — Reforma da Previdência; o velho texto dispunha: “II - dos trabalhadores”; Nenhuma dúvida de que o principal beneficiário da previdência social deveria ser seu contribuinte maior: se você já trabalhou (registrado) um dia, sabe que todo mês descontam de nós uma percentagem para o INPS, não é ? Estamos pagando nossa seguridade social, desde a assistência médica (INAMPS), até a previdência e assistên- cia sociais (INPS). A inovação introduzida pela Reforma da Previdência foi a inclusão dentre os contribuintes também dos “demais segurados da previdência social” e a ressalva constitucional de que a contribuição não incidirá “sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social” (curioso que, de outro lado, o Governo se empenhou na cobrança da contribuição previdenciária dos servidores públicos inativos). III - sobre a receita de concursos de prognósticossobre a receita de concursos de prognósticossobre a receita de concursos de prognósticossobre a receita de concursos de prognósticos. Concursos de prognósticos são as loterias: da arrecada- ção de todas as loterias deverá ser tirada uma "fatia", que é destinada à saúde e a seguridade social. IV - dodododo importadorimportadorimportadorimportador dededede bensbensbensbens ouououou serviçosserviçosserviçosserviços dodododo exterior,exterior,exterior,exterior, ouououou dededede quemquemquemquem aaaa leileileilei aaaa eleeleeleele equiparar.equiparar.equiparar.equiparar. Obs.: inciso acrescido pela E.C.n° 42/2003. Eis aqui uma nova fonte de arrecadação para custeio da seguridade social: se a produção interna paga, nada mais justo que a produção exterior também pague. Assim, se um produto é importado, ao ingressar no País deve ser tributado com sua contribuição à seguridade social; igual- mente, se o trabalhador brasileiro contribui para a seguridade (sobre seus salários), qual a empresa prestado- ra de serviços também paga — é justo que o prestador de serviços estrangeiro, que aqui vem para realizar algum serviço, seja ele pessoa física ou jurídica, igualmente pague sua parcela à seguridade social. A inclusão de incidência da contribuição a ser cobrada pela importação de bens ou serviços do exterior não só é justa do ponto de vista da igualdade tributária com os bens e serviços nacionais, como equilibra a competitivida- de de ambos. Atente-se a um detalhe importante: o contribuinte não será nem o produtor dos bens, nem o prestador de serviços, mas o “importador”, já que aqueles não teriam raiz no Brasil e a cobrança seria difícil, enquanto o “importador” aqui vive, aqui tem bens e domicílio e aqui explorará o bem ou serviço, que importou. § 1º - AsAsAsAs receitasreceitasreceitasreceitas dosdosdosdos Estados,Estados,Estados,Estados, dodododo DistritoDistritoDistritoDistrito Federal e dosFederal e dosFederal e dosFederal e dos MunicípiosMunicípiosMunicípiosMunicípios destinadasdestinadasdestinadasdestinadas àààà seguridadeseguridadeseguridadeseguridade socialsocialsocialsocial cons-cons-cons-cons- tarãotarãotarãotarão dosdosdosdos respectivosrespectivosrespectivosrespectivos orçamentos,orçamentos,orçamentos,orçamentos, nãonãonãonão integran-integran-integran-integran- do o orçamento da Uniãodo o orçamento da Uniãodo o orçamento da Uniãodo o orçamento da União. Como há um "sistema único de saúde", o dinheiro que os Estados, Distrito Federal e Municípios reservarem para aplicar na "saúde, previdência e assistência social" não será lançado no orçamento da União: a razão é simples. Se esse dinheiro vem de outros Governos, caso estivesse lançado no orçamento da União, a União não teria como controlar seu ingresso e sua aplicação, pois não pode ingerir (se intrometer) na gestão dos Estados (Distrito Federal) e Municípios, que têm autonomia. Se esse dinheiro entrasse no orçamento da União, a União deveria, obrigatoriamente aplicá-lo. Como não tem poder de interferir na "fonte" desse dinheiro (o Estado, Distrito Federal e Municípios), seu orçamento ficaria "manco", isto é, teria uma previsão, mas não teria como executar (gastar o dinheiro) a previsão, porque estaria dependente do Estado, Distrito Federal e Municípios. Assim, embora o 128128128128 = = = = CCCConhecimentos EEEEspecíficos IIIInstituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial Estado, o Distrito Federal e o Município lancem em seus respectivos orçamentos uma verba que será gasta com "saúde, previdência e assistência social" --- a União não poderá lançar em seu orçamento global aquelas verbas. § 2º - A proposta de orçamento da seguridade socialA proposta de orçamento da seguridade socialA proposta de orçamento da seguridade socialA proposta de orçamento da seguridade social seráseráseráserá elaboradaelaboradaelaboradaelaborada dededede formaformaformaforma integradaintegradaintegradaintegrada pelospelospelospelos órgãosórgãosórgãosórgãos responsáveisresponsáveisresponsáveisresponsáveis pelapelapelapela saúde,saúde,saúde,saúde, previdêprevidêprevidêprevidência social encia social encia social encia social e aaaassistênciassistênciassistênciassistência social,social,social,social, tendotendotendotendo emememem vistavistavistavista asasasas metametametametas es es es e pripripriprioridades estabelecidas na lei de diretrizesoridades estabelecidas na lei de diretrizesoridades estabelecidas na lei de diretrizesoridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias,orçamentárias,orçamentárias,orçamentárias, asseguradaasseguradaasseguradaassegurada aaaa cadacadacadacada área aárea aárea aárea a gestãogestãogestãogestão de seus recursosde seus recursosde seus recursosde seus recursos. Cada órgão que trabalhar com saúde, cada órgão que trabalhar com previdência e cada órgão que trabalhar com assistência social elaborará seu orçamento. Esses orçamentos serão integrados, compondo um único orçamento, no qual serão observadas prioridades. Essas prioridades são as definidas na lei de diretrizes orçamen- tárias. Cada área (saúde é uma área, previdência social é outra e assistência social outra) gerirá (administrará) os recursos (dinheiro) que lhe forem destinados no orçamen- to. § 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema deA pessoa jurídica em débito com o sistema deA pessoa jurídica em débito com o sistema deA pessoa jurídica em débito com o sistema de seguridadeseguridadeseguridadeseguridade social,social,social,social, comocomocomocomo estabelecidoestabelecidoestabelecidoestabelecido emememem lei,lei,lei,lei, nãonãonãonão poderápoderápoderápoderá contratarcontratarcontratarcontratar comcomcomcom oooo PoderPoderPoderPoder PúblicoPúblicoPúblicoPúblico nemnemnemnem deledeledeledele receberreceberreceberreceber benefíciosbenefíciosbenefíciosbenefícios ouououou incentivosincentivosincentivosincentivos fiscaisfiscaisfiscaisfiscais ouououou credi-credi-credi-credi- tíciostíciostíciostícios. Moralizadora essa previsão constitucional: se a pessoa não vem pagando, não está em dia com seu dever de contribuir com a seguridade social, não merece contratar com o Poder Público e ganhar o dinheiro público. Não merece, muito menos, receber qualquer benefício ou incentivo fiscal, ou mesmo gozar de crédito (emprésti- mos) baseado em dinheiro do povo. Desde a nova Consti- tuição, quem quiser participar de concorrência pública, obter algum incentivo fiscal ou arrumar algum emprésti- mo especial ---- deverá provar que está em dia (quites) com o INPS: bastará uma certidão negativa de dívida com o INPS. Se não provar, não poderá participar da concor- rência pública, etc. § 4º - AAAA lei poderá instituir outras fontes destinadasalei poderá instituir outras fontes destinadas alei poderá instituir outras fontes destinadas alei poderá instituir outras fontes destinadas a garantirgarantirgarantirgarantir aaaa manutençãomanutençãomanutençãomanutenção ouououou expansãoexpansãoexpansãoexpansão dadadada segurida-segurida-segurida-segurida- de social, obedecido o disposto no art. 154,Ide social, obedecido o disposto no art. 154,Ide social, obedecido o disposto no art. 154,Ide social, obedecido o disposto no art. 154,I. Nós vimos no art.195 que todos são obrigados a pagar uma contribuição para o custeio das despesas da segurida- de social: governos, patrões e empregados. Essa contribuição não é nenhum favor: é uma espécie de tributo (imposto, taxa). Caso o Poder Público perceba que o dinheiro está faltando, poderá "inventar" um novo tipo de contribuição, da mesma forma que também pode inventar um novo imposto. Só que, para inventar um novo imposto, o Poder Público tem certas limitações. Esse novo imposto inventa- do (aaaa) nãonãonãonão pode ser cumulativo, ou seja, não recair sobre outro imposto; e (bbbb) nãonãonãonão pode ser cobrado pelo mesmo motivo (mesmo fato gerador) que já se cobrou outro imposto. É o que determina o art.154, inciso I, da Constituição Federal: "A União poderá instituir: I - mediante lei comple- mentar, impostos não previstos no artigo anterior, ddddesdeesdeesdeesde quequequeque sejam nãonãonãonão cumulativos e nãonãonãonão tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constitui- ção". Significa que, caso o Poder Público pretenda criar (inventar) nova contribuição para custear as despesas da seguridade social, nãonãonãonão poderá cobrar pelos mesmos motivos (mesmo fato gerador) que já vem cobrando, na forma do art.195-I a III: deverá inventar um outro motivo e outra base para incidir a nova alíquota (percentagem). § 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridadeNenhum benefício ou serviço da seguridadeNenhum benefício ou serviço da seguridadeNenhum benefício ou serviço da seguridade socialsocialsocialsocial poderápoderápoderápoderá serserserser criado,criado,criado,criado, majoradomajoradomajoradomajorado ouououou estendidoestendidoestendidoestendido sem a correspondente fonte de custeio totalsem a correspondente fonte de custeio totalsem a correspondente fonte de custeio totalsem a correspondente fonte de custeio total. Essa disposição é moralizadora: antigamente, qualquer Governos demagogos, em vésperas de eleição, inventava novos benefícios, que o sistema de seguridade social não poderia pagar, porque não teria dinheiro para tanto. Conclusão: era dado o direito, mas o povo não podia gozá- lo, porque não havia dinheiro para custeá-lo. Ou, então, a Previdência Social ficava com um "rombo" no caixa, precisando o Governo fazer (isso mesmo, fazer, fabricar) dinheiro, para custear o benefício: isso gerava inflação e toda a sociedade e o próprio beneficiário da seguridade social acabavam perdendo. Daqui pra frente tudo será diferente: quando se criar um novo beneficio, concomitantemente (ao mesmo tempo) deverá ser previsto de onde será tirado o dinheiro para custeá-lo: assim a Previdência não ficará falida, o Governo não fabricará dinheiro e a inflação não nos sufocará. § 6º - As contribuiçõesAs contribuiçõesAs contribuiçõesAs contribuições sociaissociaissociaissociais dededede quequequeque trata este artigotrata este artigotrata este artigotrata este artigo sósósósó poderãopoderãopoderãopoderão serserserser exigidasexigidasexigidasexigidas apósapósapósapós decorridosdecorridosdecorridosdecorridos noventanoventanoventanoventa dias da data da publicação da lei que as houverdias da data da publicação da lei que as houverdias da data da publicação da lei que as houverdias da data da publicação da lei que as houver instituídoinstituídoinstituídoinstituído ouououou modificado,modificado,modificado,modificado, nãonãonãonão sesesese lhes aplicandolhes aplicandolhes aplicandolhes aplicando o disposto no Art.150, III,"b"o disposto no Art.150, III,"b"o disposto no Art.150, III,"b"o disposto no Art.150, III,"b". Já vimos que a contribuição (dinheiro pago) à seguridade social é uma espécie de tributo (imposto, taxa), que as pessoas são obrigadas a pagar. Quando se trata de imposto, o Governo para criá-los ou os aumentar, precisar observar algumas regras, algumas limitações. Uma dessas regras, protege o contribuinte, dando-lhe um tempo para se preparar para aquela nova despesa, aquele novo gasto (seja com o novo imposto, seja com o aumento do velho). Segundo essa regra de proteção ao contribuinte, quan- do uma nova lei criar ou aumentar um tributo, essa nova lei só entrará em vigor a partir do dia 1º de janeiro do ano seguinte. Assim teremos tempo para nos prepararmos para a nova despesa. I I I Instituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial CCCConhecimentos EEEEspecíficos = = = = 129129129129 Confira a previsão Constitucional: Art.150-II-"b" - ...é vedado à União...cobrar tributos... no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os institu- iu ou aumentou. Rigorosamente, como a "contribuição previdenciária" é uma espécie de tributo (imposto, taxa), ela também só deveria ser cobrada a partir de 1º de janeiro do ano seguinte. Neste parágrafo, porém, abre-se uma exceçãoexceçãoexceçãoexceção: quando uma lei criar ou aumentar a contribuição previdenciária (aquela que custeia a seguridade social) o Governo não precisará esperar até 1º de janeiro do ano seguinte para cobrar o novo valor: precisará esperar apenas 90 dias. Antes de 90 dias não poderá cobrar. § 7º - SãoSãoSãoSão isentisentisentisentas de contribuição para a seguridadeas de contribuição para a seguridadeas de contribuição para a seguridadeas de contribuição para a seguridade socialsocialsocialsocial asasasas entidadesentidadesentidadesentidades beneficentesbeneficentesbeneficentesbeneficentes dededede assistência assistência assistência assistência socialsocialsocialsocial quequequeque atendamatendamatendamatendam às exigências estabelecidas às exigências estabelecidas às exigências estabelecidas às exigências estabelecidas em leiem leiem leiem lei. Eis aqui uma "molezinha" que a Constituição dá para certas entidades: as entidades beneficentes de assistência social nãonãonãonão precisam pagar a contribuição para a segurida- de social. Assim, se uma entidade beneficente de assistência social tem, por exemplo, 10 médicos, 50 enfermeiras, 100 atendentes de enfermagem, 20 burocratas, 30 faxineiras, etc., ela paga salários a todos esses empregados. Esses empregados pagarão o INPS, que será descontado de seus salários. Mas esse "patrão especial" não precisará pagar sua parte do INPS, nem sobre a folha de salário. Essa "molezinha" não é nenhum privilégio: afinal, essas entidades prestam um serviço que seria do Estado, e que, se o Estado fosse prestar, gastaria muito mais. Logo, nada mais justo que incentivar e até ajudar essas Entidades, para que toda a população continue se beneficiando de sua benemerência. Para evitar "safadezas" é que a Constituição só dá a "molezinha" a entidades que atendam às exigências estabelecidas em lei, ou seja, prestem regular e beneficen- temente a assistência social ---- sem pilantragens. § 8º - OOOO produtor,produtor,produtor,produtor, oooo parceiro, o meeiroparceiro, o meeiroparceiro, o meeiroparceiro, o meeiro eeee oooo arrendatá-arrendatá-arrendatá-arrendatá- riorioriorio ruraisruraisruraisrurais eeee o pescador artesanal, bem como os o pescador artesanal, bem como os o pescador artesanal, bem como os o pescador artesanal, bem como os respectivosrespectivosrespectivosrespectivos cônjuges,cônjuges,cônjuges,cônjuges, quequequeque exerçamexerçamexerçamexerçam suassuassuassuasativida-ativida-ativida-ativida- desdesdesdes emememem regimeregimeregimeregime dededede economiaeconomiaeconomiaeconomia familiar,familiar,familiar,familiar, semsemsemsem em-em-em-em- pregadospregadospregadospregados permanentes,permanentes,permanentes,permanentes, contribuirãocontribuirãocontribuirãocontribuirão paraparaparapara aaaa seguridadeseguridadeseguridadeseguridade socialsocialsocialsocial mediantemediantemediantemediante aaaa aplicaçãoaplicaçãoaplicaçãoaplicação dededede umaumaumauma alíquotaalíquotaalíquotaalíquota sobresobresobresobre oooo resultadoresultadoresultadoresultado dadadada comercializaçãocomercializaçãocomercializaçãocomercialização dadadada produçãoproduçãoproduçãoprodução eeee farãofarãofarãofarão jusjusjusjus aoaoaoaos benefícios nos termoss benefícios nos termoss benefícios nos termoss benefícios nos termos da lei.da lei.da lei.da lei. Obs.: a redação deste § 8º foi alterada pela Emenda Constitucional nº 20/98 (16.12.98) — Reforma da Previdência; o velho texto dispunha: “O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais, o garimpeiro e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei”. Curioso registrar que a novidade foi a exclusão do garimpeiro dentre os contribuintes, contraditoriamente ao § 7º, inc.II do art.201, que o inclui dentre os que se aposentam com 60 anos (homem) e 55 (mulher). De qualquer sorte, essa disposição já nem deveria cons- tar da Constituição: melhor caberia seu preceito leizinha ordinária. Define-se aqui que certas pequeníssimos empresários, com empresas (atividades) de natureza familiar também têm obrigações e também gozarão dos benefícios da saúde, previdência e assistência social. Sua contribuição, como de regra não têm lucro, e às vezes mal ganham para comer/beber, será uma alíquota (percentagem) sobre o resultado da comercialização de seus produtos. Se, por exemplo, um pescador vender por mês 200 quilos de peixe, sua contribuição será uma determinada percentagem sobre o valor obtido nessa venda. § 9º - AsAsAsAs contribuições sociaiscontribuições sociaiscontribuições sociaiscontribuições sociais previstasprevistasprevistasprevistas nononono incisoincisoincisoinciso IIII dodododo caputcaputcaputcaput destedestedestedeste artigoartigoartigoartigo poderãopoderãopoderãopoderão terterterter alíquotasalíquotasalíquotasalíquotas ouououou basesbasesbasesbases dededede cálculocálculocálculocálculo diferenciadas,diferenciadas,diferenciadas,diferenciadas, emememem razãorazãorazãorazão dadadada atividadeatividadeatividadeatividade econômicaeconômicaeconômicaeconômica, da utilização intensiva de mão-de, da utilização intensiva de mão-de, da utilização intensiva de mão-de, da utilização intensiva de mão-de obra,obra,obra,obra, dodododo porteporteporteporte dadadada empresaempresaempresaempresa ouououou dadadada condiçãocondiçãocondiçãocondição estrutu-estrutu-estrutu-estrutu- ral do mercado de trabalho.ral do mercado de trabalho.ral do mercado de trabalho.ral do mercado de trabalho. Obs.: redação alterada pela E.C.nº 47/2005. A E.C. nº 20/98 introduzira este parágrafo para criar um instrumento de “política fiscal” para sua “política social”, que possa estimular a criação de empregos e a contratação de mão-de-obra, favorecidos pela diminuição do custo social da empresa, tanto em relação às contribui- ções incidentes sobre sua folha de pagamento, sua receita ou faturamento e até sobre seu lucro. Anote-se que as alíquotas (percentual incidente), como as base de cálculo (valor sobre que incide a alíquota) só poderão ser diferenciadas em relação à contribuição a ser paga pelo “empregador” ou pela “empresa” ou por outra entidade equiparada à “empresa” — já que são estes os contribuintes referidos no inc.I do art.195/CF. Assim, não poderão ser beneficiados com alíquotas ou bases de cálculos diferenciados os trabalhadores e demais segurados da previdência, que figuram como contribuintes no inc.II do mesmo artigo. Ressalte-se, por último, que não é uma regra obri- gatória, mas uma faculdade dada ao Governo para, à medida que haja interesse em incentivar ou a contratação de mão-de-obra, ou de incentivar a automatização e o modernismo que aumenta a competitividade, barateia preços e beneficia o consumidor e a exportação. Doravante a contribuição previdenciária passa a ser mais um instrumento de política fiscal para a implementação de uma política social de trabalho e emprego — inclusive se o reclamar o porte da empresa ou a condição estrutural do mercado de trabalho. 130130130130 = = = = CCCConhecimentos EEEEspecíficos IIIInstituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial § 10 - A lei definirá os critérios de transferência deA lei definirá os critérios de transferência deA lei definirá os critérios de transferência deA lei definirá os critérios de transferência de recursosrecursosrecursosrecursos paraparaparapara oooo sistemasistemasistemasistema únicoúnicoúnicoúnico dededede saúdesaúdesaúdesaúde eeee açõesaçõesaçõesações dededede assistênciaassistênciaassistênciaassistência socialsocialsocialsocial dadadada UniãoUniãoUniãoUnião paraparaparapara osososos Estados,Estados,Estados,Estados, oooo DistritoDistritoDistritoDistrito FeFeFeFederal e os Municípios, e dos Estadosderal e os Municípios, e dos Estadosderal e os Municípios, e dos Estadosderal e os Municípios, e dos Estados paraparaparapara osososos Municípios,Municípios,Municípios,Municípios, observadaobservadaobservadaobservada aaaa rerererespectivaspectivaspectivaspectiva contrapartida de recursos.contrapartida de recursos.contrapartida de recursos.contrapartida de recursos. Obs.:este § 10 foi introduzido pela Emenda Constitucional nº 20/98 — Reforma da Previdência — (de 16.12.98); Embora o sistema previdenciário seja o grande gerador de recursos (dinheiro) para a saúde e para a assistência social — trata-se de dever do Estado, e tanto a União, como os Estados-membros, o Distrito Federal e os Municí- pios, todos devem reservar em seus orçamentos alguma dotação para a prestação desses serviços à população. A Reforma da Previdência estabelece neste § 10 que seja feita uma lei, que definirá os critérios para o repasse do dinheiro a tais entidades; mais que isso, tal lei deverá observar como critério a contrapartida de recursos, ou seja, uma certa proporção direta entre o dinheiro que os Municípios reservam em seu orçamento para a saúde e previdência e a quantia que para ele será repassada; igual- mente em relação à União, aos Estados e ao Distrito Federal. Anote-se, ainda, que tal proporção também implicará a maior receita para qual dessas entidades tem maiores gastos com a saúde: certamente a União receberá fatia maior (até porque aplica em todo País), o Estado-membro receberá mais que qualquer município (até porque aplicada em todos os municípios), e os Municípios maio- res, que gastam mais com saúde também receberão fatia maior que os municípios que gastam menos; noutra palavras o dinheiro arrecadado com as contribuições previdenciárias não será distribuído igualitária, mas proporcionalmente. § 11 - ÉÉÉÉ vedadavedadavedadavedada aaaa concessãoconcessãoconcessãoconcessão dededede remissãoremissãoremissãoremissão ouououou anistia dasanistia dasanistia dasanistia das contribuições sociais de que tratamcontribuições sociais de que tratamcontribuições sociais de que tratamcontribuições sociais de que tratamos incisos I,os incisos I,os incisos I,os incisos I, a,a,a,a, eeee IIIIIIII destedestedestedeste aaaartigo, para débitos em montantertigo, para débitos em montantertigo, para débitos em montantertigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar.superior ao fixado em lei complementar.superior ao fixado em lei complementar.superior ao fixado em lei complementar. Obs.:este § 11 foi introduzido pela Emenda Constitucional nº 20/98 — Reforma da Previdência — (de 16.12.98); Se a moral já não permitia orgias, benevolências ou tolerâncias com o dinheiro alheio (afinal os débitos previdenciários pertencem ao povo), a Constituição Federal passa a ser mais incisiva: se alguém deve para a previdência — seja empresa, empregador ou trabalhador — deverá ser cobrado: doravante não poderá haver nenhum tipo de perdão, nem a remissão (perdão) das obrigações principais (contribuição propriamente dita), nem anistia (perdão) das obrigações acessórias (multas). Claro que haverá exceção: se se tratar de um débito de valor tão pequeno que não compense a cobrança, porque as despesas da cobrança seriam maiores que o valor desse débito, então poderá ser concedida a remissão ou a anistia. ¿Mas o que é um valor pequeno? A resposta será dada por uma lei complementar, que ainda será feita. § 12 - AAAA leileileilei definirádefinirádefinirádefinirá osososos setoressetoressetoressetores dededede atividadeatividadeatividadeatividade econômicaeconômicaeconômicaeconômica paraparaparapara osososos quaisquaisquaisquais asasasas contribuições incidentes na contribuições incidentes na contribuições incidentes na contribuições incidentes na formaformaformaforma dosdosdosdos incisosincisosincisosincisos I,I,I,I, b;b;b;b; eeee IVIVIVIV dodododo caput,caput,caput,caput, serãoserãoserãoserão não-não-não-não- cumulativas. cumulativas. cumulativas. cumulativas. Obs.: § 12 acrescido pela E.C.n° 42/2003, a Reforma Tributária do Governo Lula-PT Sabidamente, as empresas pagam a contribuição social sobre sua receita ou seu faturamento — o que permite a dedução que, o pagamento incidente sobre a importação de bens ou serviços poderá representar um bis in idem, ou seja, uma dupla cobrança da contribuição: o importador de veículos compra um Mercedes Benz para vender a sua clientela: (a) pagará a contribuição quanto importar o automóvel, e (b) pagará a contribuição sobre o mesmo veículo, quanto o revender ao cliente, já que a contribuição também incide sobre o faturamento. Claro que isso onerará, demasiadamente, os importado- res, inviabilizando certos ramos de atividade — muitas das quais devem ser preservadas com preço baixo, como os remédios, os serviços de tecnologia, etc. Este § 12 cria uma válvula para evitar essa dupla tributação, permitindo que a lei escolha os “ramos” de atividade econômica, em que a contribuição será paga apenas na importação, ou apenas no faturamento, ou as duas vezes, abatendo-se o valor pago na importação, total ou parcialmente, na ocasião do faturamento, etc. § 13 - Aplica-seAplica-seAplica-seAplica-se oooo dispostodispostodispostodisposto nononono §§§§ 12 inclusive12 inclusive12 inclusive12 inclusive nananana hipóte-hipóte-hipóte-hipóte- sesesese dededede substituiçãosubstituiçãosubstituiçãosubstituição gradual, total ou parcial, da gradual, total ou parcial, da gradual, total ou parcial, da gradual, total ou parcial, da contribuiçãocontribuiçãocontribuiçãocontribuição incidenteincidenteincidenteincidente nananana fffforma do inciso I, a,orma do inciso I, a,orma do inciso I, a,orma do inciso I, a, pelapelapelapela incidenteincidenteincidenteincidente sobresobresobresobre aaaa receitareceitareceitareceita ouououou oooo faturamento.faturamento.faturamento.faturamento. Obs.: § 13 acrescido pela E.C.n° 42/2003, a Reforma Tributária do Governo Lula-PT Essa válvula para a lei proteger certas atividade econô- micas não é limitada às empresas que se oneram pelo faturamento — mas também à oneração das empresas em relação às empresas que pagam contribuição incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do traba- lho por serviços. É justo, pois a importação de serviços é igualmente importante para a organização social e não são poucas as empresas que dependem de técnicos, engenheiros, pesqui- sadores, senão consultores ou mesmo cientistas para a realização de trabalhos: ¿pagariam elas duas vezes, ou seja, sobre o serviço importado e sobre os salários pagos? Caberá à lei definir as atividades econômicas, em que a contribuição será paga apenas pela importação do serviço, ou apenas na folha de pagamento, ou as duas vezes, abatendo-se o valor pago na importação, total ou parcialmente, na ocasião do faturamento, etc. I I I Instituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial CCCConhecimentos EEEEspecíficos = = = = 131131131131 14. Lei de Assistência Social AutonomiaAutonomiaAutonomiaAutonomia Autonomia é a possibilidade de comandar seus desti- nos, organizar-se e se reger por suas próprias normas, enfim a propriedade que qualifica uma Instituição a se auto-governar. ¿ Seria a Assistência Social autônoma??? A resposta é positiva: embora o custeio de suas despesas se inclua no orçamento maior da Seguridade Social — o legislador constituinte deu-lhe autonomia para elaborar seu próprio orçamento, prevendo recursos para satisfação de suas prioridades e, sobretudo, assegurando-lhe o poder de gerir os recursos, que lhe forem cometidos na previsão orça- mentária. Confira o mandamento do § 2º do art.195 da Constituição Federal: “AAAA propostapropostapropostaproposta dededede orçamenorçamenorçamenorçamenttttoooo dadadada seguridadeseguridadeseguridadeseguridade socialsocialsocialsocial seráseráseráserá elaboradaelaboradaelaboradaelaborada dededede formaformaformaforma integradaintegradaintegradaintegrada ppppeeeeloslosloslos órgãosórgãosórgãosórgãos responsáveis responsáveis responsáveis responsáveis pela saúde, previdência social e assis-assis-assis-assis- tênciatênciatênciatência social,social,social,social, tendotendotendotendo emememem vistavistavistavista asasasas metasmetasmetasmetas eeee prioridadesprioridadesprioridadesprioridades estestestestabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias,abelecidas na lei de diretrizes orçamentárias,abelecidas na lei de diretrizes orçamentárias,abelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursosassegurada a cada área a gestão de seus recursosassegurada a cada área a gestão de seus recursosassegurada a cada área a gestão de seus recursos. Cada órgão que trabalhar com saúde, cada órgão que trabalhar com previdência e cada órgão que trabalhar com assistência social elaborará seu orçamento. Esses orçamentos serão integrados, compondo um único orçamento, no qual serão observadas prioridades. Essas prioridades são as definidas na lei de diretrizes orçamen- tárias. Destaque-se a parte final do texto constitucional, a proclamar a autonomia da Assistência Social para gerir seus recursos financeiros: “...asasasassegurada a cada área asegurada a cada área asegurada a cada área asegurada a cada área a gestão de seus recursosgestão de seus recursosgestão de seus recursosgestão de seus recursos”. Significa, pois, que cada área (saúde é uma área, previdência social é outra e assistência social outra) gerirá (administrará) os recursos (dinheiro) que lhe forem especificamente, destinados no orçamento geral da Seguridade Social. Lei nº 8.742/93Lei nº 8.742/93Lei nº 8.742/93Lei nº 8.742/93 e alterações posteriores Foi essa lex — Lei Orgânica da Assistência Social — que avançou à organização da Assistência Social, não só repetindo (art.2º) as missões enunciadas no textoconsti- tucional — como estabelecendo sua estrutura organizacio- nal, qual a atribuição (competência) dos órgãos, que a compõem. Confira: Capítulo I Das Definições e dos Objetivos Art.1º - A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contri- butiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas. Art.2º - A assistência social tem por objetivos: (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) I - a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, especialmente: (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) c) a promoção da integração ao mercado de traba- lho; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) d) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; e (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) II - a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a capacidade protetiva das famíli- as e nela a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos; (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) III - a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provisões socioassistenciais. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) § único - Para o enfrentamento da pobreza, a assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, garantindo mínimos sociais e provimen- to de condições para atender contingências sociais e promovendo a universalização dos direitos sociais. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) Art.3º - Consideram-se entidades e organizações de assistência social aquelas sem fins lucrativos que, isolada ou cumulativamente, prestam atendimen- to e assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as que atuam na defesa e garantia de direitos. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) § 1º - São de atendimento aquelas entidades que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços, executam programas ou proje- tos e concedem benefícios de prestação social básica ou especial, dirigidos às famílias e indivídu- os em situações de vulnerabilidade ou risco social 132132132132 = = = = CCCConhecimentos EEEEspecíficos IIIInstituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial e pessoal, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), de que tratam os incisos I e II do art. 18. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) § 2º - São de assessoramento aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e executam programas ou projetos volta- dos prioritariamente para o fortalecimento dos movimentos sociais e das organizações de usuári- os, formação e capacitação de lideranças, dirigi- dos ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as delibera- ções do CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) § 3º - São de defesa e garantia de direitos aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços e executam programas e projetos voltados prioritariamente para a defesa e efetiva- ção dos direitos socioassistenciais, construção de novos direitos, promoção da cidadania, enfrenta- mento das desigualdades sociais, articulação com órgãos públicos de defesa de direitos, dirigidos ao público da política de assistência social, nos termos desta Lei, e respeitadas as deliberações do CNAS, de que tratam os incisos I e II do art. 18. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) Capítulo II Dos Princípios e das Diretrizes Seção I Dos Princípios Art.4º - A assistência social rege-se pelos seguintes princí- pios: I - supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econô- mica; II - universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançá- vel pelas demais políticas públicas; III - respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualida- de, bem como à convivência familiar e comunitá- ria, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; IV - igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garan- tindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; V - divulgação ampla dos benefícios, serviços, progra- mas e projetos assistenciais, bem como dos recur- sos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão. Seção II Das Diretrizes Art.5º - A organização da assistência social tem como base as seguintes diretrizes: I - descentralização político-administrativa para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e comando único das ações em cada esfera de governo; II - participação da população, por meio de organiza- ções representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; III - primazia da responsabilidade do Estado na condu- ção da política de assistência social em cada esfera de governo. Capítulo III Da Organização e da Gestão Art.6º - A gestão das ações na área de assistência social fica organizada sob a forma de sistema descentra- lizado e participativo, denominado Sistema Único de Assistência Social (Suas), com os seguintes objetivos: (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) I - consolidar a gestão compartilhada, o cofinancia- mento e a cooperação técnica entre os entes federativos que, de modo articulado, operam a proteção social não contributiva; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) II - integrar a rede pública e privada de serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, na forma do art. 6º-C; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) III - estabelecer as responsabilidades dos entes federa- tivos na organização, regulação, manutenção e expansão das ações de assistência social; IV - definir os níveis de gestão, respeitadas as diversi- dades regionais e municipais; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) V - implementar a gestão do trabalho e a educação permanente na assistência social; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) VI - estabelecer a gestão integrada de serviços e benefícios; e (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) VII - afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) § 1º - As ações ofertadas no âmbito do Suas têm por objetivo a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice e, como base de organização, o território. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) § 2º - O Suas é integrado pelos entes federativos, pelos respectivos conselhos de assistência social e pelas entidades e organizações de assistência social abrangidas por esta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) I I I Instituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial CCCConhecimentos EEEEspecíficos = = = = 133133133133 § 3º - A instância coordenadora da Política Nacional de Assistência Social é o Ministério do Desenvolvi- mento Social e Combate à Fome. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) Art. 6º-A-A assistência social organiza-se pelos seguintes tipos de proteção: (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011)I - proteção social básica: conjunto de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social que visa a prevenir situações de vulnerabili- dade e risco social por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e do fortalecimen- to de vínculos familiares e comunitários; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) II - proteção social especial: conjunto de serviços, programas e projetos que tem por objetivo contri- buir para a reconstrução de vínculos familiares e comunitários, a defesa de direito, o fortalecimen- to das potencialidades e aquisições e a proteção de famílias e indivíduos para o enfrentamento das situações de violação de direitos. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) § único - A vigilância socioassistencial é um dos instrumen- tos das proteções da assistência social que identi- fica e previne as situações de risco e vulnerabili- dade social e seus agravos no território. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) Art.6º-B- As proteções sociais básica e especial serão oferta- das pela rede socioassistencial, de forma integra- da, diretamente pelos entes públicos e/ou pelas entidades e organizações de assistência social vinculadas ao Suas, respeitadas as especificidades de cada ação. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) § 1º - A vinculação ao Suas é o reconhecimento pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome de que a entidade de assistência social integra a rede socioassistencial. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) § 2º - Para o reconhecimento referido no § 1o, a entida- de deverá cumprir os seguintes requisitos: (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) I - constituir-se em conformidade com o disposto no art. 3º; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) II - inscrever-se em Conselho Municipal ou do Distrito Federal, na forma do art. 9º; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) III - integrar o sistema de cadastro de entidades de que trata o inciso XI do art. 19. (Incluído pela Lei nº 12.435/11) § 3º - As entidades e organizações de assistência social vinculadas ao Suas celebrarão convênios, contra- tos, acordos ou ajustes com o poder público para a execução, garantido financiamento integral, pelo Estado, de serviços, programas, projetos e ações de assistência social, nos limites da capaci- dade instalada, aos beneficiários abrangidos por esta Lei, observando-se as disponibilidades orça- mentárias. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) § 4º - O cumprimento do disposto no § 3o será informa- do ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome pelo órgão gestor local da assistência social. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) Art.6º-C- As proteções sociais, básica e especial, serão ofertadas precipuamente no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e no Centro de Refe- rência Especializado de Assistência Social (Creas), respectivamente, e pelas entidades sem fins lucrativos de assistência social de que trata o art. 3o desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) § 1º - O Cras é a unidade pública municipal, de base territorial, localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destina- da à articulação dos serviços socioassistenciais no seu território de abrangência e à prestação de serviços, programas e projetos socioassistenciais de proteção social básica às famílias. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) § 2º - O Creas é a unidade pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou regional, destinada à prestação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em situação de risco pessoal ou social, por violação de direitos ou contingência, que demandam intervenções especializadas da proteção social especial. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) § 3º - Os Cras e os Creas são unidades públicas estatais instituídas no âmbito do Suas, que possuem interface com as demais políticas públicas e articulam, coordenam e ofertam os serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) Art.6º-D- As instalações dos Cras e dos Creas devem ser compatíveis com os serviços neles ofertados, com espaços para trabalhos em grupo e ambientes específicos para recepção e atendimento reserva- do das famílias e indivíduos, assegurada a acessi- bilidade às pessoas idosas e com deficiência. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) Art.6º-E- Os recursos do cofinanciamento do Suas, destina- dos à execução das ações continuadas de assistên- cia social, poderão ser aplicados no pagamento dos profissionais que integrarem as equipes de referência, responsáveis pela organização e oferta daquelas ações, conforme percentual apresentado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e aprovado pelo CNAS. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) § único - A formação das equipes de referência deverá considerar o número de famílias e indivíduos referenciados, os tipos e modalidades de atendi- mento e as aquisições que devem ser garantidas aos usuários, conforme deliberações do CNAS. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) 134134134134 = = = = CCCConhecimentos EEEEspecíficos IIIInstituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial Art.7º - As ações de assistência social, no âmbito das entidades e organizações de assistência social, observarão as normas expedidas pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), de que trata o Art.17 desta lei. Art.8º - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni- cípios, observados os princípios e diretrizes esta- belecidos nesta lei, fixarão suas respectivas Políti- cas de Assistência Social. Art.9º - O funcionamento das entidades e organizações de assistência social depende de prévia inscrição no respectivo Conselho Municipal de Assistência Social, ou no Conselho de Assistência Social do Distrito Federal, conforme o caso. § 1º - A regulamentação desta lei definirá os critérios de inscrição e funcionamento das entidades com atuação em mais de um município no mesmo Estado, ou em mais de um Estado ou Distrito Federal. § 2º - Cabe ao Conselho Municipal de Assistência Social e ao Conselho de Assistência Social do Distrito Federal a fiscalização das entidades referidas no caput na forma prevista em lei ou regulamento. § 3º - Revogado pela Lei nº 12.101/2009. § 4º - As entidades e organizações de assistência social podem, para defesa de seus direitos referentes à inscrição e ao funcionamento, recorrer aos Conse- lhos Nacional, Estaduais, Municipais e do Distrito Federal. Art.10 -A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal podem celebrar convênios com entidades e organizações de assistência social, em conformi- dade com os Planos aprovados pelos respectivos Conselhos. Art.11 -As ações das três esferas de governo na área de assistência social realizam-se de forma articulada, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e execução dos programas, em suas respectivas esferas, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Art.12 -Compete à União: I - responder pela concessão e manutenção dos benefícios de prestação continuada definidos no Art.203 da Constituição Federal; II - cofinanciar, por meio de transferência automáti- ca, o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito nacional; (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) III - atender, em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, às ações assistenciais de caráter de emergência; IV - realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social e assessorar Estados, Distrito Federal e Municípios para seu desenvolvimento. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) Art.12-A- A União apoiará financeiramente o aprimoramen- to à gestão descentralizada dos serviços, progra- mas, projetos e benefícios deassistência social, por meio do Índice de Gestão Descentralizada (IGD) do Sistema Único de Assistência Social (Suas), para a utilização no âmbito dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, destinado, sem prejuízo de outras ações a serem definidas em regulamento, a: (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) I - medir os resultados da gestão descentralizada do Suas, com base na atuação do gestor estadual, municipal e do Distrito Federal na implementa- ção, execução e monitoramento dos serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, bem como na articulação intersetorial; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) II - incentivar a obtenção de resultados qualitativos na gestão estadual, municipal e do Distrito Fede- ral do Suas; e (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) III - calcular o montante de recursos a serem repassa- dos aos entes federados a título de apoio financei- ro à gestão do Suas. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) § 1º - Os resultados alcançados pelo ente federado na gestão do Suas, aferidos na forma de regulamen- to, serão considerados como prestação de contas dos recursos a serem transferidos a título de apoio financeiro. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) § 2º - As transferências para apoio à gestão descentrali- zada do Suas adotarão a sistemática do Índice de Gestão Descentralizada do Programa Bolsa Famí- lia, previsto no art. 8o da Lei no 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e serão efetivadas por meio de procedimento integrado àquele índice. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) § 3º - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) § 4º - Para fins de fortalecimento dos Conselhos de Assistência Social dos Estados, Municípios e Distrito Federal, percentual dos recursos transferi- dos deverá ser gasto com atividades de apoio técnico e operacional àqueles colegiados, na forma fixada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, sendo vedada a utiliza- ção dos recursos para pagamento de pessoal efetivo e de gratificações de qualquer natureza a servidor público estadual, municipal ou do Distri- to Federal. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) Art.13 -Compete aos Estados: I - destinar recursos financeiros aos Municípios, a título de participação no custeio do pagamento dos benefícios eventuais de que trata o art. 22, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos Estaduais de Assistência Social; (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) I I I Instituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial CCCConhecimentos EEEEspecíficos = = = = 135135135135 II - cofinanciar, por meio de transferência automáti- ca, o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito regional ou local; (Redação dada pela Lei nº 12.435/11) III - atender, em conjunto com os Municípios, às ações assistenciais de caráter de emergência; IV - estimular e apoiar técnica e financeiramente as associações e consórcios municipais na prestação de serviços de assistência social; V - prestar os serviços assistenciais cujos custos ou ausência de demanda municipal justifiquem uma rede regional de serviços, desconcentrada, no âmbito do respectivo Estado; VI - realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social e assessorar os Municípios para seu desenvolvimento. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) Art.14 -Compete ao Distrito Federal: I - destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dos benefícios eventuais de que trata o art. 22, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos de Assistência Social do Distrito Fede- ral; (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) II - efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral; III - executar os projetos de enfrentamento da pobre- za, incluindo a parceria com organizações da sociedade civil; IV - atender às ações assistenciais de caráter de emer- gência; V - prestar os serviços assistenciais de que trata o Art.23 desta lei; VI - cofinanciar o aprimoramento da gestão, os servi- ços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito local; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) VII - realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social em seu âmbito. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) Art.15 -Compete aos Municípios: I - destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dos benefícios eventuais de que trata o art. 22, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos Municipais de Assistência Social; (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) II - efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral; III - executar os projetos de enfrentamento da pobre- za, incluindo a parceria com organizações da sociedade civil; IV - atender às ações assistenciais de caráter de emer- gência; V - prestar os serviços assistenciais de que trata o Art.23 desta lei; VI - cofinanciar o aprimoramento da gestão, os servi- ços, os programas e os projetos de assistência social em âmbito local; (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) VII - realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social em seu âmbito. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) Art.16 -As instâncias deliberativas do Suas, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil, são: (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) I - o Conselho Nacional de Assistência Social; II - os Conselhos Estaduais de Assistência Social; III - o Conselho de Assistência Social do Distrito Federal; IV - os Conselhos Municipais de Assistência Social. § único - Os Conselhos de Assistência Social estão vincula- dos ao órgão gestor de assistência social, que deve prover a infraestrutura necessária ao seu funcio- namento, garantindo recursos materiais, humanos e financeiros, inclusive com despesas referentes a passagens e diárias de conselheiros representantes do governo ou da sociedade civil, quando estive- rem no exercício de suas atribuições. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) Art.17 - Fica instituído o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), órgão superior de deliberação colegiada, vinculado à estrutura do órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social, cujos membros, nomeados pelo Presidente da República, têm mandato de 2 (dois) anos, per- itida uma única recondução por igual período. § 1º - O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é composto por 18 (dezoito) membros e respecti- vos suplentes, cujos nomes são indicados ao órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistên- cia Social, de acordo com os critérios seguintes: I - 9 (nove) representantes governamentais, incluin- do 1 (um) representante dos Estados e 1 (um) dos Municípios; II - 9 (nove) representantes da sociedade civil, dentre representantes dos usuários ou de organizações de usuários, das entidades e organizações de assistência social e dos trabalhadores do setor, escolhidos em foro próprio sob fiscalização do Ministério Público Federal. 136136136136 = = = = CCCConhecimentos EEEEspecíficos IIIInstituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial § 2º - O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é presidido por um de seus integrantes, eleito dentre seus membros, para mandato de 1 (um) ano, permitida uma única recondução por igual período. § 3º - O Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) contará com uma Secretaria Executiva, a qual terá sua estrutura disciplinada em ato do Poder Execu- tivo. § 4º - Os Conselhos de que tratam os incisos II, III e IV do art. 16, com competência para acompanhar a execução da política de assistência social, apreciar e aprovar a proposta orçamentária, em consonân- cia com as diretrizesdas conferências nacionais, estaduais, distrital e municipais, de acordo com seu âmbito de atuação, deverão ser instituídos, respectivamente, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, mediante lei específi- ca. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) Art.18 -Compete ao Conselho Nacional de Assistência Social: I - aprovar a Política Nacional de Assistência Social; II - normatizar as ações e regular a prestação de serviços de natureza pública e privada no campo da assistência social; III - acompanhar e fiscalizar o processo de certificação das entidades e organizações de assistência social no Ministério do Desenvolvimento Social e Com- bate à Fome; Obs.: redação dada pela Lei nº 12.101/2009. IV - apreciar relatório anual que conterá a relação de entidades e organizações de assistência social certificadas como beneficentes e encaminhá-lo para conhecimento dos Conselhos de Assistência Social dos Estados, Municípios e do Distrito Federal; Obs.: redação dada pela Lei nº 12.101/2009. V - zelar pela efetivação do sistema descentralizado e participativo de assistência social; VI - a partir da realização da II Conferência Nacional de Assistência Social em 1997, convocar ordinari- amente a cada quatro anos a Conferência Nacio- nal de Assistência Social, que terá a atribuição de avaliar a situação da assistência social e propor diretrizes para o aperfeiçoamento do sistema; Obs.:inciso tem sua redação dada pela Lei nº 9.720/91. VII - (Vetado). VIII - apreciar e aprovar a proposta orçamentária da Assistência Social a ser encaminhada pelo órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistên- cia Social; IX - aprovar critérios de transferência de recursos para os Estados, Municípios e Distrito Federal, conside- rando, para tanto, indicadores que informem sua regionalização mais eqüitativa, tais como: popula- ção, renda per capita, mortalidade infantil e con- centração de renda, além de disciplinar os proce- dimentos de repasse de recursos para as entidades e organizações de assistência social, sem prejuízo das disposições da Lei de Diretrizes Orçamentárias; X - acompanhar e avaliar a gestão dos recursos, bem como os ganhos sociais e o desempenho dos programas e projetos aprovados; XI - estabelecer diretrizes, apreciar e aprovar os programas anuais e plurianuais do Fundo Nacio- nal de Assistência Social (FNAS); XII - indicar o representante do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) junto ao Conselho Nacional da Seguridade Social; XIII - elaborar e aprovar seu regimento interno; XIV - divulgar, no Diário Oficial da União, todas as suas decisões, bem como as contas do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) e os respectivos pareceres emitidos. § único - Revogado pela Lei nº 12.101/2009. Art.19 -Compete ao órgão da Administração Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social: I - coordenar e articular as ações no campo da assis- tência social; II - propor ao Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) a Política Nacional de Assistência Social, suas normas gerais, bem como os critérios de prioridade e de elegibilidade, além de padrões de qualidade na prestação de benefícios, serviços, programas e projetos; III - prover recursos para o pagamento dos benefícios de prestação continuada definidos nesta lei; IV - elaborar e encaminhar a proposta orçamentária da assistência social, em conjunto com as demais da Seguridade Social; V - propor os critérios de transferência dos recursos de que trata esta lei; VI - proceder à transferência dos recursos destinados à assistência social, na forma prevista nesta lei; VII - encaminhar à apreciação do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) relatórios trimestrais e anuais de atividades e de realização financeira dos recursos; I I I Instituto NNNNacional do SSSSeguro SSSSocial CCCConhecimentos EEEEspecíficos = = = = 137137137137 VIII - prestar assessoramento técnico aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às entidades e organizações de assistência social; IX - formular política para a qualificação sistemática e continuada de recursos humanos no campo da assistência social; X - desenvolver estudos e pesquisas para fundamen- tar as análises de necessidades e formulação de proposições para a área; XI - coordenar e manter atualizado o sistema de cadastro de entidades e organizações de assistên- cia social, em articulação com os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; XII - articular-se com os órgãos responsáveis pelas políticas de saúde e previdência social, bem como com os demais responsáveis pelas políticas só- cio-econômicas setoriais, visando à elevação do patamar mínimo de atendimento às necessidades básicas; XIII - expedir os atos normativos necessários à gestão do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS), de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS); XIV - elaborar e submeter ao Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) os programas anuais e plurianuais de aplicação dos recursos do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS). Capítulo IV Dos Benefícios, dos Serviços, dos Programas e dos Projetos de Assistência Social Seção I Do Benefício de Prestação Continuada Art.20 -O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la pro- vida por sua família. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) § 1º - Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo requerente, o cônjuge ou compa- nheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros, os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) § 2º - Para efeito de concessão do benefício de presta- ção continuada, considera-se pessoa com deficiên- cia aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensori- al, o qual, em interação com uma ou mais barrei- ras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015 - vigente a partir de 02.01.2016) § 3º - Considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) § 4º - O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro regime, salvo os da assistência médica e da pen- são especial de natureza indenizatória. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) § 5º - A condição de acolhimento em instituições de longa permanência não prejudica o direito do idoso ou da pessoa com deficiência ao benefício de prestação continuada. (Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011) § 6º - A concessão do benefício ficará sujeita à avaliação da deficiência e do grau de impedimento de que trata o § 2o, composta por avaliação médica e avaliação social realizadas por médicos peritos e por assistentes sociais do Instituto Nacional de Seguro Social - INSS. (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011) § 7º - Na hipótese de não existirem serviços no municí- pio de residência do beneficiário, fica assegurado, na forma prevista em regulamento, o seu encami- nhamento ao município mais próximo que contar com tal estrutura. Obs.:redação dada pela Lei nº 9.720/1998. § 8º - A renda familiar mensal a que se refere o § 3º deverá ser declarada pelo requerente ou seu
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