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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO Bacharelado em Ciência e Tecnologia Campus Caraúbas - RN Química Aplicada à Engenharia Professor: Marcelo Batista de Queiroz 2 Termo “CRISTAL”: também aplicado a outros minerais com características geométricas definidas. ü Diversas substâncias formadas por cristais, com faces planas e ângulos definidos entre uma face e outra. ü Nicolaus Steno (1660): cristais preservam tais ângulos ao crescerem e tal crescimento ocorre com a adição de camadas externas de átomos ou moléculas e não através de um crescimento interno. ü Forma geométrica externa: consequência do arranjo interno dos átomos ou moléculas. 3 Vanadinita Rutilo Magnetita 4 Os materiais SÓLIDOS podem ser classificados de acordo com a regularidade pela qual seus átomos ou íons estão arranjados uns em relação aos outros. 5 Um MATERIAL CRISTALINO é aquele no qual os átomos estão posicionados em um arranjo repetitivo ou periódico ao longo de grandes distâncias atômicas. Todos os metais, muitos materiais cerâmicos e certos polímeros formam estruturas cristalinas sob condições normais de solidificação. 6 Algumas propriedades dos sólidos cristalinos dependem da ESTRUTURA CRISTALINA do material, ou seja, da maneira segundo a qual os átomos, íons ou moléculas estão arranjados no espaço. 7 Na descrição das estruturas cristalinas, os átomos (ou íons) são considerados como esferas sólidas com diâmetros bem definidos. Isto é conhecido como MODELO ATÔMICO DA ESFERA RÍGIDA. As vezes, o termo REDE CRISTALINA é usado no contexto das estruturas cristalinas; nesse sentido, rede cristalina significa um arranjo tridimensional de pontos que coincidem com as posições dos átomos. 8 Células Unitárias são pequenos grupos de átomos que formam um padrão repetitivo. Ela é a unidade estrutural básica que define a estrutura cristalina em virtude de sua geometria e das posições dos átomos no seu interior. 9 10 11 Auguste Bravais sugeriu a existência de 14 tipos de arranjos cristalinos, porém, alguns desses ocorrem com maior frequência que outros. A maioria dos elementos, principalmente aqueles com caráter metálico elevado, transforma-se de líquido para sólido assumindo estruturas altamente densas Auguste Bravais (1811 – 1863) 12 13 14 Uma avaliação mais aprofundada dos arranjos cristalinos de Bravais revela que as estruturas: • Cúbica de Corpo Centrado (CCC), • Cúbica de Face Centrada (CFC) e • Hexagonal Compacta (HC) são aquelas que permitem maior grau de EMPACOTAMENTO ATÔMICO. 15 O arranjo CÚBICO SIMPLES (CS), apesar de pertencer às estruturas cúbicas, não permite alto grau de empacotamento. Entretanto, a análise desse arranjo é importante no estudo das outras estruturas cúbicas. Nesse arranjo atômico, existe apenas um átomo em cada vértice do cubo. 16 17 No arranjo CÚBICO DE CORPO CENTRADO (CCC) existe um átomo em cada vértice de um cubo e um outro átomo no centro do mesmo. Esta estrutura pode ser encontrada no cromo, vanádio, zircônio, tungstênio, bário, nióbio, lítio, potássio, etc. 18 19 O a r r a n j o CÚB I CO DE FACE CENTRADA (CFC) caracteriza-se por exibir os mesmos átomos nos vértices, encontrados nos outros dois arranjos cúbicos anteriores, e mais um átomo em cada face do cubo. A estrutura cúbica de face centrada é a estrutura do alumínio, cálcio, chumbo, níquel, cobre, platina, prata, ouro, etc. 20 21 A estrutura HEXAGONAL COMPACTA (HC) é formada por dois hexágonos sobrepostos e entre eles existe um plano intermediário de três átomos. Nos hexágonos, existem seis átomos nos vértices e um outro no centro. 22 23 24 25 Enxofre cristalizado produz belas ‘agulhas´ que ocorrem em uma cristalização MONOCLÍNICA. A imagem foi obtida após uma solidificação de enxofre fundido. 26 Este é um mineral conhecido como ESTIBINA, composto de sulfeto de antimônio (III), Sb2S3, é uma das maiores amostras do mundo e está exposta no American Museum of Natural History. Provavelmente foi formada a 130 milhões de anos, originando camadas compactas de estibina e regiões onde foi possível surgir longos e belos cristais. 27 Metal BISMUTO tem um padrão de cristalização que se presta muito para conseguir belas imagens. A manufatura de tais peças é algo que fascina os entusiastas, e quase sempre o elemento recompensa com um padrão de cores iridescentes. 28 IODO em cristais, cuja amostra foi purificada por sublimação e recristalização. O vapor de iodo tem uma coloração rosa e neste caso é possível ver uma coloração escura, quase metálica, nos cristais de iodo. Os cristais parecem ser grandes pela proximidade da fotografia. 29 Uma das mais importantes características de uma estrutura cristalina é o FATOR DE EMPACOTAMENTO ATÔMICO (FEA). O FEA é a soma dos volumes das esferas de todos os átomos no interior de uma célula unitária (assumindo o modelo atômico de esferas rígidas) dividida pelo volume de célula unitária. 30 FEA = 0,74 31 FEA = 0,68 32 1/6 33 34 c/a = 1,63 (ideal) 35 c A nA V N ρ = n = número de átomos associados a cada célula unitária A = peso atômico Vc = volume da célula unitária NA = número de Avogadro (6,023 x 1023 átomos/mol) O conhecimento da estrutura cristalina de um sólido metálico permite o cálculo de sua massa específica teórica (ρ). 36 Exemplo: O cobre possui um raio atômico de 0,128 nm, uma estrutura cristalina CFC e um peso atômico de 63,5 g/mol. Calcule a sua massa específica teórica e compare sua resposta com sua massa específica medida. Massa específica medida = 8,94 g/cm3. 37 Alguns metais, assim como alguns ametais, podem ter mais do que uma estrutura cristalina, um fenômeno conhecido como POLIMORFISMO. Quando encontrada em sólidos elementares, essa condição é frequentemente denominada ALOTROPIA. 38 39 (a) diamante, (b) grafite, (c) diamante hexagonal (Lonsdaleite), (d) C60 (fulereno), (e) C540, (f) C70, (g) carbono amorfo, (h) nanotubo de carbono 40 A grafita é o polimorfo estável sob condições ambientais. O diamante é formado sob p re s sões e x t r emamente elevadas. Já o ferro possui uma estrutura cristalina CCC, à T ambiente, que se a l te ra para uma estrutura CFC (912°C). 41 É a forma mais eficiente de empacotamento de esferas ou átomos do mesmo tamanho. FEACFC = FEAHC = 0,74 Ambas as estruturas cristalinas p odem s e r g e r a d a s p e l o s empilhamento desses planos compactos, uns sobre os outros, a diferença entre as duas está na sequência desse empilhamento. Planos Compactos de Átomos 42 § Monocristais Em um sólido cristalino, quando o arranjo periódico e repetido dos átomos é perfeito ou se estende por toda a amostra, sem interrupções, o resultado é um MONOCRISTAL. § Materiais Policristalinos A ma io r ia dos só l idos cristalinos são compostos por um conjunto de muitoscristais pequenos ou grãos, tais materiais são chamados de POLICRISTALINOS. (a) Núcleos cristalinos pequenos; (b) Crescimento dos cristalitos; (c) Ao término da solidificação, grãos tendo formas irregulares se formado. (d) A estrutura do grão, linhas escuras estão nos contornos de grão. 44 § O Fenômeno da difração A difração ocorre quando uma onda encontra uma série de obstáculos regularmente espaçados que são capazes de d ispersar a onda e que po s s uem e s pa ç amen to s comparáveis em magnitude ao comprimento de onda. 45 Se a LEI DE BRAGG não for satisfeita, a interferência será de natureza não-construtiva e será produzido um feixe de difração de intensidade muito baixa. Ela especifica quando a difração irá ocorrer para células unitárias que possuem átomos posicionados somente nos vértices. Para átomos situados em outras posições, podem produzir uma dispersão fora de fase. O resultado é a ausência de alguns feixes difratados que deveriam estar presentes. 46 Padrão de difração (difratograma) para uma amostra de chumbo pulverizado: 47 SÓLIDOS NÃO CRISTALINOS ou AMORFOS são sólidos carentes de um arranjo atômico regular e sistemático ao longo de distância atômicas relativamente grandes. Dióxido de silício cristalino Dióxido de silício não cristalino
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