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aula 15 a 18

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Prévia do material em texto

Analista dos Tribunais e MP - Área Judiciária 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Tributário 
 Professor: Caio Bartine 
Aulas: 15 a 18 | Data: 21/08/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
 
 
SUMÁRIO 
 
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
1. Legislação 
2. Vigência da Norma Tributária 
3. Aplicação da norma tributária 
4. Integração e Interpretação Da Norma Tributária 
5. Sujeitos da Obrigação Tributária 
6. Solidariedade Tributária 
 
 
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
Art. 96 CTN 
Não é o simples conjunto de leis, mas sim um conjunto que engloba as leis, tratados e convenções internacionais, 
decretos e as normas complementares. 
 
CTN - Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, 
os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas 
complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e 
relações jurídicas a eles pertinentes. 
 
1. Legislação 
 
a) Leis 
De acordo com o STF inexiste hierarquia entre lei complementar e lei ordinária. 
 
*Função da lei complementar: 
Prevista no art. 146 da CF. 
 
CF/88 - Art. 146. Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre 
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre: 
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos 
impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos 
geradores, bases de cálculo e contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas 
sociedades cooperativas. 
 
 
 
 Página 2 de 16 
 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as 
microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive 
regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 
155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da 
contribuição a que se refere o art. 239. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, 
também poderá instituir um regime único de arrecadação dos 
impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, observado que: (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 42, de 19.12.2003) 
I - será opcional para o contribuinte; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento 
diferenciadas por Estado; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, 
de 19.12.2003) 
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da 
parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será 
imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser 
compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional 
único de contribuintes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 
19.12.2003) 
 
 
*Função da lei ordinária: 
STF fala que é aquela prevista no art. 97 CTN 
 
CTN- Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos 
artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, 
ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito 
passivo; 
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado 
o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias 
a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; 
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos 
tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. 
 
Importante: 
STF – inexiste vedação ao uso de lei delegada em matéria tributária. 
Lei delegada (art. 68 CF) é aquela onde o poder executivo avoca poderes para que ele crie determinada lei. Hoje a 
lei delegada foi substituída pela medida provisória. 
 
 
 
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CF/88 - Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da 
República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. 
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva 
do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos 
Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei 
complementar, nem a legislação sobre: 
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e 
a garantia de seus membros; 
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; 
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 
§ 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução 
do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de 
seu exercício. 
§ 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso 
Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda. 
 
A medida provisória não é uma lei, mas um ato normativo que possui força de lei. 
STF determina que a MP não é nenhuma exceção ao princípio da legalidade, pois ela faz parte da legislação 
tributária. 
Art. 62, parágrafo 2º. 
 
CF/88 - Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da 
República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, 
devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de 
impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só 
produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido 
convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.(Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001). 
 
 
MP pode instituir e majorar impostos. 
 
b) Tratados e convenções internacionais 
Tratados fazem parte da legislação tributária 
Após ratificação do tratado internacional pelo poder legislativo, o tratado terá força de lei ordinária. 
 
Terão a seguinte finalidade: 
* Evitar a bitributação sobre a renda entre países signatários; 
* Concessão de incentivos fiscais relativamente à importação e à exportação. 
Ex. GATT – Acordo Geral de Tarifas Aduaneira – é um tratado internacional vinculado à OMC (Organização Mundial 
do Comércio). 
O art. 4, parágrafo único da CF, diz que Brasil deve buscar uma integração econômica com os países da América 
Latina. 
 
 
 
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Ex.: ALALC (Acordo Latino Americano de Livre Comércio), que após o tratado de Montevidéu passou a se chamar 
ALADI (Aliança Latino Americana de Desenvolvimento Integrado). 
 
CF/88 - Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas 
relações internacionais pelos seguintes princípios: 
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração 
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, 
visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
 
Este é um item importante para analisarmos o critério sobre o uso destes acordos internacionais e o que o STF tem 
aplicado. Neste sentido cabe a leitura das súmulas 20 e 71 STJ e a súmula 575 do STF, onde temos a utilização dos 
tratados internacionais em matéria tributária. 
 
Súmula 20 - STJ 
A MERCADORIA IMPORTADA DE PAIS SIGNATARIO DO GATT E ISENTA 
DO ICM, QUANDO CONTEMPLADO COM ESSE FAVOR O SIMILAR 
NACIONAL. 
 
Súmula 71- STJ 
O BACALHAU IMPORTADO DE PAIS SIGNATARIO DO GATT E ISENTO DO 
ICM. 
 
SÚMULA 575 - STF 
À MERCADORIA IMPORTADA DE PAÍS SIGNATÁRIO DO (GATT), OU 
MEMBRO DA (ALALC),ESTENDE-SE A ISENÇÃO DO IMPOSTO DE 
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS CONCEDIDA A SIMILAR NACIONAL. 
 
c) Decretos 
Há dois tipos de decreto: 
c.1. Decreto Executivo 
Aquele oriundo do poder executivo. 
Pode ser utilizado em matéria tributária, conforme art. 153, parágrafo 1º, e art. 177, parágrafo 4, I, B, CF 
 
 
CF/88 - Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os 
limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos 
enumerados nos incisos I, II, IV e V. 
Art. 177. Constituem monopólio da União: 
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio 
econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de 
petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool 
combustível deverá atender aos seguintes requisitos: (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
I - a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
 
 
 
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b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe 
aplicando o disposto no art. 150,III, b; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 33, de 2001) 
 
c.2) Decreto Legislativo 
Importante em matéria tributária para regular os efeito da medida provisória rejeitada pelo Congresso Nacional. 
Congresso tem um prazo de 60 dias (prorrogáveis por mais 60) para regular os efeitos de uma medida provisória 
rejeitada. 
Art. 62, parágrafos 3º e 11º da CF 
 
CF/88 - Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da 
República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, 
devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 
perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no 
prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por 
igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto 
legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até 
sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida 
provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos 
praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
 
 
 
O mais importante em matéria tributária é o decreto executivo. 
CTN trata de decretos no art. 99. 
 
CTN - Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos 
das leis em função das quais sejam expedidos, determinados com 
observância das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei. 
 
d) Normas Complementares 
Fazem parte da expressão “legislação tributária”, só que essas normas servem como um complemento nas leis, 
tratados e dos decretos. 
 
Quais são as normas complementares? 
O art. 100 do CTN estabelece que as normas complementares compreendem: 
 Atos administrativos normativos 
Ex.: regulamento, portaria, instrução normativa. 
 Decisões de órgãos singulares e coletivos de jurisdição administrativa, cuja lei determine eficácia normativa 
Órgão singular: aquele cuja decisão se perfaz pela manifestação de vontade de uma única pessoa 
Ex.: decisão de um delegado da Receita Federal. 
Se a decisão tem força de lei  temos um órgão singular 
 
 
 
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Órgão coletivo é aquele cuja competência depende da manifestação de mais de uma vontade. 
Ex.: decisão do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF 
 
CTN - Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e 
das convenções internacionais e dos decretos: 
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; 
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição 
administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; 
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades 
administrativas; 
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios. 
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo 
exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a 
atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo. 
 
 Práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas 
- São os costumes, a chamada “praxe”; um ato tão repetido pela autoridade administrativa que acaba se revelando 
como uma lei. 
 
 Convênio que entre si celebram a União, Estados, DF e Municípios 
Os convênios são acordos firmados entre os Secretários de Fazenda para a concessão de benefícios mútuos. Em se 
tratando de ICMS, o convênio acaba tendo um uso obrigatório para ratificação da isenção de ICMS conferida por 
um Estado. 
Ex. Estado de SP concede uma isenção de ICMS. Essa isenção só terá eficácia depois que for ratificada pelo convênio 
de um órgão do executivo chamado de CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária). 
 
Obrigação tributária, como visto na última aula, pode ser uma obrigação principal ou acessória. 
- Obrigação principal é ex lege , ou seja, decorre de lei em sentido estrito. 
- Obrigação acessória decorre da legislação tributária. 
 
 
 
2. Vigência da Norma Tributária 
 
Começa a ser estudada a partir do art. 101 do CTN. 
Vigência é a aptidão para produção dos regulares efeitos. 
Obrigação 
tributaria
Principal ex lege
Acessória
legislação 
tributária
 
 
 
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a) Vigência no Tempo 
Observa quando uma norma tributária entra em vigor. 
 
a.1) Aplicabilidade da LINDB estabelece que, salvo disposição em contrário, a norma entra em vigor: 
- no território nacional: 45 dias 
- no exterior: 3 meses 
Essa norma se aplica à norma tributária? 
Não, pois a norma tributária deve observar o princípio da anterioridade (art. 150, III, “b” e “c”, CF) 
 
 
CF/88 - Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: 
III - cobrar tributos: 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que 
os instituiu ou aumentou; (Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada 
a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 
a.2) Vigência das normas complementares em matéria tributária 
Art. 103, CTN. 
I - Os atos administrativos normativos, salvo disposição em contrário, entram em vigor na data de sua publicação. 
II- As decisões de órgãos singulares e coletivos, salvo disposição em contrário, entram em vigor após 30 dias 
contados da publicação; 
III – Os convênios, salvo disposição em contrário, entram em vigor na data neles previstas. 
 
CTN - Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor: 
I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100, na 
data da sua publicação; 
II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto a seus 
efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua publicação; 
III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, na data neles 
prevista. 
 
b) Vigência no Espaço 
* Norma federal  rege em todo território nacional; 
* Norma estadual vigora em âmbito regional (= respectivo Estado); 
* Norma municipal  rege em âmbito local (=respectivo município). 
 
*Extraterritorialidade da norma tributária 
A norma tributária pode ser aplicada além dos limites territoriais? 
Art. 102, CTN – Sim! Há admissibilidade da extraterritorialidade em matéria tributária 
Ex.: rendimentos obtidos no exterior: a norma tributária relativa ao imposto de renda vai alcançar, inclusive, esses 
rendimentos.Página 8 de 16 
 
Dependo do convênio que for aplicado, norma estadual/distrital/municipal pode ser aplicada fora do respectivo 
territórios. 
 
CTN - Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos 
limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de 
que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas 
gerais expedidas pela União. 
 
 
3. Aplicação da Norma Tributária 
Art. 105 CTN: 
 
CTN - Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos 
fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles 
cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos 
do artigo 116. 
 
 
A norma tributária observa o princípio da irretroatividade (art. 150, III, “a”, CF): a lei tributária não se aplica a fatos 
ocorridos anteriormente a sua vigência. 
 
CF/88 – art. 150, III 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência 
da lei que os houver instituído ou aumentado; 
 
*Regra geral: a lei a ser aplicada é aquela vigente na época da ocorrência do fato gerador. 
 
* Aplicabilidade da lei posterior ao FG 
Há, contudo, situações em que não aplicamos a lei da época do fato gerador, mas sim a lei posterior ao fato gerador. 
Isso ocorre nos seguintes casos: 
a) quando houver modificação nos critérios de apuração e arrecadação tributárias 
b) aumentos nos poderes de fiscalização 
c) quando a lei posterior conferir maiores garantias e privilégios do crédito tributário. 
Essas normas têm efeito “ex tunc”. 
 
*Aplicabilidade da lei tributária a fatos ocorridos anteriormente à sua vigência. 
Essas situações são chamadas de: retroatividade benéfica ou benigna. 
Os casos estão no art. 106, CTN. 
 
 
 
CTN - Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, 
excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos 
interpretados; 
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
 
 
 
 Página 9 de 16 
 
a) quando deixe de defini-lo como infração; 
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de 
ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha 
implicado em falta de pagamento de tributo; 
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei 
vigente ao tempo da sua prática. 
 
A norma tributária só poderá retroagir para benefício do contribuinte. Poderá ser aplicada de forma retroativa: 
I) Em qualquer caso, quando for expressamente interpretativa, desde que não aplique sanções ao particular. 
II) Ato infracional transitado em julgado, cuja lei posterior deixe de definir como infração ou comine uma 
penalidade menos severa 
Ex.: contribuinte não paga o tributo no vencimento. É aplicada uma multa. Se essa multa não transitou em julgado 
(tem que ser pelo poder judiciário, pois tribunal administrativo não faz coisa julgada contra o particular) e a lei 
posterior passa a aplicar uma pena menos severa ou deixou de considerar tal crime contra infração, esta lei poderá 
ser aplicada de forma retroativa. 
 
 
4. Integração e Interpretação Da Norma Tributária 
 
 Interpretação 
A ciência que trata da interpretação da norma tributária é chamada de hermenêutica. Através desta se busca dar o 
verdadeiro sentido daquela norma 
Temos alguns métodos de interpretação: 
 Interpretação literal ou gramatical 
Aquela que se sujeita apenas ao texto expresso. É a observância à letra fria da lei. É uma interpretação meramente 
gramatical. 
 Interpretação Lógica 
Vai utilizar premissas verdadeiras e falsas. 
Ex.: o que é legal não pode ser ilegal. O que for inconstitucional, não será constitucional. 
 Interpretação Axiológica 
Leva em consideração valores da sociedade, tais como ética, moral, justiça, boa-fé 
 Método Teleológico 
Busca a finalidade da norma pelo legislador. Busca entender qual o fim almejado pelo legislador na criação daquela 
determinada norma. 
 Método Histórico 
Vai levar em consideração fatos do passado para utilização no presente. 
Ex.: em matéria tributária, essa situação ocorreu com a situação de não incidência de IPVA sobre aeronaves e 
embarcações. O IPVA não incide nestes casos, pois o STF se baseou no sistema histórico. IPVA foi criado em 1985. 
Antes havia a taxa rodoviária única. Se o IPVA veio para substituir uma taxa rodoviária, ela incidia sobre veículos 
terrestres. Além disso, quem cuida do espaço aéreo e o mar territorial é a União. Dada esse critério histórico, STF 
entendeu que o IPVA não deveria incidir sobre aeronaves e embarcações. 
 Sistemático 
Leva em consideração a funcionalidade da norma tributária junto ao sistema jurídico. O que o intérprete observa aqui como a 
norma funciona dentro do sistema. 
 
Atenção: toda interpretação da norma tributária deve estar em conformidade com a CF. 
 
 
 
 
 Página 10 de 16 
 
Além dos métodos de interpretação, temos o efeito da interpretação, que pode ser: 
 Meramente declaratório 
Trata-se de uma interpretação que não cria nem extingue direitos e deveres. Ela apenas declara uma situação jurídica 
 Extensivo 
A interpretação alcança outras situações jurídicas não abarcadas na literalidade da norma. 
Ex.: a imunidade recíproca, prevista no art. 150, VI, “c,” “a” (já previamente transcrita), CF, quando dizemos que essa imunidade 
pode se estender à empresa pública e sociedade de economia mista enquanto prestadoras de serviço público. Aqui temos a 
extensão dos efeitos por causa do método interpretativo. 
 Restritivo 
STF: toda interpretação possui efeitos restritivos. 
 
Em matéria tributária temos a aplicabilidade da interpretação literal (art. 111 CTN) para: 
- normas que tratem de suspensão e exclusão do crédito devem ser interpretadas literalmente, ou seja, seus efeitos sempre 
são restritivos. 
- Tudo que versa sobre outorga de isenção, interpreta-se literalmente 
- Dispensa de cumprimento das obrigações acessória 
 
CTN - Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha 
sobre: 
 I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; 
II - outorga de isenção; 
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. 
 
 Utilização de normas de direito privado para interpretação de norma tributária 
Nós temos a observância de conceitos de institutos que são definidos pelo direito privado. 
Temos muitos conceitos que são dados pelo direito privado. 
Ex.: o direito privado define o que é posse, propriedade, acessão física, mercadoria, produto etc. 
 
O direito tributário não pode alterar o alcance e a forma dos institutos definidos pelo direito privado, com a finalidade de 
modificar a competência tributária. Ou seja, não pode vir uma norma tributária e dar novos conceitos para mercadoria, posse 
etc. Aquilo que já foi definido pela norma privada, o direito tributário não pode mudar. (art. 109 e 110, CTN). 
 
 
CTN - Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para 
pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos 
e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários. 
Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance 
de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou 
implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, 
ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou 
limitar competências tributárias. 
 
 Integração 
Só posso falar de integração da norma tributária ante a ausência de lei. Tenho um fato, mas não tenho lei para 
regulamentá-lo. 
O art. 108 do CTN traz uma ordem de observância: 
 
CTN - Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade 
competente para aplicar a legislação tributáriautilizará 
sucessivamente, na ordem indicada: 
 
 
 
 Página 11 de 16 
 
I - a analogia; 
II - os princípios gerais de direito tributário; 
III - os princípios gerais de direito público; 
IV - a eqüidade. 
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de 
tributo não previsto em lei. 
§ 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do 
pagamento de tributo devido. 
 
 
 Analogia 
Analogia é a aplicação de um fato semelhante a um caso concreto. 
O artigo 108, parágrafo 1º do CTN diz que a analogia não pode resultar na exigência de tributo não previsto em lei. 
Ou seja, não se pode tributar por analogia. 
Se não for possível integrar por analogia, passo para o próximo método: 
 Princípios gerais de Direito Tributário 
Ex.: irretroatividade, vedação ao confisco, anterioridade etc. 
 Princípios gerais de direito público 
Ex.: Razoabilidade, proporcionalidade, segurança jurídica etc. 
Se mesmo se utilizando princípios de direito público não for possível integrar passo para: 
 Equidade 
Aplicação do senso de justiça na decisão judicial. 
Cuidado: art. 108, parágrafo 2º, CTN  a equidade não pode resultar na dispensa do pagamento do tributo devido. 
 
 
5. Sujeitos da Obrigação Jurídica 
 
Uma vez que a relação tributária é uma relação jurídica, tem-se um sujeito ativo e um passivo. 
 
 Sujeito ativo 
É aquele que possui o dever de exigir o cumprimento da obrigação tributária. 
Segundo o CTN (a partir do art. 119) é aquele que figura com competência tributária, portanto, os entes federativos 
(U-E-M-DF). 
Porém, o STF entende que o sujeito ativo é aquele que exerce capacidade tributária ativa. Deste modo, quem pode 
figurar como sujeito ativo para o STF são: U-E-M-DF- Autarquias – Fundações Públicas. 
 
Qual posicionamento adotar para a prova? 
Dependerá do enunciado: 
 Se o enunciado fizer qualquer alusão à jurisprudência ou se não disser nada= capacidade 
 Se o enunciado disser: “de acordo com o CTN ou legislação tributária” = competência 
 
 Sujeito passivo 
Aquele que tem o dever legal de cumprir com a obrigação tributária. 
De acordo com a legislação tributária, ele poderá ser: 
 Contribuinte 
Aquele que realiza o fato gerador fazendo nascer a obrigação tributária (ele possui uma ralação direta com o fato 
gerador) 
 
 
 
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Ex.: norma estabelece que aquele que importar produtos deve recolher II. Se você importar, você está praticando 
a conduta descrita em lei, portanto será o contribuinte. 
 
É possível que aquele que pratica o fato gerador é impossibilitado de cumprir com a obrigação. (Ex.: pessoa morre. 
Acaba restando uma obrigação a cumprir. Em outros casos, mesmo o contribuinte direto podendo cumprir a 
obrigação, a lei indica um terceiro que deverá cumprir com esta. Surge assim a figura do “responsável”. 
 
 Responsável 
E uma 3ª pessoa (PF ou PJ) indicada por lei para assumir um encargo tributário. Essa 3ª pessoa não realiza o fato 
gerador, mas ela possui um nexo de causalidade com a ocorrência do fato. 
 
Atenção: a responsabilidade tributária não se presume, pois toda responsabilidade decorre de lei. 
 
A lei não pode indicar “qualquer pessoa”, visto que esse 3º deve ter um nexo de causalidade/liame/vínculo com a 
ocorrência do fato. 
 
O responsável é aquele que possui uma relação indireta com a ocorrência do fato gerador. (Art. 121 e 122, CTN) 
 
CTN - Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa 
obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. 
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: 
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação 
que constitua o respectivo fato gerador; 
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua 
obrigação decorra de disposição expressa de lei. 
Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às 
prestações que constituam o seu objeto. 
 
 
 Salário 
 
 Trabalho 
 
 
 
Ex.: X trabalha numa empresa. A empresa por sua vez paga a ele um salário. X está a auferir renda, realizando o 
fato gerador do IR. Ele é, portanto, o contribuinte do IR. O fisco determina que empresa reter parte da renda na 
fonte e repassar diretamente ao fisco. A empresa é colocada como responsável. Por quê? Pois exigir da empresa 
facilita a fiscalização. 
FISCO 
X - empregado Empresa 
 
 
 
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Não confundir: sujeitos da obrigação tributária ≠ sujeitos da relação jurídico-processual tributária 
 
Os sujeitos da relação jurídico-processual tributária: será analisado quem é o autor e quem é o réu no processo 
tributário. 
Autor: sujeito ativo 
Réu: sujeito passivo 
 
Quando o Estado será sujeito ativo na relação processual? Em, ao menos, duas ocasiões: 
 Quando o Estado propõe uma ação fiscal (Lei 6.830/80) 
 Quando o Estado propõe uma medida cautelar fiscal (Lei 8.397/92) 
Nos demais casos, Estado vai figurar como sujeito passivo. 
 
 
6. Solidariedade Tributária 
O instituto da solidariedade não foi criado pelo direito público, mas sim pelo direito privado. 
 
O direito privado trata da solidariedade entre os artigos 264 a 285 do Código Civil. 
Ocorre quando tenho uma pluralidade de pessoas vinculadas a um mesmo negócio jurídico. No direito privado, 
tenho a possibilidade de duas espécies de solidariedade: 
a) Ativa 
Pluralidade de credores (dois ou mais credores vinculados ao recebimento de uma obrigação); 
b) Passiva 
Pluralidade de devedores, vinculados ao cumprimento de uma mesma obrigação. 
 
Em matéria tributária, temos solidariedade ativa, passiva ou ambas? 
Solidariedade passiva. 
Pela regra geral, a solidariedade tributária é passiva, pois tenho 2 ou mais contribuintes vinculados ao cumprimento 
de uma mesma obrigação tributária. (Começa a ser estudada a partir do art. 124 do CTN). 
 
CTN - Art. 124. São solidariamente obrigadas: 
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua 
o fato gerador da obrigação principal; 
II - as pessoas expressamente designadas por lei. 
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta 
benefício de ordem. 
 
Posso ter em matéria tributária uma solidariedade tributária ativa? 
Em geral, não. Isso seria sinônimo de bi-tributação  2 entes instituindo tributos sobre o mesmo fato. 
Excepcionalmente, admite-se uma solidariedade tributária ativa, quando da instituição do imposto extraordinário 
de guerra (IEG) – art. 154, II, CF. O IEG pode adotar o mesmo fato gerador e a mesma base de cálculo que um 
imposto já previsto. 
 
CF/88 - Art. 154. A União poderá instituir: 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos 
extraordinários, compreendidos ou não em sua competência 
 
 
 
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tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as 
causas de sua criação. 
 
 
Há espécies de solidariedade tributária passiva. Vamos a elas: 
 Espécies 
 Solidariedade de fato 
Existe quando 2 ou mais contribuintes possuírem interesse comum na relação jurídica e constitua o fato gerador. 
(Art. 124, I, CTN). 
CTN - Art. 124. São solidariamente obrigadas: 
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua 
o fato gerador da obrigação principal; 
II - as pessoas expressamente designadas por lei. 
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta 
benefício de ordem. 
 
Ex.: quando há 10 proprietários de um imóvel. Todos estes possuem interesse comum que é o imóvel. Logo, 
possuem também interesse comum nos débitos tributários deste imóvel. 
 
 Solidariedade de direitos 
Decorre de expressa previsão de legal. 
Uma vez que exista solidariedade, o fisco pode exigir de qualquer um na relação, uma vez que todos se tornam 
devedoresprincipais. (inexiste co-devedor – todos são devedores principais). É por isso que a solidariedade 
tributária não comporta benefício de ordem - art. 124, parágrafo único do CTN. 
 
As convenções particulares não podem ser opostas à fazenda para modificação da responsabilidade tributária. (Art. 
123, CTN) 
 
CTN - Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções 
particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, 
não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição 
legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. 
 
 Efeitos Da Solidariedade 
(Art. 125 CTN) 
 
CTN - Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes 
os efeitos da solidariedade: 
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; 
II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo 
se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a 
solidariedade quanto aos demais pelo saldo; 
III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, 
favorece ou prejudica aos demais. 
 
Temos 3 efeitos: 
a) Pagamento 
 
 
 
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Quando efetuado integralmente por um, desonera aos demais solidários. 
Poderá depois entrar com ação de regresso para cobrar posteriormente a quota dos demais 
 
b) Isenção/remissão 
Ambos são benefícios fiscais e, como todo benefício fiscal, a CF estabelece que só pode ser concedido mediante lei 
específica (podendo ser tanto lei ordinária, quanto lei complementar) 
 
A isenção está prevista entre os arts. 176 e 179 do CTN. Trata-se de dispensa legal do pagamento de um tributo. 
A remissão prevista no art. 172 do CTN é o perdão da dívida tributária. 
 
 
CTN - Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é 
sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos 
exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo 
caso, o prazo de sua duração. 
 Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do 
território da entidade tributante, em função de condições a ela 
peculiares. 
Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é 
extensiva: 
I - às taxas e às contribuições de melhoria; 
II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. 
Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função 
de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, 
a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 24, de 1975) 
Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é 
efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, 
em requerimento com o qual o interessado faça prova do 
preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos 
previstos em lei ou contrato para sua concessão. 
§ 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo, o 
despacho referido neste artigo será renovado antes da expiração de 
cada período, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do 
primeiro dia do período para o qual o interessado deixar de promover 
a continuidade do reconhecimento da isenção. 
§ 2º O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, 
aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. 
 
A concessão tanto de isenção quanto de remissão podem ocorrer de 2 formas: 
*em caráter geral 
Esta desonerará todos os solidários indistintamente. 
* por meio de outorga pessoal 
Somente desonerará aquele que recebeu a outorga, permanecendo os demais solidários quanto a saldo 
remanescente. 
 
c) Interrupção da prescrição 
 
 
 
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Prescrição: perda do direito do fisco de cobrar judicialmente o crédito tributário. 
A interrupção da prescrição pode tanto favorecer como prejudicar os demais solidários. 
 
*causas de interrupção da prescrição 
Estas causas estação previstas no art. 174, parágrafo único do CTN (alterado pela LC 118/05) 
 Despacho do Juiz quando da citação da execução fiscal 
 Protesto Judicial 
 Ato judicial que constitua o devedor em mora 
 Ato, ainda que extrajudicial, que importe em confissão de dívida. 
 
CTN - Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve 
em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. 
Parágrafo único. A prescrição se interrompe: 
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; 
(Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) 
II - pelo protesto judicial; 
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe 
em reconhecimento do débito pelo devedor.

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