Buscar

aula 23 a 26

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Analista dos Tribunais e MP - Área Judiciária 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: Direito Tributário 
 Professor: Caio Bartine 
Aulas: 23 a 26 | Data: 27/08/2015 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
 
 
SUMÁRIO 
 
CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
* Suspensão da exigibilidade do crédito tributário (cont.) 
* Extinção do Crédito Tributário 
* Exclusão do crédito tributário 
 
 
 
CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
 
 Suspensão da exigibilidade do crédito tributário (cont.) 
Na última aula, dentro do tema “crédito tributário”, iniciamos a análise das hipóteses que suspendem o 
prosseguimento de cobrança do crédito tributário. Vimos que enquanto estiver em andamento alguma das 
hipóteses de suspensão, deve-se suspender a cobrança do crédito. Conseguimos analisar as seguintes hipóteses: 
 
a) Moratória 
b) Parcelamento 
c) Depósito do montante integral 
d) Reclamações e Recursos Administrativos 
 
Hoje daremos sequência a este estudo. 
 
e) Concessão de liminar em mandado de segurança 
 
O que suspende a exigibilidade do crédito não é o mandado de segurança, mas sim a concessão de liminar. 
O MS está previsto no art. 5, LXIX CF. Além disso, temos a lei 12016/09. 
O mandado de segurança será concedido quando tivermos uma ameaça ou lesão ao um direito líquido e certo 
praticado por uma autoridade administrativa com abuso ou ilegalidade, desde que não seja amparado por HC ou 
HD. 
 
CF/88 - Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito 
líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, 
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for 
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de 
atribuições do Poder Público; 
 
 
 
 
 
 Página 2 de 22 
 
Além dos requisitos do MS, precisamos ficar atentos aos requisitos da liminar. 
 
Nos requisitos da liminar (art. 7, III, Lei 12.016/09) temos: 
* Fumus boni iuris 
É a “fumaça do bom direito”. O juiz concede a liminar se a pessoa tiver uma expectativa daquele direito. 
* Periculum in mora 
É o “perigo da demora” - não sendo concedida a liminar, acarretará em dano para outrem. 
 
O crédito só não é cobrado se a liminar não for concedida. 
 
Lei 12.016 - Art. 7o Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: 
(...) 
III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver 
fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia 
da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do 
impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o 
ressarcimento à pessoa jurídica. (...) 
§ 2o Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a 
compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens 
provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de 
servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de 
vantagens ou pagamento de qualquer natureza. 
§ 5o As vedações relacionadas com a concessão de liminares previstas 
neste artigo se estendem à tutela antecipada a que se referem os arts. 
273 e 461 da Lei no 5.869, de 11 janeiro de 1973 - Código de Processo 
Civil. 
 
Vedações de concessão da liminar 
 Essas vedações estão no art. 7, parágrafo 2º da Lei 12.016/09. 
Não será concedida medida liminar que tenha por objeto: 
 Compensação de tributos; 
 Liberação de mercadorias apreendidas advindas do exterior (antes do desembaraço aduaneiro). 
(apesar de na prática, isto ser discutível, para a prova adotar que não é possível) 
Neste sentido, as súmulas 405 STF e 626 STF, que tratam dos efeitos da concessão de liminar. 
 
SÚMULA 405 - STF 
DENEGADO O MANDADO DE SEGURANÇA PELA SENTENÇA, OU NO 
JULGAMENTO DO AGRAVO, DELA INTERPOSTO, FICA SEM EFEITO A 
LIMINAR CONCEDIDA, RETROAGINDO OS EFEITOS DA DECISÃO 
CONTRÁRIA. 
 
SÚMULA 626 - STF 
 A SUSPENSÃO DA LIMINAR EM MANDADO DE SEGURANÇA, SALVO 
DETERMINAÇÃO EM CONTRÁRIO DA DECISÃO QUE A DEFERIR, 
VIGORARÁ ATÉ O TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO DEFINITIVA DE 
CONCESSÃO DA SEGURANÇA OU, HAVENDO RECURSO, ATÉ A SUA 
MANUTENÇÃO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DESDE QUE O 
 
 
 
 Página 3 de 22 
 
OBJETO DA LIMINAR DEFERIDA COINCIDA, TOTAL OU PARCIALMENTE, 
COM O DA IMPETRAÇÃO. 
 
 
f) Concessão de liminar ou da tutela antecipada nas demais ações 
 
Art. 273 do CPC/73 – Traz os requisitos da tutela antecipada, que são: 
 Prova inequívoca da verossimilhança da alegação 
 Fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação 
 
 
CPC/73 - Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, 
total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido 
inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da 
verossimilhança da alegação e: (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 
13.12.1994) 
I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou 
(Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) 
II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto 
propósito protelatório do réu. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 
13.12.1994) 
§ 1o Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro 
e preciso, as razões do seu convencimento. (Incluído pela Lei nº 
8.952, de 13.12.1994) 
§ 2o Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo 
de irreversibilidade do provimento antecipado. (Incluído pela Lei 
nº 8.952, de 13.12.1994) 
§ 3o A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e 
conforme sua natureza, as normas previstas nos arts. 588, 461, §§ 4o 
e 5o, e 461-A. (Redação dada pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002) 
§ 4o A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a 
qualquer tempo, em decisão fundamentada. (Incluído pela Lei nº 
8.952, de 13.12.1994) 
§ 5o Concedida ou não a antecipação da tutela, prosseguirá o processo 
até final julgamento. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) 
§ 6o A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou 
mais dos pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se 
incontroverso. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002) 
§ 7o Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência 
de natureza cautelar, poderá o juiz, quando presentes os respectivos 
pressupostos, deferir a medida cautelar em caráter incidental do 
processo ajuizado. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002) 
 
Atenção: Liminar e tutela não são a mesma coisa: 
Na liminar há uma expectativa de direito. Já quando o juiz concede a tutela, ele está, de certa forma, antecipando 
os efeitos da sentença (de forma total ou imparcial). Juiz entende que o direito que a parte tem é incontroverso. A 
decisão dada aqui espelha, na maioria das vezes, a que será emitida ao final do processo. Juiz só dará uma sentença 
 
 
 
 Página 4 de 22 
 
diferente se houver fato novo que altere seu entendimento. O que vai gerar a suspensão da exigibilidade é a 
concessão da tutela. 
 
As mesmas vedações aplicáveis à liminar se estendem à tutela antecipada (art. 7, parágrafo 2º e 5º da lei 
12.016/09). 
 
 Extinção do Crédito Tributário 
Art. 156 CTN 
 
CTN - Art. 156. Extinguem o crédito tributário: 
I - o pagamento; 
II - a compensação; 
III - a transação; 
IV - remissão; 
V - a prescrição e a decadência; 
VI - a conversão de depósito em renda; 
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos 
termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º; 
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do 
artigo 164; 
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitivana órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação 
anulatória; 
X - a decisão judicial passada em julgado. 
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições 
estabelecidas em lei. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) 
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou 
parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua 
constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149. 
 
 
Hipóteses de extinção de CT: 
1) Pagamento 
Art. 157 a 169 CTN 
Se não houver qualquer disposição legal, o pagamento será efetuado no prazo de 30 dias. 
Existe uma ordem de pagamento de tributos, prevista no art. 163, II, CTN, que deve ser seguida: 
a) Contribuição de melhoria 
b) Taxas 
c) Impostos 
 
CTN - Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos 
vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica 
de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou 
provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade 
administrativa competente para receber o pagamento determinará a 
respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em 
que enumeradas: 
 
 
 
 Página 5 de 22 
 
II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por 
fim aos impostos; 
 
E se ocorrer um pagamento indevido? 
Nesta situação, pouco importa quem deu causa ao pagamento indevido: se foi o fisco, o contribuinte ou terceiro. 
O que se busca aqui é evitar um enriquecimento sem causa, ou seja, evitar que o Estado enriqueça indevidamente. 
O pagamento indevido enseja um direito de restituição. 
O requerimento de restituição pode ser feito, inicialmente, pela via administrativa. Se o pedido administrativo for 
negado, da decisão denegatória de restituição administrativa caberá ação anulatória (para anular a decisão 
denegatória), no prazo de 2 anos contados da decisão, conforme dispõe artigo 169 CTN. 
Se o contribuinte tentou pela via administrativa e não conseguiu pode ingressar pela via judicial, onde entrará com 
uma ação de repetição de indébito fiscal (art. 165 CTN), havendo o prazo de 5 anos contados do pagamento 
indevido para o ingresso da ação (art. 168, I, CTN). 
 
CTN - Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de 
prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for 
a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do 
artigo 162, nos seguintes casos: 
I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior 
que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza 
ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; 
II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota 
aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou 
conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; 
III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão 
condenatória. 
Art. 168. O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso 
do prazo de 5 (cinco) anos, contados: 
Restituição de 
pagamento 
indevido
Na via 
Administrativa
Requerimento de 
restituição
Decisão 
Denegatória 
Ação Anulatória 
Prazo: 2 anos
Na via Judicial
Ação de repetição de indébito fiscal 
Prazo: 5 anos
 
 
 
 Página 6 de 22 
 
 I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do 
crédito tributário; (Vide art 3 da LCp nº 118, de 2005) 
Art. 169. Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão 
administrativa que denegar a restituição. 
Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da 
ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data 
da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda 
Pública interessada. 
 
 
Tem cabimento de tutela antecipada nas ações de restituições? 
Não pode, pois toda a restituição irá respeitar o regime jurídico de precatórios. Existe uma ordem cronológica de 
pagamento que não pode ser frustrada (art. 100, CF). Uma tutela aqui buscaria a antecipação do pagamento, o que 
não é possível. 
 
CF - Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, 
Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-
se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos 
precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação 
de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos 
adicionais abertos para este fim. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 62, de 2009). (Vide Emenda Constitucional nº 62, 
de 2009) 
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles 
decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas 
complementações, benefícios previdenciários e indenizações por 
morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude 
de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com 
preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles 
referidos no § 2º deste artigo. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 62, de 2009). 
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 
(sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, 
ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão 
pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor 
equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3º 
deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo 
que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do 
precatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 
2009). 
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de 
precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em 
leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em 
virtude de sentença judicial transitada em julgado. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 62, de 2009). 
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis 
próprias, valores distintos às entidades de direito público, segundo as 
 
 
 
 Página 7 de 22 
 
diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do 
maior benefício do regime geral de previdência social. (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). 
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito 
público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos 
de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios 
judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até 
o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados 
monetariamente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 62, 
de 2009). 
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão 
consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente 
do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o 
pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e 
exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de 
precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à 
satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). 
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou 
omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de 
precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, 
também, perante o Conselho Nacional de Justiça. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 62, de 2009). 
§ 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou 
suplementares de valor pago, bem como o fracionamento, repartição 
ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento de 
parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 62, de 2009). 
§ 9º No momento da expediçãodos precatórios, independentemente 
de regulamentação, deles deverá ser abatido, a título de 
compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e certos, 
inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original 
pela Fazenda Pública devedora, incluídas parcelas vincendas de 
parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em 
virtude de contestação administrativa ou judicial. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 62, de 2009). 
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à 
Fazenda Pública devedora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob 
pena de perda do direito de abatimento, informação sobre os débitos 
que preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele 
previstos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). 
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade 
federativa devedora, a entrega de créditos em precatórios para 
compra de imóveis públicos do respectivo ente federado. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). 
§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a 
atualização de valores de requisitórios, após sua expedição, até o 
 
 
 
 Página 8 de 22 
 
efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será feita 
pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, 
e, para fins de compensação da mora, incidirão juros simples no 
mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, 
ficando excluída a incidência de juros compensatórios. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 62, de 2009). 
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em 
precatórios a terceiros, independentemente da concordância do 
devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 62, de 2009). 
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após 
comunicação, por meio de petição protocolizada, ao tribunal de 
origem e à entidade devedora. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 62, de 2009). 
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta 
Constituição Federal poderá estabelecer regime especial para 
pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito Federal e 
Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e 
forma e prazo de liquidação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
62, de 2009). 
§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir 
débitos, oriundos de precatórios, de Estados, Distrito Federal e 
Municípios, refinanciando-os diretamente. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 62, de 2009). 
 
 
Possibilidade de restituição de tributos indiretos 
Tributos indiretos são aqueles que admitem repercussão econômica, ou seja, um encargo tributário pode ser 
repassado para terceira pessoa. 
 
O contribuinte de direito é diferente do contribuinte de fato. 
 
Quem realiza o fato gerador não é a mesma pessoa que vai assumir o encargo. Se analisarmos a súmula 71 do STF 
veremos que esta defende não caber restituição. Contudo, esta súmula foi revogada pela súmula 546 do STF, 
segundo a qual há direito de restituição. Contudo, a súmula estabelece que só terá direito de restituição aquele 
que figurar como contribuinte de direito. 
Assim, segundo o STF o contribuinte de fato não tem direito à restituição. 
Essa ideia ainda é reforçada pelo art. 166, CTN. 
 
 
Súmula 71 - STF 
Embora pago indevidamente, não cabe restituição de tributo indireto. 
 
Súmula 546 - STF 
CABE A RESTITUIÇÃO DO TRIBUTO PAGO INDEVIDAMENTE, QUANDO 
RECONHECIDO POR DECISÃO, QUE O CONTRIBUINTE "DE JURE" NÃO 
 
 
 
 Página 9 de 22 
 
RECUPEROU DO CONTRIBUINTE "DE FACTO" O "QUANTUM" 
RESPECTIVO. 
 
CTN - Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua 
natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será 
feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de 
tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado 
a recebê-la. 
 
 
Ex.: me hospedo no hotel, com diária de 200 reais mais 5% de ISS. O total de ISS ficaria em 10 reais. Se o hotel 
cobrar um ISS maior do que deveria, quem tem direito de restituição será o hotel. Para o fisco, foi ele quem pagou. 
 
Uma segunda forma de extinção do crédito é a compensação. 
 
2) Compensação 
É prevista em nosso código no art. 170 e 170-A do CTN. 
 
CTN - Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que 
estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade 
administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com 
créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo 
contra a Fazenda pública. (Vide Decreto nº 7.212, de 2010) 
 Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei 
determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu 
montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a 
correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a 
decorrer entre a data da compensação e a do vencimento. 
Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de 
tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do 
trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. (Incluído pela Lcp 
nº 104, de 2001) 
 
A compensação é entendida como um encontro de contas – quando recai um débito e um crédito sobre a mesma 
pessoa. 
 
Toda compensação depende de autorização legislativa e, pela regra geral, só se compensa tributos da mesma 
espécie, natureza e com o mesmo cofre de arrecadação. 
Ex.: só se compensa imposto com imposto, taxa com taxa. 
 
Além disso, há a necessidade que pertençam ao mesmo cofre de arrecadação, assim imposto federal só se 
compensa com outro imposto federal; imposto estadual só com outro imposto estadual e assim por diante. 
 
Isso ainda é reforçado pelo art. 66 da Lei 8.383/91. 
 
Lei 8383/91 - Art. 66. Nos casos de pagamento indevido ou a maior de 
tributos, contribuições federais, inclusive previdenciárias, e receitas 
 
 
 
 Página 10 de 22 
 
patrimoniais, mesmo quando resultante de reforma, anulação, 
revogação ou rescisão de decisão condenatória, o contribuinte poderá 
efetuar a compensação desse valor no recolhimento de importância 
correspondente a período subseqüente. (Redação dada pela Lei nº 
9.069, de 29.6.1995) (Vide Lei nº 9.250, de 1995) 
 § 1º A compensação só poderá ser efetuada entre tributos, 
contribuições e receitas da mesma espécie. (Redação dada pela Lei nº 
9.069, de 29.6.1995) 
 § 2º É facultado ao contribuinte optar pelo pedido de restituição. 
(Redação dada pela Lei nº 9.069, de 29.6.1995) 
 § 3º A compensação ou restituição será efetuada pelo valor do 
tributo ou contribuição ou receita corrigido monetariamente com 
base na variação da UFIR. (Redação dada pela Lei nº 9.069, de 
29.6.1995) 
 § 4º As Secretarias da Receita Federal e do Patrimônio da União e 
o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS expedirão as instruções 
necessárias ao cumprimento do disposto neste artigo. (Redação dada 
pela Lei nº 9.069, de 29.6.1995) 
 
 
Quando falamos de compensação de tributos federais, temos que ressaltar o advento da lei 11.457/07 que, dentre 
outras previsões, estabeleceu a unificação dos órgãos públicos de arrecadação. 
 
Antes desta lei, havia dois órgãos distintos responsáveis pela arrecadação: a Secretaria da Receita Federal e do 
outro lado a Secretaria de Administração Previdenciária. 
 
Com o advento da nova lei em 2007, estes dois órgãos foram unificados e foi criada a Secretaria da Receita Federal 
(também foi chamada de “Super Receita” por alguns). 
 
Hoje, todos os tributos federais são arrecadados pela Secretaria da Receita Federal. 
 
Ocorre que o art. 74 da Lei 94.300/96 determina que todos ostributos administrados pela Secretaria da Receita 
Federal podem ser compensados. 
 
Lei 94300/96 - Art. 34. São também passíveis de exame os 
documentos do sujeito passivo, mantidos em arquivos magnéticos ou 
assemelhados, encontrados no local da verificação, que tenham 
relação direta ou indireta com a atividade por ele exercida. 
 
Diante disso, passou a ser plenamente possível a compensação de impostos federais com contribuições sociais. 
Ex.: pode se compensar IPI com COFINS e PIS com IRPJ. 
 
Atenção: lembrar que isso só pode ser feito na esfera federal. 
 
Quem escolhe se quer restituir ou compensar é o contribuinte e não fisco. 
 
 
 
 
 
 Página 11 de 22 
 
3) Transação 
Prevista no art. 171 do CTN. 
 
CTN - Art. 171. A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos 
sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, 
mediante concessões mútuas, importe em determinação de litígio e 
conseqüente extinção de crédito tributário. 
 Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para 
autorizar a transação em cada caso. 
 
A transação é um acordo firmado entre o fisco e o contribuinte mediante autorização legislativa, onde se concedem 
benefícios mútuos para a extinção do crédito tributário. 
Atenção: a transação deve ser autorizada por lei. Note, não é o acordo que deve ser previsto por lei, mas sim a 
autorização. 
 
A lei tem que ser clara, pois o crédito tributário é um bem público sendo, portanto, indisponível. 
 
 
4) Remissão 
É um instituto previsto no art. 172 CTN. 
 
CTN – Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a 
conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do 
crédito tributário, atendendo: 
I - à situação econômica do sujeito passivo; 
II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a 
matéria de fato; 
III - à diminuta importância do crédito tributário; 
IV - a considerações de eqüidade, em relação com as características 
pessoais ou materiais do caso; 
V - a condições peculiares a determinada região do território da 
entidade tributante. 
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito 
adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. 
 
Remissão = perdão 
 
Assim, remissão é o perdão da dívida tributária, que pode ser total ou parcial. 
É necessário que haja previsão legal para sua concessão, devendo ser concedida mediante um despacho 
fundamentado da autoridade administrativa. 
 
 
Existem no CTN algumas situações que autorizam a remissão, a ver: 
a) Condição econômica do sujeito passivo 
Não é uma questão comum. 
 
b) Erro ou ignorância escusável ao contribuinte quanto à matéria de fato 
 
 
 
 Página 12 de 22 
 
Não é comum. Na prática, é mais usual que se pague novamente. Contudo, para concurso, dizer que é possível! 
 
c) Diminuta importância do crédito tributário 
Muitas vezes a cobrança do tributo sai mais caro do que cobrar a própria dívida. Aqui é uma questão de análise que 
cada esfera de poder vai fazer, analisando seu próprio orçamento. 
 
d) Condições econômicas de um determinado território do ente tributante 
Ex.: uma área cuja renda advém da agricultura. Em havendo uma enchente que acabe com a lavoura é nítido que 
as pessoas não terão renda. 
 
e) Equidade 
É a aplicação do senso de justiça pelo judiciário no caso concreto. 
Art. 108, parágrafo 2º, CTN estabelece que a equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de um tributo 
devido. 
 
CTN - Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade 
competente para aplicar a legislação tributária utilizará 
sucessivamente, na ordem indicada: 
§ 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do 
pagamento de tributo devido. 
 
 
5) Antecipação do pagamento e a sua homologação 
Vimos na última aula que existe um lançamento chamado de lançamento por homologação. Neste, o contribuinte 
realiza todo o procedimento (verifica o fato gerador, calcula quanto deve ser pago, paga e declara quanto pagou). 
Nesta ocasião, o Fisco pode concordar ou discordar do pagamento. O ato de concordância por parte do Fisco é o 
que denominamos de homologação, que pode se dar de forma expressa ou tácita: 
*Expressa 
Fisco manifesta sua concordância por escrito no prazo de 5 anos. 
*Tácita 
Quando ele não se manifesta no prazo de 5 anos. 
 
Ocorrendo a homologação ocorrerá a extinção do crédito tributário. 
 
6) Consignação em pagamento 
Prevista no art. 164 do CTN. 
 
CTN - Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser 
consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: 
I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de 
outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação 
acessória; 
II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências 
administrativas sem fundamento legal; 
III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, 
de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador. 
 
 
 
 Página 13 de 22 
 
§ 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante 
se propõe pagar. 
 § 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa 
efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada 
improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito 
acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis. 
 
A ação de consignação em pagamento é uma ação em procedimento especial. O contribuinte vai ingressar com 
essa ação quando: 
a) Estiver sofrendo uma recusa no recebimento do pagamento; 
b) O fisco condicionar o pagamento do tributo ao cumprimento de uma exigência administrativa indevida; 
c) Houver dúvida ou bitributação. 
 
Não é o fato de se ingressar com a ação que suspende o crédito (tanto que ela pode ser julgada improcedente). O 
que gera a extinção do crédito é o julgamento procedente da ação com a respectiva conversão do depósito em 
renda a favor do fisco. 
 
7) Conversão do depósito em renda 
 
8) Decisão Administrativa Irreformável 
O processo administrativo fiscal, conforme o art. 14 do Dec. 70235/72, tem seu início com a impugnação 
administrativa, prosseguindo até que não caiba mais recurso. Se essa decisão administrativa irreformável for 
favorável ao contribuinte extinguirá o crédito 
Isso ocorre, pois o tribunal administrativo faz coisa julgada contra a Fazenda, mas não o faz contra o particular. 
Não faz coisa julgada contra o particular, pois para ele temos o princípio da inafastabilidade da jurisdição. 
Quem faz coisa julgada em face do particular é somente o poder judiciário. 
 
Nós adotamos quanto ao sistema da coisa julgada o sistema inglês, de acordo com o qual, o único que faz coisa 
julgada contra o particular é o judiciário. 
 
Decreto 70235/72 - Art. 14. A impugnação da exigência instaura a fase 
litigiosa do procedimento. 
 
9) Decisão Judicial Transitada em Julgado 
Se a decisão judicial transitada em julgado for favorável ao contribuinte também será uma causa da extinção do 
crédito tributário. 
 
10) Dação em Pagamento de bens imóveis 
É o oferecimento de imóveis do particular contra o fisco com a finalidade de extinguir o crédito tributário. 
Assim, em regra, o particular pode pagar o crédito de 2 formas: 
a) Em dinheiro; 
b) Por dação em pagamento de bem imóvel. 
A partir do momento que o fisco aceitar, o crédito se extingue. 
 
 
11) Decadência e a Prescrição 
 
 
 
 
 Página 14 de 22 
 
Decadência 
Decadência está prevista no art. 173, CTN – trata-se da perda do direito do fisco constituir o crédito tributário. 
Segundo a lei, o crédito tributário passa a ser constituído pelo lançamento. Assim, decadência é a perda do direito 
de lançar. 
 
CTN - Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito 
tributário extingue-se após5 (cinco) anos, contados: 
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento 
poderia ter sido efetuado; 
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, 
por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. 
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se 
definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da 
data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário 
pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória 
indispensável ao lançamento. 
 
O prazo para decadência é de 5 anos. Contados de quando? Depende: 
 Se o tributo é sujeito a lançamento de ofício ou declaração, o prazo observa a regra do art. 173, I, do CTN; 
Isso é, passa a ser contado do 1º dia do exercício financeiro seguinte daquele em que o lançamento deveria ter sido 
efetuado. 
Ex.: IPTU deveria ter sido lançado em janeiro de 2014. Não foi. A contagem do prazo decadencial tem início em 
janeiro de 2015. 
 
 Se eu tenho um tributo sujeito ao lançamento por homologação, este prazo passa a ser da data da ocorrência 
do fato gerador. 
 
Regra geral: Prazo decadencial não se suspende nem se interrompe. Trata-se de matéria de ordem pública, 
devendo ser arguida de ofício pelo juiz. 
 
Temos algumas decisões jurisprudenciais interessantes que devem ser analisadas: 
1) Decadência do IR 
O IR tem um fato gerador complexivo, que significa que pode ocorrer o fato gerador em qualquer momento do 
exercício financeiro. 
A jurisprudência entende que deve ser aplicada a regra do art. 173, I: passa a ser do 1º dia do exercício seguinte 
contado da entrega da declaração 
Ex.: Pessoa aufere renda em 2013. Ela possui até abril de 2014. A decadência começa a ser contada a partir de 1º 
janeiro de 2015. 
 
2) Interrupção do prazo decadencial 
Art. 173, II, CTN, prevê – quando decorrer de anulação de lançamento por vício formal. 
 
3) Tributos sujeitos ao lançamento por homologação 
 
a) Ocorre a declaração sem a ocorrência do pagamento (particular declara, mas não paga); 
Não tem decadência, pois de acordo com a súmula 436 do STF – a partir do momento que ele declara, ele constitui 
o crédito. 
 
 
 
 Página 15 de 22 
 
 
SÚMULA 436 - STF 
É VÁLIDA A LEI 4093, DE 24/10/1959, DO PARANÁ, QUE REVOGOU A 
ISENÇÃO CONCEDIDA ÀS COOPERATIVAS POR LEI ANTERIOR. 
 
b) Não ocorre nem declaração nem pagamento. 
Neste caso, aplica-se o art. 173, I, CTN, ou seja, do 1º dia do exercício financeiro seguinte daquele que o pagamento 
deveria ter sido efetuado. 
 
CTN - Art. 173: 
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento 
poderia ter sido efetuado; 
 
Prescrição 
Prevista no art. 174 do CTN – prescrição é a perda do direito do fisco cobrar judicialmente o crédito tributário. 
Como o fisco cobra via execução, a prescrição se revela como a perda do direito de executar. 
 
CTN - Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve 
em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. 
Parágrafo único. A prescrição se interrompe: 
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; 
(Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) 
II - pelo protesto judicial; 
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe 
em reconhecimento do débito pelo devedor. 
 
Prazo prescricional: 5 anos contados da constituição definitiva do crédito tributário. 
Quando ocorre a constituição definitiva? 
Quando há o lançamento, abre-se o prazo de 30 dias. Neste período de 30 dias o contribuinte pode: 
- Realizar o pagamento  que acarreta na extinção do crédito; 
- Não pagar  se não pagar, o crédito estará definitivamente constituído no 31º dia; 
- Apresentar defesa administrativa só começa a contar o prazo prescricional do momento em que ocorrer a 
decisão administrativa irreformável que seja desfavorável ao constituinte. 
 
Assim, o prazo prescricional pode começar a correr no 31º dia ou a partir de uma decisão administrativa 
irreformável. 
 
Diferentemente da decadência, é possível a suspensão do prazo prescricional, nas mesmas hipóteses que 
suspendem a exigibilidade do crédito, ou seja, aquelas previstas no art. 151 do CTN. 
 
CTN - Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: 
I - moratória; 
II - o depósito do seu montante integral; 
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do 
processo tributário administrativo; 
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. 
 
 
 
 Página 16 de 22 
 
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras 
espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) 
VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento 
das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo 
crédito seja suspenso, ou dela conseqüentes. 
 
Há também a possibilidade de interrupção do prazo prescricional, que ocorrerá nas hipóteses do art. 174, parágrafo 
único do CTN (já previamente transcritas). 
Há 4 casos que interrompem a prescrição: 
 Despacho do juiz da citação da execução fiscal; 
 Protesto judicial; 
 Ato judicial que constitua o devedor em mora; 
 Ato, mesmo que extrajudicial, que importe em confissão de dívida. 
 
Quantas vezes o prazo prescricional pode sofrer suspensão? 
Indefinidas vezes. 
 
Quantas vezes o prazo prescricional pode sofrer interrupção? 
Uma única vez, por segurança jurídica. 
 
A prescrição também é uma matéria de ordem pública, devendo ser arguida de ofício pelo juiz. 
 
Temos algumas decisões jurisprudenciais interessantes que devem ser analisadas: 
1. Parcelamento 
Jurisprudência entende que para a pessoa faça parte do parcelamento, ela deve assinar um termo geral de 
confissão de dívida. Assim, de acordo com a jurisprudência, o parcelamento é causa de interrupção da prescrição. 
 
2. Art. 2, parágrafo 3º da Lei 6830/80 (Lei de Execução Fiscal) 
De acordo com este dispositivo, a inscrição em dívida ativa, vai acarretar na suspensão da prescrição em 180 dias 
ou até a distribuição da execução fiscal. 
 
Lei 6830/80 - Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela 
definida como tributária ou não tributária na Lei nº 4.320, de 17 de 
março de 1964, com as alterações posteriores, que estatui normas 
gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos 
e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. 
§ 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da 
legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e 
certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de 
direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta 
ocorrer antes de findo aquele prazo. 
 
 
Isso se aplica ao crédito tributário? 
 
 
 
 Página 17 de 22 
 
STF entende que o art. 146, III, “b” da CF estabelece que prescrição e decadência devem ser tratadas por lei 
complementar. A lei 6830/80 é uma lei ordinária. Diante disso, STF entendeu que o previsto no dispositivo acima 
não se aplica aos créditos tributários, mas apenas aos créditos não tributários. 
 
Vale lembrar: muitos acreditam que a execução fiscal visa apenas a satisfação de créditos tributários, mas isso não 
procede. A execução fiscal é um mecanismo de cobrança de créditos da Fazenda, sejam estes tributários ou não. 
Ex.: União loca um imóvel para um particular. Ocorre que este particular deixou de pagar aluguel. Nasce aqui um 
crédito, que será cobrado por execução fiscal. Note que esta se trata de espécie de crédito não tributário que sofre 
execução fiscal. 
 
CF/88 - Art. 146. Cabe à lei complementar 
III - estabelecernormas gerais em matéria de legislação tributária, 
especialmente sobre: 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
 
Analisamos as hipóteses de extinção e suspensão. Falaremos agora de exclusão. 
 
 
 Exclusão do crédito tributário 
A exclusão do crédito tributário começa a ser tratado no art. 175 do CTN. 
 
CTN - Art. 175. Excluem o crédito tributário: 
I - a isenção; 
II - a anistia. 
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o 
cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação 
principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente. 
 
A exclusão do crédito comporta 2 hipóteses: 
1. Isenção 
(art. 176 a 179 do CTN) 
Entende-se por isenção a dispensa legal do cumprimento da obrigação tributária principal relativamente ao tributo, 
excluindo o crédito tributário dele decorrente. 
 
CTN - Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é 
sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos 
exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo 
caso, o prazo de sua duração. 
 Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do 
território da entidade tributante, em função de condições a ela 
peculiares. 
 Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é 
extensiva: 
I - às taxas e às contribuições de melhoria; 
II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão. 
Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função 
de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, 
 
 
 
 Página 18 de 22 
 
a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 24, de 1975) 
Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é 
efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, 
em requerimento com o qual o interessado faça prova do 
preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos 
previstos em lei ou contrato para sua concessão. 
§ 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo, o 
despacho referido neste artigo será renovado antes da expiração de 
cada período, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do 
primeiro dia do período para o qual o interessado deixar de promover 
a continuidade do reconhecimento da isenção. 
§ 2º O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, 
aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. 
 
Quem isenta é a lei. 
Se o termo isenção for mencionado na CF, não se trata de isenção, mas sim de imunidade. Temos como exemplo o 
disposto no art. 184, Parágrafo 5º e art. 195, parágrafo 7, CF. 
 
CF/88 – Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, 
para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo 
sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da 
dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis 
no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e 
cuja utilização será definida em lei.(...) 
§ 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as 
operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de 
reforma agrária. 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de 
forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos 
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (...) 
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades 
beneficentes de assistência social que atendam às exigências 
estabelecidas em lei. 
Quando falamos da isenção, já sabemos que se trata de um benefício fiscal, precisando ser concedida mediante lei 
específica (bastando que seja lei ordinária). Ocorre que temos situações excepcionais em que se exige isenção 
mediante lei complementar. É, por exemplo, o disposto no art. 156, parágrafo 3 da CF, que estabelece que as 
isenções de ISS sobre exportação devem ser definidas mediante uma lei complementar. Em regra, lei ordinária 
serve. 
 
CF/88 – art. 156 
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, 
cabe à lei complementar:(Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 37, de 2002) 
 
 
 
 
 Página 19 de 22 
 
A isenção é uma forma de renúncia facultativa de receita. Temos, contudo, que nos atentar à Lei de 
Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00), que estabelece que toda lei de isenção deve vir acompanhada 
de um estudo de impacto orçamentário. Além disso, deve ter uma observância à Lei de Diretrizes Orçamentárias e 
devem ser adotadas medidas de compensação, como, por exemplo: aumento de outros tributos, indicação de outra 
fonte de custeio, dentre outras. 
 
Como ocorre a interpretação de uma isenção? 
Se observarmos o disposto no art. 111, I e II do CTN, a interpretação de isenção é uma interpretação literal, ou seja, 
seus efeitos são restritivos. 
 
CTN - Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que 
disponha sobre: 
 I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; 
II - outorga de isenção; 
 
Nossa CF ainda fala sobre vedação de concessão de isenções heterônomas. 
 
 Vedação de isenções heterônomas 
É previsto no art. 151, II, CF – que estabelece que a União não pode conceder isenções de tributos Estaduais e 
Municipais. 
Por simetria, os outros entes também não podem conceder isenções entre si. 
 
CF/88 - Art. 151. É vedado à União: 
II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os 
proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos 
que fixar para suas obrigações e para seus agentes; 
 
 Existe diferença entre isenção heterônoma e de concessão de tratados internacionais 
Quando o Brasil é signatário de um tratado internacional, a União não atua como pessoa jurídica de direito público 
interno, mas como pessoa jurídica de direito público externo. Assim, nesta ocasião, a União não age como ente 
federativo, mas como sujeito de direito internacional. 
 
Há 2 finalidades neste tipo de tratado internacional 
a) Evitar a bitributação sobre a renda dos signatários e 
b) Concessão de incentivos fiscais relativos à importação e exportação. 
 
O Brasil é signatário de vários tratados, dentre ele o GATT (Acordo Geral de Tarifas Aduaneiras) que é ligado à OMC. 
Dentre as cláusulas previstas no GATT há uma que estabelece o seguinte: o produto importado similar a um produto 
nacional que tenha incentivos fiscais, gozará dos mesmos benefícios. 
Este tema é tratado em 3 súmulas: súmulas 20 e 71 do STJ e 575 do STF. 
 
Súmula 20 – STJ 
A mercadoria importada de país signatário do GATT é isenta do ICM, 
quando contemplado com esse favor o similar nacional. 
 
Súmula 71 – STJ 
 
 
 
 Página 20 de 22 
 
O bacalhau importado de país signatário do GATT é isento do ICM. 
 
SÚMULA 575 - STF 
 À MERCADORIA IMPORTADA DE PAÍS SIGNATÁRIO DO (GATT), OU 
MEMBRO DA (ALALC), ESTENDE-SE A ISENÇÃO DO IMPOSTO DE 
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS CONCEDIDA A SIMILAR NACIONAL. 
 
 
Prazos de isenção 
 
É possível isenção: 
a) Com prazo determinado 
Esta é uma isenção que gera direito adquirido. Esta isenção não pode ser revogada a qualquer tempo, conforme 
art. 178 CTN. 
 
CTN - Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em 
função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada 
por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 
104. (Redação dada pela Lei Complementar nº 24, de 1975) 
 
Nós aplicamos a este tipo de prazo a súmula 544 do STF. 
Ex.: Preenchi todos os requisitos para uma isenção por 5 anos. Se posteriormente houveruma lei posterior 
revogando a isenção, a mim não se aplicam. Os efeitos da isenção concedida pela primeira lei geram direito 
adquirido. 
 
SÚMULA 544 - STF 
ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS CONCEDIDAS, SOB CONDIÇÃO ONEROSA, NÃO 
PODEM SER LIVREMENTE SUPRIMIDAS. 
 
 
b) Por prazo indeterminado 
É uma isenção precária, pois pode ser revogada a qualquer tempo. Essa isenção não gera, portanto, direito 
adquirido. 
 
Quando ocorrer a revogação de isenção por prazo indeterminado, o STF entende que esta revogação de isenção se 
equipara a uma instituição indireta de tributo, se sujeitando, portanto, ao princípio da anterioridade quando for 
cabível (já que certos tributos não observam a anterioridade). Esse entendimento visa resguardar maior segurança 
jurídica na tributação. 
 
Além da isenção, nós temos a anistia. 
 
 
2. Anistia 
Instituto previsto nos art. 180 a 182 do CTN. 
 
 
 
 
 Página 21 de 22 
 
CTN - Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações 
cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se 
aplicando: 
I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos 
que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude 
ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício 
daquele; 
II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio 
entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas. 
Art. 181. A anistia pode ser concedida: 
I - em caráter geral; 
II - limitadamente: 
a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo; 
b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado 
montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza; 
c) a determinada região do território da entidade tributante, em 
função de condições a ela peculiares; 
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que 
a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade 
administrativa. 
 Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter geral, é 
efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, 
em requerimento com a qual o interessado faça prova do 
preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos 
previstos em lei para sua concessão. 
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito 
adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. 
 
 
Anistia é a dispensa legal do cumprimento da obrigação tributária principal, relativamente à penalidade pecuniária, 
excluindo o crédito tributário dela decorrente. 
 
Isenção – dispensa legal do pagamento de tributo. 
Anistia - dispensa legal do pagamento da multa. 
 
A anistia é um benefício fiscal e, como todo benefício fiscal, só poderá ser conferido mediante lei específica (que 
em regra é ordinária). 
 
Quais são as multas abrangidas pela anistia? 
As multas abrangidas são aquelas aplicadas antes do início da vigência da lei. 
 
Contudo, há multas que não são abrangidas pela anistia, dentre elas, temos as seguintes: 
 As aplicadas posteriormente à vigência da lei; 
 As multas decorrentes de dolo, fraude ou simulação; 
 As multas decorrentes de crime tributário. 
 
Essas multas não são abrangidas pela anistia. 
 
 
 
 Página 22 de 22

Outros materiais