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Economia Florestal

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UNIVERSIDADE DE SANTA MARIA 
 
CENTRO DE CIÊ NCIAS RURAIS 
 
DEPARTAMENTO DE CIÊ NCIAS FLORESTAIS 
 
ECONOMIA FLORESTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ECONOMIA FLORESTAL 
Gestã o empresarial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dra. Irene Seling 
Professora Visitante 
 
 
 
 
 
© Fevereiro de 2001 
 2 
Índice analítico 
 
Índice analítico................................................................................................................ 2 
Índice de figuras ............................................................................................................. 3 
1 Introduçã o ............................................................................................................... 5 
1.1 Classificaç ão das Ciências Econômicas................................ ................................ ........ 5 
1.2 Fundamentos da economia: necessidades, bens, divisão do trabalho, transaç ões, 
fluxo de bens, fluxo de valores ................................ ................................ ..................... 6 
2 Características de empresas .................................................................................. 9 
3 O sistema dos objetivos ........................................................................................ 12 
3.1 Relaç ões entre objetivos ................................ ................................ ............................ 12 
3.2 Operacionalidade dos objetivos................................ ................................ .................. 12 
3.3 Aná lise dos objetivos................................ ................................ ................................ . 13 
3.4 Objetivos formais ................................ ................................ ................................ ...... 14 
3.5 Objetivos reais................................ ................................ ................................ ........... 15 
4 Contabilizaçã o....................................................................................................... 16 
4.1 Conceitos ................................ ................................ ................................ .................. 16 
4.2 Receita e despesa................................ ................................ ................................ ....... 17 
4.3 Gasto e rendimento................................ ................................ ................................ .... 18 
4.4 Produç ão e custo................................ ................................ ................................ ........ 18 
4.5 Contabilidade por partidas dobradas ................................ ................................ .......... 21 
5 Contabilidade de custos ....................................................................................... 29 
5.1 Funç ões de contabilidade de custos ................................ ................................ ............ 29 
5.2 Conceitos de custos – Custos fixos – Custos variá veis................................ ................ 30 
5.3 Curvas de custos – Pontos importantes dos custos................................ ...................... 33 
5.4 Causas de determinaç ão de custos................................ ................................ .............. 34 
5.5 Tipos de custos ................................ ................................ ................................ .......... 35 
6 Análise de empresa ............................................................................................... 39 
6.1 Produtividade ................................ ................................ ................................ ............ 40 
6.2 Rentabilidade................................ ................................ ................................ ............. 41 
6.3 Economicidade ................................ ................................ ................................ .......... 42 
7 Cálculo de investimento ....................................................................................... 43 
7.1 Mé todos está ticos ................................ ................................ ................................ ...... 45 
7.2 Mé todos dinâmicos................................ ................................ ................................ .... 46 
8 Formaçã o do processo de produçã o na empresa florestal ................................ 48 
8.1 Decisões silviculturais da produç ão................................ ................................ ............ 48 
8.1.1 Escolha de espé cies florestais ................................ ................................ ............................. 48 
8.1.2 Tratamentos na idade jovem ................................ ................................ ............................... 49 
 3 
8.2 Decisões do aproveitamento ................................ ................................ ...................... 49 
8.2.1 Desbastes ................................ ................................ ................................ ............................ 49 
8.2.2 Aproveitamentos finais ................................ ................................ ................................ .......50 
9 Avaliaçã o florestal ................................................................................................ 53 
9.1 Fundamentos ................................ ................................ ................................ ............. 53 
9.2 História da avaliaç ão florestal ................................ ................................ .................... 54 
9.3 Avaliaç ão do solo florestal – Valor de produç ão do solo ................................ ............ 55 
9.4 Avaliaç ão do povoamento................................ ................................ .......................... 55 
9.4.1 Valor de exploraç ão................................ ................................ ................................ ............56 
9.4.2 Valor do custo do povoamento ................................ ................................ ........................... 56 
9.4.3 Valor da espectativa de produç ão ................................ ................................ .......................57 
9.4.4 As relaç ões entre os valores do povoamento ................................ ................................ ......57 
9.5 Valor da rentabilidade da floresta................................ ................................ ............... 58 
9.5.1 O valor da rentabilidade da floresta com uma relaç ão das classes de idade 
moderadamente anormal ................................ ................................ ................................ .....60 
9.5.2 O valor da rentabilidade da floresta com uma relaç ão das classes de idade 
fortemente anormal ................................ ................................ ................................ .............60 
9.6 Taxa de juros ................................ ................................ ................................ ............. 61 
9.7 Valor social da floresta – Benefícios indiretos................................ ............................ 62 
10 Bibliografia............................................................................................................ 66 
 
 
Índice de figuras 
 
FIGURA 1: Classificaç ão das ciências econômicas. ................................ ................................ ...................5 
FIGURA 2: Classificaç ão das necessidades. ................................ ................................ ............................... 6 
FIGURA 3: Classificaç ão dos bens................................. ................................ ................................ .............6 
FIGURA 4: Vantagens e desvantagens da divisão de trabalho................................................................. ...6 
FIGURA 5: Transaç ões econômicas. ................................ ................................ ................................ ...........7 
FIGURA 6: Corrente monetá ria e corrente de bens. ................................ ................................ ...................7 
FIGURA 7: Unidades econômicas. ................................ ................................ ................................ ..............8 
FIGURA 8: Características de empresas. ................................ ................................ ................................ ....9 
FIGURA 9: Particularidades de empresas florestais. ................................ ................................ ................10 
FIGURA 10: Subsistemas empresariais. ................................ ................................ ................................ ....11 
FIGURA 11: Tarefas dos subsistemas empresariais. ................................ ................................ .................11 
FIGURA 12: Relaç ões entre os objetivos. ................................ ................................ ................................ ..12 
FIGURA 13: Operacionalidade de objetivos. ................................ ................................ ............................ 12 
FIGURA 14: Técnica da aná lise de objetivos. ................................ ................................ ........................... 13 
FIGURA 15: Formaç ão de objetivos................................. ................................ ................................ .........13 
FIGURA 16: Economicidade................................. ................................ ................................ .....................14 
FIGURA 17: Objetivos formais típicos para empresas florestais. ................................ ............................. 14 
FIGURA 18: Objetivos reais. ................................ ................................ ................................ .....................15 
FIGURA 19: Contabilizaç ão. ................................ ................................ ................................ .....................16 
FIGURA 20: Esfera de dinheiro, de valores e de mercadorias. ................................ ................................ .17 
FIGURA 21: Receita/despesa................................. ................................ ................................ ....................17 
FIGURA 22: Rendimento/gasto................................. ................................ ................................ .................18 
FIGURA 23: Produç ão/custo. ................................ ................................ ................................ ....................18 
FIGURA 24: Receita, rendimento e produç ão. ................................ ................................ .......................... 19 
FIGURA 25: Despesa, gasto e custo. ................................ ................................ ................................ .........20 
FIGURA 26: Alteraç ões do valor do estoque da empresa florestal. ................................ .......................... 21 
FIGURA 27: Contabilidade................................. ................................ ................................ .......................22 
FIGURA 28: Balanç o. ................................ ................................ ................................ ................................ 23 
FIGURA 29: Do balanç o inicial ao balanç o final................................. ................................ .....................26 
 4 
FIGURA 30: Tipos de alteraç ão de balanç o. ................................ ................................ ............................. 27 
FIGURA 31: Princípios fundamentais de contabilidade................................. ................................ ...........28 
FIGURA 32: Funç ões da contabilidade de custos. ................................ ................................ ....................29 
FIGURA 33: Custos................................. ................................ ................................ ................................ ...30 
FIGURA 34: Dependência de custos................................. ................................ ................................ .........30 
FIGURA 35: Conceitos de custos................................. ................................ ................................ ..............31 
FIGURA 36: Subdivisão da contabilidade de custos. ................................ ................................ ................32 
FIGURA 37: Curvas de custos em razão da quantidade produzida................................. .......................... 33 
FIGURA 38: Causas de determinaç ão de custos. ................................ ................................ ......................34 
FIGURA 39: Custos de mão-de-obra. ................................ ................................ ................................ ........35 
FIGURA 40: Custos de depreciaç ão. ................................ ................................ ................................ .........36 
FIGURA 41: Custos de impostos................................. ................................ ................................ ...............37 
FIGURA 42: Custos de material. ................................ ................................ ................................ ...............37 
FIGURA 43: Custos de terceiros................................. ................................ ................................ ...............37 
FIGURA 44: Custos de risco. ................................ ................................ ................................ .....................38 
FIGURA 45: Custos de juros................................. ................................ ................................ .....................38 
FIGURA 46: Aná lise de empresa. ................................ ................................ ................................ ..............39 
FIGURA 47: Índices sinais/índices de performance. ................................ ................................ .................39 
FIGURA 48: Produtividade................................ ................................ ................................ ........................40 
FIGURA 49: Rentabilidade. ................................ ................................ ................................ .......................41 
FIGURA 50: Investimento. ................................ ................................ ................................ .........................43 
FIGURA 51: Graus de planejamento de investimento. ................................ ................................ ..............44 
FIGURA 52: Métodos está ticos de cá lculo de investimento................................. ................................ ......45 
FIGURA 53: Métodos dinâmicos de cá lculo de investimento. ................................ ................................ ...46 
FIGURA 54: Fundamentos matemá ticos do cá lculo de investimento. ................................ .......................47 
FIGURA 55: Decisões na produç ão florestal................................. ................................ ............................ 48 
FIGURA 56: Escolha da espécies florestais................................ ................................ ............................... 48 
FIGURA 57: Planejamento dos tratamentos na idade jovem................................. ................................ ....49 
FIGURA 58: Aspectos de desbaste................................. ................................ ................................ ............49 
FIGURA 59: Planejamento de aproveitamento final. ................................ ................................ ................50 
FIGURA 60: Urgência de corte. ................................ ................................................................ ................50 
FIGURA 61: Aná lise marginal. ................................ ................................ ................................ ..................51 
FIGURA 62: Período de regeneraç ão................................. ................................ ................................ .......52 
FIGURA 63: Motivos para a avaliaç ão florestal. ................................ ................................ ......................53 
FIGURA 64: Teorias de avaliaç ão................................. ................................ ................................ ............54 
FIGURA 65: Escolas do rendimento líquido................................. ................................ ............................. 54 
FIGURA 66: Avaliaç ão do povoamento................................. ................................ ................................ ....55 
FIGURA 67: As relaç ões entre os diferentes valores do povoamento................................. .......................57 
FIGURA 68: Métodos de avaliaç ão dos benefícios indiretos................................. ................................ ....63 
 
 
 
Agradecimentos 
A autora externa seus agradecimentos ao Professor Celso Edmundo Bochetti Foelkel 
pelas valiosas sugestões e comentá rios apresentados e deseja agradecer à Professora 
Catarina Bento da Costa pela revisão de português. 
 5 
1 Introduç ã o 
 
Em geral, a economia é a totalidade de todos os processos e relaç ões econômicas. A 
tarefa das ciências econômicas é o conhecimento, a apresentaç ão e a explicaç ão desses 
processos e relaç ões. Além das disciplinas como Sociologia e Ciências Políticas, as 
Ciências Econômicas são agregadas às Ciências Sociais. 
 
1.1 Classificaç ão das Ciências Econô micas 
 
ECONOMIA 
í î 
Economia nacional Ciê ncias econô micas empresariais 
O assunto da economia nacional é a vida econô -
mica, ou seja as realidades econômicas e as aç ões 
orientadas à satisfaç ão das necessidades numa 
comunidade social. 
Nas ciências econômicas empresariais, a empresa, 
em sua totalidade como um elemento da economia 
total, fica no centro das consideraç ões. Os assuntos 
a considerar são as razões, as alternativas e os 
resultados das aç ões empresariais. 
í î í î 
Macroeconomia Microeconomia Ciências econômicas 
empresariais gerais 
Ciências 
econômicas 
empresariais 
especiais 
Ocupando-se com as 
grandezas globais de 
uma economia nacional, 
aná lise econômica 
completa, p. ex. aná lise 
do produto interno 
bruto (PIB), do em-
prego, dos investimen-
tos, etc. 
O centro das considera-
ç ões fica na aná lise do 
comportamento econô -
mico das instituiç ões 
econômicas em sepa-
rado. Ao contrá rio das 
ciências econômicas 
empresariais, a empresa 
não é observada na sua 
totalidade, mas sua posi-
ç ão a respeito de oferta e 
demanda/procura no 
mercado setorial, etc. 
P. ex. contabilidade, 
investimentos e financi-
amento, produç ão, 
venda, organizaç ão, 
sistema de informaç ão. 
Emprego das ciências 
econômicas gerais às 
á reas especiais da eco-
nomia, como seguros, 
bancos ou a produç ão 
florestal 
=> Economia florestal 
FIGURA 1: Classificaç ão das ciências econômicas. 
A classificaç ão das ciências econômicas, nas disciplinas de economia nacional e de 
ciências econômicas empresariais, é corrente. Cada disciplina parcial precisa de conteú-
dos de outras á reas e, sobretudo, das Ciências Sociais. Por isso, nos países de língua 
inglesa não há uma distinç ão lingüística: "economics" significa a totalidade das ciências 
econômicas. 
 
Economia Florestal como uma parte especial da economia geral se ocupa com todos os 
processos e relaç ões no aproveitamento direto (aproveitamento de madeira, caç a, etc.) e 
indireto (recreaç ão, proteç ão contra erosão) da floresta. 
 
O interesse na economia florestal é gerenciar unidades econômicas florestais. 
 
 6 
"Gerenciar" pode ser definido como dispor metodicamente de meios escassos para uma 
satisfaç ão ótima das necessidades materiais e imateriais. Nesse sentido, resultam os se-
guintes fundamentos da economia: 
1.2 Fundamentos da economia: necessidades, bens, divisão do trabalho, 
transaç ões, fluxo de bens, fluxo de valores 
 
Gerenciar é dirigido à satisfaç ão das necessidades humanas: 
 
NECESSIDADES 
Sentimento de escassez; desejo de eliminar essa escassez. 
í ê ê î 
Necessidades 
existenciais 
Necessidades de 
bem-estar e de luxo 
Necessidades 
individuais 
Necessidades 
coletivas 
FIGURA 2: Classificaç ão das necessidades. 
 
Para satisfazer as necessidades, o emprego de bens é necessá rio. Normalmente, esses 
bens são escassos: 
 
BENS 
Tudo que pode servir para satisfazer as necessidades. 
í ê ê î 
Bens reais Serviços Bens produtivos Bens de consumo 
FIGURA 3: Classificaç ão dos bens. 
 
Divisão de trabalho e troca de bens (transaç ões econômicas) aumentam a eficiência dos 
bens escassos (recursos) na produç ão: 
 
DIVISÃ O DE TRABALHO 
í î 
Vantagens Desvantagens 
Possibilidade para especializar: 
· Produç ão de custos favorá veis; 
· emprego de má quinas e tecnologias especiais; 
· produç ão em massa; 
· exploraç ão de diferentes habilidades do fator 
"trabalho". 
Exigências de coordenaç ão aumentam: 
· Produç ão para um mercado anô nimo (risco de 
venda); 
· problemas de coordenaç ão entre demanda e 
oferta. 
FIGURA 4: Vantagens e desvantagens da divisão de trabalho. 
 7 
Pressuposto para a divisão de trabalho é um sistema de transaç ões econômicas funcio-
nando: 
 
TRANSAÇ Õ ES ECONÔ MICAS 
í ê ê ê î 
Troca real Compra/Venda Transferê ncia 
real 
Compra ou 
venda de 
dinheiro 
Transferê ncia 
de pagamento 
Bem contra bem Bem contra 
dinheiro 
Bem sem 
compensaç ão direta 
Dinheiro contra 
dinheiro 
Dinheiro sem 
compensaç ão 
direta 
FIGURA 5: Transaç ões econômicas. 
 
O caminho dos bens da produç ão até o consumo pode ser considerado como uma cor-
rente de bens, vice-versa tem uma corrente monetá ria. Ambas as correntes podem ser 
representadas como uma circulaç ão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 6: Corrente monetá ria e corrente de bens. 
Economias domésticas Empreendimentos 
Corrente monetária: renda/salário 
Corrente monetária: despesas de consumo 
Corrente de bens: bens de consumo 
Corrente de bens: trabalho 
 8 
Unidades econômicas podem ser classificadas idealmente da seguinte maneira: 
 
UNIDADES ECONÔ MICAS 
Regularmente caracterizadas por: 
· Gerência única; 
· produç ão; 
· participaç ão no processo econômico da economia política como parceiros, segmentos ou 
competidores (no quadro da divisão de trabalho). 
 
í î 
Economias 
domésticas 
 Empresas 
Se bens reais ou servi-
ç os são produzidos, 
estes servem somente 
para o consumo próprio 
dos membros da eco-
nomia domé stica. 
 Bens reais e serviç os são 
produzidos ou postos à 
disposiç ão preponde-
rante para a necessidade 
das outras unidades 
econômicas. 
 
ê í ê î 
 Empreendimentos Empresas públicas Administraçõ es 
públicas 
· Satisfaç ão própria 
das necessidades; 
· objetivo predomi-
nante: bem-estar 
individual; 
· entrega de produ-
ç ão: normalmente 
não, somente pro-
duç ões próprias; 
· obrigaç ão de pro-
duç ão: não; 
· origem das recei-
tas: não da produ-
ç ão. 
 
 
· Satisfaç ão 
individual das 
necessidades de 
terceiros; 
· objetivo predomi-
nante: geraç ão de 
lucro; 
· entrega de produ-
ç ão: bens mercantis, 
venda contra di-
nheiro; 
· obrigaç ão de produ-
ç ão: não; 
· origem das receitas: 
de lucro de vendas. 
· Principalmente 
satisfaç ão individual 
das necessidades de 
terceiros; 
· objetivo predomi-
nante:objetivos 
econômicos co-
muns, mas também 
objetivos econô -
mico-políticos; 
· entrega de produ-
ç ão: normalmente 
"bens bá sicos" como 
energia, á gua; 
· obrigaç ão de produ-
ç ão: principalmente 
sim; 
· origem das receitas: 
principalmente de 
lucro de vendas. 
· Preponderante-
mente satisfaç ão 
coletiva de tercei-
ros; 
· objetivos predomi-
nante: maximiza-
ç ão coletiva de 
bem-estar; 
· entrega de produ-
ç ão: bens coletivos, 
principalmente 
venda de graç a 
(gratuita); 
· obrigaç ão de pro-
duç ão: em geral 
sim; 
· origem de receitas: 
principalmente não 
de produç ão, p. ex. 
de impostos. 
FIGURA 7: Unidades econômicas. 
 
No centro da Economia Florestal fica a empresa florestal. O objeto de estudo, na eco-
nomia florestal, é a unidade econômica organizacional "empresa florestal". 
 
A Economia Florestal compartilha esse objeto de estudo com diversas outras disciplinas 
parciais nas Ciências Florestais. P. ex. as ciências do trabalho (ergonomia) examinam o 
lado té cnico e organizacional da empresa florestal. 
 
 9 
2 Características de empresas 
 
Empresas podem ser descritas por uma sé rie das características: 
 
CARACTERÍSTICAS DE EMPRESAS 
 
Produçã o de bens 
Empresas produzem bens, as produç ões da empresa. 
 
Satisfaçã o das necessidades de terceiros 
Preponderantemente, os bens são produzidos para as necessidades de tercei-
ros. 
 
Sistema de objetivos 
Empresas perseguem objetivos determinados, os quais têm uma relaç ão uns 
com os outros. 
 
Emprego racional de recursos 
Empresas fazem esforç os a alcanç ar seus objetivos economicamente, otimi-
zando o uso dos recursos. 
 
Sistemas sociotécnicos 
Por um lado, empresas mostram uma componente social por meio de seus 
membros e participantes (organizaç ões) e por outro lado são caracterizadas 
por importantes aspectos tecnológicos. 
 
"Constituiçã o" 
As organizaç ões mostram uma "constituiç ão", um conjunto de políticos for-
mais e/ou informais. 
 
Resultados ecológicos da produçã o 
A natureza como sítio, recurso/bem produtivo, depósito/"lixeira" e bem de 
consumo: cada empresa, em razão do seu grau de sensibilizaç ão, atua sobre a 
natureza, respeitando-a ou agredindo-a. 
FIGURA 8: Características de empresas. 
 10 
Ao contrá rio das demais empresas, empresas florestais mostram particularidades: 
 
PARTICULARIDADES DE EMPRESAS FLORESTAIS 
 
(Extremamente) longa duraçã o de produçã o 
Rotaç ões muito longas (rotaç ões na Europa central até 250 anos), por isso 
dificuldades de adaptar aos desenvolvimentos novos, problemas de taxa de 
juros e custos financeiros. 
 
Dependê ncia das condiçõ es naturais 
Dependência forte das fatores naturais por intermé dio da integraç ão da pro-
duç ão na complexidade da natureza. 
 
Problema da determinaçã o do rendimento 
As á rvores são tanto produto como meio/fator de produç ão, a maturidade do 
produto não é inequivocamente determiná vel; possibilidade de produzir para 
o "armazém"/estoque vivo de produç ão. 
 
Benefícios indiretos 
Freqüentemente em co-produç ão; dificuldade de diferenciar entre efeitos da 
floresta e produç ões da atividade florestal. 
 
Problemas de avaliaçã o 
Grandes dificuldades para obter informaç ões; interligaç ão forte entre fatores. 
 
Rotaçã o do capital 
Rotaç ão muito pequena do capital, freqüentemente grande parte de capital 
próprio (pequena parte de capital alheio). 
 
Liquidez e patrimô nio 
A empresa pode ter liquidez por muito tempo, se teve muito estoque. No 
mesmo tempo, pode acontecer uma diminuiç ão do patrimô nio. Por isso, sem-
pre a separaç ão entre apuraç ão de orç amento e apuraç ão de patrimô nio é ne-
cessá ria. 
 
Extensã o de área 
Por isso, problemas de organizaç ão e comunicaç ão, princípio de "em obras". 
 
Variedade de tipos empresariais 
Em comparaç ão com outros setores econômicos, grande variedade de tipos 
empresariais florestais. 
FIGURA 9: Particularidades de empresas florestais. 
 11 
Independentemente do tipo empresarial, uma empresa pode ser compreendida como um 
sistema classificado em diferentes subsistemas. Os diferentes ambientes sociais são o 
quadro para as atividades empresariais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 10: Subsistemas empresariais. 
 
Especialmente os subsistemas empresariais ocupam-se com: 
 
SUBSISTEMAS EMPRESARIAIS 
 
í ê ê î 
Sistema de 
objetivo 
Sistema de direçã o Sistema de 
informaçã o 
Sistema de 
produçã o 
Aqui cabem todos os 
aspectos de busca de 
objetivos, via o orde-
namento até a pondera-
ç ão dos objetivos. Além 
disso, questões de cul-
tura de organizaç ão, de 
idé ia fundamental da 
empresa e de é tica em-
presarial. 
Nesse sistema cabem o 
planejamento, o con-
trole, a organizaç ão e 
lideranç a de pessoal, ou 
seja, todo o gerencia-
mento da empresa. 
Contabilizaç ão (contabi-
lidade, contabilidade de 
custos), estatística em-
presarial, mas também 
por exemplo relatórios 
sobre benefícios indire-
tos de uma empresa 
florestal. 
Todas as á reas de pro-
duç ão (insumo/ 
consumo de recursos), 
avaliaç ão florestal para 
determinar o valor de 
floresta. Além disso, as 
á reas de aquisiç ão, 
venda, marketing, fi-
nanciamento e investi-
mento. 
FIGURA 11: Tarefas dos subsistemas empresariais. 
 
Sistema de objetivo 
Sistema de direçã o 
Sistema de informaçã o 
Sistema de produçã o 
Empresa 
Ambiente 
 12 
3 O sistema dos objetivos 
3.1 Relaç ões entre objetivos 
 
O sistema dos objetivos abrange a totalidade e a hierarquia de todas as exigên-
cias/reivindicaç ões, as quais a empresa florestal tem que cumprir para proprietá rios, 
colaboradores e a comunidade no presente e no futuro. 
 
Dentro do sistema dos objetivos, os objetivos particulares têm diferentes relaç ões uns 
aos outros. 
 
RELAÇ Õ ES ENTRE OS OBJETIVOS 
í î 
Relaçõ es 
verticais 
Relaçõ es horizontais 
 í ê î 
 neutro harmô nico concorrendo 
Distinç ão entre 
objetivos superio-
res, principais, 
mé dios e inferio-
res. 
 Os objetivos não se 
influenciam mutu-
amente; indiferente. 
Os objetivos apoiam-se 
mutuamente, comple-
mentam-se. 
Os objetivos de-
frontam-se. 
=> Para determinar a hierarquia dos objetivos são necessá rias decisões/determinaç ões normativas! 
FIGURA 12: Relaç ões entre os objetivos. 
3.2 Operacionalidade dos objetivos 
 
Um objetivo tem que ser formulado operacionalmente para ser uma diretriz concreta 
para planejamento, direç ão e controle. 
 
OPERACIONALIDADE DE OBJETIVOS 
í ê î 
Referê ncia ao tempo Realizável Mensurabilidade 
Para controlar o alcance dos 
objetivos; 
dos objetivos a longo prazo 
devem ser deduzidos os objeti-
vos a mé dio prazo; a determina-
ç ão dos objetivos pode ser limi-
tada para um período. 
O conteúdo é inequívoco? 
onde, quando, como?? 
 
Pressupostos empresariais? 
Uma decisão determinada é pos-
sível? 
 
Conflitos entre os objetivos? 
Hierarquia importante 
 
Para controlar o grau de cum-
primento 4 escalas podem ser 
usadas: 
· Escala nominal; 
· escala ordinal; 
· escala intervala; 
· escala cardinal. 
Demais exigências à operacionalidade: 
· Aplicabilidade de cada elemento de objetivo; 
· clarificaç ão inequívoca das relaç ões entre os objetivos; 
· devem ficar claras a viabilidade, as metas e a aceitaç ão dos objetivos. 
FIGURA 13: Operacionalidade de objetivos. 
 13 
3.3 Aná lise dos objetivos 
 
TÉCNICA DA ANÁ LISE DE OBJETIVOS 
As aná lises dos objetivos são o pressuposto para controles ou planejamento na em-
presa florestal. Para essas aná lises, um procedimento metódico é necessá rio por causa 
da complexidade dos sistemas de objetivos. 
Passo 1: 
Busca de objetivos 
 
î 
Passo 2: 
Ordenamento dosobjetivos 
 
î 
Passo 3: 
Ponderaçã o dos objetivos 
· Coleta dos objetivos (por 
meio de aná lise de docu-
mentos, inqué ritos, discus-
sões); 
· formulaç ão dos objetivos; 
· catalogaç ão dos objetivos. · Classificaç ão em hierarquias 
de objetivos (objetivos supe-
riores, principais, mé dios e 
inferiores); 
· examinando se os objetivos 
são compatíveis uns com os 
outros. 
· Indicaç ão de hierarquias; 
· ponderaç ão dos objetivos da 
mesma categoria. 
FIGURA 14: Té cnica da aná lise de objetivos. 
 
Na aná lise dos objetivos, deve ser considerado que estes podem ser expressos ou mani-
festados diferentemente: 
 
FORMAÇ Ã O DE OBJETIVOS 
Processo de negociaç ão/discussão entre indivíduos e grupos. Na consideraç ão dos 
sistemas de objetivos devem ser diferenciados: 
í ê ê î 
Objetivos oficiais Objetivos 
realmente 
perseguidos 
Objetivos 
individuais para a 
organizaçã o 
Objetivos 
individuais dos 
membros de 
organizaçã o 
FIGURA 15: Formaç ão de objetivos. 
 
A base de cada sistema de objetivos é uma idé ia fundamental (expressa implícita ou 
explicitamente). Nessa idé ia fundamental, reúnem-se determinadas finalidades e con-
cepç ões principais (por exemplo a é tica empresarial). Esses objetivos principais podem 
ser também denominados como objetivos formais. 
 
 14 
Um objetivo formal geral e universal, que no mesmo tempo representa uma caracterís-
tica de uma empresa, é a economicidade: 
 
 
ECONOMICIDADE 
Utilidade das decisões e aç ões econômicas. Não existe uma economicidade em si, so-
mente com a referência a um objetivo. A revisão da economicidade realiza-se com 
base em dois pontos: 
í î 
Finalidade Princípio econô mico 
 
Princípio mínimo Princípio máximo 
Examinando a questão: 
A finalidade foi atingida? 
 
 
Um objetivo dado/determinado 
foi atingido com os poucos possí-
veis recursos? 
Um objetivo má ximo foi atin-
gido com os recursos dados? 
(Examinando a eficá cia) (Examinando a eficiência) 
FIGURA 16: Economicidade. 
 
3.4 Objetivos formais 
 
OBJETIVOS FORMAIS TÍPICOS PARA EMPRESAS FLORESTAIS 
í ê î 
Sustentabilidade Compatibilidade social Compatibilidade 
ambiental 
A definiç ão de sustentabilidade é 
sempre a expressão de um sis-
tema determinado de normas e 
crenç as em uma é poca. Esse 
sistema determina como a rela-
ç ão entre floresta e homem deve 
ser formada mediante as aç ões 
florestais. 
Por isso, os conceitos de susten-
tabilidade mudam no decorrer de 
tempo. 
 
Atualmente, bem abrangente é a 
definiç ão de SPEIDEL: 
"Sustentabilidade é a habilidade 
da empresa florestal de produzir 
permanentemente e otimamente 
rendimentos madeireiros, bene-
fícios indiretos e demais bens 
para o benefício das geraç ões 
contemporâneas e futuras." 
 
Como conseqüência da confe-
rência da ONU sobre Meio Am-
biente e Desenvolvimento 
(UNCTAD) em 1992, no Rio de 
Janeiro, as definiç ões incluem 
também aspectos ecológicos. 
Os processos de trabalho devem 
ser formados tais, que as pessoas 
ao trabalhar: 
· Encontram condiç ões de 
trabalho dignas, realizá veis e 
suportá veis; 
· vêem cumpridos os padrões 
de conveniência social de 
conteúdo, de tarefa e de am-
biente de trabalho bem como 
a remuneraç ão e a coopera-
ç ão; 
· desenvolvem espaç os de 
aç ão e habilidades e podem 
manter e desenvolver a per-
sonalidade individual e do 
grupo a que pertencem; 
· podem preservar importantes 
aspectos culturais regionais. 
Gerenciamento sensível aos 
problemas do meio ambiente 
significa, que em todas as deci-
sões empresariais os efeitos ao 
meio ambiente devem ser consi-
derados. 
O meio ambiente (ou a natureza) 
pode ser ao mesmo tempo: sítio, 
fator de produç ão, produto, bem 
de consumo e depósito para lixos 
da produç ão. 
FIGURA 17: Objetivos formais típicos para empresas florestais. 
 15 
3.5 Objetivos reais 
 
Alem dos objetivos formais, o sistema dos objetivos é determinado pelos objetivos re-
ais: 
 
OBJETIVOS REAIS 
í ê î 
Objetivos de produçã o Objetivos monetários Objetivos de segurança 
· Bens reais 
(espé cies ou sortimentos 
madeireiros, qualidade, 
aproveitamentos secundá -
rios); 
· infra-estrutura 
(recreaç ão, á gua, proteç ão 
contra erosão, reserva de 
terreno); 
· outros 
(capacidades de trabalho, de 
má quinas e de transporte; 
formaç ão, instruç ão, aper-
feiç oamento). 
 
São medidos em unidades mone-
tá rias: 
· Rendimento líquido; 
· lucro; 
· vendas; 
· rentabilidade; 
· produtividade; 
· geraç ão de valores; 
· cobertura de custos. 
 
 
· Formaç ão de reservas mo-
netá rias; 
· liquidez; 
· escolha de espé cies flores-
tais; 
· ordem espacial; 
· seguros (distribuiç ão de 
risco, transferência de risco, 
limitaç ão de risco). 
FIGURA 18: Objetivos reais. 
 
 
 16 
4 Contabilizaç ã o 
4.1 Conceitos 
 
São importantes para as decisões empresariais as informaç ões numé ricas. 
 
CONTABILIZAÇ Ã O 
Recolha numé rica, clarificaç ão e formaç ão de todos os acontecimentos internos e 
externos a respeito de 
· estrutura empresarial (está tico); 
· decorrer empresarial (dinâmico). 
í í ê î î 
Contabilidade Cálculo de 
custos e de 
produçã o 
Estatística 
empresarial 
Cálculo de 
planejamento 
Levantamen-
tos especiais 
Sempre se refere 
ao passado; nota-
ç ão de todas as 
transaç ões na 
empresa (conteúdo 
e valor); refere-se 
à esfera de di-
nheiro e de valores 
(escrituraç ão mer-
cantil, inventá rio, 
cá lculo de caixa, 
de valores e de 
êxito, balanç o 
anual) 
A contabilidade é 
a "linguagem da 
empresa". 
Serve para o con-
trole do processo 
de produç ão; re-
fere-se à esfera de 
mercadorias (cá l-
culo de tipos de 
custos, de centro de 
custos etc.). 
 
Documentaç ão 
corrente e combi-
naç ão de contabili-
dade e cá lculo de 
custos para re-
ver/examinar a 
economicidade das 
decisões tomadas 
(comparaç ões em-
presariais, compa-
raç ões temporá -
rias). 
Conduç ão do des-
envolvimento eco-
nômico futuro da 
empresa, utilizaç ão 
de prognósticos e 
cá lculos de otimi-
zaç ão (p. ex. cá l-
culo de custos 
planejados, cá lculo 
de produç ões pla-
nejadas). 
P. ex. balanç os 
sociais, contabili-
dade verde. 
As mais importantes funç ões da contabilizaç ão: 
· Funç ão interna: controle real e pessoal de todos os acontecimentos empresariais; base para decisões 
e planejamento (funç ão de conduç ão); 
· funç ão externa: prestar contas ao proprietá rio, empregados público; base para a tributaç ão. 
FIGURA 19: Contabilizaç ão. 
 
 17 
Conceitos importantes da contabilizaç ão empresarial são: 
 
EMPRESA FLORESTAL 
 divide-se em 
í ê î 
Esfera de dinheiro Esfera de valores Esfera de mercadorias 
í î í î í î 
Despesa Receita Gasto Rendimento Custo Produç ão 
As reais saídas e entradas de 
meios de pagamento 
Confrontaç ão de despesas e 
receitas: 
=> Apuraç ão do orç amento = 
(R - D) 
O resultado é a existência de 
caixa. 
As perdas e os aumentos de valo-
res ou de materiais 
=> Apuraç ão do êxito = R - G 
O resultado e o rendimento lí-
quido. 
Valor interno 
dos bens e 
serviç os con-
sumidos para 
um fim empre-
sarial 
= insumo/ 
input. 
 
 
Valor interno 
de toda a ativi-
dade produtiva 
da empresa 
(bens e produ-
ç ões) para um 
fim empresa-
rial. 
= produç ão/ 
output. 
 Somente para fins internos da 
empresa 
=> Apuraç ão da produç ão = 
P - C 
 
FIGURA 20: Esfera de dinheiro, de valores e de mercadorias. 
 
4.2 Receita e despesa 
 
RECEITA/DESPESA 
í î 
Receita/despesa causando ê xito Receita/despesa nã o causando ê xito 
Com referência direta aos objetivos empresariais 
(p. ex. salá rio aos trabalhadores florestais). 
í îNeutro a respeito do 
conteúdo 
Neutro a respeito 
do período 
 Não imediatamente 
ligados aos objetivos 
empresariais (p. ex. 
donativos à Cruz Ver-
melha). 
Pagamentos em um 
outro ano econômico. 
FIGURA 21: Receita/despesa. 
 18 
4.3 Gasto e rendimento 
 
RENDIMENTO/GASTO 
í í î î 
Rendimento de 
objetivo 
Rendimento 
neutro 
Gasto de objetivo Gasto neutro 
Imediatamente ligado 
com os objetivos em-
presariais, bem como 
renda de venda, ma-
deira cortada e ainda 
não-vendida, produç ões 
próprias. 
Não para objetivos 
empresariais ou durante 
um outro período. Po-
dem ser distinguidos: 
· Rendimento neutro 
a respeito do perí-
odo (p. ex. pré -pa-
gamentos); 
· rendimento neutro 
a respeito do con-
teúdo (p. ex. arren-
damento); 
· rendimento extra-
ordiná rio (p. ex. 
aproveitamento de 
madeira depois de 
uma calamidade); 
· rendimento em 
conseqüência da 
avaliaç ão (p. ex. 
valor de venda 
mais alto de uma 
má quina depreci-
ada). 
 
Imediatamente ligado 
com os objetivos da 
empresa 
Não são feitos para os 
objetivos empresariais 
ou são feitos durante de 
um outro período. Po-
dem ser distinguidos: 
· Gasto fora da em-
presa; 
· gasto extraordiná rio 
(p. ex. incêndio da 
floresta); 
· gasto por causa da 
avaliaç ão (p. ex. de-
preciaç ões mais al-
tas). 
FIGURA 22: Rendimento/gasto. 
 
4.4 Produç ão e custo 
 
PRODUÇ Ã O/CUSTO 
í î í î 
Produçã o 
verdadeira 
Produçã o acessória Custos verdadeiros Custos acessórios 
Corresponde à finali-
dade/ao objetivo da 
empresa. 
P. ex. produç ões feitas 
pelo proprietá rio. 
Ligados com a finali-
dade ou com o objetivo 
da empresa. 
Podem ser diferencia-
dos: 
· salá rio calculado de 
proprietá rio; 
· aumento calculado 
para custos de 
risco; 
· custos em conse-
qüência da avalia-
ç ão; 
· custos de juros para 
capital próprio. 
FIGURA 23: Produç ão/custo. 
 19 
RECEITA 
Receita, nenhum 
rendimento 
(p. ex. tomando 
um cré dito, pa-
gamentos para 
madeira forne-
cida em um pe-
ríodo anterior) 
Receita = Rendimento 
(p. ex. venda de madeira à vista no 
período) 
 
 Rendimento = Receita 
(p. ex. venda à vista de madeira no 
período) 
Rendimento, 
nenhuma receita 
(p. ex. madeira 
cortada, mas não- 
-vendida) 
 
 RENDIMENTO 
 Rendimento neu-
tro 
(p. ex. aprovei-
tamento de cala-
midade, reem-
bolso de 
impostos) 
Rendimento da empresa 
= Rendimento de objetivo 
(p. ex. madeira cortada e vendida no 
mesmo período) 
 
 Produç ão verdadeira 
(p. ex. madeira cortada e vendida no 
mesmo período) 
Produç ão aces-
sória 
(p. ex. produç ões 
do proprietá rio 
da floresta) 
 PRODUÇ Ã O 
FIGURA 24: Receita, rendimento e produç ão. 
 20 
 
DESPESA 
Despesa, ne-
nhum gasto 
(p. ex.. reem-
bolso de um 
cré dito, paga-
mento de mate-
rial com uma 
reserva de di-
nheiro formada 
anteriormente 
Despesa = Gasto 
(p. ex. compra de material, que será 
pago e consumido no mesmo perí-
odo) 
 
 Gasto = Despesa 
(p. ex. compra de material, que será 
pago e consumido no mesmo perí-
odo) 
Gasto, nenhuma 
despesa 
(p. ex. consumo 
de material, que 
será pago so-
mente no período 
seguinte) 
 
 GASTO 
 Gasto neutro 
(p. ex. donativo 
para um partido, 
pagamento do 
suplemento de 
impostos) 
Gasto da empresa = Gasto de obje-
tivo 
(p. ex. remuneraç ão de trabalhadores 
florestais, consumo de material no 
período) 
 
 Custos verdadeiros 
(p. ex. remuneraç ão de trabalhadores 
florestais, consumo de material no 
período) 
Custos acessó-
rios 
(p. ex. salá rio 
calculado de 
proprietá rio, 
aluguel próprio 
calculado) 
 CUSTOS 
FIGURA 25: Despesa, gasto e custo. 
 21 
O maior problema, na apuraç ão de êxito na produç ão florestal, é a averiguaç ão das alte-
raç ões do valor do estoque. 
 
ALTERAÇ Õ ES DO VALOR DO ESTOQUE DA EMPRESA FLORESTAL 
Problemá tica de avaliaç ão de incremento, taxa de corte e corte realizado por quantidade e valor. Quatro 
abordagens de soluç ão: 
í ê ê î 
Comparaçã o 
patrimonial 
Resultado de corte 
realizado 
Resultado de 
incremento 
Resultado de taxa 
de corte planejada 
Especialmente conveni-
ente para empresas 
florestais com estoque 
total crescendo. 
Corte realizado = Ren-
dimento 
Teoricamente errado, 
mas pragmaticamente 
fá cil para realizar. Ren-
dimento = valor do corte 
realizado. 
Problema: flutuaç ões 
fortes do mercado (con-
junturais), calamidades 
etc. podem influenciar a 
quantidade do corte 
realizado => impreciso 
demais. 
Incremento = Rendi-
mento 
Teoricamente correto, 
mas praticamente im-
possível determinar 
exatamente o incremento 
corrente anual 
Problema: alem disso, o 
incremento não tem uma 
relaç ão imediata às pos-
sibilidades contemporâ-
neas reais de aproveita-
mento. 
 
 
Taxa de corte planejada 
= Rendimento 
Preç o de mercado da 
quantidade de madeira 
por espé cies madeirei-
ras, sortimentos con-
forme o plano de ma-
nejo 
=> soluç ão pragmá tica. 
FIGURA 26: Alteraç ões do valor do estoque da empresa florestal. 
4.5 Contabilidade por partidas dobradas 
 
A contabilidade por partidas dobradas é um sistema de contabilidade que, além da re-
colha de receitas e despesas, também permite reconhecer a alteraç ão de valor bem como 
os rendimentos e gastos. Cada conta possui um lado esquerdo e um lado direito: débito 
e crédito. 
Contabilidade por partidas dobradas porque: 
· Qualquer mudanç a em uma conta precisa ser acompanhada de uma mudanç a de 
sinal oposto em qualquer conta => a cada dé bito corresponde um cré dito; cada 
lanç amento precisa um contralanç amento; 
· apuraç ão de lucro em maneira dobra: resultado de lucros e perdas tem que ser sem-
pre igual com o resultado de balanç o; 
· cada transaç ão é escrita em dois livros: cronologicamente no livro bá sico (diá rio) e 
no razão. 
 
Importante: 
A soma total dos dé bitos, em um sistema de escrituraç ão por partidas dobradas, precisa 
sempre ser igual ao total dos cré ditos. 
 
Regra: 
· Debitar a conta que recebe o valor; 
· creditar a conta que fornece o valor. 
 22 
 
CONTABILIDADE 
Notaç ão completa, atual, cronológica e segundo o plano (sistemá tico) de todas as tran-
saç ões na empresa por conteúdo e valor. Elementos característicos são: 
í ê î 
Escrituraçã o mercantil Inventariaçã o Balanço 
= Notaç ão de transaç ões contá -
beis por uma ordem sistemá tica, 
ou seja os chamados livros: p. 
ex. 
· Escrituraç ão natural e mo-
netá ria; 
· livros té cnicos; 
· livros periódicos. 
= Registro físico de todos os bens 
por qualidade, quantidade e valor, 
que existem na empresa a uma 
data determinada (dia marcado); 
inventariaç ão no sentido mais 
amplo inclui as dívidas. 
O resultado do inventariaç ão é o 
inventá rio, uma lista detalhada de 
todos os bens e dívidas de uma 
empresa em uma ordem sistemá -
tica. O inventá rio é classificado 
por: 
A: Bens 
· Bens fixos; 
· bens correntes; 
· contas a receber oriundas de 
serviç os e fornecimentos aos 
terceiros (cré ditos dados). 
B: Dívidas (capital externo) 
· Dívidas a longo prazo; 
· dívidas a curto prazo. 
C: Averiguaç ão do patrimô nio 
líquido, como diferenç a entre A e 
B. 
= Confrontaç ão resumida dos 
bens por um lado e das dívidas e 
do patrimô nio líquido por outro 
lado 
Na maior parte das vezes, o 
balanç o é feito como um balanç o 
anual. Neste contexto também 
confrontaç ão de: 
· Receitas e despesas (apura-
ç ão do orç amento); 
· rendimento e gasto (apura-
ç ão do êxito/lucro). 
FIGURA 27: Contabilidade. 
 
 23 
A finalidade do balanç o é a descriç ão de uma situação econômica em forma padroni-
zada e sistemá tica. O balanç o constitui o relatório fundamental da contabilidade. 
Para a corrente escrituraç ão das transaç ões contá beis o balanç o é subdividido em contas: 
 
BALANÇ O 
= Confrontaç ão resumida dos bens (= ativo) por um lado e das dívidas e do patrimô nio 
líquido (= passivo) por outro lado 
í î 
Contas de balanço Contas demonstrativas 
(Contas de resultado/ê xito) 
Contêm os bens e o capital da empresa 
O contabilista tem a possibilidade de criar para 
cada posiç ão de balanç o uma conta: a variedade 
das transaç ões exige uma variedade das contas => 
plano de contas para clareza. Para as diferentes 
á reas da economia existem recomendaç ões para a 
subdivisão do balanç o em contas (não há padrão 
fixo!). 
Cada conta possui uma seç ão de dé bito e de cré -
dito. 
Normalmente, a conta de fundo "patrimô nio lí-
quido" é subdividida em outras contas, porque 
todas as transaç ões, quais afetam a conta de "pa-
trimô nio líquido", têm efeito a respeito de êxito da 
empresa e, por isso, o proprietá rio tem interesse 
para essas transaç ões. 
Todas as contas de ê xito sã o contas inferiores da 
conta de patrimô nio líquido. 
í î í î 
Contas ativas 
=Ativo 
Contas passivas 
= Passivo 
Contas de gasto Contas de 
rendimento 
Ativos são bens e di-
reitos que uma empresa 
possui e que foram 
adquiridos a um custo 
monetá rio mensurá vel. 
Subdivisão em: 
· Ativos imobiliza-
dos 
terrenos, edifícios, 
equipamento, di-
reitos para apro-
veitar; 
· ativos circulantes 
caixa, estoques de 
material, madeira 
ainda não-vendida, 
contas a receber (de 
clientes), conta cor-
rente, etc. 
Contêm o capital da 
empresa, subdivisão em: 
· Patrimô nio líquido 
patrimô nio líquido 
e reservas neutras 
(sem finalidade de-
finida, p. ex. para a 
seguranç a de liqui-
dez, reservas 
"ocultas" não apa-
recem no balanç o, 
elas surgem pela 
subavaliaç ão dos 
bens); 
· capital externo (de 
terceiros) 
reservas de objetivo 
(com finalidade de-
finida, são definidas 
por valor e venci-
mento, p. ex. apo-
sentadorias ), obri-
gaç ões a longo e 
curto prazo (contas 
a pagar). 
Somente calculam com gastos e rendimentos, sem 
alteraç ões diretas em uma conta de fundo (conta 
ativa), sem causar imediatamente êxito. 
A equaç ão do balanç o é sempre: 
Soma de ativo = Soma de passivo 
=>enfim, confronto dessas contas no balanç o, que 
mostra o êxito (lucro) como uma soma 
(apuraçã o indireta do ê xito) 
Enfim, confronto dessas contas no cá lculo, que 
elucida a realizaç ão dos lucros e das perdas 
(apuraçã o direta do ê xito) 
FIGURA 28: Balanç o. 
 
 24 
Passos do balanço inicial até o balanço final: 
 
 
1 Soluç ão do balanç o em contas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Fundo inicial do balanç o anterior 
 
 
 
2 Lanç amento das transaç ões contá beis nas contas balanç o 
 
D Ativo C D Passivo C 
 Fundo inicial 
 
Fundo inicial 
 
Saídas 
(= diminuiç ões) 
Saídas 
(= diminuiç ões) 
 
Entradas 
(= aumentos) 
Fundo final 
(saldo) 
 
Fundo final 
(saldo) 
Entradas 
(= aumentos) 
 
 
 
 
 
D Conta equipamento C 
Fundo inicial 
D Conta Mercadorias C 
Fundo inicial 
D Conta Caixa C 
Fundo inicial 
D Conta Patr. líquido C 
Fundo inicial 
D Conta Obrigaç ões C 
Fundo inicial 
CONTAS DE ATIVO CONTAS DE PASSIVO 
A BALANÇ O P 
 
 Equipamento Patr. líquido 
 
 Mercadorias 
 
 
 Obrigaç ões 
 
 Caixa 
 25 
3 Escrituraç ão de transaç ões causando êxito nas contas de êxito e na conta de lucros e 
perdas 
 
CASO DE LUCRO CASO DE PERDA/PREJUÍZO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Inter-relaç ão entre as contas e fechamento das contas 
 
 
Contas do 
ativo 
Contas do 
passivo 
 Contas de 
gastos 
Contas de 
rendi-
mentos 
Contas de balanç o Contas de resultado 
 
 
Conta particular 
do proprietá rio 
 Conta de lucros e 
perdas 
 
 
Balanço Conta de patrimô nio 
líquido 
 
 
D Várias contas de 
gasto 
C 
Gastos Saldo 
D Várias contas de 
rendimento 
C 
Saldo Rendim. 
D Várias contas de 
gasto 
C 
Gastos Saldo 
D Várias contas de 
rendimento 
C 
Saldo Rendim. 
D Conta de lucros e 
perdas 
C 
Soma gastos 
 
 Soma 
 rendimentos 
 
Lucro 
D Conta de patr. 
líquido 
C 
 
 
 Fundo inicial 
 
Fundo final 
 
Lucro 
D Conta de lucros e 
perdas 
C 
 
 
Soma gastos Soma 
 rendimentos 
 
 
 Perda 
D Conta de patr. 
líquido 
C 
 
Perda 
 
 Saldo 
 inicial 
Saldo final 
 26 
5 De balanç o até balanç o 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 Inter-relaç ão entre os cá lculos finais 
 
Caso de lucro 
 
D Balanço final C D Conta de lucros e perdas C 
 Patrimô nio líquido 
inicial 
 Obrigaç ões 
 
Gastos 
 
Existências 
patrimoniais 
Lucro 
 
Lucro 
Rendimentos 
 
= 
 
 
Caso de perda 
 
D Balanço final C D Conta de lucros e perdas C 
 Patrimô nio líquido 
inicial 
 
Existências 
patrimoniais 
 
Rendimentos 
 Perda 
Obrigaç ões 
 
Gastos 
Perda 
 
= 
 
FIGURA 29: Do balanç o inicial ao balanç o final. 
Balanç o de encerramento do 
ano passado 
Balanç o de abertura 
Contas de balanç o 
Contas do 
ativo 
Contas do 
passivo 
Balanç o de encerramento 
Conta de patrimô nio líquido 
Conta 
particular 
Conta de lucros 
e perdas 
Contas de resultado 
Gastos/rendimentos 
Inventá rio 
Inventariaç ão 
idêntico 
no caso de 
diferenç as 
no caso de 
diferenç as 
 27 
 
A apuraçã o do lucros ou das perdas no balanç o anual é possível em duas maneiras: 
1. Apuraç ão indireta do lucro 
por meio da comparaç ão entre balanç o inicial e final 
ou seja: lucro = patrimô nio líquido do balanç o final - patrimô nio líquido do balanç o 
inicial - depósitos da empresa + retiradas da empresa. 
2. Apuraç ão direta do lucro 
por meio do saldo da conta de lucros e perdas 
 
 
Cada transaç ão contá bil leva, pela respectivo lanç amento, a uma alteraç ão do balanç o: 
 
TIPOS DE ALTERAÇ Ã O DE BALANÇ O 
Cada transaç ão contá bil leva a uma alteraç ão de balanç o. Em cada lanç amento sempre, pelo menos uma 
conta é alterada no débito e uma conta é alterada no crédito. Indiferentemente quão complicada uma 
transaç ão seja, somente um dos quatro possíveis tipos de alteraç ão de balanç o tem que ser o resultado. 
í ê ê î 
Troca de ativo Troca de passivo Prolongamento do 
balanço 
Reduçã o do 
balanço 
Uma (ou mais) posiç ão 
de ativo aumenta, no 
mesmo tempo uma 
outra (ou mais) posiç ão 
de ativo diminui. 
P. ex.: saque de di-
nheiro à vista da conta 
bancá ria e depósito na 
caixa da empresa. 
Uma (ou mais) posiç ão 
de passivo aumenta, no 
mesmo tempo uma outra 
(ou mais) posiç ão de 
passivo diminui. 
P. ex.: um credor é inte-
grado na empresa como 
sócio, para que o capital 
externo se torne patri-
mô nio líquido. 
(chamado aumento 
passivo-ativo) 
Tanto uma (ou mais) 
posiç ão de ativo como 
uma (ou mais) posiç ão 
de passivo está aumen-
tando. 
P. ex.: compra de mer-
cadorias a cré dito. 
(chamada diminuiç ão 
passiva-ativa) 
Tanto na seç ão de ati-
vos como de passivos 
uma (ou mais) posiç ão 
está diminuindo. 
P. ex.: reembolso à 
vista de uma dívida. 
 Cada transaç ão é documentada por um termo de lançamento. 
Princípio: Primeiramente é nomeada a conta que será alterada no dé bito; 
depois a conta que será alterada no cré dito. As duas serão ligadas por meio 
da palavrinha "a", finalmente a importância em dinheiro do lanç amento seránomeada: 
Conta de débito a conta de crédito, importância. 
 
 
FIGURA 30: Tipos de alteraç ão de balanç o. 
 
 28 
 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
DE CONTABILIDADE 
í í ê î î 
Princípio da 
clareza do 
balanço 
Princípio da 
integridade 
Princípio da 
verdade de 
balanço 
Princípio da 
continuidade 
de balanço 
Princípio da 
prudê ncia 
Classificaç ão e 
definiç ão clara das 
posiç ões singula-
res no balanç o. 
Além disso vale o 
princípio bruto: 
Ativos e passivos 
não devem ser 
compensados um 
com o outro ( p. 
ex. contas a rece-
ber e obrigaç ões a 
pagar com a 
mesmo empresa 
não devem ser 
compensadas uma 
com a outra). 
 
Todos as posiç ões 
de bens e do capital 
devem ser conside-
radas em sua inte-
gridade. Todas as 
informaç ões têm 
que ser considera-
das. 
As notaç ões têm 
que ser completas e 
corretas e devem 
responder às de-
terminaç ões legais. 
Identidade = o 
balanç o final deve 
corresponder ao 
balanç o inicial no 
ano seguinte. 
 
Continuidade for-
mal = classificaç ão 
idêntica dos ativos 
e passivos (consis-
tência). 
 
Continuidade mate-
rial = os princípios 
de avaliaç ão devem 
ser os mesmos no 
decorrer do tempo. 
Consideraç ão dos 
riscos na contabi-
lidade e no balan-
ceamento. 
Princípio de reali-
zaç ão = lucros e 
aumentos de bens 
devem ser regis-
trados somente se 
realizados. 
Princípio de dispa-
ridade = lanç a-
mento de perdas 
ou diminuiç ões de 
bens quando elas 
são possíveis e 
não depois que 
elas já foram rea-
lizadas. 
Princípio do valor 
mais baixo = para 
os bens do ativo 
deve ser empre-
gado sempre o 
valor mais baixo 
Princípio do valor 
mais alto = para as 
dívidas deve ser 
empregado sempre 
o valor mais alto. 
FIGURA 31: Princípios fundamentais de contabilidade. 
 29 
5 Contabilidade de custos 
5.1 Funç ões de contabilidade de custos 
 
FUNÇ Õ ES DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
Tarefa: Coleta completa e cá lculo de todos os custos oriundos do processo de produç ão bem como ave-
riguaç ão do resultado empresarial por meio da confrontaç ão de custos e vendas respectivas com a fina-
lidade de tirar conclusões para a formaç ão da empresa. 
Se pode diferenciar trê s funçõ es básicas: 
í ê î 
Averiguaçã o Prognose Controle 
(Cálculo para representaçã o) 
· Averiguaç ão de resultado 
(custos totais, custos por 
unidade, centro de custos, 
etc.); 
· formaç ão de preç o; 
· colocar os fundamentos à 
disposiç ão para: formaç ão 
de decisão, controle, escolha 
de processo de produç ão, 
decisão entre produç ão pró-
pria ou por meio de tercei-
ros, comparaç ões internas e 
externas entre empresas 
("benchmarking"). 
(Cálculo para planejamento) 
Disposiç ão e política da empresa: 
· Planejamento otimizado dos 
programas de produç ão, dos 
processos, procedimentos e 
capacidades; 
· formaç ão de custos padrões 
para o controle de custos; 
· formaç ão de decisão, p. ex. 
efeito da aceitaç ão de mais 
uma ordem de compra; 
· política de investimentos 
(projetos, programas). 
(Cálculo para controle) 
Os objetivos do planejamento 
foram atingidos? 
· Aná lise de custos, controle 
de economicidade; 
· comparaç ão entre custos 
realizados e custos padrões, 
controle de custos; 
· achar pontos de fra-
queza/pontos de partida para 
a racionalizaç ão; 
· controle de preç o; 
· revisão de projetos de in-
vestimento. 
 
FIGURA 32: Funç ões da contabilidade de custos. 
 30 
 
CUSTOS 
Custos são a soma dos valores monetá rios consumidos para a produç ão tendo e vista 
a finalidade da empresa 
í ê ê î 
Bens de custos Tipos de custos Centro de custos Objetos de custos 
= potencial de forç as e 
materiais, que estão à 
disposiç ão para a pro-
duç ão na empresa flo-
restal (mais ou menos 
fatores de produç ão): 
· Mão-de-obra; 
· bens imobilizados 
(terreno, má quinas 
etc.); 
· material; 
· serviç os de tercei-
ros; 
· capital. 
= o consumo de um bem 
de custos avaliado em 
dinheiro: 
· Custos de mão-de- 
-obra; 
· depreciaç ões; 
· custos dos materiais 
· Custos para os 
serviç os de terceiros; 
· custos de juro 
(custos de cré dito); 
· custos de impostos; 
· custos de risco. 
= lugar/local onde os 
custos se realizam: 
· Centro principal de 
custos 
(as mais importantes 
á reas de trabalho); 
· centro auxiliar de 
custos 
(subá reas dos centros de 
custos principais, p. ex. 
viveiro, má quinas); 
· centro adicional de 
custos 
(fora da produç ão flo-
restal, p. ex. uma pe-
dreira na empresa flo-
restal). 
= Bens ou serviç os, que 
uma empresa florestal 
produz em conseqüên-
cia de sua finalidade: 
· Pré -objetos de cus-
tos 
Produç ões inteiras na 
empresa, que serão 
utilizadas na parte se-
guinte do processo de 
produç ão; 
· objetos compostos 
de custos 
Grau intermediá rio da 
produç ão no caminho 
para a maturidade do 
produto (p. ex. povoa-
mentos em cresci-
mento); 
· objetos finais de 
custos 
Produç ões e bens, que 
serão vendidos no mer-
cado (p. ex. madeira 
cortada. 
FIGURA 33: Custos. 
5.2 Conceitos de custos – Custos fixos – Custos variá veis 
 
 DEPENDÊNCIA DE CUSTOS 
í î 
Custos 
fixos 
Custos variáveis 
= Estão reagindo às alteraç ões de volume do trabalho na empresa 
í í ê î î 
Custos 
propor-
cionais 
Custos 
super-pro-
porcionais 
Custos 
subpro-
porcionais 
Custos com 
variaç ão em 
degraus 
Custos 
rema-
nescentes 
Com uma 
mudanç a de 
volume de 
trabalho eles 
ficam cons-
tantes para um 
período deter-
minado (es-
trutura bá sica 
da empresa 
como pré dios, 
terreno etc.) 
O aumento do 
volume da 
produç ão causa 
um crescimento 
sempre igual 
dos custos 
variá veis 
Aumentam 
progressiva-
mente com o 
volume de 
trabalho 
O aumento de 
custos diminui 
com o volume 
de trabalho 
crescendo 
Para aumentar a 
produç ão, são 
necessá rios 
incrementos em 
degraus nos 
fatores de pro-
duç ão, o que 
eleva os custos 
também em 
degraus. 
Os custos 
diminuem 
mais lenta-
mente do que o 
volume de 
trabalho 
FIGURA 34: Dependência de custos. 
 31 
Demais importantes conceitos de custos na contabilidade de custos são: 
 
CONCEITOS DE CUSTOS 
í í ê ê î î 
Custos 
efetivos 
Custos 
médios 
Custos 
marginais 
Custos de 
oportuni-
dade 
Custos pla-
nificados 
Margem de 
contribui-
çã o 
Custos efeti-
vos, reais. 
Os custos reais 
dos períodos 
passados ou das 
vá rias empre-
sas. 
Custos adicio-
nais para a 
produç ão de 
mais uma uni-
dade de produ-
ç ão. 
Lucro perdido 
da segunda 
melhor alterna-
tiva. Diminui-
ç ão do lucro 
mediante a 
escassez de um 
fator de produ-
ç ão. 
Se não existe 
escassez, os 
custos de 
oportunidade 
são igual zero. 
Custos calcula-
dos antecipada-
mente analiti-
camente, como 
grandezas teó-
ricas prescritas. 
Diferenç a 
entre receita e 
custos 
(Receita – 
custos variá -
veis = Margem 
de contribui-
ç ão – custos 
fixos = resul-
tado bruto 
empresarial). 
FIGURA 35: Conceitos de custos. 
 
 
 32 
A contabilidade de custos pode ser subdividida da seguinte maneira: 
 
CONTABILIDADE DE CUSTOS 
Cá lculo completo conforme a causa de todos os custos com a finalidade de se tirar conclusões para o 
processo de produç ão na empresa 
 
è Cálculo por tipos de custos 
 Quais custos resultaram? 
 
è Cálculo por centro de custos 
 Onde os custos resultaram? 
· Sobretudo para tarefa de controle, além disso também base para o cá lculo por objetos de 
custos. 
· Custos diretos: diretamente associados com os produtos feitos. 
· Custos indiretos: não-associados diretamente com os produtos feitos (Quanto da depreci-
aç ão de um edifício pertence a cadaunidade de produto feita?); 
distribuiç ão de custos indiretos somente com uma taxa de distribuiç ão possível. 
 
è Cálculo por objetos de custos 
 Para o que os custos resultaram? 
 
 è Custeio total (Sistema de custos completos) 
 Os produtos assumem uma parte determinada de todos os custos envolvidos em sua 
fabricaç ão. 
 
 è Cá lculo por divisão (custos unitá rios ou específicos) 
 · Com um grau. 
Custos totais divididos por quantidade total produzida. 
· Com vá rios graus. 
Para graus de produç ão ficando temporariamente um atrá s do outro. Bom 
para a melhoria da formaç ão do procedimento. 
· Ponderado. 
(Cá lculo por equivalentes), se são produzidos diferentes objetos de custos; 
custos indiretos são distribuídos com base em equivalentes proporcionais. 
 
 è Cá lculo por imputaç ão 
 Adiç ão percentual dos custos indiretos para os custos diretos 
 
 è Custeio direto (Cá lculo de margem de contribuiç ão) 
 Somente os custos variá veis são debitados dos produtos. Separaç ão entre custos fixos 
e custos vará veis (os custos fixos são debitados como um bloco ou gradualmente), 
averiguaç ão gradual de vá rias margens de cobertura I, II, III, IV etc. 
FIGURA 36: Subdivisão da contabilidade de custos. 
 
 
 
 33 
5.3 Curvas de custos – Pontos importantes dos custos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 37: Curvas de custos em razão da quantidade produzida. 
 
 = O mínimo dos custos totais mé dios = começ ando e estendendo a produç ão, os 
custos totais mé dios decrescem, por causa da diminuiç ão dos custos fixos, até a 
um mínimo e depois começ am a crescer porque os custos variá veis crescem su-
per-proporcionalmente. 
‚ = O melhor nível da produç ão = Sendo uma das finalidades econômicas um ren-
dimento líquido má ximo, a produç ão deve chegar a um nível que dê esse má -
ximo. 
ƒ = Limiar da utilidade = Daqui para frente, a empresa entra em uma produç ão de 
resultado positivo (primeiro cruzamento da curva dos custos totais mé dios com a 
linha reta do preç o) 
„ = Limite da utilidade = Aqui, a empresa sai de uma produç ão de rendimento lí-
quido positivo (segundo cruzamento da curva dos custos totais mé dios com a li-
nha reta do preç o) 
… = O mínimo da empresa = Daqui para o ponto ƒ, a empresa tem um resultado 
negativo, mas pela produç ão crescente ela pode, ao menos, diminuir o rendi-
mento negativo pela cobertura parcial dos custos fixos. Cessando a produç ão, a 
empresa tem que pagar a importância completa dos custos fixos que surgem pela 
mera existência dela. 
† = O má ximo da empresa = Entre os pontos „ e †, a empresa tem novamente um 
resultado negativo. 
 
Custo 
e preç o 
Quantidade 
† 
… „ ƒ ‚ 
 
Preç o 
Custos totais médios 
Custos variáveis médios 
Custos marginais 
 34 
5.4 Causas de determinaç ão de custos 
 
CAUSAS DE DETERMINAÇ Ã O DE CUSTOS 
í î 
Causas primárias Causas 
secundárias 
São vá lidas em qualquer empresa, a longo prazo 
í î 
Grau de ocupaç ão Número de tiragem 
(Escala de produç ão) 
Causadas pelas ca-
racterísticas de uma 
empresa especifica; 
a curto e mé dio 
prazo 
Termo para o desenvolvimento 
dos custos com aproveitamento 
da capacidade: 
Produç ão efetiva * 100 
Capacidade nominal de trabalho 
Um grau menor ou maior do que 
100% causa custos mais altos. 
=> exigência de um bom plane-
jamento de produç ão e de inves-
timento partindo da á rea de pro-
duç ão com a menor capacidade 
(planejamento partindo de 
aperto). 
 
Produzindo mais, os custos fixos distribuem- 
-se por um maior número de produtos, os 
custos fixos por unidade diminuem com o 
número das unidades produzidas (termo vem 
da tipografia). 
Grande número dos 
fatores de influência, 
p. ex.: 
· Procedimentos e 
organizaç ão de 
trabalho; 
· condiç ões ex-
ternas de traba-
lho (p. ex. 
tempo); 
· condiç ões inter-
nas de trabalho 
(relaç ões soci-
ais, satisfaç ão 
dos colaborado-
res); 
· qualidade de 
material (p. ex. 
agroquímico 
vencido); 
· qualidade da 
manutenç ão (p. 
ex. motoserra 
com corrente 
cega). 
FIGURA 38: Causas de determinaç ão de custos. 
 
 35 
5.5 Tipos de custos 
 
CUSTOS DE MÃ O-DE-OBRA 
Custos que surgem pelas produç ões empresariais dos empregados ou mesmo do 
proprietá rio 
í ê î 
Custos salariais Encargos sociais Salário calculado do 
proprietário 
Salá rio mínimo é fixado por lei. 
Diferencia entre salá rio nominal 
e salá rio real (comparaç ão com 
os preç os) 
Pagamento ou desembolso do 
valor para o melhoramento da 
situaç ão social dos trabalhadores 
e dos empregados (seguro contra 
acidente, morte, doenç as; melho-
ramento das moradias; melhora-
mento das condiç ões de trabalho) 
Podem ser encargos sociais obri-
gatórios ou encargos sociais vo-
luntá rios (planos de saúde, den-
tista, etc.) 
Calculado: como substituiç ão 
para um outro emprego não- 
-aproveitado; depende do tempo 
de trabalho e das qualidades do 
proprietá rio. 
Entra no cá lculo de custos, mas 
não no cá lculo de gasto. 
FIGURA 39: Custos de mão-de-obra. 
 
 36 
 
CUSTOS DE DEPRECIAÇ Ã O 
Depreciaç ão = quantia estimativa da diminuiç ão do valor de um ativo fixo (não é uma despesa atual da 
caixa); reduç ão do valor mediante: 
· Uso/desgaste té cnico; 
· decorrer de tempo e influências do tempo; 
· desatualizaç ão. 
O objetivo é uma depreciaç ão perto da realidade de cada tipo de material (caminhão e software devem 
ser depreciados diferentemente). 
 
è Depreciaçã o segundo o tempo 
 
 è Depreciaç ão linear 
 Depreciaç ão de uma quantia anualmente igual durante a duraç ão calculada da vida do 
bem 
Especialmente conveniente, se a capacidade de uso permanece a mesma durante a 
duraç ão e os custos de manutenç ão não crescem com a duraç ão de vida. 
n
RAd -= 
 è Depreciaç ão degressiva 
 Depreciaç ão com quantias anualmente diminuídas 
 
 è Depreciaç ão geomé trico-degressiva (com quotas constantes) 
 Anualmente uma percentagem constante é depreciada, p. ex. sempre 20%, 
refere-se, no primeiro ano, ao valor de aquisiç ão e nos anos seguintes ao valor 
atual; especialmente conveniente, se a capacidade de uso diminui muito com a 
duraç ão de vida e os custos de manutenç ão aumentam muito. 
÷÷
ø
ö
çç
è
æ
-= n
A
Rq 1*100 à qVd x *= 
 è Depreciaç ão aritmé tico-degressiva (com quotas diminuídas) 
 As quantias de depreciaç ão diminuem anualmente por uma importância cons-
tante. 
n
RAq
+++
-
=
...21
 à xqd *= 
è Depreciaçã o segundo o uso 
 As depreciaç ões por unidade de produç ão resultam do valor de aquisiç ão divido pela soma 
das unidades estimativas de produç ão. Especialmente para a agregaç ão dos custos por causa 
da produç ão (os outros mé todos são fixados ao tempo). A desvantagem é que a diminuiç ão de 
valor por meio do nenhum uso (p. ex. mês de parada de manutenç ão) não é considerada. 
FIGURA 40: Custos de depreciaç ão. 
Sendo: 
d = depreciaç ão 
A = valor de aquisiç ão 
R = valor residual do bem após o uso 
q = quota de depreciaç ão 
Vx = valor no ano x 
n = duraç ão de vida em anos 
x = ano 1 a ano n 
 
 37 
CUSTOS DE IMPOSTOS 
 
Impostos são pagamentos ao Estado sem uma compensaç ão especifica deste, para o 
financiamento das tarefas sociais comunitá rias. P. ex.: 
· Impostos sobre veículos (automóveis, caminhões); 
· imposto do consumo (pesa sobre o valor das mercadorias vendidas). 
FIGURA 41: Custos de impostos. 
 
CUSTOS DO MATERIAL 
Custos para bens e insumo que são consumidos no momento da sua utilizaç ão. 
í ê î 
Custos de material no 
sentido estrito 
Custos de combustíveis Custos de energia 
Plantas, fio para cercas, adubo, 
papel para o escritório, etc. 
Gasolina, óleo, etc.Energia elé trica ou gá s 
FIGURA 42: Custos de material. 
 
CUSTOS DE TERCEIROS 
= produç ões que são feitas por mão-de-obra de outras empresas para a empresa florestal 
í ê î 
Serviços de terceiros Custos de seguros Serviços especiais 
P. ex. empresas de terceiros 
realizam a baldeaç ão, constru-
ç ões de estradas etc. 
Prêmios para seguros de pré dios, 
de veículos, de acidentes, etc. 
P. ex. taxa para o levantamento 
topográ fico, etc. 
FIGURA 43: Custos de terceiros. 
 38 
 
CUSTOS DE RISCO 
 
Custos de risco são custos causados sem querer, mas realizam-se automaticamente. Es-
pecialmente a empresa florestal é submetida às influências da natureza. Essas influên-
cias interrompem os processos planejados e exigem um planejamento flexível. Custos 
de risco são calculados, os anos são carregados de um valor mé dio. Riscos na empresa 
florestal são p. ex.: 
· Geadas e inundaç ões; 
· fogos florestais; 
· pragas e doenç as; 
· quebras de á rvores, causadas por tempestades; 
· desabamento de terra, destruindo estradas; 
· acidentes de má quinas; 
· falência de um devedor e a empresa perde o pagamento; 
· inadimplência. 
 
Existem três diferentes normas de reaç ão para segurar o processo de produç ão: 
· Limitaç ão do risco: p. ex. por meio da ordem espacial (tarefa de planejamento a 
longo prazo), controles, exames, etc.; 
· distribuiç ão ou compensaç ão do risco: p. ex. mudanç a de mistura de espé cies flo-
restais, isso significa, na verdade, uma produç ão menor, embora aumente a segu-
ranç a de produç ão; 
· transferência do risco: transferir o risco a terceiros, p. ex. pelo seguro (=> custos de 
terceiros). 
FIGURA 44: Custos de risco. 
 
CUSTOS DE JUROS 
í î 
Juros reais Juros calculados 
= O preç o que a empresa paga pela cessão do capi-
tal emprestado de terceiros (banco) 
P. ex. tomando um cré dito bancá rio e pagamento de 
12% de juros anualmente (p. ex. compra de uma 
má quina) 
Juros reais são despesas, custos e gastos. 
= Juros do capital próprio que é usado na própria 
empresa. 
Juros calculados são somente custos e gastos, mas 
nenhuma despesa (por isso "calculado") 
Basicamente, a taxa de juros calculada pode ser 
escolhida livremente, mas em regra o proprietá rio 
escolha a taxa interna de juros, ou seja, a rentabili-
dade que surge da confrontaç ão de gastos reais com 
os rendimentos reais. 
Distinç ão entre: 
· Investimentos com duraç ão limitada (simplifi-
caç ão) 
juros anuais = (Valor/2) * (p/100); 
· investimentos com duraç ão ilimitada (terrenos) 
juros anuais = Valor * (p/100). 
FIGURA 45: Custos de juros. 
 
 
 39 
6 Análise de empresa 
 
ANÁ LISE DE EMPRESA 
= Todos os procedimentos que podem explicar as causas de êxito e de insucesso 
(perda) da empresa. Procedimentos de comparaç ão são: 
í ê ê î 
Comparaçã o de 
empresas 
Comparaçã o de 
números reais e 
padrõ es 
Comparaçã o 
temporal 
Comparaçã o de 
procedimentos 
Comparaç ão entre dife-
rentes empresas. 
Evidentemente só se 
aplica, se as empresas 
forem compará veis 
(Benchmarking). 
Comparaç ão dos núme-
ros/grandezas da em-
presa com núme-
ros/grandezas 
planificados ou de pa-
drões para custos e pro-
duç ões. 
Comparaç ão dos resul-
tados e coeficientes 
econômicos de uma 
empresa no decorrer do 
tempo; pressuposto: 
precisa preç os/custos 
constantes durante um 
período 
 
Comparaç ão de dife-
rentes procedimentos de 
produç ão ou mesmo 
administrativos 
FIGURA 46: Aná lise de empresa. 
 
ÍNDICES SINAIS/ÍNDICES DE PERFORMANCE 
(NÚMEROS PARA A CARACTERIZAÇ Ã O DA EMPRESA) 
í ê î 
Setor de venda Setor da produçã o Setor do trabalho dos 
funcionários 
· Corte em m³ por ha; 
· preç o mé dio da madeira 
vendida; 
· preç o mé dio para sortimen-
tos importantes; 
· rendimento por ha. 
· Custo de corte por m³; 
· custo mé dio por plantaç ão 
por ha; 
· custo das construç ões e ma-
nutenç ões de estradas por 
quilômetro ou por ha; 
· gastos por ha; 
=> coeficiente da empresa 
= (gastos por ha * 100)/ 
rendimento por ha. 
· Número dos dias de trabalho 
anual por operá rio; 
· número dos dias de trabalho 
anual por ha; 
· salá rio, inclusive encargos 
sociais; 
· produtividade por ha e por 
hora de trabalho. 
Além disso, é possível distinguir entre: 
· Números de classificaç ão (hectares totais da empresa, hectares para cada espé cie florestal, números 
dos operá rios, etc.); 
· números de relaç ão: relaç ões entre valores diferentes ou referindo-se às unidades determinadas (p. 
ex. gastos por ha); 
· números de índice: representam o desenvolvimento temporal de um valor em relaç ão a um ano de 
base; são indicados como porcentagens. 
 
Problemas dos índices sinais: 
· Definiç ão exata é necessá ria; 
· problema de mediç ão (objetividade, confianç a, precisão); 
· verdade. 
E mais, grande problemá tica das características não-quantificá veis ou somente com grandes dificulda-
des quantificá veis (p. ex. satisfaç ão de trabalho) 
FIGURA 47: Índices sinais/índices de performance. 
 
 40 
6.1 Produtividade 
 
PRODUTIVIDADE 
= Relaç ão entre o resultado da produç ão e os fatores de produç ão empregados, ou seja, output/input 
(Produtividade = Resultado da produç ão/fatores de produç ão) 
 
è Produtividade completa 
 = O resultado da produç ão é a geraç ão de valor* ou o valor líquido da produç ão em R$ 
 è Produtividade completa de á rea 
 Fator de produç ão = á rea de produç ão (ha) 
 
 è Produtividade completa de trabalho 
 Fator de produç ão = trabalho 
Informaç ão boa sobre o desenvolvimento da empresa inteira, um dos mais importantes 
números econômicos para decisões empresariais 
 
 è Produtividade completa de capital 
 Fator de produç ão = capital 
 
è Produtividade parcial 
 também chamada produtividade té cnica; resultados de produç ão são quantidades produzidas 
em est., m³, quilômetros, unidades 
 è Produtividade de á rea/terra 
 Está sujeito à lei do rendimento decrescente, ou seja, o rendimento cresce, mas não 
proporcionalmente com os custos investidos. Metros cúbicos de madeira produzidos 
por hectare, mas tem informaç ão sobre a qualidade de madeira. 
 
 è Produtividade de trabalho 
 Se não tem modificaç ão entre trabalho manual e trabalho mecanizado, essa cifra é um 
bom crité rio para o desenvolvimento té cnico e/ou organizacional. 
(Produtividade de trabalho = Resultado de produç ão/S t (soma do tempo de trabalho 
efetivo) 
 
 è Produtividade de capital 
 Somente tem importância em relaç ão com alguns planos de investimento. 
FIGURA 48: Produtividade 
 
Objetivo do gerenciamento: 
Aumentar a produtividade, mas partindo do mesmo volume de produç ão com produtivi-
dade de trabalho mais alta, temos excesso de mão-de-obra. 
 
* Geraçã o de valor: 
Resultado da produç ão menos – custo de mão-de-obra 
 – custo de material 
 – custo de terceiros 
 – depreciaç ões 
 – impostos 
Þ Contribuiç ão da empresa para a produto social da economia nacional 
Distribuiç ão dessa geraç ão de valor: 
· Salá rio para os funcioná rios/trabalhadores; 
· impostos para o Estado/Governo; 
· lucro para o proprietá rio. 
 41 
6.2 Rentabilidade 
 
RENTABILIDADE 
= Renda; a renda significa o rendimento do capital investido. 
Uma empresa é rentá vel se gera sempre um excesso monetá rio. 
 
è Rentabilidade absoluta 
 Lucro líquido = faturamento total - gastos totais 
 
è Rentabilidade relativa 
 Relaç ão entre lucro líquido ou rendimento líquido e outras grandezas empresariais 
 
 è Grau de rendimento 
= rendimento líquido/gasto 
(ou seja, quanto rendimento surge por meio do emprego de R$ 1 de gasto) 
 
 è Grau de dispêndio 
= gasto/rendimento líquido 
(ou seja, quanto gasto em R$ é necessá rio para

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