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A sociedade empresária é muito mais forte economicamente do que seus elementos individuais, esta sociedade, possui uma união de esforços conjugados, para uma finalidade em comum, em nosso momento econômico isso é de extrema importância.
O Código Civil nos dá uma exata noção de sociedade:
“Art.981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício da atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados”.
Outra consideração de extrema importância, mencionado pelo autor Fábio Ulhoa Coelho, é de que como o próprio nome “sociedade empresária” já diz quem exerce a empresa, tendo aqui a palavra empresa o significado atribuído a ela pelo Código Civil de atividade, é a sociedade e não seus integrantes. Já Gladston Mamede disse o seguinte: “O sócio, no entanto, não é, juridicamente, um empresário; é apenas o titular de um direito pessoal com expressão patrimonial econômica”.
“Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens e serviços”.
Desta maneira, fica claro que com a constituição da sociedade empresária, mais especificamente com o registro de seus atos constitutivos, surge uma outra pessoa diferente das suas partes integrantes e é essa pessoa que exerce a atividade empresária.
A partir do momento que a empresa adquire uma personalidade jurídica, passa a existir uma nova pessoa, diferente daquelas que a constituíram.
Em nosso ordenamento, quanto ao momento em que se adquire a personalidade jurídica, vigora o disposto no Art. 45 de nosso Código Civil: 
“Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do poder executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo”.
É importante ressaltar que existem várias divergências a respeito das pessoas jurídicas, Fábio Ulhoa Coelho, por exemplo, adota a posição de que: “A pessoa jurídica não preexiste ao direito; é apenas uma idéia, conhecida dos advogados, juízes e demais membros da comunidade jurídica, que auxilia a composição de interesses ou a solução de conflitos”.
Sendo assim, com a criação desta terceira pessoa, ocorre a separação entre o patrimônio desta e o dos seus sócios. Este princípio é chamado de princípio da autonomia patrimonial.
Apesar de serem patrimônios distintos, tanto o patrimônio da sociedade quanto o do sócio, responderiam ressalvada a ordem de primeiro executar o da sociedade, pelas dívidas desta.
Caso a sociedade empresária não seja capaz de solver o seu passivo com seu próprio patrimônio, o patrimônio de cada sócio também poderia ser utilizado para este fim uma vez que, como dito, o sócio também teria responsabilidade.
“Art.1024. Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de executados os bens sociais”. Pela leitura do Art.1024 do Código Civil fica claro o que queremos demonstrar. Apesar do benefício de ordem, o empreendedor ou investidor também responde pelas dívidas da sociedade.
Fábio Ulhoa Coelho destaca: “Se todo o patrimônio particular dos sócios pudesse ser comprometido, em razão do insucesso da sociedade empresária, naturalmente os empreendedores adotariam posturas de cautela, e o resultante poderia ser a redução de novas empresas, especialmente as mais arriscadas”.
Surge então a possibilidade de limitação da responsabilidade do sócio. Atualmente no direito brasileiro as sociedades que contam com total separação entre o patrimônio do sócio e o da sociedade são as sociedades limitadas e as sociedades anônimas.
Em nosso país, se aplica o regime da autorização às sociedades anônimas bancárias, de capitalização, de investimentos e as estrangeiras, por exemplo. Quanto às constituídas por pelo regime do privilégio poderíamos citar, por exemplo, a Petrobrás.
Nesse ponto do trabalho faz-se necessário firmar um conceito de sociedade anônima. Sociedade anônima, também chamada de companhia, é aquele tipo de societário no qual o capital social é dividido em ações e no qual o sócio responde pelas obrigações sociais até o limite do preço de emissão das ações que possuem. 
A definição apresentada pela lei das sociedades anônimas (lei 6404/1976) é a seguinte: 
“Art.1. A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas”.
Segundo Fábio Ulhoa Coelho: “Anônima é a sociedade empresária com capital social dividido em valores mobiliários representativos de um investimento (as ações), cujos sócios têm, pelas obrigações sociais, responsabilidade limitada ao preço de emissão das ações que titularizam”.
Já as sociedades abertas são aquelas que permitem a negociação de ações na bolsa de valores, o chamado mercado de valores mobiliários enquanto as outras não emitem ações negociáveis nesses mercados. 
 “Art.4º. Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada, conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários”. 
A sociedade anônima aberta é aquela que proporciona maior capacidade de reunião de recursos uma vez que seus sócios acionistas podem nem se conhecer e estarem apenas interessados em lucro e, para isso, terem comprado ações dessa empresa na bolsa de valores. Importante observar que a companhia só pode ser aberta se tiver autorização do governo para isso. Vale destacar que essas companhias abertas apresentam liquidez muito maior do que as fechadas, e possuem suas normas fixadas pela Comissão de Valores Mobiliários.
Importante também discorrer sobre o valor da ação já que a doutrina nos ensina que, dependendo do ângulo de observação a ação pode ter variados valores, vale dizer, valor nominal, valor patrimonial, valor de negociação, valor econômico e preço de emissão.
Valor nominal é aquele resultante da divisão do capital social pelo número de ações emitidas.
Valor patrimonial é aquele obtido pela divisão do patrimônio líquido da sociedade empresária pelo número de ações desta.
O valor de negociação, por sua vez, é aquele que foi acordado pelas partes num ato de compra e venda.
Por valor econômico entendemos aquele apontado por profissionais especializados nessa análise. Tal cálculo é bastante complexo e, em última análise, tem como objetivo medir o preço que um investidor racional pagaria por aquelas ações.
Finalmente temos o preço de emissão. Este é o valor da ação no ato de subscrição, ou seja, é o preço que o investidor paga à sociedade pela ação.
Entre as ações, existem as ações ordinárias que classificadas como as “comuns”, as ações preferenciais, por sua vez, são aquelas que oferecem tratamento diferenciado ao sócio que as possui, e ações ordinárias ou preferenciais, que compreende as chamadas ações de fruição, que foram completamente amortizadas.
A assembléia geral é o órgão deliberativo máximo da sociedade anônima, o segundo órgão da sociedade anônima que mereceu tratamento jurídico é o conselho administrativo, o terceiro órgão que mereceu regramento legal foi a diretoria, e o último órgão a ser aqui tratado é o conselho fiscal. 
A LSA, em seu artigo 109 enumera os direitos fundamentais dos acionistas, que são aqueles que não podem ser supridos nem pelo estatuto nem pela assembléia geral. São eles: participar dos lucros sociais, participar do acervo da companhia, em caso de liquidação, fiscalizar, na forma prevista na LSA, a gestão dos negócios sociais, preferência para subscrição de ações, e retirar-se da sociedade nos casos previstos.
São esses os mínimos direitos conferidos a qualquer um que tenha a qualidade de acionista. Os estatutos podem conferir mais direitos, mas nunca suprir estes.
Ultimamente há um grande crescimento de sociedades anônimas e investimentos na BOVESPA, devemos isso ao modelo societáriosupra delineado.

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