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Resumo de Processo Penal.Completo

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Resumo das aulas de Processo Penal, elaborado pelos acadêmicos Edson Araújo e Filipe Brito, este humilde trabalho 
deve ser encarado como auxiliar nos estudos. 
 1 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 
 
1 Do Processo em Geral: Princípio, Sistemas e História. 
1.1 Direito Processual Penal: conceito, objeto, fins, características, posição no quadro geral do direito, autonomia, nomenclatura. 
1.2 História do Direito Processual Penal: evolução histórica nos diversos períodos da história mundial (Grécia, Direito Romano, Direito 
Germânico, Direito Canônico) e a história do Processo Penal Brasileiro. 
1.3 Relações com outros ramos do direito e com outras ciências. 
1.4 Fontes do Direito Processual Penal. 
1.5 Princípios que regem o Direito Processual Penal 
1.6 Sistemas Processuais: Inquisitório, Acusatório e Misto 
 
2 Aplicação do Direito Processual Penal. 
2.1 Conceito de norma processual. Elementos e Aplicabilidade. 
2.2 A lei processual no tempo: efeitos, vigência, repristinação. 
2.3 A lei processual no espaço: territorialidade e exercício da soberania.Das imunidades. 
 
06/08/2012 – apresentação do plano de aula 
NOÇÕES GERAIS 
- PROCESSO PENAL 
- DIREITO PROCESSUAL PENAL 
- HISTÓRIA 
- SISTEMAS PROCESSUAIS PENAL 
PRINCÍPIOS E FONTES 
- PRINCÍPIOS 
- LEI PROCESSUAL NO TEMPO E NO ESPAÇO 
- FONTES 
 
· INQUÉRITO POLICIAL 
Resumo das aulas de Processo Penal, elaborado pelos acadêmicos Edson Araújo e Filipe Brito, este humilde trabalho 
deve ser encarado como auxiliar nos estudos. 
 2 
· AÇÃO PENAL 
· PROVA PENAL 
· JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA 
· AÇÃO CIVIL X EX DELICTO 
· SUJEITOS PROCESSUAIS 
 
08/08/2013 – não houve aula 
 
13/08/2013 
CONTRATO SOCIAL NO COMPORTAMENTO DO HOMEM, DESDE ENTÃO ELE PASSOU A DISPOR DE SUA LIBERDADE 
TENDO O SEU COMPORTAMENTO ADEQUADO NA SOCIEDADE SENDO DETERMINADO PELO ESTADO. 
O FATO PRATICADO PELO INDIVÍDUO É DETERMINANTE PARA DEFINIR A PENA ENTRE O MÍNIMO E O MÁXIMO 
O DIREITO DE PUNIR DO ESTADO ESTÁ EM ABSTRATO SEMPRE ANTES DO FATO jus puniendi in abstracto E O DIREITO 
DE PUNIR EM CONCRETO SE INICIA COM O FATO jus puniendi in concreto. 
EM NOSSO ORDENAMENTO JURÍDICO É IMPRESCINDÍVEL A PRESTAÇÃO JURISDICIONAL, JURISDIÇÃO NECESSÁRIA 
(MESMO NOS CASOS DE TRANSAÇÃO PENAL DEVE-SE HOMOLOGAR EM JUIZO). 
O PROCESSO É UM INSTRUMENTO QUE VIABILIZA A APLICAÇÃO DA LEI PENAL, FUNDADA NA CLÁSSICA DOUTRINA 
PROCESSUAL ITALIANA DE BULOW, CARNELUTTI, CHIOVENDA, LIEBMAM E CALAMANDREI. 
PARA A PROVA 
EXISTE LIDE NO PROCESSO PENAL? NO BRASIL A CORRENTE MAJORITÁRIA FUNDADA NA VISÃO DE CARNELUTTI 
AFIRMA QUE TODA LIDE É UM PROCESSO 
JÁ NA VISÃO DE CHIOVENDA NEM TODA LIDE É UM PROCESSO, POIS EXISTE A POSSIBILIDADE DAS PARTES 
CONVERGIREM COM OS MESMOS PEDIDOS, COMO POR EXEMPLO EM UM PROCESSO TENDO O AUTOR DA AÇÃO 
PEDINDO A ABSOLVIÇÃO E O MINISTÉRIO PÚBLICO TAMBÉM PEDINDO A ABSOLVIÇÃO. 
JUS PUNIENDI X JUS LIBERTATIS 
A CLÁSSICA DOUTRINA ITALIANA SUSTENTOU ATRAVÉS DE CARNELUTTI QUE EXISTE LIDE NO PROCESSO PENAL, A QUAL 
SE TRADUZ NO CONFLITO ENTRE A PRETENSÃO DO ACUSADOR QUE TENTA IMPOR AO JUS PUNIENDI ESTATAL, CONTRA 
A PRETENSÃO DO ACUSADO QUE SE APEGA AO SEU JUS LIBERTATIS. 
EM CONTRA PARTIDA, CONTRARIANDO OS ARGUMENTOS SOBRE A EXISTÊNCIA DA LIDE NO PROCESSO PENAL, 
CHIOVENDA DEFENDE QUE A EXISTÊNCIA DO PROCESSO NÃO ESTÁ CONDICIONADA UMA LIDE (PRETENSÃO RESISTIDA), 
TENDO EM VISTA QUE, POR VEZES, AS PRETENSÕES DAS PARTES PODEM CONVERGIR. 
Resumo das aulas de Processo Penal, elaborado pelos acadêmicos Edson Araújo e Filipe Brito, este humilde trabalho 
deve ser encarado como auxiliar nos estudos. 
 3 
NO BRASIL, ATUALMENTE, TEM PREVALECIDO NA DOUTRINA AS IDEIAS DE CARNELUTTI, ACEITANDO A EXISTÊNCIA DA 
LIDE NO PROCESSO. NO ENTANTO, HÁ UMA CORRENTE MINORITÁRIA, A EXEMPLO DO PROFESSOR AURI LOPES JÚNIOR 
QUE SE FILIA AO ENTENDIMENTO DE CHIOVENDA, ARGUMENTANDO QUE O PRÓPRIO ARTIGO 127 DA CF/88 ATESTA 
QUE O MINISTÉRIO PÚBLICO É UM ENTE IMPARCIAL, NÃO PODENDO, PORTANTO, FIGURAR NO CLÁSSICO TRIÂNGULO 
PROCESSUAL. 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da 
ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
 
Assim podemos inserir alguns exemplos onde não há lide no processo penal, quando mesmo com a denuncia ao órgão policial o MP 
requer a absolvição do acusado, quando o acusado confessa a autoria do fato criminoso e manifesta a intenção de se submeter à 
punição estatal, na execução penal não há lide apenas sujeição do condenado a regimes prisionais, não há lide nas ações de revisão 
criminal, não há lide na reabilitação e em alguns casos de hábeas corpus, quando o próprio MP os ajuíza. 
 
15/08/2013 
 
O MONOPÓLIO DA JUSTIÇA É DO ESTADO? SIM 
 
PARA TÁVORA EXISTEM EXCEÇÕES COMO ELE CITA NOS CASOS DE AUTODEFESA (LEGÍTIMA DEFESA) E NA 
AUTOCOMPOSIÇÃO (TRANSAÇÃO PENAL) ART. 76 DA LEI 9099/95, MAS ELE ESTÁ ERRADO. 
 
VEJAMOS PORQUE TÁVORA ESTÁ ERRADO; NOS CASOS DE AUTODEFESA (LEGÍTIMA DEFESA), SERÁ NECESSÁRIO A 
SENTENÇA PROFERIDA POR UM JUIZ ACEITANDO A TESE DA LEGÍTIMA DEFESA ASSIM SENDO ABSOLVENDO O AUTOR E 
NESTA SENTENÇA ALI ESTÁ O ESTADO NA INVESTIDURA DO JUIZ E NOS CASOS DE AUTOCOMPOSIÇÃO SERÁ 
NECESSÁRIO QUE O JUIZ HOMOLOGUE A TRANSAÇÃO ACORDADA PELAS PARTES E AÍ MAIS UMA VEZ VEMOS O PAPEL 
DO ESTADO INVESTIDO NO JUIZ PARA DECIDIR A COMPOSIÇÃO PENAL. 
O JUS PUNIENDI ESTATAL (DIREITO DE PUNIR) EM CONCRETO COMEÇA EXISTIR A PARTIR DO FATO, ANTES DO FATO O 
JUS PERSEQUENDI ESTATAL É APENAS ABSTRATO, SERVINDO APENAS DE ORIENTADOR DA CONDUTA HUMANA. 
PARA PROVA 
PERSECUÇÃO CRIMINAL É UM CONJUNTO DE ATIVIDADES EXERCIDAS PELOS ÓRGÃOS ESTATAIS VISANDO A APURAÇÃO 
DA AUTORIA (AUTOR DO FATO) E DA MATERIALIDADE DELITIVA (PROVA DA EXISTÊNCIA DO CRIME) DIVIDIDO EM 
PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS. 
O JUS PERSEQUENDI DIFERENTE DO JUS PUNIENDI, POIS O JUS PERSEQUENDI (DIREITO DE PERSEGUIR) COMEÇA A 
PARTIR DO FATO NÃO EXISTINDO ANTES DESTE, E PODEMOS DIVIDI-LO EM DUAS FASES: 
1ª FASE: INQUÉRITO POLICIAL (INQUISITÓRIA E PREPARATÓRIA) 
2ª FASE: AÇÃO PENAL (FASE JUDICIAL) ESTA É A FASE GARANTISTA DO CONTRADITÓRIO, SENDO CONHECIDO COMO 
CONTRADITÓRIO POSTERGADO POR NÃO EXISTIR NA FASE INQUISITÓRIA. 
Caráter da substitutividade - O Estado substitui à vontade dos litigantes com a sua atividade a fim de promover 
a justa composição da lide através da aplicação de regras jurídicas genéricas e impessoais fixadas objetivamente. 
 
Resumo das aulas de Processo Penal, elaborado pelos acadêmicos Edson Araújo e Filipe Brito, este humilde trabalho 
deve ser encarado como auxiliar nos estudos. 
 4 
20/08/2013 
PARA PROVA 
DIFERENCIE PROCESSO PENAL DE DIREITO PROCESSUAL PENAL 
PROCESSO PENAL (INSTRUMENTO FÍSICO) DIREITO PROCESSUAL PENAL (NORMAS) 
 PROCESSO PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL 
CONCEITO 
É UMA SEQUÊNCIA DE ATOS, 
FATOS E NEGÓCIOS JURÍDICOS 
QUE VISA APURAR A AUTORIA E A 
MATERIALIDADE 
É UM CONJUNTO DE NORMAS E 
PRINCÍPIOS QUE REGEM O 
PROCESSO PENAL 
OBJETO 
TUDO QUE SE COLOCA DIANTE DO 
JUÍZ A ESPERA DE UM 
PROVIMENTO (DECISÃO) 
ESTUDO DAS NORMAS E 
PRINCÍPIOS 
FINALIDADE 
SER O INSTRUMENTO QUE 
CONCRETIZA A JURISDIÇÃO. 
(DIZER O DIREITO) 
IMEDIATA - VIABILIZA A 
APLICAÇÃO DO DIREITO PENAL 
 
MEDIATA - PACIFICAÇÃO SOCIAL 
CARACTERÍSITICAS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
· AUTONOMIA - O direito processual não é submisso ao direito material (Direito Penal), pois possui princípios e 
regras próprias. 
· INSTRUMENTALIDADE - É meio para fazer atuar o Direito Penal. 
· NORMATIVIDADE (DECRETO LEI 3689/1941, CRIAÇÃO DO CPP) é a partir da norma processual penal que se 
instrumenta os princípios, organiza os institutos e constrói o sistema processual pátrio. 
· RELAÇÃO COMOS DEMAIS RAMOS DO DIREITO, POIS SE COMUNICAM E INFLUENCIAM ENTRE SI, TENDO UMA 
RELAÇÃO DE SUBSISTÊNCIA MUTUA COM O DIREITO PENAL, POIS SEM O PROCESSO PENAL O DIREITO PENAL 
NÃO TEM APLICABILIDADE, É O PROCESSO PENAL MEIO DE REALIZAÇÃO DO DIREITO PENAL, CARATER 
INSTRUMENTAL. 
 
 
 
Processo Penal 
 
Conceito de processo penal de Hélio Tornaghi: “é uma seqüência ordenada de fatos, atos e 
negócios jurídicos que a lei impõe ou dispõe para averiguação do crime e da autoria e para o 
julgamento da ilicitude e da culpabilidade”. 
Objeto do processo penal é tudo o que se coloca diante do juiz à espera do provimento 
jurisdicional. Numa concepção mais moderna abrange desde o exame dos elementos do crime, da 
classificação da infração penal feita na peça acusatória e das circunstâncias judiciais (art. 59 do CP) e 
legais (agravantes, atenuantes, causas de aumento e diminuição de pena) aferíveis na 
individualização da pena. 
Finalidade processo é ser instrumento que concretiza a jurisdição estatal dando possibilidade 
,ao Estado/Juiz, de aplicar a lei na solução da lide. 
 
Resumo das aulas de Processo Penal, elaborado pelos acadêmicos Edson Araújo e Filipe Brito, este humilde trabalho 
deve ser encarado como auxiliar nos estudos. 
 5 
Direito Processual Penal 
 
Conceito de Direito Processual Penal segundo Fernando Capez, é o conjunto de princípios e 
normas que disciplinam a composição das lides penais, por meio da aplicação do Direito Penal 
Objetivo. 
Objeto do Direito Processual Penal é o estudo das normas e princípios relativos às pessoas 
que intervêm no processo, às relações entre elas, e ao procedimento, entendido este como a 
coordenação das atividades por elas desenvolvidas. 
Finalidade pode ser dividida em: 
 
· Mediata, que diz respeito a própria pacificação social obtida com a solução do conflito. 
· Imediata, que é o fato de que o Direito Processual Penal viabiliza a aplicação do Direto 
Penal. 
 
Teoria unitária e Teoria dualista 
 
 As normas penais são divididas em materiais (ex: os crimes previstos no Código Penal) e processuais 
(ex: procedimentos comuns e especiais), diante deste dualismo surgem duas importantes teorias que versam 
sobre a relação entre o Direito Material e o Direito Processual: 
 Teoria Dualista (Chiovenda) – defende que o ordenamento jurídico se divide nitidamente em direito 
material e direito processual. Segundo esta teoria o direito material dita as regras em abstrato (condutas 
típicas do Código Penal), as quais se tornam concretas no exato momento em que ocorre o fato descrito na 
norma, sem qualquer participação do juiz, sendo o processo apenas o instrumento para externar a vontade do 
direito, não contribuindo em nada para a formação das normas concretas. 
 Teoria Unitária (Carnelutti) – defende que o direito material (Código Penal) não tem condições de 
disciplinar sempre todos os conflitos de interesses, sendo necessário o processo para a complementação dos 
comandos da lei. Nesta teoria não há uma nítida cisão entre o direito material e o direito processual, por 
entender que o processo participa da criação de direitos subjetivos e obrigações que nascem com a prolação 
da sentença. 
 
22/08/2013 
 
HISTÓRIA DO PROCESSO PENAL 
 
NO MUNDO 
 
 
EGITO 
a) O Poder Judiciário era confinado aos sacerdotes 
b) Os crimes mais graves eram julgados por um Tribunal Supremo, formado por homens de maior prestigio e 
equilíbrio. 
c) Os atos processuais, em geral, eram feitos de forma escrita. 
d) As instruções do processo eram públicas, já o julgamento era secreto. 
 
 
 
Resumo das aulas de Processo Penal, elaborado pelos acadêmicos Edson Araújo e Filipe Brito, este humilde trabalho 
deve ser encarado como auxiliar nos estudos. 
 6 
PALESTINA 
 
a) A organização judiciária era composta de três tribunais: Tribunal dos três (composto de 03 juízes que 
julgavam causas de interesse pecuniário), Tribunal dos vinte e três (composto de 23 juízes que julgava 
os recursos contra decisões do Tribunal dos Três e, originariamente, os delitos apenados com morte) e 
Tribunal dos Setenta (também denominado Sinédrio, composto por 70 juízes, considerado a Suprema 
Corte dos Hebreus, com a função de interpretar a legislação hebraica e julgar os senadores, profetas, 
chefes militares, as cidades e as tribos rebeldes). 
b) Só aplicava pena de multas e morte, pois não havia pena de prisão, salvo a prisão em flagrante. 
c) Não poderia haver condenação com base no depoimento de uma única testemunha, assim como não 
poderia haver condenação com base apenas na confissão. 
d) Eram proibidos interrogatórios ocultos 
e) A instrução e os debates eram orais, porem os julgamentos secretos. 
 
*TRIBUNAL DOS 03 – RELATIVO A PENAS PECUNIÁRIAS 
*TRIBUNAL DOS 23 - COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA 
*TRIBUNAL DOS 70 - SINDÉRIO 
 
 
GRÉCIA 
a) Os gregos dividiam os crimes em delitos privados (menos graves, cuja acusação ficava a cargo da 
vítima, seus representantes ou sucessores) e delitos públicos (mais graves, sendo a acusação de 
qualquer do povo – ação popular) 
b) A organização judiciária era composta por quatro tribunais: 
I. Assembléia do Povo – somente julgava os crimes políticos mais graves 
II. Areópago – constituído de 51 juízes, era considerado o mais famoso tribunal, julgava os homicídios 
premeditados, os envenenamentos, os incêndios e outros crimes punidos com morte, 
III. Tribunal de Efetas – julgava apenas os homicídios não premeditados. 
IV. Tribunal dos Heliasta – reunia-se na praça pública sob o sol, composto por 6000 pessoas, 
recrutadas anualmente, que eram divididas entre 10 seções, as quais formavam as Turmas 
julgadoras, onde julgavam todos os casos criminais, salvo os crimes de competência do Areópago e 
dos Efetas. 
c) Não havia instrução probatória, as provas apresentadas no dia do julgamento, sendo as testemunhas 
obrigadas a depor, sob pena de serem aplicados os tormentos. 
d) Não havia prisão preventiva, salvo quando se tratasse de crime de conspiração contra a pátria e ordem 
pública. 
e) Nas hipóteses de acusação caluniosa, o acusador era punido. 
f) O não comparecimento do réu implicaria julgamento à revelia, prevalecendo a acusação contra ele 
formulada. 
g) O julgamento era público e oral 
 
 
ROMA 
 
a) Assim como na Grécia, havia o processo penal privado (iudicium privatium) e o público (iudicium 
publicium), mas com o passar do tempo, o processo privado foi praticamente abandonado. 
b) As formas de procedimento do direito romano antigo foram: 
Resumo das aulas de Processo Penal, elaborado pelos acadêmicos Edson Araújo e Filipe Brito, este humilde trabalho 
deve ser encarado como auxiliar nos estudos. 
 7 
1. Cognitio – surgiu na Monarquia e estendeu-se até a República, sendo o sistema inquisitorial puro, no 
qual imperava o arbítrio, pois o réu podia ser preso preventivamente, a critério do julgador, e não 
tinha direito de se defender, nem de apresentar provas, mas com o decorrer do tempo passou-se a 
permitir que o condenado recorresse da condenação ao povo reunido em comício. 
2. Acusatio – surgiu no início da República através da justiça centurial, em que as centúrias (integradas 
por patrícios e plebeus) administraram a justiça penal em um procedimento oral e público, sendo suas 
características a separação entre função de acusador (feita pelo povo) e julgador, o julgamento feito 
por colegiado popular onde predominava a publicidade e a oralidade e por órgãos julgadores 
temporários. 
3. Cognitio extra ordinem – surgiu no Baixo Império Romano, possuindo as seguintes características: o 
processo penal estava a cargo do Senador, o sistema processual passou a ter o tipo inquisitorial, foram 
recrudescido os poderes do julgador e limitado o direito de acusação, o juiz poderia dar inicio e julgar 
o processo, sem necessitar de acusaçãoformal e a instrução passou a ser secreta, escrita e não 
contraditória. 
 
 
GERMÂNICO 
 
a) Havia distinção entre delito de ação penal pública e privada 
b) Na ação pública, a acusação ficava a cargo do clã, na privada, era feita pela vítima ou seus familiares 
perante a Assembléia, que era presidida pelo Rei, Príncipe, Duque ou Conde. 
c) Admitia-se a autodefesa (justiça com as próprias mãos) 
d) A confissão do réu dispensava a instrução do feito 
e) O ônus de provar a inocência era do réu 
f) Buscava-se a verdade através do juramento e Juízes de Deus (ordálias). 
g) Admitia-se o contraditório, a oralidade, a concentração e a publicidade. 
 
ORDÁLIAS: ORDÁLIA É UM TIPO DE PROVA JUDICIÁRIA USADO PARA DETERMINAR A CULPA OU A INOCÊNCIA 
DO ACUSADO POR MEIO DA PARTICIPAÇÃO DE ELEMENTOS DA NATUREZA E CUJO RESULTADO É 
INTERPRETADO COMO UM JUÍZO DIVINO.1 TAMBÉM É CONHECIDO COMO JUÍZO DE DEUS (JUDICIUM DEI, EM 
LATIM). 
 
CANÔNICO 
 
a) Vigorou entre o século XIII até o XVIII 
b) Inspirou-se no processo penal extraordinário dos romanos 
c) Aplicava-se o processo inquisitório no julgamento dos crimes comuns e religiosos 
d) Aboliu-se a acusação pública 
e) Depoimentos das testemunhas eram colhidos em segredo 
f) O interrogatório era precedido ou seguido de tortura, a qual estava regulamentada sendo considerada 
a rainha das provas. 
g) Supressão da oralidade e da publicidade nos julgamentos 
 
 
 
Processo Penal no Brasil 
Resumo das aulas de Processo Penal, elaborado pelos acadêmicos Edson Araújo e Filipe Brito, este humilde trabalho 
deve ser encarado como auxiliar nos estudos. 
 8 
 
Período Colonial 
No período do descobrimento, vigoravam as ordenações Afonsinas (1446-1514), Manuelinas (1514-
1569) e o Código de Dom Sebastião (1569-1603), sendo que dessas somente as Manuelinas foram aplicadas 
por Martim Afonso de Souza, ao formar a organização judiciária da colônia similar a de Portugal. 
Posteriormente, entraram em vigor as ordenações Filipinas (1603-1824), porém, o Decreto de 
23.05.1821, da lavra de Dom Pedro I, aboliu tais ordenações e trouxe várias inovações: 
 
a) Aboliu as prisões provisórias arbitrárias 
b) Estabeleceu que as provas deveriam ser abertas e públicas, para facilitar a defesa 
c) Vedou que as pessoas fossem levadas em masmorras, abolindo também o uso de correntes, algemas, 
grilhões e outros ferros. 
 
Período Imperial 
Com a independência do país, entrou em vigor, em 1824, a primeira Constituição do Brasil, sendo o 
primeiro Código de Processo Penal datado de 29.11.1832. 
 Tal código era composto de duas partes: uma da Organização Judiciária e outra da Forma do Processo. 
 
Período Republicano 
 
A Constituição Republicana de 24.02.1891 atribuiu aos Estados a faculdade de legislar sobre processo 
penal, no entanto, nem todos os Estados criaram seus Códigos Processuais. 
Na verdade essa outorga prejudicou a aplicação da lei penal e o avanço do processo penal no país, 
somente sendo restabelecido através da Constituição Federal de 1934, que devolveu a unidade processual, 
competindo à União legislar sobre processo penal. 
Com o advento da Constituição de 1937, providenciou-se a criação de um novo CPP e, em 03.10.1941, 
foi promulgado o primeiro Código de Processo Penal Republicano, com as seguintes características: 
 
a) Manutenção do inquérito policial 
b) Estabelecimento da instrução contraditória 
c) Separação das funções acusatórias e julgadora, salvo no procedimento das contravenções penais 
d) Submissão ao sistema acusatório de todas as formas procedimentais 
e) Restrição da competência do Tribunal do Júri 
 
Vale ressaltar que somente a partir da Constituição de 1988 se restabeleceu o sistema acusatório puro, sendo 
conferido ao Ministério Público, em regra, o monopólio da ação penal, mantendo-se a persecução criminal 
pela vítima e seus familiares nas ações penais privadas. 
 
 
ATUALMENTE ESTAMOS COM O PROJETO DE LEI 159/2009 QUE TRATA DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL E 
AGUARDA SUA APROVAÇÃO. 
 
Resumo das aulas de Processo Penal, elaborado pelos acadêmicos Edson Araújo e Filipe Brito, este humilde trabalho 
deve ser encarado como auxiliar nos estudos. 
 9 
SISTEMAS PROCESSUAIS 
 
 
INQUISITIVO - ACUSADOR, JULGADOR E DEFENSOR ENCONTRAM-SE NA MESMA PESSOA, a própria lei diz o valor da 
prova, nunca há o transito em julgado, o processo poderá ser aberto a qualquer momento. Neste sistema o acusado não 
possui qualquer garantia como o contraditório, a ampla defesa e o devido processo legal, podendo o processo, inclusive, 
correr de forma sigilosa por ato discricionário do juiz. Não há igualdade entre as partes e nem a presunção de inocência, 
sendo comum o acusado permanecer preso durante toda a formação da culpa. 
 
ACUSATÓRIO - ADOTADO NO BRASIL, ACUSADOR, JULGADOR E DEFENSOR SERÃO PESSOAS DISTINTAS, a sentença 
transitada em julgado (não há mais recurso, exceção a rescisória criminal) faz coisa julgada. Caracteriza-se pela distinção 
absoluta entre as funções de acusar, defender e julgar, sendo assegurado ao acusado o contraditório e a ampla defesa, 
devendo o processo correr de acordo com as determinações legais (procedimentos). 
A produção de prova incumbe às partes as quais possuem total isonomia processual, bem como vigora a 
presunção de inocência, devendo o acusado responder ao processo em liberdade. 
 
Características do sistema acusatório: 
Investigação afeta a um órgão do Estado (Delegacia de Polícia), distinto do órgão Judiciário. 
Processo de partes, estando de um lado a acusação (Ministério Público) e do outro o acusado. 
Presunção de inocência 
Julgamento feito por populares (jurados) crimes contra a vida, ou por órgãos judiciários totalmente imparciais (juiz) 
Igualdade das partes 
Necessidade do contraditório 
Prova produzida pelas partes, só aceita a prova ilícita se for à única que possa inocentar o réu. 
Liberdade das partes quanto à apresentação das provas. 
Proibição de o juiz provocar sua jurisdição (Princípio da Inércia Judicial) 
Processo oral e escrito, público e contraditório. 
Livre convicção quanto à apreciação das provas (juiz) 
Liberdade do acusado é regra, admitindo-se, excepcionalmente, a prisão preventiva. 
Sentença faz coisa julgada, mormente em favor do réu, quando contrária ao réu pode haver revisão criminal.(CPP atr. 
621 e seguintes). 
 
 
MISTO 
Também denominado Sistema Napoleônico ou Reformador, é a combinação dos dois sistemas anteriores, abrangendo 
duas fases processuais distintas: A fase inquisitiva, onde não há o contraditório, a ampla defesa e a publicidade, sendo 
realizada uma investigação preliminar e uma instrução preparatória sob o comando do juiz e a fase do julgamento, em 
que são asseguradas ao acusado todas as garantias (contraditório, ampla defesa, etc.). 
Diferencia-se mormente do sistema Acusatório por ter duas fases procedimentais distintas: 
· Fase inquisitiva, onde não há o contraditório, a ampla defesa e a publicidade, sendo realizada uma investigação 
preliminar e uma instrução preparatória sob o comando do juiz. 
· Fase do julgamento, em que são asseguradas ao acusado todas as garantias (contraditório, ampla defesa, etc.). 
 
Seriam dois juizes distintos, um na fase inquisitiva e outro na fase do julgamento. 
 
- PARA NUCCI ESTE SISTEMA É O DO BRASIL, A FASE INVESTIGATIVA É PROCESSO PARA O JUIZ E DEPOIS VEM A FASE 
JUDICIAL. 
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 10 
 
O INQUÉRITO NÃO É PROCESSO É TÃO SOMENTE UM PROCEDIMENTO (PRESIDIDO POR AUTORIDADE ADMINISTRATIVA: 
DELEGADO). 
 
29/08/2013 
 
TEORIA DOS PRINCÍPIOS: 
 
O CONCEITO DOUTRINÁRIO ATRIBUÍDO A NORMA ENGLOBA DOIS ELEMENTOS ESSENCIAIS QUE POSSUEM ESTREITA 
LIGAÇÃO COM O DISPOSITIVO NORMATIVO,QUAIS SEJAM: 
1. AS REGRAS 
2. E OS PRINCÍPIOS. 
 
NO TOCANTE AOS PRINCÍPIOS O ORDENAMENTO JURÍDICO POSSUI UMA INFINIDADE DE RAZÕES QUE DEVEM 
ORIENTAR A SOLUÇÃO DA LIDE, NORTEANDO A APLICAÇÃO DAS REGRAS AO CASO CONCRETO. 
NA DÉCADA DE 1960/70 SURGEM DOIS AUTORES QUE IRIAM REVOLUCIONAR O ESTUDO ACERCA DOS PRINCÍPIOS. 
RONALD DWORKIN CRIA O PRIMEIRO ESBOÇO DA PRINCIPIOLOGIA QUE, MAIS ADIANTE, SERIA APRIMORADO POR 
ROBERT ALEXY QUE CRIOU A RELAÇÃO DE PRECEDÊNCIA CONDICIONADA. 
 
 
 
 
 
 
FÓRMULA – (P1 P2) c=CASO 
 P 
 
 VÁLIDA 
 REGRA – TUDO OU NADA ~ REGRA X REGRA 
 INVÁLIDA 
NORMA 
 CASO 
 PRINCÍPIOS ~ SE OU ENTÃO ^ P X P 
 
 
DEU-SE ATENÇÃO AOS CONFLITOS ENTRE REGRAS E PRINCÍPIOS, CONCLUINDO QUE QUANDO UMA REGRA ENTRA EM 
CONFRONTO COM OUTRA REGRA APENAS UMA SERÁ CONSIDERADA VÁLIDA PARA O SISTEMA JURÍDICO. EM 
CONTRAPARTIDA, QUANDO UM PRINCÍPIO SE CONFRONTA COM OUTRO HAVERÁ UM SOPESAMENTO PARA 
IDENTIFICAR AQUELE QUE MELHOR SE ADÉQUA A SOLUÇÃO DO CASO CONCRETO. 
SENDO ASSIM, QUANDO O PRINCÍPIO 1(P1) PREPONDERAR/ PREVALECER/ SOPESAR O PRINCÍPIO 2(P2) PELAS 
CARACTERÍSTICAS DO CASO, ISSO NÃO QUER DIZER QUE O PRINCÍPIO PREPONDERADO/ PREVALECIDO/ SOPESADO SERÁ 
EXCLUÍDO DO SISTEMA, PODENDO, EM OUTRO CASO, VIR A PREVALECER. 
 
03/09/2013 
 
-SOPESAMENTO 
-PREVALÊNCIA 
-PREPONDERÂNCIA 
Resumo das aulas de Processo Penal, elaborado pelos acadêmicos Edson Araújo e Filipe Brito, este humilde trabalho 
deve ser encarado como auxiliar nos estudos. 
 11 
PRINCÍPIOS GERAIS INFORMADORES DO PROCESSO – 
 
IMPARCIALIDADE DO JUIZ - TRATA-SE DE CAPACIDADE SUBJETIVA DO ORGÃO JURISDICIONAL, POIS O JUIZ NÃO VAI AO 
PROCESSO EM NOME PROPRIO, NEM AO CONFLITO DE INTERESSES COM AS PARTES, O JUIS ESTA NA RELAÇÃO 
PROCESSUAL ENTRE AS PARTES E ACIMA DELAS, INTIMAMENTE LIGADO A ESTE PRINCÍPIO ESTA O DO JUIZ NATURAL, 
DAS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO ART 95 DA CF/88 DADAS AOS MAGISTRADOS E O DA PROIBIÇÃO 
CONSTITUCIONAL DE INSTAURAÇÃO DE JUIZES E TRIBUNAIS DE EXCEÇÃO. 
 
IMPEDIMENTO - CRITÉRIO OBJETIVO 
 FORMAS DE IMPUGNAÇÃO 
SUSPEIÇÃO - CRITÉRIO SUBJETIVO 
 
IMPEDIMENTO – É CAUSA OBJETIVA, DEVE-SE CONHECER DE OFÍCIO EM QUALQUER TEMPO, SE FOR PROLATADA 
SENTENÇA ESTA TERÁ NULIDADE ABSOLUTA, E ENSEJARÁ A PROPOSITURA DE AÇÃO RESCISÓRIA. 
São causas de IMPEDIMENTO: ser parte; ter oficiado no processo como perito ou membro do MP ou prestado 
depoimento; ter parente até segundo grau como advogado (quando este já estiver no processo, caso contrario o 
impedimento é do advogado); ser parente até 3° grau de alguma das partes. 
 
SUSPEIÇÃO – É MENOS GRAVE QUE O IMPEDIMENTO, POIS O PROCESSO CONDUZIDO POR JUIZ SUSPEITO SEM QUE O 
MESMO RECONHEÇA NEM AS PARTES RECLAMEM, NÃO HAVERÁ VÍCIO OU NULIDADE. 
São causas de SUSPEIÇÃO: Juiz ser amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes; alguma das partes ser 
credora ou devedora do juiz ou de seu parente até 3° grau; ser empregador ou herdeiro de alguma das partes; por 
razões de foro íntimo. 
 
PRINCÍPIO DA IGUALDADE PROCESSUAL – DESDOBRAMENTO DO PRINCÍPO CONSTITUCIONAL DA IGUALDADE, ONDE AS 
PARTES DEVEM TER AS MESMAS OPORTUNIDADES DE FAZER VALER SUAS RAZÕES E SER TRATADAS IGUALMENTE NA 
MEDIDA DE SUAS DESIGUALDADES, NO PROCESSO PENAL HÁ MITIGAÇÃO DESTE PRINCÍPIO PELO FAVOR REI POIS O 
ACUSADO POSSUI ALGUMAS PREVALÊNCIAS TIPO; ART 609 (EMBARGOS INFRIGENTES E DE NULIDADE) ART 621 ( 
REVISÃO CRIMINAL). 
 
FORO PRIVILEGIADO – PRINCÍPIO DO JUÍZ NATURAL 
 
PESSOAS COMUNS JUIZ 
PREFEITO TJ 
FORO POR PRERROGATIVA, NÃO OFENDE AO PRINCÍPIO DA 
IGUALDADE, pois visa proteger não o indivíduo e sim a função 
pública ou cargo que o mesmo ocupa, há controvérsias na 
doutrina. 
GOVERNADOR STJ 
PRESIDENTE STF 
 
 
 
 
 
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 12 
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO 
 
Trata-se do direito assegurado às partes de serem cientificadas de todos os atos e fatos havidos no curso do 
processo, podendo se manifestar a respeito de produzir as provas necessárias antes de ser produzida a 
decisão jurisdicional. 
NÃO SE CONFUNDE COM O DA AMPLA DEFESA, APENAS QUE O ATO DEVERÁ SER INFORMADO PARA MANIFESTAÇÃO 
DO RÉU. 
O RÉU DEVE CONHECER A ACUSAÇÃO QUE LHE SEJA IMPUTADA PARA PODER CONTRARIÁ-LA, EVITANDO SER 
CONDENADO SEM SER OUVIDO. O ART. 261 DO CPP DETERMINA QUE :” NENHUM ACUSADO, AINDA QUE AUSENTE OU 
FORAGIDO, SERÁ PROCESSADO OU JULGADO SEM DEFENSOR”. 
 
O contraditório é um princípio típico do processo acusatório, inexistindo no inquisitivo. 
 
CONTRADITÓRIO POSTERGADO - O JUIZ FAZ PARA DEPOIS INFORMAR, EX: PRISÃO PREVENTIVA, ESCUTA TELEFÔNICA. 
 
-SEMPRE QUE A MEDIDA FOR URGENTE 
-HOUVER PERIGO DE INEFICÁCIA 
 
É UMA MEDIDA INAUDITA ALTERA PARS 
 
PRINCÍPO DA AMPLA DEFESA 
A defesa aqui mencionada traduz o dever que assiste ao Estado de facultar ao acusado toda a defesa possível quanto à 
imputação que lhe foi realizada e pode ser dividida em defesa técnica (efetuada por profissional habilitado), sendo esta 
sempre obrigatória, e em autodefesa (realizado pelo próprio acusado no momento do interrogatório) ficando esta a 
critério do réu que pode permanecer calado e invocar o direito ao silêncio. Parte da doutrina subdivide o princípio da 
ampla defesa em: 
 
Plena Defesa=(plenitude da defesa) princípio constitucional alocado no art. 5° XXXVIII a; que possibilita ao réu 
utilizar de expedientes, tais como: Recusar imotivadamente três dos jurados do conselho de sentença, possibilidade do 
réu de apresentar testemunha no dia da sessão, esta sendo fundamental para a sua defesa( o juiz poderá admitir a 
oitiva desta), utilização de prova colhida de forma ilegal, se esta for a única prova que possa inocentar o réu. 
 
Ampla Defesa – Compete ao estado o dever de proporcionar a todo acusado a mais completa defesa, pessoal 
(autodefesa) ou técnica (efetuada por defensor). 
 
 
 
 
AMPLA DEFESA PLENA DEFESA 
 
-CPP TODOS OS CASOS -USA-SE ARGUMENTOS NÃO LEGAIS 
-AUTO DEFESA-INTERROGATÓRIO EX: LEGÍTIMA DEFESA DA HORA 
 O ACUSADO QUE EXERCE -SÓ SE USA NO JURÍ 
-DEFESA TÉCNICA-SÓ O ADVOGADO 
 VER EXCEÇÃO 
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 13 
(Ao réu não habilitado, que não seja advogado instituído no processo, não é permitido fazer a sua defesa técnica.) 
 
 
PRINCÍPO DA INCIATIVA DAS PARTES 
O juiz não pode dar início ao processo sem a provocação das partes. Cabe as partes a provocação da jurisdição, 
ao MP promover privativamente a ação penal pública (CF art. 129,I) e ao ofendido a ação penal privada inclusive a 
subsidiária da pública(CPP arts. 29 e 30, CF art. 5°, LIX) através do direito de ação, visando o provimento jurisdicional, 
pois o juiz jamais poderá iniciar o processo penal sem que haja provocação do legitimado. 
-CABE AS PARTES PROVOCAR A JURISDIÇÃO 
 
*MINISTÉRIO PÚBLICO NAS AÇÕES PÚBLICAS 
*INDIVÍDUO NAS AÇÕES PRIVADAS e na ação penal privada subsidiárias da pública. 
 
PRINCÍPO DA OFICIALIDADE 
 
OFICIALIDADE – Os órgãos incumbidos do persecutio crimines não podem ser privados, a ação penal pública é 
exclusiva do MP, há exceções a este princípio ex. a ação penal privada, a ação penal personalíssima. 
 
OFICIOSIDADE – As autoridades públicas incumbidas da persecução penal (inquisitório) devem agir de ofício, agir sem 
a necessidade de provocação ou de assentimento (momento do acusatório). 
 
OFICIALIDADE OFICIOSIDADE 
 
OFICIALIDADE 
-PERSECUÇÃO: CONJUNTO DE ATIVIDADES PARA IDENTIFICAR A AUTORIA E MATERIALIDADE, É FEITA POR ÓRGÃOS 
OFICIAIS. 
 
OFICIOSIDADE 
-AGE-SEDE OFÍCIO, O DELEGADO AGE DE OFÍCIO NAS AÇÕES PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA. 
 
 
PRINCÍPIO DA VERDADE REAL 
O processo penal não se conforma com ilações fictícias ou afastadas da realidade, devendo o magistrado buscar a 
verdade onde ela estiver, não se atendo aos autos. Este é o posicionamento do STF: “A busca pela verdade real 
constitui princípio que rege o Direito Processual Penal”. A produção de provas, porque constitui garantia constitucional 
pode ser determinada, inclusive pelo juiz, de ofício, quando julgar necessário. 
 
NO PROCESSO CIVIL A VERDADE É FORMAL JULGA-SE A REALIDADE CONSTRUÍDA NO PROCESSO. 
 
NO PROCESSO PENAL A VERDADE REAL ELA É PROCESSUAL, O JUIZ DEVE BUSCAR A VERDADE ONDE ELA ESTIVER, O JUIZ 
DEVE SER UMA FIGURA DINÂMICA. 
NO PROCESSO CIVIL O JUÍZ É ESTÁTICO, NÃO SE PODE FAZER DE TUDO PARA OBTÊ-LA, POIS É LIMITADA. 
 
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LIMITES DA VERDADE REAL 
 
1)A inadmissibilidade de leitura de documento ou de exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com 
antecedência mínima de três dias úteis, com ciência da outra parte.(art. 479 do CPP) 
 
Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição de objeto que não tiver sido juntado aos 
autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
 Parágrafo único. Compreende-se na proibição deste artigo a leitura de jornais ou qualquer outro escrito, bem como a exibição 
de vídeos, gravações, fotografias, laudos, quadros, croqui ou qualquer outro meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a 
matéria de fato submetida à apreciação e julgamento dos jurados. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 
 
2)UTILIZAÇÃO DE PROVAS OBTIDAS PÓR MEIO ILÍCITO, ART. 5º, LVI CF/88 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
 
TEORIA DA FRUTA ENVENENADA, BASTA UMA PROVA ILÍCITA PARA TORNAR AS OUTRAS TAMBÉM. 
 
-MAS QUANDO FOR À ÚNICA PROVA DE INOCÊNCIA SERÁ PERMITIDO, POIS PREVALECE A VERDADE REAL. 
-MAS SE FOR À ÚNICA PROVA DE CULPA, NÃO PREVALECE A VERDADE REAL, PREVALECERÁ A NÃO OBTENÇÃO DE 
PROVA ILÍCITA. 
 
3)As limitações ao depoimento de testemunhas que têm ciência do fato em razão de profissão, ofício, função ou 
ministério. 
AS TESTEMUNHAS QUE DE OFÍCIO OU DE PROFISSÃO SAIBAM DA VERDADE REAL, COMO POR EXEMPLO O PADRE, NÃO 
PODE SERVIR COM A VERDADE, NESTE CASO OCORRE UMA MITIGAÇÃO DA VERDADE REAL. 
4)A REVISÃO CRIMINAL CONTRA SENTENÇA CONDENATÓRIA SÓ SERÁ POSSÍVEL EM CASO DE ABSOLVIÇÃO, MAS SE FOR 
PARA CASOS DE CONDENAÇÃO NÃO SERÁ POSSÍVEL. 
05/09/2013 
 
SISTEMA INQUISITÓRIO NÃO FAZ COISA JULGADA, DIFERENTEMENTE DO SISTEMA ACUSATÓRIO, NESTE SIM FAZ COISA 
JULGADA. 
 
Principio da Obrigatoriedade =Ex. Obrigação do MP em ofertar a denuncia. Mitigação: transação penal para 
contravenções penais e crimes com pena máxima de 2 anos.(CRIMES DE MENOR POTENCIAL OFENCIVO). Há ainda, uma 
exceção quanto a ação penal privada, onde vigora o princípio da oportunidade, já que cabe a vítima ou ao seu 
representante iniciar a persecução criminal. 
 
Princípio da Indisponibilidade = decorre do princípio da obrigatoriedade, rezando que uma vez iniciado o inquérito 
policial ou o processo judicial, os órgãos incumbidos não podem dele dispor. EX. Obrigação do MP em não desistir do 
processo. Mitigação: suspensão condicional do processo prazo de 2 a 4 anos. 
 
PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE E INDISPONIBILIDADE, ESTES DOIS PRINCÍPIOS EXISTEM APENAS NA AÇÃO PENAL 
PÚBLICA, PRINCÍPIOS PREVISTOS NA PARTE INQUISITÓRIA QUE OBRIGA O DELEGADO A INVESTIGAR E ENTREGAR O 
INQUÉRITO AO MINISTÉRIO PÚBLICO E NA PARTE ACUSATÓRIA OBRIGA AO MINISTÉRIO PÚBLICO A DENUNCIAR E 
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 15 
LEVAR O PROCESSO ATÉ O FINAL NÃO PODENDO DESISTIR, SOB PENA DE COMETEREM A PREVARICAÇÃO QUE SÃO OS 
ATOS OBRIGATÓRIOS DE OFÍCIO, E EM CONTRAPOSIÇÃO DESTES PRINCÍPIOS, TEMOS OS DA AÇÃO PENAL PRIVADA QUE 
SÃO ELES O DA OPORTUNIDADE E DISPONIBILIDADE, RESPECTIVAMENTE. 
 
OS PRINCÍPIOS DA OBRIGATORIEDADE E INDISPONIBILIDADE FORAM ABSOLUTOS ATÉ O ANO DE 1995, COM A 
CRIAÇÃO DOS JUIZADOS CRIMINAIS ESPECIAIS, LEI 9099/95, QUANDO OCORREU UMA MITIGAÇÃO DESTES PRINCÍPIOS, 
PODENDO OCORRER ENTRE AS PARTES ACORDO = TRANSAÇÃO PENAL, PREVISTO NO SEU ART. 76 E TAMBÉM NÃO 
HAVENDO ACORDO OCORRERÁ A DENÚNCIA POR PARTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DURANTE O CURSO DO PROCESSO 
O MINISTÉRIO PÚBLICO PODERÁ PROPOR APLICAR A SUSPENSÃO CONDICIONADA DO PROCESSO DESDE QUE SEJA 
ANTES DA SENTENÇA, PREVISTO NO ART. 89 CPP, NESTA CONDIÇÃO ESTES PRINCÍPIOS DEIXAM DE SER ABSOLUTOS 
PASSANDO A TER A SUA CONCEPÇÃO MITIGADA. 
 
LINHA DO TEMPO DOS ATOS COMO FORMA DE APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA OBRIGATORIEDADE E 
INDISPONIBILIDADE PODEMOS VER QUE A MITIGAÇÃO SÓ PODERÁ OCORRER NAS DUAS SITUAÇÕES VISUALIZADAS, A 
TRANSAÇÃO PENAL ANTES DA DENÚNCIA E A SUSPENSÃO CONDICIONADA DO PROCESSO DEPOIS DA DENÚNCIA E 
ANTES DA SENTENÇA. 
 
 DENÚNCIA 
OBRIGATORIEDADE INDISPONIBILIDADE SENTENÇA TRANSAÇÃO 
PENAL SUSPENSÃO CONDICIONADA DO PROCESSO 
 
PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL OBRIGA O JUIZ APÓS RECEBER A DENUNCIA A CONDUZIR O PORCESSO ATÉ O SEU FIM, 
PRATICANDO OS ATOS DE SUAS RESPONSABILIDADES, ESTE PRINCÍPIO NÃO SE CONFUNDE COM O PRINCÍPIO DA 
INICIATIVA DAS PARTES. 
 
-PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES, ART. 93 CF/88, QUE DIZ TODA SENTENÇA TEM QUE SER MOTIVADA 
(FUNDAMENTADA), APENAS O JURÍ EM SUAS DECISÕES NÃO SE OBRIGA A MOTIVAR AS SUAS DECISÕES, PODEM 
DECIDIR APENAS POR ÍNTIMA CONVICÇÃO, NÃO PRECISANDO FUNDAMENTAR. 
 
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, 
podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos 
quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
-PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE, TODOS OS ATOS SÃO PÚBLICOS, SALVO NOS CASOS ENVOLVENDO MENORES E CRIMES 
SEXUAIS, POR ISSO ESTA PUBLICIDADE NÃO É ABSOLUTA, EXISTINDO A SUA FORMA RESTRITA NOS CASOS DE INTERESSE 
SOCIAL E PRESERVAÇÃO DA INTIMIDADE RESPECTIVAMENTE. 
 
A regra é que todos os atos processuais sejam públicos, pois o Estado tem o dever de agir com transparência, no 
entanto, o sigilo é admitido quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem tratando-se da chamada 
publicidade restrita. 
 
10/09/2013 
 
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 16 
PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO – POSSIBILIDADE DE REVISÃO, RECURSO, DAS DESCISÕES PROFERIDAS EM 
PRIMEIRO GRAU, NÃO É ABSOLUTO, POIS EXISTE A POSSIBILIDADE DE PROCESSOS ORIGINÁRIO INICIAR JÁ NO ÚLTIMO 
GRAU DE JURISDIÇÃO STF ART. 102 E 105 CF/88 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de 
lei ou ato normativo federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios 
Ministros e o Procurador-Geral da República; 
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministrosde Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército 
e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os 
chefes de missão diplomática de caráter permanente; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) 
d)..... 
 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
 
I - processar e julgar, originariamente: 
 
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores 
dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os 
dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas 
dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; 
b).... 
 
PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL - O DIREITO ASSEGURADO A TODOS DE SER JULGADO POR UMA AUTORIDADE 
COMPETENTE, PREVIAMENTE ESTABELECIDA EM LEI. EX: SE FOR UM CIDADÃO COMUM A VARA DA COMARCA ONDE 
ACONTECEU O FATO, SE FOR O PREFEITO SERÁ O TJ COMPETENTE, SE FOR GOVERNADOR SERÁ O STJ, SE FOR O 
PRESIDENTE SERÁ O STF, MAS SE O CRIME FOR DE RESPONSABILIDADE SERÁ O SENADO, PREVISTO NO ART. 52 CF/88. 
 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado 
e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99) 
II-processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional 
do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
III-...... 
 
PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL - PROIBIÇÃO DE DESIGNAÇÃO ARBITRÁRIA DE OUTRO PROMOTOR, POIS O 
PROMOTOR NÃO TEM JURISIDIÇÃO, TEMOS NO 1º GRAU PROMOTORES E NO 2º GRAU PROCURADORES. 
 
EXISTE PROMOTOR NATURAL NO BRASIL O PGJ PODERÁ INDICAR PROMOTOR PARA ATUAR JUNTO COM O PROMOTOR 
NATURAL, VEDADO A SUA SUBSTITUIÇÃO. LEI 12624/2012 DE CRIME ORGANIZADO, DEPOIS DESTA LEI EXIGE DECISÃO 
COLEGIADA DE 1º GRAU. 
 
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 17 
Art. 1º Em processos ou procedimentos que tenham por objeto crimes praticados por organizações criminosas, o juiz poderá decidir 
pela formação de colegiado para a prática de qualquer ato processual, especialmente: 
 
I - decretação de prisão ou de medidas assecuratórias; 
II - concessão de liberdade provisória ou revogação de prisão; 
III - sentença; 
IV - progressão ou regressão de regime de cumprimento de pena; 
V - concessão de liberdade condicional; 
VI - transferência de preso para estabelecimento prisional de segurança máxima; e 
VII - inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado. 
 
JUIZ NATURAL, TRATA-SE DE GARANTIA CONSTITUCIONAL DE SE CONHECER PREVIAMENTE SEU JULGADOR ,REVOGOU 
TACITAMENTE O ART 1º, INCISO IV DO CPP, VEDANDO OS TRIBUNAIS ESPECIAIS. 
 
Art. 1º O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: 
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da 
República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100); 
III - os processos da competência da Justiça Militar; 
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17); 
V - os processos por crimes de imprensa. Vide ADPF nº 130 
 
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis especiais que os 
regulam não dispuserem de modo diverso. 
 
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL - ASSEGURA A GARANTIA CONSTITUCIONAL DE PROTEÇÃO A LIBERDADE E A 
PROPRIEDADE, ASSIM NÃO SE PODE PRIVAR ESSES DIREITOS SEM UM PROCESSO DESENVOLVIDO CONFORME A LEI, 
VEDA ASSIM PELO SIMPLES ATO ADMINISTRATIVO A PERCA DA PROPRIEDADE OU LIBERDADE. 
 
PRINCÍPIO DO FAVOR REI OU PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA - QUANDO HOUVER DÚVIDA, ESTA SEMPRE BENEFICIARÁ O 
ACUSADO, EX, QUANDO HOUVER 2 INTERPRETAÇÕES DEVE-SE ESCOLHER A MAIS BENÉFICA. Também conhecido como 
in dúbio pro reo, diz que a dúvida milita em favor do acusado. 
 
PRINCÍPIO DA ECONOMIA PROCESSUAL – Deve-se buscar a maior efetividade com a produção da menor 
quantidade de atos possíveis. 
EXPRIME A PREOCUPAÇÃO DA MÁXIMA EFICIÊNCIA NA APLICAÇÃO DO DITEIRO COM O MENOR DISPÊNDIO DE ATOS 
PROCESSUAIS BASEADO NO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA EFICIÊNCIA ART. 37 CF/88 - EX: A AUDIÊNCIA É UMA, 
INICIOU A PARTIR DE 2008 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
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 18 
PRINCÍPIO DA ORALIDADE – Devem os atos serem praticados na maioria das vezes oralmente. Deve-se dar 
preferência a palavra falada. Tal princípio ganhou força com o advento da Lei nº 9099/95, que priorizou a informalidade 
e com a nova reforma da Lei nº 11.719/2008, que valorizou os debates orais. 
 
Conforme Giuseppe Chiovenda, a oralidade decorre de uma união de princípios, dentre eles: 
a) prevalência da palavra escrita como meio de expressão combinada com uso de meios escritos de preparação e de 
documentação; 
b) imediação da relação entre o juiz e as pessoas cujas declarações deva apreciar; 
c) identidade das pessoas físicas que constituem o juiz durante a condução da causa; 
d) concentração do conhecimento da causa num único período (debate) a desenvolver-se numa audiência ou em poucas 
audiências contíguas. 
 
 - EX: NOS CASOS DAS ALEGAÇÕES FINAIS E A FILMAGEM DA AUDIÊNCIA 
 
 
12/09/2013 
 
PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE - Este princípio constitucional, versa principalmente sobre dirimir antinomias de 
princípios sobre o caso concreto e assegurar a todos a razoável duração do processo, em essência, emana diretamente 
das idéias de justiça, equidade, bom senso, prudência, moderação, justa medida, proibição de excesso, direito justo, 
serve de regra de interpretação para todo o ordenamento jurídico. 
Trata-se de princípio extremamente importante, especialmente na situação de colisão entre valores 
constitucionalizados. 
 
Ex: Art. 156 do CPP: A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: 
 I — ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e 
relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida. (incluído pela Lei n. 11.690/2008). 
 
Exceções: Excesso de Prazo Justificado. 
 
STJ Súmula nº 21 - 06/12/1990 - DJ 11.12.1990 
Pronúncia - Constrangimento Ilegal - Instrução Criminal - Excesso de Prazo 
 Pronunciado o réu, fica superada a alegação do constrangimento ilegal da prisão por excesso de prazo na instrução. 
 
STJ Súmula nº 52 - 17/09/1992 - DJ 24.09.1992 
Instrução Criminal - Constrangimento Ilegal - Excesso de Prazo 
 Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação de constrangimento por excesso de prazo. 
 
STJ Súmula nº 64 - 03/12/1992 - DJ 09.12.1992 
ConstrangimentoIlegal - Excesso de Prazo na Instrução 
 Não constitui constrangimento ilegal o excesso de prazo na instrução, provocado pela defesa. 
 
NOS CASOS QUE COMPROVADAMENTE SUPERAREM AS CONDIÇÕES PREVISTAS NAS SÚMULAS 21, 52 E 64 CABERÁ 
HABBEAS CORPUS, POIS ASSIM FICARÁ COMPROVADO O EXCESSO DE PRAZO. 
O PRAZO ORDINÁRIO PARA O INQUÉRITO CIVIL É DE 60 DIAS E NOS CASOS SUMÁRIOS SERÃO DE 30 DIAS (Razoáveis) 
 
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 19 
PARA CONCLUIR O EXCESSO DE PRAZO PRIEMIRAMENTE NOS PERGUNTAREMOS O PORQUÊ DO EXCESSO DE PRAZO, SE 
PODE SER JUSTIFICADO, SE JUSTIFICADO SE ACEITA O EXCESSO MITIGANDO-SE O PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE 
PREVISTO NO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. (Mitigação da Razoabilidade) 
OS PRAZOS PROCESSUAIS NÃO SÃO PEREMPTÓRIOS E DEVEM SER OBSERVADOS A LUZ DA RAZOABILIDADE, FICANDO 
PARA AVALIAÇÃO DO JUÍZ. 
 
 
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE 
As decisões devem ser proporcionais, proibindo-se o excesso. Tal princípio é muito utilizado no processo penal 
na valorização das provas. 
SÓ É PROPORCIONAL COM O CUMPRIMENTO DA NECESSIDADE E ADEQUAÇÃO, VISTO NA LEI 12403/2011 QUE 
ALTEROU O ART 282, INCISO II DO CPP. 
 
 PRINCÍPIO DA INEXIGIBILIDADE DE AUTO-INCRIMINAÇÃO- Nemo tenetur se detegere. 
Também conhecido por nemo tenetur se detegere, que assegura que ninguém pode ser compelido a produzir 
prova contra si mesmo (ex: bafômetro). 
O PODER PÚBLICO NÃO PODE CONSTRANGER O INDICIADO OU ACUSADO A COOPERAR NA INVESTIGAÇÃO PENAL OU A 
PRODUZIR PROVAS CONTRA SI PRÓPRIO, DECORRE DESTE PRINCÍPIO O DIREITO DO RÉU DE PERMANECER CALADO ART. 
5° LXIII DA CF/88. 
O art. 186, parágrafo único, do Código de Processo Penal, por sua vez, complementa essa regra estabelecendo que o 
silêncio não importará em confissão e não poderá ser interpretado em prejuízo da defesa, devendo o acusado ser 
alertado desse direito de permanecer calado antes do interrogatório. 
O STF EM INTERPRETAÇÃO AMPLIATIVA, BASEADO NO PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA, QUE O ACUSADO NÃO É 
OBRIGADO A PRODUZIR QUALQUER TIPO DE PROVA QUE POSSA LEVAR SUA PRÓPRIO INCRIMINAÇÃO. 
SEGUE EXTENÇÕES DESTE PRINCÍPIO AO QUAL O RÉU TEM DIREITO: 
 
a) permanecer em silêncio e, portanto, de não confessar; 
b) não colaborar com a investigação ou com a instrução; 
c) mentir em seu interrogatório; 
d) não apresentar provas que o prejudiquem; 
e) não participar ativamente de ato destinado à produção de prova; 
f) não fornecer partes de seu corpo para exame. 
 
 
-IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL POR DNA 
 
NUCCI É A FAVOR, DIZ QUE É APENAS UMA IDENTIFICAÇÃO. 
AURY LOPES É CONTRA, POIS EXISTE SELETIVIDADE, ENTENDE QUE DEVE SER PARA TODOS SE DIZ TRATAR APENAS DE 
UMA IDENTIFICAÇÃO E NÃO APENAS PARA OS APENADOS. 
 
NESTE CASO O APENADO NÃO É OBRIGADO A FORNECER MATERIAL PARA IDENTIFICAÇÃO DE SEU DNA 
 
-LEI SECA 
 
Resumo das aulas de Processo Penal, elaborado pelos acadêmicos Edson Araújo e Filipe Brito, este humilde trabalho 
deve ser encarado como auxiliar nos estudos. 
 20 
NESTE CASO TEMOS UMA INFRAÇÃO ADMISTRATIVA, QUE NÃO NOS OBRIGA A FORNECER MATERIAL QUE COMPROVE 
O ESTADO DE EMBRIAGUÊS PODERÁ SOFRER APENAS A IMPOSIÇÃO DE MEDIDA ADMISTRATIVA, POIS NÃO FICA 
OBRIGADO A REALIZAR O TESTE DO BAFÔMETRO OU FORNECER MATERIAL SANGUÍNEO QUE COMPROVE O USO DE 
SUBSTÂNCIA QUE SE ENQUADRE COMO INFRAÇÃO. 
 
 
17/09/2013 
 
FONTES DO DIREITO 
 
-DIREITO MATERIAL E FORMAL 
 
-FORMAL IMEDIATA E MEDIATA 
 
 SUJEITO-AUTÊNTICOS ART 327 CP E CIENTÍFICOS DOUTRINA 
-INTERPRETAÇÃO MEIO-GRAMATICAL LETRA NUA E CRUA, FALA E TELEOLÓGICA BUSCA A VONTADE DA NORMA 
RESULTADO-DECLARATIVA DECLARA-SE E APLICA-SE, EXTENSIVA ART 581, IV CPP E RESTRITIVA 
ART 206 CPP 
 
-INTEGRACAO ANALOGIA NÃO É FONTE DO DIREITO É ADMITIDA NO CPP EM BENEFÍCIO DO RÉU IN BONAM 
PARTE. 
 
As fontes são as origens das normas e dos princípios jurídicos que norteiam o processo penal. A doutrina 
classifica as fontes como sendo materiais e formais. 
Fontes materiais – também denominadas de fontes substanciais ou fontes de produção, corresponde a entidade 
a que incumbe a criação das normas jurídicas, ou seja, quem tem competência para produzir a norma. No tocante ao 
processo penal a fonte material por excelência é a União, mas os Estados poderão legislar, excepcionalmente, questões 
especificas de processo penal, desde que autorizados pela União através de lei complementar. 
Esta é a previsão do art. 22, I da CF/88, o qual estabelece que compete privativamente a União legislar sobre 
Direito Processual, pois, embora não seja usual, existe a possibilidade dos Estados legislarem sobre tal matéria. 
Por outro lado, o art. 24 da CF estabelece que a competência será concorrente entre a União, Estados e o 
Distrito Federal para legislar sobre: a) procedimento, b) direito penitenciário (RDD), c) custas dos serviços forenses e d) 
criação, funcionamento e processo dos juizados especiais criminais. 
Fontes formais – também chamadas de fontes revelação, de cognição ou de conhecimento, traduzem as formas 
pelas quais as normas jurídicas se exteriorizam, podendo ser divididas em: 
a) Imediatas ou diretas – é a lei e os tratados e convenções internacionais, sendo que a lei é considerada em 
sua acepção mais ampla, englobando nesse conceito a Constituição Federal, a legislação federal 
infraconstitucional (CPP, LEP, etc.). 
Resumo das aulas de Processo Penal, elaborado pelos acadêmicos Edson Araújo e Filipe Brito, este humilde trabalho 
deve ser encarado como auxiliar nos estudos. 
 21 
IMPORTANTE – a EC nº 45/04, tornou os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que 
forem aprovados pelo Congresso, em dois turnos, por 3/5 dos votos, equivalentes às emendas 
constitucionais. 
b) Mediatas ou Indiretas – são os costumes (normas de comportamento a que pessoas obedecem de maneira 
uniforme e constante pela convicção de sua obrigatoriedade), os princípios gerais do direito (são as 
premissas éticas que são extraídas, mediante indução, da legislação. Ex: “o direito não socorre aos que 
dorme”, “o juiz conhece o direito”, “ouça-se a outra parte”), a doutrina (opiniões manifestadas pelos 
operadores do direito ou estudiosos) e a jurisprudência (é o entendimento consubstanciado em decisões 
judiciais reiteradas sobre determinado assunto). 
IMPORTANTE – com o advento das súmulas vinculantes, inseridas no ordenamento jurídico através do art. 103-
A da CF/88 e regulamentada pela Lei nº 11.417/2006, a fim de evitar a divergência de entendimentos entre órgãos do 
Poder Judiciário, a doutrina passou a divergir acerca da sua correta classificação: 
Para uma corrente minoritária (Nucci) o STF passou a ser uma fonte material do direito e a súmula vinculante 
uma nova fonte formal imediata. 
Por outro lado predomina o entendimento de que o enunciado da súmula vinculante não possui força de lei, 
permanecendo, portanto, como uma fonte formal mediata (Luiz Flavio Gomes, Noberto Avena, etc.) 
 
EX: ART. 28 QUANDO JUIZ DISCORDA DO PEDIDO DE ARQUIVAMENTO EXCLUSIVO DO MP PODE MANDAR PARA O PGJ, 
APLICA-SE ANALOGIA NO CASO DE TRANSAÇÃO PENAL QUE DEVERIA SER PROPOSTA PELO MP MAS NÃO FOI PEDIDO, O 
JUIZ PODERÁ PEDIR AO PGJ QUE FAÇA A TRANSAÇÃO PENAL, OUTRO EXEMPLO É O PERDÃO JUDICIAL NOS CASOS DE 
HOMICÍDIO CULPOSO DE TRÂNSITO ENVOLVENDO A MORTE DE UM PARENTE QUE NÃO ESTÁ PREVISTO NA LEI, 
REFORMATIO IN MELUS É PERMITIDO MESMO NÃO PEDIDO PELA PARTE DESDE QUE SEJA PARA BENEFICIAR. 
 
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de 
quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças 
de informação aoprocurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou 
insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. 
 
MATERIAL ART. 22, I CF/88 + PRIVATIVA QUE SE PODE DELEGAR A FUNÇÃO DO ESTADO ART.24 CF/88, CONCORRENTE, 
QUANTO AO PROCESSAMENTO, CUSTAS, DESDE QUE SEJA POR LEI COMPLEMENTAR. 
 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 
II-.... 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste 
artigo. 
 
FORMAL (REVELAÇÃO)-IMEDIATA, LEI É A FORMA MAIS RÁPIDA DE REVELAÇÃO DO DIREITO. 
Resumo das aulas de Processo Penal, elaborado pelos acadêmicos Edson Araújo e Filipe Brito, este humilde trabalho 
deve ser encarado como auxiliar nos estudos. 
 22 
TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS, SOMENTE OS QUE VERSEM SOBRE DIREITOS HUMANOS, APROVADOS EM 
DOIS TURNOS E POR 3/5 DOS VOTOS DE CADA CASA, SO ASSIM TERIA FORÇA DE EMENDA CONSTITUCIONAL. 
 
MEDIATAS-COSTUMES 
 
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO-PREMISSAS MÁXIMAS QUE SERVEM PARA CRIAR NORMAS. EX: OUÇA-SE A OUTRA 
PARTE, CONTRADITÓRIO. 
São regras que se encontram na consciência dos povos e são universalmente aceitas, mesmo que não estejam 
escritas, como por exemplo, é em razão dos princípios gerais que se entende que o recurso de apelação da defesa 
devolve toda a matéria ao tribunal. 
DOUTRINA-OPINÕES BASEADAS EM MÉTODOS CIENTÍFICOS. 
 
JURISPRUDÊNCIA-CIVIL LAW – BRASIL E O COMON LAW – EUA E REINO UNIDO 
 
SÚMULA-CONJUNTO DE PRECEDENTES 
 
SÚMULA NÃO TEM FORÇA DE LEI, POIS É UMA FONTE DE JURISPRUDÊNCIA, ENTÃO SERÁ UMA FONTE FORMAL 
MEDIATA JURISPRUDENCIAL (A FONTE MATERIAL CONTINUA COM A UNIÃO), ESTA É A CORRENTE MAJORITÁRIA NO 
BRASIL. A CORRENTE MINORITÁRIA NA VISÃO DE NUCCI TERIA FORÇA DE LEI, POIS SERIA UMA FONTE FORMAL E 
IMEDIATA (A FONTE MATERIAL SERIA DA UNIÃO E DO STF). 
 
SUMULA VINCULANTE TEM FORÇA DE LEI, CONFORME O ART 103-A DA CF, ASSIM É FONTE FORMAL E IMEDIATA, HÁ 
QUEM CONTRAPONHA A ESTA FALANDO QUE ESTA AFRONTA O PRINCÍPIO DA LIVRE CONVICÇÃO E INDEPENDÊNCIA 
DO JUIZ, MAS SE O JULGADOR ENCONTRAR NO CASO ALGO QUE CONTRASTE COM O CONTIDO NA SÚMULA 
VINCULANTE PODERÁ ESTE NÃO UTILIZA-LÁ, ESTA DESCISÃO DEVERÁ ESTAR FUNDAMENTADA. 
 
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, 
após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito 
vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, 
estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei. 
 
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia 
atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante 
multiplicação de processos sobre questão idêntica. 
 
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por 
aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade. 
 
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação 
ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e 
determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. 
 
Analogia 
Resumo das aulas de Processo Penal, elaborado pelos acadêmicos Edson Araújo e Filipe Brito, este humilde trabalho 
deve ser encarado como auxiliar nos estudos. 
 23 
Não é uma fonte do direito como muitos, equivocadamente, pensam e, diferentemente do Direito Penal, é 
admitida no Processo Penal tanto quando for in bonam partem (para favorecer o réu) ou in malam partem (para 
prejudicar o réu). 
São exemplos de analogia: a) a regra do art. 28 do CPP, na falta da propositura da transação penal e da 
suspensão condicional do processo, poderá o juiz remeter os autos a Procuradoria de Justiça; b) o perdão judicial por 
homicídio culposo tipificado no CP, também é aplicado por analogia ao homicídio culposo do art. 302 do Código de 
Trânsito e c) não conseguindo precisar o local da infração e tratando-se de réus com domicílios diferentes, prevalece à 
prevenção também por analogia. 
 
 
LEI PROCESSUAL NO TEMPO ART. 2º CPP, É IRRETROATIVA, SEM EXCEÇÃO, SUA APLICAÇÃO É IMEDIATA INCLUSIVE AOS 
PROCESSOS QUE ESTEJAM EM CURSO, MESMO TRAZENDO PREJUÍZO OU SITUAÇÃO MAIS GRAVOSA PARA O RÉU. 
 
 Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. 
 
NO ESPAÇO ART. 1º CP LEI PENAL 
 
Anterioridade da Lei 
 
 Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
 
LEI HÍBRIDA, hipótese de a lei PROCESSUAL ter conteúdo PENAL, só interessa a data do fato. 
Se anterior à lei, esta só poderá retroagir em seu benefício; se posterior, a lei o alcança, seja 
benéfica ou prejudicial. Aplica-se, nesse caso, o disposto nos arts. 5º, XL, da CF, e 2º e 
parágrafo único do CP, segundo os quais a lei penal não pode retroagir, salvo para beneficiar o 
agente. EX: INTERROGATÓRIO DO RÉU; 
 
19/09/2013 
 
FONTES 
 
Fonte é o local de onde provém o direito. 
 
FONTE MATERIAL – SÃO AS ENTIDADES CRIADORAS DO DIREITO, O ESTADO, COMPETE PRIVATIVAMENTE À UNIÃO 
LIGISLAR SOBRE O DIREITO PROCESSUAL. (CF, ART. 22 I), LEI COMPLEMENTAR FEDERAL PODE AUTORIZAR OS ESTADOS A 
LEGISLAR EM PROCESSO PENAL, SOBRE QUESTÕES ESPECÍFICAS DE INTERESSE LOCAL. 
FONTE FORMAL - SÃO AS FONTES REVELADORAS DO DIREITO, DIZEM RESPEITO AOS MEIOS PELOS QUAIS O DIREITO SE 
EXTERIORIZA. 
A) IMEDIATA= A LEI 
B) MEDIATA= COSTUMES E PRINCÍPIOS GERAIS. 
 
Resumo das aulas de Processo Penal, elaborado pelos acadêmicos Edson Araújo e Filipe Brito, este humilde trabalho 
deve ser encarado como auxiliar nos estudos. 
 24 
ESPÉCIES 
A) Material ou de Produção: são aquelas de criam o direito. 
B) Formal ou de cognição: são aquelas que revelam o direito. 
 
-INTERPRETAÇÃO SUJEITO MEIO E RESULTADO 
 
-INTEGRAÇÃO - ANALOGIA É FONTE DO DIREITO PROCESSUAL PENAL APENAS ADMITIDA EM BENEFÍCIO DO RÉU IN 
BONAM PARTE. 
 
EX: ART. 28 QUANDO JUIZ DISCORDA DO PEDIDO DE ARQUIVAMENTO EXCLUSIVO DO MP PODE MANDAR PARA O PGJ, 
APLICA-SE ANALOGIA NO CASO DE TRANSAÇÃO PENAL QUE DEVERIA SER PROPOSTA PELO MP MAS NÃO FOI PEDIDO, O 
JUIZ PODERÁ PEDIR AO PGJ QUE FAÇA A TRANSAÇÃO PENAL, OUTRO EXEMPLO É O PERDÃO JUDICIAL NOS CASOS DE 
HOMICÍDIO CULPOSO DE TRÂNSITO ENVOLVENDO A MORTE DE UM PARENTE QUE NÃO ESTÁ PREVISTO NA LEI, 
REFORMATIO IN MELUS É PERMITIDO MESMO NÃO PEDIDO PELA PARTE DESDE QUE SEJA PARA BENEFICIAR. 
 
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de 
quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças 
de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou 
insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. 
 
LEI PROCESSUAL NO TEMPO ART. 2º CPP, É IRRETROATIVA, SEM EXCEÇÃO, SUA APLICAÇÃO É IMEDIATA INCLUSIVE AOS 
PROCESSOS QUE ESTEJAM EM CURSO, MESMO TRAZENDO PREJUÍZO OU SITUAÇÃO MAIS GRAVOSA PARA O RÉU. 
 
 Art. 2º A lei processualpenal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. 
 
NO ESPAÇO ART. 1º CP LEI PENAL 
 
Anterioridade da Lei 
 
 Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
 
LEI HÍBRIDA, ASPECTOS PENAIS E PROCESSUAIS, EX: INTERROGATÓRIO DO RÉU, TRANSAÇÃO PENAL A POSSIBILIDADE 
DE NÃO SER PROCESSADO EM VIRTUDE DA APLICAÇÃO DO ASPECTO PENAL NA TRANSAÇÃO E NÃO POR CONTA DO 
ASPECTO PROCESSUAL. 
 
É UMA NORMA QUE POSSUI ASPECTOS PENAIS E PROCESSUAIS, MAS NÃO É UMA EXCEÇÃO É TÃO SOMENTE A 
POSSIBILIDADE DA APLICAÇÃO DO ASPECTO PENAL (MATERIAL) QUE SERÁ APLICADO, NÃO SE RETROAGE O ASPECTO 
FORMAL. 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo das aulas de Processo Penal, elaborado pelos acadêmicos Edson Araújo e Filipe Brito, este humilde trabalho 
deve ser encarado como auxiliar nos estudos. 
 25 
24/09/2013 
 
LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO 
 
O CPP consagrou o princípio da irretroatividade da lei processual penal, por isso, a regra geral é que NÃO HÁ 
RETROATIVIDADE, sendo a lei processual penal inserida no mundo jurídico, tem aplicação imediata, atingindo inclusive 
os processos que já estão em curso, pouco importando se traz prejuízo ou situação mais gravosa ao imputado. 
IMPORTANTE – existem normas inseridas no CPP que possuem naturezas materiais (assecuratória de direitos 
materiais), como no caso do direito do réu de permanecer calado em seu interrogatório. Entretanto, o problema se 
encontra as normas que possuem conteúdo processuais e materiais, denominadas pela doutrina como leis híbridas ou 
mistas, neste caso deve prevalecer o aspecto penal, e, excepcionalmente, irá retroagir em favor do réu, como no caso 
das transações previstas na Lei nº 9.099/95 e a progressão do regime para os crimes hediondos. 
 
4.2. Lei Processual Penal no Espaço 
O CPP adotou o princípio da territorialidade o qual determina que será aplicada a lei processual penal (CPP) em 
todo território brasileiro. 
A regra da territorialidade encontra-se prevista no art. 1º do CPP, sendo que este mesmo dispositivo traz 
exceções à aplicação da lei brasileira, onde irá vigorar o princípio da extraterritorialidade, que são: 
I. Tratados, convenções e regras de direito internacional – A subscrição pelo Brasil de tratado ou 
convenção afasta a jurisdição criminal brasileira, sendo determinados crimes julgados por tribunais 
estrangeiros. 
A inaplicabilidade da lei processual penal a determinados fatos funda-se no princípio da reciprocidade, 
sendo alguns desses casos: 
a) Os crimes cometidos a bordo de navio ou aeronaves públicas estrangeiras, em águas territoriais e 
espaço aéreo brasileiro; 
b) Os agentes diplomáticos, a serviço do seu país, são imunes a legislação brasileira, decorrendo tal 
imunidade da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, ratificado pelo Brasil por meio do 
Decreto nº 56.435/65; 
c) Os cônsules, no caso de infrações relativas ao exercício de suas funções no território de seu 
consulado, também são imunes as regras do Código de Processo Penal, decorrendo tal imunidade 
da Convenção de Viena sobre Relações Consulares, ratificada pelo Brasil por meio do Decreto nº 
61.078/67. 
Resumo das aulas de Processo Penal, elaborado pelos acadêmicos Edson Araújo e Filipe Brito, este humilde trabalho 
deve ser encarado como auxiliar nos estudos. 
 26 
 Vale ressaltar que com a Emenda Constitucional nº 45/2004, o Estado Brasileiro admitiu ser submetido à 
jurisdição do Tribunal Penal Internacional a cuja criação houver manifestado adesão. 
 
II. Prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos Ministros de Estado, nos crimes conexos 
com os do Presidente da República, e dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de 
responsabilidade – a doutrina define o fato de algumas condutas não serem processadas e julgadas pelo 
Poder Judiciário, mas sim por órgãos do Poder Legislativo, como jurisdição política. 
O art. 52, I e II da CF/88, alterado pelas EC 23/99 e a EC 45/04, atribuiu ao Senado Federal a competência 
privativa para processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade. 
 
III. Os processos da competência da Justiça Militar: o art. 124 da CF/88, compete a justiça militar julgar os 
crimes militares, sendo regidos pelo Código de Processo Penal Militar (Decreto-lei nº 1.002/69). 
IV. Os processos de competência do tribunal especial: este dispositivo encontra-se prejudicado, pois se 
referia a existência de tribunais de exceção, mais especificamente o Tribunal de Segurança Nacional 
para o julgamento de crimes políticos, no entanto, esse tribunal foi extinto pela CF/46 e sua criação hoje 
é proibida devido ao Princípio do Juiz Natural. 
V. Os processos por crime de imprensa: tal dispositivo, atualmente, também se encontra prejudicado, uma 
vez que nos autos da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental 130-7/DF, o STF por meio de 
decisão monocrática do Ministro Carlos Britto, datado de 22.02.2008, suspendeu liminarmente a 
eficácia de vários dispositivos da Lei de imprensa, determinando a juízes e tribunais a paralisação de 
processos e a suspensão dos efeitos de decisões judiciais que versem sobre artigos objeto da liminar, 
sob o fundamento de que “o diploma normativo impugnado não parecia serviente do padrão de 
democracia e de imprensa vigente na CF/88. 
 
 
SERÁ DEFINIDA COMO O PREVISTO NO ART. 1º DO CPP 
 
Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados: 
 
 I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
 II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do 
Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 
2o, e 100); 
 III - os processos da competência da Justiça Militar; 
 IV - os processos da competência do tribunal especial (Revogado pela Constituição, art. 122, no 17); 
 V - os processos por crimes de imprensa. Revogado pela ADPF nº 130. 
Resumo das aulas de Processo Penal, elaborado pelos acadêmicos Edson Araújo e Filipe Brito, este humilde trabalho 
deve ser encarado como auxiliar nos estudos. 
 27 
 
PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE NÃO É ABSOLUTO EXISTEM EXCEÇÕES, OS INCISOS DO ART. 1º DO CPP. 
 
I - DIPLOMATAS ACOMPANHA O PRINCÍPIO DA EXTRATERRITORIALIDADE INCLUSIVE SUA FAMILIA, SÃO IMUNES 100%, 
II - COSCONSULES SÓ SÃO IMUNES SE O CRIME TIVER REFERÊNCIA COM A SUA FUNÇÃO. 
III - NOS NAVIOS E AERONAVES PÚBLICAS FORA DO BRASIL, SE OCORRE CRIME DENTRO DESTAS RESPONDE PELA LEI 
BRASILEIRA, MAS SE FOR PRIVADAS SERÁ APLICADA AS REGRAS DO PAÍS ONDE OCORREU O CRIME. 
 
SE OS CRIMES FOREM COMETIDOS EM ZONA DE ANOMIA (Águas Internacionais) O CRIME SERÁ JULGADO NO PAÍS DA 
BANDEIRA DO NAVIO OU AERONAVE. 
 
PASSAGEM INOCENTE: É INSTITUTO AMPLAMENTE ACEITO INTERNACIONALMENTE, É UM ACORDO TÁCITO ENTRE OS 
PAÍSES. 
 
É UMA EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE, ASSEGURA QUANDO UMA AERONAVE PRIVADA ANTES DE 
CHEGAR AO DESTINO FINAL E PRECISAR POUSAR PARA ABASTECIMENTO E NESTA PARADA (POR NÃO SER O SEU 
DESTINO FINAL) OCORRER UM CRIME, ESTE SERÁ JULGADO PELA BANDEIRA DA AERONAVE. 
 
O INSTITUTO DA PASSAGEM INOCENTE É UM ACORDO INTERNACIONAL DE AMPLA ACEITAÇÃO, O QUAL TRAS UMA 
EXCEÇÃO AOS REGRAMENTOS DO PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE. 
SEGUNDO ESTE INSTITUTO QUANDO UM NAVIO OU AERONAVE PRIVADA SAI DO SEU DESTINO DE ORIGEM E NO 
PERCURSO PARA O DESTINO FINAL VIER A OCORRER UM CRIME DENTRO DO NAVIO OU AERONAVE, CONSIDERA-SE 
COMPETENTE PARA PROCESSAR E JULGAR O PAÍS DA BANDEIRA DA AERONAVE OU NAVIO. 
A PASSSAGEM INOCENTENÃO SE CONFUNDE COM A ZONA DE ANOMIA DAS ÁGUAS INTERNACIONAIS (FORA DAS 200 
MILHAS DA MARGEM DE CADA PAÍS), TRATANDO-SE DE UMA MANEIRA DE OTIMIZAR O PROCESSAMENTO DOS DELITOS 
DE CUNHO INTERNACIONAL. 
 
II-CRIMES DE RESPONSABILIDADE SÃO DIFERENTES DE CRIMES COMUNS, ART 52 CF/88 JULGA OS CRIMES DE 
RESPONSABILIDADE.(=É JULGAMENTO POLITICO) 
 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de 
Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99) 
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional 
do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
 
III- OS CRIMES DE COMPETÊNCIA MILITAR SÃO JULGADOS POR LEGISLAÇÃO PRÓPRIA PREVISTA NO ART.9º DO CPPM. 
IV- REVOGADO TACITAMENTE, NÃO SE APLICA NOS CASOS DE TRIBUNAL ESPECIAL OU DE EXCECAO DEVIDO O 
PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL. 
V- REVOGADO TACITAMENTE, NÃO SE APLICA A CRIMES DE IMPRENSA, A LEI DE IMPRENSA FOI CONSIDERADA 
INCONSTITUCIONAL PELA ADPF 130-7/DF, HOJE APLICA-SE O CÓDIGO PENAL E O PROCESSO PENAL E REPARAÇÃO 
MORAL. 
Resumo das aulas de Processo Penal, elaborado pelos acadêmicos Edson Araújo e Filipe Brito, este humilde trabalho 
deve ser encarado como auxiliar nos estudos. 
 28 
 
 
 
Questões de Prova 
 
Questões que caíram na prova de Processo Penal do período passado 
1-O Processo Penal na Grécia. 
2-Fale quais são as hipóteses de exceção do principio da verdade real. 
3-Discorra sobre a lei híbrida e sua aplicação no processo e no tempo. 
4-Discorra sobre a lei 9.099/95 como tem mitigado certos princípios segundo a doutrina do direito brasileiro. 
 
Prova de Processo Penal de ontem! 
1) Contradições da lide processual Penal. 
2) Contraditório Postergado. 
3) Método Romano de julgamento. 
4) Passagem Inocente.

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