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Direito Coletivo do Trabalho

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1 
 
UD	III	–	NORMAS	COLETIVAS	DO	COLETIVO	DO	TRABALHO		
Nota	de	Aula	nº	8	–	30	de	Maio	de	2016	
	
DIREITO	COLETIVO	DO	TRABALHO		
	
SUMÁRIO	
	
1. ASPECTOS	HISTÓRICOS	
2. CONCEITO	E	NATUREZA	JURÍDICA	
3. PRINCÍPIOS	DO	DIREITO	COLETIVO	DO	TRABALHO	
4. ORGANIZAÇÃO	SINDICAL	
5. LIBERDADE	SINDICAL	
6. LIMITAÇÕES	AO	PRINCÍPIO	DA	LIBERDADE	SINDICAL	
7. ÓRGÃOS	DO	SINDICATO	
8. ELEIÇÕES	NO	SINDICATO	
9. ENTIDADES	SINDICAIS	DE	GRAU	SUPERIOR	
10. FUNÇÕES	DO	SINDICATO	
11. FONTES	DE	CUSTEIO	DOS	SINDICATOS	
	
	
 1. ASPECTOS	HISTÓRICOS	DO	DIREITO	COLETIVO	DO	TRABALHO	
a. Na	Europa	
O	 Direito	 Coletivo	 do	 Trabalho	 iniciou-se	 nos	 movimentos	 de	 união	 dos	
trabalhadores,	 com	 o	 objetivo	 de	 lutar	 contra	 as	 condições	 de	 trabalho	 que	 lhes	 eram	
desfavoráveis,	buscando	melhorias	quanto	ao	salário	e	à	jornada	de	trabalho.	
Pode-se	dizer	que	as	corporações	de	ofício,	existentes	na	 Idade	Média,	e	extintas	
no	período	da	Revolução	Francesa,	reuniam	as	forças	produtivas	(mestres,	companheiros	e	
aprendizes)	na	mesma	entidade.	Em	função	do	liberalismo	existente,	à	época,	marcado	por	
exagerado	individualismo,	entendeu-se	que	tal	organização	dificultava	a	liberdade	individual,	
pois	as	mesmas	funcionavam	como	corpos	intermediários	entre	o	indivíduo	e	o	Estado.	
Na	França	a	Lei	Le	Chapellier,	de	1791,	proibia	que	“cidadãos	de	um	mesmo	Estado	
ou	profissão	tomassem	decisões	ou	deliberações	a	respeito	de	seus	interesses	comuns”.	
No	século	XVIII,	a	Revolução	Industrial	 suscitou	a	“questão	social”	traduzida	pelo	
desequilíbrio	 nas	 relações	 jurídico-econômicas	 entre	 trabalho	 e	 capital.	 Nessa	 época,	 as	
péssimas	condições	sociais	e	de	trabalho	foram	fatores	determinantes	para	o	nascimento	do	
sindicalismo,	como	forma	de	união	entre	os	trabalhadores,	na	luta	contra	as	injustiças	sociais	
e	desigualdades	econômicas.		
2 
 
O	Manifesto	Comunista,	de	Max	e	Engels	 (1848),	conclamava	os	 trabalhadores	à	
União	 e	 condenava	a	 supressão	das	 corporações	de	ofício,	defendendo	a	necessidade	dos	
operários	se	organizarem	e	se	associarem	para	possibilitar	a	manifestação	de	suas	opiniões	e	
a	 obtenção	 de	melhores	 condições	 de	 trabalho.	 As	 greves	 ocorridas	 no	 período	 também	
fortaleceram	o	movimento	de	associação	profissional.	
Na	 Inglaterra,	a	partir	de	1824,	aponta-se	uma	fase	de	tolerância	quanto	à	união	
de	trabalhadores.	Em	1830,	são	criadas	as	Trade	Unions	(associações	de	trabalhadores	com	
o	objetivo	de	mútua	defesa	e	ajuda,	uma	forma	embrionária	dos	sindicatos.	
Na	França,	 a	Lei	Waldeck-Rousseau,	de	21	de	março	de	1884,	passou	a	autorizar	
que	pessoas	da	mesma	profissão,	ou	de	profissões	conexas,	se	reunissem	em	associações,	
independentemente	de	autorização	do	estado,	para	a	defesa	dos	interesses	econômicos	e	
profissionais	de	suas	respectivas	categorias	profissionais.	
Na	 Alemanha,	 a	 Constituição	 de	 Weimar,	 de	 1919,	 assegurou	 o	 direito	 de	
associação,	sendo	a	1ª	Carta	a	fixar	preceitos	relativos	ao	Direito	Coletivo	do	Trabalho.	
Pouco	 tempo	 depois,	 na	 Itália	 de	Mussoline,	 observa-se	 a	 formação	 de	 sistemas	
sindicais	 ligados	 ao	 regime	 facista,	 em	 que	 o	 sindicato	 é	 submetido	 aos	 interesses	 do	
Estado,	como	se	verifica	na	Carta	Del	Lavoro,	de	1927.	No	corporativismo,	o	Estado	também	
centraliza	todas	as	decisões,	procurando	manter	o	sindicato	sob	o	seu	controle.	
O	movimento	 sindical	 de	 concepção	 socialista	 desenvolveu	 suas	 atividades	 sob	
direção	 do	 Partido	 Comunista.	 A	 concepção,	 baseada	 na	 autonomia	 e	 liberdade	 sindical,	
procurou	separar	o	sindicato	do	Estado,	seguindo	o	princípio	democrático,	hoje	dominante.	
No	plano	internacional,	a	Declaração	Universal	de	Direitos	do	Homem,	de	1948,	no	
art.	 XXIII,	 nº	 4,	 prevê	 que	 “todo	 homem	 tem	 direitos	 de	 organizar	 sindicatos	 e	 neles	
ingressar	para	proteção	de	seus	interesses”.	
A	Convenção	87	da	OIT,	de	1948,	estabelece	as	diretrizes	pertinentes	à	liberdade	
sindical,	consideradas	essenciais	para	a	democracia	nas	relações	coletivas	de	trabalho.	
A	 Convenção	 98/1949,	 refere-se	 ao	 direito	 de	 sindicalização	 e	 de	 negociação	
coletiva,	tendo	sido	complementada	pela	Convenção	154/1981.		
A	Convenção	135/1971,	 por	 sua	vez,	dispõe	 sobre	a	proteção	aos	 representantes	
dos	trabalhadores	nas	empresas.	
A	Convenção	141/1975,	trata	da	organização	sindical	dos	trabalhadores	rurais,	e	a	
Convenção	151/1978	aborda	a	sindicalização	e	negociação	coletiva	dos	servidores	públicos.		
3 
 
b. No	Brasil	
A	 Constituição	 de	 1824,	 aboliu	 as	 corporações	 de	 ofício.	 As	 Ligas	 Operárias,	
instituições	 assistenciais	 voltadas	 ao	 trabalhador,	 reivindicavam	 melhores	 condições	 de	
trabalho	que	originaram	os	primeiros	passos	em	direção	ao	movimento	sindical	no	país.		
Dentre	essas	entidades	pode-se	citar	a	Liga	Operária	de	Socorros	Mútuos	(1872),	a	
Liga	de	Resistência	dos	Trabalhadores	em	Madeira	 (1901),	a	Liga	dos	Operários	em	Couro	
(1901)	e	a	Liga	de	Resistência	das	Costureiras	(1906).	
A	Constituição	de	1891	não	dispunha	expressamente	sobre	as	entidades	sindicais,	
mas	estabelecia	liberdade	de	associação	e	de	reunião	para	fins	genéricos.	
Os	primeiros	sindicatos	no	Brasil	surgiram	em	1903,	tendo	sido	reconhecidos	pelo	
Decreto	nº	979	e	eram	ligados	a	agricultura	e	pecuária.	Em	1907	surge	o	primeiro	sindicato	
urbano	que	criou	sociedades	corporativas,	 facultando	a	qualquer	 trabalhador,	 inclusive	de	
profissões	 liberais,	 a	 associação	 a	 sindicatos,	 com	 objetivos	 de	 estudo	 e	 defesa	 dos	
interesses	de	sua	profissão	e	de	seus	membros.	
É	 inegável	 a	 forte	 influência	 ligada	 à	 doutrina	 do	 Estado	 corporativo,	 vigente	 na	
década	 de	 1930,	 durante	 o	 governo	 de	 Getúlio	 Vargas.	 No	 corporativismo	 o	 Estado	
centraliza	 para	 si	 a	 organização	 da	 economia	 nacional,	 com	 objetivo	 de	 promover	 o	
interesse	nacional,	o	que	justificava	o	controle	dos	sindicatos.	
Com	 a	 criação	 do	 Ministério	 do	 Trabalho,	 Indústria	 e	 Comércio,	 em	 1930,	 os	
sindicatos	 passaram	 a	 exercer	 funções	 delegadas	 de	 poder	 público.	 O	 Decreto	
19.770/1931,	 conhecido	 como	 a	 “Lei	 dos	 Sindicatos”,	 estabeleceu	 a	 distinção	 entre	
sindicato	 de	 empregados	 e	 sindicato	 de	 empregadores,	 exigindo	 o	 reconhecimento	 do	
Ministério	do	Trabalho	para	a	aquisição	da	personalidade	jurídica	dos	sindicatos.		
Também	 foi	 instituído	 o	 sindicato	 único	 para	 cada	 profissão	 da	 mesma	 região.	
Nesse	 período	 era	 proibido	 ao	 sindicato	 o	 exercício	 de	 atividade	 política.	 Os	 funcionários	
públicos	eram	excluídos	da	sindicalização,	sujeitando-se	a	lei	especial.	Permitia-se	a	criação	
de	federações,	por	três	sindicatos,	e	confederações	(por	cinco	federações).	
A	Constituição	de	1934	 reconhecia	os	sindicatos	e	as	associações	profissionais,	no	
entanto,	a	pluralidade	e	autonomia	sindical	não	foram	tratadas.		
A	Constituição	seguinte,	de	1937,	recebeu	influência	do	sistema	Facista	italiano,	e	
da	Carta	del	Lavoro,	dispunha	que	a	associação	profissional	ou	sindical	era	livre,	porém	o	
sindicato	necessitava	ser	reconhecido	pelo	Estado	para	poder	representar	os	trabalhadores	
4 
 
de	certa	categoria	profissional.	Essa	Carta	também	estabelecia,	em	seu	art.	139,	a	criação	da	
Justiça	do	Trabalho,	para	dirimir	os	 conflitos	oriundos	das	 relações	entre	empregadores	e	
empregados.		
Nesse	 período	 a	 Justiça	 do	 Trabalho	 era	 um	 órgão	 administrativo	 vinculado	 ao	
Poder	Executivo.	A	greve	e	o	lockout	como	“recursos	antissociais	nocivos	ao	trabalha	e	ao	
capital,	incompatíveis	com	os	superiores	interesses	da	produção	nacional”.	
O	Decreto	1.402/1939	regulou	o	sindicato	único,	referente	à	categoria	econômica	
ou	 profissional,	 na	 mesmabase	 territorial,	 permitindo	 intervenção	 e	 interferência	 do	
Estado,	com	perda	da	carta	sindical	caso	desobedecesse	à	política	econômica	do	governo.	
Essa	herança	corporativista	na	organização	sindical	brasileira	também	se	transfere	
para	a	CLT,	em	1º	de	maio	de	1943,	como	se	observava	no	art.	512,	ao	dispor	que	somente	
as	 associações	 profissionais,	 regularmente	 constituídas	 para	 os	 fins	 de	 estudo,	 defesa	 e	
coordenação	dos	seus	interesses	econômicos	ou	profissionais	e	registradas	de	acordo	com	o	
art.	558,	podem	ser	 reconhecidas	como	sindicatos	e	 investidas	nas	prerrogativas	definidas	
na	CLT.	
O	art.	516	da	CLT	dispunha	sobre	a	unicidade	sindical,	ao	prever	a	impossibilidade	
de	ser	reconhecido	mais	de	um	sindicato	representativo	da	mesma	categoria	econômica	ou	
profis-sional,	 em	 uma	 determinada	 base	 territorial.	 O	 art.	 518	 regulava	 o	 pedido	 de	
reconhecimento	 a	 ser	 dirigido	 ao	 Ministério	 do	 Trabalhado	 para	 o	 reconhecimento	 da	
entidade	 sindical.	 O	 art.	 520	 da	 CLT	 estabelecia	 que	 o	 sindicato	 era	 reconhecido	 por	
intermédio	da	carta	de	sindical.	
A	Carta	de	1946	reconhecia	o	direito	de	greve,	 remetendo	sua	regulamentação	à	
lei.	A	Carta	de	1967	estabelecia	a	liberdade	de	associação	profissional	ou	sindical.		
O	 Decreto-Lei	 229/1967	 inseriu	 diversas	 alterações	 na	 CLT,	 regulando	 a	
possibilidade	 dos	 sindicatos	 de	 celebrar	 acordos	 e	 convenções	 coletivas,	 bem	 como	 a	
obrigatoriedade	 do	 voto	 sindical.	 A	 Portaria	 3100/1985	 do	 MTE	 revogou	 a	 Portaria	
3337/1978,	que	proibia	a	existência	das	centrais	sindicais.	
	
 2. CONCEITO	E	NATUREZA	JURÍDICA	
Uma	pequena	parcela	de	doutrinadores	defenda	a	tese	de	que	o	Direito	Coletivo	do	
Trabalho	constitui-se	em	ramo	autônomo	do	Direito,	sobretudo	porque	se	pode	identificar	
princípios	que	lhe	são	específicos,	diferentes	do	Direito	Individual	do	Trabalho.		
5 
 
No	entanto,	tal	posição	não	carece	de	sustentação	majoritária	na	doutrina	pátria,	
principalmente	pela	ausência	dos	outros	pressupostos	essenciais	que	apontam	a	autonomia	
científica	de	uma	ciência,	a	saber:		
a. Ausência	de	Autonomia	Legislativa,	pois	a	matéria	é	tratada	na	própria	CLT,	não	
havendo	normas	específicas;	
b. 	Ausência	de	Autonomia	Jurisdicional,	pois	é	a	 Justiça	Trabalhista	decide	tanto	
as	controvérsias	envolvendo	tanto	o	Direito	Individual	como	o	Direito	Coletivo	do	Trabalho;	
c. 	Ausência	de	Autonomia	Didática,	pois	o	Direito	Coletivo	do	Trabalho	é	ensinado	
nas	universidades	juntamente	com	a	Disciplina	de	Direito	do	Trabalho;	e		
d. Ausência	de	Autonomia	Doutrinária,	pois	obras,	textos	e	trabalhos	científicos	são	
normalmente	escritos	pelos	doutrinadores	e	especialistas	do	próprio	Direito	do	Trabalho.	
O	Direito	Coletivo	do	Trabalho	não	possui	natureza	jurídica	própria	e	independente,	
sendo	é	segmento	do	Direito	do	Trabalho,	pelas	razões	anteriormente	elencadas.		
Por	 fim,	 pode-se	 conceituar	 o	Direito	 Coletivo	 do	 Trabalho	 como	o	 segmento	 do	
Direito	 do	 Trabalho	 que	 regula	 a	 organização	 sindical,	 a	 negociação	 coletiva	 e	 os	
instrumentos	normativos	decorrentes,	a	representação	dos	trabalhadores	na	empresa	e	a	
greve.	
	
 3. PRINCÍPIOS	DO	DIREITO	COLETIVO	DO	TRABALHO	
3.1 LIBERDADE	SINDICAL	
Esse	princípio	é	pautado	pela	democracia	e	pluralismo	nas	relações	sindicais,	sendo	
regulado	pela	Convenção	87/48	da	OIT	e	pelo	art.	8º,	V	da	CF/88.	No	Brasil	não	cabe	mais	
um	modelo	sindical	controlado	pelo	Estado	que	imponha	regras	que	sufoquem	ou	inibam	a	
atuação	dos	sindicatos	nas	relações	coletivas	de	trabalho.	A	liberdade	sindical	se	traduz	em	
liberdade	de	fundação,	organização,	filiação,	administração,	atuação	e	desfiliação.	
	
3.2 AUTONOMIA	COLETIVA	PRIVADA	
Traduz-se	em	um	poder	que	se	confere	aos	entes	sindicais,	de	estabelecer	normas	
coletivas	 de	 trabalho,	 a	 serem	 aplicadas	 às	 relações	 trabalhistas.	 Os	 instrumentos	
normativos	 em	 questão,	 de	 natureza	 autônoma,	 decorrem	 da	 negociação	 coletiva,	
procedimento	no	qual	 os	 entes	 sindicais	 podem	exercer	 o	 direito	 de	 firmar	 convenções	 e	
acordos	coletivos	de	trabalho	que	se	constituem	em	fontes	formais	do	Direito	do	Trabalho.	
	
6 
 
3.3 ADEQUAÇÃO	SETORIAL	NEGOCIADA	
Indica	 as	 possibilidades	 e	 os	 limites	 que	 devem	 ser	 observados	 pelas	 normas	
coletivas,	 decorrentes	 de	 negociação	 coletiva	 de	 trabalho.	 Os	 instrumentos	 coletivos	 de	
negociação	 podem	 estabelecer	 direitos	 mais	 benéficos	 aos	 empregados,	 conforme	 o	
princípio	da	norma	mais	favorável,	de	acordo	como	que	dispõe	o	art.	7º	da	CF/88.	
Quanto	à	possibilidade	de	estabelecer	condições	de	trabalho	menos	favoráveis	aos	
empregados,	 tal	 hipótese	 somente	 será	 possível,	 como	 verdadeira	 exceção,	 admissível	
apenas	no	próprio	texto	constitucional,	como	nos	casos	de	férias	coletivas	e	redução	salarial.	
Dessa	maneira,	 os	 direitos	 sociais	 e	 trabalhistas	 mínimos,	 assegurados	 na	 CF/88,	
não	 podem	 ser	 reduzidos,	 nem	 mesmo	 por	 negociação	 coletiva,	 por	 se	 considerarem	 o	
patamar	mínimo	pré-estabelecido.		
Também	não	podem	ser	objeto	de	flexibilização,	in	pejus,	as	normas	necessárias	à	
proteção	 da	 dignidade	 e	 da	 vida	 do	 trabalhador,	 bem	 como	 aquelas	 de	 ordem	 pública,	
pertinentes	à	segurança	e	à	saúde	no	trabalho.	
	
 4. ORGANIZAÇÃO	SINDICAL	NA	CONSTITUIÇÃO	DE	1988	
A	 CF/88	 adotou	 o	 PRINCÍPIO	 DA	 LIBERDADE	 SINDICAL,	 embora	 com	 determinadas	
restrições.	De	acordo	com	o	art.	8º	da	CF/88,	“é	livre	a	associação	profissional	ou	sindical”,	
desde	que	observados	os	preceitos	descritos	nos	respectivos	incisos.	
O	 art.	 8º,	 I,	 da	 CF/88,	 veda	 a	 interferência	 e	 intervenção	 do	 Poder	 Público	 na	
organização	 sindical.	 Por	 sua	 vez,	 o	art.	 8º,	 II	 da	 CF/88,	 dispõe	 sobre	 a	UNICIDADE	 SINDICAL,	
uma	 vez	 que	 é	 vedada	 a	 criação	de	mais	 de	uma	organização	 sindical,	 em	qualquer	 grau,	
representativa	de	categoria	profissional	ou	econômica,	na	mesma	base	territorial,	que	será	
definida	pelos	trabalhadores	ou	empregadores	interessados,	não	podendo	ser	inferior	à	área	
de	um	município.	
O	sistema	sindical	revela-se,	ainda,	de	CARÁTER	CONFEDERATIVO	e	o	inciso	IV	do	art.	8º	
da	 CF/88,	 dispõe	 que	 “a	 assembléia	 geral	 fixará	 a	 contribuição	 que,	 em	 se	 tratando	 de	
categoria	profissional,	será	descontada	em	folha,	para	custeio	do	sistema	confederativo	da	
representação	sindical,	respectiva,	independentemente	da	contribuição	prevista	em	lei”.		
A	organização	sindical	brasileira	enfatiza	a	NEGOCIAÇÃO	COLETIVA,	considerada	a	forma	
ideal	 de	 solução	 de	 conflitos	 de	 trabalho,	 originando	 as	 normas	 coletivas	 (acordos	 e	
convenções	coletivas	de	trabalho).	Nesse	sentido	o	art.	7º,	XXVI	da	CF/88	prevê	o	direito	ao	
“reconhecimento	das	convenções	e	acordos	coletivos	de	trabalho”.		
7 
 
Por	 outro	 lado,	 o	 inciso	 VI	 do	 art.	 8º	 da	 CF/88	 prevê	 a	 obrigatoriedade	 da	
participação	dos	sindicatos	nas	negociações	coletivas	de	trabalho.	Já	o	art.	8º,	VIII,	da	CF/88	
dispõe	 sobre	 a	 estabilidade	 provisória	 do	 dirigente	 sindical,	 desde	 o	 registro	 da	 sua	
candidatura	a	 cargo	de	direção	ou	 representação	 sindical	e,	 se	eleito,	ainda	que	 suplente,	
até	um	ano	após	o	final	do	mandato,	salvo	se	cometer	falta	grave	nos	termos	da	lei.	
	
 5. LIBERDADE	SINDICAL	
A	 liberdade	 sindical	 é	 o	 princípio	 que	 fundamenta	 toda	 a	 organização	 sindical	 da	
atualidade,	pautada	pela	democracia	nas	relações	coletivas	de	trabalho,	sendo	regulado	no	
âmbito	 internacional	pela	Convenção	87	da	OIT,	que,	porém,	ainda	não	 foi	 ratificada	pelo	
Brasil,	em	razão	de	certas	restrições	previstas	em	nossa	Carta	Magna.		
Consiste	no	direito	de	 trabalhadores	eempregadores	de	 constituir	 as	organizações	
sindicais	que	entenderem	convenientes,	na	forma	que	desejarem,	ditando	as	suas	regras	de	
funcionamento	 e	 ações	 que	 devam	 ser	 empreendidas,	 podendo	 nelas	 ingressar	 ou	 não,	
permanecendo	neles	enquanto	lhes	convir.	
5.1 LIBERDADE	DE	ASSOCIAÇÃO	E	DE	FILIAÇÃO	
A	liberdade	de	associação	consiste	no	direito	das	pessoas	se	unirem	de	forma	
duradoura,	devido	a	existência	de	objetivos	comuns,	dando	origem	a	grupos	organizados,	ou	
seja,	 associações.	 Dessa	 maneira	 assegura-se	 a	 liberdade	 de	 associação	 sindical	 ao	 se	
garantir	 a	 existência	 e	 a	 formação	 de	 organizações	 sindicais	 onde	 as	 pessoas	 possam	 se	
reunir	de	forma	organizada	em	sindicatos.	
A	 liberdade	de	filiação	sindical	pode	ser	tanto	positiva,	ou	seja,	assegurando-
se	a	possibilidade	de	se	associar	ao	ente	sindical,	como	negativa,	no	sentido	de	garantir	o	
direito	de	deixar	o	quadro	de	associados	do	sindicato.		
Assim,	 veda-se	 o	 tratamento	 discriminatório	 para	 aquele	 que	 não	 é	
sindicalizado,	bem	como	o	tratamento	privilegiado	àquele	que	se	associou	ao	sindicato.		
Além	disso,	a	liberdade	de	filiação	sindical	pode	se	tanto	individual,	em	que	o	
trabalhador	 e	 o	 empregador	 têm	 o	 direito	 de	 ingressar	 como	 filiado	 do	 sindicato,	 como	
coletiva,	na	qual	o	próprio	ente	sindical	decide	se	filiar	a	outro	sindicato	superior,	seja	ele	de	
amplitude	nacional	ou	internacional.		
Para	 que	 um	 empregado	 faça	 parte	 de	 uma	 determinada	 categoria	
profissional,	não	se	exige	manifestação	de	vontade	do	mesmo,	bastando	prestar	serviços	ao	
empregador.		
8 
 
Do	mesmo	modo,	o	empregador	passa	a	fazer	parte	de	determinada	categoria	
econômica	pelo	 fato	de	exercer	atividade	preponderante	em	certo	 setor	da	economia	em	
determinada	área	territorial.	No	entanto,	para	ser	 filiado	ao	sindicato,	 faz-se	necessária	a	
manifestação	de	vontade	do	empregado	ou	do	empregador.		
Mesmo	 sem	 filiação	 a	 qualquer	 sindicato,	 empregados	 e	 empregadores	
integram	as	respectivas	categorias	profissionais	e	econômicas,	fazendo	jus	aos	direitos	fixados	
nos	instrumentos	normativos	aplicáveis	(acordos	coletivos,	convenções	coletivas	e	sentenças	
normativas).		
Assim,	 um	 trabalhador	 de	 uma	 metalúrgica	 de	 São	 Bernardo,	 integra	 a	
categoria	 profissional	 dos	 metalúrgicos	 dessa	 cidade,	 podendo	 filiar-se,	 ou	 não,	 ao	
respectivo	 sindicato	 e,	 caso	 opte	 por	 não	 se	 associar	 faz	 jus	 a	 todos	 os	 direitos	 da	
respectiva	 categoria.	 Da	 mesma	 forma,	 independentemente	 da	 filiação	 sindical,	 o	
empregado	deverá	pagar	a	contribuição	sindical	obrigatória	que	está	regulada	na	CLT.	
5.2 LIBERDADE	DE	FUNDAÇÃO	SINDICAL	
A	 fundação	do	ente	sindical,	 como	dispõe	o	 inciso	 I	do	art.	8º	da	CF/88,	não	
depende	 de	 autorização	 do	 Estado,	 sendo	necessário,	 porém,	 o	 registro	 do	 sindicato	 no	
órgão	competente.		
Assim,	 a	 aquisição	 da	 personalidade	 jurídica	 sindical	 depende	 do	 registro	 de	
seus	estatutos	no	órgão	competente.		
O	 sindicato,	 embora	 apresente	 natureza	 de	 associação	 de	 direito	 privado,	
contém	diversas	peculiaridades	e	funções	diferenciadas.	Por	isso	mesmo,	o	simples	registro	
no	 Cartório	 de	 Títulos	 e	 Documentos	 e	 de	 Pessoas	 Jurídicas	 apenas	 confere	 a	
personalidade	 jurídica	 de	 associação,	 não	 sendo	 suficiente	 para	 a	 aquisição	 da	
personalidade	sindical.		
A	personalidade	sindical	é	adquirida	com	o	registro	no	Ministério	do	Trabalho	
e	Emprego	(MTE),	conforme	dispõe	a	Súmula	677	do	STF.	A	Portaria	nº	186,	de	10	de	abril	
de	2008,	do	Ministério	do	Trabalho	e	Emprego,	regula	o	registro	sindical.	
5.3 LIBERDADE	DE	ORGANIZAÇÃO	SINDICAL	
A	liberdade	de	organização	sindical,	significando	a	autonomia	do	ente	sindical	
quanto	à	escolha	dos	meios	para	alcançar	os	fins	a	que	se	propõe.	O	sindicato	encontra-se	
organizado	 conforme	 previsto	 em	 seu	 estatuto	 que	 estabelece	 os	 diversos	 órgãos	 que	
integram	o	ente	sindical,	bem	como	as	atribuições	de	cada	um	deles.	
9 
 
Há	 quem	 defenda	 que	 o	 art.	 8º,	 caput	 e	 inciso	 I	 da	 CF/88,	 ao	 proibir	 a	
interferência	e	a	intervenção	do	Poder	Público	na	organização	sindical,	não	admite	que	a	lei	
fixe	 os	 órgãos	 do	 ente	 sindical,	 bem	 como	 a	 sua	 composição,	 pois	 violaria	 a	 liberdade	
sindical,	no	que	concerne	a	liberdade	de	organização.		
Entretanto,	a	doutrina	majoritária	entende	que	a	vedação	de	 interferência	e	
intervenção	 dirige-se	 ao	 Poder	 Executivo,	 mas	 não	 ao	 Poder	 Legislativo	 ou	 Judiciário	
(quanto	às	 suas	atividades	 típicas	de	 legislar	 e	 julgar),	 pois	os	entes	 sindicais,	 assim	como	
todos	 aqueles	 que	mantêm	 relações	 na	 sociedade,	 submetem-se	 a	 lei	 e	 estão	 sujeitos	 ao	
controle	 jurisdicional	 de	 seus	 atos	 (art.	 5º,	 XXXV,	 da	 CF/88).	 Assim,	 a	 lei,	 desde	 que	
obedecidos	os	 requisitos	da	 razoabilidade	e	proporcionalidade,	poderá	estabelecer	 regras	
referentes	à	organização	sindical.	
5.4 LIBERDADE	DE	ADMINISTRAÇÃO	SINDICAL	
A	 liberdade	 de	 administração	 do	 ente	 sindical	 refere-se	 à	 forma	 de	 sua	
condução,	fixando	as	metas,	prioridades	e	objetivos	a	serem	alcançados.	Cabe	ao	sindicato	
estabelecer	 a	 forma	 de	 sua	 administração,	 redigindo	 e	 aprovando	 o	 seu	 estatuto	 e	
realizando	as	eleições	para	a	escolha	e	composição	de	seus	órgãos.	Também	não	é	cabível	a	
interferência	 externa,	 de	 terceiros	 ou	 do	 Poder	 Executivo	 no	 ente	 estatal,	 ou	 seja,	 em	 se	
tratando	do	sindicato	de	trabalhadores	não	se	admite	a	interferência	dos	empregadores.	
Assim,	de	acordo	com	o	que	prescreve	o	art.	8º,	III	da	CF/88,	ao	sindicato	cabe	
a	 defesa	 dos	 direitos	 e	 interesses	 coletivos	 ou	 individuais	 da	 categoria,	 inclusive	 em	
questões	judiciais	ou	administrativas,	o	que	deve	ser	observado	pelos	diretores	e	membros	
da	administração	sindical.	
5.5 LIBERDADE	DE	ATUAÇÃO	SINDICAL	
A	 liberdade	 de	 atuação	 sindicato	 refere-se	 à	 conduta	 que	 o	 mesmo	 deverá	
adotar,	 de	 modo	 a	 alcançar	 os	 seus	 objetivos,	 em	 especial	 na	 defesa	 dos	 direitos	 e	
interesses,	 de	 natureza	 coletiva,	 da	 categoria	 como	 um	 todo,	 bem	 como	 dos	 direitos	 e	
interesses	individuais,	dos	membros	da	categoria.		
Assim,	deve	haver	liberdade	de	exercício	das	funções	do	ente	sindical,	sabendo-
se	 que	 este	 realiza	 diversas	 ações	 e	 atividades,	 procurando	 alcançar	 os	 seus	 fins.	 Tanto	 a	
liberdade	 de	 atuação	 como	 a	 de	 organização	 e	 de	 administração	 sindical,	 inseridas	 na	
AUTONOMIA	SINDICAL,	devem	respeitar	as	normas	e	os	princípios	constitucionais	presentes	em	
nosso	ordenamento	jurídico.	
10 
 
6. LIMITAÇÕES	AO	PRINCÍPIO	DA	LIBERDADE	SINDICAL	
Mesmo	após	a	CF/88,	a	organização	sindical	brasileira	ainda	prevê	sérias	restrições	ao	
princípio	da	liberdade	sindical,	tal	como	previsto	na	Convenção	87	da	OIT.	
6.1 UNICIDADE	SINDICAL	
A	unicidade	 sindical	 é	 o	 sistema	 no	 qual	a	 lei	 exige	 que	 apenas	 um	 ente	 sindical	
represente	 determinada	 categoria,	 em	 certo	 espaço	 territorial.	 Unicidade	 sindical	 não	 se	
confunde	com	a	unidade	sindical,	nesta	última,	o	sindicato	único	não	decorre	de	imposição	
da	lei	ou	de	outra	fonte	normativa,	mas	sim	de	livre	decisão	de	seus	próprios	interessados.		
A	unicidade	sindical	afronta	o	princípio	da	liberdade	sindical,	em	que	é	obrigatório	
por	 lei	 (vigente	 no	 país	 por	 previsão	 constitucional),	 apenas	 um	 sindicato	 dentro	 de	 uma	
determinada	base	territorial.		
Pluralidade	 sindical	 também	 está	 em	 consonância	 com	 o	 princípio	 da	 liberdade	
sindical.	Nesse	 caso	é	autorizada	a	 criação	de	várias	entidades	 sindicais	 para	 representar	o	
mesmo	grupo	de	trabalhadores	ou	empregadores,	emuma	mesma	base	territorial.	Porém,	
nesse	caso	pode	ocorrer	a	dispersão	de	forças,	dificultando	a	atuação	eficaz	e	conjunta	dos	
seus	membros.		
6.2 BASE	TERRITORIAL	NÃO	INFERIOR	À	ÁREA	DE	UM	MUNICÍPIO	
A	CF/88	exige	que	seja	observada	a	base	territorial	mínima	do	sindicato	não	inferior	
à	área	de	um	município,	de	acordo	com	o	disposto	no	art.	8º,	II	da	CF/88.	Essa	base	territorial	
é	mais	restrita	do	que	a	estabelecida	no	art.	517	da	CLT	que	admitia	sindicatos	distritais.		
Tal	limitação	territorial	em	conjunto	com	as	restrições	relativas	à	unicidade	sindical	e	
ao	 regime	 organizado	 por	 categoria	 impede	 a	 fundação	 e	 organização	 de	 sindicatos	 por	
empresas.	
6.3 SISTEMA	SINDICAL	ORGANIZADO	POR	CATEGORIAS	
O	sistema	de	categorias	é	uma	forma	de	restringir	a	liberdade	sindical	com	origem	
no	 regime	 corporativista,	 impossibilitando	 que	 os	 interessados	 se	 reúnam	 em	 formas	
distintas,	 em	outros	grupos,	 com	alcance	diverso,	 como	os	 sindicatos	por	profissões,	ou	o	
sindicato	dos	trabalhadores	de	certa	empresa.	
CATEGORIA	 pode	 ser	 definida	 como	 um	 conjunto	 de	 pessoas	 com	 interesses	
PROFISSIONAIS	 (empregados)	 ou	 ECONÔMICOS	 (empregadores)	 em	 comum,	 decorrentes	 de	
identidade	de	condições	 ligadas	ao	 trabalho	ou	à	atividade	econômica	desempenhada.	A	
categoria	pode	reunir	atividades	ou	profissões	idênticas,	similares	ou	conexas.		
11 
 
A	CATEGORIA	PROFISSIONAL	(referente	aos	empregados)	é	a	expressão	social	elementar,	
integrada	 pela	 “similitude	 de	 condições	 de	 vida”	 oriunda	 da	 profissão	 ou	 trabalho	 em	
comum,	 em	 situação	 de	 emprego	 na	 mesma	 atividade	 econômica	 ou	 em	 atividades	
econômicas	similares	ou	conexas	(art.	511,	§	2º	da	CLT).	
Para	que	o	empregado	integre	a	certa	categoria	profissional	basta	prestar	serviços	a	
empregador	 cuja	 atividade	 esteja	 inserida	 em	 certo	 setor	 da	 economia,	
independentemente	da	função	especificamente	desempenhada.		
Assim,	 o	 empregado	 que	 trabalha	 exercendo	 funções	 de	 limpeza,	 para	 o	 seu	
empregador,	que	é	uma	empresa	cuja	atividade	preponderante	é	a	metalurgia,	considera-se	
como	 integrante	 da	 categoria	 profissional	 dos	 metalúrgicos,	 assim	 como	 aqueles	
empregados	que	trabalham	diretamente	na	atividade	industrial	de	metalurgia.		
A	 CATEGORIA	 ECONÔMICA	 (referente	 ao	 empregadores)	 representa	 o	 vínculo	 social	
básico	 decorrente	 da	 solidariedade	 de	 interesses	 econômicos	 dos	 que	 empreendem	
atividades	idênticas,	similares	ou	conexas	(art.	511,	§	1º	da	CLT).	
A	CATEGORIA	DE	ATIVIDADES	IDÊNTICAS	reúne	os	empregadores	(sindicato	patronal),	ou	os	
empregados	 (sindicato	 profissional),	 que	 exerçam,	 respectivamente,	 a	 mesma	 atividade	
econômica,	ou	que	prestem	serviços	ao	mesmo	setor	da	atividade	econômica.		
A	 CATEGORIA	 DE	 ATIVIDADES	 SIMILARES	 reúne	 atividades	 semelhantes	 entre	 si,	 como	 no	
caso	 dos	 hotéis,	 bares	 e	 restaurantes,	 pode	 ocorrer	 tanto	 na	 categoria	 econômica	 ou	
profissional.	
A	CATEGORIA	DE	ATIVIDADES	CONEXAS	é	 integrada	por	atividades	que	se	complementam,	
sendo	exercidas	com	o	mesmo	fim,	como	ocorre	na	construção	civil,	em	que	existem,	entre	
outras,	as	atividades	de	alvenaria,	pintura,	parte	elétrica	e	hidráulica,	também	podendo	ser	
verificada	a	conexão	tanto	na	categoria	econômica	como	na	profissional.	
A	CATEGORIA	PROFISSIONAL	DIFERENCIADA	é	a	que	se	forma	dos	empregados	que	exerçam	
profissões	 ou	 funções	 diferenciadas	 por	 força	 de	 estatuto	 profissional	 especial	 ou	 em	
consequência	de	condições	de	vida	singulares	(art.	511,	§	3º	da	CLT).		
Assim,	 para	 a	 existência	 de	 categoria	 profissional	 diferenciada	 faz-se	 necessária	 a	
existência	de	um	estatuto	profissional	especial,	como	no	caso	das	secretárias,	ou	existência	
de	 condições	 de	 vida	 diferenciadas,	 como	no	 caso	 dos	motoristas,	 tudo	de	 acordo	 como	
quadro	anexo	mencionado	pelo	art.	577	da	CLT.	
12 
 
De	 acordo	 com	 a	 Súmula	 nº	 374	 do	 TST,	 o	 empregado	 integrante	 de	 categoria	
diferenciada	 não	 tem	 o	 direito	 de	 haver	 de	 seu	 empregador	 vantagens	 previstas	 em	
instrumento	 coletivo	 no	 qual	 a	 empresa	 não	 foi	 representada	 por	 órgão	 de	 classe	 de	 sua	
categoria.	 Em	 nosso	 ordenamento	 jurídico,	 a	 categoria	 profissional	 diferenciada,	
representando	o	sindicato	por	profissão,	ainda	é	uma	exceção.		
Se	o	empregado	exerce	atividade	típica	de	profissional	liberal	(advogado,	médico	ou	
engenheiro),	mas	mantém	vínculo	de	emprego	com	empregador,	deixa	de	ser	representado	
por	 sindicato	de	profissional	 liberal,	pois	passou	a	prestar	 serviço	 como	empregado	e	não	
mais	como	autônomo.	Porém,	deve-se	observar	o	art.	1º	da	Lei	7.316/85,	que	dispõe:		
	
Nas	 ações	 individuais	 e	 coletivas	 de	 competência	 da	 Justiça	 do	 Trabalho,	 as	
entidades	 sindicais	que	 integram	a	Confederação	Nacional	das	Profissões	 Liberais	
terão	o	mesmo	poder	de	representação	dos	trabalhadores	empregados	atribuído,	
pela	legislação	em	vigor,	aos	sindicatos	representativos	das	categorias	profissionais	
diferenciadas.	
	
Para	 que	 esse	 dispositivo	 seja	 eficaz,	 deve-se	 entender	 que	 os	 empregados	
exercendo,	na	empresa,	atividades	típicas	de	profissionais	liberais,	ainda	não	consideradas	
como	 integrantes	 de	 categorias	 diferenciadas,	 podem	 se	 reunir	 em	 sindicatos	 próprios,	
aplicando-se,	 neste	 caso,	 as	 mesmas	 regras	 pertinentes	 aos	 sindicatos	 das	 categorias	
profissionais	diferenciadas.	
Somente	no	caso	em	que	a	profissão	do	referido	empregado,	exercida	na	empresa,	
seja	considerada	(pelo	ordenamento	jurídico)	como	uma	categoria	profissional	diferenciada,	
como	ocorre	com	os	motoristas,	aeronautas,	cabineiros,	jornalistas,	músicos,	publicitários	e	
secretárias,	 entre	 outros,	 é	 que	 o	 sindicato	 da	 profissão,	 será,	 excepcionalmente,	 o	
representante	da	categoria.	TAL	 SITUAÇÃO	É	UMA	EXCEÇÃO,	POIS	EM	REGRA,	O	EMPREGADO	 INTEGRA	A	
CATEGORIA	 PROFISSIONAL	 CORRESPONDENTE	 À	 ATIVIDADE	 ECONÔMICA	 DO	 EMPREGADOR,	 INDEPENDENTE	 DA	
FUNÇÃO	 DESEMPENHADA.	 A	 Súmula	 369,	 III	 do	 TST	 dispõe	 que	 o	 empregado	 de	 categoria	
diferenciada	eleito	dirigente	sindical	só	goza	de	estabilidade	se	exercer	na	empresa	atividade	
pertinente	à	categoria	profissional	do	sindicato	para	o	qual	foi	eleito.	
	
7. ÓRGÃOS	DO	SINDICATO	
O	sindicato	compõe-se	de	três	órgãos:	diretoria,	conselho	fiscal	e	assembleia	geral.		
A	DIRETORIA	será	composta	de	um	mínimo	de	três	e	um	máximo	de	sete	membros,	entre	
os	quais	será	eleito	o	presidente	do	sindicato.	Trata-se	de	um	órgão	executivo,	cuja	função	é	
administrar	o	sindicato.		
13 
 
O	CONSELHO	FISCAL	será	composto	por	três	membros,	eleitos	pela	assembleia	geral,	com	
mandato	de	três	anos.	Tem	competência	para	fiscalizar	a	gestão	financeira	do	sindicato.	
O	art.	522	combinado	com	o	art.	543,	§	3°,	da	CLT,	determina	o	número	de	dirigentes	
sindicais,	 inclusive	 os	 suplentes,	 que	 terão	 direito	 à	 estabilidade.	 Há	 controvérsia	 na	
doutrina	 brasileira,	 entendendo	 alguns,	 que	 o	 art.	 522	 da	 CLT	 estaria	 revogado	 pela	
liberdade	 sindical,	 estabelecida	 na	 CF/88,	 em	 razão	 de	 que	 todas	 as	 normas	 que	 criem	
exigências	para	o	 reconhecimento	ou	 funcionamento	de	associações	ou	 sindicatos	estão	
tacitamente	revogadas,	pois	cabem	aos	estatutos	de	cada	sindicato	definir	tais	atribuições.	
A	estabilidade	do	dirigente	sindical	diz	respeito	à	garantia	dada	ao	trabalhador	para	poder	
cumprir	o	seu	mandato.	
Com	 a	 CF/88,	 os	 sindicatos	 passaram	 a	 ter	 autonomia,	 vedando-se	 a	 interferência	
estatal,	ou	seja,	do	Poder	Executivo,	em	seu	funcionamento.	A	CF/88	não	restringe	o	número	
de	dirigentes	sindicais,	pois	essa	não	é	uma	matéria	constitucional.	Assim,nada	impede	que	
a	lei	ordinária	limite	certas	situações,	para	garantia	do	exercício	de	direitos,	não	havendo,	
assim	quaisquer	 irregularidades	com	o	disposto	no	art.	522	da	CLT,	não	havendo	qualquer	
intervenção	 estatal	 por	 parte	 da	 lei,	 mas	 sim,	 mero	 disciplinamento	 do	 número	 de	
membros	dos	sindicatos.	
O	direito	da	lei	ordinária	limitar	o	número	de	dirigentes	sindicais	não	excede	a	auto-
nomia	interna	do	sindicato,	pois	atinge	direitos	e	liberdades	dos	empregadores	em	garantir	a	
estabilidade	de	emprego	de	seus	membros.	Assim,	não	é	possível	ao	sindicato	estabelecer	
estabilidade	para	mais	do	que	14	membros	da	diretoria	(7	titulares	e	7	suplentes).	
A	 CF/88	 tornou	 incompatíveis	 os	 artigos	 da	 CLT	 que	 tratavam	da	 intervenção	 do	
Estado	 no	 sindicato,	 não	 são	mais	 aplicáveis	 os	 dispositivos	 referentes	 à necessidade	 de	
autorização	 do	 MTE	 na	 fundação	 do	 sindicato,	 bem	 como,	 sobre	 sua	 intervenção	 na	
autonomia	e	administração	do	sindicato.	O	que	é	vedado	é	a	intervenção	do	Poder	Executivo	
e	não	do	Poder	Legislativo.	
A	 ASSEMBLEIA	 GERAL	 é	 o	 órgão	 máximo	 do	 sindicato,	 tendo	 por	 objetivo	 principal	
deliberar	sobre	vários	assuntos,	entre	os	quais	o	de	traçar	as	diretrizes	do	sindicato	e	sua	
forma	de	atuação.	É	ela	que	elegerá	os	associados	para	representação	da	categoria,	tomará	
e	 aprovará	 as	 contas	 da	 diretoria,	 aplicará	 o	 patrimônio	 do	 sindicato,	 julgará	 os	 atos	 da	
diretoria	 e	 deliberará	 quanto	 aos	 dissídios	 trabalhistas,	 além	 de	 eleger	 os	 diretores	 e	
membros	do	conselho	fiscal.		
14 
 
8. ELEIÇÕES	SINDICAIS	
A	 eleição	 para	 cargos	 de	 diretoria	 e	 do	 conselho	 fiscal	 será	 realizada	 por	 voto	
obrigatório	e	secreto,	durante	o	período	de	6	horas	consecutivas,	na	sede	do	sindicato,	nas	
delegacias	e	seções	e	nos	principais	locais	de	trabalho.	Para	o	exercício	do	direito	de	votar	é	
necessário:	 (a)	 ter	o	associado	mais	de	6	meses	de	 inscrição	no	quadro	social	e	mais	de	2	
anos	de	exercício	de	atividade	ou	de	profissão;	(b)	ser	maior	de	18	anos;	(c)	estar	no	gozo	
dos	direitos	sindicais.	
Não	podem	ser	eleitos	para	cargos	administrativos	ou	de	representação	econômica	
ou	 profissional,	 nem	 permanecer	 no	 exercício	 desses	 cargos:	 (a)	 os	 que	 não	 tiverem	
aprovadas	 suas	 contas	 no	 exercício	 desses	 cargos;	 (b)	 os	 que	 houverem	 lesado	 o	
patrimônio	de	qualquer	entidade	sindical;	(c)	os	que	não	estiverem,	desde	dois	anos	antes,	
pelo	menos,	no	exercício	efetivo	da	atividade	ou	da	profissão	dentro	da	base	territorial	do	
sindicato,	 ou	 no	 desempenho	 de	 representação	 econômica	 ou	 profissional;	 (d)	 os	 que	
tiverem	sido	condenados	por	crime	doloso	enquanto	persistirem	os	efeitos	da	pena;	(e)	os	
que	 não	 estiverem	 no	 gozo	 de	 seus	 direitos	 políticos;	 (f)	 os	 que	 tiverem	 má	 conduta,	
devidamente	comprovada	(art.	530	da	CLT).	
Nas	eleições	para	cargos	de	diretoria	e	do	conselho	fiscal,	serão	considerados	eleitos	
os	candidatos	que	obtiverem	maioria	absoluta	de	votos	em	relação	ao	total	dos	associados	
eleitores.	 Não	 havendo	 na	 primeira	 convocação	 maioria	 absoluta	 de	 eleitores,	 ou	 não	
obtendo	 nenhum	 dos	 candidatos	 tal	 maioria,	 proceder-se-á	 a	 nova	 convocação	 para	 dia	
posterior,	sendo	considerados	eleitos	os	candidatos	que	obtiverem	maioria	dos	votos	dos	
eleitores	presentes.	
As	eleições	deverão	ser	realizadas	dentro	do	prazo	máximo	de	60	dias	e	mínimo	de	
30	 dias,	 antes	 do	 término	 do	 mandato	 dos	 dirigentes	 em	 exercício.	 Já	 a	 posse	 da	 nova	
diretoria	deverá	ocorrer	dentro	de	30	dias	subsequentes	ao	término	do	mandato.	
	
9. ENTIDADES	SINDICAIS	DE	GRAU	SUPERIOR	
9.1 FEDERAÇÕES	
As	 FEDERAÇÕES	 são	 entidades	 sindicais	 organizadas,	 em	 regra,	 por	 estados	 da	
federação,	mas	podem	existir	 federações	 interestaduais	ou	mesmo	nacionais.	Poderão	 ser	
constituídas	 desde	 que	 reúnam,	 pelo	 menos,	 cinco	 sindicatos,	 representando	 a	 maioria	
absoluta	de	um	grupo	de	atividades	ou	profissões	 idênticas,	similares	ou	conexas	(art.	534	
da	CLT).		
15 
 
9.2	CONFEDERAÇÕES	
As	CONFEDERAÇÕES	 são	constituídas	por,	no	mínimo,	três	 federações,	 tendo	sede	em	
Brasília	 (art.	 535	 da	 CLT).	 São	 formadas	 por	 ramo	 da	 atividade	 (indústria,	 comércio,	
transportes),	 como	 a	 Confederação	 Nacional	 da	 Indústria,	 a	 Confederação	 Nacional	 dos	
Transportes	e	a	Confederação	Nacional	das	Profissões	Liberais,	entre	outras.		
Tanto	 as	 confederações,	 como	 as	 federações	 podem	 ser	 constituídas	 para	
representar	os	interesses	da	categoria	profissional	como	também	da	atividade	econômica.	
Quando	 as	 categorias	 não	 forem	 organizadas	 em	 federações	 ou	 sindicatos,	 as	
confederações	coordenam	as	atividades	das	entidades	de	grau	inferior,	estando	autorizadas	
a	 celebrar	 convenções	 coletivas,	 acordos	 coletivos	 e	 a	 instaurar	 dissídios	 coletivos.	 Seus	
órgãos	internos	são	os	mesmos	da	federação.	
9.3	CENTRAIS	SINDICAIS	
As	 centrais	 sindicais	 são	 órgãos	 de	 cúpula,	 intercategoriais,	 de	 âmbito	 nacional,	
coordenando	os	demais	órgãos,	sem	integrar	o	sistema	sindical	confederativo	regulado	na	
Constituição	 Federal.	 A	 Portaria	 3.337/78,	 que	 proibia	 a	 criação	 de	 centrais	 sindicais,	 foi	
revogada	pela	Portaria	3.100/85	do	MTE.	
A	legislação	prevê	a	existência	das	centrais	sindicais,	tendo	representação	em	certos	
órgãos	 governamentais,	 por	 intermédio	 dos	 trabalhadores	 dessas	 entidades,	 como	 no	
Conselho	Deliberativo	 do	 Fundo	 de	 Amparo	 do	 Trabalhador	 (Lei	 7.998/90),	 no	Conselho	
Curador	 do	 FGTS	 (Lei	 8.036/90),	 no	 Conselho	 Nacional	 de	 Previdência	 Nacional	 (Lei	
8.213/91),	e	no	Conselho	Curador	do	Fundo	de	Desenvolvimento	Social	(Lei	8.677/94).	
Atualmente	 existem	 no	 Brasil	 as	 seguintes	 centrais	 sindicais,	 entre	 outras:	Central	
Única	 dos	 Trabalhadores	 (CUT),	 Força	 Sindical,	 União	 Sindical	 Brasileira,	 União	 Sindical	
Independente,	 Nova	 Central	 Sindical	 de	 Trabalhadores,	 Confederação	 Geral	 dos	
Trabalhadores,	 Social	 Democracia	 Sindical,	 Central	 Autônoma	 dos	 Trabalhadores,	 Central	
Geral	dos	Trabalhadores	do	Brasil.	
Dispõe	 o	 art.	 1°	 da	 Lei	 11.648/2008	 que	 a	 central	 sindical	 é	 a	 entidade	 de	
representação	geral	dos	trabalhadores,	constituída	em	âmbito	nacional	e	com	a	finalidade	
de	coordenar	a	representação	dos	trabalhadores	por	meio	das	organizações	sindicais	a	ela	
filiadas;	 além	 de	 participar	 de	 negociações	 em	 fóruns,	 colegiados	 de	 órgãos	 públicos	 e	
demais	 espaços	 de	 diálogo	 social	 que	 possuam	 composição	 tripartite	 (representantes	 dos	
trabalhadores,	dos	empregadores	e	do	governo),	nos	quais	esteja	em	discussão	assuntos	de	
interesse	geral	dos	trabalhadores.	
16 
 
A	CF/88	reconhece	que	o	sistema	sindical	brasileiro	é	estabelecido	por	categoria,	na	
qual	não	se	inserem	as	centrais	sindicais,	pois	estas	representam	sindicatos	pertencentes	a	
vários	 tipos	 de	 categorias	 de	 trabalhadores,	 uma	 vez	 que	 as	 centrais	 sindicais	 não	 estão	
vinculadas	 a	 categorias,	 como	 dispõe	 o	 art.	 8°	 da	 CF/88.	 As	 centrais	 sindicais	 não	
representam	os	trabalhadores,	pois	apenas	os	sindicatos,	as	federações	ou	confederações	
poderão	 fazê-lo.	Na	verdade	 representam	os	 sindicatos	 filiados,	não	podendo	defender	os	
interesses	da	categoria.	
As	 centrais	 sindicais	 participam	 de	 negociações	 coletivas,	 mas	 não	 podem:	 (a)	
declarar	greves;	(b)	celebrar	convenções,	acordos	ou	contratos	coletivos;	(c)	propor	dissídios	
coletivos,	 pois	 não	 tem	 legitimidade	 para	 tal;	 (d)	 representar	 a	 categoria,	 nem	 assinar	
documentos	 em	 seu	 nome;	 (e)	 impetrar	 mandado	 de	 segurança	 coletivo,	 pois	 não	 é	
entidadede	 classe,	 nem	 organização	 sindical	 reconhecida	 no	 sistema	 confederativo	
constitucional.	Sendo	considerada	entidade	de	classe	de	âmbito	nacional,	poderá	a	central	
sindical	propor	ação	direta	de	inconstitucionalidade	(art.	103,	IX	da	CF/88).	
Para	o	exercício	das	atribuições	e	prerrogativas	relativas	a	negociações	em	fóruns	a	
central	 sindical	 deverá	 cumprir	 os	 seguintes	 requisitos:	 (a)	 filiação	 de,	 no	 mínimo,	 100	
sindicatos	distribuídos	nas	cinco	regiões	do	país;	(b)	filiação	em	pelo	menos	três	regiões	do	
país	de,	no	mínimo,	20	sindicatos	em	cada	uma;	(c)	 filiação	de	sindicato	em,	no	mínimo,	5	
setores	de	atividade	econômica;	(d)	filiação	de	sindicatos	que	representem,	no	mínimo,	5%	
do	total	de	empregados	sindicalizados	em	âmbito	nacional.	Os	sindicatos,	as	federações,	as	
confederações	e	as	centrais	sindicais	não	têm	receita	pública,	mas	sim,	receita	privada.	
	
10. FUNÇÕES	DO	SINDICATO	
Sindicatos	 exercem	 funções	 de	 representação,	 negocial,	 econômica,	 política	 e	
assistencial.		
A	 FUNÇÃO	 DE	 REPRESENTAÇÃO	 é	 assegurada	 no	 art.	 513,	a,	 da	 CLT,	 que	 dispõe	 sobre	 a	
prerrogativa	 do	 sindicato	 de	 representar,	 diante	 das	 autoridades	 administrativas	 e	
judiciárias,	os	interesses	da	categoria	ou	os	interesses	individuais	dos	associados	relativos	à	
atividade	ou	profissão	exercida.	Uma	das	funções	precípuas	do	sindicato	é	a	de	representar	
a	categoria	e	não	apenas	os	associados.		O	STF	entende	que	o	inciso	III	do	art.	8°	da	CF/88	
trata	 de	 substituição	 processual.	 O	 sindicato	 representa	 legalmente	 a	 categoria,	 mas,	 em	
alguns	casos,	não	tem	representatividade.	
17 
 
A	 FUNÇÃO	 NEGOCIAL	 do	 sindicato	 é	 a	 que	 se	 observa	 na	 prática	 das	 convenções	 e	
acordos	 coletivos	 de	 trabalho.	 A	 CF/88	 prestigia	 a	 função	 negocial	 do	 sindicato	 ao	
reconhecer	 as	 convenções	 e	 acordos	 coletivos	 de	 trabalho	 (art.	 7°,	 XXVI),	 além	 de	 certos	
direitos	somente	poderem	ser	modificados	por	negociação	coletiva	 (art.	7°,	VI,	XII,	XIV).	É	
também	obrigatória	a	participação	dos	sindicatos	nas	negociações	coletivas	(art.	8,	VI).		
O	art.	564	da	CLT	veda	ao	sindicato,	direta	ou	indiretamente,	o	exercício	de	atividade	
econômica.	O	referido	artigo	permanece	em	vigor	com	a	CF/88,	corroborando	com	a	 ideia	
de	 que	 no	 Brasil	 os	 sindicatos	não	 exercem	 a	 FUNÇÃO	 ECONÔMICA.	 O	 sindicato	 não	 deveria	
fazer	política	partidária,	pois	esta	é	a	prerrogativa	dos	partidos	políticos.		
O	sindicato	deve	representar	a	categoria,	participar	das	negociações	coletivas,	firmar	
normas	coletivas,	prestar	assistência	aos	associados,	mas	não	deve	exercer	a	FUNÇÃO	POLÍTICA,	
o	que	desvirtuaria	suas	finalidades.		
O	art.	521,	d,	da	CLT	mostra	a	proibição	do	sindicato	exercer	qualquer	das	atividades	
não	 compreendidas	 nas	 finalidades	do	 art.	 511	 /CLT,	principalmente	as	de	 caráter	político-
partidário.	
Várias	são	as	FUNÇÕES	ASSISTENCIAIS	do	sindicato,	com	destaque	para	a	assistência	nas	
rescisões	contratuais	dos	empregados	com	mais	de	um	ano	de	empresa.	O	art.	514,	b,	do	
art.	514	da	CLT	mostra	que	é	dever	do	sindicato	manter	ASSISTÊNCIA	JUDICIÁRIA	aos	associados,	
independentemente	do	salário	que	percebam.	
O	art.	14	da	Lei	5.584/70	dispõe	que	a	assistência	judiciária	em	juízo	seja	prestada	
pelo	 sindicato	 àqueles	que	não	 tenham	condições	de	 ingressar	 com	ação,	 sendo	devida	a	
todo	 aquele	 que	 perceber	 salário	 igual	 ou	 inferior	 ao	 dobro	 do	 mínimo	 legal,	 ficando	
assegurado	igual	benefício	ao	trabalhador	que	tiver	salário	superior,	desde	que	comprove	
que	sua	situação	econômica	não	lhe	permite	demandar	sem	prejuízo	do	sustento	próprio	
ou	 da	 família.	 Tal	 assistência	 será	 prestada,	mesmo	 que	 o	 trabalhador	 não	 seja	 sócio	 do	
sindicato.	
O	 art.	 592	 da	 CLT	 dispõe	 que	 a	 receita	 da	 contribuição	 sindical	 será	 aplicada	 em	
assistência	 técnica,	 jurídica,	 médica,	 dentária,	 hospitalar,	 farmacêutica,	 à	 maternidade,	
creches,	colônias	de	férias,	educação	e	formação	profissional.		
O	 sindicato	 também	 tem	 função	 social,	 de	 integração	 social	 do	 trabalhador	 na	
sociedade.	 Alguns	 sindicatos	 têm	 programas	 de	 recolocação	 profissional	 do	 trabalhador	
dispensado.	
18 
 
11. FONTES	DE	CUSTEIO	DOS	SINDICATOS	
11.1	CONTRIBUIÇÃO	SINDICAL		
A	contribuição	sindical	destina-se	a	atender	o	custeio	do	sistema	sindical	(art.	8º,	IV,	
da	CF,	art.	548,	a,	e	art.	578	da	CLT).	Seu	pagamento	é	compulsório	e	anual,	corresponde	a	
1/30	 do	 salário	 do	 empregado	 (um	 dia	 de	 salário)	 e	 apurada	 sobre	 o	 capital	 social	 das	
empresas	e	fixado	um	percentual	para	os	profissionais	liberais.	
Foi	instituída	pela	primeira	vez	na	Constituição	de	1937	e,	por	força	do	Decreto-Lei	nº	
27/66	era	denominado	de	 imposto	 sindical.	A	natureza	 jurídica	da	contribuição	sindical	é	
tributária,	pois	 se	encaixa	na	orientação	do	art.	149	da	CF/88,	 como	uma	contribuição	de	
interesse	das	categorias	econômicas	e	profissionais.	
A	contribuição	sindical,	prevista	em	 lei,	e,	portanto,	 compulsória,	não	se	confunde	
com	 a	 contribuição	 confederativa,	 prevista	 no	 inciso	 IV	 do	 art.	 8º	 da	 CF,	 pois	 esta	 visa	
apenas	 ao	 custeio	 do	 sistema	 confederativo,	 sendo	 fixada	 pela	 assembleia	 geral	 do	
sindicato.	
Devem	 pagar	 a	 contribuição	 sindical	 todos	 os	 trabalhadores	 pertencentes	 à	
categoria,	independentemente	de	serem	sindicalizados,	ou	não,	por	se	tratar	de	prestação	
compulsória,	 que	 independe	 da	 vontade	 dos	 contribuintes,	 justamente	 por	 ter	 natureza	
tributária.	
Do	recolhimento	da	contribuição	sindical	há	a	necessidade	de	sua	repartição	entre	
as	entidades	que	compõe	o	sistema	confederativo:	
Para	 os	empregadores:	 (a)	5%	para	 a	 confederação	 correspondente;	 (b)	15%	para	
federação;	(c)	60%	para	o	sindicato	correspondente;	(d)	20%	para	“conta	especial	emprego	
e	salário”.	
Para	os	trabalhadores:	(a)	5%	para	a	confederação	correspondente;	(b)	10%	para	a	
central	sindical;	(c)	15%	para	a	federação;	(d)	60%	para	o	sindicato	respectivo;	(e)	10%	para	
a	“conta	especial	emprego	e	salário”.	
O	 sindicato	 dos	 trabalhadores	 indicará	 ao	 MTE,	 a	 central	 sindical	 a	 que	 estiver	
filiado,	 como	 beneficiária	 da	 respectiva	 contribuição	 sindical,	 para	 fins	 de	 destinação	 do	
respectivo	 percentual.	 Inexistindo	 confederação,	 seu	 percentual	 caberá	 à	 federação	
representativa	 do	 grupo.	 Inexistindo	 sindicato	 o	 percentual	 deste	 será	 creditado	 à	
federação	correspondente	à	mesma	categoria	econômica	ou	profissional.		
19 
 
Os	 empregadores	 são	 obrigados	 a	 descontar,	 da	 folha	 de	 pagamento	 de	 seus	
empregados	 relativa	 ao	 mês	 de	 março	 de	 cada	 ano,	 a	 contribuição	 sindical	 devida	 aos	
sindicatos	 profissionais.	 No	 caso	 do	 recolhimento	 da	 contribuição	 sindical	 relativa	 aos	
empregados	 e	 trabalhadores	 avulsos	 será	 efetuado	 no	 mês	 de	 abril	 de	 cada	 ano,	 e	 o	
relativo	aos	agentes	ou	trabalhadores	autônomos	realizar-se-á	em	fevereiro.	
11.2	CONTRIBUIÇÃO	CONFEDERATIVA		
É	a	 fonte	de	receita	criada	com	a	CF/88	(art.	8º,	 IV)	e	tem	por	 finalidade	custear	o	
sistema	confederativo	(sindicato,	federação	e	confederação),	sendo	fixada	em	assembléia	e	
inserida	em	acordo	ou	convenção	coletiva	do	trabalho.	A	natureza	jurídica	da	contribuição	
confederativa	não	é	tributária,	mesmo	porque	a	referida	contribuição	não	foi	instituída	por	
lei.	 É	 uma	 obrigação	 consensual,	 em	 razão	 de	 depender	 da	 vontade	 da	 pessoa	 que	 irá	
contribuir,	inclusive	participando	da	assembleia	geral,	na	qual	ela	será	fixada.	
Trata-se	de	uma	contribuição	de	cunho	privado,	exigida	pelo	 sindicato,	de	acordo	
com	sua	autonomia	sindical,	para	o	custeio	dosistema	confederativo,	tendo	como	credores	
o	 sindicato	 da	 categoria	 profissional	 ou	 econômica,	 e	 como	devedores	 os	 empregados	 ou	
empregadores.	O	STF	entende	que	a	 contribuição	 confederativa,	 prevista	no	art.	 8,	 IV	da	
CF/88,	 é	 autoaplicável,	 sendo	 compulsória	 apenas	 para	 os	 filiados	 ao	 sindicato,	 sendo	
estabelecida	em	assembleia	geral	do	sindicato.	
As	 CENTRAIS	 SINDICAIS,	 por	 não	 integrarem	 o	 sistema	 confederativo,	 NÃO	 SÃO	
BENEFICIÁRIAS	 DA	 CONTRIBUIÇÃO	 CONFEDERATIVA,	 pois	 são	 entidades	 livremente	 formadas	 pelso	
interessados,	ficando	à	margem	do	sistema	confederativo.		
Dessa	maneira,	 os	NÃO	 ASSOCIADOS	 AO	 SINDICATO,	 que	 pertençam	 a	mesma	 categoria	
profissional	ou	econômica,	PODERÃO	OPOR-SE	À	COBRANÇA	da	contribuição	confederativa.	Assim,	
a	 contribuição	 confederativa	 somente	 pode	 ser	 exigida	 das	 pessoas	 que	 forem	
sindicalizadas.		
A	Súmula	666	do	STF	dispõe	que	a	contribuição	confederativa,	prevista	no	inciso	IV	
do	art.	8	da	CF/88,	só	é	exigível	dos	filiados	do	respectivo	sindicato.		
O	 Precedente	 119	 do	 TST	 esclareceu	 que	 fere	 o	 direito	 à	 plena	 liberdade	 de	
associação	e	de	sindicalização	cláusula	constante	de	acordo,	convenção	coletiva	ou	sentença	
normativa	 fixando	 a	 contribuição	 a	 ser	 descontada	 dos	 salários	 dos	 trabalhadores	 não	
filiados	a	sindicato	profissional,	sob	a	denominação	de	taxa	assistencial,	ou	para	o	custeio	do	
sistema	confederativo.	
20 
 
11.3	CONTRIBUIÇÃO	ASSISTENCIAL	
Conhecida	como	TAXA	ASSISTENCIAL,	taxa	de	reversão,	contribuição	de	solidariedade	ou	
desconto	assistencial,	visa	cobrir	os	gastos	do	sindicato	realizados	por	conta	da	participação	
em	 negociação	 coletiva	 (art.	 513,	 e	 da	 CLT).	 Sua	 natureza	 jurídica	 distingue-se	 da	
contribuição	 confederativa,	 pois	 esta	 serve	 para	 custear	 o	 sistema	 confederativo	 da	
representação	sindical	patronal	ou	profissional.		
A	 contribuição	 assistencial	 é	 definida	 nas	 sentenças	 normativas,	 acordos	 e	
convenções	 coletivas,	 visando	 custear	 as	 atividades	 assistenciais	 do	 sindicato,	
principalmente	pelo	 fato	do	 sindicato	 ter	participado	das	negociações	para	obtenção	de	
novas	 condições	 de	 trabalho	 para	 categoria,	 e	 compensar	 a	 agremiação	 com	 os	 custos	
incorridos	na	negociação.	
A	 contribuição	 assistencial	 também	 não	 tem	 natureza	 tributária,	 pois	 não	 é	
destinada	ao	Estado,	constituindo-se	em	desconto	de	natureza	convencional,	que	decorre	da	
autonomia	 da	 vontade	 dos	 contratantes,	 ao	 pactuarem	 o	 desconto	 pertinente	 na	 norma	
coletiva,	sendo	facultativa,	estipulada	pelas	partes	e	não	compulsória.	
O	STF	já	entendeu	que	“não	contraria	a	Constituição	cláusula,	em	dissídio	coletivo,	
de	desconto,	a	favor	do	sindicato,	na	folha	de	pagamento	dos	empregados,	de	percentagem	
de	aumento	referente	ao	primeiro	mês,	desde	que	não	haja	oposição	do	empregado,	até	
certo	prazo	antes	desse	pagamento”.		
A	 Súmula	 190	 do	 TST	 esclarece	 não	 ser	 possível	 criar	 ou	 homologar	 condições	 de	
trabalho	em	dissídio	coletivo	que	o	STF	julgue	iterativamente	inconstitucionais.	Assim,	se	o	
STF	entende	que	a	 contribuição	assistencial	pode	 ser	 incluída	 como	cláusula	em	dissídio	
coletivo,	 nada	 impede	 o	 TST	 de	 julgar	 ou	 homologar	 cláusula	 nesse	 sentido	 ao	 proferir	 a	
sentença	normativa.	Portanto,	não	é	inconstitucional	a	previsão	do	desconto	assistencial	em	
dissídio	coletivo.		
Empregado	não	associado	pode	opor-se	ao	desconto	da	 contribuição	assistencial,	
por	 não	 ser	 membro	 do	 sindicato,	 pois	 do	 contrário	 haveria	 violação	 do	 princípio	 da	
liberdade	sindical.	Já	o	empregado	associado	a	sindicato	não	poderá	opor-se	ao	pagamento	
da	 contribuição	 assistencial.	 O	 próprio	 STF	 já	 admitiu	 que	 para	 cobrança	 da	 contribuição	
assistencial,	há	necessidade	do	empregado	não	se	opor	ao	desconto,	desde	que	até	certo	
prazo	antes	do	pagamento	dos	salários	reajustados,	que	seria	de	10	dias	antes	do	primeiro	
pagamento	do	salário	reajustado.		
21 
 
Essa	 orientação	 baseia-se	 no	 princípio	 da	 intangibilidade	 salarial	 (art.	 462	 da	 CLT),	
como	também	no	art.	545	da	CLT	que	especifica	que	“os	empregadores	 ficam	obrigados	a	
descontar	na	 folha	de	pagamento	dos	 seus	empregados,	desde	que	por	eles	devidamente	
autorizados,	 as	 contribuições	 devidas	 ao	 sindicato”.	 Portanto,	 há	 necessidade	 de	 que	 os	
empregados	 concordem	 com	 os	 descontos,	 com	 exceção	 da	 contribuição	 sindical,	 que	
independeria	 da	 vontade	 do	 empregado,	 por	 ser	 compulsória	 e	 ter	 natureza	 tributária.	 É	
vedado	aos	sindicatos	impor	contribuição	assistencial	maior	aos	não	associados	em	relação	
aos	que	são	associados.	
	
11.4 	CONTRIBUIÇÃO	DOS	ASSOCIADOS:		
A	contribuição	dos	associados,	ou	mensalidade	sindical	é	devida	pelos	trabalhadores	
filiados	 a	 um	 sindicato,	 que	 participam	 de	 suas	 atividades	 e	 desfrutam	 de	 seus	 serviços,	
sendo	obrigatória	nos	termos	de	seu	estatuto,	com	base	no	que	dispõe	o	art.	548,	b,	/	CLT.	
	
REFERÊNCIAS	
	
CASSAR,	Vólia	Bomfim.	Direito	do	Trabalho.	São	Paulo:	Método,	8ª	ed.,	2013.				
DELGADO,	Maurício	Godinho.	Curso	de	Direito	do	Trabalho.	São	Paulo:	LTR,	12ª	ed.,	2013.	
GARCIA,	Gustavo	Filipe	Barbosa.	Curso	de	Direito	do	Trabalho.	Rio	de	Janeiro:	Forense,	8ª	ed.,	2014	
MARTINS,	Sérgio	Pinto.	Direito	do	Trabalho.	São	Paulo:	Atlas,	2014.	
MARTINEZ,	Luciano.	Curso	de	Direito	do	Trabalho.	São	Paulo:	Saraiva,	6ª	ed.	2015.	
NASCIMENTO,	Amauri	Mascaro.	Curso	de	Direito	do	Trabalho.	São	Paulo:	Saraiva,	2012.	
	
	
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PROF.	JOÃO	LUÍS	PRIÁTICO	SAPUCAIA

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