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Micoplasmose Aviária

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RESUMO SOBRE: Micoplasmose
A micoplasmose aviária é uma doença bacteriana que acomete galinhas, perus e aves silvestres.
Economicamente, os prejuízos causados por este agente em granjas comerciais estão relacionados com menor eficiência alimentar, aumento da mortalidade, aumento dos gastos com antibióticos, problemas respiratórios e ainda a redução nas taxas de postura.
Etiologia
Menores procariontes (bactérias) conhecidos, assemelham-se a grandes vírus.
Desprovidos de parede celular: importante para a escolha do antibiótico.
Ordem – Mycoplasmates
Família – Mycoplasmataceae
Gênero – Mycoplasma
Possuem formato pleomórficos medindo de 200 a 300nm.
Colônias em forma de ovo frito, variando de 0,01 a 0,50mm de diâmetro quando cultivados em meio sólido.
São exigentes nutricionalmente.
Sobrevivem sob forma desidratada por vários dias, protegidos da luz solar.
 
Causam: Doença respiratória crônica das galinhas (DRC).
Sinusite infecciosa dos perus.
Sinovite infecciosa e aerossaculite das aves.
Distribuição
Possui distribuição mundial.
Reservatórios naturais dos micoplasmas são as mucosas do trato respiratório superior e genital das galinhas e perus. 
Patogenia
Produzem hemolisinas, fatores ciliostáticos, proteases, nucleases que interage, com células hospedeiras causando morte celular ou induzem uma infecção crônica.
Destroem o tecido infectado.
Doenças por imunodeficiência (antígenos comuns entre micoplasma e o hospedeiro).
Estado de latência (portador) – o micoplasma não é reconhecido pelo sistema imune.
Desenvolvimento de sinais clínicos em casos de estresse ou infecções secundárias.
Aderem a superfície de mucosa do trato respiratório – Fator ciliostático.
Fusão entre a membrana plasmática da célula e a membrana do micoplasma.
Micoplasma libera na célula hospedeira produtos tóxicos: H2O2, radicais superóxidos.
Destruição oxidativa da membrana celular do hospedeiro.
A transmissão dos micoplasma geralmente ocorre dentre ou entre espécies de hospedeiros estreitamente relacionados, sendo espécie-específicos.
Os micoplasma podem ser transmitidos horizontalmente por aerossóis, contato direto com outras aves ou indireto através de pessoas, animais, ração, água, fômites, durante o acasalamento ou inseminação artificial.
Por transmissão vertical esses microrganismos podem ser transmitidos para os ovos, que se infectam ao tocar os sacos aéreos abdominais, após a liberação do oviduto e antes de atingir o infundíbulo. 
Subsequentemente, pode ocorrer a contaminação do oviduto pelo ovo infectado, promovendo a infecção de futuros ovos.
	Transmissão horizontal
	Aerossóis
	Contato direto
	Contato indireto
	Transmissão vertical
	Ovos infectados por contato com sacos aéreos abdominais
Período de incubação
O período de incubação é variado dependendo da via de entrada, dose infectante, virulência das cepas, fatores de risco e susceptibilidade do hospedeiro. Em aves provenientes de ovos infectados, o período de incubação é, em média, de 40 dias.
Micoplasmas patogênicos para as aves:
M. gallisepticum
M. synoviae
M. meleagridis
Imunidade
	Imunidade passiva
	Imunidade ativa
	Imunidade local (mais importante)
	Anticorpos maternos (IgG)
	Vacinação
	Presença de anticorpos específicos em secreções traqueais inibe a adesão do agente às células. 
	
	Infecção natural
	
Mycoplasma gallisepticum (MG)
Hospedeiros: galinhas, perus, periquitos, faisões, codornas, patos, pombas e outras aves.
Idade: Afetam aves de todas as idades.
Transmissão: Horizontal através de aerossóis, contato direto com aves infectadas, água, alimentos e fômites. Obs.: viável em curto espaço de tempo; Vertical através do ovo (quadro agudo).
Sinais clínicos: Afeta o trato respiratório causando estertor, descarga nasal e ocular.
Infecções inaparentes: mais comuns e mais preocupantes devido aos prejuízos que causam.
Pode apresentar casos agudos (transmissão vertical), mas geralmente tem caráter crônico.
Doença Respiratória Crônica: estertor respiratório conhecido como “ronqueira”; corrimento nasal, espirros e tose.
Depósito de fibrina em sacos aéreos, tornando-os opacos e espessados.
Inflamações catarrais em: fossas e seios nasais, faringe, traqueia e brônquios. 
Condenação de carcaça devido à: aerossaculite, perihepatite fibrinosa e pericardite com aderência.
Frangos de corte: redução no consumo de alimentos e na taxa de crescimento; Morbidade alta e mortalidade baixa.
Poedeiras e reprodutoras: quedas na produção de ovos, fertilidade, qualidade dos ovos. Alta taxa de mortalidade embrionária e pintos refugos.
Mycoplasma synoviae (MS)
Hospedeiros: galinhas, faisões, gansos, codornas, perus, patos, perdizes, periquitos e outras aves.
Variação da patogenicidade conforme a cepa.
Transmissão transovariana baixa.
Transmissão horizontal: via respiratória.
Micoplasma coloniza as estruturas sinoviais, articulações, tendões, ovários e sacos aéreos.
Sinovite infecciosa das galinhas: Dificuldade de locomoção, aves agachadas; frangos de corte têm sinais mais acentuados; Inflamações articulares e nos tendões, sacos aéreos e pulmões (placas caseosas); Necrópsia: exsudato de cor clara nas articulações (tarso, patela, pés, asas).
Transmissão
Transmissão horizontal semelhante a MG, 100% podem infectar-se, mas só algumas aves desenvolvem sintomas.
Disseminação através do contato direto, aerossóis, água contamina, fezes, plumas e fômites.
Transmissão vertical – baixa (1%), desenvolve quadro agudo.
Sinais clínicos
Prostração, palidez, fezes esverdeadas, desidratação, emagrecimento.
Mortalidade baixa a moderada – fatores intercorrentes: frio ou calor excessivos, cama úmida e infecções.
Mycoplasma meleagridis (MM)
Susceptíveis: perus de todas as idades.
Transmissão vertical é a mais importante, porém também apresenta transmissão horizontal.
Difícil crescimento em meios artificiais e facilmente destruído por fatores ambientais.
Sinais clínicos
Sinais respiratórios e sinusite em filhotes. 
Osteomielite deformante: vértebras cervicais e patas
Tríade de condenação de carcaça
Aerosaculite, perihepatite fibrinosa e pericardite com aderência.
Diagnóstico
Epidemiológico: período de incubação, histórico de morbidade, mortalidade e diminuição dos parâmetros zootécnicos de produção.
Clínico (nunca conclusivo): observação de sinais e sintomas.
Patológico: lesões macro e microscópicas, sorologia, isolamento e identificação.
Isolamento em fragmento de tecido lesado, exsudato sinovial e swabs da traquéia e seios nasais em meio líquido, inoculação em ovos embrionados de 7 a 8 dias de incubação. Em casos crônicos pode não estar mais presente.
Identificação: provas bioquímicas e provas sorológicas.
Provas moleculares: perfil proteico, análise do DNA por enzima de restrição, PCR (alta sensibilidade e rapidez)
Prevenção e controle
Aquisição de aves e ovos férteis livres de MG, MS e MM.
Criação de aves em sistema all in all out e usar boas práticas de desinfecção e vazio sanitário.
Isolamento da granja e utilização de medidas de biossegurança preconizada para avicultura.
Monitoria sorológica, seguindo procedimentos epidemiológicos de amostragem e periodicidade, de acordo programa nacional de sanidade avícola (PNSA) em reprodutoras.
Tratamento
Medicação das aves e vacinação tem sido usadas como esquema de controle de infecções por micoplasma.
Tratamento de ovos férteis com antibióticos (Tilosina)
Tratamento térmico dos ovos a 46.1ºC por 12 a 14 horas no incubatório, mas isso pode reduzir a eclodibilidade em 12%.

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