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Avaliação da Exposição a Agentes Químicos

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ESTRATÉGIA DE AMOSTRAGEM PARA A 
AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL 
AOS AGENTES QUÍMICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 José Possebon 
 
 
Maio de 2009 
 
 2 
 
INTRODUÇÃO AOS AGENTES QUIMICOS 
 
 
 
Os agentes químicos de interesse para a higiene do trabalho são os gases, os vapores e os 
aerodispersóides na forma de poeiras, fumos, névoas, neblinas e de fibras, pois eles se 
mantém em suspensão no ar contaminando os ambientes de trabalho e provocando 
desconforto, diminuindo a eficiência e a produtividade e sobretudo provocando alterações 
na saúde dos trabalhadores, podendo chegar até as doenças profissionais com incapacitação 
e morte. 
 
O risco não é só de doença mas também de morte no caso das atmosferas deficientes de 
oxigênio e ou explosões e inflamações de misturas de gases, vapores e aerodispersóides no 
ar, por isso os agentes químicos serão tratados sob os aspectos de Higiene e de Segurança 
do Trabalho. 
 
As doenças profissionais são conhecidas desde o século dezoito e Bernardino Ramazzini 
em seu livro “de morbis artificum diatriba”descreve um grande número de doenças 
profissionais, sendo recomendada a sua leitura, apesar de que muitas das profissões ali 
descritas hoje já não existam. 
 
O que diferencia os agentes químicos dos agentes físicos é a forma de avaliação, que para 
os agentes químicos é diferente para cada tipo de família e até de produto, sendo a parte 
mais difícil na tarefa de saneamento dos ambientes de trabalho através da Higiene do 
Trabalho. O reconhecimento dos agentes químicos é uma etapa muito importante pois nem 
sempre tem-se possibilidade de avaliar todos os produtos presentes nos ambientes de 
trabalho, e quando isto ocorrer, deve-se utilizar medidas de controle que dê a garantia de 
que os trabalhadores não estarão expostos. 
 
Um grande número de produtos químicos são comprovadamente cancerígenos e para eles 
não deveriam existir limites de tolerância, isto é os trabalhadores não poderiam ficar 
expostos, pois o processo cancerígeno pode se originar em uma única célula e daí se 
espalhar para todo o corpo. Os limites só existem para tornar possível a continuidade 
operacional, pois quando se fala de Limites de Tolerância, tem-se a idéia de abaixo desse 
valor não existe risco à saúde. 
No caso do benzeno, se corrigiu essa situação, adotando para ele o chamado VRT Valor de 
Referência Tecnológico e não Limite de Tolerância. O VRT é um valor de concentração 
média ponderada exeqüível sob o ponto de vista técnico e no caso do benzeno foi definido 
em um processo de negociação tripartite, sendo referência para um processo de melhoria 
contínua. 
 
 
 
 3 
 
OS AGENTES QUÍMICOS 
 
 
 
 
 
ESTADO 
FÍSICO 
 
 
FORMA 
 
CONCENTRAÇÃO NO AR 
 
OPERAÇÕES/FONTES
GERADORAS 
 
 
 
GASOSO 
 
GASES 
 
Geralmente grande, pois se mistura 
totalmente no ar 
Indústria Química, 
Petroquímica, Processos 
de Combustão 
 
 
VAPORES 
 
 
Função da (Temp..e Pr.Vapor) 
Utilização de solventes, 
aplicação de tintas e colas 
 
NÉVOAS 
 
 
Geração mecânica d> 0,5 um 
 
Pulverizações 
LÍQUIDO 
NEBLINAS 
 
 
 
Geração por. Condensação e têm 
d<0,5 um 
 
 
Ácidos e bases 
 
 
POEIRAS 
 
Natural: d > 10 um 
 
 
Erosão eólica 
 
 
Industrial: d entre 0 e 100 um 
 
Lixamento, moagem, 
peneiramento, explosão 
etc. 
SÓLIDO 
FUMOS 
 
 
Gerados por condensação ou 
oxidação e têm d<0,5um 
Processos de soldagens e 
fundição 
 
FIBRAS 
 
Função (L, D) 
 
 
Moagem, fiação e 
tecelagem de amianto 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
GASES E VAPORES 
 
 
OS GASES E OS VAPORES 
 
 
A maior parte dos contaminantes químicos, estão dispersos na atmosfera, na 
forma de Aerodispersóides(sólidos e líquidos) e na forma de Gases e Vapores 
(estado gasoso) 
 
 
VAPOR É O ESTADO GASOSO DE UMA SUBSTÂNCIA QUE NAS 
CONDIÇÕES NORMAIS DE PRESSÃO E TEMPERATURA ESTÁ NO 
ESTADO LÍQUIDO. 
 
Exemplo: Vapores de álcool, de gasolina, de acetona etc. 
 
Os vapores são mais pesados que o ar, se concentrando nas partes mais baixas 
dos ambientes de trabalho 
 
 
 
GÁS É UMA SUBSTÂNCIA QUE NAS CONDIÇÕES NORMAIS DE 
PRESSÃO E TEMPERATURA JÁ ESTÁ NO ESTADO GASOSO. 
 
 
Exemplo: 
 
 O ar é uma mistura de gases (Nitrogênio, Oxigênio, Dióxido de Carbono 
e outros gases nobres). O Hidrogênio, Hélio,, Metano, Butano, Propano e 
muitos outros. 
 
 
Existe uma diferença entre os gases e vapores, em relação ao espaço que podem 
ocupar. Os gases podem ocupar o volume total do ambiente em que estão, 
podendo chegar a concentração de 100%, enquanto que os vapores tem sua 
concentração limitada pelo equilíbrio ente a fase líquida e a fase gasosa e sua 
concentração no ambiente fechado, é função da pressão de pavor e da 
temperatura ambiente. 
 5 
VIAS DE INGRESSO DOS AGENTES QUÍMICOS 
 
 
Os agentes químicos que poluem os ambientes de trabalho, podem ingressar no organismo 
dos trabalhadores, produzindo diversas doenças, através de três diferentes vias de 
penetração: 
 - RESPIRATÓRIA 
 - CUTÂNEA 
 - DIGESTIVA(ORAL) 
 
1) VIA RESPIRATÓRIA 
 
É a mais importante via de penetração, porque a maior parte dos contaminantes estão 
dispersos na atmosfera na forma de gases, vapores e poeiras e o volume inalado durante o 
período de trabalho é muito grande., da ordem de 10 a 20 quilos de ar (7500 litros a 15.000 
litros). Como a troca gasosa exige uma área muito grande, os pulmões possuem cerca de 
90 metros quadrados de área, tornando-o importante meio de absorção dos agentes 
químicos.. Como a avaliação ambiental é feita medindo-se as concentrações dos agentes 
no ar, os Limites de Tolerância levam em consideração somente essa via de ingresso. 
 
 
2) VIA CUTÂNEA 
 
Normalmente a gordura natural da pele funciona como uma barreira natural protetora 
contra os agentes agressivos, no entanto alguns produtos conseguem atravessá-la, atingindo 
desta forma a corrente sanguínea. Como os Limites de Tolerância levam em consideração 
apenas a absorção por via respiratória, devemos tomar todas as precauções possíveis com 
tais produtos, pois o fato de apresentarem concentrações abaixo do LT, não garante que o 
trabalhador esteja protegido. O anexo 11 da NR 15 essa propriedade dos produtos 
químicos, através de um sinal ( + ) e dentre esses produtos citamos alguns exemplos: 
 
 chumbo tetraetila cloreto de vinila 
 Inseticidas metanol 
 fenol dissulfeto de carbono 
 benzeno acrilato de metila 
 anilinas tetracloroetano 
 hidrazina 
 
 
3) DIGESTIVA (ORAL) 
 
A absorção por via digestiva já é menos provável e decorrente de hábitos não higiênicos 
como fumar, comer e beber nos ambientes de trabalho. 
 
 
 
 
 6 
INTOXICAÇÃO AGUDA 
 
Se caracteriza por exposições de curta duração, absorção rápida do agente químico, uma dose única ou várias 
doses, em um período não maior que 24 horas. 
 
 
INTOXICAÇÃO CRÔNICA 
 
Se caracteriza por exposições repetidasdurante períodos longos de tempo 
Os efeitos se manifestam porque: 
 
a) –o agente tóxico se acumula no organismo, porque a quantidade absorvida é maior que a eliminada, ou 
 
b) os efeitos produzidos pelas exposições repetidas se somam sem acumulação do agente tóxico 
 
É o pior tipo de exposição, pois geralmente é de difícil detecção e quando isto acontece, os danos ao 
organismo atingiram um estágio de difícil recuperação. 
 
 
 
LIMITES DE TOLERÂNCIA OU DE EXPOSIÇÃO 
 
 
Limites de Tolerância são valores de concentrações abaixo das quais é razoavelmente 
seguro o exercício das atividades sem danos à saúde, pela maioria dos trabalhadores, em 
uma jornada de trabalho de oito horas ou semanal de até 48 horas. Os limites de tolerância 
são estabelecidos através de experimentos animais, humanos e industriais e objetiva a 
proteção de pelos menos 98% da população trabalhadora. Os nossos limites de tolerâncias 
foram estabelecidos pela Portaria 3214 de 1978, através da Norma Regulamentadora 
número 15 em seus anexos 11 e 12. Os valores foram adaptados da ACGIH, utilizando-se 
o Fator de Redução fornecido pela fórmula de Brief & Scalla, que corrige os valores 
levando em consideração o aumento do tempo de exposição e a conseqüente diminuição 
do tempo de descanso, pois o regime de trabalho americano era de 40 horas semanais e o 
nosso de 48 horas. 
 
Normalmente os limites de tolerância para os agentes químicos são expressos em : 
 
 
 ppm - partes por milhão 
 
 mg/m3 - miligramas por metro cúbico 
 
 mppdc - millhões de partículas por pé cúbico 
 
Normalmente utiliza-SE o ppm para concentrações de gases e vapores e a mg/m3 para 
aerodispersóides, sendo a mpppc utilizada apenas para poeira coletada pelo método de 
coleta com o impactador (impinger) e contagem pela técnica de campo claro. 
 
 7 
O Anexo 11ada NR-15 fornece os limites de tolerância para dos produtos químicos e 
outras informações como: a absorção pela pele por alguns produtos e o grau de 
insalubridade, bem como as substâncias que apresentam o chamado Valor Teto. 
 
AGENTE QUÍMICO L.T.(ppm
) 
ABS.P/PEL
E 
VALOR TETO GRAU INSAL. 
Dióxido de carbono 3.900 MÍNIMO 
Acetona 780 MÍNIMO 
Tolueno 78 + MÉDIO 
Benzeno * 1(VRT) + MÁXIMO 
Fenol 4 + MÁXIMO 
Fosfina 0,23 MÁXIMO 
Cloro 0,8 MÁXIMO 
Fosgênio 0,08 MÁXIMO 
TDI(Tolueno diisocianato) 0.016 + MÁXIMO 
 
O limite de tolerância deve ser utilizado como orientação ao controle dos contaminantes e 
nunca como uma linha divisória entre concentrações seguras e perigosas. 
O limite de tolerância apresentado no anexo 11, é um Limite de Tolerância-Média 
Ponderada, isto é uma média ponderada durante todo o período de trabalho. As 
concentrações poderão oscilar desde que a média esteja abaixo desse valor, no entanto essas 
oscilações não podem ultrapassar um valor chamado de Valor Máximo. 
 
O VRT- Valor de Referência Tecnológico, não é um Limite de Tolerância e sim um valor 
mínimo de concentração tecnologicamente possível para a continuidade operacional, pois o 
Benzeno é comprovadamente cancerígeno para humanos, sendo perigoso em qualquer 
concentração, tendo sido esse valor negociado através de uma Comissão Tripartite entre 
Governo, Trabalhadores e Empregadores. 
 
VALOR MÁXIMO 
 
O Valor Máximo é determinado através do produto do limite de tolerância por um fator de 
desvio que é função da faixa de valor em que está êsse limite. 
 
VALOR MÁXIMO = LT x FD 
LIMITE DE TOLERÂNCIA 
 (ppm ou mg/m3) 
FATOR DE DESVIO 
 0 < LT ≤ 1 
 1 < LT ≤ 10 
 1 0 < LT ≤ 100 
 100 < LT ≤ 1000 
 1000 < LT 
3,00 
2,00 
1,50 
1,25 
1,10 
 
 8 
Exemplo: A amônia possui um limite de tolerância de 20 ppm, logo o seu Valor Máximo é 
o produto do limite de tolerância por 1,5 que é o fator de desvio para produtos com o LT 
entre 10 e 100 ppm.. 
 VM = LT x FD 
 VM = 20 x 1,5 = 30 ppm 
VALOR TETO 
 
 
 É um valor que não pode ser ultrapassado em momento algum, por ser um produto de 
efeito extremamente rápido, nesse caso não aplicamos o fator de desvio, sendo o limite de 
tolerância o próprio valor teto.. 
 
 
PRODUTO QUÍMICO 
 
 
VALOR TETO(ppm) 
Ácido clorídrico 
Dióxido de nitrogênio 
Formaldeído 
Sulfato de dimetila 
Tolueno di-isocianato 
4,0 
4,0 
1,6 
0,08 
0,016 
 
 
 
 
ADAPTAÇÃO DO LIMITE DE TOLERÂNCIA PARA JORNADAS DE 
TRABALHO MAIORES QUE 40 HORAS SEMANAIS, CONFORME A 
FÓRMULA DE BRIEF & SCALLA. 
 
 
A Portaria 3214 de junho de 1978, adotou como LT para produtos químicos, os valores da 
ACGIH, no entanto esses valores tiveram que ser adaptados pois o regime de trabalho nos 
EUA era de 40 horas semanais, enquanto que o nosso 
era de 48 horas. A fórmula de Brief & Scalla utiliza um fator de redução para regimes de 
trabalhos maiores que 40 horas semanais e leva em consideração não só o aumento do 
tempo de exposição como também a conseqüente redução do tempo de descanso(da 
exposição). 
 
 LT = LT x FR 
 (H) (40) 
 40 (168 - H) 
 FR = ----- x ------------ 
 H 128 
Onde: 
 LT = Limite de Tolerância 
 FR = Fator de Redução 
 H = Jornada de Trabalho Semanal(horas) 
 9 
 40/H = Parcela referente ao período de exposição 
 (168-H)/128 = Parcela referente ao período de não exposição 
O fator de redução estabelecido em 1978 foi de 0,78. 
 
 
 
PROPRIEDADES ORGANOLÉPTICAS DE ALGUNS PRODUTOS QUÍMICOS 
 
 
ACETALDEÍDO 
ACETATO DE AMILA 
ACETATO DE VINILA 
ACETONA 
ÁCIDO CLORÍDRICO 
ACRILATO DE ETILA 
ACRILATO DE METILA 
ACRILONITRILA 
ACROLEÍNA 
ARSINA 
BUTILAMINA 
CRESOL 
CROTONALDEÍDO 
DIMETILAMINA 
 
 
VERDURA, DOCE, FRUTAS 
FRUTAS, BANANA, PERA 
PENETRANTE, AZÊDO 
HORTELÃ, DOCE 
IRRITANTE, PUNGENTE 
TERRA, PICANTE, PLÁSTICO 
PENETRANTE, DOCE, FRUTAS 
ALHO, CEBOLA, PUNGENTE 
DOCE, QUEIMADO 
ALHO 
AMÔNIA, PEIXE 
CREOSOTO, PICHE, DOCE 
PUNGENTE, SUFOCANTE 
AMONIACAL, PEIXE 
 
 
 
 
 
SUBSTÂNCIAS COM LIMITE DE PERCEPÇÃO AO ODOR 
SUPERIOR AO LIMITE DE TOLERÂNCIA DA ACGIH- 2008 
 
 
SUBSTÂNCIA 
 
 
DESCRIÇÃO DO ODOR 
 
LPO 
(ppm) 
 
LT 
(ppm) 
 
STEL 
(ppm) 
 
ACROLEÍNA 
 
 
doce, queimado, penetrante 
 
0,21 
 
- 
 
0,1 
AMÔNIA 
 
penetrante 46,8 25 35 
DIMETILACETAMIDA 
 
amina, queimado, oleoso 46,8 10 - 
DIMETILFORMAMIDA peixe, penetrante 
 
100 10 - 
FOSGÊNIO 
 
semelhante ao feno 1 0,1 - 
 10
TOL. DIISOCIANATO bandagem medicativa 2,14 0,005 0,02 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS GASES E VAPORES. 
 
Podemos classificar os gases e vapores segundo sua ação no organismo 
em três tipos: IRRITANTES, ANESTÉSICOS e ASFIXIANTES 
 
 1) IRRITANTES. 
A irritabilidade das vias respiratórias está ligada à solubilidade dos gases e vapores, pois 
elas são extremamente úmidas. Os gases e vapores muito solúveis atacam 
preferencialmente as vias aéreas superiores. 
 
IRRITANTES PRIMÁRIOS: Provocam somente irritação local e se classificam em: 
a) Irritantes de ação sobre as vias respiratórias superiores (nariz/ garganta). 
(solubilidade grande) 
 ácidos fortes: Clorídrico e Sulfúrico 
 bases fortes : Amônia e hidróxido de sódio. 
b) Irritantes de ação sobreos brônquios(solubilidade média) 
 anidrido sulfuroso, dióxido de enxofre e cloro. 
c) Irritantes de ação sobre os pulmões. (solubilidade pequena) 
 Ozônio, fosgênio e gases nitrosos(NO2 e N2O4) 
 
 IRRITANTES SECUNDÁRIOS 
 
Além da irritação tem ação tóxica generalizada. 
gás sulfídrico, alcoois e éteres. 
 
 2) ANESTÉSICOS. 
a) Anestésicos primários: provocam somente efeito narcótico. 
 hidrocarbonetos alifáticos: butano, propano, etileno; ésteres, 
 aldeídos, cetonas etc. 
b) Anestésicos de efeitos sobre as vísceras. (fígado/rins) 
 hidrocarbonetos clorados: tetracloreto de carbono, triclororoetileno, 
 diclorometileno etc. 
c) Anestésicos de ação sobre o sistema formador sanguíneo 
 hidrocarbonetos aromáticos: benzeno, tolueno, xileno etc. 
d) Anestésico de ação sobre o sistema nervoso central 
 Alcoois, dissulfeto de carbono e ésteres de ácidos orgânicos. 
 
3) ASFIXIANTES 
 
a) SIMPLES: Simplesmente deslocam o oxigênio 
 Nitrogênio, hidrogênio, metano, hélio, dióxido de carbono etc. 
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b) QUÍMICO: Impedem que o organismo aproveite o oxigênio. 
 
 Monóxido de carbono, anilinas e ácido cianídrico. 
 
 
EFEITOS DOS SOLVENTES: 
 
AGUDOS ⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒ 
CRÔNICOS ⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒ 
SINÉRGICOS⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒ 
Semelhantes para qualquer solvente 
Característicos para cada solvente 
Potencialização dos efeitos pela presença de outros agentes. 
 
 
EXCITAÇÃO 
DO SNC 
Euforia 
Tonturas 
Alucinações visuais 
EFEITOS AGUDOS 
 
DEPRESSÃO 
DO SNC 
Torpor 
Sonolência 
Ataxia 
Coma 
Morte p/depressão cardiorespiratória 
 
FÍGADO/RINS Hidrocarbonetos Clorados 
 
EFEITOS CRÔNICOS 
SISTEMA FORMA 
DOR SANGÜÍNEO 
Hidrocarbonetos Aromáticos 
 
POLINEUROPATIA 
PERIFÉRICA 
n-Hexano(conc. > 100 ppm) 
 
 
EFEITOS SINÉRGICOS 
 
TOLUENO X RUÍDO 
 
(Potencialização dos efeitos pela presença 
 de outro agente) 
 
M.E.C. X n-HEXANO 
 
 
 
 
OUTROS EFEITOS 
 
 
ALTERAÇÕES 
NEUROCOMPORTA- 
MENTAIS 
 
 
MEMÓRIA 
DESTREZA MANUAL 
TEMPO DE REAÇÃO 
 
 
ALTERAÇÕES 
IMUNOLÓGICAS 
 
 
 
????????????? 
 
 12
CARCINOGENICIDADE DOS PRODUTOS QUÍMICOS 
 
CARCINOGENICIDADE DOS PRODUTOS QUÍMICOS(ACGIH-2008) 
 
A1 – Carcinógeno humano confirmado 
 A2 – Carcinógeno humano suspeito 
A3 – Carcinógeno animal confirmado com relevância desconhecida para seres humanos 
A4 – Não classificável como carcinógeno humano 
A5 – Não suspeito como carcinógeno humano 
 
 
CANCERÍGENO P/ HUMANOS 
 (COMPROVADO) A1 
 
 
CANCERIGENO P/ HUMANOS 
(SUSPEITO) A2 
 
Alcatrão de hulha(p)(sol. benzeno), 
4-Aminodifenil(p) , Arsênico, Asbesto, Benzeno(p), 
Benzidina(p), Berílio, Cloreto de vinila,Cromato de 
zinco, Cromita, Cromo VI, Eter bisclorometílico, 
β−Νaftilamina, Níquel (comp.inorg. insol.), Subsulfeto 
de níquel, Urânio natural, Talco com asbesto. Poeiras de 
madeira: Carvalho e Faia. 
 
Ácido sulfúrico, benzo(a)antraceno, 
benzo(b)fluoranteno, benzo(a)pireno, brometo de 
vinila, 1.3 butadieno, cádmio, carbureto de 
silício(fibroso), cloreto de dimetilcarbamoila 
(79-44-7), cromatos de (Ca, Pb, Sr), 
diazometano, 1,4 dicloro-2-buteno, éter metílico 
de clorometila, fibras cerâmicas refratárias, 
fluoreto de vinila, formaldeido, 4,4’ 
metilenobis(2cloroanilina) (MOCA e MBOCA), 
4-nitrodifenila, óxido de etileno, quartzo α , 
cristoba lita, tetracloreto de carbono, 
triclorometil benzeno, çtricloroetileno, tríoxido 
de antimônio. Poeiras de madeira: bétula, 
mogno, teca e nogueira. 
 
 
 
 
 13
AERODISPERSÓIDES 
 
Aerodispersóides são dispersões de partículas sólidas ou líquidas no ar, de 
tamanho tão reduzido que conseguem permanecer em suspensão por longo tempo. 
Quanto mais tempo permanecerem no ar, maior a possibilidade de serem inaladas 
pelos trabalhadores. Pode-se classificar os aerodispersóides em quatro tipos: 
 POEIRAS 
 FUMOS 
 NÉVOAS 
 NEBLINAS 
 
POEIRAS: São partículas sólidas geradas por ação mecânica de ruptura de 
sólidos, através de operações como: Lixamento, Moagem, Trituração, 
Peneiramento, Perfuração, Explosão etc. Geralmente são maiores que 0,5 
micrômetros. 
O nosso sistema respiratório possui proteção contra as chamadas poeiras naturais, 
que geralmente são maiores que 10 micrômetros, não possuindo no entanto 
proteção contra as poeiras menores que 10 micrômetros. Existe portanto uma 
faixa de poeiras respiráveis que vai de 05, a 10 micrômetros e que são geradas nos 
processos industriais, e contra as quais não temos proteção. As poeiras menores 
que 0,5 micrômetros geralmente são re-exaladas. 
 
 
POEIRA RESPIRÁVEL 
 
POEIRA VISÍVEL 
 0 µµµµm 0,5µµµµm 10µµµµm 50µµµµm 
 
 
1 micrômetro equivale à milionésima parte do metro ou à milésima parte do 
milímetro. 1µµµµm = 10-6 m 
 
 
FUMOS: São partículas sólidas geradas por condensação ou oxidação de 
vapores de substâncias que são sólidas à temperatura ambiente. Os fumos são 
geralmente menores que 0,5 micrômetro e gerados em operações de: soldagens, 
fusão de metais e outras operações com aquecimento. 
 
 
NÉVOAS: São partículas líquidas geradas por ruptura mecânica e geralmente 
maiores que 0,5 micrômetro. Ocorrem em operações de pulverizações de líquidos, 
como inseticidas, tintas, desmoldantes etc. 
 
 
NEBLINAS: São partículas líquidas geradas por condensação de vapores de 
substâncias líquidas às temperaturas normais sendo geralmente menores que 0,5 
micrômetro. 
 
 14
De um modo geral chama-se poeira qualquer partícula sólida ou fibra de tamanho 
tão reduzido que consiga permanecer no ar em suspensão por longo tempo. Para 
se ter uma idéia da periculosidade das poeiras nos ambientes de trabalho, foi feito 
um ensaio do tempo de queda de uma partícula de sílica no ar totalmente parado, 
onde se constatou que partículas pequeníssimas podem permanecer em suspensão 
por até 10 horas, como mostra a tabela abaixo. 
 
 
SEDIMENTAÇÃO DE UMA 
S Í L I C A NO AR TOTAL 
 
PARTÍCULA DE 
MENTE PARADO 
DIÂMETRO (µµµµm) TEMPO DE QUEDA (min.) 
(para percorrer 30cm) 
5 2,5 
2 14,5 
1 54 
0,5 187 
0,25 590 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS PARTICULADOS 
 
 
1) PARTICULADO INALÁVEL: Materiais que são perigosos quando 
depositado em qualquer parte do trato respiratório, tendo seus diâmetros 
aerodinâmicos variando de 0 a 100 
 
 
DIÂMETRO AERODINÂMICO 
DA PARTICULA (µµµµm) 
MASSA DO PARTICULADO 
INALÁVEL (%) 
0 
1 
2 
5 
10 
20 
30 
40 
50 
100 
100 
97 
94 
87 
77 
65 
58 
54,5 
52,5 
50 
 
 
 
 
 
 15
2) PARTICULADO TORÁXICO: Materiais que são perigosos quando 
depositados dentro dos dutos aéreos e na região de trocas gasosas, com 
diâmetro aerodinâmico variando de 0 a 25 micrômetros. 
 
 
DIÂMETRO AERODINÂMICO 
DA PARTÍCULA (µµµµm) 
MASSA DO PARTICULADO 
TORÁXICO (%) 
0 
2 
4 
6 
8 
10 
12 
14 
16 
18 
20 
25 
100 
94 
89 
80,5 
67 
50 
35 
23 
15 
9,5 
6 
2 
 
 
 
3) PARTICULADO RESPIRÁVEL: Materiais perigosos quando depositados na 
região de trocas gasosas. 
 
 
DIÂMETRO AERODINÂMICO 
DA PARTÍCULA (µµµµm) 
MASSA DO PARTICULADO 
RESPIRÁVEL (%) 
0 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
10 
100 
97 
91 
74 
50 
30 
17 
9 
5 
1 
 
 16
 
EFEITOS À SAÚDE DE ALGUNS AGENTES QUÍMICOS 
 
 
TIPO 
DE PÓ 
 
 
EFEITO PRINCIPAL 
À SAÚDE 
 
ORGÃO ALVO 
 
FRAÇÃO DE 
INTERESSE 
 
 
SÍLICA LIVRE 
CRISTALINA 
 
Silicose(fibrose dos pulmões); 
Doençapulmonar restritiva 
progressiva e irreversível 
 
 
Pulmões; Região de 
trocas gasosas, 
alvéolos 
 
Fração 
Respirável 
 
POEIRA DE 
CARVÃO 
 
Pneumoconiose dos mineiros 
de carvão; doença pulmonar 
restritiva 
 
Pulmões; Região de 
trocas gasosas e 
alvéolos 
 
Fração 
Respirável 
 
ASBESTOS 
 
Asbestose; câncer pulmonar; 
mesotelioma 
 
Pulmões; Região 
bronquial e de trocas 
gasosas 
 
Frações Traqueo-
bronquial e 
Respirável 
 
POEIRA DE 
CHUMBO 
 
Intoxicação sistêmica (sangue, 
sistema digestivo e nervoso) 
 
Através do sistema 
respiratório e corrente 
sanguínea 
 
Fração Inalável 
 
MANGANES 
 
 
Intoxicação sistêmica (sangue 
e sistema nervoso central) 
Através do sistema 
respiratório e corrente 
sanguínea 
Fração Inalável 
 
POEIRA DE 
MADEIRA 
 
Certas madeiras duras causam 
câncer nasal 
 
Nariz 
 
Fração Inalável 
 
POEIRA DE 
ALGODÃO 
 
Bissinose, Doença Pulmonar 
Obstrutiva 
 
Pulmões 
 
Fração Traqueo-
bronquial 
 
POEIRA DE 
CANA DE 
AÇÚCAR 
 
Bagaçose(Alveolite Extrínseca 
alérgica) 
 
Pulmões 
 
Fração 
Respirável 
 
POEIRA DE 
CIMENTO 
 
Dermatoses 
 
Pele 
 
Qualquer 
tamanho de 
partícula 
 
PENTACLORO 
FENOL 
 
Envenenamento sistêmico 
 
Através da pele para 
a corrente sanguínea 
e sistema 
 
Qualquer 
tamanho de 
partícula 
 
 17
 
FIBRAS 
 
 
 As fibras são estruturas com uma relação diâmetro/comprimento menor ou igual a 1/3. No 
caso do amianto as fibras contáveis são as de diâmetro menor que 3 micrômetros e de 
comprimento maior que 5 micrômetros. 
 
 
 
 
As fibras minerais naturais são: Asbesto, Woolastonita, Erionita, Atalpulgita. 
As fibras minerais fabricadas(mmmf) são: as fibras de vidro e as lãs de vidro, de rocha, de 
escória etc. 
As fibras são utilizadas na indústria como isolante térmico e acústico, na proteção contra o 
calor e o fogo, no reforço de materiais plásticos, cimento e nos componentes têxteis e 
automotivos, nos refratários, nos filtros de ar e de líquidos e nas fibras óticas. 
 
LIMITES DE TOLERÂNCIA E METODOLOGIA PARA LEVANTAMENTO 
OCUPACIONAL DE SÍLICA LIVRE CRISTALIZADA. 
 
LT para poeira contendo sílica conforme NR-15 Anexo 12. 
 8 
 POEIRA RESPIRÁVEL LT = ---------------------- (mg/m3) 
 % quartzo + 2 
 24 
 POEIRA TOTAL LT = ---------------------- (mg/m3) 
 (não recomendável) % quartzo + 3 
 
LT para poeira contendo sílica conforme ACGIH-2008 
 SÍLICA 
CRISTALINA 
 quartzo α 0,025 mg/m3 
 tridimita 
 
Métodos Analíticos da NIOSH para sílica livre cristalizada. 
 7500...................... Difratometria de Raios X 
 7602...................... Espectrofotometria de I.V. 
Condições da Amostragem: 
Filtro de PVC de baixo teor de cinzas de 37 mm de diâmetro e 5,0 micrômetros de 
porosidade. 
Vazões: poeira respirável........................... 1,70 l/min* 
 poeira total.................................... 1,50 l/min 
* Válido para ciclone de nylon de 10mm 
 
 L 
D 
 L/D ≥≥≥≥ 3 
 
 18
 Limites de tolerância e metodologia para avaliação de asbesto(amianto). 
 
 SERPENTINAS crisotila (branco 
 
 
 ASBESTO 
 
 
 
ANFIBÓLIOS 
Actinólito (verde) 
Antofilita (marrom amarel. ou 
acinzentado). 
Tremolita (branco forma agulhas) 
Amosita (marrom) 
Crocidolita (azul) 
 
LT -BRASIL (NR-15 Anexo 12) LT-EUA (ACGIH) 2002 
0,2 fibras/ cm3 maiores que 5µm 
 com diâmetro < 3µm 
0,1 fibras/ cm3 (para todas as 
formas) 
 
Métodos Analíticos NIOSH 7.400 - AIA-RTM-1 - NBR-13.158 
Contagem por microscopia ótica, com contraste de fase e aumento de 400 a 500 
vezes.Coleta em filtro-membrana de éster de celulose, com diâmetro de 25 mm, porosidade 
de 0,8µm ou 1,2µm e a vazão da bomba deverá ser de l,0 l/min. 
 Densidades limites: 100 a 1300 fibras/mm2(NIOSH) 
 
 
Densidade ideal: 100 a 400 fibras/mm2 
 19
ESTRATÉGIA DE AMOSTRAGEM PARA AVALIAÇÃO DOS 
AGENTES QUÍMICOS 
 
OBJETIVOS 
 
A amostragem dos agentes químicos objetiva: 
1) Determinar se existe risco à saúde dos trabalhadores 
2) Avaliar a eficiência das medidas de controle adotadas 
3) Fornecer subsídios para o dimensionamento da proteção 
4) Estabelecer relações entre a exposição e seus efeitos à saúde 
 
ETAPAS DA AVALIAÇÃO 
- Levantamento preliminar 
- Avaliação (amostragem e análise) 
- Projeto e implantação das medidas de controle 
- Avaliação da eficiência das medidas adotadas(Avaliação) 
 
RECONHECIMENTO DOS RISCOS 
 
1- Informações sobre o Processo 
Matérias Primas utilizadas 
Produtos Intermediários 
Sub-produtos do processo 
Catalisadores e produtos auxiliares 
Natureza cíclica do processo 
 
2- Visitas Preliminares 
Seguir o fluxo de produção para não perder etapas importantes do processo. 
Entrevistar os trabalhadores 
Medidas de controle existentes 
Utilização de EPIs 
3 - Levantamentos anteriores e registros de doenças 
4 - Utilizar as propriedades organolépticas dos produtos químicos 
 
O reconhecimento dos riscos é necessário para a escolha da melhor 
forma de avaliação 
 
FATORES A SEREM CONSIDERADOS 
1- Concentração aproximada dos agentes no ar, através de um rastreamento durante 
a avaliação preliminar 
2- Temperatura 
3- Umidade relativa do ar 
4- Pressão de vapor do produto 
5- Existência de medidas de controle e situação dos equipamentos(manutenção) 
6- Condições operacionais (Pressões, Temperaturas, Vazão, Níveis de Produção, 
Manutenção, Vazamentos) 
 20
7- Vias de ingresso(trabalhador contaminado mesmo c/baixas concentrações no ar 
no caso dos produtos que apresentam absorção percutânea. 
 
CONCEITOS BÁSICOS NA AVALIAÇÃO DE 
AGENTES QUÍMICOS 
 
* CICLO DE TRABALHO 
 É o conjunto das atividades desenvolvidas pelo 
 trabalhador em uma seqüência definida e que se 
 repete de forma contínua no decorrer da jornada 
 de trabalho. 
 
* PONTO DE TRABALHO 
 Todo e qualquer lugar onde o trabalhador 
 permanece durante o ciclo de trabalho. 
 
 
* ZONA RESPIRATÓRIA 
 É a região do espaço que compreende uma 
 Distância de aproximadamente 150 +/- 50 mm 
 a partir das narinas, sob a influência da respi- 
 ração. 
 
Nas avaliações para a caracterização da exposição ocupacional a agentes químicos, é 
importante que a coleta ou medição seja feita dentro da chamada Zona Respiratória e 
que o Tempo de Amostragem seja maior que pelo menos um Ciclo de Trabalho, a fim 
de evitar que alguma parte da operação não seja avaliada. É importante também o uso 
de cintos para prender a bomba na cintura e o conjunto de coleta, de forma que fique 
dentro da Zona Respiratória e não interfira com a roupa e o conforto do trabalhador. 
 
A avaliação dos agentes químicos pode ser qualitativa ou quantitativa e é a segunda fase da 
Higiene do Trabalho, após o reconhecimento da existência de determinado agente 
agressivo. 
A avaliação quantitativa de um ambiente de trabalho é o ponto de partida para o 
planejamento das medidas de controle a serem adotadas para a eliminação ou atenuação dos 
riscos presentes e para a avaliação das medidas de controle adotadas. 
 
A avaliação quantitativa dos agentes químicos é muito complexa e dispendiosa, tendo em 
vista que para cada agente existe um método decoleta e/ou análise, utilizando 
equipamentos analíticos bastante diversificados como Difratometria de Raios X, 
Espectrofotometria de Absorção Atômica, diversos tipos de Cromatografia e outras técnicas 
sofisticadas. 
 
Em algumas situações, onde a presença dos agentes em grandes concentrações é visível, 
dispensa-se a avaliação quantitativa e adota-se avaliação apenas qualitativa e o dinheiro que 
seria investido na avaliação pode ser de imediato aplicado em medidas de controle, após o 
 21
que torna-se indispensável a avaliação quantitativa, pois em algumas situações os 
ambientes parecem limpos quando na verdade o trabalhador pode estar com sua saúde 
comprometida, pois no caso das poeiras siliciosas, as partículas visíveis tem diâmetro de 50 
ou mais micrômetros, quando a fração respirável está entre 0,.5 a 10 micrômetros. 
 
DETERMINAÇÃO DO TEMPO DE AMOSTRAGEM 
 
Geralmente amostra-se de três a cinco dias, com 75% do período de trabalho(6 a 8hs). O 
número de amostras vai depender do tempo de amostragem para cada coleta, que por sua 
vez é limitado pelos níveis de concentração ambiental e pelo volume mínimo e máximo 
permitido pelo método. 
 
O tempo de amostragem nunca poderá ser inferior ao do Ciclo de Trabalho, pois as 
operações mais críticas são geralmente no início e no fim do ciclos, com a carga e descarga 
dos reatores. 
 
Se não houver indicação da vazão, escolher a vazão média do método. 
 
A vazão menores que a média são utilizadas quando há necessidade de se coletar um 
volume menor, seja porque a concentração está alta ou quando se quer aumentar o tempo de 
coleta. 
 
TIPOS DE AMOSTRAGEM 
 
PESSOAL 
 O amostrador acompanha ao trabalhador durante todo o período de trabalho e é colocado 
próximo à região respiratória. É o tipo mais indicado de amostragem para caracterizar a 
exposição. 
 
AMBIENTAL 
Próxima do ponto mais poluído do ambiente e nos dá informações sobre a emissividade da 
fonte, servindo às vezes para o dimensionamento do sistema de controle de poluição. 
 
INSTANTÂNEA 
 
Quando o tempo de amostragem é menor que cinco minutos e serve para verificarmos se o 
Valor Máximo não foi atingido, bem como o Limite de Tolerância-Valor Teto e fornece 
informações sobre o processo e serve também para se avaliar as os instantes de maiores 
concentrações. 
 
Uma outra aplicação das avaliações instantâneas, que são realizadas por equipamentos de 
leitura direta é a localização de fontes poluidoras. 
 
CONTÍNUAS 
 
Tempos de coleta maiores que 30 minutos e servem para a comparação com os limites de 
tolerância que é Média Ponderada no Tempo. 
 22
TIPOS DE AMOSTRAS 
 
 
1) AMOSTRA ÚNICA DE PERÍODO COMPLETO 
 
8 horas 
 
 
 1 2 3 4 5 6 7 8 
HORAS APÓS INÍCIO DO TURNO 
áááá Ideal para Limite de Tolerância-Média Ponderada 
 
 
2) AMOSTRAS CONSECUTIVAS DE PERÍODO COMPLETO 
 
4 horas 4 horas 
 
6 horas 2 horas 
 
1 hora 3 horas 4 horas 
 
 
 1 2 3 4 5 6 7 8 
HORAS APÓS INÍCIO DO TURNO 
 áááá Ideal para LT-MP 
 áááá Permite detectar as oper. de maior risco dentro do período de trabalho 
 áááá Quanto maior o número de amostras seqüenciais, maiores os 
 benefícios estatísticos, porém também aumentam os custos. 
 
 
3) AMOSTRAS CONSECUTIVAS DE PERÍODO PARCIAL 
 
1 hora 3 horas 4 horas 
 
3 horas 1 hora 3 horas 1 hora 
 
1:30 horas 1:30 horas 3 horas 2 horas 
 
 
 1 2 3 4 5 6 7 8 
HORAS APÓS INÍCIO DO TURNO 
 
 áááá Para LT-MP deverão cobrir de 4 a 8 horas 
 23
4) AMOSTRAS PONTUAIS OU DE CURTA DURAÇÃO 
 
 
 l l l l l 
 
 
 
 
 1 2 3 4 5 6 7 8 
HORAS APÓS INÍCIO DO TURNO 
 
 áááá Permite verificar a observância do LT-VT 
 áááá Permite verificar a observância do Valor Máximo 
á Permite conhecer o perfil da concentração durante o período 
avaliado 
 
 
OS FATORES QUE INFLUENCIAM NA SELEÇÃO DO TIPO DE AMOSTRAGEM 
 
 
· DISPONIBILIDADE E CUSTO DE EQUIPAMENTOS DE 
 COLETA E DE ANÁLISE 
 
· DISPONIBILIDADE E CUSTO DO PESSOAL PARA 
 EXECUTAR O MONITORAMENTO 
 
· LOCALIZAÇÃO DOS TRABALHADORES E DOS LOCAIS DE 
 TRABALHO 
 
· VARIAÇÕES NA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL (INTRA E 
 INTERDIAS) 
 
 A variabilidade da exposição é medida pelo Desvio Padrão 
Geométrico, que geralmente está entre 1,25 e 2,5 
 
· PRECISÃO E EXATIDÃO DOS PROCEDIMENTOS DE 
 AMOSTRAGEM E ANÁLISE 
 Òs coeficientes de variação total deverão estar entre 5 e 10% 
 σ 
 CV =  
 Média 
 
· NÚMERO DE AMOSTRAS NECESSÁRIAS PARA OBTER 
 A PRECISÃO REQUER. NA MED. DA EXPOS. OCUP. 
 24
Tamanho da amostra parcial para os 10% mais expostos com 
confiança de 90 e 95% 
 
 
 
INTERVALO DE CONFIANÇA DE 90% 
 
 
INTERV. DE CONFIANÇA DE 95% 
 
TAMANHO DA 
POPULAÇÃO 
(N) 
 
 
N°°°° DE AMOSTRAS 
NECESSÁRIAS 
(n) 
 
TAMANHO DA 
POPULAÇÃO 
(N) 
 
N°°°° DE AMOSTRAS 
NECESSÁRIAS 
(n) 
 
< 07 
 
08 
 
09 
 
10 
 
11 a 12 
 
13 a 14 
 
15 a 17 
 
18 a 20 
 
21 a 24 
 
25 a 29 
 
30 a 37 
 
38 a 49 
 
50 
 
>50 
 
 
n = N 
 
07 
 
08 
 
09 
 
10 
 
11 
 
12 
 
13 
 
14 
 
15 
 
16 
 
17 
 
18 
 
22 
 
< 12 
 
12 
 
12 a 14 
 
15 a 16 
 
17 a 18 
 
19 a 21 
 
22 a 24 
 
25 a 27 
 
28 a 31 
 
32 a 35 
 
36 a 41 
 
42 a 50 
 
 
 
>50 
 
 
 
n = N 
 
11 
 
12 
 
13 
 
14 
 
15 
 
16 
 
17 
 
18 
 
19 
 
20 
 
21 
 
 
 
29 
 
N = Número de trabalhadores componentes do Grupo Homogêneo de Risco 
n = Número de amostras necessárias 
 
 25
Quadro comparativo entre os métodos NIOSH e os tubos reagentes de curta 
duração da Drager 
 
 
PRODUTO 
 
FAIXA DE 
 
n 
 
p 
 
a 
 
Desvio pa 
 
drão relativo 
 MEDIÇÃO 
 
 Drager NIOSH 
 
Acetaldeído 
Acetato de etila 
Acetona 
Ácido acético 
Ácido sulfúrico 
Acrilato de metila 
Acrilonitrila 
Amônia 
Anilina 
Arsina 
Benzeno 
Ciclohexano 
Cloreto de vinila 
Cloro 
Clorobenzeno 
Dimetilformamida 
Dióxido de enxofre 
Dióxido de nitrogênio 
Dissulfeto de carbono 
Epicloridrina 
Estireno 
Etanol 
Formaldeído 
Fosgênio 
Gás cianídrico 
Gás sulfídrico 
Hidrazina 
Monóxido de carbono 
Óxido de etileno 
Ozônio 
Percloroetileno 
Tolueno 
Tolueno diisocianato 
Tricloroetileno 
Trietilamina 
 
 
100 - 1000 
200 - 3000 
100 – 12000 
5 – 80 
1 – 5(mg/m3) 
5 – 200 
0,5 – 10 
5 – 70 
1 – 20 
0,05 – 3 
5- 50 
100 – 1500 
0,5 - 3 
0,2 – 3 
5 – 200 
10 – 40 
05 - 25 
0,5 - 10 
5 – 60 
5 – 50 
10 – 200 
100 – 3000 
0,5 – 10 
0,25 – 15 
2 – 30 
1 – 20 
0,25 – 3 
5 – 150 
25 - 500 
0,05 – 1,4 
5 – 50 
50 – 400 
0,02 – 0,2 
2 – 200 
5 - 60 
 
20 
20 
10 
3 
100 
20 
20 
10 
5-25 
20 
20 
10 
10 
10 
10 
10 
10-20 
5 
11 
20 
2-15 
10 
1-16 
5 
5 
10 
10 
10 
30 
10 
10 
5 
25 
2-5 
5 
 
 
X 
X 
X 
- 
x 
- 
x 
- 
- 
x 
- 
- 
x 
x 
x 
x 
- 
x 
- 
xx 
x 
- 
x 
x 
x 
- 
x 
- 
- 
x 
x 
- 
x 
- 
 
- 
- 
- 
- 
x 
- 
- 
- 
x 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
x 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
- 
x 
- 
- 
 
15 – 20 
15 – 20 
15 – 20 
10 – 20 
� 40 
30 – 40 
15 – 20 
10 – 15 
15 – 20 
15 – 20 
10 – 15 
15 – 20 
10 - 15 
10 – 15 
15 – 20 
20 - 30 
10 - 15 
10 - 15 
10 – 15 
15 – 20 
15 – 20 
15 – 20 
20 – 30 
15 - 20 
10 – 15 
5 – 10 
10 – 15 
10 – 15 
10 – 15 
20 - 30 
15 – 20 
10 – 15 
� 40 
10 – 15 
10 - 15 
 
14,4 – 3507 
11,8 – 1457 
ND - 1700 
15,5 – 1603 
19,4 – 7903 
23,3 – 1459 
14,1 – 1604 
14,5 – 6016 
15,1 – 2002 
23,2 - 6001 
11,4 – 1501 
11,5 - 1500 
17,8 - 1007 
14,0 – 6011 
11,0 – 1003 
11,7 - 2004 
ND – 6004 
14,6 - 6014 
12,9 – 1600 
14,3 – 1010 
16,7 – 1501 
13,0 – 2500 
18,0 – 2541 
- 
20,0 – 7904 
11,8 - 6013 
17,1 – 3503 
6,0 – 6604 
19,0 – 1614 
- 
15,1 – 1003 
10,9 – 1501 
7,0 – 2535 
19,78 – 1022 
ND 
Onde: 
n = Número de aspirações 
p = Pré-camada 
a = Ampola 
 
Tubos reagentes de curta duração pesquisados: 
 Total......................... 136 
 Produtos............ 80 
 Selecionados.............. 36 
 26
 
 
Desvio Padrão Relativo 
 
 
TUBOS 
DRAGER 
 
 % 
 
NIOSH 
 
 % 
 
5 – 10 
 
10 – 15 
 
15 – 20 
 
20 – 30 
 
30 – 40 
 
> 40 
 
 
1 
 
14 
 
14 
 
3 
 
1 
 
2 
 
2,9 
 
40,0 
 
40,0 
 
8,6 
 
2,8 
 
5,7 
 
2 
 
15 
 
11 
 
2 
 
- 
 
- 
 
6,7 
 
50,0 
 
36,6 
 
6,7 
 
- 
 
- 
 
Total 
 
35 
 
 
100,0 
 
30 
 
100,0 
 
 
 
TIPO DE COLETOR : 
 
1- Filtro membrana de PVC(poeira de sílica e algodão), Éster de Celulose(Amianto 
e fumos) 
 2- Sólido adsorvente: Carvão ativado para solventes orgânicos 
 Sílica Gel para solventes polares 
 3- Líquido absorvente: Água destilada, soluções ácidas ou básicas 
 
 
OUTROS CUIDADOS 
 
A maioria das coleta é com separação dos contaminantes, que não exige sensibilidade 
muito alta dos equipamentos analíticos. A coleta de ar total já exige alta sensibilidade 
analítica e a análise deve ser feita o mais rápido possível o produto não está adsorvido 
podendo permear através das paredes do equipamento de coleta (frasco de coleta ou sacos 
de amostragem). 
 
O transporte a as condições de armazenamento das amostras deve seguir a orientação do 
laboratório que irá fazer as análises. 
 
As amostras em branco são muito importantes para a validação dos resultados. 
 
 27
Separar os filtros amostrados dos não amostrados, utilizando o código de cores (azul para 
virgens e vermelho para os amostrados) 
 
Toda amostragem deve ser precedida da calibração da bomba e ao final se deve fazer a 
aferição da mesma.. 
 
Os cassetes amostrados devem ser acondicionados em mala especialmente desenhada para 
isso e não podem sofrer impacto e nem serem virados. 
 
Todos os dados da Folha de Campo devem ser preenchidos, e deverão incluir: 
- Condições operacionais e ambientais(T, UR, Ventos, Umidade) 
- Dados de calibração e aferição. 
- Período de trabalho 
- Período de amostragem 
- Função e setor do trabalhador em avaliação 
- Grupo Homogêneo de Exposição ao qual pertence 
- Início término das paradas(almoço, lanches, cafés etc.) 
- Descrição das atividades 
- Descrição das medidas de controle existentes e os EPI utilizados pelo 
trabalhador. 
- Descrição dos acidentes operacionais(máquinas, sistema de ventilação parando 
ou em regime anormal) 
 
VALIDAÇÃO DAS AMOSTRAGENS 
 
1) Amostragem com filtros ou adsorventes sólidos 
 
A validação das amostragens será feita quando: 
 
- A vazão estiver dentro dos limites do método 
- A bomba foi calibrada no local da amostragem (e em caso contrário utilizar a 
tabela de correção para altitude e/ou temperatura) 
- O volume coletado estiver entre os valores mínimo e máximo 
- A variação da vazão da bomba for inferior a 5% da inicial 
- O período amostrado for maior ou igual a 75% do período de trabalho, para o 
Limite de Tolerância -Média Ponderada. 
- Quando não houver alteração significativa do processo produtivo: 
Parada de equipamentos ou de setores da fábrica 
Parada do sistema de exaustão. 
 
2) Amostragem com tubos reagentes 
 
- O tubo deve ser específico para o produto a ser avaliado 
- O prazo de validade não foi ultrapassado 
- O teste de vazamento da bomba foi realizado 
- O número de aspirações indicado foi realizado 
- O valor indicado está entre o valor mínimo e o máximo 
 28
- A coloração da camada indicativa é específica do tubo 
- A leitura foi feita no ato da amostragem 
- Se não existir escala, a camada indicativa deve ser totalmente preenchida e o 
número de aspirações registrado para a interpretação dos valores obtidos. 
- Se houver tubo interno, quebrá-lo na ordem indicada na bula 
- Se o tubo for de Leitura Direta por Difusão, anotar o início e o término da 
amostragem. 
- Se a caixa possuir tubos de absorção, utilizá-los entre o tubo reagente e a bomba 
de amostragem(para proteção da bomba) 
- Preencher a Folha de Campo 
 
 
 EQUIPAMENTOS DE LEITURA DIRETA 
 
Tubos reagentes, oxímetros, medidores de co, h2s, s02 e explosímetros 
 
Existem medidores específicos para determinados tipos de gases e vapores e sua leituras 
geralmente são instantâneas, porém se forem acoplados a um registrador, avaliações 
contínuas(tempo de medição maior que 30 min) poderio ser feitas. 
As avaliações instantâneas são muito úteis quando se quer informações sobre o processo. 
 
 
1) TUBOS REAGENTES 
 
Um dos equipamentos mais utilizados em avaliações ambientais são os tubos reagentes, que 
são tubos de vidro selados, no interior dos quais existe um produto químico que reage 
especificamente com o poluente a ser medido, mudando a coloração da camada reagente, 
sendo sua concentração diretamente proporcional ao seu comprimento. Isto que dizer que 
cada tubo reagente é específico para determinado produto ou família de produtos. A leitura 
normalmente é feita em uma escala gravada no tubo, porém válida para um certo volume de 
ar amostrado, expresso pelo número de aspirações especificado no tubo. Alguns tubos não 
trazem a escala gravada, sendo a concentração nesse caso obtida mediante o número de 
aspirações realizadas, isto é quanto maior o volume amostrado, menor a concentração. 
Como exemplo pode-se citar o caso do tubo reagente Fosgênio (0,05a) que possui uma 
camada reagente de cor amarela que após a exposição a vapores de fosgênio torna-se cinza 
azulada e como o tubo não possui escala, a leitura é feita quando a camada indicativa ficar 
toda colorida e a leitura é feita de acordo com o nº de aspirações dadas: 
 
 NºDE ASPIRAÇÕES LEITURA EM (Pm) 
 1 1,5 
 3 0,5 
 5 0,3 
 10 0,15 
 14 0,1 
 
 Esses tubos são fornecidos em caixas com 10 unidades e tem um prazo de validade de 2 
ou 3 anos. A aspiração da amostra é feita através de uma bomba manual com um volume 
de 100 cc. 
Procedimentos para avaliação com tubos reagentes 
 
 - Verificar se o tubo é específico para o produto 
 29
 - Verificar o prazo de validade na caixa 
 - Fazer o teste de vedação da bomba manual 
 - Quebrar as extremidades do tubo 
 - Colocar o tubo com a seta apontando para a bomba 
 - Iniciar as aspirações, verificando quantas deverão ser realizadas (n= ). 
 - A extremidade livre do tubo deverá estar à altura daregião respiratória do 
 trabalhador. 
 - Fazer a leitura logo após o término das aspirações, pois com o passar do tempo a 
 camada indicativa poderá sofrer alterações. 
 
Esse método não é muito preciso, poderá dar um erro de 10 a 20%, no entanto o seu maior 
problema é a interferência de outros produtos, por isso leia atentamente a bula, que indicará 
possíveis interferentes e a correspondente cor da camada indicativa. 
 
Existem outros tubos reagentes, como os de longa duração e os tubos reagentes de leitura 
direta por difusão. 
Os tubos de longa duração exigem a utilização de bombas de acionamento motorizado, com 
baterias recarregáveis, ao invés da bomba manual. 
Os tubos de leitura direta por difusão, são presos à lapela do trabalhador e durante o 
período de amostragem, possui apenas um dos lados abertos, permitindo que o 
contaminante específico entre dentro do tubo, por um processo de difusão e reaja com a 
camada indicativa, colorindo-a. Esse tipo de amostrador também é chamado de passivo, 
isto é não necessita de bomba de aspiração. 
Existem tubos reagentes que liberam vapores corrosivos e que exigem a utilização de um 
tubo adicional após o tubo de leitura, para reter os vapores corrosivos que poderio danificar 
a bomba de aspiração. 
Algumas vezes, a camada reagente é muito instável e só pode ser preparada no momento da 
avaliação, nesse caso, existe um ou mais tubos internos com o produto que será misturado 
na camada indicativa, no momento que quebrarmos o tubo reagente de forma que o tubo 
interno seja também quebrado. 
 
 
 
 
 
CURTA DURAÇÃO 
 
 Verificar a existência do produto 
 Verificação do Valor Máximoé Localização de 
fontes poluidorasé Levant. Preliminares 
(rastreamento) 
 LT-Média Ponderada: (somente com 8 a 11 
medições em um mesmo ponto). 
APLICAÇÕES 
LONGA DURAÇÃO 
 
 Monitoramennto de operações críticasé LT-Média 
Ponderada 
 LEITURA DIRETA POR 
DIFUSÃO 
é LT-Média Ponnderada 
 
 
 30
 
 
 
 
 
 
 
AMOSTRAGEM DE AGENTES QUÍMICOS 
 
 
 Sacos de amostragem 
 AR TOTAL Frascos de amostragem 
 Seringas 
COLETA DE AMOSTRAS 
 Retenção em filtros 
 C/SEPARAÇÃO Absorção em meio liquido 
 DOS CONTAMIN. Adsorção em meio sólido 
 Condensação de vapores. 
 
 
 
 
A coleta de ar total, exige um método de alta sensibilidade, tendo em vista que o 
contaminante vem diluído em ar. Já o método da amostragem com a separação dos 
contaminantes fornece o contaminante concentrado absorvido em meio líquido ou 
adsorvido em meio sólido. Em ambos os casos a análise deve ser realizada o mais rápido 
possível pois o contaminante pode permear através das paredes plásticas ou sofrer uma 
dessorção perdendo-se parte da amostra 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUBO REAGENTE DE LEITURA DIRETA DE CURTA DURAÇÃO 
 
 31
MEIOS DE COLETA PARA GASES E VAPORES 
 
 
TIPO 
 
 
EQUIPAMENTO 
 
PRINCIPIO DE 
COLETA 
 
 
AMOSTRAGEM 
 
SERINGAS 
 
 
AR TOTAL 
 
FRASCOS DE 
VÁCUO 
 
VÁCUO 
 
INSTANTÂNEA 
 
FRASCOS DE 
DESLOCAMENTO 
DE LÍQUIDOS 
 
 
 
 
 
 
SEPARAÇÃO DOS 
 
TUBO DE 
ADSORVENTES 
SÓLIDOS (carvão 
ativado, sílica-gel, 
tenax GC, etc) 
 
RETENÇÃO POR 
ADSORÇÃO EM 
MEIO SÓLIDO 
 
 
 
 
 
CONTÍNUA 
CONTAMINANTES 
IMPACTADORES E 
BORBULHADORES 
 
RETENÇÃO POR 
ABSORÇÃO EM 
MEIO LÍQUIDO 
 
 
 
 
AMOSTRADORES PESSOAIS 
 
Os amostradores pessoais são dispositivos de coleta montados próximos à Região 
Respiratória do trabalhador para a avaliação da exposição ocupacional a diversos agentes 
químicos, utilizando diversos tipos de adsorventes sólidos (Sílica Gel, Carvão Ativado, 
Poropak, Tenax etc.) 
 
No caso de materiais particulados, utiliza-se os filtros membrana de PVC, Ester de 
Celulose, Fibra de Vidro. No passado utilizou-se impingers para a coleta de poeira de sílica, 
cuja quantificação era feita por microscopia ótica por contagem em campo claro. 
 
No caso dos solventes orgânicos tem-se utilizado os tubos com carvão ativado como 
adsorvente sólido. 
 32
Existem dois tipos de amostradores pessoais: ATIVOS 
 PASSIVOS 
 
Os Amostradores Ativos utilizam bombas de amostragem para a aspiração da amostra, 
enquanto que os Passivos utilizam o princípio da difusão para a coleta dos contaminantes. 
 
 
 
AMOSTRADORES ATIVOS 
 
 
Utilizam bombas de amostragens, que são equipamentos especiais com algumas 
características: 
 
 PORTÁTEIS(pois serão montadas na cintura do trabalhador) 
 FONTE DE ENERGIA PRÓPRIA(Bateria recarregável, com capacidade 
 para pelo menos 8 horas de amostragem) 
 VAZÃO REGULÁVEL(cada método utiliza uma vazão diferente) 
 SEGURANÇA INTRÍNSECA(pois trabalhará em áreas classificadas) 
 
 
VOLUME COLETADO 
 
 
 = VAZÃO x TEMPO 
 
MASSA COLETADA 
 
 
 = VAZÃO x TEMPO x CONCENTRAÇÃO 
 
 
AMOSTRADORES PASSIVOS (PARA VAPORES ORGÂNICOS) 
 
Os amostradores passivos não necessitam de bombas de aspiração, pois a amostra é 
aspirada através do princípio da difusão, sendo mais leves e confortáveis que os ativos, no 
entanto o seu uso é limitado aqueles materiais que interagem com o dispositivo de coleta e 
são influenciados por algumas variáveis ambientais como velocidade de vento, temperatura 
e umidade relativa. 
 
A massa coletada é função direta da velocidade de difusão, que é uma característica do par 
de gases formado, da Área do amostrador e indireta do percurso de difusão. 
 
 
 33
LEVANTAMENTO AMBIENTAL DE POEIRA DE SÍLICA 
 
O levantamento de poeira contendo sílica, pode ser feito de duas formas: 
 levantamento de poeira total 
 levantamento de poeira respirável 
O levantamento de poeira total é feito utilizando-se uma bomba de 
amostragem individual, calibrada com uma vazão de 1,5 litros por minuto, um 
cassete com filtro de PVC de 37 mm, com porosidade de 5 micrômetros, 
acoplado à bomba. Como a concentração é dada em mg/m3, necessitamos da 
massa e do volume de ar coletado. 
 
 mg (massa final - massa inicial) 
 Conc. = ------ = --------------------------------------- 
 m
3
 ( vazão da bomba x tempo de amostr.) 
 
A massa coletada é obtida pesando-se o filtro antes e após a coleta e o volume 
coletado é calculado multiplicando-se a vazão da bomba pelo tempo de coleta. 
Com isso temos a concentração de poeira contendo sílica no ambiente, valor 
que temos que comparar com o limite de tolerância para verificar se está 
abaixo ou acima dele. Após a gravimetria, essa amostra é preparada e sofre 
uma análise por Difratometria de Raio X, sendo o LT então calculado : 
 24 
 LT = ---------------- 
 % SiO2 + 3 
 
Tem-se agora a concentração ambiental e o LT, com os quais faz-se uma 
comparação e se a concentração estiver acima da metade do LT, deve-se adotar 
ou melhorar as medidas de controle existentes. 
O levantamento de poeira respirável é feito da mesma forma, porém a vazão 
da bomba de amostragem deve ser de 1,7 litros por minuto e após o cassete 
com o filtro conectamos um ciclone separador de nylon de 10mm, que permite 
a passagem somente de partículas menores que 10 micrômetros, que ficam 
retidas no filtro e as maiores que 10 micrômetros, sendo mais pesadas, 
depositam-se no fundo do ciclone. Nesse caso os procedimentos de cálculo são 
os mesmos com exceção do cálculo do LT que será: 
 8 
L T = ---------------- 
 % SiO2 + 2 
 
No caso de coleta de poeira pelo método do impinger (impactador), é feita 
uma contagem por microscopia ótica, comleitura em campo claro e o limite de 
tolerância deverá ser expresso em milhões de partículas por decímetro cúbico: 
 8,5 
L T = ---------------- (mppdc) 
 % SiO2 + 10 
 
 34
 
 
AVALIAÇÃO DE POEIRA DE SÍLICA 
 
 
 
 
DETERMINAÇÃO 
 DA CONCENTRAÇÃO 
 
 
 
 
AMOSTRAGEM 
* poeira total 
* poeira respirável 
 
 
DETERMINAÇÃO 
DO L.T. 
 
 
 
DETERMINAÇÃO DA 
% DE SÍLICA LIVRE 
CRISTALIZADA 
 
 
 
MÉTODO 
 
 
COLETA DE POEIRA 
 
LIMITE DE TOLERÂNCIA 
 
 
Gravimétrico 
 
Total 
 24 
 ------------- ( mg/m3) 
 %Si02 + 3 
 
Respirável 
 8 
 -------------- (mg/m3) 
 %Si02 + 2 
 
Contagem 
 
Total 
 8,5 
 ------------- ( mppdc) 
 %Si02 +10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35
PARÂMETROS UTILIZADOS NA AVAL. DE AERODISPERSÓIDES 
 
 AGENTE 
 
VAZÃ
O 
(l/min) 
 FILTRO Separador 
partícula 
Método de 
coleta 
 Material Diâmetro Porosid 
 
POEIRA SÍLICA 
RESPIRÁVEL 
 
1,7 
 
PVC 
 
37mm 
 
5,0µ 
Ciclone 
Nylon 
10mm 
 
 
NHT-02 
POEIRA DE 
SÍLICA TOTAL 
 
1,5 
 
PVC 
 
37mm 
 
5,0µ 
 
- 
 
NHT-02 
 
FUMOS 
METÁLICOS 
 
2,0 
 
E.C. 
 
37mm 
 
0,8-1,2µ 
 
- 
 
NHT-02 
 
ASBESTO 
 
1,0 
 
E.C. 
 
25mm 
0,8-1,2µ 
- 
 
FUNDAC. 
 
ALGODÃO 
 
74,±0,2 
 
PVC 
 
37mm 
 
5,0µ 
Elutriador 
Vertical 
 
OSHA 
 
PVC – Cloreto de Polivinila 
E.C. - Éster de Celulose 
NHT-02 –Norma da Fundacentro para Avaliação da Exposição Ocupacional às 
Poeiras 
NHT-03 – Norma da Fundacentro para a Calibração e Aferição de Bombas 
 
 36
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37
Montagem de dispositivo para coleta de poeira de algodão 
 (Elutriador Vertical de Lunsden Linch) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
D= 12,7CM 
C
 
 
 
29,6 cm 
 21,6cm 
 
 150 cm 
Bomba 
//////////////////////////////////////////////////////////////// 
Q=7,4 ± 0,2 l/min 
Filtro de 
PVC, 
37mm e 
µ
mangueira 
 38
CONDIÇÕES AMBIENTAIS 
 
Se as condições de temperatura e pressão barométrica forem substancialmente diferentes do 
local de calibração, isto é, aproximadamente ± 40 mmHg (1500 pés de elevação) ou ± 11°C 
de variação, é necessário a calibração do rotâmetro de precisão no local da amostragem 
onde as mesmas condições são presente, ou aplicar fatores de correção indicados nas 
tabelas 1 e 2 
 
 
Tabela 1. FATOR DE CORREÇÃO PARA TEMPERATURA. 
DIFERENÇA DE 
TEMPERATURA 
FATOR A SER APLICADO 
DE AMOSTRAGEM 
AO FLUXO SE O LOCAL 
FOR: 
(°°°°C) MAIS QUENTE MAIS FRIO 
0 
5 
10 
15 
20 
25 
30 
35 
40 
 
1,000 
1,009 
1,018 
1,027 
1,036 
1,045 
1,054 
1,063 
1,072 
1,000 
0,991 
0,983 
0,974 
0,966 
0,958 
0,949 
0,941 
0,933 
 
 
Tabela 2. FATOR DE CORREÇÃO PARA ALTITUDE. 
DIFERÊNÇA DE 
ALTITUDE EM 
FATOR A SER APLICADO 
DE AMOSTRAGEM FOR 
AO FLUXO SE O LOCAL 
DE ALTITUDE: 
1000 PÉS MAIOR MENOR 
0 
0,5 
1,0 
1,5 
2,0 
2,5 
3,0 
3,5 
4,0 
4,5 
5,0 
5,5 
6,0 
6,5 
7,0 
7,5 
8,0 
1,000 
1,009 
1,019 
1,028 
1,038 
1,047 
1,057 
1,067 
1,077 
1,087 
1,090 
1,107 
1,117 
1,128 
1,128 
1,148 
1,160 
1,000 
0,991 
0,982 
0,973 
0,964 
0,955 
0,946 
0,937 
0,929 
0,920 
0,912 
0,903 
0,895 
0,887 
0,879 
0,870 
0,862 
 39
PRECISÃO E EXATIDÃO 
 
A precisão é a reprodutibilidade de medidas individuais expressas em Desvio Padrão 
S ou Desvio Padrão Relativo Sr. 
 
 
 
 
A exatidão é a concordância entre um valor medido e o valor aceito como referência 
 
Todos os métodos e equipamentos apresentam uma precisão e exatidão que deve ser 
conhecida pelos técnicos responsáveis pelas avaliações ambientais. 
 
Se um laboratório fornecer uma mistura de cloro em ar na concentração de 10 ppm e pedir 
para medir essa concentração sem que se saiba esse valor, e a medição for feita com um 
tubo reagente, dificilmente se obterá o valor exato de 10ppm, porque o tubo reagente não 
possui uma precisão e uma exatidão de 100%. Como o tubo reagente para cloro tem um 
desvio padrão relativo entre 10 e 15% (vide tabela abaixo), os valores medidos para essa 
concentração estariam entre 8,5 e 11,5 ppm., isto é se for feita uma única medição com o 
tubo reagente, poderia se obter qualquer valor entre esses dois números, inclusive o 10 
ppm. Por isso se torna necessário um grande número de medições instantâneas (8 a 11) para 
determinar o valor exato dessa concentração. 
 40
 
 
 
GRUPO HOMOGÊNEO DE EXPOSIÇÃO 
 
 
Como a avaliação da exposição ocupacional aos agentes químicos é complexa, cara e 
demorada, não avaliamos toda a população trabalhadora e sim faz-se uma amostragem que 
seja representativa da exposição dessa população trabalhadora. Assim dividimos os 
trabalhadores em Grupos Homogêneos de Exposição(GHE), de tal forma que a avaliação 
de um trabalhador seja representativa de todo o grupo homogêneo. 
 
GRUPO HOMOGÊNEO DE EXPOSIÇÃO é um grupo de trabalhadores que tem o mesmo 
perfil de exposição, com as mesmas tarefas nos mesmos ambientes, sujeitos aos mesmo 
produtos químicos e turno de trabalho. 
 
 
 
 
 
 G.H.E. 
 
 
 FUNÇÃO 
 TAREFA 
 EXPOSIÇÃO 
 PRODUTOS QUÍMICOS 
 AMBIENTES 
 TURNOS 
 
 
 
Após determinarmos todos os GHE, numeramos os trabalhadores, que serão avaliados de 
acordo com a Tabela de Números Aleatórios, para evitar qualquer interferência do 
avaliador. 
 
Serão necessárias pelo menos 6 avaliações para cada GHE, para que se possa fazer um 
tratamento estatístico desses resultados, pois estamos avaliando a amostra e não o universo 
dos trabalhadores.. 
 
Geralmente inicia-se a avaliação no Exposto ao Maior Risco(MRE), que é determinado por 
observação direta ou através das avaliações. Quando o MRE não é conhecido, utilizamos a 
tabela para o tamanho da amostra parcial para os 10% mais expostos. 
 
É possível que não haja um trabalhador mais exposto que outros. 
 
 
 
 41
 
 42
Tratamento estatístico de dados de avaliação ocupacional 
 
Uma poeira com LT de 10 mg/m3 teve 17 amostras de período completo, coletadas 
aleatóriamente de trabalhadores em um GHR, resultando o seguinte conjunto de dados: 
2,5 - 2,1 - 2,5 - 2,1 - 1,3 - 2,4 - 2,5 - 2,2 - 1,9 - 1,8 - 12,0 - 2,0 - 2,2 - 1,8 - 2,9 - 2,8 
- 9,8. 
 
As amostras foram de poeira total em 8 horas de coleta 
 
LT = 10 mg/ m3 
NA= 5 mg/ m3 
 
Elimina-se os valores de 9,8 e 12,0, se houve o acompanhamento completo do período de 
amostragem, não ocorrendo nada de anormal com a operação e com o sistema de 
ventilação. 
Porém se durante esse período ocorreu alguma alteração na operação, manutenção ou 
parada do sistema de ventilação, esse valor deve permanecer. 
Colocando em ordem crescente os dados obtidos teremos: 
 
 
1 - 1,3 10 - 2,4 
2 - 1,8 11 - 2,5 
3 - 1,8 12 - 2,5 
4 - 1,9 13 - 2,5 
5 - 2,0 14 - 2,8 
6 - 2,1 15 - 2,9 
7 - 2,1 16 - 9,8 
8 - 2,2 17 - 12,0 
9 - 2,2 
Supondo nesse caso que nada de anormal ocorreu durante a amostragem, que pudesse 
provocar um aumento exagerado na concentração, elimina-se os dois últimos valores. 
 
Concentração mínima...................... 1,3 
Concentração máxima...................... 2,9 
Faixa de variação............................. 1,6 
Moda................................................2,5 
Mediana........................................... 2,2 
Nível de Ação.................................. 5,0 
 
Cálculo da média geométrica 












=
∑
=
n
xi
MG
n
i 1
)ln(
)ln(
 
ln 1,3 = 0,262 
ln 1,8 = 0,588 
 43
ln 1,9 = 0,642 
ln 2,0 = 0,693 
ln 2,1 = 0,742 
ln 2,2 = 0,788 
ln 2,4 = 0,875 
ln 2,5 = 0,916 
ln 2,8 = 1,030 
ln 2,9 = 1,069 
ln (DG) = [ ]
2
1
1
)ln()ln(
−
−∑
=
n
MGxin
i
 
 
 ln (MG) 0,77..........................MG = 2,16 
 
 ln (DPG) = 0,203..................DPG = 1,225 
 
 
ESTATÍSTICA DESCRITIVA DA EXPOSIÇÃO À POEIRA 
 
 
PARÂMETRO 
 
SÍMBOLO 
 
UNIDADE 
 17 
amostras 
15amostras 
Graus de liberdade 
Mínimo 
Máximo 
Faixa 
Moda 
Mediana 
Média 
Desvio Padrão 
Média do Ln(concentração) 
Desvio padrão do ln(conc) 
Média Geométrica 
Desvio Padrão Geométrico 
 
νννν 
Min. 
Max. 
R 
Mo 
Me 
M 
S 
Ln(MG) 
Ln(DPG) 
MG 
DPG 
16 
1,3 
12,0 
10,7 
2,13 
2,2 
3,2 
2,94 
0,956 
0,571 
2,6 
1,77 
14 
1,3 
2,9 
1,6 
2,13 
2,2 
2,20 
0,417 
0,770 
0,203 
2,16 
1,225 
- 
mg/ m3 
“ 
“ 
“ 
“ 
“ 
“ 
- 
- 
mg/ m3 
- 
 
 
 
 
 44
 ESTRUTURA DO MÉTODO NIOSH 
 
 NOME DO MÉTODO N°°°° 
 
N°°°° DO MÉTODO AVALIAÇÃO: TOTAL/PARCIAL EDIÇÃO 
LT: OSHA, NIOSH, ACGIH PROPRIEDADES: 
COMPOSTOS: 
 AMOSTRAGEM MEDIÇÃO 
 
AMOSTRADOR: 
 
VAZÃO: 
 
VOLUME-MIN.: 
 -MAX.: 
 
TRANSPORTE: 
 
ESTABILIDADE: 
 
BRANCOS: 
 
 
TÉCNICA: 
 
ANALITO: 
 
DESORÇÃO: 
 
VOLUME DE INJEÇÃO: 
 
TEMPERATURA: 
 
GÁS DE ARRASTE: 
 
COLUNA: 
 
CALIBRAÇÃO: 
 
 
 PRECISÃO 
FAIXA: 
FAIXA ESTUDADA: 
BIAS: 
PRECISÃO GERAL: 
EXATIDÃO: 
 
MASSA ESTIMADA: 
 
PRECISÃO: 
APLICABILIDADE: 
 
INTERFERENTES: 
 
OUTROS MÉTODOS: 
 
 
 45
 FOLHA DE CAMPO – COLETA DE AMOSTRAS AMBIENTAIS 
 
 
Empresa 
Responsável pela Coleta 
Data da Coleta 
 
DADOS DE COLETA DE AMOSTRA 
Número de Ponto: 
Número da Bomba: 
Código de Filtro: 
 
HORÁRIO 1º HORÁRIO 2º 
Liga Liga 
Desliga Desliga 
Subtotal (min) Subtotal 
Tempo Total (min) Tempo Total (min.) 
 
TIPO DE COLETA DE AMOSTRA 
 Individual Total 
 Estática Respirável 
 
Setor 
Operação/Equipamento/avaliados 
Nome do Trabalhador 
Horário de Trabalho 
 
DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO/EQUIPAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 46
OBSERVAÇÕES (ventilação, controle etc) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DADOS T (s) T (s) Q (L/min) DADOS T (s) T (s) Q (L/min) 
DE DE 
CALIBRAÇÃO CALIRAÇÃO 
Q (%) Qm 
 
OUTRAS INFORMAÇÕES 
Substância amostrada: 
Outros componentes: 
 
 
 
 
 
 
Tempo amostrado 
(min) 
Volume Amostrado 
(m3) 
Massa 
(mg) 
Concentração 
(mg/m3) 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÕES GERAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 47
TÉCNICAS ANALÍTICAS UTILIZADAS EM LEVANTAMENTOS AMBIENTAIS 
 
 
MÉTODO 
 
 
APLICAÇÃO 
 
SENS. 
 
CUSTO 
Colorimetria Toda substância que desenvolve 
cor(tubos reag) 
ppm baixo 
Cromatografia Gasosa 
• condutiv.térmica 
• ionização de chamas 
• fotometria de chama 
• captura eletrônica 
 
 
• coulometria 
 
Qualquer gás 
Compostos orgânicos 
S e gases fosforados 
Cl, S, P, NO, N02, S02,H2S, Metais e 
comp.halogenados 
S02, H2S, olefinas, RSR e RSSR 
 
ppb 
ppb 
ppb 
ppb 
 
 
ppm 
 
 
 
 
 
médio 
Eletrodo de íon específico NH3, CaCl,fluoreto, nitrato, sulfeto, 
íons ácidos 
 
ppm 
 
baixo 
Espectrofotometria de absorção atômica Maioria dos metais ppb baixo 
 
Espectrofotometria visível 
Materiais absorventes de luz 
visível(NO, NO2, SO2, orgânicos e 
inorgânicos 
 
ppb 
 
médio 
Espectrofotometria de I.V. Orgânicos e inorgânicos ppb médio 
Espectrofotometria de UV Materiais absorventes de 
UV(orgânicos e inorg.) 
ppb médio 
Espectrofotometria de 
emissão de chamas 
 Cálcio, Li, K e elementos 
fácilmente excitáveis 
ppb baixo 
Espectroscopia de Difração 
de Raios X 
Substâncias cristalinas média alto 
Espectroscopia de fluorescência de Raio 
X 
Qualquer elementos mais pesado 
que o sódio 
média alto 
Microscopia eletrônica Partículas sub-micrômica 5000x alto 
 
Microscopia ótica 
Identificação de particulados, c/luz 
polariz., estruturas cristalinas 
 
0,3µ 
 
baixo 
 
Polarografia 
Materiais eletrolíticamente 
redutíveis(metais, comp. de 
nitrogênio e haletos) 
 
baixa 
 
baixo 
Potenciometria Medidas elétricas de pH em 
reagentes 
ppm baixo 
Quimiluminescência Medidas de luz emitida durante 
reação(organ.,SO2, , NO2, ozõnio 
 
ppb 
 
médio 
Titulometria Estequiometria baixa baixo 
Nota: baixa sensibilidade: 10ppm a 1000ppm 
 Alta sensibilidade: 10ppb a 1000ppb 
 
Pollution Engineering - june 1985 pg44 
JP190220090950 
 48
TÉCNICAS DE AMOSTRAGEM 
 
VOLUME DE AR AMOSTRADO 
 
 O volume de ar amostrado é o produto da vazão da bomba pelo tempo de amostragem. 
 
 V = Q x T 
 
Se as condições de temperatura e de pressão atmosférica no local de calibração forem diferentes do local de 
coleta, será necessária a aplicação de uma correção, para valores significativos. Esse procedimento se aplica 
quando: 
 
• A diferença de altitude for maior que 500metros 
• A diferença de temperatura for maior que 15oC 
 
 
CUIDADOS DURANTE A COLETA 
 
• A coleta deve ser representativa da exposição habitual do trabalhador. 
• A coleta não deve interferir com a atividade do trabalhador. 
• A coleta deve ser feita na área de respiração do trabalhador (zona respiratória) 
 
 
ZONA RESPIRATÓRIA 
 
A zona respiratória é a área sob a influência da respiração do trabalhador, sendo o lugar geométrico 
eqüidistante das narinas 15 ± 5 cm. 
 
Levar ainda em consideração: 
 
• a fonte de poluição(alta ou baixa) e a posição da mesma em relação ao rosto do trabalhador. 
• A presença de sistema de ventilação geral ou local exaustora. 
• Eventual sujeira do uniforme para solventes muito voláteis. 
• 
 
MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DE POEIRA NO AR 
 
Existem dois métodos: o numérico e o gravimétrico. 
 
Método numérico no qual é feita a contagem das partículas em suspensão no ar por microscopia 
óptica,obtendo-se como resultado (mppdc) milhões de partículas por litro, ou fibras por centímetro 
cúbico(f/m3). 
 
No método gravimétrico, obtêm-se o peso das partículas por volume de ar coletado, obtendo-se como 
resultado mg/m3 (miligramas por metro cúbico) 
 
 
 
No método numérico, utiliza-se a técnica de microscopia ótica, que é sujeita a numerosos erros como: 
• fragmentação das poeiras com coletas a alta vazão. 
• Aglomeração nas coletas com baixa vazão. 
• Ampliação da contagem ao microscópio. Se houver uma maior possibilidade de individualizar 
partículas menores, os dados não são confrontáveis. 
 49
• Visibilidade das partículas(o excesso de particulado dificulta a contagem por microscopia ótica). 
No caso das fibras de amianto, a densidade de coletadeverá estar entre 100 e 400 fibras por 
mililitro. 
• Habilidade do contador ao microscópio. Devem ser estabelecidos parâmetros para a 
aceitabilidade da contagem. 
 
MÉTODO GRAVIMÉTRICO PARA A DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE 
PARTICULADOS. 
 
• passagem da amostra por meio filtrante(aspiração com bomba elétrica) 
• pesagem do filtro antes e após a coleta. A diferença de massa expressa a massa de particulado no 
volume amostrado. Antes da primeira e da segunda pesagem, o filtro deve ficar estabilizando 
durante 24 horas em um ambiente com 50% de umidade relativa e 20º C de temperatura. 
 
A bomba de coleta deve ter capacidade para amostrar pelo menos de 8 a 12 horas, ser carregada em um 
período de 12 a 14 horas, permitindo o seu uso diário contínuo. 
 
A balança analítica deve ser de precisão com capacidade para centésimos de miligramas (0,01mg). 
 
A concentração de poeira é expressa em miligramas por metro cúbico, sendo o produto da diferença de massa, 
pelo volume de ar coletado. 
 
Para poeira de sílica utilizar filtro membrana de PVC de baixo teor de cinzas, com 37 milímetros de diâmetro 
e 5 micrômetros de porosidade. 
 
Para a coleta de fumos metálicos, utilizar filtro membrana de Ester de celulose, com 37 milímetros de 
diâmetro e (0,8 a 1,2) micrômetros de porosidade. Para coleta de amianto, utilizar um filtro membrana 
quadriculado de 25 milímetros de diâmetro. 
 
ADSORÇÃO 
 
MECANISMOS DE ADSORÇÃO 
 
 
wikipedia 
 
 
 
 
Adsorção é a retenção de um fluido em um material sólido chamado de adsorvente. A adsorção é função da 
temperatura, da pressão e da superfície de adsorção. O mecanismo de retenção pode ser físico ou químico. 
 
ADSORÇÃO QUÍMICA. Nesse tipo de adsorção, há uma reação entre o gás ou vapor e o adsorvente e a 
recuperação exige solventes específicos. 
 
ADSORÇÃO FÍSICA. As interações entre as moléculas se dão por forças de Van der Waals, não gerando 
ligações químicas. 
 50
• utilizada para muitos poluentes 
• permite avaliar concentrações muito baixas(ppb) 
• a dessorção é eficiente 
• a velocidade de adsorção é elevada 
• não é seletiva, todas as moléculas presentes no fluxo de ar estão em competição para ocupar os 
espaços livres, inclusive as moléculas de vapor de água. 
• A temperatura influi negativamente na adsorção. 
 
MEIOS ADSORVENTES 
 
Carvão ativo, sílica-gel, alumina e polímeros porosos 
 
O carvão ativo é ideal para substâncias orgânicas de natureza apolar ou levemente polar(hidrocarbonetos, 
ésteres, cetonas, cloroderivados) 
 
A sílica-gel pode ser utilizada para coletar solventes polares(alcoóis, aminas)_ 
 
Os polímeros porosos com o Tenax, Poropak, Chromosorb, resinas XAD são utilizados para substâncias 
específicas 
 
Para a coleta de hidrocarbonetos polinucleares(HPA) o dispositivo deve ter um filtro de fibra de vidro ou 
celulose e um tubo de adsorvente específico. 
 
Os tubos de adsorventes após a coleta deve ser tampado com tampa específica, e ao chegar no laboratório, o 
carvão ativado deve ser colocado em tubos de ensaio separados a fim de evitar a difusão entre as duas 
camadas e guardados em geladeira para reduzir a possibilidade de reações. 
 
A dessorção pode ser feita de duas maneiras: 
 
 * por dessorção química com solvente(5ml de disulfeto de carbono por gama de carvão), no tempo 
de 20 a 30 minutos 
 
 * por dessorção térmica 
 
 51
 
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA PARA AGENTES QUÍMICOS 
 
1) SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO – Editora Atlas S/A 
2) RISCOS QUÍMICOS – FUNDACENTRO 
3) SÍLICA MANUAL DO TRABALHADOR – FUNDACENTRO 
4) DERMATOSES OCUPACIONAIS – Salim Amed Ali –FUNDACENTRO 
5) DANGEROUS PROPERTIES OF INDUSTRIAL MATERIALS –
N.IRVING SAX Van Nostrand Reinhold Company. 
6) DANGEROUS PROPERTIES OF INDUSTRIAL MATERIALS 
 Seventh edition - N. Irving Sax, Richard J. Lewis, Sr 
7) ENCICLOPEDIA DE SALUD Y SEGURIDADE EM EL TRABAJO 
 Oficina Internacional del Trabajo – OIT 
8) NIOSH – POCKET GUIDE TO CHEMICAL HAZARDS 
National Institute of Occupacional Health and Safety 
CDC – June 1994 
9) MANUAL DE HIGIENE INDUSTRIAL 
Fundacion MAPFRE -852 pg Espanhol 
10) Toxic and Hazardous Industrial Chemicals Safety Manual for Handling and 
Disposal with Toxicity and Hazard Data.- ITI - International Technical 
Information Institute - 1979 
11) THE MERCK INDEX- an Encyclopedia of Chemicals, Drugs and Biologica 
Twelfth edition - 1996 - Merck Research Laboratories 
12) HIGIENE OCUPACIONAL.Possebon, Brevigliero e Spinelli. Edit.SENAC, 
 edição 2006 422 páginas 
 
 
 NORMAS DE HIGIENE DO TRABALHO DA FUNDACENTRO 
 
 
NHO- 01 Avaliação da exposição ocupacional ao ruído 
NHO- 06 Norma para Avaliação da Exposição Ocupacional ao Calor-2002 
NHT 02 A/E Norma para Avaliação da Expos. Ocup. a Aerodispersoides-1985 
NHT 03 A/E Determ. de Vazão de Amostr. pelo Mét. da Bolha de Sabão-1984 
NHT 04 A/E Norma para Manut. de Baterias Recarreg. de Niquel/Cádmio-1984 
NHT 05 AQ/E Aval. da Expôs. Ocupac. a Agentes Químicos(Mét. Colorimétrico. 
NHT 05 AQ/E Quadro Resumo das Caract.dos Tubos Colorimétricos Drager 
NHT 08 GV/E Avaliação da Expos. Ocupacional a Solventes Orgânicos-1985 
NHT 08 L/E Coleta e Envio de Amostr. de Solv. e Cola ao Lab.do CTN-1984 
NHT 10 I/E Norma para Avaliação Ocupac. do Nível de Iluminamento-1986 
NHT 13 M/A Determinação Gravimétrica de Aerodispersóides - 1987 
NHT 14 M/A Determinação Quantitativa de Sílica Livre Cristalizada pôr 
 Difração de Raios X - 1987 
 
 52
 
RELAÇÃO DOS FORNECEDORES DE EQUIPAMENTOS 
PARA A AVALIAÇÃO DOS AMBIENTES DE TRABALHO. 
 
1)ALMONT DO BRASIL - R.Ibiratinga, 113 
6239-9422 - 2659343 
 
2) DP UNION – R.Gal. Valdomiro de Lima, 325 
Tel.: (011)- 5574-5866 
 
3) DRAGER (P.DATTLER) 
Tel.: (011) 4213889 – Al. Araguaia, 933 –9 andar 
 
4) J. BRASIL 
Rua Gal. Polidoro, 31 – 011- 277-0489 
Tel.: (011)2770489 
 
5) MSA DO BRASIL – R. Roberto Gordon, 138 
Tel.: (011)4071-1499 
Fabricante de equipamentos para proteção respiratória, explosímetros, analisadores 
diversos, bombas de amostragem e EPI em geral. 
 
6) BRUEL & KJAER 
Tel.: (011) 5182-8166 
Fabricante de equipamentos p/avaliação de ruído, vibrações, calor e analisadores de gases. 
 
7) POLITEST 
Rua Reims, 185 CEP 02517-010 Tel. 3857-7055(José Luiz) 
 
8) INSTRUTHERM 
Termômetros digitais, anemômetros e psicrômetros. 
Rua Souza Filho, 669 - 876-7056- 3932-2800 
 
EMPRESAS QUE ALUGAM EQUIPAMENTOS DE AVALIAÇÃO 
1) POLITESTE: 3857-7055 
2) APEMSO: 2551779 
3) CIPA : 5774355 
 
LABORATÓRIOS DE ANÁLISES AMBIENTAIS. 
1) ENVIRON : 4125-3044 e 4125-4520fax 
2) LABORAL 024- 33473566 
3) TOXIKON : 55712251 
MANUTENÇÃO, CALIBRAÇÃO E AFERIÇÃO DE EQUIPAMENTOS: 
CHROMPACK.......R. Gal.Saraiva de Oliv., 465.....3749-1823

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