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Prioridades para o Brasil em Terminologias em Saúde Terminologias em Enfermagem Profa. Dra.Heimar de Fatima Marin Profa. Titular, UNIFESP SBIS- Presidente Fellow, ACMI Adjunct Professor, DSG, Harvard Medical School Enfermagem “Enfermagem compreende o cuidado autônomo e colaborativo ao indivíduo de todas as idades, famílias, grupos e comunidade, doente ou sadio, em todos os setores de atendimento. Enfermagem inclui a promoção da saúde, prevenção da doença e o cuidado ao indivíduo doente, incapacitado e morrendo. Advogar, promover ambiente seguro, pesquisar, participar na elaboração de políticas de saúde e em sistemas de gerencimento de saúde e ensino, são também papéis chaves dos enfermeiros.”. www.icn.ch Enfermagem • Ciência e arte – Ciência: baseada em um ampla estrutura teórica – Arte: dependente na destreza e habilidade de cada indíviduo para desempenho das ações de cuidado. Terminologias e Conjunto de Elementos de Dados • ANA – American Nurses Association • ICN – International Council of Nurses • Dados de enfermagem são freqüentemente confinados ao uso em papel, para cuidado individual do paciente. • Raramente é submetido pelas agências de saúde aos governos e entidades de regulamentação, para serem usados no planejamento do cuidado ao cidadão. • Resultado: a contribuição da enfermagem é invisível! O que constitui dado em enfermagem? Como este dado será representado? Que terminologia será utilizada? Conjunto de Dados Mínimos ou Essenciais • Uma coleção de elementos de dados organizada para um próposito pré-definido • Conjunto mínimo de ítens de informação com definições uniformes e categorias, referente a um específico aspecto ou dimensão de um sistema de cuidado em saúde que atende as necessidades essenciais de múltiplos usuários. Dados essenciais Teckel Dados essenciais Dados essenciais Elementos e Categorias: 1.Nursing Care elements 2.Service elements 3.Patient or client demographic elements Extraído de: Werley, H.H.; Devine, E.C.; Zorn, C.R.; Ryan, P.; Westra, B.L. The Nursing Minimum Data Set: abstraction tool for standardized, comparable, essential data. Am J Public Health. 1991; 81(4): 421- 426) Conjunto de Dados Mínimos de Enfermagem (Nursing Minimum Data Set - NMDS) Conjunto de Dados Mínimos de Enfermagem - Objetivos estabelecer um mecanismo que facilitasse a comparação dos dados de enfermagem entre populações clínicas, contextos (cenários, ambientes), áreas geográficas e tempo; descrever os cuidados de enfermagem com clientes e seus familiares numa variedade de contextos (cenários, ambientes); demonstrar ou projetar tendências com referência ao cuidado de enfermagem fornecido e alocação de recursos para indivíduos ou populações de acordo com seus problemas de saúde ou diagnósticos de enfermagem; e fornecer dados sobre cuidados de enfermagem para influenciar e facilitar as tomadas de decisão em políticas de saúde Eementos (dados) necessitam ser identificados como variáveis que desejamos sobre a informação; Cada variável deve ser definida precisamente (o que é e o que não é); Os valores possíveis para cada variável devem ser determinados (listados pelas terminologias padronizadas); Os dados no registro do paciente podem ser documentados com uso de terminologias para variáveis em particular; Estes dados de registro dos pacientes podem ser totalizados e codificados em diferentes bases de dados, propostas de gerenciamento, pesquisa e política de cuidado em saúde. Gossen et al (1998) Terminologias • Terminologia padronizada garante que um termo seja usado com o mesmo significado por diferentes usuários • O termo precisa ser organizado para ser usado isoladamente ou com outros termos – Taxonomia Interface e Referência • Interface: é aquela usada pelos enfermeiros para registrar um dado. • Referência: é um conjunto de termos pelos quais a terminologia pode ser mapeada de modo que comparações podem ser feitas quando diferentes terminologias são usadas. Terminologias de Enfermagem Terminologia Web site Reconhe cimento NANDA - North American Nursing Diagnoses Association www.nanda.org 1992 NIC – Nursing Interventions Classification System http://www.nursing.uiowa.edu/excellence/nursing_kn dge/clinical_effectiveness/index.htm 1992 CCC – Clinical Care Classification www.sabacare.com 1992 Omaha System www.omahasystem.org 1992 NOC – Nursing Outcomes Classification http://www.nursing.uiowa.edu/excellence/nursing_kn dge/clinical_effectiveness/noclabels.htm 1997 NMMDS – Nursing Management Minimum Data Set www.nursing.uiowa.edu/NI/collaborations_frm.htm 1998 PNDS - PeriOperative Nursing Data Set www.aorn.org 1999 Snomed CT www.snomed.org 1999 NMDS – Nursing Minimum Data Set 1999 ICNP – International Classification for Nursing Practice www.icn.ch/icnp.htm 2000 ABCcodes www.alternativelink.com 2000 LOINC – Logical Observation Identifiers Names and Codes www.loinc.org 2002 Terminologias Reconhecidas na Prática de Enfermagem Terminologia Padronizada Elementos de Enfermagem do NMDS Diagnóstico Intervenção Resultado Intensidade NANDA X NIC X NOC x OMAHA x x x CCC X x x PNDS x x x Snomed‐CT x x x ICNP X X X LOINC x Terminologias Reconhecidas Local de Aplicação Conteúdo Conjunto de Elementos de Dados NMDS Toda enfermagem Elementos de dados clínicos NMMDS Todos os setores Elementos de Dados Administrativos de Enfermagem Terminologias de Interface CCC Cuidado Domiciliar Diagnóstico, Intervenções e Resultados ICNP Toda enfermagem Diagnóstico, Intervenções e Resultados NANDA Toda enfermagem Diagnóstico NIC Toda enfermagem Intervenções NOC Toda enfermagem Resultados Omaha Cuidado Domiciliar, Saúde Pública e Comunitária Diagnóstico, Intervenções e Resultados PNDS Cuidado Peri‐operatório Diagnóstico, Intervenções e Resultados Terminologias Multidisciplinares ABC Enfermagem e outras Intervenções LOINC Enfermagem e outras Resultado e Avaliação SNOMED Enfermagem e outras Diagnóstico, Intervenções e Resultados Terminologias e Conjunto de Dados NMDS NMMDS CCC ICNP NANDA NIC NOC OMAHA PNDS ABC LOINC SNOMED Conjunto de Elementos de Dados NMDS x x x x x x x x NMMDS Terminologias de Interface CCC X x x x ICNP X x x x NANDA X x x x x NIC X x x x x NOC X x x x x OMAHA X x PNDS x x Terminologias Multidisciplinares ABC x x x LOINC x x SNOMED x x x x x x x x Exemplo: ICNP International Classification for Nursing Practice Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem • 1989 - tentativa da NANDA incluir lista de diagnóstico de enfermagem no CID • Classificação aprovada, endossada e encaminhada para análise de outros países membros. • OMS e CIE - acordo internacional antes da inclusão HFM/00 ICNP - Objetivos • Estabelecer linguagem comum sobre a prática de enfermagem • Descrever o cuidado de enfermagem • Permitir comparação dos dados de enfermagem - clínicas, populações, locais, áreas e épocas distintas. • Projetar e demonstrar tendências HFM/00 • Fenômenos de Enfermagem • problemas/necessidades/diagnósticos • Ações de Enfermagem • Resultados de Enfermagem CIPE - componentes HFM/00 CIPE versão 1.0 • 7 eixos • Meta: assegurar uma versão mais consistente com padrões de vocabulários existentes de facto e de jura • Prover base mais formal • Usar software que seja capaz de satisfazer as necessidades – Aceitar critérios para trabalhar o vocabulário futuramente CIPE – versão 1 • Mais que um vocabulário• É um recurso que pode acomodar diferentes vocabulários, ser usado para desenvolver outros vocabulários e para identificar relacionamentos entre conceitos e vocabulários (terminologia de referência) CIPE Versão 1 – Definições dos Eixos • Foco: A área de atenção que é relevante para a enfermagem (exemplos: dor, sem teto, eliminação, expectativa de vida, conhecimento) • Julgamento: Opinião clínica ou determinação relacionada ao foco da prática de enfermagem. (exemplos: nível diminuído, risco, aumentado, interrompido, anormal). • Cliente: Sujeito ao qual o diagnóstico se refere e que é o recipiente de uma intervenção (exemplos: recém- nascido, cuidador, família, comunidade). • Ação: Um processo intencional aplicado a um cliente (exemplos: educar, trocar, administrar e monitorar). • Meios: Uma maneira ou um método de desempenhar uma intervenção (exemplos: bandagem, técnica de treinamento de bexiga, serviço de nutrição). • Localização: Orientação anatômica e espacial de um diagnóstico ou intervenções (exemplos: posterior, abdome, escola, centro de saúde comunitário). • Tempo: O momento, período, instante, intervalo ou duração de uma ocorrência (exemplos: admissão, nascimento, crônico). Catálogos A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item A catalogue item CIPE 7-EIXOS CIPE® Versão1.0 Foco Julgamento Meios Ação Tempo Localização Cliente Terminologia de referência Modelo para a enfermagem As diversas terminologias em enfermagem fornecem riqueza em termos de representação dos fenômenos de enfermagem e domínios da prática, porém, não existe atualmente nenhum meio prático para traduzir tais terminologias, para agregar e comparar dados registrados em diferentes terminologias. • Ter um padrão internacional de terminologia de referência para enfermeiros em público domínio • IMIA-NI e ICN: proposta de um modelo para o Comitê ISO • Terminologia de referência: contém nomes, definições e relacionamentos entre os conceitos clínicos. Fornecem um quadro comum de referência no qual as terminologias podem ser mapeadas para comparação. Uso Potencial • Apoiar definição de conceitos de diagnóstico de enfermagem e ações – Diversas áreas de prática • Facilitar a representação de conceitos e relacionamentos para viabilizar processamento computacional • Fornecer uma estrutura para geração de expressões, de conceitos atômicos em uma terminologia de referência • Facilitar a construção de terminologias de forma regular, para facilitar o mapeamento Modelo de terminologia de referência para diagnósticos de enfermagem • Um Diagnóstico de Enfermagem é considerado ou como um <<Julgamento>> em um <<foco>> ou como um <<julgamento>> em uma determinada <dimensão>. – Um descritor para <<foco>> e descritor para <<julgamento>> são mandatórios para a definição de um D.E. – Em algumas instâncias um descritor (p.e:ansiedade) pode servir no papel de ambos <<foco>> e <<julgamento>> – Descritores devem ser usados quando necessário para apoiar a definição de um determinado diagnóstico Local É aplicado a Estrutura para diagnósticos Dimensão Foco timing Julgamento Severidade Potencialidade Acuidade Padrão temporal tem local tem sujeito da informação Sujeito da informação é aplicado a é perspectiva de Definições • Foco – É definido como a área de atenção • Julgamento – É uma opiniãp ou discernimento relacionado a um <<foco>> ou <dimensão> • Um descritor para <<julgamento>> é mandatório • Pode ser qualificado por – grau (escala – muito, pouco, extremo), – Potencialidade (risco para, possibilidade, atual), – Acuidade (agudo, crônico) oportunidade – timing (um ponto ou um periodo de tempo) pode ser: durante o procedimento, durante o prá-natal, … Definições • Dimensão – É uma qualidade possuída por um <indivíduo> ou <grupo> que fornece uma perspectiva de, mas não limitada a: <processo>, <estrutura>, outras categorias semânticas e diagnósticos de enfermagem – Pode também ter o papel de <alvo> no modelo de referência para ações • Sujeito da informação – é uma entidade para a qual o diagnóstico se refere, também conhecido como “portador” – Um descritor pode ser usado para evitar ambiguidades (individuo, família) • Local – Uma estrutura física que especifica a posição de um <<foco>> ou um << alvo>> Links Semânticos • É perspectiva de: usado para representar relação associativa entre <<foco>> e <dimensão> • Tem sujeito de informação: representar relação associativa entre <<foco>> e <sujeito de informação> • É aplicado a (é julgado por): usado para representar relação associativa entre <<julgamento>> e <<foco>> e <dimensão> Exemplo de um Modelo de Diagnóstico - RT • Julgamento como categoria de base • Redução da Habilidade para banhar-se – Redução • Tem potencialmente - atual • É aplicado a – habilidade • É perspectiva de - banhar-se • Tem sujeito de informação - cliente Exemplo de um Modelo de Diagnóstico - RT • FOCO como categoria de base • Déficit do volume de líquidos – Volume de líquidos • Tem julgamento - déficit • Tem potencialidade – atual • Tem sujeito de informação - cliente Exemplo de um Modelo de Diagnóstico - RT • Julgamento e Foco pré-coordenados como termo único • Ansiedade – ansiedade • Tem potencialidade – atual • Tem sujeito de informação – cliente • Dor – Dor • Tem potencialidade – atual • Tem sujeito de informação – cliente Exemplo de um Modelo de Diagnóstico - RT • Julgamento e Foco pré-coordenados como termo único • Úlcera de pressão – Úlcera de pressão • Tem potencialidade – atual • Tem sujeito de informação – cliente • Náusea pós-operatória – náusea • Tem potencialidade – atual • Tem timing – pós-operatório • Tem sujeito de informação – cliente Modelo de Terminologia de Referência para Ações de Enfermagem • Geral: Ação de Enfermagem é considerada como um ato intencional aplicado a um <<alvo>> através de uma <ação> • Um descritor para <ação> e um descritor para <<alvo>> são mandatórios para a definição • Uma ação é o processo pelo qual um serviço intencional é aplicado a um recipiente de cuidado. – É freqüentemente representada nas expressões composicionais – Todas as ações de enfermagem podem ser qualificadas pelo “timing” Definições • Alvo – É a entidade que é afetada pela ação de enfermagem ou que fornece o conteúdo da ação de enfermagem – Toda ação de enfermagem tem um <<alvo>> • Meio – É a entidade usada para desempenhar uma ação de enfermagem • Via – É o caminho pelo qual algo pode passar (oral, subcutânea) Definições • Local – É uma estrutura física para especificar a posição de um <<foco>> ou um <alvo> • Recipiente de cuidado – É a pessoa, família, grupo ou outro agregado para quem a ação é feita – Deve ser usado quando necessário para evitar ambiguidade Links Semânticos • Age em: usado para representar relação associativa entre <<ação>> e <alvo> • Tem recipiente de cuidado: representar relação associativa entre <<ação>> e <recipiente do cuidado> • Tem meio: usado para representar relação associativa entre <<ação>> e <<meios>> • Tem via: usado pararepresentar relação associativa entre <<ação>> e <<vias>> • Tem local: usado para representar relação associativa entre <<ação>> e <<local>> • Tem timing: usado para representar a relação associativa entre o qualificar de periodo de tempo e o <<julgamento>>, <<foco>>, e <<ação>> Estrutura ISO para Ações AÇÃO timing Local Via Meios Recipiente do cuidado Alvo Tem local Tem via Tem meio Tem recipiente do cuidado Age em Exemplo de Modelo de Ações - RT • Trocar curativo – Trocar • Atua em - Curativo • Tem recipiente de cuidado - cliente • Remover cateter uretral – Remover • Atua em – cateter uretral • Tem recipiente de cuidado - cliente Exemplo de Modelo de Ações - RT • Dar líquidos quando acordar – Dar (administrar) • Atua em – liquidos • Tem qualificador de tempo – quando acordar • Tem recipiente de cuidado – cliente • Observar interação mãe-filho – Observar • Atua em – interação • Tem recipiente de cuidado: mãe-filho Classe B atributos Convenções usadas nas figuras Nome da Classe Lista de atributos Classe A atributos A técnica de modelagem nos diagramas segue a convenção descrita na Linguagem Médica Unificada (UML) Classe: representa um conjunto de objetos com similar estrutura, comportamento e relacionamento. Lista de operações Associação entre as classes – linha com nome indicando anatureza da associação Refere a Necessidades futuras • Continuar apoiando o modelo de enfermagem • Testar o Modelo em enfermagem na prática clínica • Preparar a prática baseada em evidência • Criar protocolos clínicos (catálogos) • Desenvolver estatísticas para análise de custo do cuidado de enfermagem • Desenvolver sistemas de apoio à decisão Florence Nightingale When I am no longer even a memory, just a name, I hope my voice may perpetuate the great work of my life. God bless my dear old Comrades at Balaclava and bring them safe to shore." At de Florence Nightingale’s house, London, July the 30rd, 1890 Obrigada! heimar@denf.epm.br Prioridades para o Brasil em Terminologias em Saúde� Enfermagem Enfermagem Terminologias e Conjunto de Elementos de Dados Slide Number 5 Conjunto de Dados Mínimos ou Essenciais Slide Number 7 Slide Number 8 Slide Number 9 Conjunto de Dados Mínimos de Enfermagem (Nursing Minimum Data Set - NMDS) Conjunto de Dados Mínimos de Enfermagem - Objetivos Slide Number 12 Terminologias Interface e Referência Terminologias de Enfermagem Terminologias Reconhecidas na Prática de Enfermagem Terminologias Reconhecidas Terminologias e Conjunto de Dados Exemplo: ICNP �International Classification for Nursing Practice�Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem ICNP - Objetivos CIPE - componentes CIPE versão 1.0 CIPE – versão 1 CIPE Versão 1 – Definições dos Eixos Slide Number 26 Slide Number 27 Slide Number 28 Slide Number 29 Terminologia de referência�Modelo para a enfermagem Uso Potencial Modelo de terminologia de referência para diagnósticos de enfermagem Estrutura para diagnósticos Definições Definições Links Semânticos Exemplo de um Modelo de Diagnóstico - RT Exemplo de um Modelo de Diagnóstico - RT Exemplo de um Modelo de Diagnóstico - RT Exemplo de um Modelo de Diagnóstico - RT Modelo de Terminologia de Referência para Ações de Enfermagem Definições Definições Links Semânticos Estrutura ISO para Ações Exemplo de Modelo de Ações - RT Exemplo de Modelo de Ações - RT Convenções usadas nas figuras Necessidades futuras Slide Number 50 Slide Number 51
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