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09/06/2016 CMI Brasil II Encontro MPL balanço parcial http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/07/325071.shtml 1/4 EditoriaisNotíciasArquivoArquivoCalendárioportuguês | español english | esperanto Outras mídias Publique! Publique o seu vídeo, áudio, imagens e textos diretamente do seu navegador. Notícias Cobertura imediata dos acontecimentos ligados aos novos movimentos. Política Editorial Saiba sobre a política de publicação do CMI. Seja um voluntário Participe desse projeto de democratização da mídia. Contato Mande sua mensagem para nós. Ajuda Como publicar as suas notícias em diferentes formatos. Sobre o CMI Conheça os princípios do Centro de Mídia Independente. Batepapo do CMI Acesse a nossa sala de batepapo. Apoie o Indymedia Conheça os outros projetos do CMI e contribua com a mídia independente. Artigos Escondidos Matérias repetidas, sem conteúdo ou que violam a Política Editorial. Rede CMI Brasil Página estática dos coletivos. Brasília Campinas Caxias do Sul Curitiba Florianópolis Fortaleza Goiânia II Encontro MPL balanço parcial Por Marcelo Pomar 27/07/2005 às 13:30 Aconteceu na UNICAMP, em Campinas (SP), entre os dias 22 e 24 de julho de 2005, o 2º Encontro Nacional do Movimento Passe Livre. II Encontro Nacional MPL – Balanço Político (parcial I) Aconteceu na UNICAMP, em Campinas (SP), entre os dias 22 e 24 de julho de 2005, o 2º Encontro Nacional do Movimento Passe Livre. Depois de dois encontros realizados no sul do país – I Encontro em Florianópolis e Plenária em Porto Alegre –, essa terceira reunião visava ampliar a unidade nacional, dando um maior grau de articulação entre as várias lutas em torno do transporte coletivo urbano no país. No entanto, se faz necessário ressaltar que essa unidade na luta já se dá, desde os primeiros encontros, delineadas por certos contornos, princípios que respeitam uma dinâmica que é própria desses movimentos de contestação que têm surgido nas cidades, e que se mostram de difícil entendimento por parte de uma parcela da esquerda tradicional. A saber, um conteúdo fortemente autonomista, apartidário, horizontal, de contestação às instituições políticas da burguesia, etc. Quando em Porto Alegre nos definimos como apartidários, mas não antipartidários, buscávamos superar alguns sectarismos nossos em relação aos militantes combativos e honestos filiados a partidos, sem permitir, porém, que essa participação partidária no movimento se revertesse em aparelhamento e perda de autonomia. Isso me pareceu fazer sentido quando analisei a participação respeitosa de militantes do PSOL, e mesmo do PT neste segundo encontro, por exemplo, fazendo o debate político sem pretensões aparelhistas. Usar camisetas de seus partidos, e disputar o debate tático e estratégico é absolutamente legítimo e enriquece o debate. Por outro lado, mostrou também sua insuficiência no que diz respeito às pequenas seitas, caracterizadas fundamentalmente pelo esquerdismo infantil e sectário, anti dialético, e por uma forte carga de frustração pela incapacidade concreta dessas mesmas seitas de se construírem no seio das classes trabalhadoras e da juventude. É significativo que a maior parte das avaliações sobre o II Encontro passem necessariamente por uma análise sobre um grupo tão inexpressivo na realidade como o TPOR (Partido Operário Revolucionário) e seus satélites, por exemplo. É evidente, portanto, que devemos buscar um aprendizado profundo a partir dessa realidade. Criar mecanismos de defesa do movimento são fundamentais. Creio que o T POR, o CAS (Construção ao Socialismo), a LBI (Liga Bolchevique Internacionalista) ou mesmo o PSTU, jamais permitiriam que participássemos de seus congressos deliberativos. Alguém diria: mas é claro, o MPL é um movimento, e os organizações acima citadas são partidos (ou quase isso). O problema é justamente a falta de compreensão por parte dessas mesmas organizações – com exceção do PSTU e da LBI, que não participaram oficialmente do Encontro – de que movimento social não é o partido bolchevique. Buscar transformálo no partido bolchevique, com propostas como a adoção do centralismo democrático, o fim da horizontalidade, etc., são expressões do fracasso concreto dessas organizações de, por suas próprias forças, construir um partido bolchevique. Devo acrescentar que não acho o bolchevismo um método falido, como muitos talvez queiram o apresentar. Sem a intenção de aprofundar no mérito histórico e filosófico da questão, pode ser um método possível e até adequado para partidos da classe trabalhadora. Mas não para o movimento social, não para o Movimento Passe Livre. É preciso, no entanto, superar a etapa TPOR e seus satélites para fazer um balanço mais profundo do II Encontro. Penso que já demos publicidade demais para essas organizações. Muito mais do que suas próprias realidades poderiam proporcionar. Para o próximo Encontro, deveremos estabelecer a prática como critério da verdade. Um primeiro passo para resolver a participação aparelhista de determinados partidos é o impedimento de sua participação no GT nacional e a ‘moderação’ de sua participação 09/06/2016 CMI Brasil II Encontro MPL balanço parcial http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/07/325071.shtml 2/4 Joinville Porto Alegre Rio de Janeiro Salvador São Paulo Receba o boletim do cmi Seu email Enviar Busca Encontre Palavras todas com imagens com áudio com vídeo Busca CMIs www.indymedia.org Projetos da Rede Global impresso rádio tv (newsreal) vídeo Tópicos biotecnologia África áfrica do sul ambazônia estreito de gibraltar ilhas canárias nigéria quênia América Latina argentina bolívia brasil chiapas (mex) chile chile, sul colômbia equador méxico peru porto rico qollasuyu (bol) rosário (arg) santiago (chi) tijuana (mex) uruguai valparaíso (chi) América do Norte canadá hamilton maritimes montreal ontário ottawa quebec thunder bay vancouver victoria windsor winnipeg estados unidos arizona arkansas atlanta austin baía de são francisco baía de tampa baltimore nos próximos encontros. Quando reafirmo a prática como critério da verdade, quero dizer que somente aqueles que se inserem na participação prática do MPL nas suas cidades deveriam participar das instâncias decisórias. Ou seja, se não há trabalho de base, se não há construção concreta do MPL, até por desacordo com os princípios, não há porque participar das instâncias decisórias do Movimento. Isso não impede que esses partidos desenvolvam lutas pelo passelivre a seu modo, afinal, é evidente, a reivindicação do passelivre é uma bandeira de todos, podendo, inclusive, nos unificarmos pontualmente nos embates de rua. Mas é absolutamente lamentável, e cabe uma autocrítica profunda a todos nós, termos nos submetido a, em primeiro lugar, votarmos os nossos princípios e, em segundo lugar, tendo verificado que haviam quatro votos contrários aos princípios do MPL aprovados consensualmente em Porto Alegre, não termos votado a expulsão sumária daqueles que não estão dispostos a organizaremse dentro dos princípios do Movimento. Se não temos acordo nos princípios, não temos porque nos mantermos juntos. Cada qual construindo a luta a seu modo. A relação com outros movimento sociais e com os partidos que se assumem do campo da classe trabalhadora é essencial para as perspectivas estratégicas do Movimento Passe Livre. O rechaço aos partidos políticos é fruto, no entanto, da entrada na sua totalidade na lógica da via institucional, da disputa parlamentar, ou das entidades “representativas”, essas por sua vez pautadas nesse mesmo calendário burguês. Nesse sentido, compreendese a idéia latente entre nós do que se vayan todos. Mas o MPL tem compreensão de que não tem fim emsi mesmo, e a partir daí quero começar a avaliar os aspectos positivos do II Encontro Nacional. Aprovamos resoluções maduras no sentido de afirmar o espírito de classe do Movimento Passe Livre. Somos na maioria jovens estudantes, configuramos uma categoria social, mas somos parte da classe trabalhadora, nossa luta estratégica é anticapitalista, e deve ser fortemente guiada por esse sentido de classe. Com isso avançamos no entendimento da necessidade de nos relacionarmos com outros movimentos sociais, com uma perspectiva mais geral e processual de transformação, como parte de um todo. Nos colocamos num campo claro da luta de classes. E isso não porque escrevemos no papel, mas pelo conjunto das nossas ações práticas desde a última Plenária em Porto Alegre. A resistência e derrubada das tarifas em Florianópolis, as grandes manifestações em Brasília, Campinas e Porto Alegre, o ressurgimento do movimento em São Paulo, as ocupações em prédios públicos, as jornadas de lutas em várias outras cidades, e agora a derrubada das tarifas em Vitória seguida da articulação do MPL por lá, são demonstrações de uma disposição de luta ao lado dos interesses das classes trabalhadoras, por melhorias concretas nas condições de vida. Ainda sobre o que não escrevemos no papel, é preciso lembrar que aprendemos muito com tudo o que vivemos nesse final de semana. Demos um salto em três dias. Nos encontramos e nos relacionamos com pessoas dos vários cantos de um país continental, dispostas a lutar. Absorvemos experiências, tivemos que lidar com problemas concretos e resolvêlos. Outros, adiamos, mas mesmo esses, são fontes de intensa aprendizagem. Não concordo com os balanços absolutamente negativos. Reconheço meus erros, e assumo eles politicamente e de forma humana. São parte de uma série de erros cometidos por todos nós. Gostaria de ajudar a preservar a maior unidade possível no movimento. Mas entendo também que às vezes ela não é possível. Quando uma jovem militante de um partido participou da Plenária de Porto Alegre sem a pressão de seus dirigentes mais velhos, compôs a luta com o espírito aberto, entregando seu coração à rebeldia desse coletivo. Quando apareceu em Campinas com o staff dirigente do seu comitê central a lhe imputar um programa inflexível e ortodoxo para um movimento de jovens ligados a um novo paradigma de organização, seu espírito já estava outro, macambúzio, pesado. Não acredito em má fé nesse caso. Acredito na independência da juventude, em todos os aspectos. Isso não só porque os oportunistas a temem, mas por princípio. Avançamos! Viva o Movimento Passe Livre! Marcelo Pomar Militante MPL – Florianópolis 26/07/05 Email:: marcelopomar@gmail.com >>Adicione um comentário © Copyleft http://www.midiaindependente.org: É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados 09/06/2016 CMI Brasil II Encontro MPL balanço parcial http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/07/325071.shtml 3/4 binghamton boston búfalo carolina do norte charlottesville chicago cleveland colorado columbo danbury, ct estados unidos filadélfia hampton roads, va havaí houston hudson mohawk idaho illinois, sul ítaca kansas city los angeles madison maine massachusetts, oeste miami michigan milwaukee mineápolis/st. paul nova hampshire nova iorque nova jérsei nova orleans novo méxico oklahoma omaha pittsburgh portland richmond rochester rogue valley saint louis san diego santa bárbara santa cruz, ca são francisco seattle tallahassee tennessee texas, norte urbanachampaign utah vermont washington, dc worcester Ásia burma índia jacarta (ins) japão manila (fil) mumbai (ind) quezon (fil) Europa alemanha alicante (esp) andorra antuérpia (bel) armênia atenas (gre) áustria barcelona (esp) bélgica belgrado (scg) bielorrússia bristol (ing) bulgária chipre croácia escócia estreito de gibraltar euskal herria/país basco flandres ocidental (bel) flandres oriental (bel) galiza grenoble (fra) holanda hungria irlanda istambul (tur) itália la plana (esp) liege (bel) lille (fra) madri (esp) e esta nota seja incluída. 09/06/2016 CMI Brasil II Encontro MPL balanço parcial http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/07/325071.shtml 4/4 malta marselha (fra) nantes (fra) nice (fra) noruega paris/ilhadefrança (fra) polônia portugal reino unido romênia rússia suécia suíça tessalônica (gre) toulouse (fra) ucrânia valência Oceania adelaide (aus) aotearoa/nova zelândia brisbane (aus) burma darwin (aus) jacarta (ins) manila (fil) melbourne (aus) oceania perth (aus) quezon (fil) sydney (aus) Oriente Médio armênia beirute (lin) israel palestina Processo discussão faq da indymedia fbi/situação legal listas de discussão processo & docs técnico voluntários
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