Buscar

Extra POMAR, Marcelo II Encontro MPL balanço parcial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

09/06/2016 CMI Brasil ­ II Encontro MPL ­ balanço parcial
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/07/325071.shtml 1/4
 
EditoriaisNotíciasArquivoArquivoCalendárioportuguês | español 
english | esperanto 
Outras mídias
 
 
Publique!
Publique o seu vídeo,
áudio, imagens e textos
diretamente do seu
navegador.
Notícias
Cobertura imediata dos
acontecimentos ligados aos
novos movimentos.
Política Editorial
Saiba sobre a política de
publicação do CMI.
Seja um voluntário
Participe desse projeto de
democratização da mídia.
Contato
Mande sua mensagem para
nós.
Ajuda
Como publicar as suas
notícias em diferentes
formatos.
Sobre o CMI
Conheça os princípios do
Centro de Mídia
Independente.
Bate­papo do CMI
Acesse a nossa sala de
bate­papo.
Apoie o Indymedia
Conheça os outros projetos
do CMI e contribua com a
mídia independente.
Artigos Escondidos
Matérias repetidas, sem
conteúdo ou que violam a
Política Editorial.
Rede CMI Brasil
Página estática dos
coletivos.
Brasília
Campinas
Caxias do Sul
Curitiba
Florianópolis
Fortaleza
Goiânia
II Encontro MPL ­ balanço parcial
Por Marcelo Pomar 27/07/2005 às 13:30
Aconteceu na UNICAMP, em Campinas (SP), entre os dias 22 e 24 de julho de
2005, o 2º Encontro Nacional do Movimento Passe Livre.
II Encontro Nacional MPL – Balanço Político (parcial I) 
Aconteceu na UNICAMP, em Campinas (SP), entre os dias 22 e 24 de julho de 2005, o 2º
Encontro Nacional do Movimento Passe Livre. Depois de dois encontros realizados no sul
do país – I Encontro em Florianópolis e Plenária em Porto Alegre –, essa terceira reunião
visava ampliar a unidade nacional, dando um maior grau de articulação entre as várias
lutas em torno do transporte coletivo urbano no país. 
No entanto, se faz necessário ressaltar que essa unidade na luta já se dá, desde os
primeiros encontros, delineadas por certos contornos, princípios que respeitam uma
dinâmica que é própria desses movimentos de contestação que têm surgido nas cidades,
e que se mostram de difícil entendimento por parte de uma parcela da esquerda
tradicional. A saber, um conteúdo fortemente autonomista, apartidário, horizontal, de
contestação às instituições políticas da burguesia, etc. 
Quando em Porto Alegre nos definimos como apartidários, mas não anti­partidários,
buscávamos superar alguns sectarismos nossos em relação aos militantes combativos e
honestos filiados a partidos, sem permitir, porém, que essa participação partidária no
movimento se revertesse em aparelhamento e perda de autonomia. Isso me pareceu
fazer sentido quando analisei a participação respeitosa de militantes do PSOL, e mesmo
do PT neste segundo encontro, por exemplo, fazendo o debate político sem pretensões
aparelhistas. Usar camisetas de seus partidos, e disputar o debate tático e estratégico é
absolutamente legítimo e enriquece o debate. 
Por outro lado, mostrou também sua insuficiência no que diz respeito às pequenas
seitas, caracterizadas fundamentalmente pelo esquerdismo infantil e sectário, anti­
dialético, e por uma forte carga de frustração pela incapacidade concreta dessas
mesmas seitas de se construírem no seio das classes trabalhadoras e da juventude. É
significativo que a maior parte das avaliações sobre o II Encontro passem
necessariamente por uma análise sobre um grupo tão inexpressivo na realidade como o
T­POR (Partido Operário Revolucionário) e seus satélites, por exemplo. 
É evidente, portanto, que devemos buscar um aprendizado profundo a partir dessa
realidade. Criar mecanismos de defesa do movimento são fundamentais. Creio que o T­
POR, o CAS (Construção ao Socialismo), a LBI (Liga Bolchevique Internacionalista) ou
mesmo o PSTU, jamais permitiriam que participássemos de seus congressos
deliberativos. Alguém diria: mas é claro, o MPL é um movimento, e os organizações
acima citadas são partidos (ou quase isso). O problema é justamente a falta de
compreensão por parte dessas mesmas organizações – com exceção do PSTU e da LBI,
que não participaram oficialmente do Encontro – de que movimento social não é o
partido bolchevique. Buscar transformá­lo no partido bolchevique, com propostas como
a adoção do centralismo democrático, o fim da horizontalidade, etc., são expressões do
fracasso concreto dessas organizações de, por suas próprias forças, construir um
partido bolchevique. 
Devo acrescentar que não acho o bolchevismo um método falido, como muitos talvez
queiram o apresentar. Sem a intenção de aprofundar no mérito histórico e filosófico da
questão, pode ser um método possível e até adequado para partidos da classe
trabalhadora. Mas não para o movimento social, não para o Movimento Passe Livre. 
É preciso, no entanto, superar a etapa T­POR e seus satélites para fazer um balanço
mais profundo do II Encontro. Penso que já demos publicidade demais para essas
organizações. Muito mais do que suas próprias realidades poderiam proporcionar. Para o
próximo Encontro, deveremos estabelecer a prática como critério da verdade. 
Um primeiro passo para resolver a participação aparelhista de determinados partidos é
o impedimento de sua participação no GT nacional e a ‘moderação’ de sua participação
09/06/2016 CMI Brasil ­ II Encontro MPL ­ balanço parcial
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/07/325071.shtml 2/4
Joinville
Porto Alegre
Rio de Janeiro
Salvador
São Paulo
 
Receba o boletim do cmi
Seu e­mail
Enviar
Busca
Encontre
Palavras
todas
 com imagens
 com áudio
 com vídeo
Busca
CMIs
www.indymedia.org
Projetos da Rede Global
impresso
rádio
tv (newsreal)
vídeo
Tópicos
biotecnologia
África
áfrica do sul
ambazônia
estreito de gibraltar
ilhas canárias
nigéria
quênia
América Latina
argentina
bolívia
brasil
chiapas (mex)
chile
chile, sul
colômbia
equador
méxico
peru
porto rico
qollasuyu (bol)
rosário (arg)
santiago (chi)
tijuana (mex)
uruguai
valparaíso (chi)
América do Norte
canadá
hamilton
maritimes
montreal
ontário
ottawa
quebec
thunder bay
vancouver
victoria
windsor
winnipeg
estados unidos
arizona
arkansas
atlanta
austin
baía de são francisco
baía de tampa
baltimore
nos próximos encontros. Quando reafirmo a prática como critério da verdade, quero
dizer que somente aqueles que se inserem na participação prática do MPL nas suas
cidades deveriam participar das instâncias decisórias. Ou seja, se não há trabalho de
base, se não há construção concreta do MPL, até por desacordo com os princípios, não
há porque participar das instâncias decisórias do Movimento. Isso não impede que esses
partidos desenvolvam lutas pelo passe­livre a seu modo, afinal, é evidente, a
reivindicação do passe­livre é uma bandeira de todos, podendo, inclusive, nos
unificarmos pontualmente nos embates de rua. Mas é absolutamente lamentável, e cabe
uma auto­crítica profunda a todos nós, termos nos submetido a, em primeiro lugar,
votarmos os nossos princípios e, em segundo lugar, tendo verificado que haviam quatro
votos contrários aos princípios do MPL aprovados consensualmente em Porto Alegre, não
termos votado a expulsão sumária daqueles que não estão dispostos a organizarem­se
dentro dos princípios do Movimento. Se não temos acordo nos princípios, não temos
porque nos mantermos juntos. Cada qual construindo a luta a seu modo. 
A relação com outros movimento sociais e com os partidos que se assumem do campo
da classe trabalhadora é essencial para as perspectivas estratégicas do Movimento
Passe Livre. O rechaço aos partidos políticos é fruto, no entanto, da entrada na sua
totalidade na lógica da via institucional, da disputa parlamentar, ou das entidades
“representativas”, essas por sua vez pautadas nesse mesmo calendário burguês. Nesse
sentido, compreende­se a idéia latente entre nós do que se vayan todos. Mas o MPL tem
compreensão de que não tem fim emsi mesmo, e a partir daí quero começar a avaliar
os aspectos positivos do II Encontro Nacional. 
Aprovamos resoluções maduras no sentido de afirmar o espírito de classe do Movimento
Passe Livre. Somos na maioria jovens estudantes, configuramos uma categoria social,
mas somos parte da classe trabalhadora, nossa luta estratégica é anti­capitalista, e
deve ser fortemente guiada por esse sentido de classe. Com isso avançamos no
entendimento da necessidade de nos relacionarmos com outros movimentos sociais,
com uma perspectiva mais geral e processual de transformação, como parte de um
todo. Nos colocamos num campo claro da luta de classes. E isso não porque escrevemos
no papel, mas pelo conjunto das nossas ações práticas desde a última Plenária em Porto
Alegre. A resistência e derrubada das tarifas em Florianópolis, as grandes manifestações
em Brasília, Campinas e Porto Alegre, o ressurgimento do movimento em São Paulo, as
ocupações em prédios públicos, as jornadas de lutas em várias outras cidades, e agora
a derrubada das tarifas em Vitória seguida da articulação do MPL por lá, são
demonstrações de uma disposição de luta ao lado dos interesses das classes
trabalhadoras, por melhorias concretas nas condições de vida. 
Ainda sobre o que não escrevemos no papel, é preciso lembrar que aprendemos muito
com tudo o que vivemos nesse final de semana. Demos um salto em três dias. Nos
encontramos e nos relacionamos com pessoas dos vários cantos de um país continental,
dispostas a lutar. Absorvemos experiências, tivemos que lidar com problemas concretos
e resolvê­los. Outros, adiamos, mas mesmo esses, são fontes de intensa aprendizagem.
Não concordo com os balanços absolutamente negativos. Reconheço meus erros, e
assumo eles politicamente e de forma humana. São parte de uma série de erros
cometidos por todos nós. Gostaria de ajudar a preservar a maior unidade possível no
movimento. Mas entendo também que às vezes ela não é possível. Quando uma jovem
militante de um partido participou da Plenária de Porto Alegre sem a pressão de seus
dirigentes mais velhos, compôs a luta com o espírito aberto, entregando seu coração à
rebeldia desse coletivo. Quando apareceu em Campinas com o staff dirigente do seu
comitê central a lhe imputar um programa inflexível e ortodoxo para um movimento de
jovens ligados a um novo paradigma de organização, seu espírito já estava outro,
macambúzio, pesado. Não acredito em má fé nesse caso. Acredito na independência da
juventude, em todos os aspectos. Isso não só porque os oportunistas a temem, mas por
princípio. 
Avançamos! Viva o Movimento Passe Livre! 
Marcelo Pomar 
Militante MPL – Florianópolis 
26/07/05 
 Email:: marcelopomar@gmail.com
>>Adicione um comentário
 
 
© Copyleft http://www.midiaindependente.org:
É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados
09/06/2016 CMI Brasil ­ II Encontro MPL ­ balanço parcial
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/07/325071.shtml 3/4
binghamton
boston
búfalo
carolina do norte
charlottesville
chicago
cleveland
colorado
columbo
danbury, ct
estados unidos
filadélfia
hampton roads, va
havaí
houston
hudson mohawk
idaho
illinois, sul
ítaca
kansas city
los angeles
madison
maine
massachusetts, oeste
miami
michigan
milwaukee
mineápolis/st. paul
nova hampshire
nova iorque
nova jérsei
nova orleans
novo méxico
oklahoma
omaha
pittsburgh
portland
richmond
rochester
rogue valley
saint louis
san diego
santa bárbara
santa cruz, ca
são francisco
seattle
tallahassee
tennessee
texas, norte
urbana­champaign
utah
vermont
washington, dc
worcester
Ásia
burma
índia
jacarta (ins)
japão
manila (fil)
mumbai (ind)
quezon (fil)
Europa
alemanha
alicante (esp)
andorra
antuérpia (bel)
armênia
atenas (gre)
áustria
barcelona (esp)
bélgica
belgrado (scg)
bielorrússia
bristol (ing)
bulgária
chipre
croácia
escócia
estreito de gibraltar
euskal herria/país basco
flandres ocidental (bel)
flandres oriental (bel)
galiza
grenoble (fra)
holanda
hungria
irlanda
istambul (tur)
itália
la plana (esp)
liege (bel)
lille (fra)
madri (esp)
e esta nota seja incluída.
09/06/2016 CMI Brasil ­ II Encontro MPL ­ balanço parcial
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/07/325071.shtml 4/4
malta
marselha (fra)
nantes (fra)
nice (fra)
noruega
paris/ilha­de­frança (fra)
polônia
portugal
reino unido
romênia
rússia
suécia
suíça
tessalônica (gre)
toulouse (fra)
ucrânia
valência
Oceania
adelaide (aus)
aotearoa/nova zelândia
brisbane (aus)
burma
darwin (aus)
jacarta (ins)
manila (fil)
melbourne (aus)
oceania
perth (aus)
quezon (fil)
sydney (aus)
Oriente Médio
armênia
beirute (lin)
israel
palestina
Processo
discussão
faq da indymedia
fbi/situação legal
listas de discussão
processo & docs
técnico
voluntários

Outros materiais