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977
Rev. CEFAC. 2010 Nov-Dez; 12(6):977-989
PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO DO FRÊNULO DA LÍNGUA
Tongue frenulum evaluation protocol
Irene Queiroz Marchesan (1)
RESUMO
Objetivo: apresentar um protocolo de frênulo da língua com escores. Métodos: a partir de uma ava-
liação específica de frênulo lingual utilizada até 2004, foi elaborado um novo protocolo contendo ana-
mnese e exame mais específico. Dez fonoaudiólogos experientes na área da motricidade orofacial 
utilizaram o protocolo durante três anos em diferentes populações e, a partir das considerações feitas, 
o protocolo foi re-estruturado e recebeu escores. Considerou-se como zero a ausência de alteração 
e foram pontuadas, em ordem crescente, as alterações encontradas. A partir da versão final quatro 
fonoaudiólogos, com especialização em motricidade orofacial há pelo menos 8 anos, foram treinados 
pelo pesquisador para aplicar o protocolo. Durante os anos de 2008 e 2009 o protocolo foi aplicado 
em mais 239 indivíduos sendo 160 crianças entre 7 anos e 2 meses e 11 anos e 7 meses e mais 79 
adultos, a partir de 16 anos e 8 meses. Resultados: um novo protocolo de frênulo lingual, com esco-
res pontuando graus de alterações em vários itens, foi elaborado e testado. De acordo com a pontu-
ação, quando a soma das provas gerais for igual ou maior que 3, pode-se considerar o frênulo como 
alterado e, quando a soma das provas funcionais for igual ou maior que 25, pode-se considerar a 
possível interferência do frênulo da língua nas funções orofaciais. Conclusão: o protocolo de frênulo 
de língua, com escore demonstrou ser eficaz para diferenciar frênulos de língua normais e alterados.
DESCRITORES: Freio Lingual; Avaliação; Língua; Testes de Articulação da Fala; Fonoaudiologia; 
Classificação
(1) Fonoaudióloga; Diretora do CEFAC – Saúde e Educação; 
Doutora em Educação pela Universidade Estadual de 
Campinas – UNICAMP.
Conflito de interesses: inexistente
As definições encontradas na literatura sobre 
frênulo da língua se complementam, sem apre-
sentar aspectos divergentes importantes1-7. O 
mesmo não ocorre quanto ao termo utilizado para 
definir o frênulo alterado, havendo grande variação 
na nomenclatura utilizada: língua presa (tongue tie), 
frênulo curto, frênulo longo; língua aderente, ante-
riorizado, anquiloglossia ou anciloglossia (completa 
ou parcial), dentre outros2-8. Assim como o nome 
empregado para identificar um frênulo alterado varia 
muito, as conseqüências atribuídas às alterações 
do frênulo da língua também variam e são, muitas 
vezes, contraditórias9, 10. Porém, embora haja diver-
gências nessa questão, existe um certo consenso 
de que a alimentação e a produção da fala são as 
funções que podem sofrer maior influência da alte-
ração do frênulo, sendo a amamentação a mais 
citada11-20. O mais interessante é que o período da 
amamentação ocorre durante um curto período da 
vida e a mastigação e a deglutição, assim como a 
fala, são funções presentes até o final da vida. 
As maiores divergências são encontradas quanto 
às características da produção da fala na presença 
 „ INTRODUÇÃO
O frênulo da língua, quando avaliado, pode ser 
diagnosticado como normal ou alterado, depen-
dendo dos critérios utilizados pelo avaliador. Profis-
sionais costumam avaliar o frênulo da língua a 
partir da observação visual do aspecto do frênulo 
ou, ainda, observando a mobilidade da língua. 
Em casos de bebês, a amamentação também é 
observada.
Entende-se que, para obter uma avaliação 
precisa, é necessário observar certos aspectos da 
língua e do frênulo, a mobilidade e a posição habi-
tual da língua, assim como a produção articulatória 
da fala. De maneira geral, os protocolos existentes 
avaliam apenas a mobilidade da língua e o frênulo 
em si, sendo que os resultados são dependentes 
daquilo que o avaliador compreende como normali-
dade e alteração. 
978 Marchesan IQ
Rev. CEFAC. 2010 Nov-Dez; 12(6):977-989
de alterações do frênulo lingual, já que alguns 
estudos afirmam que tais alterações são raras ou 
insignificantes3,4. Existem autores afirmando que a 
incidência de problemas de fala é baixa16,21,22, outros 
que afirmam que o problema de fala é subjetivo, 
difícil de categorizar e de garantir que a causa é o 
frênulo10,20, enquanto alguns apontam que a ocor-enquanto alguns apontam que a ocor- ocor-
rência de distorções na fala ocorre em 50% dos 
casos de indivíduos com frênulos alterados8,23-25. 
É provável que aqueles autores que encontraram 
porcentagem baixa de problemas de fala em indi-
víduos com alteração de frênulo só tenham consi-
derado como alterações as omissões e as substi-
tuições, não levando em conta as distorções ou 
imprecisões presentes na fala.
A divergência de opiniões não ocorre somente 
quanto ao termo a ser utilizado ou quanto às 
conseqüências de um frênulo alterado. Cirurgias 
do frênulo, até hoje, também são motivo de muita 
discussão, uma vez que existem dúvidas frequentes 
sobre fazer ou não a cirurgia, em que momento 
deve ser realizada, qual técnica é a melhor e, até 
mesmo, qual seria o profissional habilitado para 
tanto10,13,15,17,21,26-29.
Muito provavelmente essa diversidade de 
opiniões, assim como as divergências entre os 
autores, advêm da inexistência de parâmetros 
comuns para avaliação e diagnóstico, além do 
desconhecimento mais aprofundado acerca das 
consequências das alterações do frênulo da língua. 
São poucos os protocolos existentes para 
avaliar essa prega mediana de túnica mucosa que 
restringe movimentos ou funções realizados pela 
língua sendo que, a maior parte dos protocolos 
publicados não apresenta descrição detalhada 
de como fazer a avaliação. Isso ocorre porque os 
autores, de modo geral, já possuem um conceito 
predeterminado do que é uma alteração de frênulo. 
Consequentemente, poucas explicações são forne-
cidas para a identificação da alteração. 
Alguns dos protocolos existentes buscam 
avaliar, clinicamente, o tamanho do frênulo, onde 
ele está fixado e, algum tipo de medida conside-
rada objetiva30,31. Outros autores apenas trazem 
em seus artigos um ou outro ponto específico que 
consideram como determinante no diagnóstico da 
alteração do frênulo11,13, 26,32-38. Existe um protocolo 
que foi pensado apenas para avaliar bebês e que, 
por essa razão, é bastante diverso daqueles que 
objetivam avaliar crianças maiores ou adultos39. 
Diagnosticar alterações do frênulo pode ser 
difícil pelo fato de o avaliador ter que conhecer, de 
modo bastante aprofundado, a anatomia da língua, 
assim como os diferentes aspectos do frênulo e das 
regiões adjacentes, para poder diferenciar normali-
dade e alteração. Além disso, deve conhecer quais 
funções podem sofrer influência das alterações do 
frênulo lingual. 
Considerando a diversidade dos problemas 
apontados, decidiu-se desenvolver um protocolo 
visando a avaliação de uma série de aspectos da 
língua e do frênulo, considerando forma, tamanho, 
possibilidades de movimentos e possíveis interfe-
rências nas funções nas quais exista a participação 
da língua. Para tanto, as alterações encontradas 
sempre são quantificadas, levando-se em conta o 
grau de complicação encontrado. 
 „ MÉTODOS
A partir de uma avaliação específica de frênulo 
lingual já utilizada por Marchesan (2005)30, foi 
elaborado um novo protocolo contendo anamnese 
e exame específicos. Quanto à anamnese, ela 
contém a queixa e questões gerais de identificação 
do sujeito, além de apresentar questões especí-
ficas, as quais, a partir das respostas, podem levar 
o avaliador a pensar na existência de alteração 
de frênulo. As perguntas específicas foram elabo-
radas para investigar as relações existentes entre 
o frênulo e outros aspectos, como antecedentes 
familiares, problemas de saúde, amamentação, 
mastigação, deglutição, hábitos orais, fala, voz e 
cirurgias de frênulo járealizadas. Por outro lado, 
o exame específico foi elaborado em duas partes, 
uma delas para investigar aspectos gerais do 
frênulo e da língua e, a outra, para investigar mobili-
dade e posição da língua na cavidade oral, além da 
produção da fala e compensações utilizadas.
Inicialmente, dez fonoaudiólogos experientes, 
que atuam sistematicamente na área da motrici-
dade orofacial, utilizaram o protocolo durante três 
anos, aplicando-o em diferentes populações, tota-
lizando 1235 indivíduos avaliados. A partir de uma 
série de constatações que se tornaram possíveis 
em razão da aplicação generalizada e das análises 
estatísticas derivadas dos resultados encontrados, 
o protocolo foi re-estruturado, recebendo escores, 
ou seja, uma escala progressiva de pontuação: 
considerou-se como zero a ausência de alteração, 
enquanto foram pontuadas, em ordem crescente, as 
demais características observadas. Complementar-
mente, foi acrescentada ao protocolo uma prancha 
contendo 50 figuras. As primeiras 25 figuras contem 
todos os fones do português e as 25 seguintes 
contem um número maior de ocorrência daqueles 
fones que mais sofrem a influência do frênulo, 
mais especificamente, o flap alveolar em todas as 
posições e os fricativos alveolares. Uma segunda 
prancha, com 21 fotos, contendo diferentes tipos de 
alterações de frênulos, também foi acrescentada 
a fim de facilitar a visualização das características 
Protocolo de avaliação do frênulo da língua 979
Rev. CEFAC. 2010 Nov-Dez; 12(6):977-989
que permitem desenvolver um padrão de classifi-
cação dos frênulos. 
A partir da versão final, quatro fonoaudiólogos, 
com especialização em motricidade orofacial há 
pelo menos 8 anos, foram treinados pelo pesqui-
sador para aplicar o protocolo. De acordo com 
esse programa, durante os anos de 2008 e 2009 
o protocolo foi aplicado em mais 239 pessoas: 160 
crianças, com idades variando entre 7anos e dois 
meses e 15 anos e 7 meses e 79 adultos a partir 
de 16 anos e 8 meses. Foram excluídos da amostra 
sujeitos com menos de 7 anos de idade, conside-
rando-se que, até essa idade limite, o sistema fonê-
mico pode estar ainda em processo de aquisição. 
Desta forma, quando alterações de fala foram iden-
tificadas, as relações com o frênulo, e não com a 
fase da aquisição, puderam ser mais bem estabe-
lecidas. Não foram avaliados com esse protocolo, 
sujeitos com alterações craniofaciais, com limita-
ções intelectuais ou motoras.
Todos os participantes foram informados dos 
objetivos do estudo e assinaram o “Termo de 
consentimento livre e esclarecido”. O projeto foi 
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do 
CEFAC – Saúde e Educação, processo nº 032-08.
 „ RESULTADOS
A Figura 1 apresenta o protocolo de frênulo de 
língua contendo a anamnese e o exame especí-
fico. A Figura 2 apresenta a prancha contendo as 
imagens utilizadas para a avaliação da fala, além 
de uma tabela para anotação da produção de fala 
do paciente. A Figura 3 exibe fotos que exempli-
ficam os diferentes tipos de alterações de frênulos 
que podem ser encontrados.
 „ DISCUSSÃO
O presente estudo apresenta um protocolo 
de frênulo lingual que contem uma anamnese 
específica e um roteiro para exame clínico com 
escores, o qual está composto por quatro provas 
gerais e quatro provas funcionais. O resultado final 
da aplicação do protocolo indica, com precisão, a 
possibilidade de existir alteração no frênulo, assim 
como fornece informações que permitem relacionar 
as alterações de frênulo com alterações funcionais 
típicas de cada tipo de alteração.
A necessidade de construção de um protocolo 
específico para frênulo deveu-se às controvérsias e 
dúvidas existentes quanto à forma de avaliar, nomear 
e classificar as alterações do frênulo da língua2-26,40. 
Alem disso, o protocolo também deveria dar conta 
de levar o avaliador a tirar conclusões, com segu-
rança, a respeito das possíveis relações existentes 
entre as funções exercidas pela língua e o tipo de 
frênulo encontrado, uma vez que este é um ponto 
de grande controvérsia na literatura8-10,16,21-22,25.
A elaboração do protocolo aqui apresentado 
levou em consideração o fato de não existir um 
procedimento que avaliasse simultaneamente, 
utilizando escores de pontuação, características 
da língua, do frênulo e das funções exercidas pela 
língua11-13,26,30-40.
A existência de um protocolo consistente, 
provido de escores e sendo aplicado por diferentes 
avaliadores, poderá diminuir o número de contro-
vérsias sobre as possíveis alterações do frênulo da 
língua9,10. 
O protocolo aqui apresentado teve muitas fases 
de construção e muitos anos de uso com as modifi-
cações necessárias até a fase da publicação. 
 „ CONCLUSÃO
Esse artigo apresentou um protocolo de frênulo 
da língua com escores, o qual permite aos profissio-
nais da saúde tais como, fonoaudiólogos, dentistas 
e médicos avaliar e diagnosticar características do 
frênulo da língua, possibilitando a identificação de 
alterações anatômicas e funcionais.
980 Marchesan IQ
Rev. CEFAC. 2010 Nov-Dez; 12(6):977-989
PROTOCOLO PARA AVALIAÇÃO DE FRÊNULO DE LÍNGUA 
 
ANAMNESE 
 
Nome: __________________________________________________________________________Sexo F ( ) M ( ) 
Data do exame: __ / __ / __ Idade: ___ anos e ___ meses DN: __ / __ / __ 
Informante: _____________________________ Grau de parentesco: ________________________________ 
 
Estuda:  sim Em que série está:  não Até que série estudou: 
Trabalha:  sim Em que:  não 
Já trabalhou:  não  sim Em que:
Atividade física:  não  sim Qual: 
 
Endereço: _________________________________________________ No: _______ Complemento: ______ 
Bairro: _____________________________ Cidade/Estado: )___________________ CEP: ______________ 
Fones: Residencial: (____) ____________ Trabalho: (____) ______________ Celular: (____) ____________ 
Endereço eletrônico:____________________________________________________________________________
Nome do pai:________________________________ Nome da mãe: _________________________________ 
Irmão:  não  sim Quantos: __________________________________________________________________
 
Quem indicou para avaliação fonoaudiológica? (Nome, especialidade e telefone): 
____________________________________________________________________________________________ 
Qual a razão da indicação: _____________________________________________________________________ 
 
 
Queixa principal: ________________________________________________________________________________ 
 
Queixas diversas relacionadas à: 
(0) não (1) às vezes (2) sim 
( ) lábios ( ) língua ( ) sucção ( ) mastigação ( ) deglutição 
( ) respiração ( ) fala ( ) frênulo lingual ( ) voz ( ) audição 
( ) aprendizagem ( ) estética facial ( ) postura ( ) oclusão ( ) cefaléia freqüente 
( ) ruído na ATM ( ) dor na ATM ( ) dor no pescoço ( ) dor nos ombros 
( ) dificuldade ao abrir a boca ( ) dificuldade de movimentar a mandíbula para os lados ( ) Outras 
 
Antecedentes Familiares – investigar se existem casos na família com alteração de frênulo de língua 
 não  sim Quem e qual o problema: 
 
Problemas de Saúde 
 não  sim Quais: 
 
Problemas respiratórios 
 não  sim Quais: 
 
Amamentação 
Peito:  sim Até quando: ______________________________  não 
Mamadeira: 
 
 sim Até quando: ______________________________  não 
A criança teve dificuldade de sugar o peito?  não  sim Se sim qual(is) dificuldade(s)?__________ 
 
 
Protocolo de avaliação do frênulo da língua 981
Rev. CEFAC. 2010 Nov-Dez; 12(6):977-989
Alimentação – dificuldades com a mastigação 
 não  sim Quais: 
 
Alimentação – dificuldades com a deglutição 
 não  sim Quais: 
 
Hábitos Orais: 
não  sim Quais: 
 
Apresenta alteração de fala 
 não  sim Quais: 
 
Caso tenha alteração de fala, isto causa alguma dificuldade no relacionamento social e ou profissional? 
 não  sim Social  não  sim Como reage: _________________________________________ Profissional  não  sim Como reage: 
 
Apresenta alteração de voz 
 não  sim Quais: 
 
Fez cirurgia de frênulo da língua 
 não  sim 
Quando: _____________________ Quantas vezes: ________________________________
Especialidade do profissional que operou: _____________________________________________ 
Que tipo de cirurgia foi feita? ________________________________________________________
O que achou do resultado:  bom  médio  ruim 
 
 
 
Acrescente outras informações que considerar importantes para o caso: 
__________________________________________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________________________________________ 
__________________________________________________________________________________________________________ 
 
 
982 Marchesan IQ
Rev. CEFAC. 2010 Nov-Dez; 12(6):977-989
EXAME CLÍNICO 
PARTE I – PROVAS GERAIS 
 
Mensurar utilizando paquímetro. Maior ou igual a 50,1% (0) menor ou igual a 50% (1) Resultado = 
Medir da borda do incisivo superior, até a borda do incisivo inferior direito ou 
esquerdo. Utilizar os mesmos dentes para as duas medidas. 
Valor encontrado em 
milímetros 
Abertura máxima de boca 
Abertura máxima de boca com o ápice da língua tocando na papila incisiva 
Relação entre estas medidas, em percentagem % 
 
Alterações durante a elevação da língua (melhor resultado = 0 e pior = 2) Resultado = 
Abrir a boca totalmente, elevar a língua dentro da boca sem tocar no palato e observar: NÃO SIM
1. A ponta da língua fica com formato retangular ou quadrado (0) (1) 
2. A ponta da língua forma um “coração” (0) (1) 
 
Fixação do frênulo. Somar A e B (melhor resultado = 0 e pior = 3) Resultado = 
A – No assoalho da boca: 
Visível somente a partir das carúnculas sublinguais (saída dos ductos submandibulares) (0) 
Visível já a partir da crista alveolar inferior (1) 
Fixação em outro ponto: ______________________________________________________________________ 
 
B – Na face inferior da língua (face sublingual): 
Na parte média (0) 
Entre a parte média e o ápice (1) 
No ápice (2) 
 
Classificação clínica do frênulo (melhor resultado = 0 e pior = 2) Resultado = 
Normal (0) Gera dúvida (1) Alterado (2) 
 
Caso o frênulo tenha sido considerado alterado seria porque: 
A fixação do frênulo é anteriorizado O frênulo é de tamanho curto O frênulo é curto e anteriorizado 
Anquiloglossia (fusão do frênulo no assoalho) Outro - Não sei 
 
Total geral para as provas gerais: melhor resultado = 0 pior = 8 
 
Quando a soma das provas gerais for igual ou maior que três, pode-se considerar o frênulo 
como alterado. 
 
 
Protocolo de avaliação do frênulo da língua 983
Rev. CEFAC. 2010 Nov-Dez; 12(6):977-989
 4
PARTE II - PROVAS FUNCIONAIS 
Mobilidade da língua (melhor resultado = 0 e pior = 14). Resultado = 
 executa executa aproximado não executa
Protrair e retrair (0) (1) (2) 
Tocar o lábio superior com o ápice (0) (1) (2) 
Tocar o lábio inferior com o ápice (0) (1) (2) 
Tocar a comissura labial à direita (0) (1) (2) 
Tocar a comissura labial à esquerda (0) (1) (2) 
Vibrar o ápice (0) (1) (2) 
Sugar no palato (0) (1) (2) 
 
Posição da língua durante o repouso (melhor resultado = 0 e pior = 4). Resultado = 
Não se vê (mantém a boca fechada) (0) 
No assoalho da boca (1) 
Entre os dentes anteriormente (2) 
Entre os dentes lateralmente (2) 
 
 
 
Fala (melhor resultado = 0 e pior =12) Resultado = 
 
Prova nº 1 - Fala informal 
Como é seu nome? Quantos anos você tem? Você estuda/ trabalha? Fale um pouco sobre sua escola/ trabalho. 
Conte um fato interessante que ocorreu com você. 
Prova nº 2 – Solicitar contagem de 1 a 20; em seguida, os dias da semana e, por último, os meses do ano. 
Prova nº 3 – Solicitar a nomeação das figuras da prancha 
 
 
Provas de fala 
OMISSÃO SUBSTITUIÇÃO DISTORÇÃO 
Não Sim Não Sim Não Sim 
1 (0) (1) (0) (1) (0) (2) 
2 (0) (1) (0) (1) (0) (2) 
3 (0) (1) (0) (1) (0) (2) 
 
Assinale quais são os sons ou grupos de sons que se apresentam com alguma alteração. Se a alteração ocorre 
em uma ou duas provas apenas, marque ao lado do som o número da prova onde ocorreu a alteração. 
p b t d k g m 
n = f v s z S 
Z l ¥ | x {S} {R} 
p| b| t| d| c| g| f| v| pl bl cl gl fl vl tl 
 
 
Outros aspectos a serem observados durante na fala (melhor resultado = 0 e pior =10) Resultado = 
Abertura da boca: (0) adequada (1) reduzida (1) exagerada 
Posição da língua: (0) adequada (1) no assoalho (2) anteriorizada (2) com laterais visíveis 
Movimento mandibular: (0) sem alteração (1) desviado à direita (1) desviado à esquerda (1) anteriorizado
Velocidade: (0) adequada (1) aumentada (1) reduzida 
Precisão da fala como um todo: (0) adequada (1) alterada 
Voz: (0) sem alteração (1) alterada 
 
Total geral para as provas que avaliam a funcionalidade: melhor resultado = 0 e pior = 40 
Quando a soma das provas funcionais for igual ou maior que 25, pode-se considerar a 
possível interferência do frênulo da língua. 
Documentação 
Sugerem-se fotos e filme das provas de: mobilidade da língua e as de fala. 
 
Figura 1 - Protocolo para avaliação de frênulo de língua 
 Figura 1 – Protocolo para avaliação de frênulo de língua
984 Marchesan IQ
Rev. CEFAC. 2010 Nov-Dez; 12(6):977-989
Prancha com figuras para a avaliação da fala 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prancha com figuras para a avaliação da fala
Protocolo de avaliação do frênulo da língua 985
Rev. CEFAC. 2010 Nov-Dez; 12(6):977-989Prancha com figuras para a avaliação da fala
986 Marchesan IQ
Rev. CEFAC. 2010 Nov-Dez; 12(6):977-989
Figura Produção paciente Figura Produção do paciente 
Relógio Barata 
Lápis Morango 
Gato Girafa 
Dado Porta 
Passarinho Barco 
Sofá Garfo 
Tesoura Prato 
Casa Trem 
Bicicleta Dragão 
Estrela Livro 
Caminhão Placa 
Olho Flecha 
Chave Blusa 
Avião Flauta 
Borboleta Sino 
Cachorro Osso 
Telefone Zebra 
Flor Asa azul 
Presente Guarda-chuva 
Jacaré Chapéu 
Martelo Janela 
Cruz Joaninha 
Grama Frango 
Coruja Coroa 
Atleta Globo 
 
Figura 2 – Prancha de figuras para avaliação da fala e tabela para anotação
Tabela para anotação da avaliação de fala
Protocolo de avaliação do frênulo da língua 987
Rev. CEFAC. 2010 Nov-Dez; 12(6):977-989
Figura 3 
Exemplo dos diferentes tipos de frênulo 
A. Normal: Fixação no meio da face inferior da língua e, no assoalho, geralmente o frênulo só fica visível a
partir das carúnculas sublinguais.
B. Anteriorizado: Quando, na face inferior da língua, a fixação estiver acima da metade.
C. Curto: Fixação no meio da face inferior da língua como no frênulo normal, porém de menor tamanho. No
geral, a fixação no assoalho da boca, é visível a partir da crista alveolar, quase sempre estando visíveis, as três
pontas de fixação do frênulo na crista alveolar.
D. Curto e anteriorizado: Apresenta uma combinação das características do frênulo curto e do anteriorizado.
E. Anquiloglossia: Língua totalmente fixada no assoalho da boca.
A
B
C
D
19
Figura 3 – Fotos exemplificando as possíveis alterações de frênulo
A 
B 
C 
D 
E 
 
988 Marchesan IQ
Rev. CEFAC. 2010 Nov-Dez; 12(6):977-989
 „ REFERÊNCIAS 
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Janeiro: Guanabara Koogan; 2003.
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8. Marchesan IQ. Lingual frenulum: classification 
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ABSTRACT
Purpose: to present a lingual frenum protocol with scores. Methods: from a specific evaluation of 
the lingual frenum used until 2004, it was designed a new protocol with specific clinical history and 
evaluation. Ten experienced Speech Language Pathologists in Orofacial Myology area used the 
protocol for 3 years in different population, and from their consideration, the protocol was re-structured 
and received scores. The absence of alteration was considered zero and the ones that were found 
were punctuated in ascending order. From the final version, 4 Speech Language Pathologists, with 
specialization in Orofacial Myology at least for 8 years, were trained by the researcher to apply the 
protocol. The protocol was applied in 2008 and 2009 in 239 persons: 160 children between 7 years 
and 2 months old and 11 years and 7 months old; and in 79 adults from 16 years and 8 months on. 
Results: in the protocol with scores, when the sum of anatomical tests is equal or bigger than 3, the 
frenum can be considered altered. When the sum of functional tests is equal or bigger than 25, the 
interference of the lingual frenum in the oral functions can be considered. Conclusion: the lingual 
frenum protocol with score seemed to be efficient to differentiating altered and normal lingual frenum. 
 
KEYWORDS: Lingual Frenum; Evaluation; Tongue; Speech Articulation Tests; Speech, Language 
and Hearing Sciences; Classification
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RECEBIDO EM: 24/07/2010
ACEITO EM: 29/11/2010
Endereço para correspondência:
Irene Queiroz Marchesan
Rua Cayowaá, 664
São Paulo – SP
CEP: 05018-000
E-mail: irene@cefac.br
ERRATA: Este artigo foi aceito para publicação em 
29/11/2010.

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