Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
NEMATÓIDES Profa. Rosiane Teles Disciplina de Parasitologia Básica em Enfermagem Centro Universitário Estácio do Ceará – Estácio/FIC • 500 mil espécies • 80 mil são parasitas de vertebrados • 197 são gastrintestinais • 50 espécies parasitam o homem • Tamanho variado (1mm até >1m) • Fusiformes, alongados • Têm sistema digestivo completo: boca e ânus. • Possuem sexos separados = reprodução sexuada • Em algumas espécies de Strongyloides os machos são raros. • A reprodução faz-se então por partenogênese PARTENOGÊNESE Fêmeas que procriam sem precisar de machos que as fecundem. - Ovo - Quatro estádios juvenis (J1 a J4) - Forma adulta (macho ou fêmea) Passa por quatro ecdises A duração do ciclo é muito afetada por vários fatores: tipo de hospedeiro, temperatura, umidade. a) Ascaris lumbricoides b) Trichuris trichiura c) Enterobius vermicularis d) Strongyloides stercoralis e) Ancilostomídeos f) Larva migrans Transmissão oral-fecal Ingestão de ovos do meio ambiente Penetração de larvas na pele ASCARIS LUMBRICOIDES Ascaris lumbricoides • Afeta 1,5 bilhões de pessoas em todo o mundo, causando 60 mil mortes; • Parasita exclusivamente humano - Maior nematóide intestinal Ovos eliminados Férteis Inférteis Não podem evoluir L1 L2 L3 temperatura entre 15 a 35°C e umidade mínima de 70% São ingeridos Dentro do organismo, as larvas são liberadas atravessam a parede intestinal e penetram na circulação Migração das larvas através do organismo Atingem a circulação venosa ou linfática e chegam ao coração e aos pulmões - 3ª ecdise (trajeto azul). São deglutidas (trajeto vermelho). Nos intestinos sofrem a 4ª e última ecdise passando a vermes adultos. Seus ovos saem com as fezes. Penetram nos alvéolos e bronquíolos, sendo arrastadas pela corrente de muco da árvore respiratória até a faringe (fim do ciclo pulmonar) 1 2 3 4 5 Pneumonia de Loeffler • 6 vermes por paciente até 500 ou 700 em alguns casos. • Localizados nas alças jejunais (90%) e no íleo (10%). • Raramente migram para o duodeno, estômago ou outros lugares. • Movem-se contra a corrente peristáltica. • Aí, se nutrem de materiais semi-digeridos. Período de incubação De ovos férteis até L3 (infectante) – 20 dias Desde a infecção com ovos embrionados até a presença de ovos nas fezes: 60 a 75 dias Período de transmissibilidade: enquanto o indivíduo eliminar ovos nas fezes QUADRO CLÍNICO • Fase invasiva = as lesões dependem do número de larvas, do tecido em que se encontrem e da resposta do hospedeiro. • Síndrome de Loeffler = ciclo pulmonar = febre, tosse, alta eosinofilia e quadro radiológico com manchas isoladas ou confluentes nos campos pulmonares. • Normalmente, esses sintomas desaparecem em poucos dias sem deixar traços. • Em crianças pequenas e em pessoas hipersensíveis, a gravidade pode ser alta. QUADRO CLÍNICO • Podem permanecer nos intestinos sem molestar o paciente, sendo descobertos, ocasionalmente, quando um deles for expulso com as fezes. • Manifestações mais frequentes são: • desconforto abdominal, dor epigástrica, cólicas intermitentes e mádigestão; • Náuseas, anorexia e emagrecimento. • Irritabilidade, sono intranqüilo, ranger de dentes à noite e coceira no nariz. • Quadros alérgicos, como urticária, edemas e crises de asma que se curam com antihelmínticos. • Em populações de baixa renda e crianças desnutridas, os parasitos agravam o mau estado nutricional. • Complicações: • Estado grave ou fatal - se um único helminto entrar no apêndice, nas vias biliares ou pancreáticas, em um brônquio. • Mais comum, em crianças: obstrução intestinal por um bolo de áscaris - quadro de abdome agudo. DIAGNÓSTICO • EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES TRATAMENTO A – Albendazol – ovocida, larvicida e vermicida B – Levamisol é um anti-helmíntico de largo espectro, do grupo do mebendazol. C – Mebendazol - Praticamente sem efeitos colaterais, mas contra-indicado em epilépticos. D – Nitazoxanida - Annita Tratamento da obstrução intestinal Piperazina Óleo mineral Anti-espasmódico Hidratação MEDIDAS DE CONTROLE • Educação em saúde • Saneamento básico • Tratamento em massa das populações Enterobius vermiculares • Ovos - São mais achatados de um lado e contêm uma larva L2 já formada por ocasião da postura. • Só se tornam infectantes após contato com o O2 no períneo ou no meio ambiente. • Modo de transmissão: fecal-oral • Auto-infecção • Hetero-infecção • Retro-infecção • Período de incubação: 2-6 semanas QUADRO CLÍNICO • Pode cursar assintomática • Prurido anal, principalmente à noite • Escoriações – inflamação peri-anal • Sintomas gastro-intestinais inespecíficos • Vulvovaginites Tratamento e medidas de controle são os mesmos da ascaridiase Melhor método diagnóstico: Busca de ovos (ou vermes) no períneo, de manhã antes do banho = pela técnica da fita adesiva. Exame de fezes: só revela 5-10% dos casos NÃO HÁ CICLO PULMONAR!!! Trichiurus trichiura • Ciclo de vida semelhante, sem passagem pulmonar • Diagnóstico: Exame parasitológico de fezes • Tratamento: O mesmo • Medidas de controle: as mesmas Enterobius vermiculares PARTE 2 Strongyloides stercoralis Larvas rabditóides – não infectantes Período de incubação – 2 a 4 semanas Albendazol Cambendazol Diagnosticar e tratar precocemente Quadro clínico • Infecções leves: assintomáticas • Náuseas • Vômitos • Diarréia • Dor abdominal • Anemia ferropriva • Crianças com parasitismo intenso: • Hipoproteinemia • Atraso no desenvolvimento físico e mental Tratamento • Mebendazol • Albendazol • Pamoato de Pirantel • Controle • Educação • Saneamento básico • Higiene • Uso de calçados • Tratamento precoce Larva migrans • Cutânea - larvas de 3º estágio (L3) dos helmintos Ancylostoma braziliense, A. caninum, Uncinaria tenocephala, Gnathostoma spinigerum, A. duodenale, Necator americanus, Strongyloides stercoralis e formas imaturas de Dirofilaria • Visceral - larvas de 3º estágio (L3), principalmente do gênero Toxocara Espécies acometidas Seres humanos Cães e Gatos (hospedeiros definitivos) • Larva migrans cutânea – prurido e lesões dermatológicas com “traçado de mapa” • Larva migrans visceral (LMV) – febre, hepatomegalia, nefrose, manifestações pulmonares e cardíacas, e lesões cerebrais e/ou oculares. Sintomas Formas de transmissão • Cutânea: Solo contaminado com L3 • Visceral: Ingestão de ovo com L3 (Toxacara) Diagnóstico • Larva migrans cutânea • Histórico: contato com locais que apresentam areia, frequentados por cães e gatos, sobretudo em praias, em praças, colégios e parques destinados à recreação de crianças. • Sinais clínicos e lesões: considerar a inflamação e intenso prurido, bem como aspecto e evolução das lesões dermatológicas. • Larva migrans visceral • Histórico: • idade < 4 anos • dados sobre geofagia ou exposição a solos contaminados com fezes de caninos e/ou felinos. • Sinais clínicos: • Dg clínico é difícil. • Alterações laboratoriais: eosinofilia, hipergamaglobulinemia, hepatomegaliaMétodos imunológicos – ELISA - sorologia Tratamento e controle • Mebendazole • Fembendazole • Albendazole • Nitroscanato • Pamoato de pirantel • Higiene • Uso de calçados • Cuidados com animais Filariose– Elefantíase • Wucheria bancrofti • Vive nos vasos linfáticos dos indivíduos infectados – causando obstrução. • Forma de transmissão: • Picada do mosquito Culex quinquefasciatus infectados TRATAMENTO Dietilcarbamazepina
Compartilhar