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Gênero Babesia São piriformes, ovais ou redondos. Acometem principalmente cão, equinos e bovinos. São transmitidos por carrapatos ixodídeos. Seus principais sintomas são: anemia, febre e hemoglobinúria. Podem ser não viscerotrópicos (alta parasitemia), ou viscerotrópicos (baixa parasitemia) São heteróxenos, ou seja: acomete hospedeiros vertebrados (bovinos, equinos, cães, homem. Sua Reprodução é assexuada nos eritrócitos ou linfócitos) e Invertebrados (geralmente são carrapatos ixodídeos. Há reprodução assexuada e sexuada) Há 3 tipos de reprodução: - Merogonia: reprodução assexuada nas hemácias do hospedeiro vertebrado - merozoítos - Gamogonia: terminação da formação e fusão dos gametas - tubo digestivo dos carrapatos - Esporogonia: reprodução assexuada nas glândulas salivares dos carrapatos – esporozoítos CICLO BIOLOGICO EM HOSPEDEIROS VERTEBRADOS O carrapato infectado inocula os esporozoítos que irão infectar os eritrócitos do hosp. Vertebrado -> O esporozoíto transforma-se em um trofozoíto intraeritrocítico -> Trofozoíto inicia processo de divisão assexuada (merogonia) -> Dentro do eritrócito são formados merozoítos -> Eritrócito é destruído com liberação de merozoítos -> Merozoíto irá infectar novo eritrócito e pode seguir 2 caminhos: reiniciar novo ciclo de divisão assexuada ou formar gametócitos ♂ ♀ CICLO BIOLOGICO EM HOSPEDEIROS INVERTEBRADOS A ♀ do carrapato ao se alimentar ingere sangue infectado com o protozoário. Merozoítos são destruídos no trato digestivo do carrapato e os gametócitos formam gametas ♂ ♀(gametogonia) -> Gametas podem se unir (fusão dos gametas) e formar o zigoto que se diferencia em uma forma móvel (oocineto) -> Oocineto penetra no epitélio do trato digestivo e inicia o processo de divisão assexuada (esporogonia) dando origem aos esporocinetos -> Esporocinetos rompem a célula epitelial e são transportados (via hemolinfa) para diferentes tecidos do carrapato, reiniciando a esporogonia -> Alguns esporocinetos atingem o útero da ♀ e penetram nos ovos (transmissão transovariana) permanecendo dormentes até a eclosão e o início da alimentação das larvas -> Esporocinetos iniciam esporogonia no tecido das larvas -> Quando há transmissão transestadial, os esporocinetos permanecem nos tecidos do carrapato, mesmo após a ecdise, infectando ninfas e adultos -> Esporocinetos atingem a glândula salivar iniciando a esporogonia juntamente com o início do repasto sanguíneo. Então, são formados os estágios infectantes (esporozoítos) para o hosp. Vertebrado -> Esporozoítos são liberados para dentro dos dutos salivares dos carrapatos -> Ao se alimentar, o carrapato inocula os esporozoítos, juntamente com a saliva, infectando um novo hosp. Vertebrado. BABESIOSE E TEILERIOSE EQUINA Babesiose: Babesia caballi – Sinonímias: piroplasmose equina ou nutaliose Sinais clínicos: a doença pode ser crônica ou aguda, com aparecimento de febre, anemia e icterícia Teileriose: Theileria equi - Sinais clínicos: febre, apatia, depressão, inapetência, icterícia, anemia, hemoglobinúria, hemorragias (mucosa, vias nasais). BABESIOSE BOVINA Sinonímias: Tristeza parasitária bovina (Brasil), Febre do Texas (EUA), Febre esplênica, Malária bovina, Água vermelha. Tristeza Parasitária Bovina: complexo de doenças causadas por infecções com Babesia bovis e Babesia bigemina juntamente com Anaplasma marginale. B. bigemina -> Além de bovinos, hospedam cervídeos e búfalos. Tem alta parasitemia, induz anemia severa e febre alta, tem por sinais clínicos: febre, icterícia, hemoglobinúria e acidose metabólica. B. bovis -> É viscerotrópica, leva à formação de trombos nas vísceras, tem baixa parasitemia (não detectável) com anemia e sintomas neurológicos, é de agressividade extrema e causa convulsões. Hospedam cérebro, baço e fígado. seus sinais clínicos são: anemia, hemoglobinúria, febre, icterícia, incoordenação, convulsão, depressão e morte. Podem haver possibilidades de surto quando: Há extenso controle de carrapatos: não há exposição prévia e quando ocorre a exposição pode ocorrer surto, quando os bezerros são criados confinados (animais sem exposição prévia), durante a transferência para o pasto, há queda de imunidade passiva pelo colostro, e pode haver surto, Animais jovens mais resistentes: anticorpos colostrais, aumenta a eritropoiese na medula óssea, aumentando a resposta da imunidade celular. A exposição é importante para manter a resposta imune - se for muito intensa pode causar doença clínica. BABESIOSE CANINA Sinonímia: piroplasmose dos cães Etiologia: Babesia canis com três subespécies distintas: - B. canis vogeli (países tropicais e subtropicais): baixa patogenicidade - Rhipicephalus sanguineus - B. canis canis (Europa): patogenicidade moderada – Dermacentor reticulatus - B. canis rossi (África do Sul): altamente patogênica – Haemophysalis leachi É uma doença hemolítica, causa anemia progressiva, pode ocorrer choque endotóxico e alterações da coagulação Seus principais sintomas são: anemia, febre, anorexia, desidratação, perda de peso, dor abdominal e sensibilidade renal à palpação. Diagnóstico: Métodos diretos: - Esfregaço sanguíneo (fase aguda) - PCR - Necrópsia: lesões e histopatológico Métodos indiretos: - Testes sorológicos (úteis para animais na fase crônica ou assintomáticos): ELISA, imunofluorescência indireta. Principais formas de controle: Controle de vetores, Quarentena e isolamento, Testar animais suspeitos ou provenientes de áreas endêmicas. Tratamento: Dipropionato de imidocarb, Diaceturato de diminazene. Gênero Anaplasma Anaplasmose em bovinos A. marginale: • As mórulas de formato esféricos localizam-se, preferencialmente, na margem do eritrócito Sua principal forma de transmissão é: por Vetores biológicos (Rhipicephalus microplus), e Vetores mecânicos: moscas hematófagas (tabanídeos e Stomoxys) e mosquitos (gêneros Culex e Aedes), Forma iatrogênica, no sangue o organismo penetra nas hemácias, forma um vacúolo e multiplica-se por divisão binária, formando um corpúsculo de inclusão. CICLO BIOLOGICO: No sangue, o patógeno penetra no eritrócito, forma um vacúolo e multiplica-se por divisão binária, formando um corpúsculo de inclusão -> Os patógenos saem das hemácias sem rompê-las e penetram em outras, promovendo uma intensa anemia. Podem ser transmitidas de três formas: - As hemácias parasitadas são ingeridas pelo carrapato e transmitidas para outros bovinos. - Transmissão iatrogênica: utilização de material contaminado (seringas, material cirúrgico) - Transmissão fetal: passagem transplacentária Período de incubação: geralmente, 4 semanas Causa reação febril aguda com grave anemia hemolítica, Icterícia, Fraqueza e dificuldade respiratória, depressão, perda de apetite, queda na produção. A. centrale: • Patogenia menos grave A. bovis: Sua importância para bovinos esta relacionada a co-infecções com outros hemoparasitos de bovinos Transmissão: - África: carrapatos do gênero Hyalomma - Brasil: carrapatos do complexo Amblyomma cajennense Anaplasmose em cães platys: Tem grande importância para a clínica de pequenos animais e saúde pública, devido a sua alta prevalência em cães Transmissão: está associada ao carrapato Rhipicephalus Sanguineus É uma doença que pode variar de leve a severa no cão. É caracterizada por trombocitopenia cíclica com parasitemia inicial onde um grande número de plaquetas são parasitadas. Sinais clínicos: leves a mais acentuados (febre, letargia, palidez das mucosas, hemorragias petequiais da pele e das mucosas bucais, diminuição do apetite, perda de peso) Gênero Ehrlichia Ehrlichia canis: Carrapato vetor: Rhipicephalus sanguineus Ciclo biológico no carrapato vetor: não há transmissão transovariana, somente transestadial (transmissão da bactéria presente nas larvas, para as fases de ninfa e adulto) Aspectos clínicos: Hipertermia, anorexia, perda de peso, secreção nasal, transtornos hemorrágicos: petéquias,epistaxe... CICLO BIOLÓGICO: Penetração de corpúsculos elementares nos monócitos, nos quais permanecem em crescimento por aproximadamente 2 dias -> Multiplicação do agente por um período de 3 a 5 dias, com formação dos corpúsculos iniciais -> Formação das mórulas, sendo estas constituídas por um conjunto (até 40) corpúsculos elementares. Gênero Eimeria Principais hospedeiros: aves, mamíferos (ovinos, caprinos, suínos, equinos, coelhos), répteis e peixes. É encontrado em Células epiteliais do intestino, rim e fígado; Importância em Medicina Veterinária: Ampla variedade de hospedeiro; Longevidade alta – oocistos (resistentes); Animais mais jovens – mais sensíveis; Animais podem apresentar diarréia sanguinolenta – destruição das células; Perda de peso, predispõem a infecções oportunistas; Mortalidade: aves pode chegar a 100%; Gênero Cystoisospora (isospora) Hospedam cães, gatos, suínos e aves; Difere do ciclo da Eimeira em 3 aspectos: oocisto esporulado com dois esporocisto e cada uma com quatro esporozoítos; estágios extra intestinais no baço, fígado em pássaros; roedores podem infectar-se com estágios assexuados e atuar como reservatórios. Principais espécies: - I. suis - I. canis e I. ohioensis - I. felis e I. rivolta - I. belli ou hominis Gênero Cryptosporidium Taxonomia - Gênero Cryptosporidium - Mamífero: C. parvum e C. muris - Roedores: C. muris - Felinos: C. felis - Caninos: C. canis - Aves: C.meleagridis e C. baileyi - Répteis: C.serpentis - Peixes: C.nasorum É um parasita eurixeno e monóxeno, localizado nas células epiteliais do trato intestinal e respiratório de bovinos e de outros vertebrados. Oocisto tem formato subesférico e pequeno; Intracelular porém extracitoplásmatico – adere as microvilosidades; Oocisto esporulado contém 4 esporozoítos sem apresentar esporocistos; Esporulação – no hospedeiro Transmissão: Transmissão oral-fecal, Autoinfecção. Importância: causa diarréia em mamíferos; Distúrbios respiratórios em aves; Infecção oportunistas (HIV); Oocistos são resistentes a desinfetantes; Problema de Saúde Pública – água contaminada; Gênero Toxoplasma TOXOPLASMA GONDII “Toxoplasma gondii, um protozoário intracelular obrigatório capaz de infectar diferentes espécies de animais homeotérmicos, inclusive o homem”. Esporozoíta Encontrados em fezes de felídeos Esporulação no meio ambiente São sensíveis a temperaturas extremas Causam Infecção pela ingestão de oocistos Taquizoíta Causa Infecção AGUDA, Infecção congênita Parasita o sangue, secreções, excreções Multiplicação rápida em células nucleadas Bradizoíta Infecção CRÔNICA - Cistos Causa Infecção pela ingestão de cistos teciduais, Stress - Ruptura do cisto CICLO VITAL Hospedeiro definitivo: Fase intestinal, Multiplicação sexuada, Oocistos nas fezes. Hospedeiro intermediário: Fase extra- intestinal, Multiplicação assexuada, Cistos teciduais. Trasmissão: Fecal-oral, carnivorismo (quando o gato devora cadáveres que estão infectados), congênita (de mãe para filho). Gênero Neospora Sua Transmissão no hospedeiro intermediário é intracelular HD - Oocistos esporulados:Dois esporocistos, com quatro esporozoítos cada um Transmissão horizontal no hospedeiro definitivo pode ser via transplacentária. FILO SARCOMASTIGOPHORA (a) Promastigota – o flagelo emerge da parte anterior da célula (b) Epimastigota - o flagelo emerge ao lado do núcleo da célula (c) Tripomastigota - o flagelo emerge da parte posterior da célula (d) Amastigota – somente o cinetoplasto é visível. Não há flagelo. Gênero Trypanossoma Tem como hospedeiro definitivo: Bovinos, equinos, bubalinos e caprinos Tem como hospedeiro intermediário: Gênero Tabanus e Glossina (Tse-tse) Está localizado no sangue do HD. Pode ser transmitido da seguinte forma: - Transmissão cíclica: artrópode hospedeiro intermediário, onde há multiplicação do parasita. - Multiplicação no sistema digestório e probóscide -> grupo Salivaria -> transmitidos por mosca tsé-tsé, principais espécies: T. congolense, T. vivax e T. brucei. (transmissão inoculativa) - Multiplicação no sistema digestório e migração para o reto sendo eliminados pelas fezes: grupo Stercoraria -> transmitidos por tabanídeos -> T. theileri (não patogênico) e T. cruzi. (transmissão contaminativa) Transmissão acíclica: - Transmissão mecânica: transmissão de um hospedeiro para outro pela alimentação interrompida por insetos picadores: tabanídeos e Stomoxys (mosca dos estábulos). - Os tripanossomas não se multiplicam no vetor. T. evansi - Importante: Tripanossomos do grupo salivaria também podem ser transmitidos de forma mecânica. Ex. T. vivax na América do Sul. - Ingestão de carcaça fresca ou órgão de animais mortos o parasita penetra pelas feridas existentes na cavidade oral. SALIVARIA STERCORARIA Hospedeiros e reservatórios: Homem, cão, gato, tatu e gambá Principal vetor: “barbeiro” Tripanossomose transmitida mecanicamente Principais espécies: T. evansi - Surra (Doença). Hospedeiros: equinos, camelos, cães, bovinos e suínos Vetores: tabanídeos, Stomoxys, morcegos hematófagos América do Sul: mal das cadeiras ou “doença das ancas” Tripanossomose transmitida pela cópula Principais espécies: T. equiperdum – Durina ou Sífilis do cavalo Hospedeiro: equinos e asininos Não apresenta vetores – Transmissão pela cópula Gênero Leishmania Seus hospedeiros invertebrados são os mosquitos do Gêneros Phlebotomus ou Lutzomyia. Seus hospedeiros vertebrados são os cães, humanos e roedores Sua localização preferencial é nas células mastigota no HD e promastigota no HI. Espécies complexo Leishmania braziliensis Leishmania (Viannia) braziliensis – Úlcera de bauru, ferida brava, botão do oriente, nariz de tapir. L. v. guyanensis L.v. panamensis L.v. peruviana Espécies complexo Leishmania mexicana Leishmania (Leishmania) mexicana L. l. piganoi L.l. amazonesis L.l. venezuelensis L.l. garnhami Espécies complexo Leishmania donovani Leishmania (Leishmania) donovani L. l. infantum L.l. chagasi A leishmaniose causa aumento dos gânglios linfáticos, crescimento exagerado das unhas, perda de pelo, ulcera e descamação na pele, emagrecimento, atrofia muscular, sangramento nasal, anemias e etc... Gênero Giardia Possuem um par de flagelos anteriores, um par de posteriores e um par de flagelos caudais, São arredondados na extremidade anterior e pontudos na posterior, Na face ventral apresenta um disco adesivo bilobado – responsável pela adesão nas células do hospedeiro, Possuem uma fenda ventral com dois flagelos ventrais. Parasitam o intestino de mamíferos Os trofozoítos se dividem por fissão binária: os núcleos se dividem primeiro, seguidos pelo aparelho locomotor, disco adesivo e citoplasma. Gênero Trichomonas T. vaginalis: infecta sistema reprodutor de humanos T. gallinae: infecta o sistema digestório de aves T. foetus: protozoário flagelado infecta sistema reprodutor de bovinos e sistema digestório de felinos Morfologia: Possui corpo geralmente piriforme, seu núcleo é apenas na parte anterior, possuem 3 a 5 flagelos anteriores e um flagelo recorrente ao longo da borda de uma membrana ondulante Axóstilo – estrutura em forma de bastão ao longo da célula Tritrichomonas – 3 flagelos anteriores e um posterior formando uma membrana ondulante Trichomonas – flagelo posterior não é livre, possuem 4 flagelos anteriores Ciclo evolutivo: reprodução por fissão binária sem a formação de cistos Em bovinos causa alteração reprodutiva Em suínos os parasitas são encontrados na cavidade nasal, estômago, ceco e cólon, geralmente sem provocar sinais clínicos. T. vaginalis – infecção venérea. Habita a vagina e uretra de mulheres e próstata e vesículas seminais de homens. transmissão pela relação sexual. Touro infectado – permanece para sempre • Habita o prepúcio, transmissão pelo coito; • Vagina – cervix – utero – endometrite• Fêmea com aborto precoce; Transmissão genital, ou não venérea (vagina artificial, sêmen infectado, palpação vaginal, instrumentos obstétricos)
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