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Introdução Comunidade: Relação entre indivíduos de espécies diferentes (interespecíficas). População: Relação entre indivíduos de espécies iguais (intraespecíficas). Interespecíficas -> Mutualismo (Não obrigatória) e simbiose (obrigatória). Intraespecíficas -> Parasitismo (ectoparasitas e endoparasitas). Tipos de relações intraespecíficas: Colônias – São associações harmônicas entre indivíduos da mesma espécie que necessitam anatomicamente dessa relação, na qual sem ela, pode ocorrer prejuízo de morte. Ex: Esponjas. Sociedades – Associações entre indivíduos de mesma espécie onde existem funções cooperativas muito bem definidas. Ex: Abelhas e formigas. Canibalismo – É uma interação desarmônica entre indivíduos de mesma espécie na qual um deles mata e devora o outro. Ex: Algumas aranhas e escorpiões e as fêmeas de louva-a-Deus. Tipos de relações interespecíficas: Foresia – Fenômeno onde certos seres vivos se utilizam de outros como meio de locomoção, sem prejudica-lo. Ex: Craca. Comensalismo – Associação entre indivíduos de espécies diferentes na qual um deles aproveita os restos alimentares ou metabólicos do outro sem lhe causar prejuízo. Ex: rêmora e tubarão. Mutualismo – Associação entre indivíduos de espécies diferentes que é obrigatório para que haja vida. Ex: Líquens e fungos. Simbiose – Relação de benefícios sem perdas entre espécies diferentes, ocorre uma relação de trabalho sem que ocorra prejuízo para as espécies envolvidas. Ex: Abelha e flor. Parasitismo – Relação na qual uma espécie (o parasito) se beneficia da outra, causando danos maiores ou menores. Ectoparasito – Parasito habitando do lado externo. Ex: Carrapatos. Endoparasito – Parasito habitando internamente no hospedeiro. Ex: Dypilidium caninum. Hospedeiro definitivo (HD) -> É o que apresenta o parasita em sua fase de maturidade ou em fase de reprodução sexuada. Ex: Cão, gato, homem. Hospedeiro intermediário (HI) -> Aquele que apresenta o parasita em sua fase larvária ou assexuada. Ex: caramujo, carrapato. Hospedeiro paratênico (HP) -> É o hospedeiro intermediário no qual o parasito não sofre desenvolvimento ou reprodução, mas permanece viável até atingir novo HD. Ex: minhocas, ratos. Vetores -> São animais que transmitem algumas doenças. Essas precisam de um intermediário para passar de um animal pra outro. Ex: Pernilongos, carrapatos, pulgas. * Transmitem doenças causadas por vírus e protozoários* Número - Parasito Monoxeno: Tem apenas um hospedeiro (Ciclo direto) Parasito Heteroxeno: Tem um hospedeiro definitivo e um intermediário (Ciclo indireto) Especificidade – Parasito Estenoxeno: Abrigam espécies de vertebrados Parasito Eurixeno: Vivem em uma variedade de hospedeiros possíveis Tempo – Parasito Temporário: Ou intermitente – É um parasitismo obrigatório, no qual o indivíduo só procura o hospedeiro para retirar seu alimento. Ex: Pulgas Parasito Periódico: Há fases obrigatórias de parasitismo e fases livres, que sucedem regularmente no curso da vida do indivíduo. Ex: Mosca do berne. Parasito Permanente: Quando dura toda a vida do parasita por necessidade de estar associado ao hospedeiro. Ex: Tênia. Ocorrência – Parasito Obrigatório: Só conseguem viver no ambiente proporcionado pelo hospedeiro. Ex: Tênia Solium. Parasito Facultativo: Praticam habitualmente a vida parasitária, mas que, em certas circunstâncias, assumem outro modo de vida. Ex: larvas de moscas. Parasito Acidental: Se tornam parasitas por acidente, ocasionalmente. Ex: Dypilidium caninum em crianças. Exigência nutritiva – Parasito Estenotrófico: Nutre-se apenas de um tecido. Ex: Anopheles. Parasito Euritrófico: Nutre-se de mais de um tipo de tecido. Ex: larvas de Cochlomyia hominivorax. A sobrevivência e permanência do parasita dependem de algumas características do agente etiológico: - Infectividade - Patogenicidade - Persistência - Virulência - Tropismo - Resistência Infecção é a invasão, desenvolvimento e multiplicação de um microrganismo no organismo de um animal ou planta, causando doenças. Infestação é o estabelecimento, proliferação e ação de parasitos na pele ou seus apêndices. Ação dos parasitos sobre o hospedeiro - Espoliadora: Absorve nutriente ou sangue - Tóxica: Produzem enzimas ou metabólicos que podem lesar - Mecânica: Impedem o fluxo do alimento, bile, absorção alimentar - Irritativa: Parasito irrita o local a ser parasitado Artrópodes Têm simetria bilateral, corpo segmentado, corpo dividido em: Cabeça, tórax e abdômen. Tem exoesqueleto de quitina. Seu sistema muscular é de musculo estriado Seu sistema respiratório possuem brânquias, traqueia ou espiráculos. Seu sistema digestório tem canal alimentar completo Seu sistema circulatório é aberto. Possui sistema nervoso e reprodutivo. Os olhos das fêmeas são dicópticos (distantes entre si), e o dos machos são holópticos (próximos entre si). Possuem normalmente 3 pares de patas, um par de antenas, 1 ou 2 pares de asas, sua boca é ventral e rodeada por peças bucais de função mastigadora. Ao crescer, os artrópodes abandonam o esqueleto velho, para fabricar outro maior (ECDISE), e assim vai até sua fase adulta. Funções do exoesqueleto: - Alavanca - proteção - força - evita desidratação - aumento imunológico Sistema reprodutivo: Dióicos Sua metamorfose é completa – Holometábolico (ovo-larva-pupa-adulto) Ou incompleto – Hemimetabólica (ovo-ninfa-adulto). DÍPTEROS Insetos pequenos e delgados, de asas longas e estreitas, antenas longas. Constituem o grupo dos mosquitos e borrachudos. Antenas –> 3 segmentos: escapo, pedicelo e flagelo Femêas – cerdas Machos + cerdas Tórax -> 3 segmentos: pró-torax, mesotórax e metatórax. As asas possuem nervuras, que delimitam regiões chamadas células. Aparelho picador -> Labrofaringe, 2 mandibulas, 2 maxilas e hipofaringe. PARTICULARIDADES Nematocera – Família Culicidae Não possuem ocelos, tem antenas com segmentos, probóscide alongada e pernas longas. As fêmeas são hematófagas noturnas. Já os machos se alimentam de sucos vegetais. Fêmeas colocam seus ovos em água ou locais úmidos. Tribo Anophelini Anopheles Adultos possuem muitas escamas, probóscide bem desenvolvida, palpos retos, olhos grandes e os machos possuem antenas plumosas. Larvas respiram via tegumento. Ovos: põe ovos em grandes coleções de água parada, com correnteza leve ou coletada de bromélias. Os ovos não resistem à seca, são postos isolados na agua, possuem flutuadores. Criadouros: Lagoas, rios e represas TRANSMITEM A MALARIA E TÊM HABITO NOTURNO. Tribo Aedini Aedes São rajados, escuros com manchas brancas e tem escamas brancas e escuras na cabeça e abdômen. Ovos: Coloca os ovos à beira das águas de pequenos vasos, latas e etc. Os ovos são postos isoladamente, se a água evapora, o ovo fixa nas paredes do vaso e ficam lá até eclodirem em larvas com a chuva. - Não possuem flutuadores. Periodo de embrionamento dura 72 horas. A fase larvária é o perído de alimentação e crescimento, possuem 4 estágios evolutivos (varia a duração). Na fase pupa não se alimentam, e a fase dura de 2 a 3 horas. O acasalamento ocorre nas imediações do seu habitat. As fêmeas são hematófagas antropofílicas, e fazem uma postura de ovos a cada repasto sanguíneo. Tribo Culicini Cullex São domésticos de hábito noturno. Encontrados principalmente nos dormitórios, sobre o teto, móveis e roupas. Fêmeas depositam ovos em àgua parada limpa ou suja. Fêmeas antropofílicas, e após a desova fêmea sobrevive pouco. Transmite filária (Lituchereria brancofti) Ovos desprovidos de flutuadores, larvas com sifão respiratório na extremidade final do abdomen. Ovos são colocados em posição vertical, formando jangadas. LARVAS Encontram-se na água e podem viver um tempo em ambiente úmido. A larva sofre 4 mudas, se alimentam de microrganismos, e são desprovidas de patas e asa. Possui corpo com cabeça, tórax e abdômen. Respiram por um sifão ou via tegumento. PUPAS Após a 4ª muda, a larva forma-se em pupa. Temformato de uma virgula. É móvel porem não se alimenta. Seu corpo possui apenas cefalotórax e abdômen. Após o crescimento para mosquito, ele fica em cima da pele da pupa para que ocorra a quitinização. CRIADOUROS Permanentes -> Naturais (lago e riacho) Artificiais ( Caixas d’agua, vasos, garrafas, pneus e etc. Temporários -> Poças HABITAT Forma adulta terrestre, encontrados facilmente em folhagens, florestas, cerrados, cavernas, mangues. Suas larvas desenvolvem-se em agua parada ou corrente, matéria orgânica em decomposição ou no interior de vegetais. São holometabólicos. Família Psychodidae (Mosquito palha, birigui, tatuquira) Subfamilia Phlebotominae Lutzomyia (américas) -> mosquito palha Subfamilia Psycodinae Psychoda -> Mosca dos banheiros Fêmea hematófagas e com atração por luz e durante o dia ficam escondidas. Palpos maiores que a probóscide Mosquito palha é o transmissor do agente causal da leishmaniose Família Ceratopogonidae Gênero Culicoides (Mosquito pólvora, maruim, mosquitinho do mangue) São bem pequenos, possuem antenas longas e peças bucais curtas e asas manchadas. Vivem nos mangues e terrenos pantanosos Causa dermatite em equinos, possuem hábitos diurnos. Fêmeas postam os ovos em pedras ou paus dentro da agua doce ou salgada. Fêmeas hematófagas, transmitem filária em bovinos e ovinos. Família Simulidae Gênero Simulium (borrachudos puins) Possuem tórax arqueado e pernas curtas. Adulto possui asa com nervura em uma parte e a antena parece um chifre. (Mais curta que a dos outros nematocera) Se parecem com uma pequena mosca. Habitam em aguas correntes. Fêmeas hematófagas (Equinos, ruminantes, aves e humanos). Suas larvas ficam abaixo do nível das aguas. Possuem ventosa posterior, escova oral e pseudopodes. Fêmea deposita ovos na vegetação da agua -> larvas fixam nas folhas -> pupas no casulo submergem -> adultos escapam dentro de bolhas de ar. Provocam perturbação, reduzem produtividade, causam reação alérgica (saliva), infestações maciças podem matar por anemia ou hipersensibilidade. São vetores de filarídeos (elefantíase e onchocercose; e em aves o leucocytozoom). ÁCAROS Corpo dividido em gnatossoma (anterior) e idiossoma (posterior). Região onde inserem-se as pernas – podossoma Região posterior às pernas – Opistossoma Par anterior de patas serve como órgão sensorial para localização do hospedeiro e fixador para acasalamento e captura. A maioria são ovíparos, mas existem ovovivíparos. Suas larvas são hexapódas (3 pares de patas) e sua ninfa octopóda (4 pares de patas) Ácaros escavadores Família Sarcoptidae Escavam a pele do hospedeiro, provocando espessamento. Possui corpo globoso, rostro curto e largo, patas curtas e grossas, seu corpo é estriado com escama e espinhos Hospedam o homem, cães, coelhos, suínos, equinos e ruminantes. *SARNAS DOS ANIMAIS PODEM INFESTAR O HOMEM, MAS NÃO SE MULTIPLICAM NEM ESCAVAM A PELE* Ventosas nas patas: Macho -> I, II e IV. Fêmea -> I e II. Anus terminal e pedicelo longo não segmentado (simples) Ciclo dura de 10 a 20 dias. Ácaros adultos acasalam na pele do hospedeiro -> a fêmea escava a pele e põe seus ovos em galerias -> eclosão -> larvas -> ninfa -> Adulto. Notoedres cati (sarna da cabeça do gato) Anus dorsal, pernas curtas e longas, estriações dorsais não quebradas, cerdas dorsais simples. Além de gatos, pode parasitar ratos, coelhos e cães. Seu ciclo todo ocorre no hospedeiro. Encontrados na cabeça e orelhas, mas podem se espalhar no corpo. Altamente contagioso, infestação se espalha através de larvas e ninfas. Pode ser fatal se não tratado rápido. Pode ocorrer uma dermatite transitória no homem. Familia Cnemidocoptidae (AVES) Possuem patas curtas e grossas, corpo estriado, duas barras longitudinais na base dos palpos, não possuem espinhos dorsalmente. Fêmeas com ventosas ausentes e machos com ventosas presentes. Anus terminal, pedicelos simples. Hospedam aves e localizam-se sob as escamas das penas. Ácaros não-escavadores Familia Psoroptidae - Sarnas superficiais Possuem corpo arredondado, mais longo e menos largo, pernas longas e finas, não cavam tuneis na pele Psoroptes Corpo ovóide, pernas longas e não grossas, terminando em pedicelos trissegmentados, anus terminal Hospedam equinos, caprinos e coelhos. Ciclo: Cópula -> postura de ovos na pele -> eclosão -> larvas -> ninfa 1 -> ninfa 2 -> adulto. Todas as fases picam e causam irritação na pele, se alimentam de linfa e descamações. Causam inflamação, escoriação por trauma, formação de crostas e exsudação. Chorioptes Hospedam ruminantes, equinos e coelhos. Gnatossoma arredondado, largo e longo, pedicelo curto e simples, pernas longas e não grossas. 4º par de pernas muito curto. Ventosas nas patas: Machos -> I a IV. Fêmeas -> I a III. COMPARAÇÃO Psoroptes Chorioptes Ventosas afuniladas Ventosas em forma de taça Pedicelo triarticulado Pedicelo curto e não articulado Peças bucais pontiagudas Peças bucais arredondadas Tubérculos abdominais arredondados no macho Tubérculos abdominais trincados no macho Octodectes cynotis (sarna auricular de cães e gatos) Ventosas com pedicelos curtos e simples, corpo ovóide, 4º par de patas da fêmea é muito pequeno, gnatossoma em forma de cone. Ventosas nas patas: Machos -> I a IV e Fêmeas -> I e II. Semelhante ao Chorioptes. Ciclo dura +- 3 semanas. Transmissão por contato direto, ou das fêmeas para os filhotes. Coloniza as orelhas, mas pode atingir dorso, cauda e cabeça em casos severos. Subordem Actinedida (PROSTIGMATA) Estigmas respiratórios situados anteriormente na base do gnatossoma. Família Demodecidae Genero demodex Espécies: Demodex folliculorum – agente do cravo do homem Demodex phyloides – glândula sudorípara de suíno Demodex caprae – sarna nodular pruriginosa de caprino Demodex bovis – nódulos ou pústulas na pele de bovinos Demodex canis – agente da sarna demodécica ou lepra de cães Localiza-se: folículos pilosos, glândulas sudoríparas e sebáceas. Ciclo: ovo -> larva hexápoda -> ninfa 1 -> ninfa 2 -> adultos (octópodes) Causa perda de pelo, formação de crostas e prurido. Diagnóstico -> exame microscópico a fresco do pus das lesões entre lâmina e lamínula. Raspado de pele (profundo). Subordem Gamasida (MESOSTIGMATA) Par de estigmas respiratórios abrindo-se em peritremas alongados entre as coxas III e IV. Família Dermanyssidae Espécie Dermanyssus gallinae Ácaros vermelhos, grandes que parasitam aves. Quelíceras e pernas longas, superfície dorsal com um escudo único, escudo anal em formato quadrangular. São hematófagos. Parasita galinhas e aves em geral. Tem distribuição cosmopolita. Tem coloração avermelhada, fica acinzentada à medida que o sangue é digerido. São encontrados nos aviários em colônias nas fendas de madeira, frestas, sujeiras (fezes, poeira e penas). Permanecem nesse local a maior parte do seu ciclo, a noite procuram aves para repasto sanguíneo. Fêmea ovipõe após repasto, em média 4 ovos. As larvas não se alimentam, as protoninfas sim. Ciclo demora 7 dias. Quando não encontram aves, podem atacar mamíferos, incluindo o homem. Picada dolorosa que provoca dermatite. Ornithonyssus Ácaros hematófagos de aves. Distribuição cosmopolita. Não sobrevivem muito tempo fora do hospedeiro, concentram-se ao redor da cloaca e do ventre da galinha. E em aves jovens ao redor do bico e olhos. Quelíceras e pernas longas, escudo dorsal amplo que não cobre todo o corpo, escudo gênito-ventral estreitado, escudo anal oval. Larvas hexápodas não se alimentam -> protoninfa se torna deutoninfa após o repasto -> deutoninfa não se alimenta e muda para adulto. Populações crescem rapidamente e sobrevivem até 3 semanas fora do hospedeiro. CARRAPATOS Familia Ixodidae: maior interesse Família Argasidae: menor interesse Importância: Danos diretos: irritação, espoliação e é toxico. Danos indiretos: Transmissão de bioagentes, custos no controle, lesões no couro. Familia Ixodidae – Carrapatosduros. Possuem escudo dorsal, dividido em gnatossoma (cabeça) e idiossoma (corpo). Larvas respiram via tegumento e ninfas via espiráculos. Gnatossoma: Possui um par de palpos, que protegem a superfície superior do hipostômio e quelíceras. Par de quelíceras cortam e perfuram a pele do animal. Idiossoma: Face dorsal: possui ornamentações e escudo dorsal. Placas espiraculares posterior às coxas -> metastigmata (espiráculo atrás). Possuem ocelos simples. E festões na porção terminal Face ventral: orifício genital e anal, possui sulco anal contornando orifício anal. Possui pernas (coxa, trocânter, fêmur, patela, tíbia e tarso), e esporões. Órgão de Haller -> órgão olfativo e detector de umidade. Fases: ovo, larva (hexápoda e escudo incompleto), ninfa (octópode e escudo incompleto) e adulto (fêmea octópode, com escudo incompleto e com aparelho genital e macho octópode, com escudo completo e com aparelho genital). *ACASALAMENTO SOBRE O HOSPEDEIRO, PÕE MILHARES DE OVOS NO AMBIENTE E FEMEA MORRE. EM ESTÁGIOS ATIVOS HÁ REPASTO SANGUINEO ANTES DA MUDA E POSTURA.* Ciclo biológico: Monoxeno -> fêmea poe ovos no ambiente -> eclosão -> larva no hospedeiro -> ninfa -> adulto Trioxeno -> Fêmea poe ovos no ambiente -> eclosão -> larva se alimenta do hospedeiro e cai no solo -> muda para a ninfa que se alimenta no hospedeiro e cai no solo -> muda para adulto que se alimenta no hospedeiro e fêmea cai ingurgitada no solo. Rhipicephalus microplus (carrapatos do boi) Hospedeiro primário: bovinos (mas também em outros ruminantes e equinos) Ciclo monóxeno, tem alta especificidade parasitária. Possuem hábitos nidícolas (fêmeas se escondem). É o vetor do causador da babesiose e da anaplasmose. Causa lesões ao couro dos animais e espoliação do sangue. Possui escudo sem ornamentação, apêndice caudal no macho, palpos mais curtos que hipstômios, festões ausentes, espinhos curtos. Possui fase parasita e de vida livre, são monoxenos e quenóginos (fêmeas morrem após postura). Ciclo parasitário dura 21 dias +- Ciclo de vida livre dura 32 dias Cada femea suca de 2 a 3ml de sangue. Controle-> carrapaticidas, banhos de imersão, aspersão, aplicação dorsal e injetáveis (fase parasitário) Rotação de pasto e de animais (fase de vida livre) Rhipicephalus sanguineus (Carrapato marrom ou vermelho do cão) Hospedeiros primários -> cão (relatos em gatos e cães selvagens) Ciclo trioxeno de alta especificidade parasitária. Causa irritação e desconforto e espoliação do sangue. Vetor de Rickettsia c., Babesia c., Ehrlichia c., Rickettsia r. Possuem hábitos nidícolas. Idiossoma sem ornamentação, cor marrom escura ou avermelhada, aparelho bucal curto, espinhos desenvolvidos, macho possui placas adanais e festões. Sofrem a muda fora do hospedeiro, localizados nos membros anteriores, espaços interdigitais e orelhas. Controle -> Tratamentos curativos: Banhos carrapaticidas Tratamentos estratégicos: Aplicação de carrapaticidas no ambiente (direto), produtos de longa ação nos cães (indireto). Amblyomma cajennense (carrapato do cavalo, micuim, vermelhinho) Hospedeito primário: Equinos, antas e capivaras. Ciclo trioxeno, tem baixa especificidade parasitária, possui hábitos de tocaia, picada dolorosa, vetor do Rickettsia r. Palpos e hipostômio longos, escudo ornamentado, placas adanais presentes nos machos. Controle: carrapaticida. Darmacentor nitens (carrapato da orelha do cavalo) Hospedeiro primário: Equídeos. Localizados no pavilhão auricular, divertículo nasal e região perianal. Ciclo monóxeno, vetor da babesia caballi. Causam infecções secundárias e miíases. Palpos curtos, escudo sem ornamentação, cor marrom-avermelhada, ausência de placas adanais. Controle: Carrapaticida. Familia Argasidae (carrapatos moles) Não possuem escudo dorsal. Acasalamento fora do hospedeiro. Dimorfismo sexual pouco acentuado. Festões e espinhos coxais ausentes. Otobius megnini (carrapato espinhoso da orelha) Ciclo monóxeno, tegumento espinhoso e hipostômio desenvolvido em ninfas. Larvas e ninfas são hematófagas, e adultos se escondem para copular e ovipor. Irrita e causa dor na orelha, infecção bacteriana secundária. Vetor da Coxiella burnetti. Controle: Acaricidas químicos. Gênero Ornithodoros Desenvolvem-se em cavernas, estábulos, árvores. Hospedam o homem, mamíferos, aves e répteis. Tem corpo oval com tegumento mamilonado com hipostômio bem desenvolvido. Vivem em solo arenoso, áreas sombreadas, as fêmeas põe ovos na areia. Adultos no solo -> hematófagos de homens ou animais -> fêmeas ovipõem no solo -> eclosão e muda sem se alimentarem -> vários instares de ninfa. Causam intenso prurido com hemorragia subcutânea e hipersensibilidade, vetor do gênero borrelia. Controle: destruição de esconderijos e acaricidas. Argas miniatus Achatado com estrias, aparelho bucal ventral, tegumento com discos ovais. Tem hábito noturno, habitam em galinheiros e troncos de arvores. Hospedeiro: galinhas, peru, pato, pombo. Fêmeas nutridas frequente e moderadamente e com postura de ovos intermitente. Vetor da Borrelia anserina Causam irritação, anemia, lesões hemorrágicas e morte. Controle: acaricidas nas instalações do aviário. PULGAS São pequenos, possuem asas, sua coloração é castanho escura, As fêmeas são maiores que os machos, ambos são hematófagos. O 3º par de patas é mais longo, tem cerdas projetadas para trás e antenas curtas, possuem uma placa dorsal chamada sensilium, que tem função sensorial e de alinhamento de genitálias (localiza-se no 9º segmento). Sua cabeça é imóvel, apresentam ocelos. Possuem projeções chamadas ctenídeos (pronotal e genal – posterior e ventral). São holometabólicos (ovo-larva-pupa-adulto); é necessária a alimentação para inicio da postura dos ovos. Tipos de associação: - Presença e alimentação permanentes - Presença permanente e alimentação intermitente – vivem sob a pelagem dos hospedeiros - temporárias ou intermitentes – vivem fora do hospedeiro, e apenas exercem hematofagia. Ciclo de vida Dura de 25 a 30 dias A maior parte do ciclo ocorre fora do hospedeiro. A fêmea põe cerca de 20 ovos por vez, e eles ficam na poeira e raramente no hospedeiro. As larvas eclodem entre 2 e 16 dias dependendo do ambiente. Possuem ápodas e espinhos na cabeça, aparelho bucal é mastigador, se alimentam de resíduos de fezes dos adultos. A larva origina uma pupa com casulo aderente que se camufla no ambiente. Vivem até 1 ano. E após a saída da cutícula, o adulto fica no casulo e só sai com o aumento da temperatura e vibração que o hospedeiro causa. Tempo médio de vida de uma pulga: 1 a 2 anos. Pulicidae (tungidae) -> Tunga penetrans ( bicho de pé, bicho de porco e pulga de areia) Fêmeas virgens e machos se localizam em locais quentes e secos e se alimentam do líquido do hospedeiro. Hospedam homem, suínos e outras espécies. Tórax curto e castanho avermelhado. A fêmea fecundada penetra a pele do hospedeiro com as peças bucais, e deixa a extremidade posterior para fora para respirar. Elimina os ovos no solo pela abertura da pele. Suas localizações preferenciais são pés e patas. As larvas eclodem em 3 dias, e possuem 2 estágios larvais. Ctenocephalides felis e canis Pulga do gato, mas também hospedam cães e homem. Sua espécie mais comum é a Ctenocephalides felis felis. Tem coloração castanho/preta. Possui ctenideos com espinhos. São atraídos para a base dos substratos. Possuem 3 estágios larvares. As larvas procuram ambientes protegidos, úmidos e escuros. Se alimentam das fezes dos adultos. A Larva tece um casulo que adere a detritos do ambiente. Ctenocephalides canis tem cabeça mais arredondada que o felis, tamanho similar. Patogênese: Nos cães trasmite cestódeos (Dipylidium caninum), causam reações alérgicas na pele, dermatite, presença de crostas na região de afeto. Echidnophaga gallinacea Pulga escavadora, não possui ctenídeos, sua cabeça é angulada. Hospedeiro – aves, cães, gatos, coelhos, roedores e humanos. Causa muito problema em aves de criação por ser de difícil remoção (cabeçada pulga se insere na pele). Causa inchaço e ulceração Em cães encontra-se nos coxins plantares, e em aves apresentam agregados de pulgas ao redor dos olhos, cristas e barbela. Pulex irritans Pulga mais comum do homem, encontrada também em porcos, cabras, cão e gato. Não tem ctenídeos, sua cabeça é arredondada, tem olhos grandes, cerda pré ocular e genal. Xenopylla cheopis Cabeça arredondada, não tem ctenídeos Hospeda roedores Importância: pulga mais encontrada nos ratos, tem distribuição cosmopolita. Responsável pela transmissão da peste bubônica entre ratos e desses para o homem. Transmitem também tifo murinho pelas fezes (causa doença infecciosa aguda) ORDEM HEMÍPTERA Percevejos, barbeiros, barata d’agua Achatados e alongados, se alimentam de sangue, plantas e outros insetos. Aparelho bucal com 4 estiletes perfurantes, maxilas, mandíbulas, lábio segmentado. Fitófagos- Probóscida com 4 segmentos em forma de arco hematófagos – probóscida com 3 segmentos em forma retilínea predadores – probóscida com 3 segmentos em forma curvilínea Olhos multifacetados simples, antenas com tubérculos anteníferos, tórax com pronoto, escutelo triangular e pares de patas. São ápteros – sem asas. OU tetrápteros: 1º par de asas com consistência dura e coriácea, e 2º par com consistência membranosa. Abdome achatado dorsoventralmente. Ciclo evolutivo hemimetabólico (ovo-5 estágios de ninfa-adulto) Glândula -> substância de cheiro repugnante, coxas metatorácicas. Família reduviidae Subfamília triatomatinae (IMPORTANTE POIS CAUSAM TRIPASSONOMÍASE OU DOENÇA DE CHAGAS) Gênero pastrongylus: tubérculos anteníferos bem junto aos olhos Gênero triatoma: tubérculos anteniferos situados no meio entre os olhos e a extremidade anterior da cabeça Gênero Rhodnius: Tuberculos anteniferos situados próximo da extremidade anterior da cabeça Família Cimicidae Gênero Cimex : Asas atrofiadas, dois olhos, 4 segmentos nas antenas, 3 segmentos da probóscida. Órgão de ribaga e berlese Órgão de ribaga e berlese -> O orgão copulador penetra através da fenda, que se acha em relação com um corpo arredondado, chamado orgão de Berlese, que funciona como bolsa copuladora, recebendo os espermatozoides por ocasião do coito. Cimex lectularius Cimex hemipterus Protorax 4x mais largo Protórax 2x mais largo Cerdas no protórax e asas Cerdas lisas no protórax e asas IMPORTANCIA: SÃO HEMATÓFAGOS, TRANSMITEM PESTE NEGRA, LEISHMANIOSE, DOENÇA DE CHAGAS, FEBRE RECORRENTE E O VIRUS DA FEBRE AMARELA. Gênero Babesia São piriformes, ovais ou redondos. Acometem principalmente cão, equinos e bovinos. São transmitidos por carrapatos ixodídeos. Seus principais sintomas são: anemia, febre e hemoglobinúria. Podem ser não viscerotrópicos (alta parasitemia), ou viscerotrópicos (baixa parasitemia) São heteróxenos, ou seja: acomete hospedeiros vertebrados (bovinos, equinos, cães, homem. Sua Reprodução é assexuada nos eritrócitos ou linfócitos) e Invertebrados (geralmente são carrapatos ixodídeos. Há reprodução assexuada e sexuada) Há 3 tipos de reprodução: - Merogonia: reprodução assexuada nas hemácias do hospedeiro vertebrado - merozoítos - Gamogonia: terminação da formação e fusão dos gametas - tubo digestivo dos carrapatos - Esporogonia: reprodução assexuada nas glândulas salivares dos carrapatos – esporozoítos CICLO BIOLOGICO EM HOSPEDEIROS VERTEBRADOS O carrapato infectado inocula os esporozoítos que irão infectar os eritrócitos do hosp. Vertebrado -> O esporozoíto transforma-se em um trofozoíto intraeritrocítico -> Trofozoíto inicia processo de divisão assexuada (merogonia) -> Dentro do eritrócito são formados merozoítos -> Eritrócito é destruído com liberação de merozoítos -> Merozoíto irá infectar novo eritrócito e pode seguir 2 caminhos: reiniciar novo ciclo de divisão assexuada ou formar gametócitos ♂ ♀ CICLO BIOLOGICO EM HOSPEDEIROS INVERTEBRADOS A ♀ do carrapato ao se alimentar ingere sangue infectado com o protozoário. Merozoítos são destruídos no trato digestivo do carrapato e os gametócitos formam gametas ♂ ♀(gametogonia) -> Gametas podem se unir (fusão dos gametas) e formar o zigoto que se diferencia em uma forma móvel (oocineto) -> Oocineto penetra no epitélio do trato digestivo e inicia o processo de divisão assexuada (esporogonia) dando origem aos esporocinetos -> Esporocinetos rompem a célula epitelial e são transportados (via hemolinfa) para diferentes tecidos do carrapato, reiniciando a esporogonia -> Alguns esporocinetos atingem o útero da ♀ e penetram nos ovos (transmissão transovariana) permanecendo dormentes até a eclosão e o início da alimentação das larvas -> Esporocinetos iniciam esporogonia no tecido das larvas -> Quando há transmissão transestadial, os esporocinetos permanecem nos tecidos do carrapato, mesmo após a ecdise, infectando ninfas e adultos -> Esporocinetos atingem a glândula salivar iniciando a esporogonia juntamente com o início do repasto sanguíneo. Então, são formados os estágios infectantes (esporozoítos) para o hosp. Vertebrado -> Esporozoítos são liberados para dentro dos dutos salivares dos carrapatos -> Ao se alimentar, o carrapato inocula os esporozoítos, juntamente com a saliva, infectando um novo hosp. Vertebrado. BABESIOSE E TEILERIOSE EQUINA Babesiose: Babesia caballi – Sinonímias: piroplasmose equina ou nutaliose Sinais clínicos: a doença pode ser crônica ou aguda, com aparecimento de febre, anemia e icterícia Teileriose: Theileria equi - Sinais clínicos: febre, apatia, depressão, inapetência, icterícia, anemia, hemoglobinúria, hemorragias (mucosa, vias nasais). BABESIOSE BOVINA Sinonímias: Tristeza parasitária bovina (Brasil), Febre do Texas (EUA), Febre esplênica, Malária bovina, Água vermelha. Tristeza Parasitária Bovina: complexo de doenças causadas por infecções com Babesia bovis e Babesia bigemina juntamente com Anaplasma marginale. B. bigemina -> Além de bovinos, hospedam cervídeos e búfalos. Tem alta parasitemia, induz anemia severa e febre alta, tem por sinais clínicos: febre, icterícia, hemoglobinúria e acidose metabólica. B. bovis -> É viscerotrópica, leva à formação de trombos nas vísceras, tem baixa parasitemia (não detectável) com anemia e sintomas neurológicos, é de agressividade extrema e causa convulsões. Hospedam cérebro, baço e fígado. seus sinais clínicos são: anemia, hemoglobinúria, febre, icterícia, incoordenação, convulsão, depressão e morte. Podem haver possibilidades de surto quando: Há extenso controle de carrapatos: não há exposição prévia e quando ocorre a exposição pode ocorrer surto, quando os bezerros são criados confinados (animais sem exposição prévia), durante a transferência para o pasto, há queda de imunidade passiva pelo colostro, e pode haver surto, Animais jovens mais resistentes: anticorpos colostrais, aumenta a eritropoiese na medula óssea, aumentando a resposta da imunidade celular. A exposição é importante para manter a resposta imune - se for muito intensa pode causar doença clínica. BABESIOSE CANINA Sinonímia: piroplasmose dos cães Etiologia: Babesia canis com três subespécies distintas: - B. canis vogeli (países tropicais e subtropicais): baixa patogenicidade - Rhipicephalus sanguineus - B. canis canis (Europa): patogenicidade moderada – Dermacentor reticulatus - B. canis rossi (África do Sul): altamente patogênica – Haemophysalis leachi É uma doença hemolítica, causa anemia progressiva, pode ocorrer choque endotóxico e alterações da coagulação Seus principais sintomas são: anemia, febre, anorexia, desidratação, perda de peso, dor abdominal e sensibilidade renal à palpação. Diagnóstico: Métodos diretos: - Esfregaço sanguíneo (fase aguda) - PCR - Necrópsia: lesões e histopatológico Métodos indiretos: - Testes sorológicos (úteis para animais na fase crônica ou assintomáticos): ELISA, imunofluorescência indireta. Principais formas de controle: Controle de vetores, Quarentena e isolamento, Testar animais suspeitos ou provenientesde áreas endêmicas. Tratamento: Dipropionato de imidocarb, Diaceturato de diminazene. Gênero Anaplasma Anaplasmose em bovinos A. marginale: • As mórulas de formato esféricos localizam-se, preferencialmente, na margem do eritrócito Sua principal forma de transmissão é: por Vetores biológicos (Rhipicephalus microplus), e Vetores mecânicos: moscas hematófagas (tabanídeos e Stomoxys) e mosquitos (gêneros Culex e Aedes), Forma iatrogênica, no sangue o organismo penetra nas hemácias, forma um vacúolo e multiplica-se por divisão binária, formando um corpúsculo de inclusão. CICLO BIOLOGICO: No sangue, o patógeno penetra no eritrócito, forma um vacúolo e multiplica-se por divisão binária, formando um corpúsculo de inclusão -> Os patógenos saem das hemácias sem rompê-las e penetram em outras, promovendo uma intensa anemia. Podem ser transmitidas de três formas: - As hemácias parasitadas são ingeridas pelo carrapato e transmitidas para outros bovinos. - Transmissão iatrogênica: utilização de material contaminado (seringas, material cirúrgico) - Transmissão fetal: passagem transplacentária Período de incubação: geralmente, 4 semanas Causa reação febril aguda com grave anemia hemolítica, Icterícia, Fraqueza e dificuldade respiratória, depressão, perda de apetite, queda na produção. A. centrale: • Patogenia menos grave A. bovis: Sua importância para bovinos esta relacionada a co-infecções com outros hemoparasitos de bovinos Transmissão: - África: carrapatos do gênero Hyalomma - Brasil: carrapatos do complexo Amblyomma cajennense Anaplasmose em cães platys: Tem grande importância para a clínica de pequenos animais e saúde pública, devido a sua alta prevalência em cães Transmissão: está associada ao carrapato Rhipicephalus Sanguineus É uma doença que pode variar de leve a severa no cão. É caracterizada por trombocitopenia cíclica com parasitemia inicial onde um grande número de plaquetas são parasitadas. Sinais clínicos: leves a mais acentuados (febre, letargia, palidez das mucosas, hemorragias petequiais da pele e das mucosas bucais, diminuição do apetite, perda de peso) Gênero Ehrlichia Ehrlichia canis: Carrapato vetor: Rhipicephalus sanguineus Ciclo biológico no carrapato vetor: não há transmissão transovariana, somente transestadial (transmissão da bactéria presente nas larvas, para as fases de ninfa e adulto) Aspectos clínicos: Hipertermia, anorexia, perda de peso, secreção nasal, transtornos hemorrágicos: petéquias, epistaxe... CICLO BIOLÓGICO: Penetração de corpúsculos elementares nos monócitos, nos quais permanecem em crescimento por aproximadamente 2 dias -> Multiplicação do agente por um período de 3 a 5 dias, com formação dos corpúsculos iniciais -> Formação das mórulas, sendo estas constituídas por um conjunto (até 40) corpúsculos elementares. Gênero Eimeria Principais hospedeiros: aves, mamíferos (ovinos, caprinos, suínos, equinos, coelhos), répteis e peixes. É encontrado em Células epiteliais do intestino, rim e fígado; Importância em Medicina Veterinária: Ampla variedade de hospedeiro; Longevidade alta – oocistos (resistentes); Animais mais jovens – mais sensíveis; Animais podem apresentar diarréia sanguinolenta – destruição das células; Perda de peso, predispõem a infecções oportunistas; Mortalidade: aves pode chegar a 100%; Gênero Cystoisospora (isospora) Hospedam cães, gatos, suínos e aves; Difere do ciclo da Eimeira em 3 aspectos: oocisto esporulado com dois esporocisto e cada uma com quatro esporozoítos; estágios extra intestinais no baço, fígado em pássaros; roedores podem infectar-se com estágios assexuados e atuar como reservatórios. Principais espécies: - I. suis - I. canis e I. ohioensis - I. felis e I. rivolta - I. belli ou hominis Gênero Cryptosporidium Taxonomia - Gênero Cryptosporidium - Mamífero: C. parvum e C. muris - Roedores: C. muris - Felinos: C. felis - Caninos: C. canis - Aves: C.meleagridis e C. baileyi - Répteis: C.serpentis - Peixes: C.nasorum É um parasita eurixeno e monóxeno, localizado nas células epiteliais do trato intestinal e respiratório de bovinos e de outros vertebrados. Oocisto tem formato subesférico e pequeno; Intracelular porém extracitoplásmatico – adere as microvilosidades; Oocisto esporulado contém 4 esporozoítos sem apresentar esporocistos; Esporulação – no hospedeiro Transmissão: Transmissão oral-fecal, Autoinfecção. Importância: causa diarréia em mamíferos; Distúrbios respiratórios em aves; Infecção oportunistas (HIV); Oocistos são resistentes a desinfetantes; Problema de Saúde Pública – água contaminada; Gênero Toxoplasma TOXOPLASMA GONDII “Toxoplasma gondii, um protozoário intracelular obrigatório capaz de infectar diferentes espécies de animais homeotérmicos, inclusive o homem”. Esporozoíta Encontrados em fezes de felídeos Esporulação no meio ambiente São sensíveis a temperaturas extremas Causam Infecção pela ingestão de oocistos Taquizoíta Causa Infecção AGUDA, Infecção congênita Parasita o sangue, secreções, excreções Multiplicação rápida em células nucleadas Bradizoíta Infecção CRÔNICA - Cistos Causa Infecção pela ingestão de cistos teciduais, Stress - Ruptura do cisto CICLO VITAL Hospedeiro definitivo: Fase intestinal, Multiplicação sexuada, Oocistos nas fezes. Hospedeiro intermediário: Fase extra- intestinal, Multiplicação assexuada, Cistos teciduais. Trasmissão: Fecal-oral, carnivorismo (quando o gato devora cadáveres que estão infectados), congênita (de mãe para filho). Gênero Neospora Sua Transmissão no hospedeiro intermediário é intracelular HD - Oocistos esporulados:Dois esporocistos, com quatro esporozoítos cada um Transmissão horizontal no hospedeiro definitivo pode ser via transplacentária. FILO SARCOMASTIGOPHORA (a) Promastigota – o flagelo emerge da parte anterior da célula (b) Epimastigota - o flagelo emerge ao lado do núcleo da célula (c) Tripomastigota - o flagelo emerge da parte posterior da célula (d) Amastigota – somente o cinetoplasto é visível. Não há flagelo. Gênero Trypanossoma Tem como hospedeiro definitivo: Bovinos, equinos, bubalinos e caprinos Tem como hospedeiro intermediário: Gênero Tabanus e Glossina (Tse-tse) Está localizado no sangue do HD. Pode ser transmitido da seguinte forma: - Transmissão cíclica: artrópode hospedeiro intermediário, onde há multiplicação do parasita. - Multiplicação no sistema digestório e probóscide -> grupo Salivaria -> transmitidos por mosca tsé-tsé, principais espécies: T. congolense, T. vivax e T. brucei. (transmissão inoculativa) - Multiplicação no sistema digestório e migração para o reto sendo eliminados pelas fezes: grupo Stercoraria -> transmitidos por tabanídeos -> T. theileri (não patogênico) e T. cruzi. (transmissão contaminativa) Transmissão acíclica: - Transmissão mecânica: transmissão de um hospedeiro para outro pela alimentação interrompida por insetos picadores: tabanídeos e Stomoxys (mosca dos estábulos). - Os tripanossomas não se multiplicam no vetor. T. evansi - Importante: Tripanossomos do grupo salivaria também podem ser transmitidos de forma mecânica. Ex. T. vivax na América do Sul. - Ingestão de carcaça fresca ou órgão de animais mortos o parasita penetra pelas feridas existentes na cavidade oral. SALIVARIA STERCORARIA Hospedeiros e reservatórios: Homem, cão, gato, tatu e gambá Principal vetor: “barbeiro” Tripanossomose transmitida mecanicamente Principais espécies: T. evansi - Surra (Doença). Hospedeiros: equinos, camelos, cães, bovinos e suínos Vetores: tabanídeos, Stomoxys, morcegos hematófagos América do Sul: mal das cadeiras ou “doença das ancas” Tripanossomose transmitida pela cópula Principais espécies: T. equiperdum – Durina ou Sífilis do cavalo Hospedeiro: equinos e asininos Não apresenta vetores – Transmissão pela cópula Gênero Leishmania Seus hospedeiros invertebradossão os mosquitos do Gêneros Phlebotomus ou Lutzomyia. Seus hospedeiros vertebrados são os cães, humanos e roedores Sua localização preferencial é nas células mastigota no HD e promastigota no HI. Espécies complexo Leishmania braziliensis Leishmania (Viannia) braziliensis – Úlcera de bauru, ferida brava, botão do oriente, nariz de tapir. L. v. guyanensis L.v. panamensis L.v. peruviana Espécies complexo Leishmania mexicana Leishmania (Leishmania) mexicana L. l. piganoi L.l. amazonesis L.l. venezuelensis L.l. garnhami Espécies complexo Leishmania donovani Leishmania (Leishmania) donovani L. l. infantum L.l. chagasi A leishmaniose causa aumento dos gânglios linfáticos, crescimento exagerado das unhas, perda de pelo, ulcera e descamação na pele, emagrecimento, atrofia muscular, sangramento nasal, anemias e etc... Gênero Giardia Possuem um par de flagelos anteriores, um par de posteriores e um par de flagelos caudais, São arredondados na extremidade anterior e pontudos na posterior, Na face ventral apresenta um disco adesivo bilobado – responsável pela adesão nas células do hospedeiro, Possuem uma fenda ventral com dois flagelos ventrais. Parasitam o intestino de mamíferos Os trofozoítos se dividem por fissão binária: os núcleos se dividem primeiro, seguidos pelo aparelho locomotor, disco adesivo e citoplasma. Gênero Trichomonas T. vaginalis: infecta sistema reprodutor de humanos T. gallinae: infecta o sistema digestório de aves T. foetus: protozoário flagelado infecta sistema reprodutor de bovinos e sistema digestório de felinos Morfologia: Possui corpo geralmente piriforme, seu núcleo é apenas na parte anterior, possuem 3 a 5 flagelos anteriores e um flagelo recorrente ao longo da borda de uma membrana ondulante Axóstilo – estrutura em forma de bastão ao longo da célula Tritrichomonas – 3 flagelos anteriores e um posterior formando uma membrana ondulante Trichomonas – flagelo posterior não é livre, possuem 4 flagelos anteriores Ciclo evolutivo: reprodução por fissão binária sem a formação de cistos Em bovinos causa alteração reprodutiva Em suínos os parasitas são encontrados na cavidade nasal, estômago, ceco e cólon, geralmente sem provocar sinais clínicos. T. vaginalis – infecção venérea. Habita a vagina e uretra de mulheres e próstata e vesículas seminais de homens. transmissão pela relação sexual. Touro infectado – permanece para sempre • Habita o prepúcio, transmissão pelo coito; • Vagina – cervix – utero – endometrite • Fêmea com aborto precoce; Transmissão genital, ou não venérea (vagina artificial, sêmen infectado, palpação vaginal, instrumentos obstétricos)
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