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Farmacologia (aula 6)

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Farmacologia (FAR 532) Clara L. Vianna 
Aula 6 -> Farmacologia do SNA (12.04.12) 
 
� O SNA é a divisao motora do sistema nervoso periferico. E esse é dividido em simpatico e 
parassimpatico e tambem ha o ent é rico. Pode tambem ser chamado de sistema 
neurovegetativo; ao admitir que esse nao eh literalmente autonomo e sim comandado pelo 
SNC que é comandado pelo hipotalamo. Logo, ha a atuaçao desse, sem que voce saiba que tal 
ocorre. 
 
� Possui um padrao bineuronal, no qual, possui um neuronio pre-ganglionar e um pos-
ganglionar; separados entre si por um ganglio. Possui tambem um neuronio motor, o qual 
possui somente uma fibra: 
 
 
� Pode-se caracterizar o SNA segundo sua divisao anatomica: o simpatico provindo do 
segmento toraco-lombar; no qual possui sua fibra pre-ganglionar curta e a pos, longa. Ja o 
parassimpatico é provindo do segmento cranio-sacral e suas fibras sao o inverso do citado 
anterior; fazendo com que as vezes, um ganglio do sistema parassimpatico, esteja diretamente 
no orgao. 
 
� O sistema neurovegetativo, independe do nosso controle voluntario; regula processos 
como: contraçao e relaxamento da musculatura lisa, batimentos cardiacos, secreçao 
hormonal, processos metabolicos, etc. 
 O simpatico atua nas açoes relativas a luta e fuga. As acoes decorrentes desse sao: 
midriase e relaxamento ciliar (olhos); aumento do inotropismo, cronotropismo e 
dromotropismo (coraçao); dilataçao (m. esqueletica); contricçao (pele, mucosa e visceras); 
broncodilataçao (pulmoes); gliconeogenese (figado). 
obs.: Se houver um farmaco, que seja agonista do SNS, é capaz desse produzir, por exemplo, 
midriase. 
 Ja o parassimpatico vai atuar em estado de repouso e digestao. As açoes decorrentes 
desse sao: miose e contracao do musculo ciliar (olhos); diminuiçao da frequencia cardiaca e da 
contratilidade (coracao); bronconstricçao (pulmoes); aumento da motilidade, dilatacao dos 
esfincteres, secreçao de glandulas e secrecao de HCl (TGI). 
obs.: Um farmaco pode atuar tambem como antagonista. Como por exemplo, ser antagonista 
a açao do parassimpatico nos pulmoes, logo, ira fazer broncodilatacao. 
 Ha tambem açoes no qual o simpatico e o parassimpatico atuam de maneiras 
sinergicas, como nas glandulas salivares. 
� Relembrando que, os neuronios pre-ganglionares tanto do SNS quanto do SNPS, liberam 
acetilcolina, logo sao fibras colinergicas. 
 No SNPS, o neuronio pos-ganglionar tambem libera acetilcolina, por isso, os farmacos 
que se ligam a receptores muscarinicos, normalmente, sao denominadas de farmacos 
parassimpaticomimeticos; ou seja, eles imitam a acao do SNPS. 
 Ja no SNS, o neuronio pos-ganglionar vai liberar noradrenalina ou noroepinferina. 
 
� O receptores da acetilcolina sao de dois tipos: muscarinicos e nicotinicos. No ganglio, a ACH, 
vai atuar no receptor nicotinico, para que haja o estimulo do neuronio pos-ganglionar. Esse, 
possui dois tipos: Nn (n=neuronio) e Nm (m=musculo); nesse caso entao, havera a ligacao ao 
receptor Nn. A ACH ao ser liberada pela fibra pos-ganglionar, ela vai se ligar ao receptor 
muscarinico. Ja a noradrenalina, vai se ligar ao receptores adrenergicos (possuem essa 
denominacao por tambem possuirem afinidade com a adrenalina ou epinefrina); esses podem 
se subdividir em dois tipos: alfa e beta; que possuem subtipos: alfa (1,2) e beta (1,2,3). 
obs.: O receptor beta 3 é responsavel somente pela lipolise, logo, ainda nao existe um farmaco 
que tenha como alvo farmacologico esse receptor. 
 Nao se esquecendo, que quando a ACH for liberado pelo nervo somatico, ira se ligar ao 
receptor Nm ou N2. 
 
� O neuronio que vai liberar ACH antes da fenda sinaptica, pode ser denominado de pre-
sinaptico. Ocorre aqui, um processo de feed-back negativo, no qual a ACH é liberada nessa 
fenda, mas ela pode inibir sua propria liberaçao, atraves de um receptor colinergico. Logo, 
quando a ACH se liga ao receptor M2 pre-sinaptico(ou auto-inibitorio), vai reduzir ou inibir a 
liberaçao da ACH nesse neuronio. Nesse caso, ele é auto-inibitorio, porem ele tambem pode 
ser hetero-inibitorio em um neuronio que nao seja colinergico; como por exemplo, em um 
neuronio adrenergico. Logo, pode haver a ligacao da ACH, para inibir a liberacao da adrenalina. 
 A mesma coisa pode ser pensada no caso da noradrenalina: ha a sua liberaçao na 
fenda sinpatica, e o mesmo pode se auto-inibir por meio da ligacao ao receptor pre-sinaptico 
alfa 2. Aqui tambem pode ocorre a hetero-inibicao, no qual a NOR, controla a liberacao da 
ACH. 
 
� Mesmo que saibamos que no SNS, ha liberaçao pre-ganglionar de ACH e pos-ganglionar de 
NOR, ha exceçoes, no qual pode haver a liberaçao pos-ganglionar de ACH nas glandulas 
sudoriparas, de dopamina no musculo liso vascular renal e de epinefrina na glandula adrenal. 
 
� Biosintese da ACH: Ha a captaçao do precursor da ACH, a colina; junto com a acetil-coA, ela 
vai ser conjugada atraves de uma enzima, denominada acetil-colina transferase; levando a 
formacao da ACH. Essa vai ser levada pra dentro de uma vesicula atraves de um transportador 
e depois atraves de um potencial de açao feito pelo calcio e a calmodulina, ha a exocitose 
dessa ACH. Essa vai se ligar aos seus receptores pos-sinapticos, ou as vezes, pre-sinapticos. 
 
� Existem proteinas ligadas a membrana da vesicula, sao elas, a sinaptobrevina e a 
sinaptotacmina. Essas sao proteinas de fusao, que irao se fusionar com outras proteinas de 
fusao, que se encontram na membrana interna do neuronio. Logo, a sinaptobrevina, é um alvo 
farmacologico, no qual um farmaco ira atuar para mudar a conformacao desse e nao ocorrer 
mais a fusao com a membrana interna do neuronio, nao havendo a liberaçao da acetilcolina; 
um exemplo para tal é o botox. 
 
� Quando a ACH é exocitada com a ajuda do calcio, havera a ligacao com os receptores 
muscarinicos, presentes no coraçao, TGI e glandulas; ou nicotinicos, presentes nos ganglios e 
na junçao neuromuscular. Essa possui uma meia-vida de 150 a 200 milisegundos, pois a acetil-
colinesterase a quebra; havera entao a sua metabolizacao, gerando a colina e essa sera 
captada para formar novamente a ACH. 
 
� O receptor muscarinico, tambem possui seus subtipos (M1, M2 , M3, M4 e M5); porem como 
somente os tres primeiros foram mais estudados, esses serao os mais relatados durante essa 
aula. Tais receptores podem ser classificados como pares e impares, no qual os impares atuam 
da mesma maneira e os pares tambem. 
 Normalmente M1, esta presente no SNC e no estomago, é um receptor metabotropico 
acoplado a ptn Gq (M3 e M5 tbm). Logo, a acao nesse receptor, havera a secrecao de HCl. 
Portanto, se houver um medicamento que seja antagonista muscarinico M1, havera o 
impedimento da secrecao do HCl. 
O receptor M2, esta distribuido para o coracao, pros esfincteres do TGI e esse é 
metabotropico acoplada a ptn Gi (M4 tbm), logo havera a inibicao de adenilato-ciclase, 
diminuindo a formacao de AMP-ciclico; ha reducao do calcio, aumento da condutancia de 
potassio, ocorrendo uma hiperpolarizaçao. Um exemplo seria: no coraçao ao haver ativaçao do 
receptor M2, ocorre a bradicardia; ja nos neuronios pre-sinapticos, ha a inibicao da liberacao 
do neurotransmissor. 
O receptor M3 é distribuido na musculatura lisa (pulmoes, TGI,trato 
genitourinario,etc.); ja que esse é acoplado a ptn Gq, nas glandulas, por exemplo, ocorrera a 
secrecao; no musculo liso, ocorrera a contraçao e no M3 do endotelio, havera a sintese de 
oxido nitrico (esse vai fazer a vasodilataçao da musculatura lisa vascular). Sabe-se que o NO, 
vai levar a formacao do GMP-ciclico (que faz a vasodilatacao); esse é metabolizado pela 
fosfodiesterase. 
obs.: Pode-se utilzar o viagra, para inibir a fosfodiesterase e manter a açao do GMP-ciclico, 
logo, continuara havendo a vasodilatacao no tratogenitourinario, mantendo a ereçao. Porem, 
como efeito colateral, pode haver ruborizaçao da face, decorrente da vasodilataçao periferica. 
 
� A ACH tambem se liga aos receptores nicotinicos; no qual com o influxo de sodio e potassio, 
havera uma despolarizaçao, aumento da concentraçao de calcio na juncao neuromuscular 
(por exemplo), levando a uma contraçao muscular. Ja nos neuronios ganglionares, havera a 
excitaçao neuronal. 
 
� No receptor muscarinico, pode haver utilizaçao de um farmaco que seja ou agonista ou 
antagonista desse; nos nicotinicos ocorre o mesmo, porem como a acetilcolina é metabolizada 
pela acetilcolinesterase, alem desses, tambem pode ser utlizado, os acetilcolinesterasicos 
(farmaco que inibe a acetilcolinesterase). 
obs.: Um exemplo de acetilcolinesterasico, é o chumbinho, no qual vai haver uma exacerbacao 
dos efeitos causados pela acetilcolina. 
 
� Os farmacos podem ser entao colinergicos ou anticolinergicos. Os colinergicos, vai ser 
aqueles que vao mimetizar os efeitos da acetilcolina (agonistas dos receptores colinergicos); 
tambem podem ser chamados de colinomimergicos ou parassimpaticomimergicos, 
normalmente sao agonistas muscarinicos. Ja os anticolinergicos, podem ser tanto nicotinicos 
quanto muscarinicos; podem ser chamados de parassimpaticomiticos (inibem a acao desse) ou 
antimuscarinicos ou atropinicos; todos esses vao antagonizar os efeitos da acetilcolina. 
 Os agente colinomimergicos podem ser de açao direta ou indireta (inibidores da 
enzima acetilcolinesterase); no qual nao havera a atuacao direta no receptor, so havera a 
inibicao da enzima acetilcolinesterase, aumentando assim a concentracao de acetilcolina na 
fenda sinaptica. 
 
 
 Os de açao direta (agonistas de receptores) sao utlizados na oftamologia ou em 
doenças do TGI. Sao eles: 
 
 A pilocarpina é utilizada para tratar o glaucoma. 
 
 Os que tem açao indireta, sao bastante utilizados na clinica (mais os reversiveis): 
 
 Os irreversiveis sao pouco utilizados na clinica e sao representados majoritariamente 
pelos inseticidas, armas quimicas. 
 
� Cada farmaco, pode ter afinidade diferente com os receptores dependendo do local: 
 
 
� O principais efeitos do colinomimeticos sao as dadas pelo SNPS. E mesmo que o vasos 
carecam do SNPS, eles nao carecem do receptor muscarinico, logo um agonista exogeno, pode 
estimular esses receptores, no caso do M3, havera uma vasodilatacao. Como esses vao 
provocar a broncoconstricçao, esses farmacos sao contra-indicados ao paciente asmatico. 
Tambem sao contra-indicados ao paciente com ulcera peptica, pois tais fazem secrecao de HCl 
no TGI. Ao utilizar um agonista muscarinico, havera a miose, pois o musculo constrictor da iris 
ira contrair as fibras do globo ocular. Esse tambem fara açao no musculo ciliar do olho, 
fazendo com que esse posso acomodar a visao pra perto ou longe. 
 Caso queria ser feito um “exame de fundo de olho” vai ser utilizado um antagonista 
muscarinico, pois esse vai provocar midriase, ao inibir o M3, prevalecendo assim o simpatico; 
tambem havera paralisia do musculo ciliar, fazendo com esse fique numa posiçao so, 
ocorrendo uma visao borrada. 
obs.: Podem ser utilizados agonistas colinomimeticos no tratamento do glaucoma (ha acumulo 
do humor aquoso, provocando uma pressao intraocular, danificando assim o nervo optico, 
causando uma cegueira). Com o agonista, ha estimulo do recpetor M3, que contrai, esticando a 
rede trabecular, abrindo assim os poros, que drenam mais o humor aquoso. 
 No glaucoma de angulo aberto, a iris nao esta colabada com a cornea, porem os poros 
estao fechados; logo, o humor aquoso nao consegue ser drenado. Nesse caso pode ser 
utilizado o medicamento sem problema alguma. Ja no glaucoma de angulo fechado, a iris esta 
sim colabada com a cornea, logo, o humor aquoso nao esta conseguindo ser drenado; ao 
utilizar medicamentos pra tratar esse glaucoma, o musculo vai contrair e o angulo entre o 
cristalino e a iris sera fechado, fazendo com que o humor aquoso nao saia. Portanto, no 
glaucoma de angulo fechado, so é utilizado o agonista colinomimetico quando o paciente 
estiver sendo preparado para a cirurgia. 
 Se for utilizado um anti-muscarinico em um paciente com glaucoma, ao inves de ser 
provocada a contraçao, vai ser feito o relaxamento do musculo, impedindo assim, com que o 
humor aquoso seja drenado. Portanto, esse é contra-indicado para esse paciente. 
 
� Uso clinico dos colinergicos: 
1. Betanecol – utilizado para aumentar a motilidade intestinal diante de um quadro 
de ileo paralitico; para estimular a micçao, diante de uma bexiga neurogenica; 
depois de uma cirurgia abdominal para estimular o TGI. 
2. Carbacol e cloreto de ACH – utilizado na oftamolgia para reduzir a pressao 
intraocular diante de um quadro de glaucoma e provocar uma miose rapida, para a 
cirurgia de catarata; respectivamente. 
3. Metacolina – utilizado para efeitos de diagnostico, como por exemplo em um 
reatividade das vias areas em um asmatico para checar a responsividade de tais. 
 
� Os colinomimeticos podem ser contra-indicados no caso de: Asma, insuficiencia 
coronariana (devido a queda da resistencia periferica), ulcera peptica, obstruçao mecanica da 
bexiga ou do TGI. 
 
� Alguns efeitos adversos dos esteres de colina sao: rash cutaneo, sudorese, colicas 
abdominais, contracoes da bexiga, miose, cefaleia,etc; ou seja todos os efeitos que sao 
provocados nos receptores M3 pelos agonistas colinesterasicos em locais que nao sao os alvos 
farmacologicos dos medicamentos. 
 
� Existem algumas interaçoes medicamentasas: 
- Procainamida + quinidina = antagonizam o efeito do betanecol. 
- Bloqueador ganglionar + betanecol = queda da PA e alteraçoes abdominais graves. 
- Betanecol + depletores de serotonina = hipotermia grave. 
 
� Os alcaloides (agonistas colinergicos) sao: pilocarpina, muscarina (presentes em cogumelos, 
que podem intoxicar quem ingeri-los; as açoes decorrentes vao ser aquelas dadas pela 
exacerbaçao da ACH), nicotina. 
 A pilocarpina atua bastante nos receptores muscarinicos das glandulas sudoriparas, 
salivares; ou seja, para aumentar a secreçao. Logo, em um individuo que possui xerostomia 
(boca seca), pode ser utilizado tal farmaco. Pode ser utilizado em uma mulher que possui 
secura vaginal. Tambem pode ser utilizado em um individuo que possui sindrome de sjorgen, o 
qual possui xerostomia, olhos secos, pele seca, secura vaginal,etc. Pode tambem ser usado no 
glaucoma para reduzir a pressao intraocular. 
 A nicotina causa estado de alerta, e em altas doses pode provocar vomitos, tremor e 
estimulaçao do centro respiratorio. E na superdosagem, pode haver a convulsao, coma e 
posteriomente, a morte. O valor terapeutico da nicotina é quase zero. É utilizado como 
inseticida. Alem disso, mimetiza as açoes da ACH em receptores muscarinicos: no coraçao os 
efeitos do PS se alternam com o S; hipertensao; nausea, vomitos, diarreia; bloqueio nervoso 
por despolarizacao (por uma despolarizacao continua do receptor nicotinico).

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