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Preço Limite e Diversificação de Empresas

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2)ii) a relação entre o conceito de preço limite e os conceitos de “preço de exclusão” e “preço de expulsão” se dá da seguinte forma: o preço de exclusão é o preço imediatamente inferior ao preço limite, bloqueando assim, a entrada de novas empresas na indústria. Já o preço de expulsão, é aquele utilizado para expulsar as empresas já atuantes na indústria. O preço de expulsão, portanto, assume o valor imediatamente inferior ao custo direto unitário. O preço limite é a relação entre esses dois preços, logo, é o preço máximo que as empresas podem adotar sem estimular a entrada de novas empresas na indústria. De acordo com Labini, a estratégia de preços faz com que a grande empresa seja a única líder e formadora de preços no mercado. 
1)b) Principais fatores de ordem interna e externa que limitam o crescimento da firma:
De acordo com Penrose, o crescimento das firmas enfrenta dois tipos de barreiras: as internas e as externas. As barreiras internas estão relacionadas às necessidades das firmas quanto à obtenção de conhecimento empresarial e a melhora da gestão, com uma melhor alocação dos recursos. Isso se deve ao fato de que muitas empresas não possuem incentivos para aumentar a sua produção, como nos casos em que o benefício adquirido com os serviços representam somente uma maior facilidade de entrada de novas atividades, ou então em casos em que as novas atividades demandam um alto grau especificação nos recursos e nos processos envolvidos. Já as barreiras externas foram pouco abordadas pela autora, pelo fato de os recursos materiais e imateriais serem de fácil acesso, o que faz com que não sejam necessariamente uma barreira, já que a firma, por não possuir limites, consegue os recursos que necessita a determinados preços. Outro motivo para a menor abordagem dessas barreiras consiste no fato de que a firma pode escolher atuar em outro segmento do mercado. As barreiras externas possuem as seguintes características: dificuldades na obtenção de mão-de-obra, forte regulação, custos de entrada, forte pressão competitiva e patentes. 
Através da concorrência, segundo Penrose, podemos explicar o funcionamento das barreiras. As internas estão relacionadas com o investimento em P&D e não apenas a alocação eficiente dos recursos. Já nas barreiras externas, há o estímulo a diversificação devido a concorrência entre empresas que utilizam técnicas parecidas ou empresas que fabricam produtos similares. 
c) Fatores que definem o horizonte de diversificação da firma
Na firma penrosiana, o horizonte de diversificação é dado a partir da base tecnológica e pela área de comercialização ou mercado. A base tecnológica é determinada por cada tipo de atividade produtiva que utiliza máquinas, processos, matérias-primas e capacitações que podem ser tanto complementares como diretamente ligadas ao processo de produção. Uma configuração pode possuir diversas bases produtivas, que serão caracterizadas como bases diferentes caso essas tenham relevantes diferenças em relação a suas características tecnológicas, não importando se essas bases estão relacionadas entre si. Já a área de comercialização é formada pelos grupos de consumidores que a empresa acredita que irá influenciar. Isso é feito através de um único programa de vendas que é independente do número de produtos vendidos ao grupo, já que uma mesma empresa pode atuar em vários mercados utilizando apenas uma base produtiva. Caso seja necessário, a empresa pode realizar outros programas de vendas para que assim, possa influenciar todos os seus grupos de compradores. 
O horizonte de diversificação baseia-se no nível de especialização da base tecnológica e também na área de comercialização da empresa. Ele determina as tendências relacionadas às direções em que a expansão de novos mercados se torna mais possível. Assim, o horizonte de diversificação, ao mesmo tempo em que restringe a expansão de novos negócios, também amplia o horizonte continuadamente. 
d) as diferentes formas de diversificação possíveis
A diversificação de uma empresa é importante para que essa busque por novas áreas de mercado. Existem quatro tipos de diversificação: horizontal, vertical, concêntrica e em conglomerado. 
A diversificação horizontal é aquela na qual há a incorporação de produtos que estão relacionados aos produtos originais. Eles podem ser vendidos pelos canais de distribuição que já existem ou também pela extensão desses. Esse tipo de diversificação está relacionado, portanto, com a ampliação da área de especialização da empresa em questão, seja de base tecnológica ou de área de comercialização. 
A diversificação vertical caracteriza-se por ser aquela em que a empresa assume o comando de todas as etapas de produção, ou seja, dos insumos até a confecção do produto final. Esse tipo de diversificação pode ser subdividido em dois tipos: pra trás (upstream) e pra frente (downstream). A primeira ocorre quando a empresa responsabiliza-se pelos processos de produção anteriores, não modifica a natureza do produto e eleva o valor agregado do produto sem que isso acarrete alteração no preço. Já na downstream, ocorre o oposto, ou seja, há uma intensificação no processo de produção, o que aproxima a mercadoria do produto final, há a possibilidade de entrada em atividades que não sejam industriais, como por exemplo, distribuição e comercialização do produto e também ocorre a modificação do valor agregado e do preço do produto final. Além disso, na distribuição vertical existem fatores de ordem técnica, fatores relacionados a eficiência econômica e fatores relacionados ao processo competitivo nas indústrias da empresa em questão. 
Já a concêntrica, é o tipo de diversificação que apresenta diferentes formas, dependendo do grau de dependência que existe entre as competências necessárias para que a distintas unidades da empresa diversificada operem de maneira eficaz.

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