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DIREITO DO TRABALHO Férias

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FÉRIAS
DIREITO DO TRABALHO
FÉRIAS
 As férias são um período do contrato de trabalho que não há prestação de serviço, mas há a remuneração;
Descanso para o empregado;
Decorre de questões biológicas, sociais e econômicas;
No Brasil a primeira constituição a tratar de férias foi a de 1934;
FÉRIAS
1943 são consolidados os assuntos referentes a férias e nova redação a todo capítulo referente a férias em 13-4-77 pelo Decreto-lei nº 1.535;
Na CF de 1988 consta no Art. 7º, XVII a garantia do direito ao gozo de férias anuais remuneradas, com pelo menos, um terço a mais do que o salário normal aos trabalhadores urbanos e rurais, além dos outros que visem à melhoria de sua condição social;
FÉRIAS
 Princípios norteadores aplicáveis as férias:
- Anualidade para adquirir o direito;
- Remunerabilidade;
-Continuidade;
- Irrenunciabilidade;
DURAÇÃO DAS FÉRIAS
- Artigos 130 e 130-A da CLT;
- 30 dias corridos;
- Redução progressiva por faltas injustificadas;
- Nos contratos de regime parcial o período de férias é calculado a partir das horas semanais trabalhadas, se houver mais de sete faltas injustificadas ao longo de período de aquisição o período de férias é reduzido pela metade;
DURAÇÃO DE FÉRIAS
Jornada de trabalho comum:
NºDE FALTA DE JUSTIFICADAS
DIAS DE FÉRIAS
Até 5
30
De6 a 14
24
De 15 a 23
18
De 24 a 32
12
DURAÇÃO DE FÉRIAS
Jornada de trabalho sob regime de tempo parcial:
DURAÇÃODO TRABALHO SEMANAL
NºDE DIAS DE FÉRIAS
22h < d ≤ 25h
18
20h < d ≤ 22h
16
15h < d ≤ 20 h
14
10h < d ≤ 15 h
12
5h < d ≤ 10h
10
d ≤ 5h
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AQUISIÇÃO DE DIREITOS ÀS FÉRIAS
Dispõe o art. 130, da CLT:	
		
		Art. 130, CLT: “Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
		I- 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço 			II- 24 (vinte e quatro) dias corridos quando houver tido de 6 (seis) a 		III- 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 		IV- 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) mais de 5 (cinco) vezes; 14 (quatorze) faltas; (vinte e três) faltas; a 32 (trinta e duas) faltas.
		§1º- É vedado descontar, do período de férias as faltas do empregado ao serviço.
		§2º- O período de férias será computado para todos os efeitos, como tempo de serviço.
FALTAS JUSTIFICADAS
Art. 131, CLT:
		Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado:      						I - nos casos referidos no art. 473;      
		Il - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social;         				III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133;     
		IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário;     
		V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; e     
		VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do art. 133.
AQUISIÇÃO DO DIREITO ÀS FÉRIAS – Serviço Militar
		Art. 472 - O afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar, ou de outro encargo público, não constituirá motivo para alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador.
		§ 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de exigências do serviço militar ou de encargo público, é indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data em que se verificar a respectiva baixa.
AQUISIÇÃO DO DIREITO ÀS FÉRIAS – Serviço Militar
Suspensão do contrato de trabalho;
Notificação em 30 dias do interesse de retorno;
Efetiva apresentação e retorno em 90 dias;
AQUISIÇÃO DO DIREITO ÀS FÉRIAS – Serviço Militar
		Art. 132 - O tempo de trabalho anterior à apresentação do empregado para serviço militar obrigatório computado no período aquisitivo, desde que ele compareça ao estabelecimento dentro de 90 (noventa) dias da data em que se verificar a respectiva baixa.
PERDA DO DIREITO ÀS FÉRIAS
Art. 133. Não terá direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: 
l – deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subseqüentes a 
sua saida;
ll – permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) 
lll – deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; e
lV – tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de trabalho ou de auxilio – doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos;
PERDA DO DIREITO ÀS FÉRIAS
§ 1º - A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social.
§ 2º - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando o empregado, após o implemento de qualquer das condições previstas neste artigo, retornar ao serviço.
§ 3º - Para os fins previstos no inciso III deste artigo a empresa comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 dias, as datas de início e fim de paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo, comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato representativo da categoria profissional, bem como afixará aviso nos respectivos locais de trabalho.
DA CONCESSÃO E DA ÉPOCA DAS FÉRIAS
Períodos: aquisição e fruição
Art. 134 CLT;
Período aquisitivo;
Período concessivo;
Forma majoritária: “Objetivo da norma é simplesmente não tornar corriqueiro o fracionamento, por exemplo, todos os anos.”
Em caso de fracionamento um dos períodos não poderá ser inferior a dez dias corridos.
DA CONCESSÃO E DA ÉPOCA DAS FÉRIAS
É vedado o fracionamento aos menores de 18 anos e aos maiores de 50 anos;
Determinação de período;
O ato de concessão das férias pressupõe o preenchimento de algumas formalidades (art. 135 CLT);
Comunicação escrita;
DA CONCESSÃO E DA ÉPOCA DAS FÉRIAS
Época de concessão das férias:
Art. 136 “A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador.”
 Exceções:
		a) Trabalhem no mesmo estabelecimento ou empresa;
		b) Tenham interesse em gozar as férias no mesmo período;
		c) Do faro não resulte prejuízo para o serviço.
DA CONCESSÃO E DA ÉPOCA DAS FÉRIAS
- Concessão das férias fora do prazo (férias vencidas):
Pagamento em dobro da remuneração ;
 
O pagamento em dobro inclui a dobra do terço de férias; 
Sempre que alguém falar em remuneração de férias, a qualquer título que seja, deve estar presente o terço constitucional
Art. 137 CLT.
DA CONCESSÃO E DA ÉPOCA DAS FÉRIAS
Vedação ao trabalho durante o período destinado ao gozo de férias;
Dever de descansar;
Art. 138 da CLT.
FÉRIAS COLETIVAS
Dispõe o art. 139 da CLT:
		Art. 139 Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa.  
	§ 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. 
		(...)
Enquanto nas férias individuais o fracionamento é apenas excepcionalmente admitido, nas férias coletivas é expressamente autorizado;
Férias individuais: apenas um dos períodos não pode ser inferior a 10 dias corridos;
Férias coletivas: nenhum dos períodos pode ser inferior a 10 dias;
FÉRIAS COLETIVAS
A concessão de férias coletivas exige determinadas providências formais por parte do empregador: comunicação ao TEM e ao sindicato da categoria, como também fixação de avisos aos empregados;
 Dispõem
os § § 2º e 3º do art. 139 da CLT:
		art. 139. (...)
		 § 2º - Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida. 
	§ 3º - Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos sindicatos representativos da respectiva categoria profissional, e providenciará a afixação de aviso nos locais de trabalho.
	
FÉRIAS COLETIVAS
Dispõe o art. 141:
		 Art. 141 - Quando o número de empregados contemplados com as férias coletivas for superior a 300 (trezentos), a empresa poderá promover, mediante carimbo, anotações de que trata o art. 135, § 1º. 
	§ 1º - O carimbo, cujo modelo será aprovado pelo Ministério do Trabalho, dispensará a referência ao período aquisitivo a que correspondem, para cada empregado, as férias concedidas.
	§ 2º - Adotado o procedimento indicado neste artigo, caberá à empresa fornecer ao empregado cópia visada do recibo correspondente à quitação mencionada no parágrafo único do art. 145. 					§ 3º - Quando da cessação do contrato de trabalho, o empregador anotará na Carteira de Trabalho e Previdência Social as datas dos períodos aquisitivos correspondentes às férias coletivas gozadas pelo empregado. 
FÉRIAS COLETIVAS
 Concessão de férias para empregados que ainda não completaram o período aquisitivo: de acordo com o Art. 140, “os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo.”
		Exemplo 1:								O empregado foi admitido em 01/05/2008, e a empresa concedeu férias coletivas de 30 dias a partir de 01/01/2009. Na hipótese, o empregado não tinha direito a 30 dias de férias, visto que possuía apenas 8 meses de serviço. Qual seria a solução?								
		
FÉRIAS COLETIVAS
Fracionamento das férias dos menores de 18 anos e maiores de 50 anos:
		Exemplo 2:
		Caio, com 17 anos, e Paula, com 53, trabalham em uma empresa cujo empregador resolveu conceder férias coletivas aos empregados, fracionando-as em duas parcelas de 15 dias, em julho/2009 e em dezembro/2009. Ambos tinham o período aquisitivo completo, ou seja, já tinham adquirido o direito a 30 dias de férias.				Qual a solução?
			
FÉRIAS E REMUNERAÇÃO – Abono Pecuniário
		Remuneração:
								
Durante o período de férias, o empregado recebe o equivalente ao valor do seu salário acrescido de um terço (art. 7º, XVII). Ex: se recebe R$900,00 por mês, receberia, R$1.200,00 até dois dias antes do início do gozo das férias.
Para se estabelecer o valor do salário em casos que seu valor não é fixo (empreita, comissão, viajem), deve-se apurar a média percebida nos últimos 12 meses anteriores à concessão das férias. Se recebe salário utilidade, o valor equivalente deve ser considerado na base de cálculo.
FÉRIAS E REMUNERAÇÃO – Abono Pecuniário
Os adicionais de insalubridade e periculosidade devem ser considerados no cálculo das férias. (art. 142 § 5º CLT.)
		"Nas férias do empregado que receba apenas comissão não fará jus o obreiro às comissões de vendas feitas por outros empregados". Sergio Pinto Martins (2011, p.602)
O doutrinador se refere não ao empregado comissionista, que recebe apenas comissão, mas ao que percebe um adicional de comissão de valor fixado e dividido com os colegas do setor, como o de entrega.
FÉRIAS E REMUNERAÇÃO – Abono Pecuniário
		Abono Pecuniário:
O empregado pode vender até 1/3 das férias, ou seja, converter em pecúnia a terça parte do período de que gozaria. (art. 143 CLT.)
O empregador não pode converter as férias do empregado em abono, sendo necessário que este último faça requerimento.
No caso de férias coletivas, a conversão do abono de férias deve resultar de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da categoria.
FÉRIAS E REMUNERAÇÃO – Natureza Jurídica do Abono Pecuniário e Época de Pagamento
	Natureza jurídica do abono pecuniário:
Possui natureza indenizatória;
Art. 144 da CLT: O abono de férias de que trata o artigo anterior, bem como o concedido em virtude de cláusula do contrato de trabalho, do regulamento da empresa, de convenção ou acordo coletivo, desde que não excedente a vinte dias do salário, não integrarão a remuneração do empregado para os efeitos da legislação do trabalho.
FÉRIAS E REMUNERAÇÃO – Natureza Jurídica do Abono Pecuniário e Época de Pagamento
	Época do pagamento das férias
Art. 145, caput da CLT: O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até dois dias antes do inicio do respectivo período;
Pagamento fora do prazo: É devido pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço constitucional, com base no artigo 137 da CLT, quando ainda que gozadas em época própria, o empregador tenha descumprido o prazo de pagamento previsto no atigo 145 da CLT.
FÉRIAS E REMUNERAÇÃO – Natureza Jurídica do Abono Pecuniário e Época de Pagamento
Exemplo:
		Joel foi admitido na empresa em 01.02.2008, tendo completado seu primeiro período aquisitivo de férias em 31.01.2009. Seu empregador lhe concedeu as férias respectivas de 02.03.2009 a 31.03.2009, tendo efetuado o pagamento correspondente no dia 02 de março, sob o argumento que o segundo dia anterior ao inicio das férias era sábado, dia em que a empresa não funciona.
DOS EFEITOS DA CESSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Dispõe o art. 146 da CLT:
		Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente a período de férias cujo direito tenha adquirido.				
Situação das Férias:
	- férias simples;
	- férias vencidas;
	- férias proporcionais.
Exemplo de cálculo de recisão:
DOS EFEITOS DA CESSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Art. 147 - O empregado que for despedido sem justa causa, ou contrato de trabalho se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 (doze) meses de serviço, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o disposto no artigo anterior. 
Súm Nº 261 FÉRIAS PROPORCIONAIS. PEDIDO DE DEMISSÃO. CONTRATO VIGENTE HÁ MENOS DE UM ANO - Nova redação - Res. 121/2003, DJ 21.11.2003. O empregado que se demite antes de completar 12 (doze) meses de serviço tem direito a férias proporcionais.
DOS EFEITOS DA CESSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Súm. Nº171. FÉRIAS PROPORCIONAIS. CONTRATO DE TRABALHO. EXTINÇÃO - Republicado em razão de erro material no registro da referência legislativa - DJ 05.05.2004. Salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses.
DOS EFEITOS DA CESSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Súm 14. Culpa recíproca. Rescisão do contrato de trabalho. Indenização. Aviso prévio. Décimo terceiro. Férias proporcionais. CLT, arts. 129, 484 e 487. Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do contrato de trabalho (CLT, art. 484), o empregado tem direito a 50% (cinqüenta por cento) do valor do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.
DOS EFEITOS DA CESSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Súm 7. FÉRIAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003.
	A indenização pelo não-deferimento das férias no tempo oportuno será calculada com base na remuneração devida ao empregado na época da reclamação ou, se for o caso, na da extinção do contrato.
DOS EFEITOS DA CESSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Natureza jurídica das férias indenizadas;
Art 148. A remuneração das férias, ainda quando devida após a cessação do contrato de trabalho, terá natureza salarial, para os efeitos do art. 449;
Não tem natureza salarial as seguintes parcelas:
	- A dobra ( somente a dobra, frise-se) relativa ao pagamento das férias vencidas. A remuneração normal (“original”)
tem natureza salarial, claro;
	- As férias indenizadas, com o respectivo adicional (1/3); pagas quando da extinção do contrato;
	- O abono pecuniário de férias;
	- As parcelas suplementares pagas ao empregado em virtude de contrato, regulamento, ou norma coletiva, nos termos do art. 144. Da CLT.
PRESCRIÇÃO E FÉRIAS
Dispõe o art. 149:
	
		Art. 149 – A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração e contada do término do prazo mencionado no art. 134 ou, se for o caso, da cessação do contrato de trabalho.
Prescreve o direito com 5 anos após o período concessivo.

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