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CURSO DE DIREITO UDC DIREITO CIVIL IV – CONTRATOS PROFESSOR: ME. LUIS MIGUEL BARUDI DE MATOS BIBLIOGRAFIA: - GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil: contratos – tomo I e II. Vol. IV. São Paulo: Saraiva - GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: contratos e atos unilaterais. Vol. III. São Paulo: Saraiva - TARTUCE, Flávio. Direito civil: direito das obrigações e responsabilidade civil. Vol. 2. São Paulo: Método - TARTUCE, Flávio. Direito civil: Teoria geral dos contratos e contratos em espécie. Vol. 3. São Paulo: Método O PRESENTE MATERIAL SERVE DE ORIENTAÇÃO PARA O ESTUDO QUE DEVE SER EMBASADO NA BIBLIOGRAFIA INDICADA TROCA OU PERMUTA CONCEITO E CARACTERÍSTICAS JURÍDICAS CONCEITO: consiste na entrega de uma coisa para recebimento de outra, que não seja dinheiro. A troca ou permuta é a forma contratual mais antiga que se tem notícia. A permuta deu origem ao contrato de compra e venda, quando os bens passaram a ser trocados por moeda. O contrato de permuta tem a mesma natureza jurídica da compra e venda: é bilateral, oneroso e consensual. Da mesma maneira que a compra e venda, a permuta não gera efeitos reais, mas sim a obrigação de transferir ao outro o domínio da coisa objeto de permuta. Assim como na compra e venda, na permuta todas as coisas disponíveis para comércio (que não sofram indisponibilidade natural, legal ou convencional) podem ser permutadas, não sendo necessário que os bens sejam da mesma espécie ou valor. Dessa forma e a partir dessas semelhanças, aplicam-se à permuta as regras da compra e venda, com algumas modificações que atendem às suas especificidades inerentes. Art. 533. Aplicam-se à troca as disposições referentes à compra e venda, com as seguintes modificações: I - salvo disposição em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade as despesas com o instrumento da troca; II - é anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes, sem consentimento dos outros descendentes e do cônjuge do alienante. As diferenças restringem-se então: 1. Rateio das despesas referentes à permuta, salvo disposição em contrário por comum acordo entre as partes. 2. A troca entre ascendentes e descendentes referente a bens com valores desiguais deve contar com a anuência dos outros descendentes e do cônjuge do alienante. Nesse caso, se o bem pertencente ao ascendente for de maior valor, haverá necessidade de anuência. Caso o bem do ascendente tenha menor valor, não será necessária a anuência (não existe prejuízo aos demais ascendentes). Caso os bens permutados tenham valores desiguais, a parte cujo bem tem valor inferior ao outro, completa sua prestação com dinheiro, conhecido neste caso como torna. Esta se transformará em compra e venda se a torna representar mais de 50% do valor do bem. CONTRATO ESTIMATÓRIO CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA CONCEITO: contrato estimatório ou de vendas em consignação é aquele em que uma pessoa (consignante) entrega bens móveis a outra (consignatária), ficando esta autorizada a vendê-los, obrigando-se a pagar um preço ajustado previamente ou restituir as coisas consignadas dentro do prazo ajustado. Art. 534. Pelo contrato estimatório, o consignante entrega bens móveis ao consignatário, que fica autorizado a vendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvo se preferir, no prazo estabelecido, restituir-lhe a coisa consignada. Apenas os bens móveis e que estão no comércio podem ser objeto do contrato estimatório. As partes estipulam um preço pelo bem, que é base do contrato entre ambas para fins de pagamento ou restituição. A parte consignatária (que recebe o bem) pode vendê-lo a terceiro por qualquer valor, desde que pague à parte consignante (que entregou o bem) o preço que foi ajustado. O consignatário é responsável pelo bem que lhe foi entregue durante o período de vigência do contrato estimatório, mesmo que o dano não seja por ele causado. Nesse caso, não existindo mais a coisa ou sua devolução de forma integral não seja possível, o consignatário será obrigado a pagar ao consignante o preço ajustado. Art. 535. O consignatário não se exonera da obrigação de pagar o preço, se a restituição da coisa, em sua integridade, se tornar impossível, ainda que por fato a ele não imputável. A coisa entregue em consignação não pertence ao consignatário. Assim, esta não poderá ser penhorada ou sequestrada para garantir dívidas do consignatário (que recebeu), mas poderá sê-lo por dívidas do consignante (que entregou). Art. 536. A coisa consignada não pode ser objeto de penhora ou seqüestro pelos credores do consignatário, enquanto não pago integralmente o preço. Durante a vigência do contrato estimatório, o consignante, mesmo sendo proprietário do bem, não poderá dispor (aliená-lo) antes do término do prazo estipulado, quando haverá a restituição do bem ou, em caso de antecipação da restituição ou informação expressa de que essa virá a ocorrer. Art. 537. O consignante não pode dispor da coisa antes de lhe ser restituída ou de lhe ser comunicada a restituição.
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