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AULA Escadas

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CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO
ARQUITETURA E URBANISMO
ELEMENTOS DE ARQUITETURA
ANA KYZZY FACHETTI
AULA 3
ESCADAS
ESCADAS E RAMPAS
“São circulações que tem como função vencer desníveis em geral, possibilitando o livre acesso e circulação entre eles.”
Escada
É o tipo mais comum de circulação vertical, por ser mais compacta que a rampa e mais econômica que o elevador. 
Apesar da aparente simplicidade de execução, deve ser calculada de modo adequado a fim de propiciar o maior conforto possível ao usuário. 
É importante lembrar que a estrutura de uma escada é um ponto delicado, pois ela está relacionada com o formato, o material e o resultado estético final.
Escadas podem ser de quase todos os materiais possíveis.
Dependendo do formato e da função estrutural do material, existem limitações, mas podemos citar como os principais materiais primários: 
	a madeira, o aço e o concreto. 
Eles são elementos que muitas vezes agem também dentro do papel estrutural na escada. 
Entretanto, o mais comum é encontrarmos combinações de materiais, como uma escada de estrutura metálica com degraus em madeira ou uma escada de concreto com degraus em granito.
Escada
Outro item que pode ser constituído de diversos materiais é o guarda-corpo. 
Muito importante na segurança das escadas, é outro elemento que possui extensa variação de materiais e sua presença é sempre impactante no aspecto estético das escadas. 
Analisando todos os componentes existentes em uma escada e somando-os à variação de materiais que podem existir entre eles, é fácil concluir que a variedade de soluções é muito ampla.
Escada
Existem alguns tipos básicos de escadas, os chamados formatos de escadas. 
Esses formatos seguem necessidades espaciais de uma construção, uma vez que ocupam mais ou menos espaço em planta. 
Ainda seguem também necessidades estéticas: uma escada caracol, por exemplo, tem um resultado muito diferente de uma escada em linha reta, não só em termos espaciais, mas como resultado de seu aspecto em determinado ambiente.
Vamos verificar os formatos mais convencionais, tendo em mente que dentro de cada um deles existem muitas variações, tanto de materiais e componentes, quanto das soluções estruturais adotadas. 
Vale lembrar que é possível obter ainda mais resultados unindo mais de um formato em uma mesma escada.
Tipos de escada
ESCADA EM LINHA RETA
Uma escada reta, que vence o desnível sem que usuário mude de direção, em apenas um lance. 
É possível ainda que haja um patamar intermediário - espaço mais ou menos largo no topo de uma escada ou de um lance de escada, de descanso em uma escada reta, dependendo do desnível que a escada está vencendo.
Tipos de escada
ESCADA EM “L”
A escada em “L” é da mesma família das escadas retas, com a diferença que há uma mudança de direção a 90 graus para um dos lados. 
Pode haver um patamar quando existe essa mudança ou essa mudança pode ser gradual, com degraus em leque, como é comum em escadas de prédios residenciais ou sobrados antigos.
Tipos de escada
Escada em “U” 
Essa escada também é da mesma família das escadas em linha reta, e é dos modelos mais confortáveis. 
É quando a escada possui um patamar intermediário e ao chegar nesse patamar há uma mudança de direção para o sentido oposto. 
É importante lembrar que esse patamar não deve estar sempre exatamente no meio da escada para configurar uma escada em “U”, ele pode estar nos primeiros ou últimos degraus, dependendo da situação.
Tipos de escada
Escada Curva ou Circular
São as escadas que possuem uma curva, mas não há um eixo central em torno da qual a escada circula dando voltas. 
São extensas as variações de escadas curvas, pois existem muitas possibilidades diferentes de arcos. 
Tipos de escada
Escada Caracol ou Helicoidal
São as escadas que possuem, em geral, um eixo central em torno do qual os degraus estão orientados, como raios de um círculo. 
As clássicas escadas caracóis de pré-moldados em concreto talvez sejam o exemplo mais difundido desse tipo. 
O interessante da escada caracol é que ela cabe em espaços diminutos. 
A desvantagem é que elas não são muito confortáveis e de difícil acesso a cargas.
Tipos de escada
Escada Marinheiro
A escada marinheiro é aquela em que é necessário subir com o apoio das mãos e dos pés. 
A mão segura em uma barra superior enquanto os pés utilizam as barras inferiores. 
É a clássica escada de brinquedos de playground, como o trepa-trepa.
Esse tipo é muito utilizado em caixas d’água, torres de iluminação, de energia ou ainda nas piscinas. 
Normalmente usadas para fins técnicos, por serem desconfortáveis e perigosas, são um meio de se chegar até um determinado ponto em locais de difícil - e raro - acesso.
Tipos de escada
Escada Santos Dumont
A escada Santos Dumont é um tipo hibrido entre escada marinheiro e escada reta. 
É uma escada reta com inclinação bastante acentuada, e possui recortes nos degraus de determinada forma que o usuário consiga trazer o pé do degrau anterior sem batê-lo no próximo. 
É uma forma de se realizar uma escada reta em locais diminutos em que uma escada é necessária, mas não há espaço suficiente para uma escada reta convencional. 
No entanto não é uma escada confortável e seu uso é recomendado apenas para locais pouco utilizados em que nenhuma outra solução seria viável.
Tipos de escada
Elementos da escada
Uma escada não pode ser colocada arbitrariamente. 
Se o espelho tiver mais de 18 cm a escada torna-se cansativa. 
E se os espelhos forem variáveis quebra- se o ritmo. 
Se o piso do degrau é menor que 25 cm, o pé não encontra apoio e pode provocar quedas. 
Se é maior dificulta as passadas.
As formas dos degraus podem variar bastante, assim como o material que é construído a escada, desde que se garanta sua estabilidade, conforto e segurança.
Recomendações Gerais
As larguras mínimas das escadas, deverão ter largura suficiente para proporcionar o escoamento do número de pessoas que dela dependem devendo respeitar o Código de Edificações e de Posturas do município da edificação, não devendo ser inferiores a:
0,60m - para uma só pessoa. 
Recomenda-se, se possível fazer com 0,80m ou 0,90m;
0,90m - em edifícios unifamiliares; 
1,20m - para duas pessoas e em edifícios residenciais com até três pavimentos;
1,80m - para três pessoas.
As escadas deverão ter a altura de espelho entre 0,15m e 0,18m
Recomendações Gerais
Nas escadas com mais de 19 (dezenove) degraus, será necessário intercalar um patamar, com a profundidade mínima igual a largura da escada.
Inclinação entre 30 e 35 graus em relação ao piso. 
Mais inclinada que isso, ocupa menos espaço, mas se torna um empecilho para idosos e crianças.
As quinas não podem ser muito arredondadas, para não prejudicar a firmeza do passo, nem muito vivas, ou causarão ferimentos em caso de acidente. 
Recomendações Gerais
E, se houver crianças ou idosos na casa, por exemplo, o piso deve ser de material antiderrapante ou receber acabamentos com essa característica, como as lixas ou os sulcos colocados nas beiradas dos degraus.
Nos projetos de escada é necessário examinar a altura livre de passagem. 
Trata-se da distância, medida na vertical, entre o piso do degrau e o teto. 
Ou seja, a laje intermediária entre um pavimento e o outro. 
Esta altura nunca deve ser inferior a 2,20 m (dois metros e vinte centímetros).
Calculo dos degraus
O cálculo é realizado baseado na fórmula de BLONDEL, e os limites mínimos e máximos de espelho e piso são definidos pela legislação de edificações.
Fórmula de BLONDEL
Blondel, arquiteto francês, estabeleceu uma fórmula empírica que permite calcular a largura do piso em função da altura do espelho e vice-versa.
Dados experimentais fizeram concluir que:
2 e + p = 64
Onde:
e = espelho – corresponde a parte vertical do degrau, perpendicular ao piso
p = piso – corresponde a parte horizontal do degrau
Observação:
A altura recomendável para o espelho de uma escada deve ser no máximo de 0,18 m (dezoito centímetros).
A profundidade recomendável deve ser no mínimo de 0,25 m (vinte e cinco centímetros).
A quantidade de espelhos (n) é calculada em função do desnível entre os pavimentos a serem ligados pela escada.
CÁLCULO DE UMA ESCADA
Deve-se considerar:
• Altura do pé-direito;
• Espessura do piso superior (laje).
Soma-se a altura do pé-direito, a espessura da laje do piso superior = piso-à-piso.
Divide-se o resultado encontrado por 0,18 m (altura máxima permitida para espelho)
Por exemplo, considerando:
 	• Altura do pé-direito = 2,70 m
	• Espessura da laje do piso superior = 0,15 m
 
Temos: 
2,70 m + 0,15 m = 2,85 m (piso-à-piso) 
2,85 m : 0,18 m (máximo permitido para h) = 15,83 (arredondar SEMPRE para mais) = 16 degraus
 
Logo:
 
2,85 m (piso-à-piso) = 16 degraus = 0,178m (NUNCA arredondar esse valor) = h (altura do espelho)
 
Isto é, o número de degraus é igual a altura do pé-direito mais a espessura do piso superior,  dividido pela altura do espelho.
CÁLCULO DE UMA ESCADA
Assim: 
2,85 m = 0,178 m = 16 degraus
Calcula-se em seguida, pela fórmula de Blondel, a largura do piso do degrau (p).
2h (altura do espelho) + p (piso do degrau) = 0,64 (constante)
2 x 0,178 m + p = 0,64 
 0,356 m + p = 0,64 
p = 0,64 – 0,356 m
p = 0,284 m
Finalizando temos uma escada com: 
16 degraus, espelho (h) = 0,178 m e piso (p) = 0,284 m
CÁLCULO DE UMA ESCADA
Para completar o cálculo da escada devemos determinar a distância em projeção horizontal entre o primeiro e o último degrau.  
Ora, uma escada de n degraus possui n – 1 pisos; logo a distância d será igual ao produto da largura do piso encontrado pelo número de degraus menos 1.
CÁLCULO DE UMA ESCADA
Desenhando a Escada
Planta Baixa do Pavimento Inferior
	- lembre-se que o plano que define a planta baixa passa a 	~1,50m do chão. 
	- por convenção, do meio da escada em diante, a 	representação é tracejada.
Desenhando a Escada
É preciso acrescentar o sentido de escada, ou seja, o sentido a partir do pavimento desenhado. 
Desenhando a Escada
Não esqueça o corrimão ou guarda-corpo, desenhado conforme o caso:
Desenhando a Escada
Planta Baixa do Pavimento Superior
Desenhando o pavimento superior, todos os degraus são vistos – até o limite de visibilidade da laje.
- É conveniente indicar o sentido da escada
- Normalmente, é indicado o sentido ascendente. 
-Caso se indique o sentido descendente, deve-se acrescentar a palavra “desce” ou a letra “d” junto à seta. 
Nesse caso, pode ser interessante usar “s” ou “sobe” para indicar.
Desenhando a Escada
Corte
Primeiro, traçar os pisos que a escada vai unir.
- lembre-se, depois, de marcar as lajes 
- Marcar os degraus extremos.
Desenhando a Escada
Corte
- Marcar as alturas dos pisos, usando divisão proporcional.
Desenhando a Escada
Corte
Marcar os pisos, de preferência aproveitando a escada em planta.
- A planta ajuda a não esquecer dos patamares.
Desenhando a Escada
Corte
- Marcar a laje da escada (10cm abaixo) e do piso, de acordo com a necessidade
- Não esquecer da laje em vista, depois da escada, quando for o caso.
Desenhando a Escada
Corte
Adicionar corrimão e balaustrada, de acordo com o projeto.
Não esquecer dos valores de traço.
- O corrimão aparece em vista
- Os degraus cortados devem estar em traço forte.
- Os degraus em vista e a laje em vista devem estar em traço fraco
 
Verifique a laje e corrija as plantas de acordo
- Não esqueça dos níveis
Desenhando a Escada
Corte
Desenhando a Escada
Corte
Outra maneira, mais simples, de marcar os degraus da escada em corte é pela marcação da reta que passa pela aresta dos degraus.
- Marcar um piso antes do piso inferior no limite inferior da escada
- Marcar a reta desse ponto inicial ao fim da escada
Os degraus serão feitos a partir dos pontos de cruzamento.
Desenhando a Escada
Corte
Não esquecer dos detalhes do degrau, de acordo com a escala do desenho
Acessibilidade nos Meios Arquitetônico e Urbano
Circulação Vertical/Escada Fixa
Acessibilidade nos Meios Arquitetônico e Urbano
Circulação Vertical/Escada Fixa
(Conforme Capítulos 6, 9 e 10/ABNT - NBR 9050/1994)
1. Escada: largura mínima 1,20m; inclinação transversal máxima 2%; degraus com espelho entre 16 e 18cm, e, piso entre 28 e 32cm.
2. Patamar: a cada 3,20m de desnível, medindo no mínimo 1,20m na direção do movimento.
3. Corrimão: instalados nos dois lados da escada; de material rígido; firmemente fixado às paredes. O corrimão deverá permitir boa empunhadura e será instalado em duas alturas (0,70m e 0,92m do piso), prolongando-se pelo menos 0,30m do início e após o término da escada, sem interferir nas áreas de circulação.
4. Piso início/término lance de escada: faixa com textura diferenciada (mínima 28cm) ocupando toda a largura da escada.
5. Piso: revestimento antiderrapante sob qualquer situação, seca ou molhada. Quando revestido com forração, esta deverá ser fixada perfeitamente à superfície.
6. Vestíbulo: dimensão mínima de 1,50m de largura por 1,20m de comprimento, além da área de abertura da porta.
ESCADAS DE EDIFÍCIOS
ESCADAS DE EDIFÍCIOS
ESCADAS DE EDIFÍCIOS
ABNT NBR 9077:2001    
Saídas de emergência em edifícios
ESCADAS DE EDIFÍCIOS
ABNT NBR 14880:2002 – Saídas de emergência em edifícios - Escadas de segurança - Controle de fumaça por pressurização
ABNT NBR 11742:2003 – Porta corta-fogo para saída de emergência
ABNT NBR 13971:1997 – Sistemas de refrigeração, condicionamento de ar e ventilação - Manutenção programada;
ESCADAS DE EDIFÍCIOS
ESCADAS

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