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Direito Processual do trabalho

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CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E 
EXERCÍCIO 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
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Queridos alunos, 
Para aqueles que ainda não me conhecem, vou me apresentar! 
Sou Déborah Paiva, professora de Direito do Trabalho e Processo do 
Trabalho aqui do Ponto dos Concursos, no qual já ministrei 5 cursos. 
Sou jornalista e advogada com especialização em Direito do Trabalho 
e Processo do Trabalho e autora de 4 livros pela Editora Ferreira: 
Atualmente estou ministrando, aqui no Ponto, um curso de Súmulas e 
Orientações Jurisprudenciais do TST (teoria e questões), indicado 
para o concurso do TRT/Paraná e para o MPU. 
E agora, apresento para vocês este curso de Processo do Trabalho 
com teoria e resolução de questões de provas de diversas bancas de 
concursos públicos, em especial das bancas FCC e UnB/CESPE, que 
são as bancas organizadoras dos concursos dos Tribunais Regionais 
do Trabalho. 
Este curso é indicado para quem irá concorrer aos cargos de Técnico 
Judiciário, Analista Judiciário e Executor de Mandados, Analista 
Administrativo dos Tribunais Regionais do Trabalho e do TST e de 
Analista Processual do MPU. 
O conteúdo programático que seguirei é o adotado pelos últimos 
Editais da FCC e da UnB/CESPE para os concursos dos Tribunais que 
foram realizados em 2008 e 2009. 
Vocês poderão observar que o Edital da FCC de 2010 para o 
TRT/Paraná está contido no conteúdo programático deste curso. 
Atenção: O TRT/Paraná está com Edital da FCC aberto, com prova 
marcada para 25 de Julho, cujo conteúdo programático para os 
cargos de Analista Judiciário e Analista Judiciário Execução de 
Mandados segue transcrito no quadro abaixo: 
 
1º. ”Noções de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho com 
Teoria e Questões”; 
2º. “Direito do Trabalho e Processo do Trabalho – Questões 
comentadas FCC”; 
3º. “Exame de Ordem – 2ª Fase – Direito do Trabalho”, em co-
autoria com o Juiz do Trabalho José Carlos Lima da Motta; 
4º. “Provas comentadas ESAF – Direito do Trabalho e Processo do 
Trabalho”. 
 
 
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Atenção: Para aqueles que irão prestar o concurso para o cargo de 
Técnico Judiciário (Área Administrativa) ressalto que o conteúdo 
programático do Edital está contido no Edital de Analista Judiciário, 
acima transcrito, e será abordado neste curso. 
1. Da Justiça do Trabalho: organização e competência. 2. Das 
Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e do 
Tribunal Superior do Trabalho: jurisdição e competência. 3. Dos 
serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das 
Varas do Trabalho; dos distribuidores; dos oficiais de justiça e 
oficiais de justiça avaliadores. 4. Do Ministério Público do Trabalho: 
organização. 5. Do processo judiciário do trabalho: princípios gerais 
do processo trabalhista (aplicação subsidiária do CPC). 6. Dos atos, 
termos e prazos processuais. 7. Da distribuição. 8. Das custas e 
emolumentos. 9. Das partes e procuradores; do jus postulandi; da 
substituição e representação processuais; da assistência judiciária; 
dos honorários de advogado. 10. Das nulidades. 11. Das exceções. 
12. Das audiências: de conciliação, de instrução e de julgamento; 
da notificação das partes; do arquivamento do processo; da revelia 
e confissão. 13. Das provas. 14. Dos dissídios individuais: da forma 
de reclamação e notificação; da reclamação escrita e verbal; da 
legitimidade para ajuizar. 15. Do procedimento ordinário e 
sumaríssimo. 16. Dos procedimentos especiais: inquérito para 
apuração de falta grave, ação rescisória e do mandado de 
segurança. 17. Da sentença e da coisa julgada; da liquidação da 
sentença: por cálculo, por artigos e por arbitramento. 18. Dos 
dissídios coletivos: extensão, cumprimento e revisão da sentença 
normativa. 19. Da execução: execução provisória; execução por 
prestações sucessivas; execução contra a Fazenda Pública; 
execução contra a massa falida. 20. Da citação; do depósito da 
condenação e da nomeação de bens; do mandado e penhora; dos 
bens penhoráveis e impenhoráveis; da impenhorabilidade do bem 
de família (Lei 8.009/90). 21. Dos embargos à execução; da 
impugnação à sentença; dos embargos de terceiros. 22. Da praça e 
leilão; da arrematação; da remição; das custas na execução. 23. 
Dos recursos no processo do trabalho. 
 
 
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Conteúdo Programático e cronograma do curso: 
Aula 1 (20/05): Da Justiça do Trabalho: organização e competência. 2. 
Das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e do 
Tribunal Superior do Trabalho: jurisdição e competência. 3. Dos 
serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas 
do Trabalho; dos distribuidores; dos oficiais de justiça e oficiais de 
justiça avaliadores. 4. Do Ministério Público do Trabalho: organização. 
Aula 2 (27/05): 5. Do processo judiciário do trabalho: princípios gerais 
do processo trabalhista (aplicação subsidiária do CPC). 6. Dos atos, 
termos e prazos processuais. 7. Da distribuição. 8. Das custas e 
emolumentos. 
Aula 3 (03/06): 9. Das partes e procuradores; do jus postulandi; da 
substituição e representação processuais; da assistência judiciária; dos 
honorários de advogado. 10. Das nulidades. 11. Das exceções. Aula 4 
(10/06): 12. Das audiências: de conciliação, de instrução e de julga-
mento; da notificação das partes; do arquivamento do processo; da 
revelia e confissão. 
Aula 5 (17/06): 13. Das provas. 14. Dos dissídios individuais: da forma 
de reclamação e notificação; da reclamação escrita e verbal; da legitim-
idade para ajuizar. 
Aula 6 (24/06): 15. Do procedimento ordinário e sumaríssimo. 16. Dos 
procedimentos especiais: inquérito para apuração de falta grave, ação 
rescisória e do mandado de segurança. 
Aula 7(01/07): 17. Da sentença e da coisa julgada; da liquidação da 
sentença: por cálculo, por artigos e por arbitramento. 18. Dos dissídios 
coletivos: extensão, cumprimento e revisão da sentença normativa. 
Aula 8 (08/07): 19. Da execução: execução provisória; execução por 
prestações sucessivas; execução contra a Fazenda Pública; execução 
contra a massa falida. 20. Da citação; do depósito da condenação e da 
nomeação de bens; do mandado e penhora; dos bens penhoráveis e 
impenhoráveis; da impenhorabilidade do bem de família (Lei 
8.009/90). 21. Dos embargos à execução; da impugnação à sentença; 
dos embargos de terceiros. 22. Da praça e leilão; da arrematação; da 
remição; das custas na execução. 
Aula 9 (15/07): 23. Dos recursos no processo do trabalho. Teoria Geral 
e espécies. Embargos de Declaração. Recurso ordinário. Recurso de 
Revista. Agravo de Petição. Agravo de Instrumento. Embargos. Agravo 
Regimental. 
............................................................................................................... 
 
 
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Antes de iniciar a aula, gostaria de ressaltar que no decorrer 
deste curso serão abordadas as Súmulas e Orientações 
Jurisprudenciais do TST em relação ao Processo do Trabalho. 
Portanto, gostaria de lembrá-los que as Súmulas e Orientações 
Jurisprudenciais consubstanciam a jurisprudência dos Tribunais. 
Em latim o termo jurisprudência, significa:
¾ Jus (direito) 
¾ Prudentia (sabedoria) 
Portanto, a jurisprudência é a aplicação do direito ao caso 
concreto. Ela não se forma por decisões isoladas, mas após uma série 
de decisões no mesmo sentido. 
As Súmulas correspondem ao posicionamento pacificado de 
determinado Tribunal. Objetivam trazer a paz social no julgamento de 
determinada matéria, dando interpretação à lei, abrandando o seu 
rigor e fazendo Justiça. 
 As Orientações Jurisprudenciais cristalizam a jurisprudência 
majoritária, reiterada do TST, mas que ainda não tiveram a autoridade 
exigida para se tornarem Súmulas. 
Não se esqueçam que as Orientações Jurisprudenciais do TST 
ainda não são Súmulas. Elas deverão sofrer um processo de 
maturação, de verificação de sua redação, de discussão, para depois, 
caso o TST assim desejar, se transformem em Súmulas. 
É oportuno explicar que a sigla SDI-1 significa Seção de 
Dissídios Individuais 1 e a sigla SDI-2, obviamente, significa Seção de 
Dissídios Individuais 2. 
 Digo isto porque há Orientações Jurisprudenciais que são da 
SDI-1 do TST e há outras que são da SDI-2 do TST. 
Gostaria de ressaltar que para a fixação da matéria utilizo a 
técnica da repetição, portanto farei transcrições dos artigos da CLT, 
bem como das Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do TST ao 
comentar as questões de prova e no decorrer da aula. 
Por exemplo, quando um determinado artigo da CLT é abordado 
na questão, utilizarei a didática de colá-lo na aula para agilizar o 
estudo de vocês, que não precisarão recorrer à CLT para relembrá-lo. 
 
Vamos então iniciar a nossa aula demonstrativa! 
 
 
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Aula 0: Provas no Processo do Trabalho 
Conceito: As partes no processo de conhecimento deverão provar os 
fatos controvertidos para que o juiz possa proferir a sentença, e esta 
fase onde as provas são produzidas denomina-se instrução 
processual. 
 Então, na fase de instrução do processo ocorrerá a colheita de 
provas que são dirigidas ao juiz, com o objetivo de esclarecê-lo, para 
que ele possa proferir a decisão/sentença solucionando o conflito de 
interesses entre as partes que lhe foi submetido. 
 Nos artigos 818 até o 830 da CLT estão da regulamentadas as 
provas no Processo do Trabalho, estes artigos serão explicados no 
decorrer desta aula. 
 Apesar da CLT possuir normas que tratam das Provas, o Código 
de Processo Civil possui alguns artigos que serão utilizados como 
fonte subsidiária, em caso de omissão da CLT e desde que haja 
compatibilidade de tais dispositivos com os princípios do Processo do 
Trabalho. 
 O art. 769 da CLT permite expressamente tal aplicação subsidiária 
do Processo Civil ao Processo do Trabalho. Observem abaixo: 
Art. 769 da CLT - Nos casos omissos, o direito processual 
comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, 
exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste 
Título. 
Conceito de Prova: “Prova nos domínios do direito processual é o 
meio lícito para demonstrar a veracidade ou não de determinado fato 
com a finalidade de convencer o juiz a cerca da sua existência ou 
inexistência”. (Carlos Henrique Bezerra Leite). 
⇒ “Probare”, em latim, significa demonstrar a veracidade de uma 
proposição ou a realidade de um fato. 
No Processo de Conhecimento o juiz irá formar o seu 
convencimento sobre os fatos controvertidos para proferir a sentença. 
Assim, a prova será dirigida ao juiz, sendo o meio utilizado para 
a demonstração no processo da veracidade dos fatos controvertidos. 
 
 
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¾ Outros conceitos: 
“Meios processuais ou materiais considerados idôneos pelo 
ordenamento jurídico para demonstrar a verdade, ou não da existência 
e verificação de um fato jurídico”. (Nelson Nery Júnior). 
“Denomina-se prova a todo elemento que contribui para a formação da 
convicção do juiz a respeito de determinado fato.” (Alexandre Freitas 
Câmara). 
“As normas sobre prova têm natureza processual, pois regulam o meio 
pelo qual o juiz formará a sua convicção, a fim de exercer a função 
jurisdicional”. (Alexandre Freitas Câmara). 
Princípios aplicáveis: Os Princípios aplicáveis às provas são: 
A) Princípio da Necessidade da Prova: É necessário que os fatos 
alegados pelas partes sejam comprovados em juízo. Porém, os fatos 
narrados pelas partes e não provados são considerados inexistentes e 
não necessitam ser provados. 
B) Princípio da Unidade da Prova: A prova deverá ser apreciada em 
seu conjunto como um todo, não devendo ser considerada 
isoladamente. 
C) Princípio da Lealdade: A produção da prova deverá pautar-se na 
lealdade e na ética, estabelecendo o art. 14, II do CPC que as partes 
têm o dever de proceder com lealdade e boa-fé, sendo inclusive 
considerado litigante de má-fé aquele que alterar a verdade dos fatos, 
exegese do art. 17 do CPC. 
D) Princípio da Licitude da Prova: De acordo com o art. 5º LVI da 
CRFB/88, as provas obtidas por meios ilícitos são inadmitidas no 
processo. Porém a simples presença de provas ilícitas não invalida o 
processo, uma vez retiradas as provas obtidas por meios ilícitos dos 
autos, caso existam outras provas produzidas por meios lícitos e 
independentes das provas ilícitas retiradas, deverá o magistrado dar 
prosseguimento ao processo. 
 
 
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E) Princípio do Contraditório: Este princípio está amparado pelo art. 
5º LV da CRFB/88 que estabelece que quando for apresentada em 
juízo a prova por uma parte, terá a outra parte contrária o direito de 
impugná-la pelos meios previstos em lei podendo realizar a 
contraprova. 
F) Princípio da Imediação: As provas deverão ser produzidas para o 
juiz que é o destinatário da prova. O juiz dirigirá o processo, tendo 
ampla liberdade para determinar as provas a serem produzidas pelas 
partes. 
G) Princípio da Oralidade: Caracteriza-se pela prática de atos 
processuais verbais, ou seja, pelo uso da palavra oral , principalmente 
nas audiências, seja pelo Juiz ou pelas partes. As provas deverão ser 
realizadas preferencialmente na audiência. 
 A oitiva de testemunhas estabelecida no art. 848, §2º da CLT, é um 
exemplo de manifestação do Princípio da Oralidade no tocante à 
produção de provas. 
H) Princípio do Livre convencimento ou da Persuasão Racional: O 
juiz é livre para formar o seu convencimento, mas terá que 
fundamentar na sua sentença os motivos que o formaram, ou seja, os 
fundamentos de sua decisão. 
 É o que estabelecem os artigos 131 do Código de Processo Civil 
e 832 da CLT. 
 Art. 131 do CPC O juiz apreciará livremente a prova, atendendo 
aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não 
alegados pelas partes; mas deverá indicar na sentença os motivos que 
lhe formaram o convencimento. 
 Art. 832 da CLT- Da decisão deverão constar o nome das partes, 
o resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os 
fundamentos da decisão e a respectiva conclusão. 
Objeto de Prova: Somente os fatos controvertidos, relevantes e 
pertinentes narrados pelo reclamante e pelo reclamado são objeto de 
prova. 
 
 
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⇒ O Direito, em regra, não precisará ser provado pois vigora 
o brocardo jurídico “iura novit curia”, presumindo-se que o 
juiz conhece o direito, bastando que as partes narrem os 
fatos e os prove, sendo desnecessária a prova do direito. 
⇒ Como quase toda regra tem exceção, o art. 337 do CPC 
estabelece que o direito deverá ser provado em relação ao 
teor e vigência quando, tratar-se de normas de direito 
estadual, municipal, distrital, consuetudinário ou estrangeiro, 
se assim o determinar o juiz.Ressalta-se que quanto ao 
direito federal o juiz deverá conhecer. 
⇒ No Processo do trabalho, o juiz poderá ainda,determinar 
que a parte faça prova de teor e vigência de normas 
coletivas, de regulamento de empresa, de sentença 
normativa, caso a parte as invoque. 
 O art. 334 do CPC aplicado subsidiariamente ao Processo do 
trabalho estabelece que não serão objeto de prova os fatos notórios, 
os fatos incontroversos, os fatos alegados por uma das partes e 
confessados por outra e os que militam presunção legal de 
veracidade. 
¾ Fato Notório é aquele cujo conhecimento faz parte da cultura 
normal de determinado segmento social no momento do 
julgamento da causa. É aquele fato conhecido por um grande 
número de pessoas e que por isso é considerado verdadeiro e 
indiscutível. Ex. o aumento de vendas em determinadas épocas 
do ano como dia dos pais, Natal, dia das mães, etc. 
 Súmula 217 do TST - DEPÓSITO RECURSAL. 
CREDENCIAMENTO BANCÁRIO. PROVA DISPENSÁVEL O 
credenciamento dos bancos para o fim de recebimento do depósito 
recursal é fato notório, independendo da prova. 
¾ Fatos incontroversos são aqueles afirmados por uma parte, e 
admitidos ou não contestados pela outra parte. É oportuno citar 
o art. 467 da CLT que estabelece que as parcelas incontroversas 
deverão ser quitadas pelo empregador na audiência sob pena de 
ser condenado a pagá-las acrescidas de 50%. 
 
 
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¾ Fatos confessados são aqueles afirmados por uma parte e 
confirmados por outra. 
¾ Fatos em cujo favor milita presunção legal de existência ou de 
veracidade. Ressalta-se que a parte que alegar em seu favor a 
presunção legal, deverá demonstrar que está na situação de 
poder invocá-la. 
¾ A Súmula 12 do TST refere-se à presunção relativa (juris tantum) 
de veracidade que tem as anotações feitas pelo empregador na 
CTPS do empregado, portanto, poderão ser elididas por outras 
provas. 
Súmula 12 do TST - CARTEIRA PROFISSIONAL - As anotações 
apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não 
geram presunção "juris et de jure", mas apenas "juris tantum". 
Súmula 225 do STF – Não é absoluto o valor probatório das 
anotações na carteira profissional. 
Ônus da Prova: O ônus da prova é o dever que a parte tem de provar 
em juízo as suas alegações para o convencimento do juiz. 
A análise do ônus da prova poderá ser dividida em duas partes: 
a primeira trata-se do ônus subjetivo da prova e a segunda refere-se 
ao ônus objetivo. O ônus subjetivo da prova está ligado ao dever das 
partes em provar tal fato controvertido, assim pelo ônus subjetivo o 
magistrado deverá analisar quem tem o dever, ou seja, o encargo de 
prová-lo. 
No Processo do Trabalho o art. 818 da CLT combinado com o 
art. 333 do CPC tratam do ônus subjetivo da prova. 
Art. 818 da CLT- A prova das alegações incumbe à parte que 
as fizer. 
Art. 333 do CPC – O ônus da prova incumbe: I- ao autor, 
quanto ao fato constitutivo do seu direito; II- ao réu, quanto à 
existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do 
direito do autor. 
 
 
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¾ Fato constitutivo é aquele que deu origem à relação jurídica que 
está sendo discutida em juízo. 
Exemplificando: empregado requer o reconhecimento do vínculo 
empregatício e a reclamada nega a prestação de serviços, ele 
deverá provar o fato constitutivo de seu direito 
¾ Fato extintivo é aquele que põe fim à relação jurídica deduzida 
no processo. 
Exemplificando: empregado postula o pagamento de salários e o 
empregador prova que pagou através de recibos assinados pelo 
empregado. 
¾ Fato impeditivo é aquele que, segundo Alexandre Freitas 
Câmara, tem conteúdo negativo, ou seja, a ausência de alguns 
dos requisitos genéricos de validade do ato jurídico (agente 
capaz, forma, objeto lícito). 
Exemplificando: O reclamado demonstrar que o reclamante era de 
fato associado de uma cooperativa o que exclui o pedido de 
declaração de vínculo empregatício, conforme o art. 442, parágrafo 
único da CLT. 
¾ Fato modificativo é aquele que não irá extinguir, mas alterará a 
relação jurídica entre as partes. 
Exemplificando: a prova de pagamento parcial das verbas 
postuladas pelo reclamante. 
 
 A distribuição do ônus da prova e a prova da existência ou não da 
relação de emprego processar-se-á da seguinte forma: 
a) Se o reclamante requerer em juízo o reconhecimento do vínculo de 
emprego e a reclamada alegar que não houve a prestação de tais 
serviços, será do empregado o ônus de provar o fato constitutivo de 
seu direito. 
 
 
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b) Se o reclamante requerer o reconhecimento do vínculo de emprego 
e a reclamada na defesa admitir a prestação dos serviços do 
empregado, mas alegar, por exemplo que ele era trabalhador 
eventual, aí será do empregador o ônus de provar que a relação 
havida não era de emprego. 
Súmula 212 do TST - DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA O ônus 
de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a 
prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o 
princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção 
favorável ao empregado. 
 A Súmula 338 do TST admite a inversão do ônus da prova no 
processo do trabalho no que se refere aos pedidos de horas extras, 
quando a empresa contar com mais de 10 empregados e negar-se a 
apresentar os controles de freqüência injustificadamente. 
Súmula 338 do TST- JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS 
DA PROVA. I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 
(dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 
74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de 
freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada de 
trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. II - A 
presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista 
em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário.III - 
Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída 
uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da 
prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, 
prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. 
 Há algumas súmulas e orientações jurisprudenciais do TST que 
estabelecem o ônus da prova em determinados casos, o que 
prevalece sobre a regra geral do art. 818 da CLT e 333 do CPC. 
Observem abaixo: 
OJ 215 SDI-I TST VALE-TRANSPORTE. ÔNUS DA PROVA É do 
empregado o ônus de comprovar que satisfaz os requisitos
indispensáveis à obtenção do vale-transporte. 
 
 
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Súmula 6 do TST EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT. 
VIII - É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo 
ou extintivo da equiparação salarial. 
Súmula 16 do TST- NOTIFICAÇÃO Presume-se recebida a 
notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu 
não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui 
ônus de prova do destinatário. 
Súmula 385 do TST Cabe à parte comprovar, quando da interposição 
do recurso, a existência de feriado local ou de dia útil em que não haja 
expediente forense, que justifique a prorrogação do prazo recursal. 
OJ 301 SDI-I TST Definido pelo reclamante o período no qual não 
houve depósito do FGTS, ou houve em valor inferior, alegada pela 
reclamada a inexistência de diferença nos recolhimentos de FGTS, 
atrai para si o ônus da prova, incumbindo-lhe, portanto, apresentar as 
guias respectivas, a fim de demonstrar o fato extintivo do direito do 
autor (art. 818 da CLT c/c art. 333, II, do CPC). 
Meios de Prova: Os meios de prova são todos aqueles admitidos em 
direito, bem como os moralmente legítimos, os hábeis a provar a 
verdade dos fatos em que se funda a ação ou a defesa, ainda que não 
especificados no CPC ou na CLT. 
Somente os meios lícitos são possíveis, pois as provas obtidas 
por meios ilícitos são inadmitidas no processo. 
É oportuno mencionar a questão da prova emprestada que é 
uma prova produzida com vistas a determinado processo e utilizada 
em outro processo. 
O ordenamento jurídico brasileiro permite a utilização da prova 
emprestada, desde que seja respeitado o Princípio do Contraditório. 
Entre os meios de prova não há hierarquia, assim o juiz decidirá 
de acordo com o seu livre convencimento motivado, ao analisar todas 
as provas apresentadas no processo. 
Ocorrerá a aplicação subsidiária do Código de Processo Civil ao 
Processo do Trabalho no que se refere aos meios de prova, pois a 
CLT refere-se apenas ao interrogatório das partes, à confissão, à 
prova documental, testemunhal e pericial. 
 
 
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O CPC especifica como meios de prova o depoimento pessoal, a 
confissão, a exibição de documento ou coisa, a prova documental, a 
prova testemunhal, a prova pericial e a inspeção judicial. 
 Dica: Em muitas provas de concurso público as bancas tentam, e por 
vezes conseguem confundir os candidatos no que se refere à 
produção antecipada de prova que é uma medida cautelar, e não é 
meio de prova. 
 Vamos estudar agora os meios de prova especificados pela CLT e 
pelo CPC. É oportuno lembrar, que o ordenamento jurídico brasileiro 
permite a utilização de outros meios de prova mesmo que não estejam 
previstos em lei, bastando apenas que sejam moralmente legítimos. 
1. Depoimento Pessoal: 
 É o depoimento prestado por uma das partes em juízo. O objetivo 
de colher o depoimento pessoal das partes é conseguir provocar a 
confissão e esclarecer os fatos controvertidos, porém sem coerção. 
 O art. 848 da CLT estabelece que o juiz poderá de ofício interrogar 
as partes, sendo uma faculdade portanto a oitiva do depoimento 
pessoal das partes segundo a CLT. 
 Art. 342 do CPC O juiz pode de ofício, em qualquer estado do 
processo, determinar o comparecimento pessoal das partes, a fim de 
interrogá-las sobre os fatos da causa. 
 Art. 820 da CLT - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo 
juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a 
requerimento das partes, seus representantes ou advogados. 
 A Confissão é a admissão pela parte interrogada de que o fato 
atribuído pela outra parte a ela é verdadeiro. 
A confissão é considerada a “rainha das provas”. Ela poderá ser 
real ou ficta. 
 
 
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¾ A confissão real é aquela que será obtida através do 
depoimento pessoal e tem presunção absoluta de veracidade 
dos fatos não podendo ser elidida por prova em contrário. 
¾ A confissão ficta é aquela presumida e poderá ser elidida por 
prova em contrário durante a instrução do processo, pois tem 
presunção relativa de veracidade dos fatos. 
¾ A confissão ficta ocorrerá pelo não comparecimento da parte 
à audiência em que deveria prestar o seu depoimento, desde 
que regularmente intimada. Observem o teor da Súmula 74 
do Tribunal Superior do Trabalho. 
 Súmula 74 do TST- CONFISSÃO I - Aplica-se a pena de 
confissão à parte que, expressamente intimada com aquela 
cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual 
deveria depor. II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada 
em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não 
implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas 
posteriores. 
 Art. 844 da CLT - O não-comparecimento do reclamante à 
audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-
comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão 
quanto à matéria de fato. 
 OJ Nº 152 SDI-I REVELIA. PESSOA JURÍDICA DE DIREITO 
PÚBLICO. APLICÁVEL. (ART. 844 DA CLT) Pessoa jurídica de direito 
público sujeita-se à revelia prevista no artigo 844 da CLT. 
 A confissão poderá ainda ser: 
a) judicial: aquela que ocorre no curso do processo; 
b)extrajudicial: aquela que ocorre fora do processo. No processo do 
trabalho vige o Princípio da Indisponibilidade dos direitos trabalhistas, 
assim a confissão extrajudicial estabelecida no art. 353 do CPC não 
poderá ser aceita. 
2. Prova Testemunhal: 
 Prova testemunhal é aquela que se obtém através do relato, em 
juízo por pessoas que conhecem o fato controvertido que está sendo 
 
 
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objeto de prova. O depoimento da testemunha deverá ser colhido na 
audiência de instrução e julgamento perante o juiz da causa. 
 No que tange à prova testemunhal prevalece a qualidade do 
depoimento das testemunhas e não a quantidade, logo caso exista 
apenas uma testemunha, o seu depoimento não poderá ser 
desprezado caso seja firme e seguro. 
¾ No Procedimento Ordinário cada uma das partes não poderá 
indicar mais de 3 testemunhas. 
¾ No Procedimento Sumaríssimo cada parte poderá indicar até 
duas testemunhas. 
¾ No Inquérito para apurar falta grave cada parte poderá indicar 
até seis testemunhas. 
¾ O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de 
uma testemunha não seja ouvido pelas demais que tenham de 
depor no processo. 
¾ Poderão depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as 
incapazes, as impedidas e as suspeitas. Estes poderão ser 
ouvidos apenas como informante do juízo e as partes poderão 
contraditar os seus depoimentos argüindo uma das causas de 
impedimento, suspeição ou de incapacidade. 
 O art. 406 do CPC aplica-se ao processo do trabalho, assim, a 
testemunha não será obrigada a depor em juízo sobre fatos que lhe 
acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou aos seus 
parentes consanguíneos
ou afins, em linha reta ou na colateral em 
segundo grau e nem sobre fatos a cujo respeito por estado ou 
profissão, deva guardar sigilo. 
¾ Testemunha referida é aquela que é referida no depoimento das 
outras testemunhas ou das partes e assim o juiz poderá 
determinar de ofício ou a requerimento da parte a sua inquirição 
(art. 418 do CPC). 
¾ Contradita é a denúncia pela parte interessada dos motivos que 
impedem ou tornam suspeito o depoimento das testemunhas. 
 Art. 405 do CPC estabelece quem são as testemunhas incapazes, 
impedidas e suspeitas: 
 
 
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a) são incapazes; o interdito por demência; o que acometido por 
enfermidade ou debilidade mental, ao tempo em que ocorreram os 
fatos não podia discerni-los ou ao tempo em que deva depor não está 
habilitado a transmitir as percepções; o menor de 16 anos; o cego e o 
urdo quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam. 
b) são impedidos: o cônjuge, o ascendente e o descendente em 
qualquer grau, ou colateral até o terceiro grau de alguma das partes 
por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público 
ou tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa não se puder 
obter de outro modo a prova, que o juiz repute necessária ao 
julgamento do mérito; o que é parte na causa; o que intervém em 
nome de uma parte como o tutor na causa do menor, o representante 
legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou 
tenham assistido as partes. 
c) são suspeitos: o condenado por crime de falso testemunho havendo 
transitado em julgado a sentença; o que por seus costumes não for 
digno de fé; o inimigo capital da parte ou o seu amigo íntimo; o que 
tiver interesse no litígio. 
Súmula 357 do TST Não torna suspeita a testemunha o simples fato 
de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador. 
 Art. 819 da CLT - O depoimento das partes e testemunhas 
que não souberem falar a língua nacional será feito por meio 
de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente. 
 § 1º - Proceder-se-á da forma indicada neste artigo, quando 
se tratar de surdo-mudo, ou de mudo que não saiba escrever. 
§ 2º - Em ambos os casos de que este artigo trata, as 
despesas correrão por conta da parte a que interessar o 
depoimento. 
¾ As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas 
faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para 
depor, quando devidamente arroladas ou convocadas. 
¾ Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor 
em hora de serviço, será requisitada ao chefe da repartição para 
comparecer à audiência marcada. 
 
 
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¾ No processo do trabalho não há depósito de rol de testemunhas, 
que deverão comparecer à audiência independente de 
intimação. 
 Art. 825 da CLT - As testemunhas comparecerão à 
audiência independentemente de notificação ou intimação. 
Parágrafo único - As que não comparecerem será intimadas, ex 
officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução 
coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo 
justificado, não atendam à intimação. 
¾ No Procedimento Sumaríssimo somente será deferida a 
intimação de testemunhas que comprovadamente convidada 
deixar de comparecer. Portanto a parte deverá demonstrar que a 
testemunha foi convidada, o que não é necessário no 
Procedimento Ordinário conforme o parágrafo único do art. 825 
acima transcrito. 
 Art. 828 da CLT- Toda testemunha, antes de prestar o 
compromisso legal, será qualificada, indicando o nome, 
nacionalidade, profissão, idade, residência, e, quando 
empregada, o tempo de serviço prestado ao empregador, 
ficando sujeita, em caso de falsidade, às leis penais. 
 Parágrafo único - Os depoimentos das testemunhas serão 
resumidos, por ocasião da audiência, pelo chefe de secretaria 
da Junta ou funcionário para esse fim designado, devendo a 
súmula ser assinada pelo Presidente do Tribunal e pelos 
depoentes. 
 Art. 829 da CLT - A testemunha que for parente até o 
terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das 
partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá 
como simples informação. 
 O art. 411 do CPC trata da deferência de lei estabelecendo que 
determinadas pessoas, caso sejam testemunhas de algum processo, 
serão inquiridas em sua residência ou onde exercem as suas funções. 
 
 
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 São elas: a) o Presidente e o Vice-Presidente da República; b) o 
presidente do senado e da Câmara dos deputados;c) os Ministros de 
estado;d) o Procurador-Geral da República;e) Os Senadores e 
Deputados Federais; f) os Governadores dos Estados, dos Territórios 
e do Distrito Federal; g) os Deputados Estaduais; h)Os Ministros do 
Supremo tribunal federal, do Superior Tribunal Militar, do Tribunal 
Superior Eleitoral; do Tribunal Superior do Trabalho e do tribunal de 
Contas da União; i) Os Desembargadores dos Tribunais de Justiça, os 
juízes dos tribunais regionais Eleitorais e os Conselheiros dos tribunais 
de contas dos Estados e do Distrito Federal; j) o embaixador de país 
que por lei ou tratado, concede idêntica prerrogativa ao agente 
diplomático do Brasil. 
Dica 1: Não se aplica a vereador e a prefeito esta deferência da lei. 
Dica 2: Os membros do Ministério Público da União também gozam 
desta prerrogativa de acordo com o art. 18, II, g da Lei complementar 
75/93. 
3. Prova Documental: 
 Documento é todo meio idôneo e moralmente legítimo capaz de 
comprovar materialmente a existência de um fato. 
 No processo do trabalho as provas cuja exigência é documental 
são: a comprovação do pagamento de salário (art. 464), o acordo de 
prorrogação de jornada (art. 59), a concessão ou o pagamento das 
férias(arts. 135 e 145), a concessão do descanso da gestante art. 
390). 
 A CLT regula expressamente a prova documental nos arts. 777, 
780, 787 e 830. 
Art. 777 da CLT - Os requerimentos e documentos 
apresentados, os atos e termos processuais, as petições ou 
razões de recursos e quaisquer outros papéis referentes aos 
feitos formarão os autos dos processos, os quais ficarão sob a 
responsabilidade dos escrivães ou chefes de secretaria. 
 
 
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Art. 780 da CLT - Os documentos juntos aos autos 
poderão ser desentranhados somente depois de findo o 
processo, ficando traslado. 
Art. 787 da CLT - A reclamação escrita deverá ser 
formulada em 2 (duas) vias e desde logo acompanhada dos 
documentos em que se fundar. 
Atenção: O art. 830 da CLT foi alterado, recentemente, 
pela Lei 11.925/09, com o objetivo de trazer maior celeridade à 
prestação jurisdicional. 
 Vejam os principais pontos comentados abaixo: 
¾ Com a alteração do artigo 830 da CLT pela Lei 11.925 de Abril 
de 2009, os documentos apresentados pela partes no Processo 
do Trabalho não precisarão ser apresentados em originais ou 
cópias autenticadas. 
¾ A garantia da autenticidade
poderá ser dada pelos próprios 
advogados, sob sua responsabilidade pessoal. 
¾ A Súmula 330 TST diz que a quitação passada pelo empregado 
com a assistência de sua entidade sindical ao empregador tem 
LEI Nº 11.925, DE 17 DE ABRIL DE 2009.
Art. 1 Os arts. 830 e 895 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, 
aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, passam a 
vigorar com a seguinte redação: 
“Art. 830. O documento em cópia oferecido para prova poderá ser 
declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade 
pessoal. 
Parágrafo único. Impugnada a autenticidade da cópia, a parte que a 
produziu será intimada para apresentar cópias devidamente 
autenticadas ou o original, cabendo ao serventuário competente 
proceder à conferência e certificar a conformidade entre esses 
documentos.” (NR) 
 
 
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eficácia liberatória em relação às parcelas expressamente 
consignadas no recibo. 
Súmula 330 do TST A quitação passada pelo empregado, com 
assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com 
observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da 
CLT, tem eficácia liberatória em relação às parcelas expressa-mente 
consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e 
especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas. I - A 
quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação 
e, conseqüentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que 
estas constem desse recibo. II - Quanto a direitos que deveriam ter 
sido satisfeitos durante a vigência do contrato de trabalho, a quitação 
é válida em relação ao período expressamente consignado no recibo 
de quitação. 
OJ SDI- I Nº 77 Nula é a punição de empregado se não precedida de 
inquérito ou sindicância internos,a que se obrigou a empresa por 
norma regulamentar. 
Súmula 254 do TST- O termo inicial do direito ao salário-família 
coincide com a prova da filiação. Se feita em juízo, corresponde à data 
de ajuizamento do pedido, salvo se comprovado que anteriormente o 
empregador se recusara a receber a respectiva certidão. 
4. Prova Pericial: 
 O perito é considerado um auxiliar da justiça e será designado pelo 
juiz quando a prova do fato depender de conhecimentos técnicos ou 
científicos. Os peritos serão escolhidos dentre profissionais de nível 
universitário e deverão estar obrigatoriamente inscritos nos Órgãos de 
classe. O perito poderá recusar dentro de cinco dias contados da 
intimação ou de impedimento superveniente. 
 
 
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O assistente técnico não é perito e nem auxiliar da justiça, ele é 
auxiliar da parte. Caso o perito preste informações inverídicas por dolo 
ou culpa, ele ficará inabilitado por dois anos para funcionar em outras 
perícias. 
¾ O juiz não ficará adstrito ao laudo pericial, podendo inclusive 
determinar a realização de nova perícia. A segunda perícia não 
substitui primeira, podendo o juiz basear-se na que quiser. 
¾ A prova pericial consiste em exame, vistoria e avaliações. 
¾ O art. 3º da Lei 5.584/70 revogou tacitamente o art. 826 da CLT 
ao determinar que os exames periciais serão realizados por um 
perito único designado pelo juiz. 
 Art. 826 da CLT - É facultado a cada uma das partes 
apresentar um perito ou técnico. 
 Art. 827 da CLT- O juiz ou presidente poderá argüir os 
peritos compromissados ou os técnicos, e rubricará, para ser 
junto ao processo, o laudo que os primeiros tiverem 
apresentado. 
Súmula 341 do TST - HONORÁRIOS DO ASSISTENTE TÉCNICO A 
indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve 
responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no 
objeto da perícia. 
5. Inspeção Judicial (Arts. 440 ao 443 do CPC): 
 “É a atividade instrutória do juiz destinada a examinar uma coisa 
ou lugar, a fim de tomar conhecimento de suas características 
(Liebman)”. 
 A CLT é omissa em relação à inspeção judicial, por isso aplica-
se o Código de Processo Civil subsidiariamente. 
A inspeção judicial terá lugar toda vez que houver necessidade 
de o juiz deslocar-se ao local em que estiver a pessoa ou coisa, 
conforme estabelece o art. 440 do CPC. 
¾ As partes terão sempre o direito de assistir a inspeção e o juiz 
poderá ir acompanhado de um ou mais peritos.Concluída a 
 
 
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inspeção o juiz mandará que seja lavrado um auto 
circunstanciado, onde mencionará tudo aquilo que foi 
observado durante a diligência e que será útil ao julgamento da 
ação. 
 Art. 440 CPC O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, 
pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou 
coisa, a fim de esclarecer sobre fato, que interesse á decisão 
da causa. 
Bem, pessoal! 
Agora vamos treinar a matéria através da resolução dos exercícios 
abaixo. 
Questões de Prova: 
1. (FCC - TRT/MG – Analista Judiciário/2009) Segundo as regras de 
distribuição do ônus da prova no processo do trabalho, será de 
responsabilidade 
(A) do trabalhador a prova do fato impeditivo de seu direito. 
(B) do trabalhador a prova da identidade de funções, no pedido de 
equiparação salarial, quando a defesa demonstra que os 
comparandos exerciam cargos diferentes. 
(C) do empregador, qualquer que seja o tema, já que ele é hiper-
suficiente na relação contratual. 
(D) nunca do empregado, porque é hipossuficiente na relação de 
direito material. 
(E) do empregador a prova dos fatos constitutivos do direito alegado 
na inicial. 
Comentários: Letra B 
De acordo com a Súmula 6 do TST é do empregador o ônus de 
provar o fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Já 
o empregado terá o ônus de provar o fato constitutivo de seu direito, 
como é o caso da situação hipotética apresentada na questão. 
2. (FCC - TRT/MG – Analista Judic. Execução de Mandados/2009) 
A perícia para apuração de periculosidade e insalubridade será 
realizada, segundo as normas da Consolidação das Leis do Trabalho, 
(A) por médico do trabalho ou por engenheiro do trabalho. 
 
 
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(B) por médico do trabalho e por engenheiro do trabalho, 
respectivamente. 
(C) por médico credenciado pelo INSS e por engenheiro habilitado 
pelo CREA. 
(D) tanto por médico, quanto por engenheiro, exceto os engenheiros 
do trabalho. 
(E) apenas por médico do trabalho. 
Comentários: Letra A (art. 195 da CLT) 
Art. 195 da CLT A caracterização e a classificação da 
insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do 
Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de 
Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no 
Ministério do Trabalho. 
 § 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias 
profissionais interessadas requererem ao Ministério do 
Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor 
deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar 
as atividades insalubres ou perigosas. 
§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade,
seja 
por empregado, seja por sindicato em favor de grupo de 
associados, o juiz designará perito habilitado na forma deste 
artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão 
competente do Ministério do Trabalho. 
 § 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a 
ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho, nem a realização 
ex officio da perícia. 
3. (FCC/Analista Judiciário – Área Judic./ TRT/SE/ 2006) De acordo 
com a Consolidação das Leis do trabalho em relação às provas é 
correto afirmar que: 
a) cada uma das partes poderá indicar até 4 testemunhas, inclusive 
quando se tratar de inquérito. 
b) o depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a 
língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz. 
 
 
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c) a testemunha que for parente até o quarto grau civil de qualquer das 
partes, não prestará compromisso e seu depoimento valerá como 
simples informação. 
d) o depoimento de uma testemunha poderá ser ouvido pelas demais 
que tenham de depor no processo. 
e) em regra as testemunhas comparecerão à audiência mediante 
expressa e comprovada notificação ou intimação. 
Comentários: 
a) No Procedimento Ordinário cada parte poderá indicar até três 
testemunhas, no Procedimento sumaríssimo cada parte poderá 
apresentar até duas testemunhas e no Inquérito para apurar falta 
grave cada parte poderá indicar até seis testemunhas. 
 Art. 821 da CLT - Cada uma das partes não poderá indicar mais 
de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em 
que esse número poderá ser elevado a 6 (seis). 
b) Esta é a assertiva correta. O art. 151 do CPC estabelece que o juiz 
nomeará intérprete sempre que for necessário verter em português as 
declarações das partes e das testemunhas que não conhecerem o 
idioma nacional. A CLT tem regra própria no art. 819, abaixo transcrito. 
 Art. 819 da CLT - O depoimento das partes e testemunhas que 
não souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete 
nomeado pelo juiz ou presidente. 
§ 1º - Proceder-se-á da forma indicada neste artigo, quando se tratar 
de surdo-mudo, ou de mudo que não saiba escrever. 
§ 2º - Em ambos os casos de que este artigo trata, as despesas 
correrão por conta da parte a que interessar o depoimento. 
c) Errada a assertiva, uma vez que o art. 829 da CLT fala até o 
terceiro grau civil, assim por exemplo o primo de qualquer das partes 
poderá ser testemunha pois pertence ao quarto grau. 
 Art. 829 da CLT- A testemunha que for parente até o terceiro 
grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não 
 
 
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prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples 
informação. 
d) Incorreta. O depoimento de uma testemunha não poderá ser ouvido 
por outra que irá depor no processo, conforme o art. 824 da CLT. 
 Art. 824 da CLT- O juiz ou presidente providenciará para que o 
depoimento de uma testemunha não seja ouvido pelas demais que 
tenham de depor no processo. 
e) Incorreta, a testemunha no processo do trabalho comparecerão à 
audiência independente de intimação ou de notificação, observem o 
que diz o artigo 825 do diploma consolidado. 
 Art. 825 da CLT - As testemunhas comparecerão à audiência 
independentemente de notificação ou intimação. 
 Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, 
ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução 
coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo 
justificado, não atendam à intimação. 
4. (FCC/Analista Judic. – Área Adm./TRT/AM-RR/2006) Nos termos 
da lei, se a testemunha for servidor público, civil ou militar, e tiver de 
depor em horário de serviço: 
a) deverá solicitar diretamente ao seu chefe imediato, a devida 
autorização para se ausentar do serviço. 
b) Deverá ser avisada pela parte interessada para comparecer à 
audiência. 
c) Deverá ser conduzida coercitivamente à Vara para prestar o seu 
depoimento. 
d) Será requisitada ao chefe da repartição para comparecer à 
audiência. 
e) Será intimada pelo oficial de justiça da Vara para comparecer à 
audiência. 
Comentários: Correta a letra “d”. De acordo com o art. 823 da CLT. 
 
 
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 Art. 823 da CLT - Se a testemunha for funcionário civil ou 
militar, e tiver de depor em hora de serviço, será requisitada ao chefe 
da repartição para comparecer à audiência marcada. 
5. (UnB/CESPE – TRT 1ª Reg. /Analista Judiciário – Área: 
Administrativa/2008) No que se refere a noções fundamentais de 
provas, assinale a opção correta. 
A) A confissão ficta prevalece sobre a prova pré-constituída. 
B) Há confissão real se a parte comparece à audiência e se recusa a 
responder as perguntas do juiz. 
C) A confissão real goza de presunção absoluta, tendo o juiz o dever 
de acatá-la. 
D) A confissão, em regra, se dá por tópicos. 
E) A confissão judicial faz prova contra o confitente e contra os 
litisconsortes. 
Comentários: A Confissão é a admissão pela parte interrogada de 
que o fato atribuído pela outra parte a ela é verdadeiro, podendo ser 
real ou ficta. A confissão real é aquela que será obtida através do 
depoimento pessoal e tem presunção absoluta de veracidade dos 
fatos não podendo ser elidida por prova em contrário.Correta a letra 
“C”. 
 Já a confissão ficta é aquela presumida e poderá ser elidida por 
prova em contrário durante a instrução do processo, pois tem 
presunção relativa de veracidade dos fatos.Como a confissão ficta 
possui presunção relativa de veracidade ela poderá ser elidida por 
prova em contrário e por isso não prevalecerá sobre uma prova pré-
constituída. Logo está errada a assertiva “A”. 
 Observem o teor da Súmula 74 do TST: 
 Súmula 74 do TST. Confissão. I- Aplica-se a pena de 
confissão à parte que expressamente intimada com aquela cominação 
não comparecer à audiência em prosseguimento na qual deveria 
depor. 
 II- A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em 
conta para confronto com a confissão ficta (art. 400,I do CPC), não 
implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas 
posteriores.” 
 
 
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 Quando a parte em audiência recusa-se a responder às 
perguntas do juiz estaremos diante de uma confissão ficta que poderá 
ser elidida por prova em contrário. Logo, incorreta a letra “B”. 
A confissão poderá ser judicial, quando ocorrer no curso do 
processo, ou extrajudicial, quando ocorrer fora do processo. No 
processo do trabalho vige o Princípio da Indisponibilidade dos direitos 
trabalhistas, assim a confissão extrajudicial estabelecida no art. 353 do 
CPC não poderá ser aceita. 
 A seguir transcreverei alguns artigos do Código de Processo 
Civil que são aplicados subsidiariamente ao Processo do Trabalho no 
que se refere à confissão, que respondem às assertivas “D”e “E”. 
 Art. 350 do CPC “A confissão judicial faz prova
contra o 
confitente não prejudicando, todavia, os litisconsortes”. 
 
 Art. 354 do CPC “A confissão é de regra, indivisível, não 
podendo a parte que a quiser invocar como prova,aceitá-la no tópico 
que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável. Cindir-se-á 
todavia quando o confitente lhe aduzir fatos novos, suscetíveis de 
constituir fundamentos de defesa de direito material ou de 
reconvenção”. 
6. (UnB/CESPE – TRT 1ª Reg. /Analista Judiciário – Área: 
Administrativo/2008) Com relação a testemunhas em processo 
trabalhista, assinale a opção correta. 
A) O simples fato de a testemunha estar litigando ou de ter litigado 
contra o mesmo empregador não a torna suspeita. 
B) As partes devem apresentar rol de testemunhas, para que sejam 
intimadas. 
C) A testemunha que for parente até o terceiro grau civil da parte é 
suspeita, nos termos da CLT. 
D) O juiz não pode tomar o depoimento de testemunha suspeita. 
E) Em ação sujeita ao processo sumaríssimo, como regra,são 
permitidas três testemunhas para cada parte. 
 
Comentários: A prova testemunhal é um meio de prova segundo o 
qual uma pessoa é chamada a juízo para depor sobre fatos 
controvertidos, atestando ou não a veracidade dos mesmos. 
 
 
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 A assertiva da letra “A” transcreve o inteiro teor da S. 357 do TST, 
portanto esta é a letra correta. 
 Súmula 357 do TST - TESTEMUNHA. AÇÃO CONTRA A 
MESMA RECLAMADA. SUSPEI-ÇÃO Não torna suspeita a 
testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o 
mesmo empregador. 
 No Processo do Trabalho não há obrigatoriedade de 
apresentação de rol de testemunhas, uma vez que as partes deverão 
levá-las em audiência independentemente de intimação. Incorreta a 
letra “B”. 
 O erro da questão “C” é o mais difícil de ser detectado uma vez que 
a assertiva transcreve em parte os termos do art. 829 da CLT, porém a 
CLT não diz que o parente até o terceiro grau civil da parte é suspeito. 
Portanto, como ele será considerado suspeito devido à aplicação 
subsidiária do art. 405 do CPC, está incorreta a assertiva. 
 O art. 405 do CPC traz o rol de testemunhas incapazes, impedidas 
ou suspeitas.O art. 406 do CPC aplica-se ao processo do trabalho, 
assim, a testemunha não será obrigada a depor em juízo sobre fatos 
que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou aos seus 
parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou na colateral em 
segundo grau e nem sobre fatos a cujo respeito por estado ou 
profissão deva guardar sigilo. 
 
 Art. 829 da CLT “A testemunha que for parente até o terceiro 
grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não 
prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples 
informação.” 
 Poderão depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as 
incapazes, as impedidas e as suspeitas. As testemunhas incapazes, 
impedidas ou suspeitas poderão ser ouvidas como informante do 
juízo. Incorreta a letra “D”. 
 O número de testemunhas admitido para cada parte será até três 
testemunhas no Procedimento ordinário, até duas testemunhas no 
 
 
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Procedimento sumaríssimo e até seis testemunhas no inquérito para a 
apuração de falta grave. Incorreta a letra “E”. 
7. (UnB/CESPE – TRT 1ª Reg. /Analista Judiciário – Área: 
Administrativa/2008) Ainda com respeito a testemunhas, assinale a 
opção correta. 
A) A testemunha que não comparecer será intimada, de ofício ou a 
requerimento da parte, ficando sujeita à condução coercitiva se a parte 
provar tê-la convidado. 
B) Em processo trabalhista, a parte pode comprometer-se a levara 
testemunha à audiência, independentemente de intimação, 
presumindo-se, caso a testemunha não compareça, que a parte 
desistiu de ouvi-la. 
C) No procedimento sumaríssimo, será automaticamente intimada a 
testemunha que deixar de comparecer. 
D) O pagamento de salário ao empregado analfabeto deverá ser 
efetuado na presença de duas testemunhas. 
E) No procedimento sumaríssimo, a parte pode comprometer-se a 
levar a testemunha à audiência, independentemente de intimação, 
presumindo-se, caso a testemunha não compareça, que a parte 
desistiu de ouvi-la. 
Comentários: A letra “A” está incorreta uma vez que a questão 
misturou o teor do artigo 825 da CLT com o 852-H que trata do 
procedimento sumaríssimo. No procedimento ordinário previsto no art. 
825 a parte não precisará comprovar que convidou a testemunha pois 
o teor do art. 825 não menciona isto. Observem: 
 Art. 825 da CLT “As testemunhas comparecerão à audiência 
independentemente de notificação ou intimação. 
 Parágrafo único. As que não comparecerem serão intimadas, 
ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas à condução 
coercitiva, além das penalidades do art. 730 caso sem motivo 
justificado não atendam à intimação.” 
 Art. 845 da CLT O reclamante e o reclamado comparecerão à 
audiência acompanhado das suas testemunhas,apresentando, nessa 
ocasião, as demais provas. 
 
 
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 Incorreta a letra “B” pois não há dispositivo legal que mencione 
a presunção de desistência em oitiva de testemunhas pela parte, caso 
a mesma não compareça. 
 No procedimento sumaríssimo o art. 852-H da CLT em seu 
parágrafo 3º dispõe que somente será deferida a intimação de 
testemunha que comprovadamente convidada deixar de comparecer. 
Caso a testemunha convidada não compareça, o juiz poderá 
determinar a sua imediata condução coercitiva. 
 Incorreta a assertiva “C” que menciona que a intimação será 
automática, o que não ocorre uma vez que o dispositivo consolidado 
acima mencionado diz que o juiz “poderá” determinar a imediata 
condução coercitiva. 
 Incorreta também a letra “E”, uma vez que não há que se falar 
em presunção de desistência de oitiva de testemunha, pois no 
procedimento sumaríssimo somente será admitida a intimação de 
testemunha que comprovadamente convidada deixar de comparecer. 
 A questão considerada como certa foi a letra “D”. Em que pese 
este fato ser polêmico na doutrina, uma vez que o teor do art. 464 não 
menciona a presença de testemunhas quando ocorrer a impressão 
digital. Quando for a rogo haverá a presença de duas testemunhas. 
 
 Art. 464 da CLT O pagamento do salário deverá ser efetuado 
contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de 
analfabeto, mediante sua impressão digital ou, não sendo esta 
possível, a seu rogo. 
 Parágrafo único: terá força de recibo o comprovante de 
depósito em conta bancária, aberta para esse fim em nome de 
cada empregado com o consentimento deste, em 
estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho. 
8. (12º Concurso Procurador do Trabalho) Em relação à produção 
de prova é CORRETO afirmar que: 
I – a parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou 
consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim determinar 
o juiz; 
II – a recusa ilegítima quanto à exibição de documentos, por uma das 
partes, leva o juiz a admitir como verdadeiros os fatos que, por meio 
dos mesmos, a outra parte pretendia provar;
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III – tratando-se de perícia complexa, que abranja mais de uma área 
de conhecimento especializado,o juiz poderá nomear mais de um 
perito e a parte indicar mais de um assistente técnico; 
IV – é suspeita para testemunhar a pessoa que, por seus costumes, 
não é digna de fé. 
a) somente a assertiva IV é incorreta; 
b) apenas as assertivas I e III estão incorretas; 
c) apenas três assertivas estão corretas; 
d) todas as assertivas estão corretas. 
e) não respondida. 
Comentários: Está correta a assertiva I. Somente os fatos 
controvertidos, relevantes e pertinentes narrados pelo reclamante e 
pelo reclamado são objeto de prova. 
O direito o juiz conhece de acordo com o brocardo jurídico “iura 
novit curia”, bastando que as partes narrem os fatos e os prove, sendo 
desnecessária a prova do direito. 
 Porém há uma exceção disposta no art. 337 do CPC quanto ao 
direito estrangeiro, municipal, estadual e consuetudinário, os quais o 
juiz poderá determinar que a parte prove teor e vigência.É oportuno 
ressaltar que quanto ao direito federal o juiz deverá conhecê-lo. 
 A assertiva II está correta é o que dispõe o art. 357 do CPC. 
 A assertiva III está correta é cópia literal do art. 431, B do CPC. 
 O art. 405 do CPC em seu parágrafo 3º considera suspeito para 
depor: o condenado por crime de falso testemunho, havendo 
transitado em julgado a sentença; o que por seus costumes não for 
digno de fé; o inimigo capital da parte ou o seu amigo íntimo; o que 
tiver interesse no litígio. Portanto, correta a assertiva IV. 
 O gabarito é letra “D”, todas as assertivas estão corretas. 
9. (Procurador do Trabalho) Segundo a jurisprudência do Tribunal 
Superior do Trabalho, no que diz respeito ao ônus da prova na Justiça 
do Trabalho: 
I – Quando prevista em instrumento normativo, a presunção de 
veracidade da jornada de trabalho é absoluta, em face do princípio da 
autonomia privada coletiva. 
II – A não-apresentação injustificada dos controles de freqüência pelo 
empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados gera 
 
 
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presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode 
ser elidida por prova em contrário. 
III – O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando 
negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, 
pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui 
presunção favorável ao empregado. 
IV – É do empregado o ônus de comprovar que satisfaz os requisitos 
indispensáveis à obtenção do vale-transporte. 
De acordo com as assertivas acima, pode-se afirmar que: 
a) apenas as alternativas I, II e III estão corretas; 
b) apenas as alternativas II, III e IV estão corretas; 
c) apenas as alternativas I e IV estão incorretas; 
d) todas as alternativas estão corretas; 
e) não respondida. 
Comentários: Segundo entendimento sumulado do TST a presunção 
de veracidade da jornada de trabalho poderá ser elidida por prova em 
contrário mesmo quando esteja prevista em instrumento normativo. 
Trata-se de presunção relativa de veracidade, logo está incorreta a 
assertiva I. Correta a assertiva II de acordo com a S. 338 do TST 
abaixo transcrita. 
 Súmula 338 do TST - JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. 
ÔNUS DA PROVA. I - É ônus do empregador que conta com mais de 
10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do 
art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles 
de freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada de 
trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. II - A 
presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista 
em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. III - 
Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída 
uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da 
prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, 
prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. 
 A assertiva II está correta pois retrata o que dispõe a Súmula 
212 do TST, observem a transcrição abaixo: 
 Súmula 212 do TST - DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA O 
ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a 
 
 
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prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o 
princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção 
favorável ao empregado. 
 A letra “B” é o gabarito da questão pois a assertiva IV também está 
correta pois retrata a Orientação Jurisprudencial 215 da Seção de 
Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, observem 
abaixo: 
OJ 215 SDI-I TST VALE-TRANSPORTE. ÔNUS DA PROVA É do 
empregado o ônus de comprovar que satisfaz os requisitos 
indispensáveis à obtenção do vale-transporte. 
10. (XII CONCURSO JUIZ DO TRABALHO/TRT-13ª REG./2006) 
Tendo em vista as normas processuais contidas na Consolidação das 
Leis do Trabalho e a aplicação subsidiária do CPC ao processo 
trabalhista, conforme previsto no art. 769 da CLT,assinale a alternativa 
correta: 
a) as provas serão produzidas pelas partes, não podendo o juiz 
determinar a produção de qualquer prova não requerida pelo 
reclamante ou pelo reclamado; 
b) o juiz é obrigado a conhecer o direito, não podendo, em nenhuma 
hipótese, determinar que a parte prove a existência ou a vigência de 
norma legal por ela invocada; 
c) no processo, inexistem fatos que independem de prova; 
d) a prova pericial só é admissível no processo trabalhista, quando se 
trata de reclamação não submetida ao rito sumaríssimo; 
e) o número de testemunhas admissíveis no processo do trabalho é 
variável de acordo com o tipo de ação e procedimento, sendo que 
cada parte poderá indicar até 3 (três) no processo comum,até 2 (dois) 
no procedimento sumaríssimo e até 6 (seis) nos inquéritos para 
apuração de falta grave. 
Comentários: O juiz poderá determinar a realização de quaisquer 
provas que julgue necessária pois ele tem ampla liberdade na 
condução do processo, podendo inclusive rejeitar as provas inúteis e 
 
 
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protelatórias apresentadas pelas partes. Incorreta a assertiva da letra 
“A”. 
 Incorreta a assertiva da letra “B”. O art. 337 do CPC dispõe que o 
juiz não é obrigado a conhecer o direito estadual,estrangeiro, 
municipal e consuetudinário, podendo exigir da parte prova de teor e 
vigência. Somente o direito federal é que o juiz é obrigado a conhecer. 
 Somente os fatos controvertidos é que dependem de prova,os 
fatos notórios, afirmados por uma parte e confessados pela parte 
contrária, admitidos no processo como incontroversos e em cujo favor 
militam presunção legal de existência ou de veracidade não dependem 
de provas, conforme estabelece o art. 334 do Código de Processo 
Civil aplicado subsidiariamente ao Processo do Trabalho.Logo, 
incorreta a letra “C”. 
 Incorreta a letra “D”.A prova pericial é admitida no Processo do 
Trabalho tanto no rito ou procedimento sumaríssimo quanto no rito ou 
procedimento ordinário. O art. 852 H da CLT trata das provas no 
procedimento sumaríssimo e
o seu parágrafo 4º admite a aplicação da 
prova pericial no procedimento sumaríssimo, observem a transcrição 
com destaque em negrito abaixo: 
 Art. 852-H da CLT Todas as provas serão produzidas na 
audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas 
previamente. 
§ 1º - Sobre os documentos apresentados por uma das partes 
manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem 
interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a 
critério do juiz. 
 § 2º - As testemunhas, até o máximo de duas para cada 
parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento 
independentemente de intimação. 
 § 3º - Só será deferida intimação de testemunha que, 
comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não 
comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar 
sua imediata condução coercitiva. 
 § 4º - Somente quando a prova do fato o exigir, ou for 
legalmente imposta, será deferida prova técnica, 
 
 
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incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da 
perícia e nomear perito. 
 § 5º - (VETADO) 
 § 6º - As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o 
laudo, no prazo comum de cinco dias. 
 § 7º - Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a 
solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, 
salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa. 
 A prova testemunhal possui diferenças quanto ao procedimento 
no qual está sendo produzida no Processo do Trabalho. No 
Procedimento Ordinário cada parte poderá apresentar até três 
testemunhas, no procedimento Sumaríssimo cada parte poderá 
apresentar até duas testemunhas e no Inquérito Para Apuração de 
Falta Grave cada parte poderá apresentar até seis 
testemunhas.Portanto, a assertiva da letra “E” está correta. 
11. (ESAF/Juiz do Trabalho - TRT 7ª Região/2005) Analise as 
proposições abaixo conforme sejam, verdadeiras (V) ou falsas (F) . 
a) Em contraposição ao sistema da certeza legal, o princípio da 
persuasão racional consagra a liberdade do julgador na avaliação da 
prova, cabendo-lhe, no entanto,em matéria de Processo do Trabalho, 
dar prevalência à prova testemunhal, tendo em vista o princípio da 
primazia da realidade. 
b) Ao impetrar o mandado de segurança, o autor da ação deve 
apresentar a petição inicial devidamente acompanhada dos 
documentos com os quais almeja demonstrar lesão a direito líquido e 
certo. A jurisprudência pacificada do Tribunal Superior do Trabalho 
admite, contudo,a possibilidade de concessão de prazo para o 
impetrante colacionar documento indispensável à prova da 
mencionada violação. 
c) Alegada a prestação de trabalho em horário extraordinário,ao 
reclamante compete o ônus de provar as suas alegações, conforme 
disposição contida no artigo 818,da CLT. Exibindo a empresa, no 
entanto, controles de freqüência contendo horários rígidos de entrada 
e saída do empregado, a jurisprudência pacificada do Tribunal 
 
 
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Superior do Trabalho considera a prevalência do horário descrito na 
petição inicial. 
d) Reconhece-se a confissão quanto à matéria fática à parte que, a 
despeito de regularmente intimada para comparecer à audiência na 
qual deveria prestar depoimento,sob pena de confissão, não se faz 
presente e, não justifica a ausência. Por se tratar de confissão 
ficta,deve ser ela confrontada com as demais provas já existentes nos 
autos, reconhecendo-se a jurisprudência uniforme do Tribunal 
Superior do Trabalho a existência de cerceamento de defesa na 
decisão que indefere a produção de outras provas pela parte 
recalcitrante após a confissão. 
Comentários: 
a) (Falsa). No princípio da certeza legal o juiz não tinha liberdade na 
apreciação das provas, uma vez que a lei já estabelecia previamente o 
valor das provas, havendo hierarquia entre elas. O ordenamento 
jurídico brasileiro rejeitou este princípio, adotando o princípio do livre 
convencimento motivado ou da persuasão racional. 
 O Princípio da Persuasão Racional de fato consagra a liberdade 
do juiz que poderá apreciar livremente as provas produzidas e valorá-
las da forma que quiser, desde que fundamente as razões de fato e de 
direito que formaram o seu convencimento. Portanto, a assertiva está 
errada pois a prova testemunhal não prevalece sobre nenhuma outra, 
uma vez que não há hierarquia das provas como no princípio da 
certeza legal. 
b) (Falsa). O art. 284 do CPC autoriza o juiz a permitir que o autor 
emende ou complete a petição inicial em 10 dias quando a petição 
inicial apresentar defeitos ou irregularidades capazes de dificultar o 
julgamento. De acordo com a Súmula 415 do TST, o juiz não poderá 
abrir este prazo de 10 dias para que o autor da ação de mandado de 
segurança apresente a prova documental exigida para a impetração 
da ação, pois a prova documental deverá ser pré-constituída. 
 Súmula 415 do TST - MANDADO DE SEGURANÇA. ART. 284 
DO CPC. APLICABILIDADE. Exigindo o mandado de segurança prova 
documental pré-constituída, inaplicável se torna o art. 284 do CPC 
quando verificada, na petição inicial do "mandamus", a ausência de 
documento indispensável ou de sua autenticação. 
 
 
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c) (Verdadeira) O ônus da prova de trabalho extraordinário é do 
reclamante/empregado, porém em alguns casos haverá a inversão e o 
ônus passará a ser do empregador/reclamado, conforme estabelece a 
Súmula 338 do TST. 
 A assertiva está errada, uma vez que haverá a inversão do ônus 
da prova, que passará a ser do empregador quando a empresa 
apresentar cartões de ponto com horários de entrada e saída 
uniformes. 
 Art. 818 da CLT - A prova das alegações incumbe à parte que as 
fizer. 
 Súmula 338 do TST- JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. 
ÔNUS DA PROVA. I - É ônus do empregador que conta com mais de 
10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do 
art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles 
de freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada de 
trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário.II - A 
presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista 
em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário.III - 
Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída 
uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da 
prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, 
prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. 
d) (Falsa) A assertiva trata do inteiro teor da Súmula 74 do TST, 
abaixo transcrita. 
 Súmula 74 do TST - CONFISSÃO I - Aplica-se a pena de 
confissão à parte que, expressamente intimada com aquela 
cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual 
deveria depor. II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada 
em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não 
implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas 
posteriores. 
12. (JUIZ DO TRABALHO / TRT-23ª Reg./ 2008) O momento 
processual próprio para argüir a contradita é: 
a) a qualquer tempo, desde que antes de proferida a sentença; 
b)

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