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Aula 00.pdf CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br Queridos alunos, Para aqueles que ainda não me conhecem, vou me apresentar! Sou Déborah Paiva, professora de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho aqui do Ponto dos Concursos, no qual já ministrei 5 cursos. Sou jornalista e advogada com especialização em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho e autora de 4 livros pela Editora Ferreira: Atualmente estou ministrando, aqui no Ponto, um curso de Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do TST (teoria e questões), indicado para o concurso do TRT/Paraná e para o MPU. E agora, apresento para vocês este curso de Processo do Trabalho com teoria e resolução de questões de provas de diversas bancas de concursos públicos, em especial das bancas FCC e UnB/CESPE, que são as bancas organizadoras dos concursos dos Tribunais Regionais do Trabalho. Este curso é indicado para quem irá concorrer aos cargos de Técnico Judiciário, Analista Judiciário e Executor de Mandados, Analista Administrativo dos Tribunais Regionais do Trabalho e do TST e de Analista Processual do MPU. O conteúdo programático que seguirei é o adotado pelos últimos Editais da FCC e da UnB/CESPE para os concursos dos Tribunais que foram realizados em 2008 e 2009. Vocês poderão observar que o Edital da FCC de 2010 para o TRT/Paraná está contido no conteúdo programático deste curso. Atenção: O TRT/Paraná está com Edital da FCC aberto, com prova marcada para 25 de Julho, cujo conteúdo programático para os cargos de Analista Judiciário e Analista Judiciário Execução de Mandados segue transcrito no quadro abaixo: 1º. ”Noções de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho com Teoria e Questões”; 2º. “Direito do Trabalho e Processo do Trabalho – Questões comentadas FCC”; 3º. “Exame de Ordem – 2ª Fase – Direito do Trabalho”, em co- autoria com o Juiz do Trabalho José Carlos Lima da Motta; 4º. “Provas comentadas ESAF – Direito do Trabalho e Processo do Trabalho”. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 2 www.pontodosconcursos.com.br Atenção: Para aqueles que irão prestar o concurso para o cargo de Técnico Judiciário (Área Administrativa) ressalto que o conteúdo programático do Edital está contido no Edital de Analista Judiciário, acima transcrito, e será abordado neste curso. 1. Da Justiça do Trabalho: organização e competência. 2. Das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho: jurisdição e competência. 3. Dos serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas do Trabalho; dos distribuidores; dos oficiais de justiça e oficiais de justiça avaliadores. 4. Do Ministério Público do Trabalho: organização. 5. Do processo judiciário do trabalho: princípios gerais do processo trabalhista (aplicação subsidiária do CPC). 6. Dos atos, termos e prazos processuais. 7. Da distribuição. 8. Das custas e emolumentos. 9. Das partes e procuradores; do jus postulandi; da substituição e representação processuais; da assistência judiciária; dos honorários de advogado. 10. Das nulidades. 11. Das exceções. 12. Das audiências: de conciliação, de instrução e de julgamento; da notificação das partes; do arquivamento do processo; da revelia e confissão. 13. Das provas. 14. Dos dissídios individuais: da forma de reclamação e notificação; da reclamação escrita e verbal; da legitimidade para ajuizar. 15. Do procedimento ordinário e sumaríssimo. 16. Dos procedimentos especiais: inquérito para apuração de falta grave, ação rescisória e do mandado de segurança. 17. Da sentença e da coisa julgada; da liquidação da sentença: por cálculo, por artigos e por arbitramento. 18. Dos dissídios coletivos: extensão, cumprimento e revisão da sentença normativa. 19. Da execução: execução provisória; execução por prestações sucessivas; execução contra a Fazenda Pública; execução contra a massa falida. 20. Da citação; do depósito da condenação e da nomeação de bens; do mandado e penhora; dos bens penhoráveis e impenhoráveis; da impenhorabilidade do bem de família (Lei 8.009/90). 21. Dos embargos à execução; da impugnação à sentença; dos embargos de terceiros. 22. Da praça e leilão; da arrematação; da remição; das custas na execução. 23. Dos recursos no processo do trabalho. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 3 www.pontodosconcursos.com.br Conteúdo Programático e cronograma do curso: Aula 1 (20/05): Da Justiça do Trabalho: organização e competência. 2. Das Varas do Trabalho, dos Tribunais Regionais do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho: jurisdição e competência. 3. Dos serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas do Trabalho; dos distribuidores; dos oficiais de justiça e oficiais de justiça avaliadores. 4. Do Ministério Público do Trabalho: organização. Aula 2 (27/05): 5. Do processo judiciário do trabalho: princípios gerais do processo trabalhista (aplicação subsidiária do CPC). 6. Dos atos, termos e prazos processuais. 7. Da distribuição. 8. Das custas e emolumentos. Aula 3 (03/06): 9. Das partes e procuradores; do jus postulandi; da substituição e representação processuais; da assistência judiciária; dos honorários de advogado. 10. Das nulidades. 11. Das exceções. Aula 4 (10/06): 12. Das audiências: de conciliação, de instrução e de julga- mento; da notificação das partes; do arquivamento do processo; da revelia e confissão. Aula 5 (17/06): 13. Das provas. 14. Dos dissídios individuais: da forma de reclamação e notificação; da reclamação escrita e verbal; da legitim- idade para ajuizar. Aula 6 (24/06): 15. Do procedimento ordinário e sumaríssimo. 16. Dos procedimentos especiais: inquérito para apuração de falta grave, ação rescisória e do mandado de segurança. Aula 7(01/07): 17. Da sentença e da coisa julgada; da liquidação da sentença: por cálculo, por artigos e por arbitramento. 18. Dos dissídios coletivos: extensão, cumprimento e revisão da sentença normativa. Aula 8 (08/07): 19. Da execução: execução provisória; execução por prestações sucessivas; execução contra a Fazenda Pública; execução contra a massa falida. 20. Da citação; do depósito da condenação e da nomeação de bens; do mandado e penhora; dos bens penhoráveis e impenhoráveis; da impenhorabilidade do bem de família (Lei 8.009/90). 21. Dos embargos à execução; da impugnação à sentença; dos embargos de terceiros. 22. Da praça e leilão; da arrematação; da remição; das custas na execução. Aula 9 (15/07): 23. Dos recursos no processo do trabalho. Teoria Geral e espécies. Embargos de Declaração. Recurso ordinário. Recurso de Revista. Agravo de Petição. Agravo de Instrumento. Embargos. Agravo Regimental. ............................................................................................................... CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 4 www.pontodosconcursos.com.br Antes de iniciar a aula, gostaria de ressaltar que no decorrer deste curso serão abordadas as Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do TST em relação ao Processo do Trabalho. Portanto, gostaria de lembrá-los que as Súmulas e Orientações Jurisprudenciais consubstanciam a jurisprudência dos Tribunais. Em latim o termo jurisprudência, significa: ¾ Jus (direito) ¾ Prudentia (sabedoria) Portanto, a jurisprudência é a aplicação do direito ao caso concreto. Ela não se forma por decisões isoladas, mas após uma série de decisões no mesmo sentido. As Súmulas correspondem ao posicionamento pacificado de determinado Tribunal. Objetivam trazer a paz social no julgamento de determinada matéria, dando interpretação à lei, abrandando o seu rigor e fazendo Justiça. As Orientações Jurisprudenciais cristalizam a jurisprudência majoritária, reiterada do TST, mas que ainda não tiveram a autoridade exigida para se tornarem Súmulas. Não se esqueçam que as Orientações Jurisprudenciais do TST ainda não são Súmulas. Elas deverão sofrer um processo de maturação, de verificação de sua redação, de discussão, para depois, caso o TST assim desejar, se transformem em Súmulas. É oportuno explicar que a sigla SDI-1 significa Seção de Dissídios Individuais 1 e a sigla SDI-2, obviamente, significa Seção de Dissídios Individuais 2. Digo isto porque há Orientações Jurisprudenciais que são da SDI-1 do TST e há outras que são da SDI-2 do TST. Gostaria de ressaltar que para a fixação da matéria utilizo a técnica da repetição, portanto farei transcrições dos artigos da CLT, bem como das Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do TST ao comentar as questões de prova e no decorrer da aula. Por exemplo, quando um determinado artigo da CLT é abordado na questão, utilizarei a didática de colá-lo na aula para agilizar o estudo de vocês, que não precisarão recorrer à CLT para relembrá-lo. Vamos então iniciar a nossa aula demonstrativa! CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 5 www.pontodosconcursos.com.br Aula 0: Provas no Processo do Trabalho Conceito: As partes no processo de conhecimento deverão provar os fatos controvertidos para que o juiz possa proferir a sentença, e esta fase onde as provas são produzidas denomina-se instrução processual. Então, na fase de instrução do processo ocorrerá a colheita de provas que são dirigidas ao juiz, com o objetivo de esclarecê-lo, para que ele possa proferir a decisão/sentença solucionando o conflito de interesses entre as partes que lhe foi submetido. Nos artigos 818 até o 830 da CLT estão da regulamentadas as provas no Processo do Trabalho, estes artigos serão explicados no decorrer desta aula. Apesar da CLT possuir normas que tratam das Provas, o Código de Processo Civil possui alguns artigos que serão utilizados como fonte subsidiária, em caso de omissão da CLT e desde que haja compatibilidade de tais dispositivos com os princípios do Processo do Trabalho. O art. 769 da CLT permite expressamente tal aplicação subsidiária do Processo Civil ao Processo do Trabalho. Observem abaixo: Art. 769 da CLT - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. Conceito de Prova: “Prova nos domínios do direito processual é o meio lícito para demonstrar a veracidade ou não de determinado fato com a finalidade de convencer o juiz a cerca da sua existência ou inexistência”. (Carlos Henrique Bezerra Leite). ⇒ “Probare”, em latim, significa demonstrar a veracidade de uma proposição ou a realidade de um fato. No Processo de Conhecimento o juiz irá formar o seu convencimento sobre os fatos controvertidos para proferir a sentença. Assim, a prova será dirigida ao juiz, sendo o meio utilizado para a demonstração no processo da veracidade dos fatos controvertidos. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 6 www.pontodosconcursos.com.br ¾ Outros conceitos: “Meios processuais ou materiais considerados idôneos pelo ordenamento jurídico para demonstrar a verdade, ou não da existência e verificação de um fato jurídico”. (Nelson Nery Júnior). “Denomina-se prova a todo elemento que contribui para a formação da convicção do juiz a respeito de determinado fato.” (Alexandre Freitas Câmara). “As normas sobre prova têm natureza processual, pois regulam o meio pelo qual o juiz formará a sua convicção, a fim de exercer a função jurisdicional”. (Alexandre Freitas Câmara). Princípios aplicáveis: Os Princípios aplicáveis às provas são: A) Princípio da Necessidade da Prova: É necessário que os fatos alegados pelas partes sejam comprovados em juízo. Porém, os fatos narrados pelas partes e não provados são considerados inexistentes e não necessitam ser provados. B) Princípio da Unidade da Prova: A prova deverá ser apreciada em seu conjunto como um todo, não devendo ser considerada isoladamente. C) Princípio da Lealdade: A produção da prova deverá pautar-se na lealdade e na ética, estabelecendo o art. 14, II do CPC que as partes têm o dever de proceder com lealdade e boa-fé, sendo inclusive considerado litigante de má-fé aquele que alterar a verdade dos fatos, exegese do art. 17 do CPC. D) Princípio da Licitude da Prova: De acordo com o art. 5º LVI da CRFB/88, as provas obtidas por meios ilícitos são inadmitidas no processo. Porém a simples presença de provas ilícitas não invalida o processo, uma vez retiradas as provas obtidas por meios ilícitos dos autos, caso existam outras provas produzidas por meios lícitos e independentes das provas ilícitas retiradas, deverá o magistrado dar prosseguimento ao processo. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 7 www.pontodosconcursos.com.br E) Princípio do Contraditório: Este princípio está amparado pelo art. 5º LV da CRFB/88 que estabelece que quando for apresentada em juízo a prova por uma parte, terá a outra parte contrária o direito de impugná-la pelos meios previstos em lei podendo realizar a contraprova. F) Princípio da Imediação: As provas deverão ser produzidas para o juiz que é o destinatário da prova. O juiz dirigirá o processo, tendo ampla liberdade para determinar as provas a serem produzidas pelas partes. G) Princípio da Oralidade: Caracteriza-se pela prática de atos processuais verbais, ou seja, pelo uso da palavra oral , principalmente nas audiências, seja pelo Juiz ou pelas partes. As provas deverão ser realizadas preferencialmente na audiência. A oitiva de testemunhas estabelecida no art. 848, §2º da CLT, é um exemplo de manifestação do Princípio da Oralidade no tocante à produção de provas. H) Princípio do Livre convencimento ou da Persuasão Racional: O juiz é livre para formar o seu convencimento, mas terá que fundamentar na sua sentença os motivos que o formaram, ou seja, os fundamentos de sua decisão. É o que estabelecem os artigos 131 do Código de Processo Civil e 832 da CLT. Art. 131 do CPC O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes; mas deverá indicar na sentença os motivos que lhe formaram o convencimento. Art. 832 da CLT- Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão. Objeto de Prova: Somente os fatos controvertidos, relevantes e pertinentes narrados pelo reclamante e pelo reclamado são objeto de prova. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 8 www.pontodosconcursos.com.br ⇒ O Direito, em regra, não precisará ser provado pois vigora o brocardo jurídico “iura novit curia”, presumindo-se que o juiz conhece o direito, bastando que as partes narrem os fatos e os prove, sendo desnecessária a prova do direito. ⇒ Como quase toda regra tem exceção, o art. 337 do CPC estabelece que o direito deverá ser provado em relação ao teor e vigência quando, tratar-se de normas de direito estadual, municipal, distrital, consuetudinário ou estrangeiro, se assim o determinar o juiz.Ressalta-se que quanto ao direito federal o juiz deverá conhecer. ⇒ No Processo do trabalho, o juiz poderá ainda,determinar que a parte faça prova de teor e vigência de normas coletivas, de regulamento de empresa, de sentença normativa, caso a parte as invoque. O art. 334 do CPC aplicado subsidiariamente ao Processo do trabalho estabelece que não serão objeto de prova os fatos notórios, os fatos incontroversos, os fatos alegados por uma das partes e confessados por outra e os que militam presunção legal de veracidade. ¾ Fato Notório é aquele cujo conhecimento faz parte da cultura normal de determinado segmento social no momento do julgamento da causa. É aquele fato conhecido por um grande número de pessoas e que por isso é considerado verdadeiro e indiscutível. Ex. o aumento de vendas em determinadas épocas do ano como dia dos pais, Natal, dia das mães, etc. Súmula 217 do TST - DEPÓSITO RECURSAL. CREDENCIAMENTO BANCÁRIO. PROVA DISPENSÁVEL O credenciamento dos bancos para o fim de recebimento do depósito recursal é fato notório, independendo da prova. ¾ Fatos incontroversos são aqueles afirmados por uma parte, e admitidos ou não contestados pela outra parte. É oportuno citar o art. 467 da CLT que estabelece que as parcelas incontroversas deverão ser quitadas pelo empregador na audiência sob pena de ser condenado a pagá-las acrescidas de 50%. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 9 www.pontodosconcursos.com.br ¾ Fatos confessados são aqueles afirmados por uma parte e confirmados por outra. ¾ Fatos em cujo favor milita presunção legal de existência ou de veracidade. Ressalta-se que a parte que alegar em seu favor a presunção legal, deverá demonstrar que está na situação de poder invocá-la. ¾ A Súmula 12 do TST refere-se à presunção relativa (juris tantum) de veracidade que tem as anotações feitas pelo empregador na CTPS do empregado, portanto, poderão ser elididas por outras provas. Súmula 12 do TST - CARTEIRA PROFISSIONAL - As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram presunção "juris et de jure", mas apenas "juris tantum". Súmula 225 do STF – Não é absoluto o valor probatório das anotações na carteira profissional. Ônus da Prova: O ônus da prova é o dever que a parte tem de provar em juízo as suas alegações para o convencimento do juiz. A análise do ônus da prova poderá ser dividida em duas partes: a primeira trata-se do ônus subjetivo da prova e a segunda refere-se ao ônus objetivo. O ônus subjetivo da prova está ligado ao dever das partes em provar tal fato controvertido, assim pelo ônus subjetivo o magistrado deverá analisar quem tem o dever, ou seja, o encargo de prová-lo. No Processo do Trabalho o art. 818 da CLT combinado com o art. 333 do CPC tratam do ônus subjetivo da prova. Art. 818 da CLT- A prova das alegações incumbe à parte que as fizer. Art. 333 do CPC – O ônus da prova incumbe: I- ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; II- ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 10 www.pontodosconcursos.com.br ¾ Fato constitutivo é aquele que deu origem à relação jurídica que está sendo discutida em juízo. Exemplificando: empregado requer o reconhecimento do vínculo empregatício e a reclamada nega a prestação de serviços, ele deverá provar o fato constitutivo de seu direito ¾ Fato extintivo é aquele que põe fim à relação jurídica deduzida no processo. Exemplificando: empregado postula o pagamento de salários e o empregador prova que pagou através de recibos assinados pelo empregado. ¾ Fato impeditivo é aquele que, segundo Alexandre Freitas Câmara, tem conteúdo negativo, ou seja, a ausência de alguns dos requisitos genéricos de validade do ato jurídico (agente capaz, forma, objeto lícito). Exemplificando: O reclamado demonstrar que o reclamante era de fato associado de uma cooperativa o que exclui o pedido de declaração de vínculo empregatício, conforme o art. 442, parágrafo único da CLT. ¾ Fato modificativo é aquele que não irá extinguir, mas alterará a relação jurídica entre as partes. Exemplificando: a prova de pagamento parcial das verbas postuladas pelo reclamante. A distribuição do ônus da prova e a prova da existência ou não da relação de emprego processar-se-á da seguinte forma: a) Se o reclamante requerer em juízo o reconhecimento do vínculo de emprego e a reclamada alegar que não houve a prestação de tais serviços, será do empregado o ônus de provar o fato constitutivo de seu direito. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 11 www.pontodosconcursos.com.br b) Se o reclamante requerer o reconhecimento do vínculo de emprego e a reclamada na defesa admitir a prestação dos serviços do empregado, mas alegar, por exemplo que ele era trabalhador eventual, aí será do empregador o ônus de provar que a relação havida não era de emprego. Súmula 212 do TST - DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. A Súmula 338 do TST admite a inversão do ônus da prova no processo do trabalho no que se refere aos pedidos de horas extras, quando a empresa contar com mais de 10 empregados e negar-se a apresentar os controles de freqüência injustificadamente. Súmula 338 do TST- JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA. I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário.III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. Há algumas súmulas e orientações jurisprudenciais do TST que estabelecem o ônus da prova em determinados casos, o que prevalece sobre a regra geral do art. 818 da CLT e 333 do CPC. Observem abaixo: OJ 215 SDI-I TST VALE-TRANSPORTE. ÔNUS DA PROVA É do empregado o ônus de comprovar que satisfaz os requisitos indispensáveis à obtenção do vale-transporte. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 12 www.pontodosconcursos.com.br Súmula 6 do TST EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT. VIII - É do empregador o ônus da prova do fato impeditivo, modificativo ou extintivo da equiparação salarial. Súmula 16 do TST- NOTIFICAÇÃO Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário. Súmula 385 do TST Cabe à parte comprovar, quando da interposição do recurso, a existência de feriado local ou de dia útil em que não haja expediente forense, que justifique a prorrogação do prazo recursal. OJ 301 SDI-I TST Definido pelo reclamante o período no qual não houve depósito do FGTS, ou houve em valor inferior, alegada pela reclamada a inexistência de diferença nos recolhimentos de FGTS, atrai para si o ônus da prova, incumbindo-lhe, portanto, apresentar as guias respectivas, a fim de demonstrar o fato extintivo do direito do autor (art. 818 da CLT c/c art. 333, II, do CPC). Meios de Prova: Os meios de prova são todos aqueles admitidos em direito, bem como os moralmente legítimos, os hábeis a provar a verdade dos fatos em que se funda a ação ou a defesa, ainda que não especificados no CPC ou na CLT. Somente os meios lícitos são possíveis, pois as provas obtidas por meios ilícitos são inadmitidas no processo. É oportuno mencionar a questão da prova emprestada que é uma prova produzida com vistas a determinado processo e utilizada em outro processo. O ordenamento jurídico brasileiro permite a utilização da prova emprestada, desde que seja respeitado o Princípio do Contraditório. Entre os meios de prova não há hierarquia, assim o juiz decidirá de acordo com o seu livre convencimento motivado, ao analisar todas as provas apresentadas no processo. Ocorrerá a aplicação subsidiária do Código de Processo Civil ao Processo do Trabalho no que se refere aos meios de prova, pois a CLT refere-se apenas ao interrogatório das partes, à confissão, à prova documental, testemunhal e pericial. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 13 www.pontodosconcursos.com.br O CPC especifica como meios de prova o depoimento pessoal, a confissão, a exibição de documento ou coisa, a prova documental, a prova testemunhal, a prova pericial e a inspeção judicial. Dica: Em muitas provas de concurso público as bancas tentam, e por vezes conseguem confundir os candidatos no que se refere à produção antecipada de prova que é uma medida cautelar, e não é meio de prova. Vamos estudar agora os meios de prova especificados pela CLT e pelo CPC. É oportuno lembrar, que o ordenamento jurídico brasileiro permite a utilização de outros meios de prova mesmo que não estejam previstos em lei, bastando apenas que sejam moralmente legítimos. 1. Depoimento Pessoal: É o depoimento prestado por uma das partes em juízo. O objetivo de colher o depoimento pessoal das partes é conseguir provocar a confissão e esclarecer os fatos controvertidos, porém sem coerção. O art. 848 da CLT estabelece que o juiz poderá de ofício interrogar as partes, sendo uma faculdade portanto a oitiva do depoimento pessoal das partes segundo a CLT. Art. 342 do CPC O juiz pode de ofício, em qualquer estado do processo, determinar o comparecimento pessoal das partes, a fim de interrogá-las sobre os fatos da causa. Art. 820 da CLT - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento das partes, seus representantes ou advogados. A Confissão é a admissão pela parte interrogada de que o fato atribuído pela outra parte a ela é verdadeiro. A confissão é considerada a “rainha das provas”. Ela poderá ser real ou ficta. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 14 www.pontodosconcursos.com.br ¾ A confissão real é aquela que será obtida através do depoimento pessoal e tem presunção absoluta de veracidade dos fatos não podendo ser elidida por prova em contrário. ¾ A confissão ficta é aquela presumida e poderá ser elidida por prova em contrário durante a instrução do processo, pois tem presunção relativa de veracidade dos fatos. ¾ A confissão ficta ocorrerá pelo não comparecimento da parte à audiência em que deveria prestar o seu depoimento, desde que regularmente intimada. Observem o teor da Súmula 74 do Tribunal Superior do Trabalho. Súmula 74 do TST- CONFISSÃO I - Aplica-se a pena de confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. Art. 844 da CLT - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não- comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. OJ Nº 152 SDI-I REVELIA. PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO. APLICÁVEL. (ART. 844 DA CLT) Pessoa jurídica de direito público sujeita-se à revelia prevista no artigo 844 da CLT. A confissão poderá ainda ser: a) judicial: aquela que ocorre no curso do processo; b)extrajudicial: aquela que ocorre fora do processo. No processo do trabalho vige o Princípio da Indisponibilidade dos direitos trabalhistas, assim a confissão extrajudicial estabelecida no art. 353 do CPC não poderá ser aceita. 2. Prova Testemunhal: Prova testemunhal é aquela que se obtém através do relato, em juízo por pessoas que conhecem o fato controvertido que está sendo CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 15 www.pontodosconcursos.com.br objeto de prova. O depoimento da testemunha deverá ser colhido na audiência de instrução e julgamento perante o juiz da causa. No que tange à prova testemunhal prevalece a qualidade do depoimento das testemunhas e não a quantidade, logo caso exista apenas uma testemunha, o seu depoimento não poderá ser desprezado caso seja firme e seguro. ¾ No Procedimento Ordinário cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 testemunhas. ¾ No Procedimento Sumaríssimo cada parte poderá indicar até duas testemunhas. ¾ No Inquérito para apurar falta grave cada parte poderá indicar até seis testemunhas. ¾ O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido pelas demais que tenham de depor no processo. ¾ Poderão depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, as impedidas e as suspeitas. Estes poderão ser ouvidos apenas como informante do juízo e as partes poderão contraditar os seus depoimentos argüindo uma das causas de impedimento, suspeição ou de incapacidade. O art. 406 do CPC aplica-se ao processo do trabalho, assim, a testemunha não será obrigada a depor em juízo sobre fatos que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou aos seus parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou na colateral em segundo grau e nem sobre fatos a cujo respeito por estado ou profissão, deva guardar sigilo. ¾ Testemunha referida é aquela que é referida no depoimento das outras testemunhas ou das partes e assim o juiz poderá determinar de ofício ou a requerimento da parte a sua inquirição (art. 418 do CPC). ¾ Contradita é a denúncia pela parte interessada dos motivos que impedem ou tornam suspeito o depoimento das testemunhas. Art. 405 do CPC estabelece quem são as testemunhas incapazes, impedidas e suspeitas: CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 16 www.pontodosconcursos.com.br a) são incapazes; o interdito por demência; o que acometido por enfermidade ou debilidade mental, ao tempo em que ocorreram os fatos não podia discerni-los ou ao tempo em que deva depor não está habilitado a transmitir as percepções; o menor de 16 anos; o cego e o urdo quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam. b) são impedidos: o cônjuge, o ascendente e o descendente em qualquer grau, ou colateral até o terceiro grau de alguma das partes por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o interesse público ou tratando-se de causa relativa ao estado da pessoa não se puder obter de outro modo a prova, que o juiz repute necessária ao julgamento do mérito; o que é parte na causa; o que intervém em nome de uma parte como o tutor na causa do menor, o representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes. c) são suspeitos: o condenado por crime de falso testemunho havendo transitado em julgado a sentença; o que por seus costumes não for digno de fé; o inimigo capital da parte ou o seu amigo íntimo; o que tiver interesse no litígio. Súmula 357 do TST Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador. Art. 819 da CLT - O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente. § 1º - Proceder-se-á da forma indicada neste artigo, quando se tratar de surdo-mudo, ou de mudo que não saiba escrever. § 2º - Em ambos os casos de que este artigo trata, as despesas correrão por conta da parte a que interessar o depoimento. ¾ As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas. ¾ Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em hora de serviço, será requisitada ao chefe da repartição para comparecer à audiência marcada. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 17 www.pontodosconcursos.com.br ¾ No processo do trabalho não há depósito de rol de testemunhas, que deverão comparecer à audiência independente de intimação. Art. 825 da CLT - As testemunhas comparecerão à audiência independentemente de notificação ou intimação. Parágrafo único - As que não comparecerem será intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação. ¾ No Procedimento Sumaríssimo somente será deferida a intimação de testemunhas que comprovadamente convidada deixar de comparecer. Portanto a parte deverá demonstrar que a testemunha foi convidada, o que não é necessário no Procedimento Ordinário conforme o parágrafo único do art. 825 acima transcrito. Art. 828 da CLT- Toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será qualificada, indicando o nome, nacionalidade, profissão, idade, residência, e, quando empregada, o tempo de serviço prestado ao empregador, ficando sujeita, em caso de falsidade, às leis penais. Parágrafo único - Os depoimentos das testemunhas serão resumidos, por ocasião da audiência, pelo chefe de secretaria da Junta ou funcionário para esse fim designado, devendo a súmula ser assinada pelo Presidente do Tribunal e pelos depoentes. Art. 829 da CLT - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação. O art. 411 do CPC trata da deferência de lei estabelecendo que determinadas pessoas, caso sejam testemunhas de algum processo, serão inquiridas em sua residência ou onde exercem as suas funções. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 18 www.pontodosconcursos.com.br São elas: a) o Presidente e o Vice-Presidente da República; b) o presidente do senado e da Câmara dos deputados;c) os Ministros de estado;d) o Procurador-Geral da República;e) Os Senadores e Deputados Federais; f) os Governadores dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal; g) os Deputados Estaduais; h)Os Ministros do Supremo tribunal federal, do Superior Tribunal Militar, do Tribunal Superior Eleitoral; do Tribunal Superior do Trabalho e do tribunal de Contas da União; i) Os Desembargadores dos Tribunais de Justiça, os juízes dos tribunais regionais Eleitorais e os Conselheiros dos tribunais de contas dos Estados e do Distrito Federal; j) o embaixador de país que por lei ou tratado, concede idêntica prerrogativa ao agente diplomático do Brasil. Dica 1: Não se aplica a vereador e a prefeito esta deferência da lei. Dica 2: Os membros do Ministério Público da União também gozam desta prerrogativa de acordo com o art. 18, II, g da Lei complementar 75/93. 3. Prova Documental: Documento é todo meio idôneo e moralmente legítimo capaz de comprovar materialmente a existência de um fato. No processo do trabalho as provas cuja exigência é documental são: a comprovação do pagamento de salário (art. 464), o acordo de prorrogação de jornada (art. 59), a concessão ou o pagamento das férias(arts. 135 e 145), a concessão do descanso da gestante art. 390). A CLT regula expressamente a prova documental nos arts. 777, 780, 787 e 830. Art. 777 da CLT - Os requerimentos e documentos apresentados, os atos e termos processuais, as petições ou razões de recursos e quaisquer outros papéis referentes aos feitos formarão os autos dos processos, os quais ficarão sob a responsabilidade dos escrivães ou chefes de secretaria. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 19 www.pontodosconcursos.com.br Art. 780 da CLT - Os documentos juntos aos autos poderão ser desentranhados somente depois de findo o processo, ficando traslado. Art. 787 da CLT - A reclamação escrita deverá ser formulada em 2 (duas) vias e desde logo acompanhada dos documentos em que se fundar. Atenção: O art. 830 da CLT foi alterado, recentemente, pela Lei 11.925/09, com o objetivo de trazer maior celeridade à prestação jurisdicional. Vejam os principais pontos comentados abaixo: ¾ Com a alteração do artigo 830 da CLT pela Lei 11.925 de Abril de 2009, os documentos apresentados pela partes no Processo do Trabalho não precisarão ser apresentados em originais ou cópias autenticadas. ¾ A garantia da autenticidade poderá ser dada pelos próprios advogados, sob sua responsabilidade pessoal. ¾ A Súmula 330 TST diz que a quitação passada pelo empregado com a assistência de sua entidade sindical ao empregador tem LEI Nº 11.925, DE 17 DE ABRIL DE 2009. Art. 1 Os arts. 830 e 895 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 830. O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. Parágrafo único. Impugnada a autenticidade da cópia, a parte que a produziu será intimada para apresentar cópias devidamente autenticadas ou o original, cabendo ao serventuário competente proceder à conferência e certificar a conformidade entre esses documentos.” (NR) CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 20 www.pontodosconcursos.com.br eficácia liberatória em relação às parcelas expressamente consignadas no recibo. Súmula 330 do TST A quitação passada pelo empregado, com assistência de entidade sindical de sua categoria, ao empregador, com observância dos requisitos exigidos nos parágrafos do art. 477 da CLT, tem eficácia liberatória em relação às parcelas expressa-mente consignadas no recibo, salvo se oposta ressalva expressa e especificada ao valor dado à parcela ou parcelas impugnadas. I - A quitação não abrange parcelas não consignadas no recibo de quitação e, conseqüentemente, seus reflexos em outras parcelas, ainda que estas constem desse recibo. II - Quanto a direitos que deveriam ter sido satisfeitos durante a vigência do contrato de trabalho, a quitação é válida em relação ao período expressamente consignado no recibo de quitação. OJ SDI- I Nº 77 Nula é a punição de empregado se não precedida de inquérito ou sindicância internos,a que se obrigou a empresa por norma regulamentar. Súmula 254 do TST- O termo inicial do direito ao salário-família coincide com a prova da filiação. Se feita em juízo, corresponde à data de ajuizamento do pedido, salvo se comprovado que anteriormente o empregador se recusara a receber a respectiva certidão. 4. Prova Pericial: O perito é considerado um auxiliar da justiça e será designado pelo juiz quando a prova do fato depender de conhecimentos técnicos ou científicos. Os peritos serão escolhidos dentre profissionais de nível universitário e deverão estar obrigatoriamente inscritos nos Órgãos de classe. O perito poderá recusar dentro de cinco dias contados da intimação ou de impedimento superveniente. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 21 www.pontodosconcursos.com.br O assistente técnico não é perito e nem auxiliar da justiça, ele é auxiliar da parte. Caso o perito preste informações inverídicas por dolo ou culpa, ele ficará inabilitado por dois anos para funcionar em outras perícias. ¾ O juiz não ficará adstrito ao laudo pericial, podendo inclusive determinar a realização de nova perícia. A segunda perícia não substitui primeira, podendo o juiz basear-se na que quiser. ¾ A prova pericial consiste em exame, vistoria e avaliações. ¾ O art. 3º da Lei 5.584/70 revogou tacitamente o art. 826 da CLT ao determinar que os exames periciais serão realizados por um perito único designado pelo juiz. Art. 826 da CLT - É facultado a cada uma das partes apresentar um perito ou técnico. Art. 827 da CLT- O juiz ou presidente poderá argüir os peritos compromissados ou os técnicos, e rubricará, para ser junto ao processo, o laudo que os primeiros tiverem apresentado. Súmula 341 do TST - HONORÁRIOS DO ASSISTENTE TÉCNICO A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da perícia. 5. Inspeção Judicial (Arts. 440 ao 443 do CPC): “É a atividade instrutória do juiz destinada a examinar uma coisa ou lugar, a fim de tomar conhecimento de suas características (Liebman)”. A CLT é omissa em relação à inspeção judicial, por isso aplica- se o Código de Processo Civil subsidiariamente. A inspeção judicial terá lugar toda vez que houver necessidade de o juiz deslocar-se ao local em que estiver a pessoa ou coisa, conforme estabelece o art. 440 do CPC. ¾ As partes terão sempre o direito de assistir a inspeção e o juiz poderá ir acompanhado de um ou mais peritos.Concluída a CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 22 www.pontodosconcursos.com.br inspeção o juiz mandará que seja lavrado um auto circunstanciado, onde mencionará tudo aquilo que foi observado durante a diligência e que será útil ao julgamento da ação. Art. 440 CPC O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisa, a fim de esclarecer sobre fato, que interesse á decisão da causa. Bem, pessoal! Agora vamos treinar a matéria através da resolução dos exercícios abaixo. Questões de Prova: 1. (FCC - TRT/MG – Analista Judiciário/2009) Segundo as regras de distribuição do ônus da prova no processo do trabalho, será de responsabilidade (A) do trabalhador a prova do fato impeditivo de seu direito. (B) do trabalhador a prova da identidade de funções, no pedido de equiparação salarial, quando a defesa demonstra que os comparandos exerciam cargos diferentes. (C) do empregador, qualquer que seja o tema, já que ele é hiper- suficiente na relação contratual. (D) nunca do empregado, porque é hipossuficiente na relação de direito material. (E) do empregador a prova dos fatos constitutivos do direito alegado na inicial. Comentários: Letra B De acordo com a Súmula 6 do TST é do empregador o ônus de provar o fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Já o empregado terá o ônus de provar o fato constitutivo de seu direito, como é o caso da situação hipotética apresentada na questão. 2. (FCC - TRT/MG – Analista Judic. Execução de Mandados/2009) A perícia para apuração de periculosidade e insalubridade será realizada, segundo as normas da Consolidação das Leis do Trabalho, (A) por médico do trabalho ou por engenheiro do trabalho. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 23 www.pontodosconcursos.com.br (B) por médico do trabalho e por engenheiro do trabalho, respectivamente. (C) por médico credenciado pelo INSS e por engenheiro habilitado pelo CREA. (D) tanto por médico, quanto por engenheiro, exceto os engenheiros do trabalho. (E) apenas por médico do trabalho. Comentários: Letra A (art. 195 da CLT) Art. 195 da CLT A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. § 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas. § 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por sindicato em favor de grupo de associados, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho. § 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho, nem a realização ex officio da perícia. 3. (FCC/Analista Judiciário – Área Judic./ TRT/SE/ 2006) De acordo com a Consolidação das Leis do trabalho em relação às provas é correto afirmar que: a) cada uma das partes poderá indicar até 4 testemunhas, inclusive quando se tratar de inquérito. b) o depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 24 www.pontodosconcursos.com.br c) a testemunha que for parente até o quarto grau civil de qualquer das partes, não prestará compromisso e seu depoimento valerá como simples informação. d) o depoimento de uma testemunha poderá ser ouvido pelas demais que tenham de depor no processo. e) em regra as testemunhas comparecerão à audiência mediante expressa e comprovada notificação ou intimação. Comentários: a) No Procedimento Ordinário cada parte poderá indicar até três testemunhas, no Procedimento sumaríssimo cada parte poderá apresentar até duas testemunhas e no Inquérito para apurar falta grave cada parte poderá indicar até seis testemunhas. Art. 821 da CLT - Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis). b) Esta é a assertiva correta. O art. 151 do CPC estabelece que o juiz nomeará intérprete sempre que for necessário verter em português as declarações das partes e das testemunhas que não conhecerem o idioma nacional. A CLT tem regra própria no art. 819, abaixo transcrito. Art. 819 da CLT - O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente. § 1º - Proceder-se-á da forma indicada neste artigo, quando se tratar de surdo-mudo, ou de mudo que não saiba escrever. § 2º - Em ambos os casos de que este artigo trata, as despesas correrão por conta da parte a que interessar o depoimento. c) Errada a assertiva, uma vez que o art. 829 da CLT fala até o terceiro grau civil, assim por exemplo o primo de qualquer das partes poderá ser testemunha pois pertence ao quarto grau. Art. 829 da CLT- A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 25 www.pontodosconcursos.com.br prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação. d) Incorreta. O depoimento de uma testemunha não poderá ser ouvido por outra que irá depor no processo, conforme o art. 824 da CLT. Art. 824 da CLT- O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido pelas demais que tenham de depor no processo. e) Incorreta, a testemunha no processo do trabalho comparecerão à audiência independente de intimação ou de notificação, observem o que diz o artigo 825 do diploma consolidado. Art. 825 da CLT - As testemunhas comparecerão à audiência independentemente de notificação ou intimação. Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação. 4. (FCC/Analista Judic. – Área Adm./TRT/AM-RR/2006) Nos termos da lei, se a testemunha for servidor público, civil ou militar, e tiver de depor em horário de serviço: a) deverá solicitar diretamente ao seu chefe imediato, a devida autorização para se ausentar do serviço. b) Deverá ser avisada pela parte interessada para comparecer à audiência. c) Deverá ser conduzida coercitivamente à Vara para prestar o seu depoimento. d) Será requisitada ao chefe da repartição para comparecer à audiência. e) Será intimada pelo oficial de justiça da Vara para comparecer à audiência. Comentários: Correta a letra “d”. De acordo com o art. 823 da CLT. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 26 www.pontodosconcursos.com.br Art. 823 da CLT - Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em hora de serviço, será requisitada ao chefe da repartição para comparecer à audiência marcada. 5. (UnB/CESPE – TRT 1ª Reg. /Analista Judiciário – Área: Administrativa/2008) No que se refere a noções fundamentais de provas, assinale a opção correta. A) A confissão ficta prevalece sobre a prova pré-constituída. B) Há confissão real se a parte comparece à audiência e se recusa a responder as perguntas do juiz. C) A confissão real goza de presunção absoluta, tendo o juiz o dever de acatá-la. D) A confissão, em regra, se dá por tópicos. E) A confissão judicial faz prova contra o confitente e contra os litisconsortes. Comentários: A Confissão é a admissão pela parte interrogada de que o fato atribuído pela outra parte a ela é verdadeiro, podendo ser real ou ficta. A confissão real é aquela que será obtida através do depoimento pessoal e tem presunção absoluta de veracidade dos fatos não podendo ser elidida por prova em contrário.Correta a letra “C”. Já a confissão ficta é aquela presumida e poderá ser elidida por prova em contrário durante a instrução do processo, pois tem presunção relativa de veracidade dos fatos.Como a confissão ficta possui presunção relativa de veracidade ela poderá ser elidida por prova em contrário e por isso não prevalecerá sobre uma prova pré- constituída. Logo está errada a assertiva “A”. Observem o teor da Súmula 74 do TST: Súmula 74 do TST. Confissão. I- Aplica-se a pena de confissão à parte que expressamente intimada com aquela cominação não comparecer à audiência em prosseguimento na qual deveria depor. II- A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400,I do CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores.” CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 27 www.pontodosconcursos.com.br Quando a parte em audiência recusa-se a responder às perguntas do juiz estaremos diante de uma confissão ficta que poderá ser elidida por prova em contrário. Logo, incorreta a letra “B”. A confissão poderá ser judicial, quando ocorrer no curso do processo, ou extrajudicial, quando ocorrer fora do processo. No processo do trabalho vige o Princípio da Indisponibilidade dos direitos trabalhistas, assim a confissão extrajudicial estabelecida no art. 353 do CPC não poderá ser aceita. A seguir transcreverei alguns artigos do Código de Processo Civil que são aplicados subsidiariamente ao Processo do Trabalho no que se refere à confissão, que respondem às assertivas “D”e “E”. Art. 350 do CPC “A confissão judicial faz prova contra o confitente não prejudicando, todavia, os litisconsortes”. Art. 354 do CPC “A confissão é de regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar como prova,aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável. Cindir-se-á todavia quando o confitente lhe aduzir fatos novos, suscetíveis de constituir fundamentos de defesa de direito material ou de reconvenção”. 6. (UnB/CESPE – TRT 1ª Reg. /Analista Judiciário – Área: Administrativo/2008) Com relação a testemunhas em processo trabalhista, assinale a opção correta. A) O simples fato de a testemunha estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador não a torna suspeita. B) As partes devem apresentar rol de testemunhas, para que sejam intimadas. C) A testemunha que for parente até o terceiro grau civil da parte é suspeita, nos termos da CLT. D) O juiz não pode tomar o depoimento de testemunha suspeita. E) Em ação sujeita ao processo sumaríssimo, como regra,são permitidas três testemunhas para cada parte. Comentários: A prova testemunhal é um meio de prova segundo o qual uma pessoa é chamada a juízo para depor sobre fatos controvertidos, atestando ou não a veracidade dos mesmos. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 28 www.pontodosconcursos.com.br A assertiva da letra “A” transcreve o inteiro teor da S. 357 do TST, portanto esta é a letra correta. Súmula 357 do TST - TESTEMUNHA. AÇÃO CONTRA A MESMA RECLAMADA. SUSPEI-ÇÃO Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador. No Processo do Trabalho não há obrigatoriedade de apresentação de rol de testemunhas, uma vez que as partes deverão levá-las em audiência independentemente de intimação. Incorreta a letra “B”. O erro da questão “C” é o mais difícil de ser detectado uma vez que a assertiva transcreve em parte os termos do art. 829 da CLT, porém a CLT não diz que o parente até o terceiro grau civil da parte é suspeito. Portanto, como ele será considerado suspeito devido à aplicação subsidiária do art. 405 do CPC, está incorreta a assertiva. O art. 405 do CPC traz o rol de testemunhas incapazes, impedidas ou suspeitas.O art. 406 do CPC aplica-se ao processo do trabalho, assim, a testemunha não será obrigada a depor em juízo sobre fatos que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou aos seus parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou na colateral em segundo grau e nem sobre fatos a cujo respeito por estado ou profissão deva guardar sigilo. Art. 829 da CLT “A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação.” Poderão depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, as impedidas e as suspeitas. As testemunhas incapazes, impedidas ou suspeitas poderão ser ouvidas como informante do juízo. Incorreta a letra “D”. O número de testemunhas admitido para cada parte será até três testemunhas no Procedimento ordinário, até duas testemunhas no CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 29 www.pontodosconcursos.com.br Procedimento sumaríssimo e até seis testemunhas no inquérito para a apuração de falta grave. Incorreta a letra “E”. 7. (UnB/CESPE – TRT 1ª Reg. /Analista Judiciário – Área: Administrativa/2008) Ainda com respeito a testemunhas, assinale a opção correta. A) A testemunha que não comparecer será intimada, de ofício ou a requerimento da parte, ficando sujeita à condução coercitiva se a parte provar tê-la convidado. B) Em processo trabalhista, a parte pode comprometer-se a levara testemunha à audiência, independentemente de intimação, presumindo-se, caso a testemunha não compareça, que a parte desistiu de ouvi-la. C) No procedimento sumaríssimo, será automaticamente intimada a testemunha que deixar de comparecer. D) O pagamento de salário ao empregado analfabeto deverá ser efetuado na presença de duas testemunhas. E) No procedimento sumaríssimo, a parte pode comprometer-se a levar a testemunha à audiência, independentemente de intimação, presumindo-se, caso a testemunha não compareça, que a parte desistiu de ouvi-la. Comentários: A letra “A” está incorreta uma vez que a questão misturou o teor do artigo 825 da CLT com o 852-H que trata do procedimento sumaríssimo. No procedimento ordinário previsto no art. 825 a parte não precisará comprovar que convidou a testemunha pois o teor do art. 825 não menciona isto. Observem: Art. 825 da CLT “As testemunhas comparecerão à audiência independentemente de notificação ou intimação. Parágrafo único. As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas à condução coercitiva, além das penalidades do art. 730 caso sem motivo justificado não atendam à intimação.” Art. 845 da CLT O reclamante e o reclamado comparecerão à audiência acompanhado das suas testemunhas,apresentando, nessa ocasião, as demais provas. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 30 www.pontodosconcursos.com.br Incorreta a letra “B” pois não há dispositivo legal que mencione a presunção de desistência em oitiva de testemunhas pela parte, caso a mesma não compareça. No procedimento sumaríssimo o art. 852-H da CLT em seu parágrafo 3º dispõe que somente será deferida a intimação de testemunha que comprovadamente convidada deixar de comparecer. Caso a testemunha convidada não compareça, o juiz poderá determinar a sua imediata condução coercitiva. Incorreta a assertiva “C” que menciona que a intimação será automática, o que não ocorre uma vez que o dispositivo consolidado acima mencionado diz que o juiz “poderá” determinar a imediata condução coercitiva. Incorreta também a letra “E”, uma vez que não há que se falar em presunção de desistência de oitiva de testemunha, pois no procedimento sumaríssimo somente será admitida a intimação de testemunha que comprovadamente convidada deixar de comparecer. A questão considerada como certa foi a letra “D”. Em que pese este fato ser polêmico na doutrina, uma vez que o teor do art. 464 não menciona a presença de testemunhas quando ocorrer a impressão digital. Quando for a rogo haverá a presença de duas testemunhas. Art. 464 da CLT O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital ou, não sendo esta possível, a seu rogo. Parágrafo único: terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho. 8. (12º Concurso Procurador do Trabalho) Em relação à produção de prova é CORRETO afirmar que: I – a parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim determinar o juiz; II – a recusa ilegítima quanto à exibição de documentos, por uma das partes, leva o juiz a admitir como verdadeiros os fatos que, por meio dos mesmos, a outra parte pretendia provar; CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 31 www.pontodosconcursos.com.br III – tratando-se de perícia complexa, que abranja mais de uma área de conhecimento especializado,o juiz poderá nomear mais de um perito e a parte indicar mais de um assistente técnico; IV – é suspeita para testemunhar a pessoa que, por seus costumes, não é digna de fé. a) somente a assertiva IV é incorreta; b) apenas as assertivas I e III estão incorretas; c) apenas três assertivas estão corretas; d) todas as assertivas estão corretas. e) não respondida. Comentários: Está correta a assertiva I. Somente os fatos controvertidos, relevantes e pertinentes narrados pelo reclamante e pelo reclamado são objeto de prova. O direito o juiz conhece de acordo com o brocardo jurídico “iura novit curia”, bastando que as partes narrem os fatos e os prove, sendo desnecessária a prova do direito. Porém há uma exceção disposta no art. 337 do CPC quanto ao direito estrangeiro, municipal, estadual e consuetudinário, os quais o juiz poderá determinar que a parte prove teor e vigência.É oportuno ressaltar que quanto ao direito federal o juiz deverá conhecê-lo. A assertiva II está correta é o que dispõe o art. 357 do CPC. A assertiva III está correta é cópia literal do art. 431, B do CPC. O art. 405 do CPC em seu parágrafo 3º considera suspeito para depor: o condenado por crime de falso testemunho, havendo transitado em julgado a sentença; o que por seus costumes não for digno de fé; o inimigo capital da parte ou o seu amigo íntimo; o que tiver interesse no litígio. Portanto, correta a assertiva IV. O gabarito é letra “D”, todas as assertivas estão corretas. 9. (Procurador do Trabalho) Segundo a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, no que diz respeito ao ônus da prova na Justiça do Trabalho: I – Quando prevista em instrumento normativo, a presunção de veracidade da jornada de trabalho é absoluta, em face do princípio da autonomia privada coletiva. II – A não-apresentação injustificada dos controles de freqüência pelo empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados gera CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 32 www.pontodosconcursos.com.br presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. III – O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. IV – É do empregado o ônus de comprovar que satisfaz os requisitos indispensáveis à obtenção do vale-transporte. De acordo com as assertivas acima, pode-se afirmar que: a) apenas as alternativas I, II e III estão corretas; b) apenas as alternativas II, III e IV estão corretas; c) apenas as alternativas I e IV estão incorretas; d) todas as alternativas estão corretas; e) não respondida. Comentários: Segundo entendimento sumulado do TST a presunção de veracidade da jornada de trabalho poderá ser elidida por prova em contrário mesmo quando esteja prevista em instrumento normativo. Trata-se de presunção relativa de veracidade, logo está incorreta a assertiva I. Correta a assertiva II de acordo com a S. 338 do TST abaixo transcrita. Súmula 338 do TST - JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA. I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. A assertiva II está correta pois retrata o que dispõe a Súmula 212 do TST, observem a transcrição abaixo: Súmula 212 do TST - DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 33 www.pontodosconcursos.com.br prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. A letra “B” é o gabarito da questão pois a assertiva IV também está correta pois retrata a Orientação Jurisprudencial 215 da Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, observem abaixo: OJ 215 SDI-I TST VALE-TRANSPORTE. ÔNUS DA PROVA É do empregado o ônus de comprovar que satisfaz os requisitos indispensáveis à obtenção do vale-transporte. 10. (XII CONCURSO JUIZ DO TRABALHO/TRT-13ª REG./2006) Tendo em vista as normas processuais contidas na Consolidação das Leis do Trabalho e a aplicação subsidiária do CPC ao processo trabalhista, conforme previsto no art. 769 da CLT,assinale a alternativa correta: a) as provas serão produzidas pelas partes, não podendo o juiz determinar a produção de qualquer prova não requerida pelo reclamante ou pelo reclamado; b) o juiz é obrigado a conhecer o direito, não podendo, em nenhuma hipótese, determinar que a parte prove a existência ou a vigência de norma legal por ela invocada; c) no processo, inexistem fatos que independem de prova; d) a prova pericial só é admissível no processo trabalhista, quando se trata de reclamação não submetida ao rito sumaríssimo; e) o número de testemunhas admissíveis no processo do trabalho é variável de acordo com o tipo de ação e procedimento, sendo que cada parte poderá indicar até 3 (três) no processo comum,até 2 (dois) no procedimento sumaríssimo e até 6 (seis) nos inquéritos para apuração de falta grave. Comentários: O juiz poderá determinar a realização de quaisquer provas que julgue necessária pois ele tem ampla liberdade na condução do processo, podendo inclusive rejeitar as provas inúteis e CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 34 www.pontodosconcursos.com.br protelatórias apresentadas pelas partes. Incorreta a assertiva da letra “A”. Incorreta a assertiva da letra “B”. O art. 337 do CPC dispõe que o juiz não é obrigado a conhecer o direito estadual,estrangeiro, municipal e consuetudinário, podendo exigir da parte prova de teor e vigência. Somente o direito federal é que o juiz é obrigado a conhecer. Somente os fatos controvertidos é que dependem de prova,os fatos notórios, afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária, admitidos no processo como incontroversos e em cujo favor militam presunção legal de existência ou de veracidade não dependem de provas, conforme estabelece o art. 334 do Código de Processo Civil aplicado subsidiariamente ao Processo do Trabalho.Logo, incorreta a letra “C”. Incorreta a letra “D”.A prova pericial é admitida no Processo do Trabalho tanto no rito ou procedimento sumaríssimo quanto no rito ou procedimento ordinário. O art. 852 H da CLT trata das provas no procedimento sumaríssimo e o seu parágrafo 4º admite a aplicação da prova pericial no procedimento sumaríssimo, observem a transcrição com destaque em negrito abaixo: Art. 852-H da CLT Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente. § 1º - Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz. § 2º - As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. § 3º - Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva. § 4º - Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, será deferida prova técnica, CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 35 www.pontodosconcursos.com.br incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e nomear perito. § 5º - (VETADO) § 6º - As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo comum de cinco dias. § 7º - Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa. A prova testemunhal possui diferenças quanto ao procedimento no qual está sendo produzida no Processo do Trabalho. No Procedimento Ordinário cada parte poderá apresentar até três testemunhas, no procedimento Sumaríssimo cada parte poderá apresentar até duas testemunhas e no Inquérito Para Apuração de Falta Grave cada parte poderá apresentar até seis testemunhas.Portanto, a assertiva da letra “E” está correta. 11. (ESAF/Juiz do Trabalho - TRT 7ª Região/2005) Analise as proposições abaixo conforme sejam, verdadeiras (V) ou falsas (F) . a) Em contraposição ao sistema da certeza legal, o princípio da persuasão racional consagra a liberdade do julgador na avaliação da prova, cabendo-lhe, no entanto,em matéria de Processo do Trabalho, dar prevalência à prova testemunhal, tendo em vista o princípio da primazia da realidade. b) Ao impetrar o mandado de segurança, o autor da ação deve apresentar a petição inicial devidamente acompanhada dos documentos com os quais almeja demonstrar lesão a direito líquido e certo. A jurisprudência pacificada do Tribunal Superior do Trabalho admite, contudo,a possibilidade de concessão de prazo para o impetrante colacionar documento indispensável à prova da mencionada violação. c) Alegada a prestação de trabalho em horário extraordinário,ao reclamante compete o ônus de provar as suas alegações, conforme disposição contida no artigo 818,da CLT. Exibindo a empresa, no entanto, controles de freqüência contendo horários rígidos de entrada e saída do empregado, a jurisprudência pacificada do Tribunal CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 36 www.pontodosconcursos.com.br Superior do Trabalho considera a prevalência do horário descrito na petição inicial. d) Reconhece-se a confissão quanto à matéria fática à parte que, a despeito de regularmente intimada para comparecer à audiência na qual deveria prestar depoimento,sob pena de confissão, não se faz presente e, não justifica a ausência. Por se tratar de confissão ficta,deve ser ela confrontada com as demais provas já existentes nos autos, reconhecendo-se a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho a existência de cerceamento de defesa na decisão que indefere a produção de outras provas pela parte recalcitrante após a confissão. Comentários: a) (Falsa). No princípio da certeza legal o juiz não tinha liberdade na apreciação das provas, uma vez que a lei já estabelecia previamente o valor das provas, havendo hierarquia entre elas. O ordenamento jurídico brasileiro rejeitou este princípio, adotando o princípio do livre convencimento motivado ou da persuasão racional. O Princípio da Persuasão Racional de fato consagra a liberdade do juiz que poderá apreciar livremente as provas produzidas e valorá- las da forma que quiser, desde que fundamente as razões de fato e de direito que formaram o seu convencimento. Portanto, a assertiva está errada pois a prova testemunhal não prevalece sobre nenhuma outra, uma vez que não há hierarquia das provas como no princípio da certeza legal. b) (Falsa). O art. 284 do CPC autoriza o juiz a permitir que o autor emende ou complete a petição inicial em 10 dias quando a petição inicial apresentar defeitos ou irregularidades capazes de dificultar o julgamento. De acordo com a Súmula 415 do TST, o juiz não poderá abrir este prazo de 10 dias para que o autor da ação de mandado de segurança apresente a prova documental exigida para a impetração da ação, pois a prova documental deverá ser pré-constituída. Súmula 415 do TST - MANDADO DE SEGURANÇA. ART. 284 DO CPC. APLICABILIDADE. Exigindo o mandado de segurança prova documental pré-constituída, inaplicável se torna o art. 284 do CPC quando verificada, na petição inicial do "mandamus", a ausência de documento indispensável ou de sua autenticação. CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO – TEORIA E EXERCÍCIO PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 37 www.pontodosconcursos.com.br c) (Verdadeira) O ônus da prova de trabalho extraordinário é do reclamante/empregado, porém em alguns casos haverá a inversão e o ônus passará a ser do empregador/reclamado, conforme estabelece a Súmula 338 do TST. A assertiva está errada, uma vez que haverá a inversão do ônus da prova, que passará a ser do empregador quando a empresa apresentar cartões de ponto com horários de entrada e saída uniformes. Art. 818 da CLT - A prova das alegações incumbe à parte que as fizer. Súmula 338 do TST- JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA. I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário.II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário.III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. d) (Falsa) A assertiva trata do inteiro teor da Súmula 74 do TST, abaixo transcrita. Súmula 74 do TST - CONFISSÃO I - Aplica-se a pena de confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. 12. (JUIZ DO TRABALHO / TRT-23ª Reg./ 2008) O momento processual próprio para argüir a contradita é: a) a qualquer tempo, desde que antes de proferida a sentença; b)
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