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Aula 2 A mitologia grega e latina

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Cultura Clássica: contribuições linguísticas
Aula 2- A mitologia grega e latina
Nesta aula, você irá:
1- Identificar os mitos gregos.
2- Reconhecer a importância da mitologia na antiguidade.
3- Verificar a relevância do conceito de 
4- História e mito em Heródoto.
5- Relacionar os mitos gregos e romanos.
Seja bem-vindo à nossa aula de hoje!
Nesta aula, você irá avançar no conhecimento dos aspectos que identificam as culturas grega e romana (ou latina) na Antiguidade Clássica. Vamos estudar a sua literatura oral através das lendas e dos mitos de formação, das festas, cultos religiosos e invenção da historiografia na Grécia e em Roma.
Além disso, vamos conhecer a formação da história como discurso humano do tempo, mais uma contribuição genial dos gregos. Você vai perceber como estas civilizações sobreviveram através dos tempos e permanecem em nossas culturas.
Será que a cultura grega continua presente e influencia a nossa maneira de pensar, agir, nossas artes e literatura? E a mitologia grega, seus deuses e histórias fantásticas ainda rondam nossa imaginação? E as línguas, grega e latina, desapareceram com o fim daquelas civilizações?
Vamos iniciar nosso passeio através do mundo das culturas clássicas da Grécia e de Roma?
Olá, nesta aula, estudaremos a permanência destas civilizações em nossas culturas.
E a mitologia grega, seus deuses e histórias fantásticas ainda rondam nossa imaginação? As línguas grega e latina desapareceram com o fim daquelas civilizações?
A RELIGIÃO, MITO E LITERATURA NA CULTURA GREGA
Uma literatura difere de outra, posterior ou anterior, menos pelo texto que pela maneira de ser lida; se pudéssemos ler qualquer página atual da maneira como será lida no ano dois mil, saberíamos como será a literatura no ano dois mil. Entre os gregos, a tradição religiosa era transmitida oralmente por poetas como Homero e Hesíodo, que viveram entre os séculos IX a.C. e VIII a.C., inspirados por divindades ligadas à música e à poesia, as Musas. Seus relatos foram retomados por dramaturgos dos séculos V a.C. e IV a.C.
As divindades
Os gregos, e a maioria dos povos antigos, desenvolveram um sistema religioso politeísta, ou seja, eles cultivavam a crença simultânea na existência de vários deuses. Esta plêiade de deuses dava origem a diversas crenças, a cultos e práticas religiosas que constituíam a vida pública na Grécia antiga. A natureza em sua linguagem ora fascinante, ora aterrorizante era uma das fontes das construções sobre a existência e a função divina dos personagens do ‘Pantheon’ grego. Esta concepção da natureza como fonte da religião foi estudada com sucesso, já no século XIX, por Rudolf Otto (1869- 1937), um iminente estudioso em religiões comparadas e criador do termo numinous, o qual exprime um importante conceito. Segundo Otto, dois sentimentos dominaram a humanidade diante da Natureza, de um lado, o Terror, do outro a Fascinação (Tremans et Fascinans). 
A obra que deu destaque à Rudolf Otto foi “O Sagrado - os aspectos irracionais na noção do divino e sua relação com o racional” e foi publicada em 1917, durante a primeira Guerra Mundial. Otto entendia o conceito de Sagrado como categoria essencial para compreender as religiões, mesmo não sendo um elemento racionalizável, era o elo da natureza com divino. O Sagrado era uma ideia ou uma noção complexa, sendo formado por dois aspectos opostos: 
- Racional: os elementos passíveis de serem claramente comunicados pela linguagem. Por exemplo: narrativas, doutrinas, ética e moral religiosa.
- Irracional: oposto, os elementos que não se dobram à linguagem, fugindo a uma apreensão conceitual.
Aqui surge o conceito NUMINOSO. Esse termo tem sua origem no termo latino Numen, significa Deus ou Divino. E implica que haja uma manifestação (teo-fania) divina na experiência do furor ou da beleza da Natureza. O numinoso, entretanto, não se manifesta de uma forma simples, mas, complexa, Otto propôs uma fórmula básica para expressar essa complexidade. Segundo Otto, o numinoso é o “mysterium tremendum et fascinans” (mistério é terrível e fascinante).
O mysterium corresponde à forma como o numinoso se manifesta. É o mistério, o desconhecido, incompreensível  que, quando manifesto, se faz perceber como algo distinto da realidade que experimentamos, é o totalmente Outro. Desta noção temos a noção de mytho, narrativas sobre os deuses e heróis.
O Tremendum é o aspecto negativo ou repulsivo do sagrado, onde a manifestação nos impele para trás, que nos impõem o temor. Ele pode ser percebido sob três formas: Tremendum, majestas e orgé. O Tremendum é o terrível no sagrado; é o que nos faz tremer, que causa calafrios, que traz a sensação de risco à nossa integridade.
O Majestas está relacionado com o poder ou a majestade com a qual a experiência se apresenta. O terceiro aspecto é o Orgê, que é a energia do numinoso. Este se faz manifestar na “vivacidade, paixão, natureza emotiva, vontade, força, comoção[ii]” gerados no indivíduo pelo contato com o objeto numinoso. O Fascinans é o aspecto positivo ou atrativo do sagrado, que é formado por dois aspectos, o augustus que impacta o indivíduo com a sensação de pureza, santidade; e o sebastus que se manifesta impondo a prudência, reverência, veneração.
O relâmpago era resultado da ação de Zeus, e por isso os lugares atingidos pelos raios eram considerados sagrados, diferenciados dos outros lugares em que não havia manifestação dos deuses, os lugares comuns, ou profanos. Os gregos acreditavam que a água causava os tremores de terra e, como tudo o que se relacionava à água era relativo a Posêidon, então o deus do mar era chamado sacudidos de terra. Além da Natureza, outro campo da experiência do sagrado, ou da religião, era a memória dos mortos. As almas dos antepassados também eram cultuadas pelas famílias, através de uma série de rituais que ficavam a cargo das mulheres.
Havia ainda os seres imortais, com poderes extraordinários e considerados deuses; alguns inclusive eram ‘estrangeiros’, originários de tradições de outros povos, com os quais os gregos tiveram algum contato. Alguns exemplos: Deméter: deusa da terra. Era semelhante às antigas deusas da fertilidade, muito comuns no período Neolítico. Afrodite: deusa do amor. Era uma deusa da tradição mesopotâmica, Astarté. Dioniso e Hefesto. Deuses do vinho e da técnica. Seriam originários do Oriente, talvez da Índia. Acreditava-se que esses deuses habitavam o monte Olimpo, na Tessália, embora algumas versões localizassem sua morada no céu. São doze os principais:
Hermes, o deus mensageiro.
Ares, deus da guerra.
Hefesto, deus do fogo e da metalurgia.
Afrodite, deusa do amor.
Atena, deusa da sabedoria.
Apolo, deus da música.
Zeus, deus do trovão, o mais poderoso dos deuses, o que voa.
Hera, esposa de Zeus.
Posêidon, deus dos mares, o que treme a terra.
Héstia, deusa dos lares.
Deméter, deusa da fertilidade da terra.
Havia outros deuses tão importantes quanto esses, e que às vezes figuravam entre os doze deuses do Olimpo: 
1) Plutão ou Hades, senhor do reino dos mortos;
2) Dioniso, deus do vinho, da euforia; 
3) Hebe, deusa da juventude.
(BORGES, J. L. Outras inquisições - ensaios: 1937-1952. In: Obras completas. Rio de Janeiro: Globo, 2000.)
Os Mitos
‘Os mitos são relatos aceitos, entendidos e sentidos como tais (...). Comportam assim, em sua origem, uma dimensão de ‘fictício’, demonstrada pela evolução semântica do termo ‘mythos’, que acabou por designar, em oposição ao que é da ordem do real por um lado, e da demonstração argumentada por outro, o que é do domínio da ficção pura: a fábula. Este aspecto relaciona o mito grego ao que chamamos religião’. (VERNANT,  2001, p. 230.)
O teatro do mundo ordenado pelo relato mítico está pronto para a entrada em cena de atores divinos de tipos diferentes. Com a descendência de Urano (céu) e Gaia (a terra), estão dados os atores que desempenharão o último episódio do processo cosmogônico. Nesta gênesis, percebe-se o mundo que se organiza pela mescla dos contrários,num universo de mistos em conflito para além das linhas divisórias do bem e do mal. De fato, Homero ouve o canto das musas. Elas cantam a verdade, isto é, na análise da linguagem mítica para além dos sistemas religiosos, a ‘alétheia’ defini-se como uma potência, solidária de todo um sistema de entidades religiosas que lhe são ao mesmo tempo associadas e opostas.
Próxima da diké, a alétheia articula-se à Memória cantada (Mousa), Luz, Louvor, e, assim, opõe-se ao esquecimento (Lethê), silêncio e escuridão, censura. Ela não se refere a um saber, a um objeto ao qual deveria conformar-se, que lhe seria anterior e que continuaria estrangeiro a ela. Trata-se da verdade assertória enraizada logo de início no real no sentido mais forte, no sentido religioso do termo, porque a palavra da verdade é em si, como potência eficaz, criadora do ser.
Verdade
A formulação do verdadeiro envolve uma instauração ou restauração da ordem. Como palavra pronunciada por personagens que têm o poder e a função de dizer o verdadeiro, a palavra reta é um aspecto ou um momento do jogo das forças que compõem e ordenam o mundo humano. Mas qual seria então o lugar do erro, da ilusão, da palavra ineficaz? Em outras palavras, se a palavra e o ser coincidem de certa forma, se o dito de verdade é criador do que enuncia, por onde se pode insinuar entre as palavras e as coisas esta distância que permite à linguagem dizer tanto o falso como o verdadeiro?
Mentira
Léthê e Alétheia, em vez de se excluírem, constituem os dois polos complementares de uma única potência religiosa, onde a negatividade arremata a verdade, é sua sombra inseparável. Porque detém a potência ambígua da persuasão, sem a qual a palavra seria ineficaz, os profetas e os poetas são mestres da verdade e do logro.
Assim não tanto o falso que vale, mas a mentira e o fingimento. Para mentir, é também preciso, antes de mais nada, saber a verdade; para enganar, é preciso saber mais do aquele que é enganado.
O domínio de Zeus marca a terceira geração de deuses. Ele repartiu o mundo com seus irmãos. Posêidon ficou com os mares, Hades com o mundo subterrâneo, e a ele próprio coube o céu. Essa geração também teve muitos filhos. De Zeus e Deméter nasceu Perséfone: de sua união com Memória nasceram as Musas; com Leto, Apolo e Ártemis; com Hera, Ares, Hebe e Ílitia; com Maia, Hermes; com Sêmele, Dioniso. Mas a primeira esposa de Zeus, Métis, a astúcia, foi engolida por ele, porque estava destinada a dar à luz dois filhos: um era Atena, e o outro seria aquele que destronaria seu pai. Zeus engoliu Métis e ficou astucioso, e gerou Palas Atena, que nasceu de sua cabeça. (Hesíodo, Teogonia)
Assim como a do mundo, a origem do homem é relatada por inúmeros mitos que falam de seus antepassados: em algumas regiões eram considerados filhos da Terra, em outras eram formigas transformadas, ou seres feitos a partir do barro ou da areia. Num fragmento atribuído a Hesíodo, encontra-se uma história sobre a origem dos habitantes da ilha de Egina, segundo a qual a deusa Egina teve um filho com Zeus, Éaco, que ficou inteiramente só na ilha. Ao tornar-se adulto, a solidão o aborrecia. Para acabar com essa solidão, Zeus converteu as formigas da ilha em homens e mulheres, concedendo a Éaco um povo chamado urirmidões.
Havia também mitos sobre relações entre pais e filhos. Um exemplo é o mito de Édipo, que foi tratado pelo dramaturgo Sófocles na tragédia Édipo-Rei. Édipo era filho do rei de Tebas, Laio, e sem saber matou seu próprio pai, casando-se com sua mãe, Jocasta, que ele não conhecia. Tudo isso aconteceu porque quando Édipo nasceu, seus pais foram informados de uma profecia que relatava seu destino. Para evitá-lo, ordenaram a um criado que matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um casal de camponeses que morava longe de Tebas para que o criassem. Édipo soube da profecia quando se tornou adulto.
Saiu então da casa de seus pais adotivos para evitar a tragédia, ignorando que aqueles não eram seus legítimos genitores. Eis que, perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que, insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo reagiu e matou os integrantes do grupo, sem saber que estava matando seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar a Tebas, dominada por uma Esfinge, que devorava as pessoas que não decifrassem seu enigma: “Qual o animal que anda com quatro patas ao amanhecer, duas ao meio dia e três ao entardecer?”. Édipo decifrou o enigma, respondendo: o homem. A Esfinge morreu, Édipo tornou-se herói de Tebas e casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia.
Prometeu era um titã, portanto, descendente de Urano, como Cronos, e derrotado por Zeus, conforme a história de Hesíodo. Titãs, segundo o mesmo Hesíodo, seriam “aqueles que por presunção teriam tentado realizar uma grande obra porém foram punidos”. Essa grande obra foi partilhar a audácia do plano divino com os homens. O que aconteceu da seguinte maneira:
O titã Jápeto, irmão de Cronos, tinha dois filhos que se tornaram o elo entre os deuses e os humanos: Prometeu (que quer dizer “o astuto”) e Epimeteu (que quer dizer “o que só aprende depois do erro”). Segundo Platão, depois que os deuses fizeram as criaturas com uma mistura de terra e fogo, deram aos irmãos Prometeu e Epimeteu a incumbência de dar a cada uma delas a capacidade que lhe fosse mais adequada. Para essa tarefa eles tinham um certo prazo, ao fim do qual as criaturas sairiam das trevas do centro da terra para a luz.
Eles combinaram que Epimeteu faria o serviço e Prometeu o verificaria. E assim foi feito. Epimeteu distribuiu força, alimentos, velocidade, proteção a todos, de tal forma que as criaturas pudessem sobreviver; no entanto, deixou o homem nu, sem nenhum atributo que o protegesse. Quando Prometeu foi verificar o trabalho de seu irmão, percebeu perplexo a situação do homem. Resolveu roubar as artes de Hefesto e Atena - a metalurgia e a tecelagem - e o fogo, que deram ao homem a sabedoria e as condições para enfrentar os problemas da vida cotidiana. Por isso os homens têm uma maior proximidade com os deuses do que as outras criaturas. Mas também por isso Prometeu foi castigado.
Ficou acorrentado por trinta mil anos no pico mais alto do Cáucaso, tendo o fígado picado por um pássaro, até que Hércules, o semideus filho de Zeus, o libertou. Segundo alguns, sua libertação deveu-se ao fato de Zeus querer tornar seu filho famoso, porém outros interpretam-na como recompensa por Prometeu ter guardado o segredo da deposição de Zeus. Segundo as várias versões da história de Prometeu, sua libertação exigiu que ele deixasse um outro imortal sofrendo em seu lugar. Quem tomou para si o sofrimento de Prometeu foi o centauro Quíron, que fora ferido acidentalmente por Hércules. Quíron passou a ser identificado com a invenção da arte de curar.
B) O MITO DA CRIAÇÃO DA MULHER
1 - De acordo com as histórias mitológicas antigas, podemos conhecer o modo de viver dos deuses. Nestas narrações fantásticas o autor se utiliza de uma analogia entre as virtudes e os defeitos da vida humana para aclarar o ‘modus vivendi’ do Olimpo. De acordo com estas mitologias, como se poderia descrever a vida cotidiana dos deuses?
( ) em harmonia no Olimpo. 
( ) na Terra com os homens.
( ) em disputa entre si no Olimpo 
( ) castigando os homens no Hades.  
Cultos ou Rituais
As divindades gregas, como as de todas as religiões, são consideradas seres dotados de consciência como o homem, porém com poderes superiores aos humanos. Uma vez que as divindades são seres conscientes, os homens pretendem relacionar-se com tal poder superior atingindo suas consciências da mesma forma como fazem entre si: através de laços afetivos e de trocas, que se realizam por sacrifícios, preces, oferendas e por sistemas de consultas, - os oráculos -, que muitas vezes são realizadas nos templos.
Os Sacrifícios
Os sacrifícios eram uma forma de repetir os banquetes dos deuses com os homens, quando ambos partilhavamda vítima do sacrifício, seguindo um ritual no qual um animal doméstico era conduzido em procissão, ao som de flautas, até o altar exterior do templo; os participantes e o animal eram ornados com coroas de flores. A solenidade acontecia no exterior do templo, e poucos podiam nele entrar, pois era a casa do deus. Acreditavam que o deus efetivamente morava ali, senão sempre, pelo menos de vez em quando.
OS ORÁCULOS
Entre os gregos havia templos dedicados aos vários deuses, e em alguns deles existiam oráculos, sistemas de interpretação da sabedoria dos deuses, que se comunicavam com os homens que vinham pedir conselhos ou saber do futuro.
Exemplo
Um exemplo disso era o que ocorria no oráculo de Zeus, em Dodona, onde sacerdotes interpretavam o balançar das folhas dos carvalhos sagrados como a fala do deus. A consulta ao oráculo era uma ocasião solene, como uma visita ao próprio deus, e exigia vários rituais, como podemos ler neste relato de Pausânias, que descreveu, em suas viagens pela Grécia, como era o oráculo de Trofônio, uma divindade local absorvida por Zeus.
Muitas vezes a consulta não era pessoal, envolvia uma cidade inteira, sobretudo em épocas de guerra ou de peste. As maneiras de os deuses responderem às perguntas variavam. Por exemplo, em Delfos, no oráculo de Apolo, o deus respondia pela boca de uma sacerdotisa, a Pítia ou Pitonisa, que entrava em transe e incorporava o deus. Em outros templos, o homem podia ocupar a função de intermediário entre os homens e os deuses.
O que acontece no oráculo é o seguinte: quando uma pessoa está decidida a descer ao oráculo de Trofônio, deve se alojar num certo lugar por alguns dias. Nos sacrifícios, um adivinho está presente, e olha nas entranhas da vítima para ver se Trofônio vai receber a pessoa que desce.
Agamedes, parceiro de Trofônio. Se as entranhas da ovelha indicarem, ele pode ir. Primeiro ele é levado ao rio Hercyna por dois meninos de treze anos, que o banham. Depois é levado por sacerdotes até algumas fontes, das quais ele deve beber a água do esquecimento e da memória, para se livrar de seus pensamentos e para se lembrar do que aconteceu durante sua descida ao oráculo. Há uma imagem que só é mostrada aos que vão visitar o deus, que é então reverenciada. Daí se pode entrar no oráculo, que fica numa caverna na montanha, na qual se entra por uma escada. Lá dentro, o suplicante encontra um buraco, no qual deve entrar passando primeiro os pés.
Depois que seus joelhos passam ele é puxado como que por um fio. Lá dentro fica sabendo do futuro, ouvindo ou vendo, conforme o caso. Quando volta, é levado pela mão dos sacerdotes até a cadeira da memória, onde conta tudo aquilo que soube pelo oráculo. Depois é levado ao alojamento, paralisado pelo terror. Gradualmente vai melhorando, e recupera a faculdade de rir. [...] O que eu conto não é de ouvir dizer; eu mesmo consultei o oráculo de Trofônio.  (Pausânias.). Além dos oráculos, os gregos acreditavam em presságios, sinais significativos que eram interpretados como um aviso dos deuses, como o voo das aves, que em certas ocasiões eram identificados como bons ou maus.
Na Guerra de Troia, por exemplo, os troianos foram intimidados por uma águia que voava com uma serpente nas suas garras, ensanguentada, ainda viva, que picou a ave perto do pescoço, e eles acreditaram que era um presságio de Zeus.
 
AS FESTAS: O CONVÍVIO DE DEUSES E HOMENS NA VIDA DA CIDADE
As festas eram sempre ocasiões de relação com os deuses.
As Panateneias, festas em homenagem a Atena, realizadas todos os anos, começavam com uma procissão que partia do bairro dos ceramistas (o Cerâmico) e atravessavam o centro de Atenas para levar solenemente à Acrópole o peplo (manto), bordado todos os anos por jovens previamente escolhidas. Ele se destinava a vestir a estátua do culto de Atena.
Ou festas das sementeiras celebradas em honra de Apolo. Nesta ocasião, se ofereciam um prato de favas e vários outros legumes, misturados com farinha de trigo a Apolo. Depois levavam em procissão um ramo de oliveira envolvido em lã e carregado de frutos da primeira safra, o que consideravam um talismã de fertilidade. Neste período, os gregos desenvolveram, por causa das festas, uma gama de diversidades de atividades culturais e cívicas. Daí se entende que o sistema religioso não pode ser divorciado do conjunto da vida social.
As festas eram pretexto para o exercício de ‘areté’ (educação) dos jovens e das crianças em várias atividades: atlética, lírica, musical, dramática (tragédia ou comédia). Os festivais eram as únicas ocasiões em que havia representações dramáticas, que tinham sempre o intuito de mostrar a conduta humana e refletir sobre ela. Havia três gêneros de espetáculos teatrais: as tragédias, as sátiras e as comédias.
As tragédias apontavam as consequências terríveis de um comportamento desmedido, ao qual davam o nome de hybris. As sátiras e as comédias também tinham função educativa, apontando o ridículo da condição humana através de personagens estereotipados e ridículos. Falaremos mais detalhadamente sobre os três gêneros literários gregos (a poesia épica, lírica e a tragédia).
RELIGIÃO E MITOLOGIA ROMANA
Primeiramente, deve-se dizer que a cultura latina, destarte, as suas características próprias, sua língua, suas manifestações artístico-literárias, sua mentalidade, nunca negou sua vinculação e fascínio que eles devotavam à cultura denominada: a grega. 
Em outras palavras, os romanos tiveram vida própria e identidade, que na verdade correspondem à recepção criativa da cultura e da identidade dos gregos. No campo da Religião, Roma Antiga, capital do Império, caracterizou-se como uma sociedade na qual as pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses.
Conheça abaixo uma relação das principais divindades da Roma Antiga e suas características:
	Nome do deus
	O que representava
	Júpiter
	Rei de todos os deuses, representante do dia
	Apolo
	Sol e patrono da verdade
	Vênus
	Amor e beleza
	Marte
	guerra
	Minerva
	Sabedoria, conhecimento
	Plutão
	Mortos, mundo subterrâneo
	Netuno
	Mares e oceanos
	Juno
	Amor e casamento
	Baco
	Vinho, festas
	Febo
	Luz do sol, poesia, música, beleza masculina
	Diana 
	Caça, castidade, animais selvagens e luz
	Ceres
	Colheita, agricultura
	Cupido
	amor
	Mercúrio
	Mensageiro dos deuses, protetor dos comerciantes
	Vulcano
	Metais, metalurgia, fogo
	Saturno
	tempo
	Psique
	alma
	
	
A mitologia romana pode ser dividida em duas partes: 
A primeira, tardia e mais literária, consiste na quase total apropriação da mitologia grega.
Foi antiga e ritualística. Nesta fase, percebem-se mudanças em relação ao modelo grego. Neste período, segundo os estudiosos, os romanos desenvolvem dois conceitos religiosos: uma cultura religiosa pública e social, a ‘Pax deorum’ (A paz dos deuses) e outra privada, doméstica, um respeito escrupuloso pelo rito religioso — o Pax deorum — que consistia muitas vezes em danças, invocações ou sacrifícios. Ao lado dos deuses domésticos, os romanos possuíam diversas tríades divinas, adaptadas várias vezes ao longo das várias fases da História de Roma.
A tríade primitiva:
Júpiter (senhor do Universo)
Marte (deus da guerra) 
Quirinus (deus da fecundidade), 
A Influência dos Etruscos:
Minerva (deusa da inteligência e sabedoria)
Juno Regina (rainha dos céus e esposa de Júpiter). 
O período da República Romana (Estado romano e suas províncias desde o fim do Reino de Roma em 509 a. C. ao estabelecimento do Império Romano em 27 a.C.):
Ceres (deusa da Terra e dos cereais), 
Liber e Libera. 
A influência grega: 
Hermes (deus do comércio e da eloquência – Mercúrio para os Gregos)
Dionísio (deus do vinho – o deus grego Baco).
O sistema mitológico dos romanos, obviamente influenciado pelos gregos, foi sistema bastante desenvolvido de rituais, escolas de sacerdócio e grupos relacionados a deuses. Também apresentava um conjunto de mitos históricos em torno da fundaçãoe glória de Roma.
SINOPSE DA MITOLOGIA GRECO-ROMANA
	Deuses gregos
	Deuses correspondentes em Roma
	Zeus
	Júpiter
	Hera
	Juno
	Poseidon
	Netuno
	Atena
	Minerva
	Ares
	Marte
	Artemis
	Diana
	Hermes 
	Mercúrio
	Dionísio
	Baco
Antes de Finalizarmos esta aula, faremos um exercício para testar seu conhecimento.
Para isso, leia atentamente as questões seguintes e responda às perguntas.
1. Nas sociedades antigas, já encontramos diversos meios de difusão do conhecimento, da arte e da ciência. Como se dava a difusão dos mitos na Antiguidade?
Parabéns, vejo que você se dedicou mesmo aos estudos. Mas só para lembrar, é  isso mesmo, os escritores reproduziam em livros e manuscritos  todos os acontecimentos da época.  
2. Na Grécia antiga, encontram-se textos lendários sobre a ‘genealogia’ dos deuses. Uma tentativa antiga de ordenar, como os humanos, a existência dos deuses no tempo mítico. A que se referem estes textos genealógicos?
Um conjunto de gerações que se sucedem
Parabéns,  a sua resposta está correta. Esta é uma questão muito importante da mitologia grega, pois  essa genealogia dos deuses explica as suas origens e razão de existência.
Nesta aula, você:
- Compreendeu um pouco mais sobre a mitologia grega, seus deuses e histórias fantásticas.
- Aprendeu algo sobre o papel da invenção da historiografia antiga na Grécia com Heródoto.
- Analisou aspectos da religião em Roma e suas relações com a Religião Mítica da Grécia.

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