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Prévia do material em texto

1 
UFRJ –Faculdade de Letras 
Produção textual 
Professor: Carlos Eduardo 
Material elaborado pela professora Mônica Orsini 
 
Redação técnica: resumo, resenha e fichamento 
 
Na hora de ler um texto, para entender as informações principais, podemos usar 
diversas estratégias: sublinhar trechos interessantes ou palavras-chave, marcar a informação 
principal de cada parágrafo, ler o texto como um todo e depois redigir frases que o sintetizem. 
Há, portanto, várias maneiras de destacar as informações principais de um texto e, geralmente, 
quando fazemos isso, estamos pensando em uma maneira de diminuir a quantidade de 
informações para compreendê-las melhor. A síntese das idéias contidas num texto pode ser 
feita por meio de fichamento, resumo ou resenha. Cada um tem um objetivo e características 
próprias. 
 
A) Fichamento 
 
No fichamento, destacamos as idéias principais de um texto, por meio de paráfrase ou 
seleção de trechos do próprio texto (nesse caso, é obrigatório usar aspas e citar a página). O 
fichamento é feito em tópicos, mas podemos usar também tabela, quadro ou esquema para 
facilitar a visualização das informações destacadas. 
 
Dicas: 
1. Transporte para o fichamento apenas os exemplos que sejam de fato importantes para 
o esclarecimento de um determinado item. 
2. Ao fazer um fichamento, não se deve ir ao extremo de usar apenas frases nominais, 
nem se deve fazer cópia de períodos muito longos ou parágrafos inteiros. 
3. O fichamento deve estar esquematizado em tópicos sucintos, objetivos, capazes de 
traduzir, em síntese, o conteúdo de um texto. 
 
 
A seguir, uma proposta de fichamento do verbete dialeto (dialetal, dialetologia). In: 
CRYSTAL, David. Dicionário de linguistica e fonética. Rio de Janeiro: Zahar, 1988. 
 
1. Conceito (definição básica, principal): variante regional ou social de uma língua que 
comporta "um conjunto particular de palavras e estruturas gramaticais" (p. 81) 
1.1. Outras aplicações para o termo (ou outras definições): 
- estágio histórico de uma língua (dialeto histórico ou temporal; por exemplo, português 
arcaico); 
- linguagem de um grupo profissional (dialeto ocupacional); 
- língua ágrafa de país em desenvolvimento (aplicação popular, não aceita na ciência da 
linguagem). 
 
2. Fatores que originam a dialetação: 
- número considerável de falantes; 
- barreiras geográficas; 
- divisão em classes sociais. 
 
 2 
3. Hierarquia dialetal: predominando um dialeto sobre os outros, este constituirá a forma 
padrão da língua, registrada pela escrita. 
 
4. Conceitos limítrofes (ou problemas na delimitação do conceito): diferenciação entre 
dialeto e língua 
4.1. Distinção básica: Os dialetos são subdivisões das línguas. 
4.2. Problemas para o estabelecimento das fronteiras: 
- Determinadas línguas contêm dialetos ininteligíveis entre si (o chinês, por exemplo); 
-Determinados povos, de origem, cultura e língua diversas compreendem-se mutuamente 
(suecos e noruegueses, por exemplo). 
 
5. Tipologia (ou tipos de dialeto): 
5.1. Dialetos regionais, locais, territoriais ou geográficos: identificadores da terra-natal do 
indivíduo 
5.2. Dialetos sociais: identificadores do indivíduo em termos de escala social ("classe, status 
profissional, idade e sexo" p. 82). 
5.2.1. Exemplificação: 
- Em inglês, a forma "ain't", característica da classe operária e da classe mais alta em certa 
época; 
- Em português, um uso como "a gente vamos", sinalizador de baixa escolaridade. 
 
6. Área da Lingüística que estuda os dialetos: Dialetologia ou Geografia Linguística (mais 
recentemente, Geo-Sociolinguística): "estudo sistemático de todas as formas de dialeto" (p. 
81), especialmente o regional. 
6.2. Histórico dos estudos dialetológicos: 
6.2.1.Início no século XIX. Metodologia: 
a) Confecção de atlas lingüísticos (registro de palavras regionalmente distintas na forma, no 
sentido ou na pronúncia); 
b) Delimitação de zonas dialetais a partir da constatação de itens distintivos particulares; 
c) Delimitação das fronteiras dialetais através da coincidência de isoglossas (linhas traçadas 
em torno dos limites de uso das formas distintivas). 
6.2.2. 2ª fase: Práticas mais recentes: dialetologia estrutural (busca os "padrões de 
parentesco" entre formas de vários dialetos. 
 
B) Resumo 
 
O resumo, da mesma forma que a resenha, apresenta-se em parágrafos, geralmente 
como um texto dissertativo, em terceira pessoa. Segundo Medeiros (2003: 142)1, “(...) é uma 
apresentação sintética e seletiva das idéias de um texto, ressaltando a progressão e a 
articulação delas. Nele devem aparecer as principais idéias do autor do texto”. 
No resumo, geralmente, evita-se uma crítica ao texto, pois a prioridade é para a 
seleção das idéias principais da obra em questão. 
 
“Os procedimentos para realizar um resumo incluem, em primeiro lugar, 
descobrir o plano da obra a ser resumida. Em segundo lugar, a pessoa que o 
está realizando deve responder, no resumo, a duas perguntas: o que o autor 
pretende demonstrar? De que trata o texto? Em terceiro lugar, deve-se ater às 
idéias principais do texto e a sua articulação. Muito importante nesta fase é 
 
1 MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas: estratégias de leitura, como 
redigir monografias, como elaborar papers. SP: Atlas, 2003. 
 3 
distinguir as diferentes partes do texto. A fase seguinte é a de identificação 
de palavras-chave. Finalmente, passa-se à redação do resumo.” (Medeiros 
2003: 143) 
 
C) Resenha 
 
 A resenha caracteriza-se por ser uma seleção dos aspectos relevantes do texto, tendo 
em vista uma intenção previamente definida. Resenhar significa fazer uma relação das 
propriedades de um objeto, enumerar cuidadosamente seus aspectos relevantes, descrever as 
circunstâncias que o envolvem. 
 
Tipos de resenha: 
a) Resenha descritiva: neste tipo não entra nenhum julgamento ou apreciação do 
resenhador. Deve conter o assunto global da obra, o ponto de vista do autor 
(perspectiva teórica, método, etc.), os pontos essenciais do texto, a relação do texto 
resenhado com outros do mesmo autor, etc. 
b) Resenha crítica: além do que se descreve em a, contém também comentários e 
julgamentos do resenhador sobre idéias do autor, valor da obra, etc. 
 
 
Resenha descritiva do livro Lingüística românica, de Rodolfo Ilari (São Paulo: Ática, 2002) 
 
“Indispensável para compreender as características de nosso idioma, a Lingüística 
Românica estuda a formação das línguas originadas do latim, entre o fim do Império Romano 
e os primeiros séculos do segundo milênio. Assim, esta obra tem por objetivo iniciar os 
alunos de Letras à bibliografia especializada da disciplina, situando seus principais temas num 
quadro de conjunto. 
 Numa primeira parte, lembram-se as descobertas metodológicas que fizeram da 
Lingüística Românica uma disciplina independente, em particular o método comparativo e a 
tese de que o latim de que se originam as línguas românicas é o chamado latim vulgar. 
Mostram-se, além disso, as mudanças de enfoque que resultaram da assimilação pelos 
romanistas das teses da Geografia Lingüística, do Idealismo e do Estruturalismo. 
Um segunda parte trata da natureza e da reconstituição do latim vulgar que, por ter 
sido uma língua sobretudo falada, conta com uma documentação textual precária. Utilizando 
como critério a semelhança das línguas românicas, o livro apresenta essa variedade do latim 
de forma sistemática, isto é, esboça “uma gramática do latim vulgar”. 
A parte seguinte é dedicada à fragmentação do latim vulgar em váriosdomínios 
dialetais distintos e – mais recentemente – ao surgimento nesses domínios de “línguas 
nacionais” como o português, o espanhol, o francês, o italiano e o romeno, fazendo ainda a 
distinção entre língua e dialeto. 
Uma breve antologia de textos que remontam à origem das línguas românicas e uma 
indicação das vicissitudes comuns em seu processo de consolidação completam o quadro. 
Este volume contém ainda um estudo do Prof. Ataliba Teixeira de Castilho, intitulado 
“O Português do Brasil”, que traz informações essenciais sobre o português brasileiro: sua 
implantação, as características que o distinguem do Português de Portugal, suas variedades 
regionais e sociais.” 
 
 
 
 
 4 
Resenha crítica do livro Iniciação à sintaxe do português, de José Carlos de Azeredo (Rio de 
Janeiro: Jorge Zahar, 1999) 
 
“O professor José Carlos de Azeredo é, sem dúvida alguma, um dos mais conceituados 
estudiosos da língua portuguesa, sobretudo no âmbito da sintaxe, o que o leitor verificará ao 
ler este livro. 
Além de fazer um reexame crítico do modelo tradicional de análise, o autor aponta 
rumos e apresenta soluções de análise que contribuirão, tenho certeza, para um melhor 
desempenho do professor de português na sala de aula. Foi, aliás, a partir do convívio com os 
alunos que surgiu a ideia deste trabalho, o que se nota pela preocupação de natureza didática que 
perpassa a obra: o interesse do autor não é o de apresentar um modelo teórico de análise, mas o 
de fornecer aos professores e estudiosos em geral uma orientação coerente e segura no trato com 
a língua portuguesa. 
Tenho plena convicção de que é com trabalhos dessa natureza que os alunos poderão 
adquirir o gosto pelo estudo da sintaxe, visto que se trata de um estudo primoroso pela argumen-
tação e que não impõe classificações artificiais ou inúteis para a análise da língua. 
Deve-se ressaltar que o professor José Carlos não descura de contribuições anteriores: 
"Procuramos fazer justiça à gramática tradicional, aproveitando a lição dos velhos gramáticos. 
Entre as contribuições deste século, tanto nos valemos de lições de Bally como Llorach, de 
Halliday como de Matthews, de Eunice Pontes como de Míriam Lemle, de Mira Mateus e 
outros como de Weinrich, enfim informações, pistas, intuíções afinadas com nosso objetivo de 
fornecer uma abordagem da estrutura e funcionamento da língua que possa ser útil ao professor 
de português na tarefa de desmontar frases, definir funções, identificar relações do enunciador 
com seu próprio enunciado, com enunciados alheios e com o contexto, descrever os meios de 
interligar frases no texto, etc, pois acreditamos que a aquisição dessas habilidades, que ajudam 
na tarefa de falar/escrever sobre outros discursos, é um importante objetivo do ensino da 
língua." 
Na verdade, este trabalho não se limita apenas a um exame puramente gramatical (o que 
por si só seria já valiosa contribuição!); ele é mais ambicioso: além de rediscuíir conceitos, exa-
minar os mecanismos internos da língua portuguesa mediante rigorosa argumentação, o autor 
coroa seu trabalho abordando o tema "Sintaxe e Discurso" e o finaliza com análises de textos, 
contribuição, sem dúvida, valiosíssima. Com efeito, neste capítulo o autor mostra que o 
domínio da sintaxe é de grande importância para a análise de textos, já que é um instrumental 
poderoso para esses estudos. 
Finalmente, só nos resta augurar que esta obra encontre a merecida repercussão e 
compreensão janto a todos aqueles que se interessam pelos estudos da língua portuguesa.” 
MIGUEL BARBOSA DO ROSÁRÍO 
Professor adjunto de latim, Faculdade de Letras/UFRJ 
 
 
 5 
Atividades 
 
1. Leia o texto abaixo e os três resumos seguintes. Em seguida, discuta qual resumo foi 
melhor redigido e por quê. 
 
 
CULTURA DA PAZ 
(Leonardo Boff, JB, 2005) 
 
A cultura dominante, hoje mundializada, se estrutura ao redor da vontade de poder que 
se traduz por vontade de dominação da natureza, do outro, dos povos e dos mercados. Essa é 
a lógica dos dinossauros que criou a cultura do medo e da guerra. Praticamente em todos os 
países as festas nacionais e seus heróis são ligados a feitos de guerra e de violência. Os meios 
de comunicação levam ao paroxismo a magnificação de todo tipo de violência, bem 
simbolizado nos filmes de Schwazenegger como o “Exterminador do Futuro”. Nessa cultura o 
militar, o banqueiro e o especulador valem mais do que o poeta, o filósofo e o santo. Nos 
processos de socialização formal e informal, ela não cria mediações para uma cultura da paz. 
E sempre de novo faz suscitar a pergunta que, de forma dramática, Einstein colocou a Freud 
nos idos de 1932: é possível superar ou controlar a violência? Freud, realisticamente, 
responde: “É impossível aos homens controlar totalmente o instinto de morte…Esfaimados 
pensamos no moinho que tão lentamente mói que poderíamos morrer de fome antes de 
receber a farinha”. 
Sem detalhar a questão, diríamos que por detrás da violência funcionam poderosas 
estruturas. A primeira delas é o caos sempre presente no processo cosmogênico. Viemos de 
uma imensa explosão, o big bang. E a evolução comporta violência em todas as suas fases. 
São conhecidas cerca de 5 grandes dizimações em massa, ocorridas há milhões de anos atrás. 
Na última, há cerca de 65 milhões de anos, pereceram todos os dinossauros após reinarem, 
soberanos, 133 milhões de anos. A expansão do universo possui também o significado de 
ordenar o caos através de ordens cada vez mais complexas e, por isso também, mais 
harmônicas e menos violentas. Possivelmente a própria inteligência nos foi dada para pormos 
limites à violência e conferir-lhe um sentido construtivo. 
Em segundo lugar, somos herdeiros da cultura patriarcal que instaurou a dominação 
do homem sobre a mulher e criou as instituições do patriarcado assentadas sobre mecanismos 
de violência como o Estado, as classes, o projeto da tecno-ciência, os processos de produção 
como objetivação da natureza e sua sistemática depredação. 
Em terceiro lugar, essa cultura patriarcal gestou a guerra como forma de resolução dos 
conflitos. Sobre esta vasta base se formou a cultura do capital, hoje globalizada; sua lógica é a 
competição e não a cooperação, por isso, gera guerras econômicas e políticas e com isso 
desigualdades, injustiças e violências. Todas estas forças se articulam estruturalmente para 
consolidar a cultura da violência que nos desumaniza a todos. 
A essa cultura da violência há que se opor a cultura da paz. Hoje ela é imperativa. 
É imperativa, porque as forças de destruição estão ameaçando, por todas as partes, o 
pacto social mínimo sem o qual regredimos a níveis de barbárie. É imperativa porque o 
potencial destrutivo já montado pode ameaçar toda a biosfera e impossibilitar a continuidade 
do projeto humano. Ou limitamos a violência e fazemos prevalecer o projeto da paz ou 
conheceremos, no limite, o destino dos dinossauros. 
Onde buscar as inspirações para cultura da paz? Mais que imperativos voluntarísticos, 
é o próprio processo antroprogênico a nos fornecer indicações objetivas e seguras. A 
singularidade do 1% de carga genética que nos separa dos primatas superiores reside no fato 
de que nós, à distinção deles, somos seres sociais e cooperativos. Ao lado de estruturas de 
 6 
agressividade, temos capacidades de afetividade, compaixão, solidariedade e amorização. 
Hoje é urgente que desentranhemos tais forças para conferir rumo mais benfazejo à história. 
Toda protelação é insensata. 
O ser humano é o único ser que pode intervir nos processos da natureza e co-pilotar a 
marcha da evolução. Ele foi criado criador. Dispõe de recursos de re-engenharia da violência 
mediante processoscivilizatórios de contenção e uso de racionalidade. A competitividade 
continua a valer mas no sentido do melhor e não de destruição do outro. Assim todos ganham 
e não apenas um. 
Há muito que filósofos da estatura de Martin Heidegger, resgatando uma antiga 
tradição que remonta aos tempos de César Augusto, vêem no cuidado a essência do ser 
humano. Sem cuidado ele não vive nem sobrevive. Tudo precisa de cuidado para continuar a 
existir. Cuidado representa uma relação amorosa para com a realidade. Onde vige cuidado de 
uns para com os outros desaparece o medo, origem secreta de toda violência, como analisou 
Freud. A cultura da paz começa quando se cultiva a memória e o exemplo de figuras que 
representam o cuidado e a vivência da dimensão de generosidade que nos habita, como 
Gandhi, Dom Helder Câmara e Luther King e outros. Importa fazermos as revoluções 
moleculares, começando por nós mesmos. Cada um estabelece como projeto pessoal e 
coletivo a paz enquanto método e enquanto meta, paz que resulta dos valores da cooperação, 
do cuidado, da compaixão e da amorosidade, vividos cotidianamente. 
 
 
 
RESUMO I 
 
 Ele diz que a cultura dominante se caracteriza pela vontade de dominação da natureza 
e do outro. É possível superar a violência? Freud diz que é possível controlar o instinto de 
morte. Boff diz que a evolução humana sempre esteve regida pela violência. Em segundo 
lugar, a cultura patriarcal instalou a dominação da mulher pelo homem e que a lógica de nossa 
cultura é a competição. Veja-se, por exemplo, o número de atos de violência contra a mulher 
em São Paulo. Precisamos opor a cultura da paz à cultura da violência. Onde buscar as 
inspirações para a cultura da paz? Somos seres sociais e cooperativos, temos capacidades de 
afetividade. O homem pode intervir no processo de evolução. Desde os tempos de César 
Augusto, os filósofos acham que o cuidado é a essência do ser humano. Ganhdi, Dom Hélder 
Câmara e Luther King são figuras que deram exemplo de comportamento humano. Eu acho 
que todos nós devemos lutar pela paz. 
 
 
RESUMO II 
 
 Leonardo Boff inicia o artigo “A cultura da paz” apontando o fato de que vivemos em 
uma cultura que se caracteriza fundamentalmente pela violência. Diante disso, o autor levanta 
a questão da possibilidade de essa violência poder ser superada ou não. Inicialmente, ele 
apresenta argumentos que sustentam a tese de que seria impossível, pois as próprias 
características psicológicas humanas e um conjunto de forças naturais e sociais reforçariam 
essa cultura da violência, tornando difícil sua superação. Mas, mesmo reconhecendo o poder 
dessas forças, Boff considera que, nesse momento, é indispensável estabelecermos uma 
cultura da paz contra a da violência, pois esta estaria nos levando à extinção da vida humana 
no planeta. Segundo o autor, seria possível construir essa cultura, pelo fato de que os seres 
humanos são providos de componentes genéticos que nos permitem sermos sociais, 
cooperativos, criadores e dotados de recursos para limitar a violência e de que a essência do 
 7 
ser humano seria o cuidado, definido pelo autor como sendo uma relação amorosa com a 
realidade, que poderia levar à superação da violência. A partir dessas constatações, o teólogo 
conclui, incitando-nos a despertar as potencialidades humanas para a paz, construindo a 
cultura da paz a partir de nós mesmos, tomando a paz como projeto pessoal e coletivo. 
 
 
RESUMO III 
 
 No artigo “A cultura da paz”, Leonardo Boff defende a necessidade de construirmos a 
cultura da paz a partir de nós mesmos. O autor considera que isso é possível, uma vez que o 
homem é dotado de características genéticas especiais que lhe permitiriam vencer a violência. 
 
(Exercício extraído do livro Resumo2) 
 
 
2) Leia o texto abaixo e, em seguida, faça o que se pede. 
 
O primeiro remédio que dizíamos é o tempo. Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo 
gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a 
corações de cera! São as afeições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de 
durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas que partem do centro para a 
circunferência, que, quanto mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso, os antigos 
sabiamente pintaram o amor menino, porque não há amor tão robusto que chegue a ser velho. 
De todos os instrumentos com que o armou a natureza o desarma o tempo. Afrouxa-lhe o 
arco, com que já não atira; embota-lhe as setas, com que já não fere; abre-lhe os olhos, com 
que vê o que não via; e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. A razão natural de toda 
esta diferença é porque o tempo tira a novidade às coisas, descobre-lhe os defeitos, enfastia-
lhes o gosto, e basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso, 
quanto mais o amor? O mesmo amar é causa de não amar, e o ter amado muito, de amar 
menos. 
 
(Adaptação de um trecho de Sermão do Mandato (1643), de Padre António Vieira.) 
 
 
a) Produza um resumo para o texto de Vieira, explicitando, por meio da paráfrase, as 
principais idéias do autor e relacionando-as de maneira lógica. 
 
b) Expresse, em um parágrafo argumentativo, seu ponto de vista em relação à tese do texto. 
 
2MACHADO, Anna Rachel et. al. Resumo. São Paulo: Parábola, 2004. p. 15-16. 
 
 8 
Anexo: 
 
Verbete dialeto (dialetal, dialetologia) extraído de CRYSTAL, David. Dicionário de 
linguistica e fonética. Rio de Janeiro: Zahar, 1988.

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