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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
FACULDADE DE ECONOMIA
Questões:
1. Utilizando os textos trabalhados em sala de aula, e que constam no cronograma distribuído em no início do curso, elabore um texto que analise o comportamento da Economia Brasileira de 1930 a 1961, ressaltando as principais características desta no período e comparando, ainda, com o período anterior - à saber, a Primeira República.
ABREU, Marcelo Paiva (org). A ordem do progresso. Rio de Janeiro: Campus, 1989. (pp. 105-122, Sérgio Bessermann)
Economia agroexportadora – características Gerais (coletânea de textos/material Rita Almico)
FONSECA, Pedro. C. D. Sobre a Intencionalidade da Política Industrializante do Brasil na Década de 1930. In: Revista de Economia Política, v.23, n.1(89), jan-mar/2003, p.133-48
FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Nacional, 1986. (5ª PARTE)
MANTEGA, Guido. A Economia Política Brasileira. Petrópolis: Ed. Vozes, 1985. pp. 23/133
MELLO, Hildete. A Industrialização Brasileira nos Anos de 1950: Uma Análise da Instrução 113 da SUMOC. In:Estudos Econômicos, São Paulo, v. 39, n. 3, p. 513-538, JUL-SET 2009. 
MENDONÇA, Sônia. Estado e Economia no Brasil: opções de desenvolvimento. Rio de Janeiro: Graal, 1986.
PAULA, João A. O mercado e o mercado interno no Brasil: conceito e história. In: História Econômica & História de Empresas. V.1 (2002), jan-jun; 7-3. www.abphe.org.br
SUZIGAN, W. Indústria Brasileira: origem e desenvolvimento. São Paulo: Brasiliense, 1986. (Introdução e Capítulo 1)
TAVARES, Maria da Conceição. Auge e declínio do processo de substituição de importações no Brasil. In: 50 anos de pensamento da CEPAL. Vol. 1, p. 217.
Neste período de tempo, a economia brasileira em um momento de transformação de seu método principal de captação de recursos, isto é, a substituição da economia agroexportadora de café, pela indústria como sua principal fonte, precisa ser explicada em um contexto de modelos conflitantes e ascensão e queda de fatores a nível nacional e mundial
Antes de começar a exposição de fatos e argumentos sobre a questão, vale salientar uma cadeia de pensamento que foi importante nesta guinada na esfera estrutural-econômica brasileira. O Brasil com sua estrutura agrária, portanto, dependente da exportação de café foi afetado diretamente pelas décadas de 1910/20. Em geral, pela I Guerra Mundial e em seguida pela Grande Depressão, em 1929. Pois bem, com o fim da primeira guerra, temos como resultado uma Europa arrasada – o que é péssimo para uma economia exportadora de bens que não eram de necessidade primária em tempos como aqueles – e com os Estados Unidos emergindo como a principal potência mundial. Com uma economia pulsante e a estabilização do “American Way of Life” baseado no consumismo, vinculando o bem-estar das pessoas ao seu poder de compra. Entretanto, a fragilidade desta conjuntura começa a aparecer tão logo quando a economia européia começa a apresentar sinais de recuperação, diminuindo as parcelas das importações estadunidenses para si. Juntamente com a saturação do mercado interno norte americano, desacelerando o processo industrial. Apresentando sintomas cada vez piores, chegando a crise de superprodução em 1929 sendo algo catastrófico socialmente pelos seus desdobramentos quanto a emprego e estrutura social americana e, mais importante ao nosso problema e economicamente a nível mundial afetando todo o mundo. Com uma grande desvalorização de produtos, do mercado financeiro e de sua moeda, o Brasil “perde” o maior mercado consumidor de café, levando a um momento de superprodução e queda dos preços do café. Para uma economia essencialmente exportadora de café, seus efeitos são péssimos e necessitam de uma reformulação econômica de forma que a recuperação seja um fenômeno que aconteça de dentro para fora. Isto é, recuperar a economia internamente com incentivos a produção nacional, que ainda era muito deficitária perante aos produtos importados, em geral, criando fronteiras fechadas ao capital estrangeiro para poder permitir que este modelo de recuperação acontecesse.
	
E com o café sendo o principal produto da economia brasileira, tomaram-se medidas para tentar estabilizar as variações de demanda do mercado. O café, desvalorizado e superproduzido teve como saída sua queima. A destruição dos estoques de café era uma tentativa para controlar a oferta e conseguir valorizar o preço do produto. Para regulamentar as transações entre safras e fornecer mecanismos de ajuda aos produtores, criou-se o Departamento Brasileiro do Café. Este apoio permitiu que o mercado consumidor interno fosse preservado, pelo menos nos setores ligados a cafeicultura, mantendo emprego e renda. Outras medidas foram tomadas para reduzir as despesas e incentivar o desenvolvimento industrial brasileiro, por exemplo, a suspensão do pagamento da dívida externa. Porém, dado o cenário no qual o mundo se encontrava havia uma grande dificuldade de conseguir empréstimos vindos do exterior. E daí criou-se uma oportunidade para a burguesia industrial. Como o café com preços ruins e com os produtos manufaturados que se importavam com preços elevados, elevaria a indústria nacional a um papel de protagonista nessa recuperação. Equipamentos de segunda mão chegavam a esta industrialização tardia brasileira, diversificando o mercado nacional criando novos setores como metalurgia, química, mecânica, etc. E dada esta momento de importância do empresariado, eles conseguiam negociar um protecionismo e diversificação clara da indústria nacional.
Além dessa crise econômica mundial de 1929, resultando em uma crise interna do café, temos também um cenário político bastante agitado. No ano de 1930, tem fim a política de Café com Leite (Política onde revezavam Mineiros e Paulistas no governo brasileiro) com um golpe de estado e assume Getulio Vargas, que além de romper com a política vigente, rompe com parte das diretrizes econômicas da época. É a partir do governo de Vargas que será observado um papel de destaque da Industrialização nacional, com políticas do governo estimulando-a. 
Essa industrialização demonstrou resultados em pouco tempo criando uma independência do capital internacional, uma vez que o Brasil em 1933 já não estava mais em risco como os demais países. E estes resultados demonstrados advêm de uma série de características como a substituição de importações, onde anteriormente dito, que o empresariado agora com poder de pressionar importações de máquinas, conseguira diversificar a produção interna. Então em um relativamente curto espaço de tempo bens que outrora eram importados passavam a ser produzidos no Brasil. Outra característica importante foi o crescimento do ritmo da expansão industrial, isto é, mostrando que as possibilidades de crescimento eram muito grandes. Pois como não havia uma indústria bem fomentada no país, uma vez começada o processo desenvolvimentista em ritmos fortes, são esperados. Seguindo a caracterização da industrialização brasileira temos São Paulo como principal expoente econômico, uma herança do café em que seu capital que transbordava era redirecionado a diversificação, tornando São Paulo o lugar com a maior concentração de indústrias. Também fora delegado a São Paulo a importância de comportar as indústrias de base, muito pelo volume de capital necessário para montar esse tipo de indústria. Porém a burguesia industrial não possuía capital suficiente para implementar esse tipo de indústria. Daí, o Estado entra dividindo a responsabilidade tomando partido da indústria de bem pesado – apesar de não ter capital suficiente para isso - e deixando para o empresariado privado bens de consumo. Este lado da indústria que cabia ao Estado tinha como objetivo produzir a preços baixos para o setor privado, criando um ciclo em que a burguesia e o capitalismo em si, se beneficiavam desta relação. Entretanto, não se havia capital suficiente para toda a indústria de base ser implementada, portanto não havia autonomiaem alguns setores, chegando a última característica da industrialização brasileira: a industrialização restringida. João Manuel Cardoso de Mello dá este nome a esse fenômeno de não totalidade da industrialização nacional, mesmo com taxações diferenciadas para com o setor agrícola, concessão de empréstimos industriais com taxas de juros menores para incentivo não fora possível a totalidade. Essa indústria revigorada agora mantinha uma massa operária muito grande, tendo que lidar agora com o problema de como controlar e remediar qualquer revolta de uma massa agora tão importante. Isto se da em partes com a regulamentação das leis trabalhistas. Este controle era com o intuito de desvirtuar qualquer caminho que se pudesse tomar ao comunismo, e cito “Os beneficiados pelas nossas leis sociais, vendo satisfeitas as suas mais justas aspirações, souberam responder ao amparo do Estado, repelindo todas as tentativas de infiltração demagógica dos pregoeiros de teorias exóticas”. O que Mendonça expõe aqui é o claro uso do Estado e do empresariado para controlar o trabalhador, pelo medo deste se desviar de seu “curso natural” capitalista.
Ainda em 30, o Ministério do Trabalho é criado e pouco após cria-se uma legislação sindical que inviabilizava qualquer tentativa de autonomia dos sindicatos, tornando como imprescindível o reconhecimento do sindicato pelo Estado para que a legislação social fosse válida para o trabalhador, deixando qualquer um que não estivesse no sindicato, isolado de qualquer tipo de benefício. Sua associação era a priori facultativa, porém a partir de 1937 era obrigatória. Então, ali se criou um grande abismo entre o empresário e o trabalhador. O intuito era deixar a mão de obra mais facilmente domada, pois agia-se de forma a manter a exploração a seu máximo e gradativamente despolitizada, dada sua última legislação sindical. 
O salário mínimo, um dos “benefícios” das leis trabalhistas, começou a ser a base dos cálculos dos salários do país. O que provocou um esvaziamento do Estado e uma tentativa de sair de alguma forma do controle que fora imposto aos sindicatos e repassado ao trabalhador. O sindicato não se mostrava atraente, e como forma de melhorar esta imagem, os impostos sindicais e outros demonstraram-se como uma forma de “compra” do trabalhador, servindo atividades para assistência em diversas esferas, para que esse ganho indireto fosse suficientemente bom como complemento de seu salário, seu baixo salário. Este corporativismo foi muito usado para conseguir convencer uma classe a colaborar com outra e quando isso não acontecia a violência era também usada.
Das partes que se viram pós 30 comandando o país, a burguesia industrial se destacou. A atuação do Estado foi muito colaborativa, uma vez que a ideia corporativista empresarial se assemelhava a ideia que o Estado propunha. Criando a possibilidade de uma atuação direta do empresariado, o Conselho Federal de Comércio Exterior permitia que empresários defendessem seus interesses. Roberto Simonsen( representava a ala mais modernizante da burguesia industrial brasileira) era um deles, por exemplo. Dos acontecimentos destacam-se a vitória agrária em acordo brasileiro com os Estados Unidos, onde a borracha e café entrariam livres no mercado americano em troca de diminuição nas tarifas de muitos produtos. O empresariado industrial se mostrou contra essa medida, porém a vitória seria agrária. Como forma de compensação, o empresariado recebeu benefício quando fosse tentada a importação de matérias-primas e produtos que já tivessem algum produto nacional parecido, teria sua entrada barrada. E a carteira de crédito agrícola e industrial do banco do Brasil em 1937, onde agiu como um banco de desenvolvimento pois financiava novos ramos industriais privados, mas sua principal atuação eram empréstimos de médio e longo prazo.
Dentro de todo esse contexto, podemos trazer mais especificamente para base do desenvolvimento industrial, que o processo desenvolvimentista brasileiro de industrialização a base do governo e suas políticas econômicas podem ser divididos em dois ambientes claros: o primeiro entre 1930/55 e um outro que se assume a partir da outra metade da década. Em sua primeira metade é caracterizada nas indústrias de base que o Estado se prontifica em fazer fazendo a economia crescer mudando o eixo populacional brasileiro do campo para a cidade. Onde o estado precisa assegurar esse pólo urbano-industrial como eixo dinâmico para criar um mercado consumidor centralizado, de insumos pra abastecer as indústrias da economia, funcionando como uma engrenagem para fazer a economia girar. Existem divergências quanto ao papel do Estado e sua política tal qual a burguesia e seu papel no desenvolvimento econômico brasileiro. Porém, é fato que nas décadas de 30/40 uma economia de proporções nacionais estava firmada, em plenos pulmões capitalistas.
Para entender o funcionamento dessa economia industrial que está se formando, temos o conceito de Substituição de Importações, que vai ser amplamente utilizado para indicar a forma que será montada a indústria nacional. Substituição de importações representa o avanço da indústria na cadeia produtiva de bens manofaturados, para que o mercado interno se torne cada vez menos dependente das importações para obter esses bens. Este conceito se relaciona diretamente com a questão do desenvolvimento econômico e também com a nescessidade de um estoque de capital, que é formado principalmente da agroexportação do café. Este estoque de capital é fundamental para que aconteça um financiamento dessa indústria incipiente e para formação de um mercado dinâmico, urbano e socialmente precário em sua distribuição de renda, priciplamente na região do Sudeste. 
Nesse cenário de industrialização, o Brasil vai se encaixar como país sub-desenvolvido. E a postura em geral dos países desse “grupo” são de buscar fazer politicas economicas semelhantes as que os paises “centrais” utilizam ou utilizaram. No entanto cada economia tem suas especificidades, e um problema grave foi não ter dado a devida atenção a elas. Como resultado disso, temos nessa epoca uma industria cada vez mais concentrada , onde empresas que tem um capital acomulado se estabelencem em situações favoraveis ao monopolio. Isso faz das empresas menores quebrarem e com isso aumentar a mão de obra disponivel e com uma grande oferta de mão de obra o nível de salários caem. Sendo que a demanda dos assalariados tem um grande peso na demanda global do sistema, de forma que não cria um mercado damandante de produtos manofaturados. 
Dado isso, e olhando para o periodo do Estado Novo( Regime ditatorial de 1937 a 1945 comandado por Vargas) com seu caráter ditatorial e suas decisões serem muito centralizadas, a política regional perdeu força e foi descaracterizada, mudando as formas de se dar e conceder recursos. Logo, o Estado teve de procurar condições institucionais para poder aumentar as suas funções com o mercado nacional, este modo era baseado na produção interna. Como o cenário internacional, com diversas crises, se mostrava com difíceis entraves a industrialização plena brasileira. Essa industrialização restringida de Cardoso de Mello. Com poucos recursos dado a dificuldade de empréstimos externos e uma dívida externa posta a segundo plano, houve um projeto de diminuição de tarifas e muitos impostos interestaduais, também a fixação de preços e bens essenciais para poder aumentar o controle dos fatores de produção enquanto eles fazem parte do processo de acumulação. Com a criação do ministério do trabalho, uma nova legislação sindical que estipulava dentre as leis trabalhistas, o salário mínimo e um único sindicado filiado ao Estado. Fazendo com que o capital se distancie no confronto com o trabalhador e também que haja uma minimização de custos para o empresário. O setor agroexportador por sua vez ainda tem uma considerável participação na acumulação de recursos nacional, necessitando de uma proteção e incentivo, porém sem tirar o foco da indústria comodestaque da economia.
O nacionalismo instalado no país tem característica singulares no Estado Novo, a pouca participação do capital estrangeiro não se deve à moral e à cartilha nacionalista de Vargas, mas sim que este capital teve pouca participação uma vez que a conjuntura da época inviabiliza e indisponibilizava essa captação de recursos no mercado internacional. Na II Guerra Mundial regiões periféricas, tal como o Brasil, não tinham a possibilidade desse trânsito de recursos. Este fluxo se dava de centro para centro, deixando a função de fornecimento de alimento e matéria-prima à “periferia” do mundo.
Ainda sobre esse nacionalismo, podemos destacar com Gustavo Capanema, ministro durante 1934/45, atuou como eixo para criar um conceito de cultura brasileira. E, indiferente do controle Estatal a nação foi construída aderindo a classe trabalhadora. A busca por essa identificação, esta cultura foi encabeçada por poucos indivíduos. Gilberto Freyre, Caio Prado Jr e Sério Buarque foram expoentes dessa explicação em que o Estado queria oficializar como valores e mentalidades como seria a elevação cultural do povo. E manifestações que não eram compreendidas dentro destes moldes eram vistas como somente uma outra forma de expressão, porém não como cultura. Diagnosticando logicamente uma desintegração nacional, havendo um grande aumento de agências culturais e educativas. A elite cultural criada era priorizada em sua afirmação da nacionalidade e o Estado tinha ciência deste espaço da legitimidade e a rede de produção e distribuição que estaria ali apta a se criar. Reformulando o sistema de ensino, agora padronizado pedagogicamente, minorias culturais foram suprimidas e taxadas como inferiores. Este novo modelo de arte do Estado controlava canais de transmissão, tanto técnicos como músicas obrigando temas que fosse de ordem cívica que falassem sobre ordem e trabalho, fundamentando a cidadania e ao mesmo tempo negando a diferença e pluralidade.
Uma vez como estado nacional, pós 1930, ele desarma as oligarquias regionais e centraliza o poder, e para manter esse poder a força era recorrente. Dado o Estado novo constituído como exemplo de centralização cria-se uma nova maneira do meios de participação política e da construção da cidadania. Há uma divergência quanto ao regime entre desejos de implantação da indústria de base no país ou uma iniciativa da nova elite que estava no poder em inserir o Brasil na DIT. A Criação de Interventores estaduais e departamentos para sua vigilância escancaravam a nova forma de intervenção e controle no país. A obsessão pela centralização que institutos que tinham esse propósito eram criados seguidamente e dividiam-se em políticas de caráter consultivo/normativo e políticas de âmbito nacional e regulação de ramos de produção. Sendo tutelado e unificado na nacionalidade em desejada com outros organismos, como o Departamento de Imprensa e Propaganda. Que era uma propaganda do regime com controle dos meios de comunicação para manter uma imagem positiva de Vargas, chegando a censura também. Com a publicidade seletiva o exército refletira em números, tanto em fatores quantitativos como fatores qualitativos. E agora com uma maior abrangência e influência toma partido para definir seu papel na sociedade, com o objetivo de defesa e integridade da própria corporação acima de conflito e qualquer coisa. A identidade, visto o cenário mundial é muito feita por denominadores comuns como comunismo e a relação entre defesa e desenvolvimento com a preservação do alto comando, essa visão de mundo indexava a relação de operários, empresários e Estado. E este espírito, esta visão de mundo refletia nesta colaboração entre classes. Muito por sua política sindical vertical e controlada pelo governo, funcionando somente como outra peça do aparelhamento do Estado, especificamente pelo Ministério do Trabalho.
Por fim, para complementar e ajudar a entender o processo de industrialização nesse periodo Vargas é necessário falar da CEPAL, que a partir de 1940 fez um diagnóstico da situação econômica do momento e elaborou planos de ação para estruturar esse desenvolvimento nacional.
Comissão Econômica da América Latina (CEPAL) tinha como integrantes: Celso Furtado, Maria da Conceição Tavares, Fernando H. Cardoso, Carlos Lessa, Antônio Barros de Castro e José Serra. Foi fundada na década de 40, tinha a preocupação de adpatar o modelo de desenvolvimento economico dos paises centrais para as características dos países da America Latina, com ideia de conseguir superar esse atraso econômico. Define como um dos principais pontos para esse subdesenvolvimento a falta de produtividade. E caracteriza essa falta de produtividade como uma carência industrial, dado que o valor de um produto primário tende a valer cada vez menos em relação ao manufaturado, logo uma economia que tem produtos primários como base tende a ir perdendo valor a uma economia que produz manofaturados.
Para solucionar esses problemas de produtividade temos, por exemplo, a Reforma agrária, dado que o espaço que era assentado por uma estrutura agrária arcaica, privilegiada, monopolizava a terra e impedia uma ocupação mais eficiente. Esse é um dos diversos motivos que a CEPAL, defende que o governo deva tomar papel central, norteando a economia. É também parte do pensamento cepalino que se condicionadas as livres forças de mercado as economias periféricas nunca sairiam dessa situação desfavorável de produtividade em relação as paises centrais. Permanecendo essencialmente agrárias, alto nível de desemprego e com incrementos da produção indo para o exterior. Já que se deixasse a mercê das livres forças de mercado a situação seria um constante subdesenvolvimento, é necessária então a intervenção e participação do estado na economia. As medidas do estado teriam como base estimular além da reforma agrária , o desenvolvimento industrial voltado para o mercado interno e uma melhor alocação de recursos escassos e garantindo infraestrutrua para a industrialização nacional.
A doutrina cepalina também possuía um viés nacionalista, que tinha o objetivo de promover uma acumulação cada vez maior interna e se opondo ao imperialismo comercial e a agroexportação. Além de trazer junto o conceito de substituição de importações que já estava sendo trabalhado, de forma a substituir as importações que eram custosas aos cofres públicos e aumentar o capital que era investido na América Latina. Outra saída para aumentar esse capital era o empréstimo externo, até atingir um nível de independência e acúmulo de capital, sendo que essas formas de empréstimos foram feitas tanto de governo para governo, venda de títulos estatais para o mercado externo e por fim os investimentos diretos.
Em resumo a proposta da CEPAL era o desenvolvimento baseado nas atividades industriais a fim de aperfeiçoar a dinâmica interna da economia, de forma que era necessária uma maior dependência do mercado internacional na compra de produtos primários. Para isso era crucial o investimento primeiro na implementação da indústria de bens de capital, insumos básicos e bens de consumo. O que acabou gerando um impacto negativo direto no âmbito social, pricipalmente na questão da concetração de renda, e que a CEPAL acabou subestimando, o que de fato realmente não era bem definido no pensamento cepalino posturas em relação as lutas de classes e as consequências do capitalismo.
No entanto a CEPAL tem um mérito muito grande, principalmente por conseguir diagnosticar e propor medidas para sair da situação de atraso em que se encontrava a periferia subdesenvolvida da América Latina. E principalmente por conseguir fazer isso buscando fatores internos para alavancar a economia, o que ajudou para forncer uma afirmação nacional e elaborar estrategias a partir disso. 
Voltando ao carater político do periodo Vargas, temos no ano de 1945 o fim do Estado Novo. Isso se deve de certa forma ao fato que o empresariado não partilhava exatamente da ideia do corporativismo, onde muitas vezes os direitostrabalhistas não eram respeitados. Com a queda do fascismo no ocidente e a onda liberal pós-guerra buscando expansão de capitais, assim como a influencia dos Estados Unidos incentivando essa onda, a saída de Vargas está diagnosticada basicamente e teve um marco formal no Manifesto dos Mineiros, que clamava sobre a liberdade partidária. UDN, PSB, e PTB surgem com traços varguistas com base nas grandes aglomerações urbanas, o modelo populista tinha ali seu ápice. Dessa forma, o estado novo acaba e Dutra , assume a presidência.
Antes de analisarmos o governo Dutra, é relevante colocar como que estava esse cenário politico e a cultura da época. Segundo Gustavo Capanema, a cultura “popular” era alterada para temas mais abertos, ou melhor, não tão definidos mas inspirados nos processos democráticos. O “American Dream”, entre a segunda metade da década de 40 e a primeira metade da década de 50, entrou no país como uma nova forma de centros industrializados atualizarem o “atraso” brasileiro em iniciativas culturais. Renovando até a forma como a imprensa escrevia e sua linguagem, havendo uma clara troca na sociedade como um todo. Deixando de lado regionalismos e partindo ao mais mainstream. O surgimento da televisão e banalização de formas de comunicação, foram importantes dado o passo que o reconhecimento de um povo que não se tem ideais nacionalista paternalista, mas agora aceitando diferenças e marcas sociais grandes. Onde o povo se reconhecia nas novas formas de transmissão de arte. A chanchada no cinema e o rádio, eram expoentes deste momento. Fazendo com que novas interpretações da realidade fossem feitas deixando de lado a intelectualidade do estado novo. Fazendo nascer ali, nas discussões das contradições da sociedade o nacional-desenvolvimentismo. Com a criação do Instituto superior de estudos brasileiros (ISEB) Intelectuais se reuniam de diversas escolas e fontes diferentes de saber para debater a discussão em terno do progresso do país em um tipo específico de pensamento para a mobilização social. Era uma visão inspirada na CEPAL, onde comumente o embate ente setores urbanos e industriais se conflitava com setores arcaicos. Deslocava o debate entre as nações e não tinha problemas em aceitar o capital estrangeiro para beneficiar seu desenvolvimentismo. 
A entrada de Dutra (1945/51) foi uma mera resposta democrática contra a ideia do governo que Vargas representava. Criando um hiato na economia baseada na estatização, mudando para um livre comércio como forma de relação econômica. Desta forma, o governo agora associa-se não mais a empresas públicas como seu centro mas agora sim a capitais privados estrangeiros. Resquícios de órgãos na política econômica foram suprimidos, principalmente os que apresentavam formas de autoritarismo e manteve a burguesia industrial e sua forma de controle e exploração sobre os trabalhadores e mão-de-obra. A única iniciativa no governo Dutra foi a do Plano Salte, baseado em 4 frentes de embate e melhorias no país. Embora fosse um plano mais completo e melhor esquematizado que planos anteriores (Plano de Obras e equipamentos de 1943 e Plano Especial de obras públicas e defesa nacional de 1939), jamais conseguira alcançar, tão como, superar, suas limitações.
Dutra, se encaixa de forma pouco expressiva, e sendo um ponto fora da curva na historia econômica do Brasil. Pricipalmente por que Getúlio Vargas em 1951, retorna democraticamente a presidência e encara a economia como em sua primeira passagem, tendo as empresas estatais dinamizando e potencializando o desenvolvimento. Seu objetivo era conseguir uma industrialização que fosse de forma mais rápida, acelerada e efetiva e para tal, fez um plano para desenvolver setores agrônomo e industrial de base. Um banco foi criado para estimular (BNDE) o empresário e o capital privado nacional. Essa nova maneira que o Estado e os empresário se mesclam, minimizava a participação do capital estrangeiro. Entretanto a meta de conseguir uma industrialização muito grande, muito rapidamente falhou, em parte pela tecnologia de ponta que era estrita aos países centrais. 
Um dos pricipais acontecimentos do periodo foi a Comissão Mista Brasil Estados Unidos. Esta comissão realizou um estudo meticuloso da situação econômica, com o objetivo básico de promoção industrialização e o desenvolvimento nacional e tendo diagnosticado que o principal problema era a infraestrutura. Se aproximava bastante com as proposições da CEPAL, e acredita que o Brasil já tem um mercado suficiente grande mas está preso a entraves do antigo regime agroexportador. Para isso foi elaborado um plano com 41 investimentos específicos resolver esses problemas, como transporte ferroviário, estradas de rodagem, energia, etc. Além de aconselhar que o governo mudasse a postura cambial, para atrair investimentos externos. De forma que muito desses projetos o governo estava disposto a fazer , porém a falta de capital na epoca inviabilizou grande parte deles.
Logo após a Comissão mista Brasil-Estados Unidos , surgiu o grupo misto BNDE-CEPAL (1953/1955), teve como um dos principais agentes de política econômica o BNDE (Banco nacional de Desenvolvimento Econômico) sendo o principal agente de investimento, facilitando assim a expansão industrial. Sendo que o foco inicial era investimento em infraestrutura e posteriormente com investimentos privados. Além disso, esse grupo misto, que foi chefiado por Celso Furtado demonstrou um estudo mostrando um desenvolvimento impactante entre 1945 a 1955, com o crescimento da capacidade de importar e política de estabilidade cambial. Também fizeram uma releitura do cenário, resultando em uma avalição que já tinha sido feita pela CEPAL, onde o pricipal problema estava no acúmulo de capital
No entanto Vargas e seu governo falham na difícil tarefa de mediar a população em geral com suas demandas e acordos políticos. Seu Nacionalismo tinha a simpatia de parcelas não tão elitizadas, como classe média, proletariado e pequenos e micro empresariado e logicamente do exército. A grande elite burguesa industrial imaginava novos patamares e a restrição ao capital estrangeiro os punha em rota de colisão somada a crise do café de 1953 que fragilizava os financiamentos para a industrialização. Sendo assim por Vargas ter retomado o programa de desenvolvimento nacional-estatista, que havia sido iniciado em seu primeiro governo. Gerou  uma intensa pressão sobre o governo por parte da oposição. O governo era acusado dentre outras coisas, das tentativas de assassinato de Carlos Lacerda, etc. Toda esta situação levou ao suicídio de Getúlio em agosto de 1954.
Café Filho toma posse da presidência 3 de Setembro, e seu tempo no poder foi marcado por uma grande instabilidade, e o agora presidente tentou apaziguar a situação indo aos meios de comunicação para prometer assumir os compromissos firmados por Getúlio. A pressão política, no entanto, não parou. A economia persistia ruim, sendo combatida com algumas medidas como a redução das despesas públicas, a criação da taxa única de energia, a limitação do crédito, a retenção do imposto de renda sobre os salários, etc. Após as eleições, Jucelino Kubstchek assume.
O período JK dá ao modelo populista uma sobrevida, acelerando a implantação de um modelo de desenvolvimento novo. JK balanceava seu discurso num equilíbrio para a burguesia industrial evitando discursos nacionais e intervencionistas e para os trabalhadores, uma chance de um futuro melhor com maiores possibilidades. A parcela militar teve investimentos maiores assegurados, concretizando esta sobrevida. JK, que era filiado ao PSD tinham coligações com o PTB para garantir algo benéfico para ambos os partidos, já o PSB acreditava no poder de negociar obras do plano de metas junto as suas bases eleitorais. Porém, o PTB achava que dar um jeito na inflação crescente era uma forma de manter a base como aliada e como havia a coligação com o PSD, subsídios estatais aconteceram para manter o poder de compra aquisitivo da massa. Colocando a um fio o populismoda aliança dominante a cargo de um momento que a baixa do ritmo do crescimento econômico batesse com a diferenciação relativa de setores integrantes da aliança. Como de fato acontece anos mais tarde, em 1960. 
Dado esses fatores políticos, Juscelino consegue por em prática o Plano de metas. Plano esse que marcou todo seu governo e em geral, esse processo de industrialização e desenvolvimento do Brasil.
Seu Período de governo de Juscelino Kubitschek de 1956 a 1961 é marcado por níveis muito representativos de transformações estruturais no capitalismo brasileiro, e índices de crescimento cada vez maiores. O governo de JK é marcado pela transição da industrialização restringida para uma industrialização ampliada com o Estado atuando rompendo com o período anterior, para Carlos Lessa. Por outra visão, temos Sônia Draibe que acreditava que a atuação do Estado na economia iria aprofundar e embasar projetos da comissão mista Brasil Estados Unidos que foi feita ainda no Governo Vargas, e da Comissão CEPAL-BNDE que foi feita em 1956, onde ambas tinham um objetivo claro de apontar e definir as principais áreas de investimento e suas diretrizes ao ponto que direciona a economia brasileira.
A evolução da industrialização nacional fez seu trajeto até o uso exacerbado do capital estrangeiro e era caracterizado pelo uso de bens de consumo duráveis. Uma grande transição do república velha com a burguesia nacional focada no consumo e produção de bens de consumo não duráveis, passando pelo Estado Varguista e sua inicialização dos bens de produção com a indústria de base com a fomentação via Estado. Essa primeira geração da CEPAL era caracterizada por acreditar que neste momento as substituições das importações tinham acabado, porém não era exato consenso. Existiam algumas divergências quanto ao momento exato e seus desdobramentos, por exemplo, Sônia Regina de Mendonça vê como um dos períodos com maior importância do crescimento industrial brasileiro e que desta maneira consegue-se começar a edificar o tipo de modelo econômico que se usaria anos mais tarde com os militares. Para Maria da Conceição Tavares o momento que a dinamização já era própria, isto é, baseada em si mesma, na industrialização e começava a se desdobrar para outras atividades que o processo de substituição estava pronto. Um outro pensamento importante que deve ser levado em conta é o que houve um tipo de anulação da corrente neoliberal no contexto tanto econômico como político em que o Brasil se encontrava. Sendo para Bilschovsky um momento de importante vitória para a corrente que se intitulava nacional-desenvolvimentista.
O plano de metas foi feito pelo conselho de desenvolvimento econômico em 1956, estipulando em um curto período de tempo de 5 anos apontando as atuações que o Estado teria tanto em investimentos em áreas mais básicas como estrutural incentivando novos investimentos privados. O plano a partir da crise do nacionalismo e seu modelo de produção e industrialização, o capital estrangeiro foi bem recebido e incentivado já que o plano tinha os pontos estruturais com os pontos de estrangulamentos da economia, onde empresas, serviços e a própria indústria tinham desempenho ou sua capacidade limitada de seu processo produtivo, sendo pontos críticos do sistema. Uma vez sedimentada os caminhos para quais gargalos o Estado deveria preocupar-se, caberia a este a infraestrutura desenvolvimentista e áreas básicas em transporte, educação, energia, alimentação e indústria de base. Este novo setor industrial característico do governo JK de bens de consumo duráveis fora implementado a base de capital externo em investimentos diretos. Com o capital externo apossando-se da indústria, tendo-a como sua propriedade, muitas multinacionais foram trazidas para o país intercionalizando a economia. Cabendo ao estado um papel tanto como proprietário de empresas e intermediário e produtor na escala produtiva como também agia como banqueiro para crédito industrial do para o capital privado. Fora o direcionamento da economia como planejador. Este papel como planejador fica especificado quando analisam-se dados de como os recursos foram alocados, energia e transporte como ainda eram deficitários tiveram a necessidade de se adaptar e evoluir graças as novas necessidades industriais e de demanda. Portanto tomaram cerca de 70% dos recursos. O setor das indústrias de base agora seria financiado por agências públicas, porém não por investimento direto, mas sim com o setor privado tendo uma posição de destaque definindo pouco mais de 20% dos recursos para si, embora controlasse a principais empresas de insumos básicos e a indústria agroexportadora. Sobrando pouco mais de 6% para educação e alimentação, deixando clara a preferência do Estado em questão social e suas necessidades desenvolvimentistas. Isto teria um custo muito alto, e o setor público viria em sua maior parte do setor público, porém multinacionais e setores particulares mantinham boa parcela de participação. Lessa associa algumas coisas nessa corrida que o Brasil fazia para diminuir o atraso frente outros países capitalistas, principalmente centrais. O Capital estrangeiro era privilegiado e incentivado, a pressão inflacionária por causa de financiamentos de gastos tanto privados como públicos o aumento da parcela pública na edificação bruta de capital, a iniciativa privada tinha benefícios na questão cambial e uma reserva de mercado, tão como um crédito e juros subsidiados vindos do Banco do Brasil e do BNDE. Com essa cesta de incentivos o resultado era bilateral, por um lado atingia-se níveis de crescimento do produto interno bruto muito bons, a alta da inflação se mostrou como um grande problema. Agora sobre o capital externo existe uma diferenciação clara sobre os modelos de Vargas e de JK, tome por exemplo que “temos procurado libertar o país de influências incompatíveis com os seus interesses, único modo de progredir realmente, porque, enquanto dependentes, estaremos sempre sujeitos a retrocesso”, este discurso varguista é opositor fiel à cresça de Juscelino visto que “o governo atribui grande importância, à atração de empresários estrangeiros que, com sua técnica e seu capital, poderão prestar valiosa ajuda na construção do nosso parque industrial(...),ocorrido em 1956 foi o renascimento do interesse dos capitalistas estrangeiros pelo desenvolvimento industrial do país.” Evidenciando as diferenças de um modelo para outro, porém a atitude tomada pelo governo JK cria alguns problemas para a continuação do processo desenvolvimentista na substituição de importações e também aconteceu uma diminuição de divisas internacionais disponíveis. Com um déficit no balanço de pagamentos, isto é, uma diminuição das exportações e um aumento das importações entravam em choque quando se havia a necessidade de crescer os níveis da entrada de bens de capital e de matérias-primas para poder fazer o crescimento industrial aumentar. Criando um encurralamento para a entrada liquida de capitais privados como única saída, visando deixar a taxa de investimento alta e não mudar os níveis de importações. Portanto fica claro que para o governo JK pressões no balanço de pagamentos seriam ignoradas criando e estimulando cada vez mais mecanismos para a entrada de capital. Este capital que regava o desenvolvimento da indústria e portanto do nosso progresso como um todo era atraído pelos benefícios cedidos, tal como o câmbio prioritário, uma alta rentabilidade com uma reserva de mercado grande, amortizações de diferentes tipos e a remessa de lucros garantida. O momento mundial era propício a essa vinda desse capital estrangeiro muito pelo seu contexto de guerra fria e mundo polarizado e as expansões ideológicas dos Estados Unidos, portanto existia a facilidade para a obtenção de capital. 
O plano de metas apresenta alguns resultados satisfatórios durante seu período até 1961, porém apresentava por outro lado diversos problemas. A dívida externa brasileira crescia demasiadamente, a facilidade destes empréstimos acabavam gerandomuitas dívidas sem nenhum motivo ou finalidade produtiva. E dado aos benefícios as multinacionais vindas para cá, elas cresciam em um nível que as indústrias de base brasileiras não tinham fôlego para acompanhar, necessitando de importar produtos para que o vetor de crescimento das empresas multinacionais continuasse positivo, fazendo com que vendêssemos produtos agrícolas e importássemos bens de produção, juntamente com uma desvalorização da moeda graças aos repetitivos empréstimos externos que criaram uma dívida que o país tinha dificuldade em pagar. E por fim, a concentração de renda e o êxodo rural escancaravam problemas e desigualdades sociais e regionais. As regiões mais industrializadas como São Paulo e Rio de Janeiro eram exemplos claros. O somatório desses fatores acabam gerando um aumento de mais de 300% na inflação entre os anos de 1957/58. As previsões do governo eram postas em cheque uma vez que mantinham a meta da diminuição do déficit no balanço de pagamento e a meta inflacionária com discursos incompatíveis. Já que o trato desse déficit acarretaria em uma inflação pressionada. Valendo citar que o preço do café e outros componentes foram prejudicados dado a essa postura governamental. Entretanto, muitos dos objetivos do plano de metas foram alcançados e o PIB per capta cresceu. Então como saldo temos positivamente a questão do PIB e negativamente a questão inflacionária, ambas se mostraram superiores às suas especulações iniciais.
Por fim temos a instrução 113 da SUMOC, que se contextualiza diretamente com o plano de metas e o governo JK. Em seu período de restrição ao capital externo e a necessidade de conseguir manter a industrialização, após o suicídio de Vargas, Eugênio Gudin constituiu na articulação do Estado brasileiro com o financiamento externo por meio de políticas cambiais específicas e promulga em 17 de janeiro de 1955 um regime disciplinar que autorizava o CACEX a emitir licenças e permitir um investimento direto estrangeiro (IDE) na importação de equipamentos que originou a Instrução 113 da SUMOC, que foi um marco que orientou a economia brasileira a internacionalização. Saretta, afirma a importância e a unanimidade da Instrução 113 em favorecimento do capital estrangeiro. O eixo analítico se alicerça pelas principais linhas de continuidade e inflexão dá lógica interna dos instrumentos que regulam ao capital internacional nessa fase. Existem continuidades entre JK e Vargas no que diz respeito às condições para importação de bens de capital sem cobertura cambial na forma de IDE, os critérios de seleção e essencialidade marcam uma ruptura fundamental nas formas de associação com o capital internacional entre os dois governos. 
A Instrução 113 age como um instrumento decisivo para atrair capitais internacionais necessários à consolidação da indústria pesada brasileira na segunda metade dos anos 1950. Ela foi objeto de discussão entre correntes ideológicas. Alguns, com inclinações liberais, defendem-na como um algo legítimo para assegurar a livre mobilidade de capitais na economia brasileira e garantir o fluxo de investimentos estrangeiros capazes de gerar renda e emprego sem intervenção do estado. Já outros, heterodoxos e alinhados a idéias mais socialistas, consideravam a instrução um instrumento imperialistas que poderia levar à desnacionalização, exploração dos recursos internos e um déficit por causa das taxas de lucro crescentes. Sua importância, independente de qualquer ideologia ela sozinha não explica a internacionalização dessa fase, visto que existiam outros fatores preponderantes, mas sim como um meio para viabilizar o desenvolvimento capitalista brasileiro. Daí a necessidade de contextualizá-la com os fatores externos do padrão mundial de acumulação. Também existiam fatores internos e eram duas maneiras de se articular com o capital internacional nos anos 50, que mostra como os fluxos de IDE tendenciados pela internacionalização produtiva como um todo se fez como parte da formação capitalista, fazendo um grande pulo para industrialização pesada ser possível. Então, o primeiro de Vargas, cuja prioridade era atrair empréstimos externos públicos e selecionar os IDEs conforme a divisão interna de tarefas chefiada pela a empresa pública para conseguir desenvolver o capitalismo em níveis mais altos. O modelo de JK, por outro lado, não se preocupava com nenhuma verticalização do planejamento estatal nos moldes que Vargas tentou, tampouco a tentava. Logo não tinha problemas de onde o capital viesse, logo não hierarquizava também os tipos de capitais que eram relacionados com o seu planejamento.
Sobre o IDE via Instrução 113 em particular, mostrou que ele foi originado entre 1955 e 1964 com destaque para o intervalo de 57/60 e ao setor automobilístico, pela Europa Ocidental em 45,7%, seguido pelos EUA em 43,5% em um somatório de quase US$ 500 milhões de IDE, sendo sua quase totalidade para a indústria de transformação. Algumas das principais filiais estrangeiras que usufruíram da Instrução 113 foram a General Motors com cerca de 13,2% do total investido; a Ford, que já estava instalada desde 1925 porém seu primeiro automóvel nacional montado acontecera apenas em 1957 e participou com US$ 22,42 milhões – tanto a GM como a Ford a principio não estavam propensos a fabricação no Brasil, mas a concorrência acirrada com outras empresas as levaram a produzir nacionalmente -. Volkswagen investiu US$ 14,32 milhões; 7,6% do total e teve licenças durante todo o período de 56/63 menos em 1961, se instalou no Brasil em 1953, em São Paulo. O setor de fabricação de veículos liderou os investimentos de outras indústrias que faziam parte do processo de montagem de automóveis, como borracha, plástico, vidros e tornou-se o símbolo do governo de JK, apresentando este desenvolvimento como os anos dourados. De fato, a economia brasileira nesse período seguiu um ritmo de “50 anos em 5” em que os investimentos externos tiveram papel decisivo na internalização da indústria pesada. O planejamento de JK, embora buscasse imprimir uma certa hierarquização de tarefas nos termos de Getúlio, resultou em algo bem diferente. A organização do Plano de Metas por meio dos grupos executivos subordinados ao Conselho de Desenvolvimento queria manter uma orientação ao tripé de desenvolvimento: capital privado nacional, capital estrangeiro e Estado, não fez políticas que o Estado tivesse vantagem e se sobrepusesse ao capital privado, uma vez que o elo mais forte, isto é, a multinacional, acelerou e imprimiu seu ritmo e estabeleceu a forma de todo desenvolvimento capitalista brasileiro. Após um amplo debate político se regulamenta a Lei de Remessa de Lucros, que contribui ainda mais para a queda dos investimentos no país em 1962 e de acordo com a SUMOC o período posterior a 60 apresentou uma diminuição no investimento e vinha principalmente do ambiente político problemático do país no momento. Jânio Quadros é renunciado e João Goulart vai ao poder. Esta instabilidade exala do contexto novamente de guerra fria e de lutas de cunho político social, que influenciava também a discussão sobre o papel do capital estrangeiro. Portanto, o modelo de associação de Vargas ainda que estivesse alinhado com os interesses dos Estados Unidos ou de interesses privados externos para se industrializar, tentou impor uma hierarquização de tarefas com a liderança da empresa estatal no processo de desenvolvimento, onde a empresa estrangeira teria que se submeter aos termos internos de planejamento, logo tendo uma verticalização de sua política econômica. Ao passo que JK, mesmo organizando grupos de trabalho similares a que Vargas tinha tentando, mostrou que sua intenção era clara no âmbito da sua divisão de tarefas entre diversas formas de capitais, independente da origem, teria uma orientação horizontal. Outra diferença nesse tema foi que embora a política econômica de ambos privilegiasse o planejamento estatal, JK diferentemente de Vargas não fixou uma política específica para os investimentos externos, assim como tambémnão tinha preferência pelos empréstimos estrangeiros públicos em detrimento do IDE. Por fim, ainda que não tenha consolidado os investimentos de risco no Governo de Getúlio em virtude da conjuntura internacional desfavorável, a forma que tentou adaptá-los e os por alinhados com o modelo se mostrava qualitativamente diferente da de JK.
Dessa forma, concluímos a análise sobre esse período de 1930 a 1961. Onde podemos observar a constituição da indústria nacional, suas principais características e as consequências ao longo da história brasileira. Principalmente no que tange ao caráter social, que apesar do desenvolvimento econômico houve uma serie de consequências no âmbito social, como uma forte concentração de renda, e uma segregação de uma parcela grande da população que não se beneficiou desse desenvolvimento. Por fim é essencial que momentos de tamanha importância como os relatados neste período estejam presentes na memória, para que tenhamos uma leitura melhor do presente.

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