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Prof. Fabiano B. Siqueira, MSc. Fundamentos de Fisioterapia 1 Aula 8 Patologias da pelve e do quadril Prof. Fabiano Botelho Siqueira fsiqueira@unibh.br Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Função da pelve Distribuição de carga Inclinação do Fêmur Ângulo de inclinação (125º) Plano frontal Aumento Coxa valga Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Anteversão do fêmur Ângulo de torsão (15º) Rotação medial côndilos femorais Rotação anterior colo Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Anteversão femoral Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Displasia Congênita do Quadril Luxação do Quadril A teoria mais aceita para esta patologia está na má posição intra-uterina do feto, que dificultaria o desenvolvimento adequado do acetábulo. Pode ser inicialmente assintomática! Possui vários graus de gravidade, desde leve displasia até luxações congênitas. O tratamento deve ser precoce para estimular o crescimento do formato adequado do acetábulo. Todas as crianças recém nascidas devem ser submetidas a exames clínicos com pediatras ou ortopedistas para detecção precoce. Manobra de Ortolani Na idade adulta pode causar artrose precoce e limitações para marcha. Prof. Fabiano B. Siqueira, MSc. Fundamentos de Fisioterapia 2 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Displasia Congênita do Quadril Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Displasia Congênita do Quadril Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Displasia Congênita do Quadril Tratamento Uso de duas fraldas Órteses Suspensório de Pavlick Cirurgia De 6 a 12 meses faz-se tenotomia Flexores e rotadores laterais do quadril Mais de 2 anos faz-se osteotomia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Displasia Congênita do Quadril Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Displasia Congênita do Quadril Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Epifisiólise É o escorregamento da cartilagem de crescimento da cabeça femoral, chamada de epífise, ocorre exatamente ao nível da cartilagem de crescimento. Geralmente acomete adolescentes obesos e altos. Pode ser assintomática ou apresentar-se como dor insidiosa, crônica. Eventualmente pode haver crise de dor aguda, quando o escorregamento é brusco. Normalmente tratamento cirúrgico. Epifisiodese Prof. Fabiano B. Siqueira, MSc. Fundamentos de Fisioterapia 3 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Epifisiólise Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Epifisiólise Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Epifisiólise Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Doença de Calve Legg Perthes Pode ocorrer dos dois aos dezesseis anos aproximadamente. Ocorre a perda de nutrição de parte da cabeça femoral, chamada de epífise, levando à necrose e deformidade gradual. Inicialmente pode se manifestar com dor insidiosa ou crises de dor após exercícios. Em alguns casos a dor pode ser referida no joelho. Causa limitação de mobilidade na evolução. Possui graus variados de gravidade. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Doença de Calve Legg Perthes Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Doença de Calve Legg Perthes Prof. Fabiano B. Siqueira, MSc. Fundamentos de Fisioterapia 4 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Doença de Calve Legg Perthes Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Osteonecrose É a necrose da cabeça do fêmur causada por uma interrupção significativa do fluxo sangüíneo, ou seja, um infarto ósseo. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Osteonecrose Causas Trauma Fratura do colo do fêmur Luxação traumática do quadril Alterações da coagulação sanguínea (hipercoagulabilidade) Uso crônico de corticóides Abuso de álcool Tabagismo Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Osteonecrose Sintomas Assintomática Em alguns casos a dor é insidiosa e referida apenas no joelho e os exames convencionais de RX não mostram alterações. Diagnóstico O diagnóstico da necrose da cabeça do fêmur pode ser bastante desafiador, pois pode apresentar-se totalmente assintomática no seu início. Pode acometer um quadril ou ambos e nos casos bilaterais pode haver evoluções completamente diferentes da doença. Um exame de RM ajuda a classificar e estadiar a doença. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Osteonecrose Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Osteonecrose Tratamento O tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possível. Todas as opções de tentativa de salvamento da cabeça femoral devem ser tentadas. O tratamento inicia-se eventualmente com restrição de carga e medicações para dor. De acordo com os achados de exame, o tamanho da lesão, e principalmente a fase da doença, que é autolimitada, pode-se indicar o tratamento cirúrgico. Prof. Fabiano B. Siqueira, MSc. Fundamentos de Fisioterapia 5 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Osteonecrose Cirurgia Nas fases iniciais indica-se a descompressão ou foragem, que nada mais é do que a confecção de um ou vários túneis na área de necrose, descomprimindo o osso que está em sofrimento, numa tentativa de facilitar o fluxo sangüíneo ao local e diminuir o edema na região. Este tratamento tem variantes Confecção de enxertos micro-vascularizados, Inserção de pinos de suporte, Inserção de Plasma Rico em Plaquetas Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fraturas de acetábulo Podem ocorrer em idosos por traumas banais, mas são mais comumente vistas em jovens devido a acidentes de alta energia. Diagnóstico e Tratamento O diagnóstico é feito classicamente por radiografias com incidências especiais. Atualmente o uso de TC (preferencialmente com reconstrução 3D) é de extrema utilidade para melhor diagnóstico e planejamento do tratamento. Devido ao trauma sofrido esta cartilagem pode degenerar-se e levar a uma coxartrose pós-traumática mesmo anos após o acidente. Outras complicações relativamente comuns são: Necrose da cabeça femoral Lesões do nervo ciático Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fraturas de acetábulo O prognóstico é muito variável, de acordo com a gravidade da lesão e condições próprias do paciente. Geralmente lesões que ocorrem fora da área de carga têm melhor prognóstico e não causam maiores transtornos ao paciente. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fraturas de acetábulo Prof. Fabiano B. Siqueira, MSc. Fundamentos de Fisioterapia 6 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fraturas de acetábulo Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fraturas de fêmur Podem ser divididas anatomicamente em: Cabeça do fêmur Colo Intra capsulares Extra capsulares Trocantérica Subtrocanteriana Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fraturas de fêmur Fraturas da cabeça femoral Normalmente se apresentam associadas com as fraturas luxações do acetábulo, Normalmente decorrem de traumas de alta energia e seu tratamento pode incluir desde um simples período de repouso, artroscopia para retirada de fragmentos, fixação dos fragmentos por cirurgia aberta e até prótese total de quadril nos casos mais graves. São consideradas fraturas graves do ponto de vista do prognóstico articular, podendo evoluir para artrose precoce, mesmo com o tratamento perfeitamente instituído.Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fraturas de fêmur Fraturas do colo do fêmur Compreendem uma gama ampla de tratamentos, dependendo da idade cronológica (e principalmente biológica) do paciente, demanda funcional, localização da fratura (dentro ou fora da cápsula articular) e desvio inicial. A tendência é de fixar as fraturas sem desvio e aquelas que ocorrem fora da cápsula do quadril, pois apresentam melhor potencial de consolidação. Em jovens normalmente opta-se também por fixação, na tentativa de salvar a cabeça femoral. Osteosíntese com parafusos e/ou placa-pino e suas inúmeras variantes. Em idosos com fraturas intra-capsulares desviadas, com menor potencial de consolidação, geralmente opta-se por artroplastia total, pois permitem uma recuperação mais rápida e diminuem o risco de uma nova intervenção cirúrgica. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fraturas de fêmur Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fraturas de fêmur Artroplastia Prof. Fabiano B. Siqueira, MSc. Fundamentos de Fisioterapia 7 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fraturas de fêmur Fraturas transtrocanterianas São as mais típicas do quadril idoso, por tratar-se de área fragilizada pela osteoporose. Por outro lado, possuem maior potencial de consolidação. Geralmente são fixadas hastes. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fraturas de fêmur Fraturas subtrocanterianas Ocorrem na área de transição do osso esponjoso para um osso cortical, em uma área sujeita a forças musculares poderosas que causam o desvio dos fragmentos. Normalmente tem uma evolução mais lenta para a consolidação. Para seu tratamento são utilizadas placas ou hastes intramedulares. Bursites Trocantérica Sobre trocânter maior Sob tensor fáscia lata Isquiática: Sobre túber do isquio Sob glúteo máximo Ílio pectínea Sobre eminência iliopectínea Sob tendão iliopsoas Bursite trocantérica A dor causada pela bursite trocantérica, a mais comum, pode referir-se pela face lateral da coxa até o joelho. O tratamento inicia-se com medicações antiinflamatórias, fisioterapia e cuidados domiciliares. Em alguns casos podem ser realizadas infiltrações locais com corticóides. Somente cerca de 5% dos pacientes não melhoram com estas técnicas e necessitam de tratamento cirúrgico. Bursite trocantérica Atualmente consideramos as bursites trocantéricas como integrantes de um grupo de sinais e sintomas conhecido como “Síndrome da dor lateral do quadril”. Esta síndrome está normalmente associada a algum grau de tendinite (inflamação dos tendões) ou tendinose (degeneração dos tendões). Cirurgia por vídeoendoscopia, que possibilitam a retirada do tecido inflamatório e o reparo das lesões tendinosas de maneira menos invasiva. Bursites Trocantérica Prof. Fabiano B. Siqueira, MSc. Fundamentos de Fisioterapia 8 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Síndrome do Piriforme Compressão nervo ciático Piora da Dor irradiada Alongamento piriforme Contração piriforme Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Síndrome do Piriforme O que causa a síndrome? Hábito de ficar muito tempo sentado Exercícios exagerados para glúteos Variações anatômicas nas quais o n. ciático passa pelo ventre do m. piriforme Aderências locais ou bandas fibrosas que restringem o livre movimento do nervo Trauma na região glútea Desequilíbrio muscular Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Síndrome do Piriforme Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Síndrome do Piriforme Diagnóstico É importante uma avaliação clínica completa. Deve ser diferenciada das dores de origem na coluna vertebral, devido a hérnias discais Existem manobras específicas durante o exame físico que podem nos levar ao diagnóstico. Alongamento piriforme Contração piriforme Podem ser solicitadas radiografias e ressonância nuclear magnética, além da ENG, que pode mostrar alterações funcionais específicas da síndrome. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Síndrome do Piriforme Tratamento Inicialmente o tratamento é medicamentoso, para alívio da crise de dor. Associa-se fisioterapia para auxiliar no processo de recuperação e mais tarde buscar o re-equilíbrio muscular com alongamentos e exercícios de fortalecimento bem orientados. O tratamento cirúrgico raramente é necessário. É reservado aos casos refratários ao tratamento conservador. Tenotomia (corte do tendão) do músculo piriforme. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Síndrome do Piriforme Prof. Fabiano B. Siqueira, MSc. Fundamentos de Fisioterapia 9 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Artroplastia total de quadril (ATQ) O que é ATQ? Substituição das superfícies articulares degeneradas por uma prótese de metal Fisioterapia Aplicada à Ortopedia ATQ Objetivo da ATQ Erradicação da dor Aumento da ADM Melhora da funcionalidade Fisioterapia Aplicada à Ortopedia ATQ Indicações Corrigir degenerações Osteoartrose Artrite Reumatóide Necrose avascular Lesões neurológicas Fisioterapia Aplicada à Ortopedia ATQ Contra-indicações Massa óssea inadequada Fatores de risco médico Cardiopatia Infecção Falta de motivação do paciente Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Procedimento cirúrgico Acetábulo Retirada do osso degenerado e cartilagem Colocação de uma nova superfície de metal Fêmur Retirada do osso degenerado e cartilagem Colocação de uma nova superfície de metal Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Prof. Fabiano B. Siqueira, MSc. Fundamentos de Fisioterapia 10 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Procedimento cirúrgico Cimentada ou não cimentada? Vantagens? Desvantagens? Instabilidade pós cirurgia Contovérsias Qual tem maior duracão? Menor frequência de luxações? Menor tempo de cirurgia? Menor perda de sangramento? Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Cimentada Desvantagens Mais difíceis de revisar Vantagens Podem ter descarga de peso imediata Melhor para pacientes idosos Mais barata Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Não cimentada Desvantagens Mais caro Mais trabalhosos tecnicamente Não devem ter descaga de peso por 6 semanas Vantagens Mais fáceis de revisar Melhor para pacientes mais jovens e mais ativos Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Acesso Póstero-lateral X Acesso Antero-lateral Prof. Fabiano B. Siqueira, MSc. Fundamentos de Fisioterapia 11 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Acesso póstero-lateral Gibson Procedimento Entre o glúteo máximo e médio Liberacao da cápsula, rotadores laterais Deslocamento posterior do fêmur Em pacientes grandes ou contraturados Liberacao de glúteo máximo e adutor longo Deslocamento anterior do fêmur Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Acesso póstero-lateral Vantagens Preserva glúteo médio, glúteo mínimo e vasto lateral o que torna a reabilitacão mais fácil Provê marcha normal e mais rápida no PO Desvantagens Chance de lesar nervo ciático Fisioterapia Aplicada à Ortopedia FisioterapiaAplicada à Ortopedia Acesso Antero-lateral Watison-Jones Procedimento Entre o glúteo médio e tensor da fáscia lata Preserva os rotadores laterais Liberacao da cápsula anterior, glúteo médio, glúteo mínimo, tensor, vasto lateral, iliopsoas e reto femoral Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Acesso antero-lateral Vantagens Melhor mais visibilidade Previne lesão nervo ciático Menor risco de luxacão posterior Desvantagens Maior chance de formacão óssea heterotrópica Maior perda de sangue Maior período PO Possível lesão nervo glúteo superior e levar a paralisia dos abdutores Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Prof. Fabiano B. Siqueira, MSc. Fundamentos de Fisioterapia 12 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Cuidados PO Técnica póstero-lateral Evitar flexão acima de 90° Evitar adução além da linha média do corpo Evitar rotação medial Evitar abdução acima de 45° Técnica antero-lateral Evitar rotacão lateral, principalmente com flexão Evitar abdução acima de 45° Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Tratamento Orientações sobre os cuidados pós cirúrgicos Orientações quanto aos dispositivos de auxílio à marcha Ganho de ADM Fortalecimento muscular Treino funcional Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Pubalgia Grande incidência no PO uroginecológico É maior em atletas devido ao estresse esportivo Grande incidência no esporte Futebol Corrida de longa distância Rugby Tênis Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Pubalgia A gênese da pubalgia quase sempre decorre de desequilíbrio de força ou flexibilidade dos músculos que inserem no púbis. Reto do abdome Adutores da coxa Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Afastamento treinamentos Avaliação dos desequilíbrios Termoterapia Crioterapia Mobilização e manipulação Prof. Fabiano B. Siqueira, MSc. Fundamentos de Fisioterapia 13 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Avaliação do desequilíbrio muscular Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Avaliação do desequilíbrio muscular Manobra de Grava Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Avaliação do desequilíbrio muscular Palpação dos mm adutores e da sínfise púbica Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Encurtamento dos adutores aumenta o estresse e a força de cisalhamento da sínfise púbica Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Restrição de rotação medial do quadril leva a: Aumento das forças de cisalhamento Aumento dos movimentos compensatórios na sacroilíaca e na sínfise púbica Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Restaurar padrões de movimentos anormais dos mm. da pelve e quadril. Prof. Fabiano B. Siqueira, MSc. Fundamentos de Fisioterapia 14 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia 68 atletas 2 grupos Fisioterapia com exercícios ativos Fisioterapia sem exercícios ativos Conclusão Melhora mais efetiva no grupo com Fisioterapia ativa Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Órteses Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Abordar fatores predisponentes dos desequilíbrios Não há uma forma específica de prevenção descrita na literatura Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Se tratamento conservador falhar após 6 meses, deve-se fazer um relatório para médico, indicando as condutas utilizadas. Pós cirúrgico Respeitar o período de repouso indicado e iniciar o tratamento de forma lenta e progressiva. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Pubalgia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Impacto fêmoro acetabular Distúrbio onde ocorre a colisão anormal do segmento proximal do fêmur com o acetábulo. Pode ser classificado em três categorias: CAM PINCER Misto Quando negligenciado seu diagnóstico pode evoluir com degeneração articular. Sintomas Dor em região inguinal (virilha) desencadeada aos esforços ou atividades físicas. Diagnóstico A história clínica e exame físico detalhado sugerem o diagnóstico, o qual é confirmado através de RX e RM. Tratamento O tratamento dessa enfermidade é cirúrgico, certamente levando-se em consideração a demanda funcional de cada paciente. Objetiva restauração da congruência articular e reparo de lesões associadas (lesão labral ou osteocondral). Pode ser através de cirurgia aberta ou via artroscópica. Prof. Fabiano B. Siqueira, MSc. Fundamentos de Fisioterapia 15 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Impacto fêmoro acetabular Esta patologia é comum em corredores e praticantes de esportes que envolvem flexão e rotação dos quadris: Tênis e futebol São lesões consideradas evolutivas e pré artrósicas. O tratamento é decidido caso-a-caso e pode envolver fisioterapia, modificações de atividade física, medicamentos e eventualmente cirurgia. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Impacto fêmoro acetabular Podem ocorrer abruptamente em decorrência de trauma, ou lentamente, através do desgaste e rompimento de suas fibras. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Impacto fêmoro acetabular Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Impacto fêmoro acetabular CAM O impacto tipo CAM ocorre secundariamente à alteração na transição entre o colo e a cabeça do fêmur, devido a uma espécie de “lombada” na região que colide contra a margem acetabular em determinados movimentos levando a uma lesão labral e descolamento da cartilagem do acetábulo. Esta deformidade geralmente surge durante a adolescência em decorrência de epifisiólise, que pode ser totalmente assintomático, gerando sintomas somente anos ou décadas após seu estabelecimento. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Impacto fêmoro acetabular PINCER No impacto tipo PINCER a alteração está no lado acetabular. Normalmente há um excesso de cobertura ou um “erro de rotação” na pelve, causando impacto da margem do acetábulo no colo femoral. Ocorre uma lesão labral que pode calcificar-se (aumentando ainda mais o excesso de cobertura) e uma lesão cartilaginosa secundária. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Impacto fêmoro acetabular Misto O impacto do tipo MISTO é o mais comum e reúne algumas características dos dois anteriores em graus variados. Prof. Fabiano B. Siqueira, MSc. Fundamentos de Fisioterapia 16 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Impacto fêmoro acetabular Sintomas Geralmente os primeiros sintomas sentidos são fisgadas ou travamentos no quadril, que podem surgir em movimentos como: ao entrar e sair do carro, ao levantar-se da cama, ao calçar sapatos, etc. Pode surgir desconforto também após ficar muito tempo sentado ou andando. A dor localiza-se mais freqüentemente na parte profunda na frente da virilha, mas também pode afetar a região lateral da coxa ou região glútea. Normalmente estes “travamentos” são auto-limitados e a pessoa consegue identificar quais são as posições que causam dor. Podem ocorrer cliques ou estalidos associados. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Impacto fêmoro acetabular Diagnostico Através da entrevista e de manobras específicas no exame físico É importante também descartar outras possíveis causas de dor como lombalgia, hérnia inguinal, etc. Podem ser solicitados examescomplementares: RX RM Artroressonância (com injeção de contraste articular) e tomografia com reconstrução 3D para diagnóstico Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Impacto fêmoro acetabular Tratamento Inicialmente indica-se medicações para alívio da dor Mudança de atividade física Fisioterapia Cirurgia para tratamento da lesão anatômica do lábio ou cartilagem e para correção da deformidade óssea que levou à lesão. Após a cirurgia é necessário o uso de muletas por duas a seis semanas, de acordo com a gravidade da lesão e um programa de re-habilitação fisioterápico. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Impacto fêmoro acetabular Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Impacto fêmoro acetabular Prof. Fabiano B. Siqueira, MSc. Fundamentos de Fisioterapia 17 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Quadril em ressalto Esta patologia também é conhecida como "Snapping Hip”. Ocorrem estalidos ou cliques em certos movimentos dos quadris que podem ser sentidos ou até ouvidos pelo paciente ou pessoas próximas. Embora possa ser uma sensação desagradável, normalmente é indolor e nestes casos geralmente não necessita de tratamento especifico, Eventualmente pode tornar-se doloroso ou esteticamente evidente. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Quadril em ressalto Causas: A sensação do estalo se deve geralmente devido ao atrito de um tendão contra uma proeminência óssea. Os mais comuns: Trocânter maior se atrita contra o trato íliotibial Ressalto externo Tendão do músculo iliopsoas atrita-se contra uma proeminência iliopectínea Ressalto interno Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Quadril em ressalto Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Quadril em ressalto Diagnóstico: Através do exame físico podemos verificar aonde ocorre o estalido e quais são suas causas. Eventualmente podem ser realizadas radiografias ou outros exames de imagem na investigação Tratamento: Inicia-se com o uso de medicamentos antiinflamatórios em caso de dor. Fisioterapia pode ser indicada para alongamento dos tecidos tensos que causam os estalidos. Nas raras situações onde não há melhora significativa da dor pode ser indicado tratamento cirúrgico. Artroscopia de quadril “release” ou soltura parcial das estruturas envolvidas. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Osteoporose O termo osteoporose é auto-explicativo, significa “ossos porosos”. É uma doença osteo-metabólica caracterizada pela diminuição gradual da densidade óssea com conseqüente aumento do risco de fraturas. Aumento osteoclastos Diminuição osteoblastos Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Osteoporose As fraturas mais comuns incluem: Fraturas do punho, coluna, costelas e quadril. Classifica-se em: Primária pós-menopausa Exclusiva em mulheres nesta fase Primária senil Após os 75 anos, causada principalmente por alterações hormonais da senilidade, podendo afetar homens e mulheres Secundária Associada a algumas doenças metabólicas ou do uso prolongado de certas medicações, como os corticóides Transitória: Doença rara, diferente da osteoporose comum, afeta indivíduos jovens e normalmente é reversível. Prof. Fabiano B. Siqueira, MSc. Fundamentos de Fisioterapia 18 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Osteoporose Diagnóstico Assintomática RX Densitometria óssea Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Osteoporose O exame conhecido como densitometria óssea é o padrão ouro para diagnóstico precoce, através da comparação da densidade óssea em quadril e coluna com uma média populacional. Os resultados são classificados em: Normal Osteopenia (diminuição da massa) Osteoporose Também se considera como critério diagnóstico qualquer fratura típica da osteoporose, devendo-se iniciar tratamento adequado. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Osteoporose Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Osteoporose Como prevenir a osteoporose? Adotar um estilo de vida ativo desde a adolescência, quando são formados 85% de nossa massa óssea Evitar cafeína e refrigerantes em excesso Evitar de fumar Evitar exageros em bebidas alcoólicas Evitar uso contínuo de corticóides, Alimentar-se de modo saudável Incluir em sua dieta derivados do leite, ricos em cálcio Tomar sol Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Osteoporose Tratamento Após os resultados da densitometria inicia-se o tratamento individualizado, normalmente em acompanhamento com um geriatra ou endocrinologista. Além dos cuidados preventivos, são usados alguns medicamentos. 1 Aula 1 Patologias do joelho Prof. Fabiano Botelho Siqueira fsiqueira@unibh.br Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão Meniscal Sintomas Dor bem localizada na interlinha articular Períodos de alívio e agravo a determinados movimentos como agachar e cruzar as pernas, Edema Bloqueio em mola (travamento) Causas Pressão excessiva e forças de torção aplicadas ao joelho. Hiperflexão Degeneração Raios-X pode descartar qualquer perda de cartilagem articular e diagnóstico por um médico qualificado é recomendado. Além disso, RNM são frequentemente muito útil para visualizar a suspeita de lesão. Meniscos Discos fibrocartilaginosos Diminui fricção Aumenta congruência Absorção de forças axiais Até 10 anos totalmente vascularizados Vascularizados na periferia (adultos) Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Suprimento sanguíneo do mesnisco Meniscos Lateral Circular Mais móvel Conecta com LCP Medial Menos móvel Mais lesado Conecta com LCM Conecta com semimembranáceo Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão meniscal 2 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão meniscal Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão meniscal Tratamento Dependerá de sua localização, tamanho, tempo de ocorrência, idade e ligação ao esporte do paciente. Não-cirúrgico (indicado a pacientes idosos) Cirúrgico pela meniscectomia Parcial (retirada de parte do menisco) Total Sutura de menisco Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão meniscal Tratamento Cirúrgico pela meniscectomia Sutura de menisco Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão meniscal Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão meniscal Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão meniscal 3 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Cisto poplíteo (Baker) Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Cisto poplíteo (Baker) Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCA Sintomas Dor Edema Instabilidade Falseio Causas Hiperextensão do joelho Deslizamento anterior da tíbia Deslizamento posterior do fêmur Resiste rotação medial da tíbia ao torcer sobre o LCP Resiste valgo/varo em extensão Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCA Isquiossurais são estabilizadores dinâmicos O exame físico é mais útil para determinar a instabilidade do joelho Lachman Gaveta anterior Um RX pode descartar qualquer fratura. Exames de ressonância magnética sãouma boa ferramenta de diagnóstico para uma LCA rompido. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCA Fisioterapia Aplicada à Ortopedia 4 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Ortese Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCA Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCA Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCA Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCA 5 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCP Sintomas Dor Edema Instabilidade Falseio Causas Deslizamento posterior da tíbia Deslizamento anterior do fêmur Resiste valgo/varo em extensão Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCP Quadríceps é estabilizador dinâmico O exame físico é mais útil para determinar a instabilidade do joelho Sinal do degrau Gaveta posterior Um RX pode descartar qualquer fratura. Exames de ressonância magnética são uma boa ferramenta de diagnóstico para uma LCP rompido. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCP Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCP 6 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCP Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCP Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCP Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCP Lesão LCL Sintomas Dor Edema Instabilidade Causas Resiste varo Resiste rotação medial da tíbia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCL 7 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCM Sintomas Dor Edema Instabilidade Causas Conecta com menisco Resiste valgo principalmente a 30º Resiste rotação lateral da tíbia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCM Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCM Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Lesão LCM Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Síndrome patelofemoral Sintomas Dor difusa na região anterior do joelho Subir escadas Levantar da cadeira Causas Desequilíbrio muscular Encurtamento do Tensor da fáscia lata Retináculo lateral da patela Pronação excessiva Aumento da anteversão femoral Aumento do ângulo Q Valgismo 8 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Ângulo Q Traçar linhas EIAS ao centro da patela Tuberosidade da tíbia ao centro da patela Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia 9 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Condromalácea É um dano à cartilagem articular que reveste as superfícies articulares. Patelo femoral Tibiofemoral Sintomas Dor Levantamento de peso Subir escadas Correr Causas Uso excessivo Trauma Obesidade Desalinhamento Valgo ou varo Raios-X, juntamente com o exame físico realizado pelo médico, deve ser suficiente para diagnosticar esta condição. RM pode ser necessária em casos específicos em que uma lesão de espessura total ou pedaços de cartilagem soltos são suspeitos 10 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Valgismo Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Varismo Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Luxação patelar Sintomas e sinais Deformidade Dor Edema Causas Displasia (sulco raso) Fraqueza de quadríceps Trauma Patela alta Raios-x mostra o posicionamento da patela em relação ao fêmur. RM avalia ligamentos e retináculos Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia 11 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Patela alta Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia PO Luxação patelar Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Tendinopatia patelar Tendinite ou tendinose Causas Micro-trauma repetitivo Salto Trauma Exame físico por um médico qualificado é muitas vezes suficiente para diagnosticar RM pode ser solicitada para determinar a extensão da inflamação (tendinite) e da saúde do tendão. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Ruptura de tendão patelar 12 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Osgood-Schlatter Doença de Osgood-Schlatter é um uso excessivo lesão de tração, que ocorre em muito ativa jovens. Como o crescimento está ocorrendo, ou as placas de crescimento ainda estão abertas, o tendão patelar puxa a placa de crescimento. Indivíduos muito ativos, que se deslocam freqüentemente de uma atividade para outra, pode significativamente irritar a placa de crescimento causando inflamação e dor. Um médico qualificado irá diagnosticar esta condição por meio de exame físico. Raios-x vai ajudar a avaliar as placas de crescimento abertas. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Osgood-Schlatter Deformidade Tuberosidade da tíbia (Osgood-Schlatter) Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Síndrome do trato iliotibial Esta condição é a inflamação persistente e dor que ocorre na parte lateral e distal do fêmur. A causa mais comum é o atrito do TIT comprimidos durante atividades diárias ou pelo uso excessivo, como correr ou caminhar ladeira abaixo. “Síndrome do corredor" Exame clínico é suficiente para o diagnóstico RM pode ser utilizada para confirmação 13 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fraturas Se a fratura é "não-deslocados", ou a superfície articular lisa permanece intacta e a fratura é estável, a cirurgia pode não ser necessário. No entanto, se a fratura é "deslocada", ou a superfície articular lisa é interrompido, a cirurgia é necessária para restabelecer a superfície lisa conjunta. Diagnóstico da fratura começa com raios-x. Uma vez que a fratura é encontrado, exames de ressonância magnética podem ajudar na determinação da extensão da fratura. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fratura de platô tibial Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fratura por avulsão Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fratura de patela 14 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fratura de patela Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fratura de tíbia e fíbula Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fratura supracondilar Fisioterapia Aplicada à Ortopedia 15 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fratura de placa epifisária Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Prof. Fabiano Botelho Siqueira, MSc. Fisioterapia em Ortopedia 1 Aula 9 Patologias do Tornozelo e pé Prof.Fabiano Botelho Siqueira fsiqueira@unibh.br Regiões do pé Antepé Mediopé Retropé Tornozelo Talocrural Tálus Tíbia e fíbula Movimentos Flexão plantar Dorsoflexão Subtalar Subtalar Tálus Calcâneo Movimentos Inversão Eversão Ligamento colateral medial Deltóide 4 porções Tibiotalar Anterior Posterior Tibionavicular Tibiocalcânea Resiste esforços em valgo Ligamento colateral lateral 3 ligamentos Talofibular anterior Talofibular posterior Calcâneofibular Resiste esforços em varo Prof. Fabiano Botelho Siqueira, MSc. Fisioterapia em Ortopedia 2 Entorse tornozelo-pé Lesões em inversão e flexão plantar (85%) Mais comum 25% ocorrem como recidiva Ruptura ligamentar 1º. Talofibular anterior 2º. Calcaneofibular 3º. Talofibular posterior Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Entorse tornozelo-pé Entorse tornozelo-pé Lesões em eversão e flexão plantar (5%) Ruptura ligamentar Deltóide Associado à fratura maleolar Associado à ruptura da membrana interóssea Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Edema Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Edema Prof. Fabiano Botelho Siqueira, MSc. Fisioterapia em Ortopedia 3 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Edema Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Entorse tornozelo-pé Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Gravidade do Entorse Aponeurose plantar Função Trava articulações para impulsionamento Suporta peso corporal Mantém arco longitudinal Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fasceíte plantar Fasceíte plantar é uma condição muito comum que envolve dor aguda abaixo do calcanhar. A dor normalmente é pior: Pela manhã, ao dar os primeiros passos Depois de ficar em pé por muito tempo Ao subir escadas Após atividades intensas Ela geralmente se desenvolve de forma espontânea (sem causa específica), mas também pode ocorrer após trauma leve, caminhada longa (viagens de férias), ou em corredores. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fasceíte plantar Entre os fatores de risco para a fascite plantar estão: Problemas no arco do pé (pé chato e pé cavo) Pronação excessiva Obesidade ou ganho súbito de peso Corridas de longa distância, especialmente em ladeiras ou em superfícies irregulares Aumento súbito de peso Encurtamento do tríceps sural Calçados inadequados A fascite plantar é geralmente considerada como sendo causada por um esporão do calcâneo, mas pesquisas demonstraram que essa não é causa do problema. No raio X, o esporão do calcâneo é visto em indivíduos com e sem fascite plantar. Prof. Fabiano Botelho Siqueira, MSc. Fisioterapia em Ortopedia 4 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fasceíte plantar Trata-se de inflamação e, eventualmente, espessamento da área de fixação da fáscia plantar no calcâneo. A área fica inflamada e inchada e ocasionalmente a doença é por vezes associada a um "esporão". Tensionada na extensão das metatarsofalângicas O diagnóstico é feito clinicamente O exame físico mostra dor diretamente na origem da fáscia plantar no calcâneo. Os raios X são raramente úteis, mas pode mostrar um esporão incidental. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fasceíte plantar Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fasceíte plantar Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fasceíte plantar Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fasceíte plantar Tratamento Descansar o máximo possível, pelo menos uma semana AINS Usar sapatos com bom apoio e amortecedores Exercícios de alongamento do tríceps sural e da fáscia plantar Crioterapia Se esses tratamentos não funcionarem, o médico poderá recomendar: Usar uma bota imobilizadora, que se parece com uma bota de esqui, durante 3 a 6 semanas. Palmilhas sob medida (ortopédicas) Injeções de esteroides no calcanhar Em alguns pacientes, tratamentos não cirúrgicos não funcionam. Uma cirurgia para recuperar o tecido tensionado torna-se necessária. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Tendinopatia de Calcâneo Causas Overuse Saltos Após aumento súbito da quantidade ou da intensidade de uma atividade esportiva Encurtamento do tríceps sural Traumas Processo degenerativo Osteófito pode se formar na parte de trás do osso do calcanhar. Prof. Fabiano Botelho Siqueira, MSc. Fisioterapia em Ortopedia 5 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Tendinopatia de Calcâneo Espessamento do tendão Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Tendinopatia de Calcâneo Tendinite X tendinose Pode levar a ruptura do tendão “Síndrome da pedrada” Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Ruptura do tendão calcâneo Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Ruptura do tendão calcâneo Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Ruptura do tendão calcâneo Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Deformidade de Haglund Prof. Fabiano Botelho Siqueira, MSc. Fisioterapia em Ortopedia 6 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Metatarsalgia É um termo geral que descreve dor na região da cabeça dos metatarsos. É geralmente criada por crônico aumento da pressão, abaixo da cabeça do metatarso envolvido. Dor se desenvolve devido à lesão de tecidos moles abaixo da área de destaque, e um calo está freqüentemente presente. Traumas também podem causar essa condição devido a lesão dos tecidos moles ou deformidade dos metatarsos afetados ou adjacentes. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Metatarsalgia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Metatarsalgia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Metatarsalgia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Metatarsalgia Tratamento AINS Fisioterapia Crioterapia Calçados especiais Palmilhas e outras órteses Infiltração Cirurgia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Hálux Valgo (Joanete) É uma deformidade complexa do hálux que envolve a separação dos metatarsos e angulação do hálux em relação à linha média do pé. Podem ocorrer em todas as faixas etárias. São muito mais comuns em mulheres. A causa pode ser parcialmente hereditária e parcialmente influenciado por calçados (como sapatos de moda feminina). Relacionado à pronação excessiva. Prof. Fabiano Botelho Siqueira, MSc. Fisioterapia em Ortopedia 7 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Hálux Valgo Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Hálux Valgo Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Hálux Valgo Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Hálux Valgo Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Hálux Valgo Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Hálux Valgo Prof. Fabiano Botelho Siqueira, MSc. Fisioterapia em Ortopedia 8 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Neuroma de Morton Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Neuroma de Morton É uma condição benigna que se desenvolve nos nervos interdigitais entre as cabeças metatarsais do pé. O nervo é traumatizado repetidamente ao longo do tempo e pode engrossar, formar cicatrizes, e começar a gerar a dor, tanto durante a atividade e em repouso. Ela ocorre mais comum no espaço entre o 3º e 4º dedos, É freqüentemente confundida com metatarsalgiae sinovite MTP / instabilidade, e diagnósticos incorretos são comuns. Ela ocorre mais frequentemente em pessoas com deformidades dos pés bunionor e em mulheres. Sapatos, e sapatos da moda especialmente alto (para mulheres e homens), agravar a situação. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Neuroma de Morton Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Neuroma de Morton Sintomas Formigamento no espaço entre o terceiro e quarto dedos Câimbras no dedo Dores agudas ou queimação na planta do pé(e, às vezes, nos dedos do pé) Dor que aumenta quando você usa sapatos ou pressiona a área A dor piora com o decorrer do tempo Causas Posicionamento anormal dos dedos do pé Pé plano Pés pronados Arcos altos no pé Sapato apertado e salto alto Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Neuroma de Morton Diagnóstico Seu médico poderá diagnosticar esse problema examinando seu pé. Uma radiografia do pé poderá ser feita para descartar problemas ósseos. RM ou US de alta resolução podem diagnosticar o neuroma de Morton com sucesso. O exame do nervo (eletromiografia) não é capaz de diagnosticar o Neuroma de Morton, mas pode ser usado para descartar condições que provocam sintomas semelhantes. Exames de sangue podem ser feitos para verificar se há condições relacionadas à inflamação, incluindo determinadas formas de artrite. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Neuroma de Morton Tratamento Em primeiro lugar, é tentado o tratamento não- cirúrgico Colocar uma almofada ou fita na área do dedo do pé Mudanças nos sapatos (por exemplo, sapatos com biqueira mais larga) Medicamentos anti-inflamatórios administrados via oral ou injetado na área do dedo Medicamentos para bloqueio do nervo injetados na área do dedo Em alguns casos, pode ser necessária cirurgia para remover o tecido engrossado. Isso pode ajudar a aliviar a dor e melhorar a função do pé. A dormência após a cirurgia é permanente, mas não deve ser dolorosa. Prof. Fabiano Botelho Siqueira, MSc. Fisioterapia em Ortopedia 9 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Neuroma de Morton Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Neuroma de Morton Luxação do tornozelo Causa Trauma Associada à fratura Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Síndrome do estresse medial da tíbia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Síndrome do estresse medial da tíbia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Prof. Fabiano Botelho Siqueira, MSc. Fisioterapia em Ortopedia 10 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Síndrome do estresse medial da tíbia Definição Inflamação do periósteo da tíbia Acomete (Clement, 1981) 10% dos homens 17% das mulheres Dor se manisfesta sempre que em situação de maior intensidade Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Síndrome do estresse medial da tíbia Nomenclatura “Shin splints” Periostite Canelite Tendinite do sóleo Tendinite do tibial posterior Tendinite do flexor longo do hálux Tendinite do flexor longo dos dedos Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Síndrome dos estresse medial da tíbia Causas Aumento no volume ou intensidade de treinamento Desequilíbrio muscular Força Flexibilidade Período inicial nas corridas ou mudança de esporte Falta de flexibilidade do sóleo e do flexor longo do hálux Pronação excessiva na marcha Tênis inadequado ou gasto Corrida sem orientação profissional Solo rígido Passadas longas Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Síndrome do estresse medial da tíbia Sintomas Dores na região medial da tíbia Durante a corrida A dor costuma diminuir com o aquecimento e é pior pela manha e após os exercícios. Dor à palpação da região medial da tíbia Edema na parte interna e no terço inferior da perna. Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Síndrome do estresse medial da tíbia Tratamento Redução no volume e intensidade do treino Revisão do tipo de tênis e uso de palmilha Interrupção de treinos com saltos Treino de resistência para musculatura Treino de flexibilidade para sóleo e flexor longo do hálux Crioterapia Prof. Fabiano Botelho Siqueira, MSc. Fisioterapia em Ortopedia 11 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Síndrome do estresse medial da tíbia Prevenção Treino de equilíbrio muscular Treino de controle neuromuscular Treino de flexibilidade Aumento gradativo de volume e intensidade de treino Máximo de 10% Uso de tênis adequado Corrida em terrenos menos duros Grama ou terra batida Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Síndrome do estresse medial da tíbia Retorno às atividades Após: Equilíbrio muscular Treino de controle neuromuscular Treino de flexibilidade Estar assintomático em corridas em terrenos planos Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Tipos de pisadas Prof. Fabiano Botelho Siqueira, MSc. Fisioterapia em Ortopedia 12 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Prof. Fabiano Botelho Siqueira, MSc. Fisioterapia em Ortopedia 13 Fisioterapia Aplicada à Ortopedia Fisioterapia Aplicada à Ortopedia
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