Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
www.cers.com.br OAB XIV EXAME DE ORDEM – 2ª FASE Direito Penal Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 1 FUNDAMENTAÇÃO Lei de Execução Penal – LEP (Lei n. 7.210/84) Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo. HIPÓTESES DE CABIMENTO DO AGRAVO EM EXECUÇÃO PREVISTAS NO ART. 581 DO CPP 1) Conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena quando a decisão for do juiz das execuções (inciso XI) 2) Conceder, negar ou revogar livramento condicional (inciso XII) 3) Decidir sobre a unificação de penas (inciso XVII) 4) Decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em julgado (inciso XIX) 5) Impuser medida de segurança por transgressão de outra (inciso XX) 6) Mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774 (inciso XXI) 7) Revogar a medida de segurança (inciso XXII) 8) Deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei admite a revogação (inciso XXXIII) PRAZO Súmula 700 do STF: É de cinco dias o prazo para interposição de agravo contra a decisão do juiz da execução penal. OBSERVAÇÃO 1: A lei de execução penal aplica-se ao preso provisório e ao preso definitivo, ou seja, as regras da LEP não são aplicadas somente ao preso definitivo, incluindo também o preso provisório, conforme o art. 2º, parágrafo único da LEP. OBSERVAÇÃO 2: O direito a prisão especial subsiste apenas até o trânsito em julgado da sentença penal. Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva: I - os ministros de Estado; II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia; www.cers.com.br OAB XIV EXAME DE ORDEM – 2ª FASE Direito Penal Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 2 III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembléias Legislativas dos Estados; IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito"; V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; VI - os magistrados; VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República; VIII - os ministros de confissão religiosa; IX - os ministros do Tribunal de Contas; X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função; XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos. §1o A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis, consiste exclusivamente no recolhimento em local distinto da prisão comum. §2o Não havendo estabelecimento específico para o preso especial, este será recolhido em cela distinta do mesmo estabelecimento. §3o A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo, atendidos os requisitos de salubridade do ambiente, pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequados à existência humana. §4o O preso especial não será transportado juntamente com o preso comum. §5o Os demais direitos e deveres do preso especial serão os mesmos do preso comum. AGRAVO EM EXECUÇÃO (ESTRUTURA) - Petição de interposição * Endereçamento EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE ___ (Regra Geral) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____ VARA DE EXECUÇÕES CRIMINAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ____ (Crimes da Competência da Justiça Federal) Processo número: www.cers.com.br OAB XIV EXAME DE ORDEM – 2ª FASE Direito Penal Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 3 (Nome do Recorrente), já qualificado no processo de execução às fls.__, por seu advogado formalmente constituído que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, inconformado com a respeitável decisão ___, conforme fls._ interpor tempestivamente o presente AGRAVO EM EXECUÇÃO com fundamento no art. 197 da Lei de Execuções Penais. Requer a realização do juízo de retratação e, em sendo mantida a decisão atacada, seja o presente recurso encaminhado a superior instância para o devido processamento e julgamento. Termos em que, Pede deferimento. Comarca, data Advogado, OAB - Razões ou Contrarrazões. * Endereçamento: RAZÕES DO AGRAVO EM EXECUÇÃO RECORRENTE: RECORRIDO: PROCESSO NÚMERO: EGRÉGIO TRIBUNAL (DE JUSTIÇA, REGIONAL FEDERAL) COLENDA CÂMARA ÍNCLITOS DESEMBARGADORES 1. Dos Fatos Seja mais resumido nos fatos, e mais enfático no resumo do processo. No final dos fatos, é para, sem pular linhas, fazer um parágrafo com o seguinte teor: “A respeitável decisão proferida merece ser reformada pelos motivos de fato e direito a seguir aduzidos”. 2. Do Direito Fale inicialmente qual foi o equívoco cometido pelo juiz das execuções penais para depois mencionar o direito aplicado ao caso concreto que será o fundamento do agravo em execução. 3. Do Pedido. Deve-se fazer um pedido pleiteando o provimento do recurso para aplicar o direito referente a execução da pena no caso concreto. Termos em que, www.cers.com.br OAB XIV EXAME DE ORDEM – 2ª FASE Direito Penal Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 4 Pede deferimento. Comarca, data Advogado, OAB FUNDAMENTAÇÃO Lei de Execução Penal – LEP (Lei n. 7.210/84) Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo. ESTRUTURAÇÃO DAS CONTRARRAZÕES - Petição de Juntada *Endereçamento EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE __ (Regra Geral) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA __ VARA DE EXECUÇÕES CRIMINAIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE __ (crimes da Competência da Justiça Federal) Processo número: (Nome do Recorrente), já qualificado nos autos do processo de execução às fls.__, por seu advogado formalmente constituído que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, objetivando a manutenção da respeitável sentença de ___, conforme fls._ interpor tempestivamente a presente CONTRARRAZÕES DO AGRAVO EM EXECUÇÃO com fundamento no art. 197 da Lei 7.210/84. Requer que, após o recebimento destas, com as contrarrazões inclusas, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal de Justiça, onde serão processados e não provido o presente recurso. Termos em que, Pede deferimento. Comarca, data Advogado, OAB CONTRARRAZÕES DO AGRAVO EM EXECUÇÃO CONTRARRAZÕES DO AGRAVO EM EXECUÇÃO (ESTRUTURA) www.cers.com.br OAB XIV EXAME DE ORDEM – 2ª FASE Direito Penal Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 5 - Contrarrazões. * Endereçamento: CONTRARRAZÕES DO AGRAVO DE EXECUÇÃO RECORRENTE: RECORRIDO: PROCESSO NÚMERO: EGRÉGIO TRIBUNAL (DE JUSTIÇA, REGIONAL FEDERAL) COLENDA CÂMARA ÍNCLITOS DESEMBARGADORES 1. Dos Fatos Seja mais resumido nos fatos, e mais enfático no resumo do processo. No final dos fatos, é para, sem pular linhas, fazer um parágrafo com o seguinte teor: “A respeitável decisão proferida merece ser mantida pelos motivos de fato e direito a seguir aduzidos”.2. Das Preliminares Se for o caso deve-se alegar preliminares de intempestividade ou extemporaneidade do recurso do recorrente. 3. Do Direito Fale logo do direito no primeiro parágrafo, diga o que você quer. Deve-se dizer logo o porquê da decisão deve ser mantida. 4. Do Pedido Nas contrarrazões deve-se fazer um pedido principal de não provimento do recurso e manutenção da decisão. Termos em que, Pede deferimento. Comarca, data Advogado, OAB Art. 621. A revisão dos processos findos será admitida: I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos; II - quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos; REVISÃO CRIMINAL www.cers.com.br OAB XIV EXAME DE ORDEM – 2ª FASE Direito Penal Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 6 III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena. Art. 622. A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, antes da extinção da pena ou após. Parágrafo único. Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em novas provas. Art. 623. A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. Art. 624. As revisões criminais serão processadas e julgadas: I - pelo Supremo Tribunal Federal, quanto às condenações por ele proferidas; II - pelo Tribunal Federal de Recursos, Tribunais de Justiça ou de Alçada, nos demais casos. § 1o No Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Federal de Recursos o processo e julgamento obedecerão ao que for estabelecido no respectivo regimento interno. § 2o Nos Tribunais de Justiça ou de Alçada, o julgamento será efetuado pelas câmaras ou turmas criminais, reunidas em sessão conjunta, quando houver mais de uma, e, no caso contrário, pelo tribunal pleno. REVISÃO CRIMINAL NO RITO JÚRI Apesar de divergente, o entendimento é que é possível a revisão criminal em decisões do Tribunal do Júri, entretanto, deve-se proceder a novo julgamento para se respeitar a soberania dos veredictos. Processo REsp 1172278 / GO RECURSO ESPECIAL 2009/0246886-9 Relator(a) Ministro JORGE MUSSI (1138) Órgão Julgador T5 - QUINTA TURMA Data do Julgamento 26/08/2010 Data da Publicação/Fonte DJe 13/09/2010 Tribunal do Júri www.cers.com.br OAB XIV EXAME DE ORDEM – 2ª FASE Direito Penal Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 7 Ementa: Recurso Especial. Crime doloso contra a vida. Condenação pelo Tribunal do Júri. Retificação de depoimento testemunhal. Revisão criminal julgada procedente. Determinação de novo julgamento pelo Tribunal Popular. Possibilidade. Recurso desprovido. 1. Ao Tribunal do Júri, conforme expressa previsão constitucional, cabe o julgamento dos crimes dolosos contra a vida, sendo-lhe assegurada a soberania dos seus veredictos. 2. Por outro lado, o ordenamento jurídico assegura ao condenado, por qualquer espécie de delito, a possibilidade de ajuizar revisão criminal, nas hipóteses previstas no art. 621, do Código de Processo Penal. 3. In casu, o recorrente foi condenado pelo delito de homicídio qualificado, tendo transitado em julgado a sentença. Com base na retificação de depoimento testemunhal, foi apresentada revisão criminal, em que se pleiteava a absolvição do requerente, por ausência de provas. 4. Considerando-se que o Tribunal de Justiça julgou procedente a revisão criminal para determinar a realização de novo julgamento popular, com fundamento na soberania dos veredictos, não merece reparo o aresto objurgado por estar em consonância com julgado desta Corte Superior. 5. Recurso desprovido. REVISÃO CRIMINAL ESTRUTURA ESTRUTURA DA REVISÃO CRIMINAL * Endereçamento: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ____ EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA ____ REGIÃO (Crimes da Competência da Justiça Federal) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA • Identificação (Fazer parágrafo – regra dos dois dedos) Nome, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Cédula de Identidade número __, expedida pela ___inscrito no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda sob o número ___, residência e domicílio, por seu advogado abaixo assinado, conforme procuração anexa a este instrumento, vem oferecer REVISÃO CRIMINAL com fundamento no art. 621 (indicar inciso), do Código de Processo Penal, não se conformando com a sentença __, já transitada em julgado, conforme certidão em anexo, pelas razões de fato e direito a seguir expostas. 1. Dos Fatos Falar os pontos principais dos fatos que ensejam a interposição da revisão criminal. 2. Do Direito www.cers.com.br OAB XIV EXAME DE ORDEM – 2ª FASE Direito Penal Geovane Moraes e Ana Cristina Mendonça 8 Fale inicialmente qual foi o equívoco cometido pelo juiz para depois mencionar o direito aplicado ao caso concreto que será o fundamento da Revisão Criminal. 3. Do Pedido Deve-se fazer o pedido pleiteando o deferimento do pedido revisional e a reforma da decisão (indicando qual é o tipo de reforma que se quer nos termos do art. 626 do CPP – absolvição; desclassificação; diminuição da pena; anulação da sentença). Termos em que, Pede deferimento. Comarca, data Advogado, OAB Art. 626. Julgando procedente a revisão, o tribunal poderá alterar a classificação da infração, absolver o réu, modificar a pena ou anular o processo. Parágrafo único. De qualquer maneira, não poderá ser agravada a pena imposta pela decisão revista. Art. 630. O tribunal, se o interessado o requerer, poderá reconhecer o direito a uma justa indenização pelos prejuízos sofridos. § 1o Por essa indenização, que será liquidada no juízo cível, responderá a União, se a condenação tiver sido proferida pela justiça do Distrito Federal ou de Território, ou o Estado, se o tiver sido pela respectiva justiça. § 2o A indenização não será devida: a) se o erro ou a injustiça da condenação proceder de ato ou falta imputável ao próprio impetrante, como a confissão ou a ocultação de prova em seu poder; b) se a acusação houver sido meramente privada.
Compartilhar