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Instituto de Educação Superior de Brasília Departamento de Engenharia Civil Construção Civil I Aula 7 – Formas Prof. Vamberto Machado SUMÁRIO 1. Objetivos das Fôrmas 2. Aspectos Gerais das Fôrmas 3. Funções das Fôrmas para Concreto Armado 4. Materiais Utilizados para Fabricação das Fôrmas 5. Critérios para escolha dos Materiais utilizados para Fabricação das Fôrmas 5.1 Variáveis que motivam a escolha correta 5.2 Aspectos a serem considerados 6. Fabricação de Fôrmas 6.1 Fabricação de Fôrmas 7. Projetos de Fôrmas 8. Exemplos de Dimensionamento de Fôrmas 8.1 Exemplo de Confecção de forma para pilar quadrado de altura reduzida com tábua (Exemplo 1) 8.2 Exemplo de Confecção de forma para viga com chapa compensada (Exemplo 2) 9. Fabricação de Fôrmas na Obra 10. Recebimento de Fôrmas prontas SUMÁRIO (cont.) 11. Montagem de Fôrmas 11.1 Processo de Montagem de Fôrmas de Pilares 11.2 Processo de Montagem de Fôrmas de Vigas 11.3 Processo de Montagem de Fôrmas de Laje 12. Recomendações Importantes 13. Desforma 14. Cimbramento 14.1 Etapas do Cimbramento 14.2 Materiais de Cimbramento 14.3 Tipos de Cimbramento 14.4 Variáveis que motivam a escolha do Cimbramento 14.5 Comparativo para escolha do Cimbramento 14.6 Reescoramento do Cimbramento 14.7 Custos do Cimbramento 14.8 Observações importantes sobre Cimbramento 15. Sequência de fotos de uma obra São Paulo 16. Sistemas de Fôrmas de Alumínio para Paredes de Concreto Moldadas in loco REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. OBJETIVO DAS FÔRMAS Modelar, dar forma a qualquer peça de concreto que se deseja construir. http://www.portaldosequipamentos.com.br/ http://profqualificado.blogspot.com.br/ • As fôrmas devem ser dimensionadas para resistir às seguintes solicitações: – Peso das fôrmas e elementos auxiliares; – Peso próprio do concreto e empuxo; – Impacto no lançamento (altura e velocidade); – Vibração; – Variação de temperatura; – Máquinas e operários. • O formato, a função, a aparência e a durabilidade de uma estrutura de concreto não devem ser prejudicados devido a qualquer problema com as fôrmas, escoramentos e sua remoção. 2. Aspectos Gerais das Fôrmas • Elementos constituintes: 3.Funções das Fôrmas para Concreto Armado – Garantir a geometria; – Garantir o posicionamento das peças; – Manter a conformação do concreto fresco; – Permitir a obtenção de superfícies especificadas (concreto aparente, a ser revestido, texturizado); – Possibilitar o posicionamento de outros elementos (furos, inserts, instalações, armadura); – Proteger o concreto novo (impacto e variação de temperatura); – Evitar fuga de finos (estanqueidade); – Limitar a perda de água do concreto fresco (hidratação do cimento). 4. Materiais Utilizados para Fabricação das Fôrmas Madeira • Madeira serrada; • Chapas de compensado (resinado); Metal (Aço, Alumínio); Papelão e Plástico (PVC). – Madeira serrada tábuas, barrotes, sarrafos; mais usada para estruturação e travamento dos painéis. Madeira Barrote – Chapa de madeira revestida usadas para confecção dos painéis; alto índice de reaproveitamento: • Acabamento resinado: – aspecto de concreto rugoso, ≈ 8 reutilizações – dimensões: 2,20x1,10m, espessuras: 6,10,12,15mm; • Acabamento plastificado: – superfície lisa (filme fenólico), ≈ 18 reutilizações; – dimensões: 2,20x1,10m, espessuras: 10,15mm; Madeira http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/137/ artigo286531-2.aspx Fôrma de Madeira – Metal o aço é usado em escoras, travamentos, torres e para formas que demandam alto índice de reaproveitamento, como no caso de pré-moldados; http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/137/ artigo286531-2.aspx – Papelão usado basicamente para pilares circulares; não reutilizáveis, são danificados na desforma. http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/137/artigo286531-2.aspx – Plástico • leve, resistente e reciclável; bastante utilizado em lajes nervuradas; • Fornecido em diversas dimensões, o tubo de PVC é produzido pela extrusão de um perfil plano e reforçado com pequenas saliências em forma de "T", que são posteriormente enrolados segundo o diâmetro desejado. http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/137/artigo286531-2.aspx Qualidade do produto; Menor custo associado ao tempo de execução; Projeto arquitetônico; Projeto estrutural. 5. Critérios para escolha dos Materiais utilizados para Fabricação das Fôrmas $ aluguel de fôrmas metálicas, ou de outro material; $ fabricação de fôrmas de madeira (considerando no máx. 5 vezes sua reutilização); $ custo de mão-de-obra: madeira 1 m2/homem hora metálica 5 m2/homem hora $ equipamentos de transporte; Dimensões dos elementos; Acabamento da superfície do concreto; Formas de lançamento e adensamento; Espaço no canteiro; Perdas no processo; Disponibilidade no mercado; Segurança. 5.1 Variáveis que motivam a escolha correta (Téchne, jul./2005) • Reaproveitamento das fôrmas; • Padronização; • Evitar dentes nos encontros das vigas com pilares; • Identificação das peças para facilitar a montagem e desmontagem. 5.2 Aspectos a serem considerados • Equipamentos e ferramentas empregadas: – Para fabricação dos painéis: • Serra circular de bancada para cortes longitudinais e desdobramento1; • Serra esquadrejadeira cortes transversais e destopamento2; • Desengrossadeira para bitolamento3 da madeira; • Serra de fita para cortes curvos. Traduzindo... 1. Desdobramento: divisões feitas na largura da peça; 2. Destopamento: corte pelo comprimento das peças de madeira; 3. Bitolamento: ajustes na espessura da peça; 6. Fabricação de Fôrmas ATENÇÃO O disco de serra “come” cerca de 5mm em cada corte. Ou seja, ao dividirmos uma peça de 30cm em peças menores de, por exemplo, 5cm de largura, teremos: 5 peças de 5cm e uma sobra de aproximadamente 2,5cm. Serra circular de bancada 6. Fabricação de Fôrmas • Equipamentos e ferramentas empregadas: – Para montagem das formas: • Martelo comum; • Trena de 5 metros (mínimo); • Cunhas de madeira; • Linha de nylon; • Prumo de centro; • Prumo de face; • Mangueira de nível; • Esquadro metálico; • Nível a laser/ teodolito; • Cordas; Desmoldante; Broxa, pincel, rolo; Espaçadores plásticos; Barras e porcas de ancoragem; Tubo de PVC ¾”; Fita de PVC; Isopor (juntas e nichos); Lavajato (limpeza após desforma). 6. Fabricação de Fôrmas • Ferramentas: TRENA ESQUADRO LINHA Prumo de face Prumo de centro Nível de bolha Régua Nível de bolha Torquês Machadinha Formão Lima Serrote de ponta serrote Arco de serra Martelo de unha Travadeira Plaina Marreta Furadeira 6. Fabricação de Fôrmas • Equipamentos e ferramentas empregadas: – Para ajustes e reformas das formas: • Serrote; • Serra circular manual; • Disco de vídea (para serra circular); • Serra tico-tico; • Furadeira; • Broca para furar madeira. Serra tico-tico Veja como serra a madeira corretamente!6. Fabricação de Fôrmas www.taqi.com.br 7. Projetos de Fôrmas • Projetos para fabricação (vigas): 7. Projetos de Fôrmas • Projetos para fabricação (pilares): 7. Projetos de Fôrmas • Projetos para montagem: Faixa de reescoramento Numeração do tipo de painel 8. Exemplos de Dimensionamento de Fôrmas – Seção transversal: 25cm x 25xm – Altura: 1,0m – Material: tábua (pequena reutilização, acabamento rugoso) 8.1 Exemplo de Confecção de forma para pilar quadrado de altura reduzida com tábua (Exemplo 1) Exemplo 1 - Confecção de forma para pilar quadrado Nº QUANT. DENOMINAÇÃO MATERIAIS DIMENSÕES (cm) 1 2 Painel externo Tábua de pinho 2,5x 30 x 100 2 2 Painel interno Tábua de pinho 2,5 x 25 x 100 3 8 Gravata Sarrafo de pinho 2,5 x l0 x 60 4 2 Gastalho Pontalete de pinho 8 x l0 x 110 5 2 Mão-francesa Sarrafo de pinho 2,5 x l0 x 55 • Exemplo 1 - Confecção de forma para pilar quadrado – Preparação inicial: • Selecione a madeira (tábuas ou chapas compensadas e sarrafos); • Meça e marque as peças de acordo com a planta de fabricação da fôrma ou de acordo com o projeto estrutural; • Serre as peças; Atenção! Não esqueça de acrescentar na medida do painel lateral a espessura da peça do outro painel! • Exemplo 1- Confecção de forma para pilar quadrado – Montagem do painel: • Faça a distribuição das gravatas (3) entre as guias fixadas na bancada. • Marque a posição da tábua (2) lateral do pilar nas gravatas; • Posicione a tábua sobre as gravatas; • Acerte as marcações das gravatas • Pregue as tábuas sobre a gravata. • Exemplo 1- Confecção de forma para pilar quadrado – Montagem da fôrma: • Pregue um painel externo sobre um painel interno para formar um canto da fôrma; • Comprove com o esquadro o ângulo de 90° formado; • Pregue as gravatas. Os pregos devem ser cravados nas gravatas de cima para baixo, isto é, da cabeça para os pés da forma; • Pregue os 2 painéis restantes repetindo os procedimentos anteriores; • Una os cantos pregando os painéis e as gravatas. • Exemplo 1 - Confecção de forma para pilar quadrado – Montagem da fôrma: Passo 1 Passo 2 • Exemplo 1 - Confecção de forma para pilar quadrado – Montagem da fôrma: Passo 3 Foto do pilar com armação • Exemplo 1- Confecção de forma para pilar quadrado – Locação do pilar: • Faça a locação do pilar; • Coloque a forma do pilar no gastalho; • Aprume o pilar e escore com a mão francesa; – Forma em chapa compensada com 12mm de espessura – Seção transversal: 12 x 30 cm – Espessura da laje adjacente: 8 cm. Nº QUANT. DENOMINAÇÃO MATERIAL DIMENSÕES 7 7 Costela Sarrafo de pinho 2,5x5x156,6 6 4 Gravata Sarrafo de pinho 2,5xl0x49,4 5 1 Painel de fundo Chapa compensado l,2xl2xl59 4 4 Gravata Sarrafo de pinho 2,5xl0x39,5 3 1 Painel lateral interno Chapa compensado l,2x22xl56,6 2 4 Gravata Sarrafo de pinho 2,5xl0x48,7 1 1 Painel lateral externo Chapa compensado l,2x3l,2xl56,6 8.2 Exemplo de Confecção de forma para viga com chapa compensada (Exemplo 2) • Exemplo 2 - Confecção de forma para viga com chapa compensada 1) Painel lateral externo 2) Gravata 3) Painel lateral interno 4) Gravata 5) Painel de fundo 6) Gravata 7) Costela 8) Escora 9) Travessa 10) Mão-francesa 11) Cunha 12) Mão-francesa 13) Tala • Exemplo 2 - Confecção de forma para viga com chapa compensada – Preparação inicial: • Selecione a madeira (chapas compensadas e sarrafos); • Meça e marque as peças de acordo com a planta de fabricação da fôrma ou de acordo com o projeto estrutural. • Serre as peças; Atenção! Não esqueça de acrescentar na medida do painel lateral a espessura da peça do outro painel! • Exemplo 2 - Confecção de forma para viga com chapa compensada – Preparação dos painéis: • Distribua as gravatas entre as guias da bancada. • Marque nas gravatas as posições das costelas. • Pregue as costelas nas gravatas, formando um estrado. • Marque nas costelas a posição da chapa compensada. • Pregue a chapa nas costelas. • Exemplo 2 - Confecção de forma para viga com chapa compensada – Preparação dos painéis: • Exemplo 2 - Confecção de forma para viga com chapa compensada – Montagem da forma: • Pregue os painéis laterais ao painel do fundo da viga. • Verifique a horizontalidade no fundo da viga nos sentidos transversal e longitudinal. • Marque nos pilares o nível da viga. • Coloque a forma da viga, encaixando-a nos pilares, encaixando-a nas aberturas apropriadas. • Escore a viga com pontaletes de madeira ou escoras metálicas, ajustando-os com cunhas ou dispositivos próprios. • Assegure o prumo das escoras e pontaletes. • Pregue mãos-francesas para travar os painéis laterais da viga ou trave as laterais da viga nos painéis da laje. • Exemplo 2 - Confecção de forma para viga com chapa compensada – Montagem da forma: Forma da viga Elementos auxiliares: 10 e 12 – mão francesa 11 – cunha • Exemplo 2 - Confecção de forma para viga com chapa compensada – Montagem da forma: Elementos: 8 – escora; 9 – travessa; 10 – mão francesa; 13 – tala. 9.1 Condições para início da Produção das Fôrmas a) A central de fôrma deve estar montada e com os equipamentos necessários instalados (bancada, serra circular, etc.); b) O projeto de fôrma deve estar disponível, incluindo: • Planta de locação e eixos de gastalhos; • Planta de verificação; • Desenhos de fabricação das fôrmas; • Planta de escoramento; • Detalhes de confecção e montagem; • Normas de procedimento e especificação técnicas; 9. Fabricação de Fôrmas na Obra • Galgar todas as peças, cortar e estruturar os painéis de acordo com o projeto; • As superfícies devem ser planas e lisas, sem apresentar serrilhas; • Identificação dos painéis com (gabaritos de letras e tinta óleo); • Marcar as posições do cimbramento; • Os topos de chapas devem ser impermeabilizados com selante à base de borracha; (cont.) • Corte das peças conforme dimensões do projeto (± 3mm); • Estocar painéis em áreas limpas, arejadas e protegidas da ação da intempérie, com espaço compatível, fora da área de montagem; • Deve-se ter no mínimo 02 jogos de fôrmas de fundo de viga e tiras de reescoramento das lajes respeitando o tempo correto de desforma. (cont.) • Receber sempre com o mestre de obra e conferir pelo número de ordem da nota fiscal; • Conferir cada peça (chapas inteiras, longarinas, escoras de laje, garfos de fundo de viga, topos dos painéis, espaçamento dos sarrafos, espessura dos painéis); • A estocagem deve ser feita empilhando-se o material na posição horizontal, sobre teças de madeira, a uma altura de 15 cm do solo. 10. Recebimento de Fôrmas prontas • O local deve estar limpo e desimpedido; • Os eixos principais da edificação devem ser transferido para a laje em execução (precisos); • Havendo interferências, criar eixos secundários. Obs.: Os eixos devem ser transferidos pelo mestre e liberados somente pelo engenheiro da obra. 11. Montagem de Fôrmas • Os eixos e gastalhos devem ser marcados no dia seguinte à concretagem da laje por encarregados e carpinteiros; • Durante a marcação dos gastalhos, deve-se evitar trânsitos de pessoas estranhas aos serviços em questão; • O gastalho deve estar bem fixo, solidarizadodiretamente sobre a laje ou encunhado (Fig. 2 ); • Apicoar o concreto da base dos pilares, removendo a nata de cimento; • Verificar se o desmoldante foi aplicado; 11.1 Processo de Montagem de Fôrmas de Pilares •Fixar 2 pontaletes-guia bitolados nos gastalhos, sendo estes aprumados e travados com mão francesa; •Este conjunto de gastalho e mão francesa deve estar em perfeita imobilidade; • Nivelar as faces montadas, verificando-se a abertura da base do pilar; • Posicionar a armadura, conferindo os espaçadores, para garantir o cobrimento das armaduras. (cont.) • Montagem da forma em obras de edifícios Fixação do gastalho • Montagem da forma em obras de edifícios – Montagem da fôrma dos pilares: • Passar desmoldante na face interna das formas; • Posicionar 3 painéis sobre o gastalho; • Posicionar a armação com os espaçadores; • Colocar os distanciadores que impedirão o estrangulamento do pilar e permitirão a passagem das barras de travamento; • Fechar a forma, colocando o último painel; • Travar a forma utilizando barras de ancoragem e porcas; • Ajustar o escoramento do conjunto; • Ajustar e verificar o prumo. • Verificar dimensões e aspecto geral da forma. • Montagem da forma em obras de edifícios Forma do pilar Conferir o prumo das fôrmas dos pilares; Conferir a imobilidade do conjunto mão francesa e gastalho. Posicionamento das armaduras, conferindo os espaçadores, para garantir o seu recobrimento. • Pilares com mais de 2,50m de altura, prever janela de inspeção para limpeza antes da concretagem; • Nas laterais (bordas dos painéis), podem ser usados sargentos, ou sanduíches de madeiras travados por tensores ou agulhas. Processo de montagem de fôrmas de pilares (cont.) Posicionar as mangueiras e os arames, e fechar a outra face, travando todas as laterais com tensores e castanhas, ou por meio de agulhas (barras roscadas). • Passar desmoldantes nas fôrmas de viga (reaproveitamento); • Lançar os fundos da viga a partir das cabeças dos pilares, apoiando diretamente em alguns garfos dos vãos; • O encaixe entre o fundo da viga e os pilares deve ser perfeito. A presença de folgas indicam que os pilares não estão no prumo, sendo necessário corrigi-los antes da continuação dos trabalhos; 11.2 Processo de Montagem de Fôrmas de Vigas • Verificar o nivelamento dos fundos das vigas, passando uma linha de nylon a 1m do fundo da viga entre 2 pilares; • Nivelar os fundos das vigas de madeira com cunhas de madeira, aplicadas nas bases dos garfos; • Verificar a locação dos topos das fôrmas dos pilares com uma tolerância de ± 2mm, bem com as dimensões internas das fôrmas. Processo de montagem das fôrmas das vigas (cont.) • Montagem da forma em obras de edifícios – Montagem da fôrma das vigas e lajes: • Posicionar o fundo da viga, apoiando entre os pilares e com garfos, onde necessário; • Pregar o fundo da viga nos pilares e garfos. O encaixe da viga nos pilares deve estar bem ajustado, evitando dentes; • Posicionar os demais garfos (ou escoras ou torres) • Nivelar o fundo das vigas (o nivelamento com escoras metálicas é mais fácil e preciso); • Lançar os painéis laterais encostando-os nas bordas do painel de fundo; • Posicionar as demais escoras ou torres, obedecendo espaçamento, prumo e alinhamento; • Lançar as longarinas e transversinas (suporte para o assoalho); • Montagem da forma em obras de edifícios – Montagem da fôrma das vigas e lajes: (cont.) • Lançar o assoalho da laje; • Pregar as chapas compensadas nos sarrafos laterais das formas de viga e nas transversinas; • Nivelar os panos de laje e verificar a contra-flecha (quando for o caso); • Travar as laterais das vigas; • Para vigas isoladas (sem laje), pregar sarrafos de travamento na parte superior da viga; • Marcar os furos de elétrica e hidráulica na forma da laje; • Passar desmoldante em toda a superfície do assoalho; • Posicionar a armação • Montagem da forma em obras de edifício Posicionamento da forma da viga • Montagem da forma em obras de edifício Visão final da fôrma pronta • Pregar sarrafos-guia na lateral dos garfos a uma distância à altura da longarina; • Posicionar as longarinas devidamente escoradas, de acordo com o previsto no projeto; • O uso de escoras telescópicas facilitam posteriormente o nivelamento da laje; 11.3 Processo de Montagem de Fôrmas de Laje • Lançar o assoalho da laje do andar superior sobre as longarinas, conforme o projeto e fazer a verificação do nível; • Pode-se pintar a posição das paredes no assoalho da laje afim de facilitar o trabalho e evitar erros na locação de tubulações e gabaritos de furação; • Para facilitar a desforma deve-se pregar uma alça de corda na primeira chapa do assoalho a ser desformada. Processo de montagem da fôrma da laje (cont.) • Transferir o eixo da obra para o andar superior para realização de conferências; • Conferir a posição dos topos dos pilares. Em seguida passar 2 linhas de náilon unindo as cabeças dos dois pilares, faceando-as com a parte superior das laterais da fôrma da viga. Verificar o alinhamento das laterais; • Pregar o assoalho nas laterais das fôrmas das vigas; Obs.: Este encontro deve ser perfeito, sem folga; • Pregar o restante do assoalho nas longarinas. Processo de montagem da fôrma da laje (cont.) • Nivelar “os panos de laje” e verificar a contraflecha; • Travar as laterais das vigas com cunhas; • É preciso assegurar a largura das vigas pregando-se sarrafos nas bordas superiores; • Verificar sempre o esquadro da laje, através de medidas diagonais; • Usar desmoldante (reutilização); • Fixar na fôrma da laje os gabaritos de furação das instalações elétrica, hidro-sanitária etc. Processo de montagem da fôrma da laje (cont.) Utilização de escoras telescópios, propicia facilidade durante o nivelamento da laje • Aspectos importantes a observar: – Antes da concretagem: • As fôrmas devem ser limpas internamente. Prever "janelas" próximas ao fundo das fôrmas estreitas e profundas. • Aplicar desmoldante nas faces das fôrmas de chapa compensada em contato com o concreto não absorver água necessária à hidratação do cimento e facilitar a desforma. • Fôrmas com tábuas saturar a madeira antes da concretagem e escoar o excesso de água. • Estruturas abaixo do nível do solo ou contíguas a um paramento de terra fôrmas verticais podem ser dispensadas quando o terreno for consistente e não houver perigo de desmoronamento. Caso contrário, devem ser feitos revestimentos de tijolos ou concreto magro. 12. Recomendações Importantes • Aspectos importantes a observar: – As fôrmas usadas nas peças de grandes vãos devem ter a sobrelevação (contra-flecha) necessária para compensar a deformação sob a ação das cargas (conforme projeto); – As fôrmas devem ser estanques. No caso de aparecerem fendas, estas devem ser vedadas cuidadosamente. – Devem ser planejadas e executadas de forma a facilitar a desfôrma e permitir o maior número possível de reutilizações. 13. Desfôrma •Verificar o tempo adequado de cura do concreto para desforma das peças; •A desforma começa pelos pilares, soltando os tensores; • Observar se os painéis estão sendo desformados com auxílio de desformador; • Manusear as peças com cuidado paranão danificar as fôrmas, nem a estrutura de concreto. (cont.) • Checar a instalação de cordas, redes ou cavaletes, para evitar eventuais impactos; • Posicionar as reescoras das vigas. Caso não seja possível, retirar as escoras do 1/3 central do vão. Posicionar as reescoras, e só então proceder à retirada das mesmas e ao reescoramento 1/3 das extremidades; • Posicionar o reescoramento nas tiras do assoalho da laje, retirando as escoras e logarinas. Em vigas e lajes em balanço, efetuar a desfôrma da borda livre em direção ao apoio; • Assegurar a limpeza dos painéis logo após a desfôrma. Obs.: O tempo mínimo de desforma deve ser especificado no projeto e dependerá do concreto e de sua cura. Para concretos usuais com cura úmida, pode-se ter: Painéis laterais de vigas: 40 horas, seguido do reescoramento; Assoalho de lajes: 65 horas, seguido do reescoramento. (cont.) • Escoramento: Escora metálica e de madeira Escora metálica 14. Cimbramento • Escoramento: Sistema de reescoramento Dia da semana Atividades 1 – quarta Monta viga Concreta pilar 2 – quinta Monta forma de laje 3 – sexta Armação de viga e laje Concreta laje 4 – sábado Desforma pilar Cura laje 5 – domingo Cura laje 6 – segunda Desforma viga e laje Monta pilar 7 – terça Monta e Arma pilar Exemplo do ciclo de um pavimento tipo para 1 semana 14.1 Etapas do Cimbramento Madeira bruta; Madeira serrada; Metálicos. 14.2 Materiais de Cimbramento Escoras (pontuais) Metálica/ Madeira Metálica Torres (contraventa- mentos) Mesa Voadora 14.3 Tipos de Cimbramento Projetos de fôrmas e estrutural; Planejamento; Custo; Durabilidade; Transporte/Movimentação; Produtividade; Segurança; Flexibilidade; Facilidade de ajustes; Estabilidade; Pé-direito; Quantidade de elementos. 14.4 Variáveis que motivam a escolha do Cimbramento (Manual de estruturas de concreto/2003) 14.5 Comparativo para escolha do Cimbramento Características do projeto de fôrmas; Características do projeto de escoramento; Projeto estrutural; Planejamento; Movimentação do cimbramento; Tipo de lançamento. 14.6 Reescoramento do Cimbramento 14.7 Custos do Cimbramento 14.8 Observações importantes sobre Cimbramento • Componentes embutidos e redução de seção: – Concentração de componentes e furos numa região da estrutura deve ser verificado pelo projetista. – Componentes embutidos devem ser fixados para evitar seu deslocamento durante a concretagem e não podem alterar as características estruturais e de uso da peça; • Fôrmas perdidas devem ser evitadas. – Em caso de madeira, imunizar contra cupins, fungos e insetos; 15. Seqüência de fotos de uma obra - São Paulo Execução de canteiro de obra; Montagem do stand de vendas; Locação; Fundações; Execução de fôrmas; Concretagem. Montagem stand de vendas Stand de vendas em funcionamento Limpeza do terreno Início da construção do gabarito de locação Gabarito de locação/Nivelamento do terreno Locação/Instalações provisórias Inicio fundação (escavação)/Gabarito (distância) O que se apresenta em desconformidade? Execução fôrmas da fundação Execução fôrmas da fundação/ Concreto (cabeça estacas) Lembrete: Durante a execução da fundação, deve-se ter cuidados, com os demais projetos, tais como esgoto, águas pluviais etc. Deve-se avaliar, suas compatibilizações. Execução fôrmas dos pilares Concretagem laje de cobertura do sub-solo Esperas pilares apresentam proteção contra corrosão Execução fôrmas das Vigas Fundos das viga sobre cabeça dos pilares Concretagem de laje Montagem bandejas de proteção (NR 18) Bandeja e tela de proteção (NR 18) 16. Sistemas de Fôrmas de Alumínio para Paredes de Concreto Moldadas in loco Peso dos painéis 270 x 75 (2,025m2) = 60,0 kg 270 x 45 (1,215m2) = 46,4 kg 30 kg/m2 Peças adicionais - componentes do sistema Barras de ancoragens e Porcas Grampos – (alinhamento e junção) Aprumadores duplos Consoles de trabalho – (opcional) grampos aprumadores console ancoragens painéis Produtividade Acessórios por m2 de “fôrma” Barras de ancoragens 0,6 Porcas 1,2 Grampos – (alinhamento e junção) 1,2 Aprumadores duplos 0,1 Consoles de trabalho – (opcional) - Produtividade média (MANUAL) 0,30 HH/m2 Produtividade MADEIRA MISTO PAINÉIS 2,0 HH/m² 1,5 HH/m² 0,3 HH/m² Produtividade PAREDE DE CONCRETO Ex: casas térreas radier gastalho Ex: casas térreas Telas - armação Ex: casas térreas Telas - Instalações Ex: casas térreas Montagem fôrma interna Ex: casas térreas Montagem fôrma interna Ex: casas térreas Abertura de portas Ex: casas térreas Oitões Montagem final Ex: casas térreas PRODUTO FINAL - CONCRETO Ex: casas térreas TELHADO Ex: casas térreas Produto finalizado Ex: casas térreas Ex: Sobrados Ex: Edifícios Ex: Edifício MRV em Cotia/SP Ex: Edifício MRV em Cotia/SP REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SOUZA, R. de. Qualidade aquisição materiais e execução. Ed. Pini, 1996, São Paulo, SP. Manual Estruturas de Concreto Armado. ABCP – Comunidade da Construção, 2003. Revista Téchne, julho 2005.
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