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Resumindo textos: tipos e características

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LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS
Gláucia Nascimento
RESUMO
 Resumir um texto pressupõe a criação de um segundo texto, pela reelaboração do texto original, reduzindo-se as suas dimensões. (LIMA, 1994, p.5). Assim, podemos dizer que um resumo é a reescrita de um texto, a partir da qual se expressa sua macroestrutura, o seu sentido global, de forma mais econômica, mantendo-se seu sentido original. Um bom resumo, além de preservar o conteúdo informacional do texto-fonte, deve ter, em geral, cerca de 50% do tamanho desse texto. Evidentemente, o objetivo do resumo poderá definir a maior ou a menor extensão do texto.
Quando se faz um resumo, empreende-se uma série de operações mentais. Em primeiro lugar, é necessário compreender o texto a ser resumido, pois não se consegue resumir um texto o qual não se entende. Em seguida, é necessário distinguir as informações essenciais do texto-fonte, que serão preservadas no resumo, das informações acessórias (exemplos, ilustrações, gráficos, tabelas etc.), que poderão ser omitidas.
 
Tipos de resumo: definição e classificação
Os resumos podem ser classificados em dois grandes grupos:
Os que não contêm julgamento sobre o texto original (sumário, esquema, sinopse e síntese).
Os que contêm um julgamento acerca do texto original (comentário, resenha crítica ou recensão).
 Esses dois grupos apresentam características comuns e características distintivas, portanto, não se confundem, nem se excluem. Os que não contêm julgamento subdividem-se em:
Resumos esquemáticos (sumário e esquema);
Resumos não-esquemáticos (sinopse e síntese).
Nesta ficha, trataremos, apenas, do esquema, da síntese e da resenha.
 Esquemas (ou resumos esquemáticos)
Constituem-se de tópicos hierarquizados, em que se identificam, entre as unidades, relações de coordenação (unidades dependentes de um mesmo nível hierárquico) ou de subordinação (unidades dependentes, de níveis hierárquicos diferentes) sob a forma de sintagmas nominais (daí a habilidade de nominalizar) ou macroproposições (orações absolutas ou períodos de, no máximo, duas orações).
Esquema: 
é também chamado de esboço, plano ou roteiro;
quando feito pelo autor do original, é uma estratégia de orientação para o leitor; 
quando feito por outrem, é uma estratégia de reconstituição do esquema original adotado pelo autor;
tem como função estabelecer uma visão do conjunto e da forma de sua articulação, daí, apresentar as ideias hierarquizadas e encadeadas;
constitui uma indicação valiosa da compreensão global do texto;
requer habilidade de transformar frases verbais em frases nominais;
apresenta-se como o sumário, mas sem paginação ou sob a forma de chaves ou diagramas. 
EXEMPLO DE ESQUEMA
PROGRAMA SOBRE COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL 
1. Objetivos do programa
Ao final do programa o enfermeiro deverá: 
1. discorrer sobre o que é a comunicação não verbal e sua importância nas relações interpessoais; 
2. apontar exemplos de sinais não verbais possíveis de serem detectados nas relações enfermeiro-paciente; 
3. enumerar fatores que interferem na percepção adequada da comunicação não verbal ; 
4. aplicar seu conhecimento de sinais não verbais em situação simulada e real de interação enfermeiro-paciente, distinguindo-os de acordo com sua finalidade; 
5. passar a valorizar a comunicação não verbal sua e do paciente. 
Resumos não-esquemáticos
 São indicativos (sinopses) ou informativos (sínteses)
Síntese : 
 Também conhecida como resumo informativo, ou simplesmente resumo, é uma apresentação concisa, objetiva e seletiva de um texto, por meio da qual se põem em destaque os elementos de maior interesse ou importância. É um gênero redigido por outra pessoa e não pelo autor do texto original.
deve apresentar fidelidade rigorosa ao texto original, apresentando densidade e clareza, daí ser esse um mecanismo de avaliação, pois não se pode resumir o que não foi compreendido; 
apresenta nível de abstração maior que o do texto-fonte, daí o fato de ser, por vezes, de mais difícil compreensão;
deve ser objetiva, ou seja, sem intervenção de quem a faz, por isso, resumos de um texto feito por pessoas diferentes se equivalem;
por ser uma versão reduzida dos conteúdos de um texto, dispensa a leitura do texto-fonte, daí ser mais desenvolvida que a sinopse; 
não precisa respeitar a ordenação dos elementos do texto-fonte; 
deve ser concisa, preferindo-se, portanto, formas verbais mais curtas e sempre menor que 50% do texto original;
requer familiaridade com os termos técnicos relacionados ao assunto. 
EXEMPLO DE SÍNTESE
UMA ANÁLISE FUNCIONALISTA DA TRANSITIVIDADE DO VERBO ASSISTIR EM RELATOS DE ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL II DE UMA ESCOLA DO RECIFE
 Autor - XXXXXXXXXX  (nome da instituição)
A língua é uma forma de ação, mas não se pode esquecer que é também um sistema, que, por meio dos usos, pode assumir diferentes formas de organização, dependendo dos indivíduos e das situações em que se concretiza. Por esse motivo, o sistema deve ser compreendido em função de sua flexibilidade empiricamente estabelecida (FARACO, 2008). Uma das características da gramática normativa é o enfoque do sistema linguístico como algo inflexível.  A predicação verbal, na perspectiva dessa gramática, constitui um fenômeno dos mais inflexíveis, ao passo que os usos mais recorrentes de alguns verbos acusam uma discrepância entre as regras prescritas por essa gramática e os usos cotidianos da língua. Essa perspectiva rígida é motivadora de muitos problemas enfrentados por alunos no processo de aprendizagem de escrita, em que são orientados a se limitarem a certos usos de verbos (entre outras coisas) que não correspondem ao funcionamento corrente da língua atualmente, mas que são eficazes nas situações de interação.  Este trabalho apresenta os resultados da análise em que procuramos verificar o movimento da transitividade do verbo assistir em relatos escritos por alunos do Ensino Fundamental II (EF-II) de uma escola da rede particular do Recife. Como base teórica, valemo-nos dos trabalhos de Martelotta (2003), Cunha; Souza (2007), Antunes (2007) e Faraco (2008). 
 Palavras-chave: transitividade verbal, produção de texto, gramática, funcionalismo.
 Entre os textos que apresentam julgamento, encontram-se o comentário e a resenha crítica que são formas de resumos não-esquemáticos. 
 
 1.2.2. Resenha
apresenta linguagem subjetiva;
apresenta uma retomada mais frequente às ideias e à estrutura do texto-fonte;
normalmente é feito por outra pessoa, que não o autor;
deve se manter a fidelidade às ideias do texto original, não se permitindo asserções que não tenham sido feitas neste.
aceita remissivas a outros trabalhos, para fins de comparação e discussão;
as informações sobre o texto original devem ser mais particulares, porém selecionadas de acordo com a pertinência e o nível de importância que possa ter, para a compreensão das ideias do texto original
é um texto analítico;
deve conter opiniões.
EXEMPLOS DE RESENHA
1
Tamar, um livro texto ilustrado, escrito em versos, é um excelente recurso para motivar estudantes das séries iniciais do Ensino Fundamental a refletirem sobre a necessidade de preservação das tartarugas marinhas. Com vocabulário simples e imagens de qualidade artística, bem articuladas com o texto verbal, essa é uma obra atraente para as crianças, pois pode propiciar, além da reflexão, fruição estética. 
2
Resenha crítica do texto A dança da linguagem na web: critérios para definição de hipertexto de Antonio Carlos Xavier
AUTOR XXXXXXXXX
	No texto A dança da linguagem na web: critérios para definição de hipertexto, Antonio Carlos Xavier aborda a importância da internet nos dias atuais e como ela vem se desenvolvendo e ampliando seu público com o passar do tempo.
	Segundo o autor, atualmente não é tão necessário convencer os acadêmicose os estudiosos da área das ciências humanas sobre a necessidade de desenvolver mais pesquisas que tenham como o tema os novos comportamentos linguísticos, cognitivos e sociais manifestos pelos usuários da internet. Isso porque, de acordo com a concepção do autor, ela é a mais revolucionária invenção dentro da avalanche de inovações tecnológicas das últimas três décadas, com reflexos mundiais.
	Com o uso da internet e seus programas de navegação, a potencialidade comunicativa e interacional da rede aumentou demasiadamente; pois, utilizando-os é possível mesclar as três principais formas de expressão desenvolvidas pela humanidade para manifestar-se, a saber, a verbal, a visual e a sonora.
	Assim, em 1960 Theodore Nelson cunhou o termo Hipertexto, reativando a ideia de Vannevar Bush (1945), cuja idealização era a de construir uma máquina capaz de armazenar todo o conhecimento produzido pela humanidade, compartilhado de forma democrática para uma quantidade infinita de habitantes.
	Então, de acordo com Xavier, hipertexto pode ser conceituado sob dois aspectos: técnico-informático e enunciativo.
	De acordo com Theodore Nelson (1993), citado no texto de Xavier, do ponto de vista técnico-informativo, hipertexto pode ser apresentado como: a capacidade e funcionalidade de um sistema organizador que arquiva e distribui dados ou um sistema cuja vocação seja a de interligar as ideias articuladamente.
	Já do ponto de vista enunciativo, hipertexto é definido como um espaço virtual singular que apresenta, reapresenta e articula e articula os recursos linguísticos e semióticos já em circulação centrados num só lugar de acesso percentual.
	O autor ainda discorre em seu texto sobre as questões referentes as linguagens na web, a razão para ideia de as mesmas estejam “bailando” na web – dançando multisensorialmente no hipertexto on-line.
	Assim, referente ao hipertexto, podemos dizer que o texto escrito no computador off-line pode ser denominado de texto eletrônico. Com tudo, nem todo texto eletrônico é um hipertexto, mas todo o hipertexto é um texto eletrônico.
	Enfim, de acordo com Xavier, as pessoas estão convencidas de que a chave para abordar as diversas semioses que se espraiam pelo o hipertexto é, sem dúvida a apropriação de pelo menos parte das “regras” que regem o “jogo de linguagem” referido por Wittgenstein. 
	Dessa forma, diante de tantas possibilidades de lugares a explorar na esfera digital, o estranhamento digital é esperado; a familiarização com as regras desse jogo com linguagens nessa nova tecnologia enunciativa virá paulatinamente, e para que isso aconteça, segundo o autor, é importante aprender a “dançar” e jogar com as diferentes linguagens para não patinar no labirinto hipertextual da web. 
Consideramos o texto aqui resenhado um importante recurso de informação sobre a linguagem da internet, pois pode ajudar os leitores a refletirem sobre o potencial da internet e a força desse fenômeno em nossa vida.
	Sentimos falta de algumas orientações sobre como não “patinar no labirinto hipertextual da web”, embora reconheçamos que este não era o principal objetivo do autor. Contudo, é uma leitura interessante e relevante para os interessados no tema.
3
Resenha Crítica
Autor: XXXXXXXXXX
BECHARA, Evanildo. Ensino de gramática. Opressão? Liberdade? 11a ed. São Paulo: Ática, 2002. Capítulo II
Linguagem e educação linguística
Resumo:
De acordo com o autor, a linguagem é um dos fatores decisivos no desenvolvimento intelectual do individuo. Sobre este ponto, é preciso analisar os fundamentos que levaram a condenação do ensino de gramática tradicional. Foram dois:
I- Linguístico: A Linguística elevou em demasia o ensino de língua oral – por esta ser antecedente da escrita – e desta maneira instaurou um movimento contra a gramática normativa por esta ser fundada na escrita.
II- Político: O respeito à cultura e a língua de um povo levou essa visão ao extremo de exigir que as classes desfavorecidas permaneçam com seus falares – pois, segundo essa teoria, os oprimidos não devem aceitar a imposição da língua da classe dominante. Mas esta tese gera problemas, um deles é a questão de negar às classes marginalizadas o acesso à cultura da classe dominante.
O grande defeito da gramática normativa tradicional é ver a língua (junção de várias variantes dialetais) como um elemento homogêneo. Ela trata apenas da variante que pode ser localizada como procedente do sudeste (variante sintópica), da classe dominante (variante sinstrática) e de estilo literário (variante sinfásica) e por isso não alcança o maior objetivo do ensino de língua materna – transformar o aluno em um poliglota dentro de sua própria língua.
O modelo que se propõe aqui é centrado no estudo da linguagem e não da língua como a gramática tradicional. Este é fundado em dois elementos: A análise, leitura e produção de textos de diversas épocas e origens para que mediante o contato com a leitura reflexiva, o aluno possa desenvolver suas potencialidades linguísticas; e o estudo metódico do vocabulário que ampliará o horizonte idiomático do aluno, que nos modelos de gramática normativa não nos é apresentado.
Seguindo estes princípios, estaremos alcançando o motivo principal da educação escolar que é a cultura integral dos educandos, sempre tendo em vista a importância do professor de língua materna, que, antes de ser didática e normativa, é formativa.
Crítica:
O texto aqui resenhado, apesar de ter caráter introdutório, traz uma gama de conceitos e elementos que geram no leitor a motivação à reflexão sobre os fundamentos do ensino de gramática nas salas de aulas do Brasil.
Contudo, não podemos concordar com tudo que é expresso em suas páginas. Alguns questionamentos soam como reacionários. Um exemplo é a discussão sobre as novidades implantadas no ensino de língua para o qual se expressa da seguinte maneira:
“... o ensino de língua portuguesa foi o que mais sofreu com a onda novidadeira, introduzindo figuras e desenhos coloridos tão extemporâneos e desajustados, que aviltaram o tradicionalismo e insultaram a dignidade por que sempre se pautaram os textos escolares entre nós.” (BECHARA, 2002, pág. 9)
Ora nota-se neste trecho uma posição reacionária quando bem sabemos que o uso de figuras em nada insulta a dignidade do ensino de língua materna, ao contrário, ajuda à compreensão dos textos como mostra Eric Jamet em seu livro "Leitura e aproveitamento escolar".
Outro ponto digno de crítica é a visão extremamente questionável que o autor manifesta quando se dirige à Linguística. Ele manifesta-se dizendo que a Linguística tem uma visão distorcida da realidade por privilegiar o ensino da oralidade quando sabemos que o ensino deve-se partir do oral para o escrito, afinal aquele sempre antecedeu este. Sem falar no fato de a língua ser uma convenção que manifesta liberdade e por isso não deve sofrer imposição de um modelo artificial.
Ao longo do texto, temos um movimento de idas e vindas no tocante ao posicionamento da Linguística, ora se aproxima de suas teorias e pressupostos, ora se afasta e critica o caráter científico desta. Mas este fato é facilmente explicado, pois Bechara usa-a quando quer apoio teórico a seu modelo de gramática e condena-a quando esta manifesta pressuposto que vão de encontro a seu modelo de ensino de língua materna.
Contudo a leitura é muito valiosa, pois representa uma outra visão sobre um tema bastante debatido, que é o ensino de língua na educação escolar.
Regras de redução de texto
Regra de Cancelamento ou Apagamento
 Todo texto contém elementos portadores de novas informações e elementos portadores de informações redundantes. Na aplicação dessa técnica, esses elementos são retirados. Cancelam-se palavras, orações, períodos e até parágrafos, desde não sejam essenciais à compreensão. Cancelam-se, também, tabelas, figuras, quadros, citações, exemplos e tudo o que serve para ilustrar e ampliar o texto. Em geral,esses elementos são adjuntos adnominais, adverbiais, apostos, tendo-se o cuidado de não prejudicar a compreensão.
 Quanto ao parágrafo, podem, geralmente, ser cancelados os do desenvolvimento e da conclusão e, quase nunca, o de introdução, já que é aí que se concentra o tópico do texto.
Regra de Seleção
 Permite a retirada de qualquer elemento que contenha uma informação que represente uma condição habitual num dado contexto. Assim, sua aplicação requer que se identifiquem os elementos de uma sequência, cujos passos constituam uma exigência normal numa dada situação. Como é necessário conhecimento prévio de determinadas situações, as informações canceladas são recuperáveis pelo conhecimento de mundo. Isso distingue a regra de Seleção da de Cancelamento.
Regra de Generalização
 È aplicável a segmentos que contêm elementos do mesmo nível hierárquico (hipônimos), que são substituídos por um elemento de ordem mais geral (hiperônimo), escolhido pelo autor do resumo.
 As regras de cancelamento e de generalização têm em comum o fato de implicarem a eliminação de elementos do texto-fonte, de forma irrecuperável, mas não se confundem, pois, na primeira nada se inclui, enquanto na segunda, inclui-se o hiperônimo.
Regra de Construção
 É uma regra aplicável em nível de oração, pois consiste na substituição de um conjunto de orações por outra que as inclui e que é elaborada pelo redator do resumo. Assemelha-se à regra de Generalização, quando pressupõe reelaboração, mas difere desta por não ocorrer em nível do léxico.
Princípios a serem respeitados na aplicação das regras: 
Princípio da Exaustividade ou da Relevância – não se pode omitir nenhum aspecto relevante;
Princípio da Fidelidade – deve ser fiel ao texto-fonte;
Princípio da Objetividade – deve ser livre de qualquer julgamento ou comentário de quem o faz;
Princípio da Sistematicidade - depende de regras explícitas e não da pura intuição do seu autor;
Princípio da Mensurabilidade – deve permitir uma avaliação quantitativa de sua coerência e compreensibilidade.
TEXTO PARA A APLICAÇÃO DAS REGRAS DE REDUÇÃO
Bibliografia consultada: 
LIMA, Lenira Lisboa de Moura. Como se faz um resumo. Maceió: EDUFAL, 1994
EXEMPLO DE REDUÇÃO
POR UMA ABORDAGEM FUNCIONAL DOS CONECTORES INTERFRÁSTICOS
Gláucia R. Pereira do Nascimento - Universidade Federal de Pernambuco (GELNE, Cadernos de Resumos, 2000)
Este trabalho apresenta os resultados preliminares da pesquisa desenvolvida por mim no Mestrado, a qual consiste em verificar a forma como é realizado o estudo dos conectores interfrásticos, elementos que, ao lado de outros, promovem a coesão textual e intervêm na coerência do texto, em quatro coleções de livros didáticos de Língua Portuguesa para o Ensino Médio, publicadas no Brasil, nos últimos cinco anos. A motivação para trabalhar com material didático dirigido a esse nível de escolaridade advém da certeza que tenho de que é nessa fase escolar que se faz necessário o aprofundamento do estudo de elementos e de estratégias linguísticas que possibilitem o aprimoramento contínuo da habilidade dos alunos de produzirem textos escritos. Cotejei os achados da análise dos livros didáticos com o uso dos conectores em cinco editoriais e cinco notícias, que circularam em jornais da cidade do Recife, no primeiro semestre deste ano. O trabalho tem como base postulados teóricos que indicam a necessidade do estudo de tais elementos em textos. Dentre os teóricos vistos, estão Halliday & Hasan (1976), Beaungrande & Dressler (1980,1981), Fávero (1987), Koch (1987, 1996, 1997). O resultado preliminar indica que carecemos de material didático para o Ensino Médio que dê conta de um estudo adequado dos conectores, utilizando-se, para tanto, de textos reais e socialmente funcionais, nos quais se possa perceber o aspecto funcional desses elementos linguísticos. (226 PALAVRAS)
POR UMA ABORDAGEM FUNCIONAL DOS CONECTORES INTERFRÁSTICOS
Gláucia R. Pereira do Nascimento - Universidade Federal de Pernambuco (GELNE, Resumo do artigo publicado nos ANAIS do congresso, 2000)
Apresento resultados da análise do estudo dos conectores interfrásticos em quatro coleções de livros didáticos para o Ensino Médio, cotejados com uso de conectores em cinco editoriais e cinco notícias, publicadas em Recife, este ano. Há indícios de carência de didáticos que apresentem estudo adequado dos conectores, incluindo abordagem semântico-pragmática.
(50 PALAVRAS)
Aplique as técnicas de resumo e condense os textos dados abaixo.
1. Galinhas com lentes de contato cor-de-rosa ficam mais calmas e aumentam a produção de ovos. O experimento foi feito na China. Onde avicultores colocaram lentes cor-de-rosa em 1430 aves. Foi também observado que a cor rosa, tranquilizando as galinhas, elimina o hábito de bicarem umas às outras. (47 palavras)
2. As pessoas que têm doenças crônicas, isto é, doenças com as quais se pode viver, mas que não têm cura. Um exemplo de doença crônica é a diabete. Essas pessoas gastam muito dinheiro todo mês, pois precisam comprar analgésicos, antiinflamatório e , antibióticos para o tratamento contínuo. (47 palavras)
3. Antigamente, o homem tinha a impressão de que os recursos da natureza eram infinitos. Por exemplo, o caçador de mamutes via tantos deles e só conseguia capturar um ou outro, entendendo, assim, que seu número era infindável. A noção de que a natureza é infinita mudou a partir do momento em que o homem, dominando a técnica, fabricou máquinas capazes de, em poucos dias, destruir uma floresta; ou, indo a extremos, acabar com o mundo, caso resolva experimentar algumas de suas bombas atômicas. (83 palavras)	 
 Chiavenato, Júlio José. O massacre da natureza.
4. Administração por objetivos (APO) é uma expressão cunhada por Peter Drucker em 1955, no livro The practice of management. A administração por objetivos indica um processo participativo de estabelecimento de objetivos e avaliação do desempenho de pessoas. A base da APO é o processo do qual participam o chefe e sua equipe (ou um subordinado em particular). Esse processo participativo substitui o processo hierárquico, no qual o chefe simplesmente define os objetivos e os transmite pela cadeia de comando abaixo, para depois avaliar o desempenho da equipe. (87 palavras) 
Maximiano
 Com uma dieta balanceada e variada, com muita batata-doce, cenoura, laranja e, claro, acerola, os nutricionistas garantem que não há risco de alguém contrair avitaminose, a carência de vitaminas no organismo.
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