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NIKLAS LUHMANN - OUT-NOV-2013

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Luhmann nasceu no distrito de Lüneburg, na Alemanha. Estudou direito na Universidade de Freiburg entre 1946 e 1949, quando obteve seu doutorado e começou sua carreira na administração pública. 
A sociedade é composta por vários sistemas sociais comunicativos. 
A comunicação na teoria luhmanniana é o operador central dos sistemas sociais, de modo que a não comunicação entre eles é impossível.
O direito faz parte dos sistemas sociais. 
O elemento central da teoria de Luhmann é a comunicação. 
Sistemas sociais são sistemas de comunicação e a sociedade é o sistema social mais abrangente. 
Um sistema é definido pela fronteira entre ele mesmo e o ambiente, separando-o de um exterior infinitamente complexo. 
complexidade do mundo = o mundo oferece aos homens uma infinidade de possíveis experiências e ações; ocorre que a limitada capacidade humana de percepção do mundo e da assimilação de informação faz com que sempre existam mais possibilidades do que se pode realizar. 
Autopoiesis , ou seja, a autoreprodução da vida, por meio de elementos que são reproduzidos pela vida. 
Aplicando a sociologia, é dizer que a reprodução os elementos e estruturas do sistema é realizada com ajuda de seus próprios elementos. 
Essa característica é responsável por um aumento constante de possibilidades até que a complexidade atinja limites intoleráveis pelo sistema, levando-o a mudar sua forma de diferenciação.
O interior do sistema é uma zona de redução de complexidade: a comunicação no interior do sistema opera selecionando apenas uma quantidade limitada (possível de ser apreendida) de informação disponível no exterior. 
O critério pelo qual a informação é selecionada e processada é o sentido.
Diante das novas complexidades sociais surgidas na pós-modernidade, a ideia de sistema social único começou a ruir, permitindo que se admitissem novos sistemas e ambientes dentro da sociedade.
complexidade = sempre existem mais possibilidades do que se pode realizar.
a sociedade moderna é um sistema mundial de grande complexidade com diversos sistemas que geram condições para si próprios e para os outros ao seu redor ( direito, economia, religião, arte, ciência...)
Todos fazem parte de um sistema macro, o social. 
É o próprio sistema quem opera como observador aplicando a si mesmo a diferenciação entre sistema/ambiente, de modo indutivo e interno. 
Os sistemas estão imersos em um mundo gigantesco, que os circundam e recebe a denominação de ambiente.
Ele concebe o sistema social como uma rede autopoiética fechada, onde os processos sociais são processos comunicacionais. Em linguagem mais simples, são redes de conversações fechadas e auto-referentes. 
A comunicação seria, então, o elemento central constitutivo das redes sociais e não propriamente o ser humano. 
O problema é que, para Luhmann, o social seria constituído pelas comunicações e não por pessoas, homens e mulheres. Assim, não seriam os humanos os criadores de comunicações.
Ao empregar os sistemas autopoéticos ao direito, Luhmann consegue reduzir a complexidade social. Para ele, o direito, em seu viés autopoético, se (re)cria com base nos seus próprios elementos. 
Sua auto – referência permite que o direito mude a sociedade e se altere ao mesmo tempo, movendo-se com base em seu código binário (direito/não – direito). 
Tal característica permite a construção de um sistema jurídico dinâmico mais adequado à hipercomplexidade da sociedade atual
Na sociedade contemporânea, verifica-se que diversos fatores desestabilizaram a estrutura democrática, destruindo a sua imagem romântica, perfeita, constatando-se que tal situação não ocorre apenas nos chamados países subdesenvolvidos, mas sim nos chamados países de primeiro mundo.
o Direito é a generalização/estabilização temporal, social e material de expectativas de comportamento, capaz de imunizá-las simbolicamente. Trata-se da estabilização da expectativa através do processamento de sua defraudação de modo que a mesma possa continuar prosperando enquanto modelo de orientação de condutas.
Generalização consiste na institucionalização das expectativas. Institucionalizar é fazer com que a expectativa saia do modelo simples de interação social entre duas posições e obtenha uma ressonância geral capaz de constituí-la como pauta de comportamento comum válida para todos. 
Na dimensão material (prática), a generalização consiste em atribuir à expectativa um sentido objetivo e prático de imunização simbólica das demais possibilidades de comportamento. 
Trata-se do agrupamento ou entrelaçamento de expectativas normativas e institucionais em um complexo de sentido informado por fundamentações e confirmações mútuas capaz de identificar os comportamentos convergentes e divergentes em termos de seu significado comunicativo para a vigência da expectativa.
O Direito é o fato social que garante aquele um mínimo e imprescindível de orientação de condutas, constituindo a base da ordem social.  Direito e sociedade estão em relação de interdependência recíproca: o Direito é uma estrutura do sistema social, ou seja, constitui parte da sociedade. Sua função essencial é reduzir uma parcela da complexidade desestruturada da sociedade e, ao mesmo tempo, fazer com que esta alcance uma complexidade mais alta e estruturada. Em suma: o Direito é “uma construção de alta complexidade estruturada”, satisfazendo a necessidade de ordenamento na sociedade. Sem o Direito, não há orientação de condutas no meio social
O sistema jurídico, sob a ótica da autopoiese, e seguindo os ditames dessa, pode ser considerado como um sistema ao mesmo tempo aberto e fechado. 
Aberto às influências do meio externo que passam pelo processo de seleção realizado pelo código direito/não direito, juridicizando os elementos do meio que passam a integrar sua estrutura e servem de aparato para a manutenção da sua auto – referencialidade.
Fechado no sentido de auto – referencialidade operativa, isso é, o direito se auto – regula através da sua identidade (código binário)”. 
Autopoiese  permite que o direito mude a sociedade e, ao mesmo tempo, também sofra as consequencias dessa mudança social e se transforme, de maneira e permitir a construção de um sistema jurídico compatível e adequado à dinamicidade social.
Enquanto sistema auto-referencial e autopoiético, o Direito desempenha sua função através de seu código binário privativo lícito/ilícito ou direito/não direito.
 Toda e qualquer comunicação jurídica (sempre interna ao sistema) orienta-se unicamente por este código. Através deste o Direito processa em seu interior expectativas normativas jurídicas capazes de manter a si mesmas em situações de conflito. 
O meio de comunicação simbolicamente generalizado é a norma jurídica, definida como expectativa estabilizada contrafaticamente como dever-ser através de uma sanção jurídica.
O Direito é constituído através de programas decisórios jurídicos  constitui-se e opera mediante uma programação condicional (condicionamento das normas jurídicas) 
se forem preenchidas determinadas condições, deve-se adotar uma determinada decisão 
O Direito se cria e atua através de processos decisórios jurídicos.
enquanto sistema autopoiético, é o Direito que produz o Direito, ou seja, as normas jurídicas são produzidas a partir de outras normas jurídicas.
Os principais fatores de desestabilização democrática são os fenômenos da “globalização”, “complexidade”, o“risco” e do “refluxo” .

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