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Módulo 2 . Administração da Falência

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25/06/2015 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/11
 
Módulo 2
1. Administração da Falência 
 
         Compete ao juiz presidir a administração da falência,
supervisionando as ações do administrador judicial. O juiz é o
administrador dos bens da falida, cabendo­lhe autorizar a venda
antecipada dos bens de fácil deterioração ou custosa conservação, aprovar
a prestação de contas do administrador judicial, fixar o pagamento dos
salários dos auxiliares do administrador judicial, autorizar o aluguel de bem
arrecadado para renda da massa (quando inexistente o Comitê) e etc. Na
administração dos bens da massa, o juiz é auxiliado por dois agentes: o
promotor de justiça e o administrador judicial.
         O representante do Ministério Público intervém no concurso de
credores como fiscal da lei, por exemplo, no pedido de restituição não
contestado, como titular de legitimidade ativa para impugnar crédito, bem
como propor ação revocatória ou rescisória de crédito admitido, como
destinatário de obrigatória intimação no ato de alienação judicial dos bens
da massa etc., ou como parte, por exemplo, no oferecimento de denúncia
por crime falimentar. Por vezes, aparece na falência como auxiliar do juiz
na administração dos bens da sociedade falida, ou seja, na manifestação
acerca das contas do administrador judicial, se houve impugnação por
algum interessado.
 
2. Administrador Judicial
         O administrador judicial (pessoa física ou jurídica) é o agente auxiliar
do juiz que, em nome próprio (tem responsabilidade), deve cumprir com as
funções que lhe forem determinadas pela lei.
         Além de auxiliar o juiz na administração da falência, o administrador
judicial é o representante dos interesses dos credores (massa falida
subjetiva). Para fins penais, o administrador judicial é considerado
funcionário público. No plano dos direitos civil e administrativo, ele é
agente externo colaborador da justiça, da confiança pessoal e direta do juiz
que o investiu na função.
         De acordo com o art. 21 da lei o administrador judicial será
profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista,
administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurídica especializada.
         Na realidade, deve ser profissional com condições técnicas e
experiência para bem desempenhar as atribuições cometidas por lei. O
ideal é a escolha recair sobre pessoa com conhecimentos ou experiência na
administração de empresa do porte da falida e, quando necessário,
autorizar a contratação de advogado para assistir a massa.
         O administrador judicial é escolhido pelo juiz e será sempre uma
pessoa de sua confiança com a incumbência de o auxiliar na administração
da massa falida.
25/06/2015 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/11
Não pode ser nomeado administrador judicial a pessoa impedido por lei
especial (juiz, promotor de justiça, delegado de polícia, funcionários
públicos etc.). Também está impedido aquele que tiver sido nomeado
administrador judicial ou membro de Comitê numa outra falência ou
recuperação judicial nos 5 anos anteriores e foi destituído da função, não
prestou as contas nos prazos devidos ou teve qualquer uma delas
desaprovada. A lei, por fim, impede que seja administrador judicial aquele
que tiver relação de parentesco ou afinidade até terceiro grau com os
administradores da sociedade empresária falida, ou deles for amigo,
inimigo ou dependente.   
                         O administrador judicial pode contratar profissionais para
auxiliá­lo, solicitando prévia aprovação do juiz relativamente à sua
remuneração (salário ou honorários).
         O administrador judicial pode ser pessoa física ou jurídica. Trata­se
de profissional da inteira confiança do juiz e por este nomeado com
observância dos impedimentos legais (parente de administrador da
sociedade falida, pessoa condenada por crime falimentar ou que não
cumpriu a contento a mesma função em outra falência).
Ele tem direito a remuneração, arbitrada pelo juiz geralmente com base
em percentual do valor do ativo realizado. Na fixação da remuneração do
administrador deve ser levado em conta quatro fatores: a) diligência
demonstrada pelo administrador e pela qualidade do trabalho devotado ao
processo; b) importância da massa, isto é, o valor do passivo e a
quantidade de credores; c) os valores praticados no mercado para trabalho
equivalente; e d) limite máximo previsto na lei, fixado em percentual de
5% sobre o valor de venda dos bens na falência (§ 1º, do art. 24).
A remuneração do administrador judicial deve ser paga em duas parcelas,
a primeira de 40% quando do atendimento dos créditos extraconcursais; e
a segunda, correspondente a 60%, após a aprovação das contas. O
administrador judicial tem perante a massa falida crédito extraconcursal,
que deve ser satisfeito antes das restituições em dinheiro e do pagamento
dos credores da sociedade falida. No ato em que se procede ao pagamento
da primeira parcela da remuneração devida ao administrador judicial
também se faz a reserva do valor correspondente a segunda parcela. A
remuneração não é devida ao administrador que renunciar sem relevante
razão ou for destituído por desídia, culpa, dolo ou descumprimento de suas
obrigações. Também não terá direito de ser remunerado se suas contas
não forem aprovadas (art. 24, § 3º).  
         O administrador judicial deve prestar contas de sua administração
em duas hipóteses: ordinariamente, a cada mês e ao  término do processo,
e, extraordinariamente, quando deixa as suas funções por substituição ou
destituição (art. 22, III, r). Quando deixar de fazê­lo nessas situações, será
intimado para cumprir a obrigação legal no prazo de 5 dias, sob pena de
desobediência (art. 23, caput).
         A prestação de contas será autuada em separado e julgada após
aviso aos credores e interessados, para eventual impugnação em 10 dias.
Caso haja impugnação, o juiz determina a realização das diligências que
considerar cabíveis. Segue­se a oitiva do Ministério Público em 5 dias e a
resposta do administrador judicial. Após, o juiz julga as contas
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apresentadas. Se se verificar a ocorrência de desfalque, o juiz, na
sentença, pode decretar o seqüestro  de seus bens, para garantir
indenização a massa. Contudo, se não houver impugnação, o juiz julga as
contas independente de oitiva do MP e de nova manifestação do
administrador judicial.
3. Atribuições do Administrador Judicial: (arts. 23, 33 da LF)
Cabe ao administrador judicial auxiliar o juiz na administração da falência e
representar os interesses dos credores. Como auxiliar do juiz, ele deve
manifestar­se nos autos sempre que determinado, bem como tomar a
iniciativa de propor medidas úteis ao bom andamento do processo
falimentar. Como representante dos credores, deve administrar os bens da
massa visando obter a otimização dos recursos disponíveis. Sua missão é
tentar maximizar o resultado da realização do ativo, ou seja, quanto mais
dinheiro ingressar na conta da massa falida em função da cobrança dos
devedores e venda dos bens do falido, maiores serão os recursos
disponíveis para o pagamento dos credores. Entretanto, o administrador
não goza de absoluta autonomia (não pode transigir sobre direito da massa
falida sem autorização do juiz), mas nos limites dos atos a ele cometidos
pela lei, tem plena responsabilidade.   
         Dentre os atos processuais de responsabilidade do administrador
judicial, devem ser destacados 4 (quatro)  de importância para o
desenvolvimento do processo falimentar:
a)       Verificação dos Créditos (arts. 7º a20 da LF). A verificação dos créditos
na falência é feita pelo administrador judicial, cabendo ao juiz decidir
apenas as impugnações apresentadas pelos credores ou interessados.
b)       Relatório Inicial ( art. 22, III, e, da LF). Deve ser apresentado nos 40 dias
seguintes à assinatura do termo de compromisso. Destina­se a examinar
as causas e circunstâncias que acarretaram a falência, bem como
apresentar uma análise do comportamento do falido com vistas a eventual
caracterização de crime falimentar, por ele ou outra pessoa, antes ou
depois da decretação da quebra.
c)       Contas Mensais (art. 22, III, p, da LF). O administrador judicial deve, até
o décimo dia de cada mês, apresentar ao juiz para juntar aos autos a
prestação de contas relativa ao período mensal anterior. Nela deve estar
especificada com clareza a receita e despesa da massa falida.
d)        Relatório Final (art. 155 da LF). Deve ser elaborado pelo administrador
judicial no prazo de 10 dias contados do término da liquidação e do
julgamento de suas contas. Contém o valor do ativo e do produto de sua
realização, bem como o do passivo e dos pagamentos feitos e, se não
foram totalmente extintas as obrigações do falido, o saldo cabível a cada
credor. O relatório final é o documento básico para a extração das
certidões com força de título executivo que representam o crédito
remanescente para o credor exercer seu direito contra co­devedores
(avalistas ou fiadores da sociedade falida).
4. Na recuperação judicial:
As funções do administrador judicial variam de acordo com dois fatores:
caso o comitê, que é órgão facultativo, exista ou não; e caso tenha sido ou
25/06/2015 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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não decretado o afastamento dos administradores da empresa em
recuperação.
De acordo com o primeiro fator, instalado o comitê, caberá ao
administrador judicial basicamente proceder à verificação dos créditos,
presidir a assembleia dos credores e fiscalizar a sociedade empresária
devedora. Não havendo comitê, o administrador assumirá também a
competência reservada pela lei a esse órgão colegiado; exceto se houver
incompatibilidade.
Pelo segundo fator, o administrador judicial é investido no poder de
administrar e representar a sociedade empresária requerente da
recuperação judicial quando o juiz determinar o afastamento dos seus
diretores, enquanto não for eleito o gestor judicial pela assembleia geral.
Não tendo o juiz afastado os diretores ou administradores da sociedade
empresária requerente da recuperação judicial, o administrador judicial
será mero fiscal desta, o responsável pela verificação dos créditos e o
presidente da assembleia dos credores.  
5. Substituição e Destituição do Administrador Judicial:
         O administrador pode ser substituído ou destituído. No primeiro caso
não existe sanção imposta a ele, tratando­se de providência imposta pela
lei. Já a destituição é sanção imposta ao administrador judicial que não
cumpriu a contento com suas obrigações inerente à função ou passou a ter
interesses conflitantes com os da massa.
         São hipóteses para a substituição a renúncia motivada, morte,
incapacidade civil ou falência; são causas de destituição  a inobservância
de prazo legal ou o interesse conflitante com o da massa. O legislador
considera como causa de substituição a recusa  em aceitar a nomeação ou
a falta de compromisso no prazo da lei.
         O administrador substituído em razão de renúncia pode ser nomeado
para a função em outra falência; já a pessoa destituída não poderá mais
ser escolhida para o cargo de administrador judicial em qualquer outra
falência nos 5 anos seguintes (art. 30 da LF).
6. Responsabilidade do Administrador Judicial:
         O administrador responde civilmente por má administração ou
infração à lei. Até o término do processo falimentar, somente a massa tem
legitimidade ativa para responsabilizá­lo, após a sua substituição ou
destituição.
         Durante o processo de falência, o credor não pode isoladamente
acionar o administrador judicial, já que não é possível separar o seu
interesse dos interesses dos demais credores. Até o fim do processo de
falência, o credor pode apenas requerer a destituição do administrador
judicial, tal procedimento, permite que a massa de credores possa
demandar contra o administrador destituído.
Após o processo de falência, qualquer credor que tenha sido prejudicado
por má administração ou infração à lei, poderá demandar o administrador
judicial, desde que, tenha requerido, no momento oportuno, a sua
destituição. Trata­se de requisito indispensável, para que o credor
individualmente tenha legitimidade ativa contra o administrador judicial.
25/06/2015 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
http://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/11
 
7. Assembleia Geral dos Credores
 
7.1. Convocação:
A assembleia geral de credores é um órgão colegiado de existência
obrigatória nos processos de recuperação judicial e facultativa nos processos
de falência com o objetivo de deliberar sobre qualquer matéria que possa
afetar os interesses dos credores.
O art. 36 da LF disciplina sua convocação, mediante edital, pelo juiz, ou por
credores, desde que a soma de seus créditos represente pelo menos 25% do
total do passivo da sociedade. A convocação deve ser feita por edital no
órgão oficial e em jornal de grande circulação nas localidades da sede e
filiais, com a indicação da ordem do dia, local, data e hora da assembleia,
bem como o local em que os interessados poderão obter cópia dos
documentos a serem votados. Determina a lei, também, que extrato da
convocação seja afixado nos estabelecimentos do devedor. 
Em primeira convocação o anúncio da convocação da assembleia deve ser
publicado com a antecedência mínima de 15 dias da data de sua realização e,
em segunda convocação, deverá ser publicado com a antecedência mínima
de 5 dias da data programada para a realização da reunião.
As despesas com a convocação e a realização da assembleia correm por
conta do devedor ou da massa falida.
 
7.2. Instalação:
Em primeira convocação exige­se como quórum de instalação a presença de
credores titulares de mais da metade do passivo do devedor (em cada
classe). Caso não seja alcançado ou mesmo se a assembleia não se realizar
por qualquer outra razão, em segunda convocação, os trabalhos se instalam
validamente com qualquer número de credores (art. 37, § 2º, da LF).
7.3. Deliberações:
A assembleia será presidida pelo administrador judicial, que designará 1
secretário dentre os credores presentes.
Quando se trata da recuperação judicial, todos os credores nela admitidos
têm direito a voz e voto na assembleia. São credores admitidos os que se
encontram na última lista publicada (a relação de credores apresentada pelo
devedor com a petição inicial, a organizada pelo administrador judicial ou,
por fim, a consolidação do quadro geral).
Cada credor presente na assembleia terá o voto proporcional ao valor do seu
crédito admitido na recuperação judicial.  
Na assembleia dos credores, há quatro instâncias de deliberação. De acordo
com a matéria em apreciação, varia o conjunto de credores aptos a votar.
25/06/2015 UNIP ­ Universidade Paulista : DisciplinaOnline ­ Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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A instância de maior abrangência é o plenário da assembleia dos credores.
Sempre que a matéria não disser respeito à constituição do comitê (qualquer
instância classista) ou não se tratar do plano de reorganização, cabe a
deliberação ao plenário. Tem esta instância, portanto, competência residual.
Se não houver na lei nenhuma previsão específica reservando a apreciação
da matéria a outra ou outras instâncias,o plenário deliberará pela maioria de
seus membros, computados os votos proporcionalmente aos seus valores,
independentemente da natureza do crédito titularizado.
As três outras instâncias deliberativas da assembleia correspondem às
classes em que foram divididos pela lei os credores. Na votação ou no
aditamento do plano de recuperação, a primeira classe compõe­se por
credores trabalhistas; a segunda, por titulares de direitos reais de garantia; e
a terceira, por titulares de privilégio (geral ou especial), os quirografários e
subordinados (art. 41 da LF).
Nas matérias indicadas – votação do plano de recuperação e constituição e
composição do comitê ­, deliberam apenas as instâncias classistas e não o
plenário.
O quórum geral de deliberação é o da maioria, computada sempre com base
no valor dos créditos dos credores integrantes da instância deliberativa
presentes à assembleia. Assim, se a assembleia se realiza em segunda
convocação, com a presença, por ex., de apenas 10 credores, somam­se os
créditos deles e calcula­se o peso proporcional do direito creditório de cada
um na soma. Os percentuais assim encontrados norteiam a quantidade de
votos atribuídos a cada credor. Se, por força desse cálculo, um deles
titularizar sozinho 51% da soma dos créditos dos presentes, então ele
compõe isolado a maioria e faz prevalecer sua vontade e interesse, mesmo
contra os demais.
A maioria dos presentes no plenário ou na instância classista (segundo o
valor proporcional dos créditos) representa, assim, o quórum geral de
deliberação (maioria simples) art. 38, caput, da LF. Em uma única hipótese,
prevê­se quórum qualificado de deliberação: aprovação do plano de
recuperação. Ele deve ser apreciado e votado nas instâncias classistas (o
plenário não delibera a respeito) e, em cada uma delas, deve receber
aprovação de mais da metade dos credores presentes, desprezadas as
proporções dos créditos que titulariam. Além disso, é necessário também que
credores cujos créditos somados representem mais da metade do passivo
correspondente à classe presente à assembleia o apoiem com seu voto nas
instâncias dos credores com garantia real e na dos titulares de privilégio,
quirografários e subordinados.   
Em suma, para a generalidade das matérias, a assembleia dos credores
delibera por maioria simples, ou seja, pelo voto da maioria dos credores
presentes ao encontro, computado proporcionalmente ao valor dos créditos.
Entretanto, na votação do plano de recuperação, exige a lei para a aprovação
o atendimento concomitante a duas condições: a) voto favorável da maioria
dos credores em cada uma das três instâncias classistas, computada com
base apenas no número dos presentes à assembleia; b) voto favorável da
maioria dos credores presentes nas classes de não empregados, computada
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com base no valor dos seus créditos.        
7.4. Competência
a)      aprovar a constituição do Comitê de Credores, elegendo os seus
membros; b) aprovar, por 2/3 dos créditos, modalidades alternativas de
realização do ativo; c) deliberar sobre qualquer matéria do interesse dos
credores.
 
8. Comitê de Credores
8.1. Constituição:  
                Instala­se o Comitê na falência por determinação do juiz na
sentença declaratória da falência ou por deliberação de qualquer das classes
de credores em Assembleia, à qual compete também eleger os membros do
órgão.
                O comitê é composto por 3 membros, cada um com dois
suplentes: 1 representante dos empregados; 1 representante dos credores
com direitos reais de garantia ou privilégios especiais; e 1 representante dos
credores quirografários e com privilégios gerais. A presidência do comitê
incumbe àquele indicado pelos seus próprios membros. 
                A instalação do comitê é facultativa. Ele não deve existir em toda
e qualquer falência. Deve ser instaurado apenas quando a complexidade e o
volume da massa falida o recomendar. Nas falências pequenas, o
administrador judicial, pode dar conta das funções que seriam da alçada do
comitê se existisse.
8.2. Competência:
                O comitê é órgão consultivo e de fiscalização. Sua competência
está relacionada à manifestação na impugnação de crédito, nos pedidos de
restituição, sobre a oportunidade da venda antecipada de bens, concessão de
desconto a devedor, ou formas ordinárias de realização do ativo (arts. 66,
113, 114 e 118 da LF).
                No âmbito do comitê, as decisões obedecerão à vontade da
maioria. Serão inseridas em livros de atas, rubricados pelo juiz, que poderão
ser livremente examinados pelos credores e pelo devedor. Se esta não for
possível, o impasse será solucionado pelo administrador judicial ou, na
incompatibilidade deste, pelo juiz.
8.3. Remuneração:
                De acordo com o art. 29 da LF os membros do comitê não terão
sua remuneração custeada pelo devedor ou pela massa falida, mas as
despesas realizadas para a realização de ato previsto na lei, se devidamente
comprovadas e com a autorização do juiz, serão ressarcidas atendendo às
disponibilidades de caixa. 
8.4. Nomeação e Destituição:
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                Cabe à Assembleia de Credores aprovar a constituição do comitê,
elegendo os seus membros.
                Da nomeação dos membros do comitê e do administrador judicial
poderão reclamar, em 5 dias, o devedor, o Ministério Público ou qualquer
credor. O fundamento da reclamação deve ser a inobservância dos preceitos
legais. Da decisão judicial sobre a reclamação, no prazo de 24 horas, cabe
agravo de instrumento.
                A dissolução do comitê ou a destituição de quaisquer de seus
membros, ou ainda, do administrador judicial, resultará sempre de decisão
judicial. Esta pode ser de ofício, provocada pelo Ministério Público, pelo
devedor, por membro do comitê ou por qualquer outro interessado. Em
qualquer caso, a decisão deve ser motivada e antecedida da oitiva do
requerido.  
                A destituição de qualquer dos membros do comitê de credores,
pelo juiz, ocorrerá nos casos de inobservância das normas legais,
descumprimento de deveres, omissão, negligência ou prática de ato lesivo às
atividades do devedor ou a terceiros. Não precisa ser requerida, porque o juiz
pode determiná­la de ofício.  
                Os membros do comitê responderão pelos prejuízos causados à
massa falida, ao devedor ou aos credores por dolo ou culpa, devendo o
dissidente em deliberação do comitê consignar sua discordância em ata para
eximir­se da responsabilidade (art. 32 da LF).
8.5. Impedimentos:
                Estão impedidas de integrar o comitê as pessoas que nos últimos
5 (cinco) anos, tendo administrado ou integrado o comitê, em empresa
sujeita ao regime de insolvência, foram destituídas, tiveram sua prestação de
contas rejeitada ou deixaram de prestá­la tempestivamente.    
                Também estão impedidas quem tiver relação de parentesco ou
afinidade até o terceiro grau com o devedor ou com representantes legais da
sociedade devedora, ou ainda, deles for amigo, inimigo ou dependente.
 
 Exercício resolvido:
O que vem a ser o administrador judicial da falência?
O administrador judicial (pessoa física ou jurídica) é o agente auxiliar do juiz que, em nome próprio (tem
responsabilidade),  deve  cumprir  com  as  funções  que  lhe  forem  determinadas  pela  lei.  Além  de
auxiliar  o  juiz  na  administração  da  falência,  o  administrador  judicial  é  o
representante dos interesses dos credores (massa falida subjetiva).
 
 
Exercício 1:
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Não são credores com privilégio especial
A ­ o credor por benfeitorias necessárias ou úteis sobre a coisa beneficiada 
B ­ o autor da obra, pelos direitos do contrato de edição, sobre os exemplares desta, na falência da
sociedade editora 
C ­ o locador do prédio onde se encontrava o estabelecimento comercial da falida sobre o mobiliário nele
existente 
D ­ os credores titulares de direito de retenção sobre a coisa retida 
E ­ nenhuma da alternativas anteriores 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Comentários:
A ­ mmmmmmmmmmmmmmmm
D ­ mmmmmmmmmmmmmmmm
E ­ mmmmmmmmmmmmmmmm
Exercício 2:
Compete presidir a administração da falência:
A ­ o administrador judicial 
B ­ o juiz 
C ­ o advogado da massa falida 
D ­ o Ministério Público 
E ­ nenhuma das alternativas anteriores 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B ­ ,,,,,,,,,,,,,,,
Exercício 3:
Com relação ao administrador judicial é correto afirmar:
I. auxiliar  juiz na administração da falência
II. o administrador judicial é o representante dos interesses dos credores (massa falida subjetiva)
III. para fins penais, o administrador judicial é considerado funcionário público 
IV. o administrador judicial é agente externo colaborador da justiça, da confiança pessoal e
direta do juiz que o investiu na função
 
A ­ apenas as assertativas I e II estão corretas 
B ­ apenas as assertativas II e IV estão corretas 
C ­ apenas as assertativas III e IV estão corretas 
D ­ todas as assertativas estão corretas 
E ­ todas as assertivas estão incorretas 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
A ­ mmmmmmmmmmm
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C ­ mmmmmmmmmmm
D ­ mmmmmmmmmmm
Exercício 4:
Com relação às atribuições do Juiz na falência, pode­se dizer que:
A ­ compete ao Juiz presidir a falência, supervisionando as ações do administrador judicial. 
B ­  O Juiz não é o administrador dos bens da falida, não podendo autorizar a venda antecipada dos bens
de fácil deterioração ou custosa conservação; 
C ­ não caberá ao Juiz aprovar a prestação de contas do administrador judicial, fixar o pagamento dos
salários dos auxiliares do administrador judicial; 
D ­ não será possível o Juiz  autorizar o aluguel de bem arrecadado para renda da massa (quando
inexistente o Comitê);  
E ­  Na administração dos bens da massa, o Juiz não é auxiliado por dois agentes: o promotor de justiça e
o administrador judicial. 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Comentários:
A ­ mmmmmmmmmmmmmmmmmm
Exercício 5:
Quanto à nomeação e caracteristítcas do administrador Judicial da Falência, podemos dizer que:
A ­   o administrador judicial não é o representante dos interesses dos credores (massa falida subjetiva); 
B ­ para fins penais, o administrador judicial não é considerado funcionário público.               
C ­ não carece reunir condições técnicas e experiência para bem desempenhar as atribuições cometidas
por lei. 
D ­     o administrador judicial é escolhido pelo juiz e será sempre uma pessoa de sua confiança com a
incumbência de o auxiliar na administração da massa falida. 
E ­ pode ser nomeado administrador judicial a pessoa impedida por lei especial (juiz, promotor de justiça,
delegado de polícia, funcionários públicos etc.). 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
C ­ ...............
D ­ ...............
Exercício 6:
Caberá ao administrador judicial no processo falimentar:
A ­ decidir, em última de forma terminativa, sobre os créditos; 
B ­ não precisa tomar medidas úteis ao bom andamento do processo falimentar; 
C ­ como representante dos credores, deve administrar os bens da massa visando obter a otimização dos
recursos disponíveis; 
D ­ sua missão não é tentar maximizar o resultado da realização do ativo ; 
E ­ nunca deverá se manifestar nos autos do processo falimentar 
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
A ­ ................
B ­ ................
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C ­ ................

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