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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * PROCESSO GRUPAL Profª Tatiana de Lucena Torres * * * O que é um grupo? 2 ou mais pessoas que interagem e são interdependentes entre si e que possuem um objetivo ou tarefa em comum Podem ou não serem conscientes da ideologia e da institucionalização São contextualizados num momento histórico * * * Kurt Lewin Sistemas de forças no grupo Interdependência entre os membros Psicogrupos ou sociogrupos Definir papéis e identidade Grupo: 2 ou + pessoas que interagem, têm objetivos comuns, possuem relação estável, são interdependentes, e se denominam grupo Grupo a-histórico e sociedade a-histórica * * * Adorno e Horkheimer - Microgrupo faz a mediação entre indivíduo e sociedade - Estrutura com formas históricas diferentes Loureau - Grupo coerente (bandos e seitas) – grupo-objeto Hierarquias de poder Grupo-sujeito – efetivamente democrático * * * Lapassade Grupo-vivo (relações de igualdade e autogestão) Inspira-se em Sartre (liberdade e responsabilidade) Dinâmica do grupo Contexto de institucionalização Contradição Serialização e totalização * * * Pichón-Rivière Grupo operativo Contradições do grupo Ideologias inconscientes estereótipos Situações cotidianas Pautas sociais internalizadas formas de interação social * * * Calderón e De Govia Tipologia de grupos Grupo aglutinado (grupo espera soluções) Grupo possessivo (líder atribui funções) Grupo coesivo (aceitação mútua, fechado) Grupo independente (liderança distribuída) * * * * * * Grupo psicológico Centro de pesquisa em Dinâmica de Grupo (Lewin, 1946) * * * Métodos de Estudo Sociograma (J. Moreno) Escolha e rejeição dos integrantes Grau de coesão do grupo, líderes, isolamento Relação interpessoal e intragrupal * * * 1 2 3 4 5 6 Pessoas = círculos Traço= rejeição Seta= escolha Sociograma IC= nº de pessoas escolhem 1 N-1 Coesão= nº pares recíprocos nº de reciprocidade * * * Processos grupais Coesão Interdependência entre os membros e objetivo comum Permanecer no grupo: resultados gratificantes Comunicação não verbal + medidas verbais: gírias, artefatos culturais. Normas Todo grupo possui normas Normas sociais: padrões de comportamento compartilhados As normas ajudam a poupar o líder * * * Processos grupais Liderança Não é dom, nem característica de personalidade, pode ser aprendida, fruto da interação, atmosfera e objetivos do grupo Atmosferas (Lewin): autocrática, democrática e laissez-faire O líder emerge do grupo Status e Papel Status - subjetivo (percepção do indivíduo) ou social (consenso do grupo) Papel - facilitam a interação social, as normas sociais determinam esses papéis. * * * Processos grupais Tomada de decisão Decisões de grupo são mais arriscadas, mas a responsabilidade é compartilhada Identificação de grupo Identificação dos membros com os objetivos e ideais Teoria das Minorias Ativas (Moscovici, 1985): consistência para mudar as opiniões e atitudes (poder de informação) * * * Categorização social Mecanismos cognitivos para categorização Diferenças de valor entre “nós” e “eles” faz parte da socialização É um sistema de orientação que ajuda a definir o lugar do indivíduo na sociedade * * * Conflito intergrupo O que acontece quando a maioria de um grupo sente que sua decisão não foi respeitada? Como a minoria pode fazer a maioria mudar de idéia? Como diminuir os conflitos entre grupos? * * * Lewin não considera as relações de poder e a ação da institucionalização no processo grupal. * * * Análise do indivíduo no grupo Vivência subjetiva realidade objetiva Compreensão dialética – determinações concretas Ideologia alienação - institucionalização Consciência histórica: romper as determinações ideológicas Participação no grupo – O que é participação? Cristalização de papéis A história de cada um está inscrita no grupo Individualidade institucionalizada - Grupo Identidade - Grupo * * * Processo e produção do grupo Individuação e determinação de papéis Cristalização de papéis - alienação Pouca participação (acomodação) Rotina, institucionalização do grupo Crise Consciência da individualidade institucionalizada Desalienação (abrir mão dos papéis) Membros históricos – atores sociais Possível dissolução do grupo * * * Grupo-sujeito Interdependência entre os membros Consciência da ação da institucionalização Aspectos facilitadores: Pressão externa Marginalização do grupo * * * O meu nome é Severino, como não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria Como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias. Mais isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. Como então dizer quem falo ora a Vossas Senhorias? Vejamos: é o Severino da Maria do Zacarias, lá da serra da Costela, limites da Paraíba. Mas isso ainda diz pouco: se ao menos mais cinco havia com nome de Severino filhos de tantas Marias mulheres de outros tantos, já finados, Zacarias, vivendo na mesma serra magra e ossuda em que eu vivia Somos muitos Severinos iguais em tudo na vida: na mesma cabeça grande que a custo é que se equilibra, no mesmo ventre crescido sobre as mesmas pernas finas e iguais também porque o sangue, que usamos tem pouca tinta. * * * E se somos Severinos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta, de emboscada antes dos vinte de fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida). Somos muitos Severinos iguais em tudo e na sina: a de abrandar estas pedras suando-se muito em cima, a de tentar despertar terra sempre mais extinta, a de querer arrancar alguns roçado da cinza. Mas, para que me conheçam melhor Vossas Senhorias e melhor possam seguir a história de minha vida, passo a ser o Severino que em vossa presença emigra. João Cabral de Melo Neto. Morte e Vida Severina. * * * Candido Portinari
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