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CIVIL V

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CIVIL V – P2
Ação de Dano Infecto
É a ação que era prevista no CPC de 39, e que não foi mantida no de 73, mas que continua em uso, trazendo como fundamento o receio, a ruína em um prédio vizinho possa trazer prejuízos a seu imóvel, não se exigindo obra nova para este intento, devendo-se observar se determinado prédio com a obra encerrada ou não, possa em razão do estado em que se encontra vir a causar prejuízo ao prédio vizinho em razão da ameaça de ruir.
Atualmente tem-se admitido doutrinariamente que o abandono do imóvel que pela sua falta de cuidado possa causar outras ameaças aos donos dos prédios vizinhos, seja proposta esta ação principalmente se este abandono permite a proliferação de insetos ou outros animais peçonhentos e possa por em risco os vizinhos, apesar deste entendimento ainda não ser unânime.
Embargos de Terceiros
Trata-se de ação proposta por aquele que teve seu bem apreendido através de medida judicial em um determinado processo do qual não faz parte. Constatando-se a aptidão do processo para atingir a esfera jurídica de terceiros.
Esta ação será autônoma em relação aquela em que se praticou o ato lesivo ao patrimônio do embargante, correndo em apenso à execução onde foi deferida a medida constitutiva contra o patrimônio do terceiro.
Os embargos de terceiro tem por finalidade proteger o patrimônio de terceiro que, não sendo parte em ação judicial, vê seu patrimônio atingido por ato judicial de constrição de bens deferido nesta demanda e justamente os embargos de terceiros buscarão evitar ou reprimir a moléstia à posse, provocada pelo ato judicial que, indevidamente, acarreta apreensão de bem de terceiro estranho ao processo em que o ato é praticado.
Também admite-se embargos de terceiros com fins preventivos atuando como interdito proibitório quando a posse de um bem de terceiro estiver ameaçada por ato de apreensão judicial.
A sua distribuição por dependência à ação principal não se dá por critério de prevenção e sim em razão de competência absoluta do juízo que está com a ação principal, por força de competência funcional e, por conseguinte absoluta.
Tratando-se de apreensão judicial através de precatória há uma discussão a respeito da distribuição dos embargos de terceiros. Para Pontes de Miranda em posição isolada a competência para processar e julgar os embargos de terceiros, serão sempre do juízo deprecante (que envia a carta).
Já a absoluta maioria da doutrina afirma que é competente para processar e julgar os embargos de terceiros o juízo que determinou o bem a ser apreendido cabendo verificar se a ordem partiu do juízo deprecante, como é o caso do sequestro ou se partiu do juízo deprecado (quem recebe), como é o caso de deferimento de penhora de bens a serem encontrados no domicílio do devedor.
Citado o réu nos embargos, terá esse 10 dias para apresentar contestação ou exceção de impedimento ou suspeição não sendo admitida reconvenção em razão da incompatibilidade dos procedimentos.
Ação Negatória
Trata-se de ação que busca defender a propriedade nos casos em que o proprietário sofreu turbação no exercício do direito de propriedade uma vez que o terceiro exerça sobre a coisa um direito real, o que interfere diretamente no proprietário o exercício do domínio pleno sobre a coisa que poderia causar prejuízo ao seu direito de propriedade por limitar-lhe este direito como é o caso de um agente que exerça o uso fruto sobre um bem ou aproveita-se dele e que posteriormente poderia buscar o reconhecimento desse uso fruto ou servidão e a ação negatória é justamente para que se negue o reconhecimento a esse direito.
Ação Confessória
Trata-se de ação que busca obter o reconhecimento de uma servidão ou de aduzir ao direito de propriedade, um plus em relação a propriedade vizinha reconhecendo-se o direito sobre ela.
O proprietário de um imóvel que utiliza uma servidão do imóvel vizinho irá buscar reconhecer judicialmente o direito a esta servidão, sendo confessado o referido uso, reconhecendo-se assim que o proprietário do imóvel possa agregar a um dos elementos inerentes a sua propriedade o direito a referida servidão, o que irá criar para ele um plus em sua propriedade.
Propriedade
A propriedade é um direito real que se caracteriza atualmente não apenas como ius (direito subjetivo), mas também como um múnus (dever jurídico), desempenhando um papel que lhe exige o atendimento a sua função social conforme preceitua o art. 1228 §1º e 2º CC.
Os direitos reais são determinados bens jurídicos taxativamente elencados no art. 1225 CC e dentre todos, a propriedade é o mais completo dos direitos reais, pois mantém uma relação fundamental com o direito das coisas e dela derivam todos os outros direitos reais sejam aqueles sobre coisas alheias, limitados apenas ao gozo ou fruição, os direitos reais de garantia ou os de aquisição.
Os direitos reais permitem aos seus titulares o exercício de poderes sobre a coisa, esta relação de poder sobre o bem se denomina domínio, visto que este é o exercício dos poderes que o titular da propriedade exerce sobre a coisa, poderes estes de usar, gozar, fruir, dispor, alienar e reivindicar.
Direito das coisas – ramo do direito que regula a posse, direitos reais e direito de vizinhança
Art. 1240 A – usucapião por abandono de lar.
Direito reais – complexo de direitos jurídicos que confere ao titular poderes sobre os bens (usar, gozar, fruir...)
A propriedade confere unidade de poderes que podem ser exercidos sobre uma coisa, isto é, a plenitude de direitos sobre uma coisa e o domínio é o poder que se exerce sobre as coisas que lhe estiverem sujeitas.
Art. 1228 CC
A propriedade é um bem jurídico que confere o direito ao seu titular de tirar diretamente da coisa toda a sua utilidade jurídica e o exercício dos poderes inerentes à propriedade é chamado de domínio.
Propriedade – direito
Domínio – exercício do direito
Quando há o exercício de todos os poderes, diz-se que a pessoa possui o domínio pleno.
Único direito que engloba todos os poderes é a propriedade.
São elementos inerentes à propriedade o ius utendi, que é o direito de usar e tirar da coisa todos os serviços que ela pode prestar sem que haja modificação em sua substância, e as vantagens devem ser tiradas em proveito próprio.
Uso não dá poder de consumo, não pode mudar a essência da coisa.
Outro elemento é o ius fruendi que é o direito de fruir e gozar da coisa e explorá-la economicamente percebendo desta exploração todos os frutos que se lhe possam extrair.
Há também o ius abutendi que envolve a disposição sobre a coisa corpórea e incorpórea e neste diapazão o ius abutendi engloba a seção, a alienação e a possibilidade de gravar (dar como garantia de dívida) a coisa de ônus, admitindo-se ao proprietário alienar o bem a título oneroso ou gratuito abrangendo também o poder de consumir a coisa e gravá-la como ônus.
Há também a rei vindicatio, que é o poder de reivindicar a coisa daquele que injustamente a detenha possibilitando ao proprietário promover a ação judicial para obter a coisa de quem injustamente a detenha.
A reivindicação deriva de uma das principais características da propriedade que é o direito de sequela, que é um direito que permite ao proprietário buscar a coisa em qualquer lugar e propor ação contra qualquer um que esteja indevidamente com a sua propriedade.
A propriedade se transfere pela tradição.
Outra característica da propriedade é o seu caráter absoluto que confere ao titular oponibilidade erga omnes já que é o mais completo dos d. reais, e a propriedade de um exclui todas as demais, tornando-se única e absoluta nas mãos do dono e esta exclusividade é outra característica da propriedade juntamente com a perpetuidade pois uma vez concentrada de forma absoluta nas mãos do titular exclui qualquer outro de exercer direito e se perpetua nas mãos do dono, podendo ser excepcionada na propriedade resolúvel que não é perpétua.
Uma última característica citada apenas por Orlando Gomes, é a elasticidade, pois o domínio ao longo do seu exercício podeser distendido ou contraído à medida que a propriedade seja exercida plenamente ou limitadamente durante o seu tempo.
Propriedade resolúvel – condição resolutiva, vai se extinguir, transfere em algum momento. É uma exceção à perpetuidade, pois a regra é a propriedade ser perpétua.
Limitações do direito de propriedade
Como se sabe, a propriedade será exercida plenamente à medida que o seu titular tenha concentrado em seus domínios o poder de usar, gozar, fruir, dispor, alienar e reivindicar a coisa, podendo-se afirmar ter a propriedade plena da coisa. Ocorre que, em algumas situações, o direito de propriedade não admite ao seu titular o exercício pleno de todos esses poderes, muitas vezes limitado em razão de algum fator derivado da própria manifestação da vontade do agente ou em razão de interesse público.
A propriedade será exercida de forma limitada quando o seu titular não se valha de todos os poderes garantido ao exercício da coisa, como na hipótese de um gravame que recaia sobre ela e que a torne indisponível, como no caso do usufruto com cláusula de inalienabilidade.
Poderes sobre a coisa – direitos reais – são bens jurídicos que estabelecem ao titular dele poderes sobre a coisa. Todos os direitos reais derivam da propriedade. Os direitos reais são elencados no art. 1225, garantem ao titular da coisa o exercício de poderes, plenos ou não.
Uma promessa de compra e venda, que se arrepende e resolve restituir o sinal – pode. Se for retratável, já gerou um direito real de adquirir o imóvel.
A propriedade resolúvel prevista nos arts. 1359 e 1360 CC é uma modalidade de propriedade que sofre limitação e se dá quando o título de aquisição da propriedade está subordinado a uma condição resolutiva ou ao advento de um termo.
Segundo Orlando Gomes, “É uma modalidade de domínio e sua revogação é mera consequência da resolução do ato jurídico de que se originou.” Os arts. Citados referentea ao CC estabelecem as exceções ao princípio de que o direito de propriedade é perpétuo e irrevogável, podendo-se citar como exemplo o pacto da retrovenda (art. 505 CC).
Se houver uma cláusula no contrato de compra e venda que o vendedor se reserva do direito de comprar de novo aquilo que ele vendeu (por um período de 3 anos).
Tutela de urgência a ser pedida para a satisfação do seu direito (da cláusula do contrato) existe uma obrigação de fazer, 461 CPC, tutela específica, ação que tenha por objeto obrigação de fazer.
Adquirente do imóvel é o proprietário, mas a qualquer momento pode ser instado a vender de volta. É uma propriedade resolúvel.
Qual a possibilidade de um adquirente de um bem com cláusula de retrovenda ter a propriedade perpétua? Quando ultrapassar o pz de 3 anos e não for requerida a compra pelo outro, passa a ser perpétua e irrevogável.
Exemplo de doação em que o donatário que recebeu) tenha propriedade resolúvel: doação com cláusula de reversão ( o doador doa o bem, mas se o donatário morrer primeiro, o bem retoma).
Esta modalidade de propriedade, estabelece que o adquirente de um bem sobre o qual pende condição ou termo resolutivo, não pode alegar prejuízo advindo da subsequente resolução.
Cumpre salientar que a condição ou o termo operam retroativamente, e todos os direitos constituídos em sua pendência se desfazem como se jamais houvessem existido, aplicando-se o princípio da retroatividade das condições, art. 128 CC, podendo-se citar, como exemplo, a venda a estranho pelo condômino de sua cota na coisa comum indivisível sem respeito ao direito de preferência, previsto no art. 504 CC.
Cláusula do direito de preferência (direito de prelação) – o indivíduo pode revogar uma compra, pode exigir a anulação, do contrato e a compra por ele nas mesmas condições que foi feita esta compra.
Quando ocorre a resolução da propriedade ela retroage até a data do negócio e é como se nunca tivesse existido.
Há também a propriedade fiduciária, prevista nos art. 1361 e seguintes do CC e nela, o negócio jurídico de disposição condicional está subordinado também a uma condição resolutiva que irá fazer cessar a propriedade em favor do alienante, uma vez verificado o implemento da condição que, no caso, é o pagamento da última parcela.
Tipos de modalidades: termo (evento futuro e certo – já gera d. adquirido), condição (evento futuro e incerto – gera uma expectativa de direito) e encargo ( é um ônus que se impõe pagamento, criado a um dos contraentes).
Aquisição da propriedade imóvel
Os bens imóveis poderão ser adquiridos de forma originária ou derivada. O meio originário de aquisição é aquele que é desvinculado de qualquer relação com o titular anterior, não existindo relação jurídica de transmissão, entendendo a grande maioria da doutrina que a usucapião é meio originário de aquisição da propriedade, assim como a acessão natural.
É meio derivado de aquisição da propriedade aquele em que se verifica uma relação jurídica do adquirente com o antecessor, existindo transmissão da propriedade de uma pessoa para outro, como ocorre nas transmissões por atos entre-vivos ou mortis – causa. Na compra e venda, doação, troca ou inventário e arrolamento, pois a morte faz com que o patrimônio do falecido tramnsmita-se aos herdeiros pelo princípio da saisine hereditare.
Aquisição por registro de título
O indivíduo que, pela manifestação da vontade conjugada à vontade de outro, decide adquirir-lhe o domínio sobre bem imóvel, o fará através de titulo translativo desse domínio, bem como através de documento que diga respeito à transmissão da coisa pela morte do titular. Os artigos 1245 a 1247 CC elencam a transmissão da propriedade pelo registro de título do cartório imobiliário, seja título derivado de ato inter-vivos ou então por meio de sentença transfere a propriedade causa-mortis e ambos os documentos devem ser levados a registro no RI.
Na transferência entre vivos, a título translativo da propriedade deve ser público e o registro torna-se eficaz no momento da apresentação do título do oficial do cartório do registro, assim que ele prenotar no protocolo de registro da matrícula do imóvel que é a chave do registro. 
O art. 1247 traz a possibilidade do cancelamento do registro caso este não traga a expressão da verdade e uma vez cancelado o registro, admite-se ao proprietário reivindicar o imóvel através do direito de sequela.
Devem ser registradas as sentenças proferidas em ações divisórias, inventários, partilhas, adjudicações, bem como as sentenças proferidas na partilha de divórcio ou anulação de casamento, assim como as proferidas em ação de usucapião.
Direito que o proprietário tem de reaver a coisa injusta.
Aquisição por usucapião
É modalidade de aquisição de propriedade de forma originária através da posse mansa e pacífica em determinado espaço de tempo, através do atendimento de requisitos legais a saber:
Res habilis – que é a coisa hábil para aquisição, ou seja, a coisa não pode estar fora do comércio e nem ser bem público.
Bona fides – que é a boa fé exigida aquele que busca adquirir a coisa que deve ignorar o vício ou obstáculo que lhe impede a oposição da coisa. Na usucapião extraordinária não é dispensada a boa fé nem justo título, somente é dispensada a comprovação da boa fé. OBS: nessa modalidade do usucapião dispensa a comprovação da boa fé, mas exige-se.
Justo título – é condicionante da usucapião, devendo o possuidor estar de posse de título da paz de transferir-lhe a propriedade, caso fosse originado do dono da coisa, e assim como a boa fé, é dispensada a sua prova na usucapião extraordinária.
Posse – deve ser mansa e pacífica e sem oposição, não clandestina e não precária, pois dessa forma não se terá posse.
Tempo – é essencial ao usucapião, pois o decurso de tempo da posse contínua e ininterrupta permitem a aquisição do domínio através da prescrição aquisitiva, pois a inércia do titular em obstacularizar o exercício sobre a posse de terceiro o faz perder o exercício da pretensão possessória, enquanto ao mesmo tempo o terceiro passa adquirir o direito sobre a propriedade.Sentença judicial – só haverá usucapião por sentença judicial, pois somente através dela se adquire a propriedade.

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