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Agente trabalha como caixa em casa lotérica e percebe que é possível retirar pequenas quantias sem que o empregador perceba, pois este não mantém controle adequado dos valores. Ao longo de 30 dias, retira valores entre R$ 100,00 e 200,00 diariamente.
Art. 155, § 4.º, inciso II (abuso de confiança). Não é apropriação indébita porque o agente exerce a posse vigiada. 
Agente trabalha como vendedor externo para determinada empresa e detém a posse de mostruário de mercadorias para oferecer aos clientes, num total de 50 calças e 50 camisas. Insatisfeito com o atraso no pagamento das comissões e das despesas de viagem, agente telefona para a empresa, informa que não mais irá vender os produtos e que ficará com o mostruário para compensar as despesas que teve.
Art. 345. É exercício arbitrário das próprias razões porque, ao realizar o apossamento, o agente visa satisfazer sua legítima pretensão de receber as comissões e reembolso de despesas. Caso não houvesse débito, seria art. 168. 
Agente faz um financiamento na CEF e obtém recursos para edificar sua moradia. No entanto, é despedido do emprego e não mais consegue pagar as prestações. CEF executa judicialmente a dívida e o imóvel é penhorado, e depois levado a leilão. Frustrado por perder a tão sonhada casa própria, o agente pega uma marreta e quebra todo o piso e paredes da residência antes de sair. Quando o arrematante vai tomar posse da casa, a encontra em estado deplorável.
Art. 171, § 2.º, inciso IV, pelo princípio da especialidade, e não art. 163. Essa modalidade de estelionato se configura quando o agente tem a obrigação de entregar a coisa, decorrente de lei, contrato ou ordem judicial. 
Agente cumpre pena em São Pedro de Alcântara por sonegação fiscal e evasão de divisas, visando obter dinheiro fácil, envia para um número de celular uma mensagem de texto informando que o destinatário ganhou 2 veículos novos, 1 casa e R$ 50.000,00 na promoção da “Jequiti”. No mesmo SMS, informa que o “premiado” deve depositar R$ 1.500,00 numa determinada conta corrente (fornece os dados da conta de sua esposa) a fim de custar despesas de hospedagem e de passagem aérea, para o que o “premiado” vá até o programa Silvio Santos receber o prêmio. Eufórico, o titular da linha telefônica que recebeu o SMS de pronto acessa seu computador e realiza a transferência bancária. 
Art. 171, caput, para o agente e sua esposa (partícipe).
Agente A é proprietário de uma empresa de revenda de peças automotivas que não está regularmente constituída, funciona no porão de sua residência. Como gosta de obter lucro fácil, além de adquirir peças de procedência lícita, eventualmente também adquire peças de veículos furtados que lhe são trazidas por meliantes. Agente B, ao sair embriagado de uma balada, colide o pára-choque traseiro de seu veículo num muro. Precisando substituir da peça, vai à loja do agente A, o qual dispõe da peça e a oferece ao Agente B, sendo franco em dizer que é oriunda de furto. O Agente B fica satisfeito e ambos fecham o negócio. 
Agente A: art. 180, § 1.º. Agente B: art. 180, caput. 
Paul David Hewson, por estar desempregado, resolve vender CD’s e DVDs não originais que adquire em Foz do Iguaçu e, durante 1 mês, negocia esses produtos pelas ruas, ao preço de R$ 1,00 e R$ 2,00, respectivamente. Roger Waters, proprietário de uma empresa regularmente constituída do ramo de mídias musicais, insatisfeito com a perda de clientela, além de dar um “safanão” em Paul, aciona a polícia para apurar o fato. 
Paul: art. 184, § 2.º. Roger: Art. 21 da LCP.
Norman Bates, rapaz muito excêntrico, extremamente triste pelo falecimento de sua genitora, única pessoa com quem convivia, resolve achar um meio de mantê-la em sua companhia. Cerca de 1 mês após o falecimento, retira o corpo da genitora do cemitério onde ela fora sepultada e o traz até o porão de sua residência. O Delegado Hitchcock, após receber denúncias anônimas, resolve investigar e obtém de Norman a confissão do fato. Defina se Norman Bates cometeu algum crime e, em caso positivo, qual a tipificação. 
Art. 211. A violação de sepultura (art. 210) fica absorvida, pois era crime-meio. 
Anderson, Bruno e Cássio resolvem angariar dinheiro fácil e, de comum acordo, resolvem aplicar o famoso “golpe do bilhete premiado”. Cássio fornece a Bruno US$ 5.000,00 e seu veículo. Anderson veste trajes bastante deteriorados e, se fazendo passar por pessoa muito humilde, aborda uma anciã de 70 anos na saída de uma agência bancária. Solicita a ela que informe onde fica a lotérica mais próxima, pois precisa conferir um bilhete de loteria. Enquanto a anciã tenta explicar a localização da lotérica, Bruno, vestindo roupas nobres, se aproxima de Anderson e da anciã e se apresenta como Engenheiro. Ao ouvir o relato de Anderson, simula telefonar para a CEF para verificar se o bilhete é mesmo premiado e então confirma que é premiado com R$ 20.000.000,00. Propõe levar os demais (no veículo de Cassio) até a agência da CEF para sacar o prêmio, o que eles aceitam. No trajeto, Anderson diz que pretende gratificar Bruno e a anciã por terem o ajudado, mas, como garantia de que não ficarão com todo o seu prêmio, pede que lhe entreguem um valor de R$ 10.000,00. De imediato, Bruno retira de sua maleta a quantia de US$ 5.000,00 disponibilizada por Cassio e entrega para Anderson. A anciã diz que precisa ir até a agência do Banco do Brasil retirar o dinheiro, o que efetivamente faz. Após sacar R$ 10.000,00 de sua conta, quando todos se dirigiam até a agência da CEF, a anciã diz que necessita conversar com sua filha antes de entregar a “garantia” para Anderson. Ao notarem a desconfiança da anciã, Anderson e Bruno, mediante esforço mútuo, tomam dela o envelope com o dinheiro e a empurram para fora do carro em movimento, causando-lhe diversos hematomas e escoriações. Em seguida, Anderson e Bruno retornam à praça onde Cássio aguardava apenas vigiando a abordagem inicial. Cassio assume a direção do veículo e todos rumam para outro município, onde são abordados e presos pela polícia.
Anderson e Bruno: Art. 157, § 2.º, inciso II. Cássio: Art. 171 c/c art. 14, inciso II. 
Há aqui cooperação dolosamente distinta por Cássio (art. 29, § 2.º), pois pretendia executar apenas o delito de estelionato. O emprego de violência contra a vítima não estava na linha de desdobramento causal da ação e decorreu de ato voluntário emanado exclusivamente de Anderson e Bruno.
Marlon Brando deve R$ 500,00 numa locadora de DVD’s. Por não ter recursos para pagar o débito, deixa da comparecer ao estabelecimento e tampouco devolve os últimos 10 DVD’s que locou. A locadora envia o cobrador Al Pacino até a residência de Marlon para cobrar a dívida e recuperar os DVD’s. Como está de mudança do local naquele dia, e acreditando que não mais será encontrado, Marlon entrega para Al Pacino um cheque de conta corrente própria que mantém no Banco do Brasil, mas que já está encerrada pelo banco há dois meses em razão de débitos, preenchido por ele no valor de R$ 500,00, e promete ao cobrador que no dia seguinte devolverá os DVD’s, pois os deixou na casa de um amigo. 
Marlon: Art. 168 em razão da apropriação dos DVD’s em concurso com o art. 171, caput, em razão da emissão de cheque de conta encerrada.

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