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D. Financeiro

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Finanças Públicas X Direito Financeiro
Direito financeiro – criado após as atividades financeiras. A atividade financeira do Estado é a que visa à realização do interesse público, aplicando as receitas para cumprir com as despesas.
Finanças Públicas – consiste na arrecadação, na gestão e na aplicação dos recursos.
Arrecadação:
Tributos
Impostos
Taxas
Contribuição de melhoria
Contribuição social
Empréstimos compulsórios
Patrimônio público
Locação
Concessão
permissão
s/a
Multas patrimônio particular
Direito financeiro – “É o ramo do direito público destinado a disciplinar a atividade financeira do Estado”. (Marcus Habraá).
Objetivos do Estado – oferecer à coletividade através do direito as condições necessárias para a realização do bem comum, da paz e da ordem social.
Tributação e atividade financeira
Historicamente atividade financeira se desenvolveu junto com atividade tributária pois as primeiras formações de Estado praticavam a tributação, retirando do particular os valores necessários para os gastos públicos como primeira fonte de receita.
Os primeiros sinais de cobrança de tributo são de cerca de 6 mil anos atrás, Estado onde hoje localiza-se o Iraque.
No Egito havia fiscais do Faraó que cobravam 20% sobre tudo que o particular possuísse.
No século XIII depois de Cristo aparece o primeiro sistema tributário quando em 1215 o rei João sem Terra introduziu na constituição inglesa regras sobre a cobrança de tributos, aparecendo aí a legalidade como um princípio tributário.
Difundido por todo o mundo o sistema constitucionalista, com a liberdade moderada nos chamados Estados liberais, porém com respeitos as leis como Estado de direito, apareceu a figura do orçamento público que não existia anteriormente. Logo a figura do planejamento orçamentário só foi percebida na história entre o final do século XVII e o início do século XVIII estabelecendo a existência de um Estado fiscal ou Estado de direito.
Estrutura Financeira no Brasil
A nossa constituição de 88 estabelece as regras sobre o direito financeiro no Brasil na seguinte forma:
Competência normativa (arts. 24, 48, 52, 62 e 68 CF);
Intervenção por descumprimento (art. 34 e 35 CF);
Formas de controle das atividades financeiras (art. 21, 70, 71 e 74);
Sistema tributário (art. 145 ao 156 e 195);
Repartição das receitas (art. 157 ao 162);
Normas gerais (art. 163 e 164);
Orçamento (art. 165 a 169).
Fontes do Direito Financeiro
São elas:
Materiais – são os fatos que compõe as demandas da sociedade. Podem ser questões morais, religiosas, eleitorais, demográficas, políticas, econômicas e outras. Essas fontes vão se modificando ao longo do tempo.
Formais – são as regras, leis, tratados ou decretos que determinam as regras a serem aplicados. A principal fonte é a Constituição que determina algumas regras de competência legislativa sobre direito financeiro.
Art. 163 CF
As regras gerais serão de competência da União com a utilização de leis complementares. Desta forma a competência normativa, de caráter nacional será da União.
Art. 24 CF
Sendo assim União, Estados, DF e Municípios tem autorização da Constituição para legislarem sobre o tema financeiro utilizando para isso as características individuais de cada ente federativo.
b.1) Normas Gerais – são as regras aplicadas em todo território nacional. As principais leis gerais aplicadas ao direito financeiro são: Lei 4.320/64, lei ordinária, porém foi recepcionada como lei complementar pela constituição e impõe as regras de controle e elaboração do orçamento público. A lei complementar 101/2000 que traz regras sobre responsabilidade fiscal e as consequências do seu descumprimento.
b.2) Normas Específicas – são leis ordinárias, elaboradas pelos entes federativos, de iniciativa do Poder Executivo. Os mais importantes são as seguintes:
Leis Orçamentárias Anuais, lei de diretrizes orçamentárias e lei de planos plurianuais.
Receitas públicas
São todos os valores pagos ao Estado cujo objetivo é permanecer nos cofres públicos. As receitas são entradas que farão parte do ativo do Estado (o ativo é o conjunto de bens e direito).
As receitas são caracterizadas pela transferência da titularidade do antigo proprietário para o Estado. Não são receitas os depósitos administrativos ou judiciais, os empréstimos e qualquer outro ingresso de recurso que não representem a transferência da titularidade.
Classificação das receitas
Receitas ordinárias (comum) – são as receitas previsíveis que acontecem de forma periódica, como por exemplo, os tributos, os aluguéis, os royalties e etc.
A.1) Receitas Extraordinárias (incomum) – são aquelas receitas que não entram regularmente ou periodicamente, ou seja, o Estado não conta com aqueles recursos para programar suas despesas. Como exemplo tem as multas de transito, as receitas financeiras (juros e dividendos recebidos), etc.
B) Receitas Originárias – são receitas advindas do patrimônio público. Quando Estado utiliza seus próprios bens para angariar recursos. Com exemplo temos a locação de bens públicos, o arrendamento, sessão e concessão onerosa, alienação de bens, etc.
B.1) Receita Derivada – É aquela proveniente dos tributos, ou seja, o Estado atua de forma compulsória em cima do patrimônio do particular. EX: impostos, taxas, contribuições e etc.
OBS: OS TRIBUTOS SÃO: IMPOSTOS, TAXAS, CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA, CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO.
B.2) Receitas Transferidas – são recursos tributários de outros entes federativos, repassados por força de lei a outro ente. Ex: simples Nacional.
C) (Lei 4320/64 – classificação) Receita corrente – são todas aquelas que são originadas dos tributos e patrimônios do Estado.
C.1) Receitas de Capital – são as originadas pelas operações de crédito, juros recebidos e dividendos auferidos.

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