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UNI-ANHANGUERA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS ENGENHARIA CIVIL RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA AO METRÔ DO DISTRITO FEDERAL GOIÂNIA 2016 carlos henrique amaral CELIO RIBEIRO DA SILVA wandisson p. da silva JR. ENGENHARIA CIVIL PLANEJAMENTO DE TRANSPORTES E MOBILIDADE URBANA Trabalho apresentado a Uni-Anhanguera, como parte das exigências para aprovação na disciplina de Planejamento de transportes e mobilidade urbana, ministrada pelo professor Vinícius Fróes. GOIÂNIA, 2015 Prefácio O conhecimento teórico adquire outra dimensão depois de associado à experiência da realidade em um sistema de transportes e suas inúmeras particularidades, em especial tratando-se de modalidades específicas, onde o nível de exigências de controles e operações é ainda mais rigoroso do que as de qualquer outra modalidade de transporte terrestre convencional, é o caso dos sistemas metropolitanos de transportes. Índice de figuras Figura 1 Localização – Fonte Google maps 9 Figura 2 Mapa de orientação interna 10 Figura 3 Pergolados sobreiam as janelas – eficiência energética 10 Figura 4 Brises permitem a entrada de luz e ventilação mas deixam o sol do lado de fora 11 Figura 5 Aguardando a palestra. 11 Figura 6 Centro de Controle Operacional - CCO 12 Figura 7 Um trem na doca de manutenção 12 Figura 8 Sistema de rodas (Aranha) passando por manutenção 13 Figura 9 Sistema de tração – motor elétrico DC 750V – um motor em cada roda 13 Figura 10 Vista interna do almoxarifado 14 Figura 11 Fim da visita – turma do 7º período de eng. Civil – Uni-Anhanguera 14 Introdução Este documento vem relatar a valorosa experiência de uma visita técnica, que foi realizada no Centro Administrativo e Operacional (CAO) do Metrô-DF. A visita foi realizada no dia 24 de Maio de 2016, uma terça feira, chegada às 13h25minh, tendo sido monitorada pelo professor Vinícius Fróes, responsável pela disciplina de Planejamento de transportes e mobilidade urbana componente da grade do sétimo período de engenharia civil do Uni-Anhanguera. Os estudos para implantação do sistema metroviário em Brasília tiveram início em 1991, já com os trabalhos preliminares em campo iniciados em 1992, em dezembro de 93 foi criada a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal, com a missão de operar o novo transporte. Em outubro de 1994, os trabalhos foram paralisados. Dois anos depois, retomadas em 96 e já em 1997, teve-se início a operação experimental, assim permanecendo até 2007, quando teve inicio a operação comercial do trecho que liga Taguatinga a Ceilândia Sul, passando pela estação Centro Metropolitano. Em Abril de 2008 o metrô DF já contava com 42 km de linhas e atendia 140 mil usuários/dia. Atualmente o sistema conta com 29 estações, das quais 24 estão em funcionamento, uma frota com 32 trens e possui uma extensão de 42,38 km e liga a região administrativa de Brasília às de Ceilândia e Samambaia, passando pela Asa Sul, Setor Policial Sul, Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA), Guará, Park Way, Águas Claras e Taguatinga transportando 170 mil passageiros por dia. Classificação de segurança O presente relatório tem divulgação/circulação restrita ao meio acadêmico, com finalidade exclusiva de avaliação da disciplina de Planejamento de transportes e mobilidade urbana. Objetivo Fazer a conexão entre a teoria aprendida na sala de aula e as condições reais de operação de um sistema de transporte e mobilidade urbana. Desenvolvimento Saímos do Centro Universitário de Goiás às 09h00minh e chegamos ao Centro Administrativo e Operacional (CAO), logo após uma breve parada, já em Taguatinga para o Almoço, às 13h25min onde fomos recepcionados pelo senhor Renato, colaborador da ouvidoria, e encaminhados ao auditório, onde assistimos a uma palestra proferida pelo senhor Gauss Fontes, que brilhantemente fez uma explanação histórica desde a concepção, estudos e projetos até os dias atuais, demonstrando o funcionamento e operação do sistema. É importante destacar que dentre as varias informações absorvidas nesta visita fica evidente a importância do planejamento e continuidade dos projetos de mobilidade, segundo o Sr. Gauss, uma obra de engenharia como um metrô deve ser exaustivamente estudada, pois é motor de desenvolvimento e ferramenta orientadora desse desenvolvimento, ainda assim deve ter uma analogia econômica financeira, haja vista o altíssimo custo das obras e operação que dificilmente se tornaria lucrativo, no caso do Metrô DF, o sistema é deficitário em 70%, sendo esse montante subsidiado pelo governo do DF, o faturamento com a venda de viagens, mal cobrem os custos de manutenção das linhas. Logo após a explanação o senhor Gauss, guiou-nos para conhecer o Centro Operacional, de onde é feito todo o controle e monitoramento do sistema, sendo esta área de acesso restrito, observamos tudo através de uma vitrine, onde nos foi explicado o funcionamento do sistema, que é dividido em três grandes partes, a saber: Energia, Operação e Monitoramento, sendo: ENERGIA: Este destinado a monitorar e operar a alimentação elétrica fornecida pela concessionária em corrente alternada através de três grandes subestações onde, será rebaixada para 220/380 v para alimentação dos sistemas convencionais das estações de embarque, e outra parte é convertida em corrente continua (DC) com tensão de 750 v para alimentação do terceiro trilho que por sua vez alimenta os trens. OPERAÇÃO – Responsável pelo controle e acompanhamento do funcionamento perfeito e cronologia de toda movimentação das vias, de onde se administra e acompanha o desenvolvimento do trajeto de cada trem por toda a via, acompanhando os intervalos, velocidades e surgimento de qualquer problema que possa prejudicar o funcionamento do sistema. MONITORAMENTO: Responsável por acompanhar por meio de vídeo monitoramento e sensoriamento eletrônico os acontecimento em todo o sistema e estações e vias, principalmente as estações e plataformas, tendo a função de suprir a operação com dados referentes ao aumento ou diminuição do número de usuários nos trechos, subsidiando-o a colocarem mais trens na linha ou simplesmente controlar a velocidade, para evitar a aglomeração de usuários nas plataformas. Logo em seguida fomos conhecer o Pátio de Manutenção Aguas Claras, existem dois centros de manutenção o Pátio de Águas Claras e o Pátio da Asa Sul, onde é feita desde uma simples substituição de uma lâmpada do interior de um carro, até a completa desmontagem, inspeção reparação e remontagem de um trem, o que ocorre trienalmente. Também nesta área fica o pátio de manobra e estacionamento dos trens que não estão em operação, além do setor de limpeza e higienização dos trens. Existem dois tipos de manutenção, a manutenção do material rodante, (nome dado aos trens em geral) e a manutenção de via e estações. Todo o Sistema de manutenção é terceirizado à empresas que através de licitação ficam responsáveis por estes serviços, sob a supervisão do departamento de manutenção do Metrô DF que conta com 60 funcionários para fiscalizar se estes serviços estão conformes aos parâmetros contratuais. A manutenção funciona permanentemente 24 horas por dia, tendo o maior movimento na madrugada, das 23h30min às 05h30min, quando o sistema está fechado para os usuários e, é dividida em 05 grupos: Revisão Leve, realizada mensalmente à noite por uma equipe de mecânicos, eletricistas e ajudantes, acompanhados por um supervisor e fiscais que verificam diversos itens de um roteiro preestabelecido, realizando os reparos e substituições necessários. Revisão média, feita nos mesmos moldes da anterior só que a cada 50.000 km e com maior número de itens a serem verificados. Revisão pesada é feita a cada 100.000 km ou um ano, com uma gama de verificações ainda maior que as duas anteriores. Revisão Bienal e Trienal, realizada a cada 200.000 km (bienal) e 300.000km (trienal), toda e qualquer peça é trocada, independente de seu estado de conservação, caso a periodicidade de troca tenha sido atingida, já os equipamentos que podem ser reparados são encaminhados às oficinas especializadas para os devidos reparos nos galpões do complexo. Manutenção corretiva ou preditiva, esta tem a função de retornar o trem À sua condição normal operacional no menor tempo possível caso ocorra qualquer falha durante a operação, é feita por uma equipe de 14 funcionários que ficam de plantão 24 horas por dia. Conclusão Importante frisar aqui a excelência dos serviços da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal, tanto aqueles visíveis pelos usuários, quanto aos realizados nos bastidores para garantir a qualidade e perfeição no funcionamento de todo o sistema. Já na chegada ano CAO, pudemos notar uma preocupação com a sustentabilidade, com edifícios de arquitetura pensada para tirar proveito dos elementos visando garantir o menor consumo energético, dispondo de brises e pergolados para sombreamento das fachadas. Fica uma experiência grandiosa de aprendizado sobre sistema de mobilidade metroviário e sua importância para as grandes cidades. Referências bibliográficas Informação e documentação – trabalhos acadêmicos – apresentação, ABNT-NBR 14.724/2011 – ABNT 2011. http://www.metro.df.gov.br/ - acessado em 10/06/2016. http://www.metro.sp.gov.br/ - acessado em 10/06/2016 Discovery Channel - Metrô de Nova Yorque (Parte 1 a 5), disponível em https://www.youtube.com/watch?v=pBCd0JNtXOQ – acessado em 05/06/2016 Relatório fotográfico Figura 1 Localização – Fonte Google maps. Figura 2 Mapa de orientação interna Figura 3 Pergolados sobreiam as janelas – eficiência energética Figura 4 Brises permite a entrada de luz e ventilação, mas deixam o sol do lado de fora. Figura 5 Aguardando a palestra. Figura 6 Centro de Controle Operacional - CCO Figura 7 Um trem na doca de manutenção Figura 8 Sistema de rodas (Aranha) passando por manutenção Figura 9 Sistema de tração – motor elétrico DC 750 v – um motor em cada roda Figura 10 Vista interna do almoxarifado Figura 11 Fim da visita – turma do 7º período de eng. Civil – Uni-Anhanguera
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