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Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 40 AULA 11: DO PROCEDIMENTO COMUM. NORMAS PROCEDIMENTAIS DOS PROCESSOS PERANTE O STF E STJ (LEI 8.038/90). SUMÁRIO PÁGINA Apresentação da aula e sumário 01 I – Processo Comum 02 II – Quadro Esquemático 25 III – Normas procedimentais dos processos perante o STF e o STJ 28 Lista das Questões 35 Gabarito 40 Salve, meu povo! Estudando muito? Hoje vamos estudar a respeito do Processo comum. Trata-se do procedimento mais utilizado, sendo a regra no Processo Penal. Vamos ao que interessa!!! Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 40 I – PROCESSO COMUM A instrução criminal é a sequência de atos que consubstancia o procedimento em si e, por isso, a instrução criminal varia de procedimento para procedimento. Ao nosso estudo interessa a sequência de atos que compõem a instrução criminal no procedimento comum pelo rito ordinário. O procedimento criminal pode ser COMUM ou ESPECIAL. O procedimento comum é a regra, e este pode ser dividido, ainda, em procedimento comum pelos ritos ORDINÁRIO, SUMÁRIO E SUMARÍSSIMO. Mas quando se aplica cada um deles? Vejamos: Art. 394. O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 40 Assim: Pena máxima igual ou maior que QUATRO ANOS – PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO; Pena máxima INFERIOR a QUATRO anos - PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO; Infrações de Menor Potencial Ofensivo (IMPO) – Aplica-se o procedimento comum SUMARÍSSIMO, previsto na Lei 9.099/95 (Juizado Especial Criminal). Mas o que seria uma IMPO? Nos termos do art. 61 da Lei 9.099/95, a competência dos Juizados Especiais Criminais é para o processo e julgamento das infrações penais cuja pena máxima cominada não seja superior a dois anos, donde se conclui que estas são as infrações de menor potencial ofensivo. O procedimento comum é aplicável SUBSIDIARIAMENTE a todos os procedimentos especiais previstos no CPP ou fora dele, SALVO SE HOUVER PREVISÃO EXPRESSA EM CONTRÁRIO. Vejamos: § 2o Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Mais especificamente ainda, as disposições do procedimento comum ORDINÁRIO se aplicam não só aos procedimentos especiais, mas também SUBSIDIARIAMENTE aos procedimentos SUMÁRIO E SUMARÍSSIMO: § 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 40 A) Do oferecimento e do recebimento da ação penal – Da resposta do réu O processo se inicia, como nós sabemos, com o oferecimento da peça inicial acusatória (ação penal), que pode ser a denúncia (ação penal pública) ou a queixa (ação penal privada). A ação penal deve preencher determinados requisitos. Ausentes estes requisitos a ação penal NÃO SERÁ RECEBIDA PELO JUIZ, sendo rejeitada sem que o réu chegue a ser citado. Vejamos: Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). I - for manifestamente inepta; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). III - faltar justa causa para o exercício da ação penal. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Parágrafo único. (Revogado). (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Caso a inicial acusatória não seja recebida pelo Juiz, caberá interposição de Recurso Em Sentido Estrito, nos termos do art. 581, I do CPP. Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 40 Estando a ação penal em ordem, ou seja, tendo preenchido todos os requisitos, o Juiz a receberá, ordenando a citação do acusado. Vejamos o que dispõe o art. 396 do CPP: Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). Vejam que o prazo para resposta é de APENAS 10 DIAS. Guardem isto, pois isso costuma ser cobrado. Recebida a ação penal e citado o réu, se inicia o prazo para resposta. O prazo para a resposta começa a fluir da data em que o acusado é citado. No entanto, caso tenha sido citado por edital (por não ter sido encontrado), o prazo só começa a fluir da data em que o réu ou seu defensor comparecer, eis que havendo citação por edital, suspende-se TANTO O PROCESSO QUANTO O CURSO DO PRAZO PRESCRICIONAL. Nos termos do art. 396, § único do CPP: Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). Anteriormente à reforma promovida pela Lei 11.719/08, A RESPOSTA À ACUSAÇÃO (nome que se dá à defesa do réu) era uma mera petição vazia, sem qualquer conteúdo, limitando-se a informar que, no momento oportuno, o réu provaria a sua inocência. Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 40 Após a reforma, a resposta à acusação passou a ser uma grande arma em favor do acusado, que poderá alegar tudo quanto for a seu favor. Vejamos o que diz o art. 396-A do CPP: Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as erequerendo sua intimação, quando necessário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Caso o acusado apresente alguma EXCEÇÃO (de suspeição, impedimento, etc.), esta será autuada EM APARTADO (fora dos autos do processo principal), nos termos do art. 396-A, §1°. Não apresentando resposta nem constituindo defensor, o Juiz nomeará defensor ao acusado, na forma do §2° do art. 396-A: § 2o Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz nomeará defensor para oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Portanto, fica claro que a resposta acusação é uma peça OBRIGATÓRIA em todo PROCESSO CRIMINAL, não podendo ser dispensada. B) Providências a serem adotadas pelo Juiz após o oferecimento da defesa pelo réu Após a apresentação da resposta do réu o Juiz poderá: Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 40 Absolver sumariamente o réu; Reconhecer algum vício na ação penal, extinguindo o processo; Dar sequência ao processo, designando data para audiência de instrução e julgamento. O Juiz deverá absolver sumariamente o réu quando: Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). IV - extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Percebam que o Juiz absolverá sumariamente o réu sempre que, após o prazo para resposta, verificar que o FATO NÃO OCORREU, ou, tendo ocorrido, NÃO CONSTITUI CRIME, ou ainda, que está presente Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 40 alguma causa de exclusão da ilicitude, da culpabilidade (salvo inimputabilidade) ou extintiva da punibilidade. EXEMPLO: Imagine que após a apresentação da resposta à acusação o Juiz verifica que o réu praticou o fato em legítima defesa, agindo nos termos do art. 23, II do CP. Vejamos: Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Ora, ocorrendo uma situação destas, é absolutamente desnecessário dar sequência ao processo penal, podendo o Juiz absolver, desde logo, o acusado, numa sentença que PRODUZ COISA JULGADA MATERIAL, ou seja, o acusado está DEFINITIVAMENTE ABSOLVIDO. Não sendo caso de absolvição sumária, o Juiz dará sequência à instrução criminal, designando dia e hora para a audiência. O CPP determina, ainda, que o Juiz que presidir a audiência DEVERÁ PROFERIR A SENTENÇA. Vejamos: Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 40 § 1o O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder público providenciar sua apresentação. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 2o O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Esta norma inserta no art. 399, § 2° constitui o que se chama de PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ. Esse princípio tem como fundamento a certeza de que o Juiz que presidiu a audiência, por ter tido um contato mais direto com as provas produzidas, sempre será a pessoa mais apta a proferir a sentença. C) Da instrução propriamente dita O art. 400 do CPP trata da ordem dos trabalhos na audiência de instrução e julgamento, bem como do prazo para sua realização. Na prática, esse prazo nunca é respeitado e, sendo um prazo impróprio, não há consequências processuais para o seu descumprimento, sem prejuízo de eventuais sanções disciplinares. Vejamos a redação do art. 400 do CPP: Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 40 seguida, o acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). Vejam que o ÚLTIMO ATO da audiência É SEMPRE O INTERROGATÓRIO DO RÉU. Isso se dá porque o contraditório e a ampla defesa podem ser mais bem exercidos pelo acusado se ele já tiver tido conhecimento de tudo que está sendo alegado e provado contra si. Primeiro serão ouvidas as testemunhas da acusação, depois as da defesa, pelo mesmo fundamento que o interrogatório do réu é o último ato (possibilitar o contraditório e a ampla defesa). Serão ouvidas até oito testemunhas da acusação e oito da defesa (para cada réu), não se computando neste número as testemunhas referidas (aquelas que venham a ser descobertas por indicação de outra testemunha) e as não compromissadas (que não prestam compromisso de dizer a verdade). Nos termos do art. 401: Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o Nesse número não se compreendem as que não prestem compromisso e as referidas. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 2o A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 40 Vejam, ainda, que a parte poderá DESISTIR de inquirir qualquer de suas testemunhas, SALVO SE O JUIZ FIZER QUESTÃO DE OUVI-LA, pois o Juiz pode determinar a oitiva de testemunha que não tenha sido arrolada pela parte (e, por óbvio, ouvir aquela que tenha sido arrolada e depois excluída). Vejamos o que diz o art. 209 do CPP: Art. 209. O juiz, quando julgarnecessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes. As provas deverão ser sempre produzidas NUMA MESMA AUDIÊNCIA. Caso as partes desejem algum esclarecimento dos peritos, deverão requerer esses esclarecimentos previamente. Vejamos: § 1o As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 2o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Esse requerimento prévio está previsto no art. 159, §5° do CPP: § 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia: (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias, Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 40 podendo apresentar as respostas em laudo complementar; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) Não tendo havido este requerimento prévio o Juiz não está obrigado a deferir o pedido de esclarecimento aos peritos. Após o momento da produção de provas, poderá o acusador (MP ou querelante), o assistente técnico e o acusado requerer a realização de DILIGÊNCIAS, de forma a esclarecer algum fato. Nos termos do art. 402 do CPP: Art. 402. Produzidas as provas, ao final da audiência, o Ministério Público, o querelante e o assistente e, a seguir, o acusado poderão requerer diligências cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados na instrução. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). Não havendo requerimento de diligências, ou, tendo havido, após a realização destas ou o seu indeferimento, entra-se na fase das ALEGAÇÕES FINAIS. Anteriormente à reforma, as alegações finais eram apresentadas, em regra, NA FORMA ESCRITA. Atualmente a regra é a de que as alegações finais sejam feitas ORALMENTE, concedendo-se prazo de 20 MINUTOS PARA A ACUSAÇÃO E PARA A DEFESA, prorrogáveis por MAIS 10 MINUTOS. Ao final desse momento, o Juiz deverá proferir a sentença: Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 40 prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). Caso sejam dois ou mais acusados, o prazo de cada um será individual (§1°). Havendo assistente da acusação, será concedido a este prazo de 10 minutos para falar, após o MP. Nesse caso, como a acusação ficou com 30 MINUTOS (20 do MP e 10 do assistente de acusação), serão acrescidos 10 minutos ao tempo da defesa (§2°). No entanto, embora esta seja a regra, o CPP permite que, sendo o caso muito complexo, o Juiz autorize às partes apresentarem as alegações POR ESCRITO, no prazo de CINCO DIAS, findo o qual o Juiz deverá proferir sentença, no prazo de DEZ DIAS. As alegações finais serão apresentadas por escrito, ainda, quando houver de ser realizada alguma diligência, pois, nesse caso, é impossível apresentar as alegações finais oralmente na audiência, já que ainda há uma fase instrutória em andamento: Art. 404. Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da parte, a audiência será concluída sem as alegações finais. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). Parágrafo único. Realizada, em seguida, a diligência determinada, as partes apresentarão, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 40 Do que ocorrer na audiência será lavrado termo em livro próprio, com o resumo dos fatos e a assinatura do Juiz e das partes: Art. 405. Do ocorrido em audiência será lavrado termo em livro próprio, assinado pelo juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes nela ocorridos. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o Sempre que possível, o registro dos depoimentos do investigado, indiciado, ofendido e testemunhas será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinada a obter maior fidelidade das informações. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 2o No caso de registro por meio audiovisual, será encaminhado às partes cópia do registro original, sem necessidade de transcrição. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). D) Procedimento comum pelo rito sumário (arts. 531 a 538) O procedimento comum pelo rito SUMÁRIO é muito semelhante, em estrutura, ao rito ordinário, até porque este último é norma que serve de aplicação subsidiária a todos os demais ritos. No entanto, existem algumas pequenas diferenças que devem ser lembradas, pois geralmente as Bancas cobram aquilo que é diferente. Vejamos: Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 40 A audiência deve ser realizada no prazo máximo de 30 dias (No rito ordinário o prazo é de 60 dias); O número máximo de testemunhas é de CINCO (art. 532) e aqui não há a ressalva feita no rito ordinário quanto às testemunhas não compromissadas e referidas, ou seja, esse número de 05 inclui também estes tipos de testemunha; Não há previsão de fase de “requerimento de diligências”, como no rito ordinário; Não há possibilidade de apresentação de alegações finais por escrito, devendo ser, necessariamente, ORAIS; O rito sumário será aplicável às Infrações de Menor Potencial Ofensivo quando, por alguma razão, estas infrações penais não puderem ser julgadas pelos Juizados (Quando, por exemplo, é necessária citação por edital, que é modalidade de citação vedada nos Juizados); Como vocês podem ver, não são muitas diferenças, mas são pontos que podem ser levantados na hora da prova pela Banca. CUIDADO! E) Questões Vamos agora comentar algumas questões acerca do tema aqui estudado: (FGV - 2012 - OAB - VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Adão ofereceu uma queixa‐crime contra Eva por crime de dano qualificado (art. 163, parágrafo único, IV). A queixa preenche todos os requisitos legais e foi oferecida antes do fim do prazo decadencial. Apesar disso, há a rejeição da inicial pelo juízo competente, que refere, equivocadamente, que a inicial é Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 40 intempestiva, pois já teria transcorrido o prazo decadencial. Nesse caso, assinale a afirmativa que indica o recurso cabível. A) Recurso em sentido estrito. B) Apelação. C) Embargos infrigentes. D) Carta testemunhável. COMENTÁRIOS: A decisão que não recebe a denúncia ou queixa é considerada uma decisão interlocutória mista terminativa, sendo atacável mediante RESE (Recurso em sentido estrito), nos termos do art. 581, I do CPP. Vejamos: Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: I - que não receber a denúncia ou a queixa; Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A. (FCC - 2010 - SJCDH-BA - AGENTE PENITENCIÁRIO) Quanto ao procedimento comum ordinário disciplinado no Código de Processo Penal, é CORRETO afirmar que A) o acusado poderá responder à acusação, por escrito, no prazo de quinze dias. B) produzidas as provas, e não sendo requeridas diligências, serão oferecidas alegações finais escritas, pela acusação e pela defesa. C) depois de apresentada a resposta à acusação, o Juiz deverá absolver sumariamente o acusado, se verificadas as hipóteses previstas na lei. D) na instrução deverão ser inquiridas, no mínimo, oito testemunhas arroladas pela acusação e oito pela defesa. E) tem por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 40 ou superior a dois anos de pena privativa de liberdade. COMENTÁRIOS: A resposta à acusação deverá ser oferecida em 10 dias (art. 396 do CPP). O oferecimento de alegações finais escritas não é mais a regra, sendo a regra o oferecimento de razões orais (alegações finais orais, nos termos do art. 403 do CPP). Caso o Juiz verifique a presença de alguma das hipóteses legais, após o oferecimento da resposta à acusação, deverá absolver sumariamente o réu, não havendo necessidade de se prosseguir com o processo, nos termos do art. 397 do CPP: Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). IV - extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). O número de testemunha a serem arroladas é de OITO, NO MÁXIMO, não no mínimo, nos termos do art. 401 do CPP. O procedimento comum ordinário é aplicável aos crimes cuja pena cominada seja igual ou superior a 04 anos, nos termos do art. 394, §1°, Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 40 I do CPP: Art. 394. O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Assim, a alternativa correta é a letra C. (FCC - 2009 - TJ-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA) No processo ordinário, depois da resposta do réu, o juiz o absolverá sumariamente se presente um dos motivos para o julgamento antecipado, nos quais NÃO se inclui: A) estar extinta a punibilidade do agente. B) a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato. C) a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade. D) o fato narrado evidentemente não constitui crime. E) denúncia assinada por Promotor de Justiça incompetente. COMENTÁRIOS: Os motivos que podem conduzir à absolvição sumária do réu estão no art. 397 do CPP. Vejamos: Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 40 o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). IV - extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Assim, a circunstância que não autoriza a absolvição sumária está prevista na alternativa E. Portanto, a alternativa correta é a letra E. (FCC - 2010 - METRÔ-SP - ADVOGADO) A respeito do procedimento ordinário, é correto afirmar que A) terá início com o interrogatório do réu. B) a defesa prévia será apresentada até três dias após o interrogatório. C) serão ouvidas, na instrução, até cinco testemunhas. D) as alegações finais orais serão oferecidas no prazo de duas horas. E) o juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 40 COMENTÁRIOS: O procedimento ordinário tem início com o recebimento da denúncia ou queixa, nos termos do art. 396 do CPP. A defesa prévia (resposta à acusação) deverá ser oferecida em até 10 dias, a contar da CITAÇÃO, nos termos do art. 396 do CPP. Podem ser ouvidas até 08 testemunhas (art. 401 do CPP). As alegações finais, quando orais (a regra), serão oferecidas por apenas 20 minutos (art. 403 do CPP). De fato, o Juiz que preside a instrução criminal deve ser o que profere a sentença, sendo este o princípio da IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ, nos termos do art. 399, §2° do CPP. Portanto, a alternativa correta é a letra E. (FCC - 2010 - TJ-PI - ASSESSOR JURÍDICO) É correto afirmar que A) o procedimento comum será sumário quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja igual ou inferior a quatro anos. B) as perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida. C) a expedição de carta precatória suspenderá a instrução criminal. D) após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser esclarecido, permitindo que formulem diretamente ao acusado as perguntas correspondentes. E) o procedimento comum ordinário será concluído no prazo máximode oitenta dias. Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 40 COMENTÁRIOS: O procedimento sumário só é aplicável quando a pena cominada ao crime for INFERIOR a quatro anos, E NÃO QUANDO FOR IGUAL A QUATRO ANOS (art. 394, §1°, II do CPP). A formulação de perguntas é ato mediante o qual as partes podem indagar as testemunhas, e será feita mediante pergunta direta às testemunhas, nos termos do art. 212 do CPP: Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) Vemos, assim, que a letra B está correta. A letra C está incorreta, pois a expedição de carta precatória não suspende a instrução criminal, nos termos do art. 222, §1° do CPP. A letra D é incorreta, pois NÃO É PERMITIDO ÀS PARTES formularem perguntas diretamente ao acusado, no interrogatório, devendo as perguntas serem dirigidas ao Juiz, que as remeterá ao acusado (sistema presidencialista), nos termos do art. 188 do CPP: Art. 188. Após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 1º.12.2003) Por fim, a letra E está incorreta, pois o prazo máximo para conclusão do procedimento comum ordinário é de 90 dias, por analogia ao disposto no art. 412 do CPP. Portanto, a alternativa CORRETA é a letra B. Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 40 (FCC - 2010 - TRE-AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA) Após oferecida resposta pela defesa, havendo prova inequívoca de que a pessoa denunciada cometeu o crime em legítima defesa putativa, o Juiz deverá A) abrir vista dos autos ao Ministério Público para aditar a inicial. B) rejeitar a denúncia ou a queixa. C) julgar extinta a punibilidade do agente. D) declará-la inimputável. E) absolvê-la sumariamente. COMENTÁRIOS: Sendo a legítima defesa uma causa de exclusão da ilicitude da conduta, nos termos do art. 23 do CP, após a resposta do réu, havendo prova inequívoca de sua ocorrência, o Juiz deverá ABSOLVER SUMARIAMENTE O RÉU, nos termos do art. 397, I do CPP. Vejamos: Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Portanto, a alternativa correta é a letra E. (FCC - 2009 - TJ-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS) Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 40 As regras estabelecidas no Código de Processo Penal atinentes ao recebimento e rejeição da denúncia, à resposta do réu e ao julgamento antecipado, aplicam-se A) também aos procedimentos penais de segundo grau. B) aos procedimentos regulados no próprio Código de Processo, apenas. C) ao procedimento ordinário, apenas. D) a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que previstos em leis especiais. E) a todos os procedimentos, com exceção do sumaríssimo previsto para infrações penais de menor potencial ofensivo. COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 394, §§ 4° e 5° do CPP, estas regras se aplicam a todos os procedimentos de 1° grau, ainda que não regulados pelo CPP: § 4o As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam- se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 5o Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Assim, a alternativa correta é a letra D. (FCC - 2009 - TJ-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS) O procedimento previsto no Código de Processo Penal para Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 40 apuração de infrações penais será A) comum ou especial classificado, neste último caso, em ordinário, sumário ou sumaríssimo. B) ordinário, quando tiver por objeto apenas crime cuja sanção máxima cominada for superior a quatro anos de pena privativa de liberdade. C) sumaríssimo, quando tiver por objeto apenas infração cuja sanção seja de prisão simples ou multa. D) ordinário, quando se tratar de crime de competência do júri, qualquer que seja a pena cominada. E) sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a quatro anos de pena privativa de liberdade. COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 394, §1°, II do CPP, a aplicação do procedimento comum, pelo rito sumário, se dá nos casos em que a pena MÁXIMA cominada ao crime seja INFERIOR a quatro anos de privação da liberdade: Art. 394. O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). (...) II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 40 Portanto, a alternativa correta é a letra E. (FCC - 2011 - TJ-PE - JUIZ) Na resposta à acusação, o réu A) pode arrolar testemunhas e oferecer documentos, mas não arguir prescrição. B) pode suscitar nulidade e excludente da ilicitude. C) não pode suscitar a atipicidade do fato, embora possa especificar as provas pretendidas. D) pode arguir preliminares, mas não causa de extinção da punibilidade. E) não pode suscitar decadência ou abolitio criminis. COMENTÁRIOS: O réu, em sua resposta à acusação, poderá alegar tudo que for favorável à sua defesa, podendo arrolar testemunhas e juntar documentos, bem como especificar quaisquer provas quer pretenda produzir, nos termos do art. 396-A do CPP: Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando necessário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). A alternativa correta, portanto, é a letra B. II – QUADRO ESQUEMÁTICO (RITO ORDINÁRIO) Direito Processual Penal – TRE/MGANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 40 Vamos tentar esclarecer melhor o que até aqui foi dito, em linhas gerais, através do seguinte fluxograma: INICIAL ACUSATÓRIA (DENÚNCIA OU QUEIXA) Está de acordo com os requisitos do art. 395 do CPP Não está de acordo com os requisitos do art. 395 do CPP Juiz rejeita a inicial Juiz recebe a inicial MANDA CITAR O RÉU PARA APRESENTAR RESPOSTA EM 10 DIAS RÉU APRESENTA A RESPOSTA FICA PROVADO QUE O FATO NÃO EXISTIU, NÃO SE TRATA DE CRIME, OU QUE O RÉU AGIU AAMPARADO POR ALGUMA CAUSA DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE OU DA CULPABILIDADE Não apresenta resposta JUIZ ABSOLVE SUMARIA MENTE O RÉU JUIZ VERIFICA ALGUM VÍCIO NA INICIAL ACUSATÓRIA EXTINGUE O PROCESSO SEM ANALISAR O MÉRITO Está tudo em ordem e o Juiz não verifica nenhuma situação das anteriores Processo segue e o Juiz designada data para a audiência Juiz nomeia um defensor para que patrocine a causa, dando-lhe vista dos autos por 10 dias. Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 40 AUDIÊNCIA TESTEMUNHAS DE ACUSAÇÃO, DE DEFESA E INTERROGATÓRIO DO ACUSADO. NÃO HÁ PEDIDOS DE NOVAS DILIGÊNCIAS AS PARTES APRESENTAM ALEGAÇÕES FINAIS (EM REGRA ORALMENTE) HÁ PEDIDOS DE NOVAS DILIGÊNCIAS DILIGÊNCIAS SÃO REALIZADAS AS PARTES APRESENTAM ALEGAÇÕES FINAIS ESCRITAS Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 40 III – NORMAS PROCEDIMENTAIS DOS PROCESSOS PERANTE O STF E O STJ. A Lei 8.038/90 regulamentou as normas procedimentais dos processos que tramitam perante o STF e o STJ. As normas se referem aos mais diversos tipos de processos. Dentre eles está o processo criminal, nas hipóteses em que a ação penal se inicia já perante o Tribunal. O art. 1º da lei já traz uma norma procedimental, estabelecendo que, nos crimes de ação penal pública, o MP terá o prazo de QUINZE DIAS para oferecer a ação penal ou determinar o arquivamento do IP. Vejamos: Art. 1º - Nos crimes de ação penal pública, o Ministério Público terá o prazo de quinze dias para oferecer denúncia ou pedir arquivamento do inquérito ou das peças informativas. (Vide Lei nº 8.658, de 1993) No entanto, caso o réu esteja preso, o prazo para oferecimento da denúncia será de CINCO DIAS: § 2º - Se o indiciado estiver preso: a) o prazo para oferecimento da denúncia será de cinco dias; Nada impede, porém, que quando da conclusão do IP o MP ainda não tenha formado seu convencimento acerca dos fatos. Nesse caso a lei permite que sejam deferidas “DILIGÊNCIAS COMPLEMENTARES” pelo relator do processo, hipótese na qual o prazo para oferecimento da denúncia ficará INTERROMPIDO, SALVO NO CASO DE RÉU PRESO, Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 40 HIPÓTESE NA QUAL AS DILIGÊNCIAS COMPLEMENTARES NÃO INTERROMPEM OS PRAZOS. Vejamos: § 1º - Diligências complementares poderão ser deferidas pelo relator, com interrupção do prazo deste artigo. § 2º - Se o indiciado estiver preso: (...) b) as diligências complementares não interromperão o prazo, salvo se o relator, ao deferi-las, determinar o relaxamento da prisão. O relator será escolhido de acordo com o regimento interno do Tribunal, e atuará como se fosse o “Juiz da Instrução”, ou seja, embora o processo seja julgado por um colegiado, ele é conduzido pelo relator. Vejamos: Art. 2º - O relator, escolhido na forma regimental, será o juiz da instrução, que se realizará segundo o disposto neste capítulo, no Código de Processo Penal, no que for aplicável, e no Regimento Interno do Tribunal. (Vide Lei nº 8.658, de 1993) Parágrafo único - O relator terá as atribuições que a legislação processual confere aos juízes singulares. Dentre as atribuições do relator, a lei estabelece: Art. 3º - Compete ao relator: (Vide Lei nº 8.658, de 1993) I - determinar o arquivamento do inquérito ou de peças informativas, quando o requerer o Ministério Público, ou submeter o requerimento à decisão competente do Tribunal; Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 40 II - decretar a extinção da punibilidade, nos casos previstos em lei. III – convocar desembargadores de Turmas Criminais dos Tribunais de Justiça ou dos Tribunais Regionais Federais, bem como juízes de varas criminais da Justiça dos Estados e da Justiça Federal, pelo prazo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual período, até o máximo de 2 (dois) anos, para a realização do interrogatório e de outros atos da instrução, na sede do tribunal ou no local onde se deva produzir o ato. (Incluído pela Lei nº 12.019, de 2009) Após apresentada a denúncia (ou queixa), o acusado será NOTIFICADO para apresentar RESPOSTA no prazo de 15 dias, sendo-lhe entregue cópia da inicial acusatória, do despacho do relator e dos documentos necessários: Art. 4º - Apresentada a denúncia ou a queixa ao Tribunal, far- se-á a notificação do acusado para oferecer resposta no prazo de quinze dias. (Vide Lei nº 8.658, de 1993) § 1º - Com a notificação, serão entregues ao acusado cópia da denúncia ou da queixa, do despacho do relator e dos documentos por este indicados. E se o acusado estiver em local incerto e não sabido, ou se furtar à realização da diligência citatória (estiver enrolando o oficial de justiça para não ser citado)? É possível a citação por edital ou a citação por hora certa? A Lei prevê essa hipótese, mas estabelece que, em AMBOS OS CASOS, o acusado será NOTIFICADO POR EDITAL, no qual terá prazo de cinco dias para comparecer ao Tribunal, momento no qual terá vista dos autos e começará a correr o Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 40 prazo de 15 dias para resposta. Vejamos o que diz o §2º do art. 4º da Lei: § 2º - Se desconhecido o paradeiro do acusado, ou se este criar dificuldades para que o oficial cumpra a diligência, proceder-se-á a sua notificação por edital, contendo o teor resumido da acusação, para que compareça ao Tribunal, em cinco dias, onde terá vista dos autos pelo prazo de quinze dias, a fim de apresentar a resposta prevista neste artigo. Caso o acusado, em sua resposta, traga NOVOS DOCUMENTOS, a lei determina que o relator deverá dar vista dos autos à parte contrária (o acusador) para que se manifeste em CINCO DIAS. Caso se trate de ação penal privada, o MP também terá vistados documentos, pelo mesmo prazo, na qualidade de fiscal da lei: Art. 5º - Se, com a resposta, forem apresentados novos documentos, será intimada a parte contrária para sobre eles se manifestar, no prazo de cinco dias. (Vide Lei nº 8.658, de 1993) Parágrafo único - Na ação penal de iniciativa privada, será ouvido, em igual prazo, o Ministério Público. CUIDADO! Após a apresentação da resposta deve ser decidido acerca do recebimento ou não da inicial acusatória, mas essa decisão NÃO É MONOCRÁTICA, ou seja, não é o relator quem decide sozinho. Trata-se de decisão que deve ser tomada pelo colegiado do Tribunal. Neste momento, o Tribunal pode: Receber a ação penal; Rejeitar a ação penal; Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 40 Absolver o acusado (improcedência da acusação) A lei prevê, ainda, que na sessão de julgamento em que o Tribunal deliberar sobre o recebimento ou não da ação penal, a acusação primeiro e depois a defesa, poderão realizar SUSTENTAÇÃO ORAL, pelo prazo de QUINZE MINUTOS cada, ao final do qual o Tribunal deliberará. Vejamos o que diz o art. 6º e seus §§: Art. 6º - A seguir, o relator pedirá dia para que o Tribunal delibere sobre o recebimento, a rejeição da denúncia ou da queixa, ou a improcedência da acusação, se a decisão não depender de outras provas. (Vide Lei nº 8.658, de 1993) § 1º - No julgamento de que trata este artigo, será facultada sustentação oral pelo prazo de quinze minutos, primeiro à acusação, depois à defesa. § 2º - Encerrados os debates, o Tribunal passará a deliberar, determinando o Presidente as pessoas que poderão permanecer no recinto, observado o disposto no inciso II do art. 12 desta lei. Após esse momento, sendo recebida a inicial acusatória (denúncia ou queixa), o relator deverá designar dia e hora para o interrogatório, mandando CITAR o réu, bem como INTIMAR O MP, o querelante e o assistente (se for o caso). O prazo para o oferecimento da defesa prévia será de CINCO DIAS: Art. 8º - O prazo para defesa prévia será de cinco dias, contado do interrogatório ou da intimação do defensor dativo. (Vide Lei nº 8.658, de 1993) CUIDADO! Como vocês viram, nos crimes cuja ação penal é originária dos Tribunais, o réu tem DOIS MOMENTOS PARA A Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 40 DEFESA: Um antes do recebimento da ação penal e outro após o recebimento da ação penal. A instrução é realizada seguindo-se as regras do CPP, podendo o relator delegar a colheita de provas ao Juiz ou membro do Tribunal com competência para territorial no local de cumprimento da carta de ordem (o Juiz do local onde deva ser colhida a prova) . Finda essa fase, a acusação e a defesa serão intimadas para, querendo, requererem DILIGÊNCIAS, no prazo de CINCO DIAS: Art. 9º - A instrução obedecerá, no que couber, ao procedimento comum do Código de Processo Penal. (Vide Lei nº 8.658, de 1993) § 1º - O relator poderá delegar a realização do interrogatório ou de outro ato da instrução ao juiz ou membro de tribunal com competência territorial no local de cumprimento da carta de ordem. § 2º - Por expressa determinação do relator, as intimações poderão ser feitas por carta registrada com aviso de recebimento. Art. 10 - Concluída a inquirição de testemunhas, serão intimadas a acusação e a defesa, para requerimento de diligências no prazo de cinco dias. (Vide Lei nº 8.658, de 1993) Sendo realizadas as diligências requeridas pela partes, não tendo sido estas deferidas ou não tendo sido formuladas, a acusação e a defesa serão intimadas para, sucessivamente, no prazo de QUINZE DIAS, apresentarem ALEGAÇÕES ESCRITAS. Art. 11 - Realizadas as diligências, ou não sendo estas requeridas nem determinadas pelo relator, serão intimadas a acusação e a defesa para, sucessivamente, apresentarem, no Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 40 prazo de quinze dias, alegações escritas. (Vide Lei nº 8.658, de 1993) CUIDADO! Vejam que aqui a Lei não fala nada a respeito de alegações orais, como ocorre no procedimento comum ordinário, previsto no CPP. Além disso, o prazo é sucessivo, ou seja, primeiro acusação, depois defesa. Porém, o prazo daqueles que figuram no mesmo polo processual (acusador e assistente, corréus) é comum, ou seja, correm simultaneamente. § 1º - Será comum o prazo do acusador e do assistente, bem como o dos co-réus. Caso se trate de ação penal privada, após as alegações das partes, será dada vista ao MP, que terá oportunidade de apresentar as suas alegações escritas (art. 11, § 2º da Lei). Ao final da instrução o Tribunal deverá julgar a causa, em sessão de julgamento a ser designada na forma do regimento interno. Na sessão de julgamento a acusação e a defesa terão prazo de UMA HORA PARA SUSTENTAÇÃO ORAL, assegurado prazo de QUINZE MINUTOS AO ASSISTENTE DA ACUSAÇÃO. Art. 12 - Finda a instrução, o Tribunal procederá ao julgamento, na forma determinada pelo regimento interno, observando-se o seguinte: (Vide Lei nº 8.658, de 1993) I - a acusação e a defesa terão, sucessivamente, nessa ordem, prazo de uma hora para sustentação oral, assegurado ao assistente um quarto do tempo da acusação; II - encerrados os debates, o Tribunal passará a proferir o julgamento, podendo o Presidente limitar a presença no recinto Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 40 às partes e seus advogados, ou somente a estes, se o interesse público exigir. Bons estudos! Prof. Renan Araujo LISTA DAS QUESTÕES 01 - (FCC - 2010 - SJCDH-BA - AGENTE PENITENCIÁRIO) Quanto ao procedimento comum ordinário disciplinado no Código de Processo Penal, é CORRETO afirmar que A) o acusado poderá responder à acusação, por escrito, no prazo de quinze dias. B) produzidas as provas, e não sendo requeridas diligências, serão oferecidas alegações finais escritas, pela acusação e pela defesa. C) depois de apresentada a resposta à acusação, o Juiz deverá absolver sumariamente o acusado, se verificadas as hipóteses previstas na lei. D) na instrução deverão ser inquiridas, no mínimo, oito testemunhas arroladas pela acusação e oito pela defesa. E) tem por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a dois anos de pena privativa de liberdade. Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 40 02 - (FCC - 2009 - TJ-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA) No processo ordinário, depois da resposta do réu, o juiz o absolverá sumariamente se presente um dos motivos para o julgamento antecipado, nos quais NÃO seinclui: A) estar extinta a punibilidade do agente. B) a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato. C) a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade. D) o fato narrado evidentemente não constitui crime. E) denúncia assinada por Promotor de Justiça incompetente. 03 - (FCC - 2010 - METRÔ-SP - ADVOGADO) A respeito do procedimento ordinário, é correto afirmar que A) terá início com o interrogatório do réu. B) a defesa prévia será apresentada até três dias após o interrogatório. C) serão ouvidas, na instrução, até cinco testemunhas. D) as alegações finais orais serão oferecidas no prazo de duas horas. E) o juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença. 04 - (FCC - 2010 - TJ-PI - ASSESSOR JURÍDICO) É correto afirmar que A) o procedimento comum será sumário quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja igual ou inferior a quatro anos. Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 40 B) as perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já respondida. C) a expedição de carta precatória suspenderá a instrução criminal. D) após proceder ao interrogatório, o juiz indagará das partes se restou algum fato para ser esclarecido, permitindo que formulem diretamente ao acusado as perguntas correspondentes. E) o procedimento comum ordinário será concluído no prazo máximo de oitenta dias. 05 - (FCC - 2010 - TRE-AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA) Após oferecida resposta pela defesa, havendo prova inequívoca de que a pessoa denunciada cometeu o crime em legítima defesa putativa, o Juiz deverá A) abrir vista dos autos ao Ministério Público para aditar a inicial. B) rejeitar a denúncia ou a queixa. C) julgar extinta a punibilidade do agente. D) declará-la inimputável. E) absolvê-la sumariamente. 06 - (FCC - 2009 - TJ-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS) As regras estabelecidas no Código de Processo Penal atinentes ao recebimento e rejeição da denúncia, à res- posta do réu e ao julgamento antecipado, aplicam-se A) também aos procedimentos penais de segundo grau. Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 40 B) aos procedimentos regulados no próprio Código de Processo, apenas. C) ao procedimento ordinário, apenas. D) a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que previstos em leis especiais. E) a todos os procedimentos, com exceção do sumaríssimo previsto para infrações penais de menor potencial ofensivo. 07 - (FCC - 2009 - TJ-AP - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS) O procedimento previsto no Código de Processo Penal para apuração de infrações penais será A) comum ou especial classificado, neste último caso, em ordinário, sumário ou sumaríssimo. B) ordinário, quando tiver por objeto apenas crime cuja sanção máxima cominada for superior a quatro anos de pena privativa de liberdade. C) sumaríssimo, quando tiver por objeto apenas infração cuja sanção seja de prisão simples ou mul- ta. D) ordinário, quando se tratar de crime de competência do júri, qualquer que seja a pena cominada. E) sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a quatro anos de pena privativa de liberdade. 08 - (FCC - 2011 - TJ-PE - JUIZ) Na resposta à acusação, o réu A) pode arrolar testemunhas e oferecer documentos, mas não arguir prescrição. B) pode suscitar nulidade e excludente da ilicitude. Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 40 C) não pode suscitar a atipicidade do fato, embora possa especificar as provas pretendidas. D) pode arguir preliminares, mas não causa de extinção da punibilidade. E) não pode suscitar decadência ou abolitio criminis. 09 - (FGV - 2012 - OAB - VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Adão ofereceu uma queixa‐crime contra Eva por crime de dano qualificado (art. 163, parágrafo único, IV). A queixa preenche todos os requisitos legais e foi oferecida antes do fim do prazo decadencial. Apesar disso, há a rejeição da inicial pelo juízo competente, que refere, equivocadamente, que a inicial é intempestiva, pois já teria transcorrido o prazo decadencial. Nesse caso, assinale a afirmativa que indica o recurso cabível. A) Recurso em sentido estrito. B) Apelação. C) Embargos infrigentes. D) Carta testemunhável. Direito Processual Penal – TRE/MG ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA Teoria e exercícios comentados Prof. Renan Araujo – Aula 11 Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 40 1. ALTERNATIVA C 2. ALTERNATIVA E 3. ALTERNATIVA E 4. ALTERNATIVA B 5. ALTERNATIVA E 6. ALTERNATIVA D 7. ALTERNATIVA E 8. ALTERNATIVA B 9. ALTERNATIVA A
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