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original na figura em forma de L. Queremos ver se m� e´ o mı´nimo das distaˆncias P1P2 onde P2 e´ a intersecc¸a˜o de uma reta tangente gene´rica de y = f�(x) com y = 1 + l2 = 2 e P1 a intersecc¸a˜o da reta tangente gene´rica com x = 0. Ora, P1 = (0,−2�x− �− x 2 + 2x− 1 (x− 1)2 ), P2 = ( 2�x− �+ x2 − 2x+ 1 � , 2), e P1P2(x) = √ (2�x− �+ x2 − 2x+ 1)2 �2 + (2 + 2�x− �− x2 + 2x− 1 (x− 1)2 ) 2. 8. MA´XIMOS E MI´NIMOS: O PROBLEMA DO FRETEIRO 204 O numerador da frac¸a˜o3 que e´ P1P2 ′ (x) e´ dado pelo polinoˆmio de grau 8 em x: (�x5− 5�x4+10�x3− 10�x2+5�x− �+x6− 6x5+15x4− 20x3+15x2− 6x+1− �3x)· ·2 · (2�x− �+ x2 − 2x+ 1), e verifica-se que em x0 = 1 + √ �: P1P2 ′ (1 + √ �) = 0 pois x0 = 1 + √ � e´ raiz do fator de grau 5 em x: �x5 − 5�x4 + 10�x3 − 10�x2 + 5�x− �+ x6 − 6x5 + 15x4 − 20x3 + 15x2 − 6x+ 1− �3x. Ja´ a enorme frac¸a˜o que e´ P1P2 ′′ (x) avaliada em x0 = 1 + √ � vale: 2 √ 2(2�2 + 3 + 15�+ 11 √ �+ 9�3/2) �(1 + √ �)3 > 0. Logo x0 = 1 + √ � e´ minimo local de P1P2(x). Mas e´ bem claro que, para cada � fixado: lim x↘1 P1P2(x) = = lim x↘1 √ (2�x− �+ x2 − 2x+ 1)2 �2 + (2 + 2�x− �− x2 + 2x− 1 (x− 1)2 ) 2 = +∞ assim como lim x→+∞ P1P2(x) = = lim x→+∞ √ (2�x− �+ x2 − 2x+ 1)2 �2 + (2 + 2�x− �− x2 + 2x− 1 (x− 1)2 ) 2 = +∞. 400 100 300 200 0 x 3,53 42,51,5 2 As func¸o˜es P1P2(x) para � = 1 (vermelho) e � = 0.1 (verde) x0 = 2 e 1.316227766 resp., m1 = 5.656854249 e m0.1 = 3.722854312. 3Conferi as contas que seguem no Maple, pois ficam grandes. CAPI´TULO 14. DERIVADA DA COMPOSIC¸A˜O DE FUNC¸O˜ES 205 9. Exerc´ıcios Exerc´ıcio 9.1. Usando a regra do quociente e definic¸o˜es/relac¸o˜es trigonome´tricas, prove que cot′(x) = − csc2(x), onde cot(x) = 1 tan(x) e csc(x) := 1 sin(x) . Tambe´m mostre que: sec′(x) = tan(x) sec(x), onde sec(x) := 1 cos(x) . Exerc´ıcio 9.2. Considere f(x) = x x2+1 . i) note que ela esta´ definida em todos os reais. ii) mostre que limx→+∞ f(x) = limx→−∞ f(x) = 0. iii) determine seus pontos de ma´ximo e mı´nimo locais (usando f ′(x) e/ou f ′′(x)). iv) com o item ii) e iii) conclua que os ma´ximos e mı´nimos locais sa˜o globais. v) determine seus dois pontos de inflexa˜o. (Dica: se voceˆ fizer cuidadosamente o ca´lculo de f ′′(x) vera´ que ha´ simplificac¸o˜es no numerador e que fica fa´cil determinar onde f ′′(x) = 0.) Exerc´ıcio 9.3. Considere o gra´fico da func¸a˜o y = A x , onde A > 0 fixado, para x > 0. Considere retaˆngulos formados pelos pontos (0, 0), P1.P2, P3, onde P1 = (x, 0), P2 = (x, A x ) e P3 = (0, A x ). i) Note que todos eles teˆm a mesma a´rea = A. ii) Qual deles tem o menor per´ımetro ? (Dica: determine um mı´nimo local e prove que ele e´ de fato mı´nimo global) Exerc´ıcio 9.4. Considere as func¸o˜es y = fn(x) := x 2n + 1 x2n , onde n ∈ N. i) Determine limx→0 fn(x), limx→+∞ fn(x) e limx→−∞ fn(x). ii) Determine seus pontos de mı´nimos locais / globais. iii) Prove que a concavidade desses gra´ficos e´ sempre para cima. Exerc´ıcio 9.5. Calcule a segunda derivada da func¸a˜o tan(x) := sin(x) cos(x) . Exerc´ıcio 9.6. (resolvido) Imagine que voce se lembra de cor da fo´rmula do seno da soma: sin(x+ y) = sin(x) · cos(y) + cos(x) · sin(y), mas que se esqueceu completamente da fo´rmula do cosseno da soma. i) Como o Ca´lculo pode obter a formula para o cosseno? Ou seja, como saber derivar pode ajudar ? ii) E se sei a do cosseno da soma, como obter a do seno da soma via Ca´lculo ? Exerc´ıcio 9.7. Um ponto P move-se sobre a curva de equac¸a˜o y3 − x2 = 0. Determine a taxa de variac¸a˜o da coordenada y no instante em que P = (8, 4), se a taxa de variac¸a˜o da coordenada x no mesmo instante e´ 1cm/s. 9. EXERCI´CIOS 206 Em outras palavras, a coordenada y ao longo dessa curva aumenta ou diminui, no ponto P , quando aumentamos a coordenada x. Obs. voceˆ na˜o precisa esboc¸ar a curva. CAP´ıTULO 15 Derivadas de func¸o˜es Impl´ıcitas 1. Curvas versus gra´ficos Comecemos com a equac¸a˜o do c´ırculo de raio r: x2 + y2 = r2. E´ importante nos darmos conta de que o c´ırculo como um todo na˜o e´ gra´fico de nenhuma func¸a˜o f : R→ R1. Mas, dado um ponto P (x, y) do c´ırculo, uma porc¸a˜o do c´ırculo perto de P pode ser descrita: • como gra´fico de y = y(x), para x num intervalo centrado em x, ou • como gra´fico de x = x(y), para y num intervalo centrado em y. De fato, ha´ dois casos a considerar: Caso 1: se P = (x, y) no c´ırculo tem coordenada x 6= −r, r, enta˜o perto de P o c´ırculo e´ gra´fico de y = √ 1− x2 ou de y = −√1− x2. Caso 2: se P e´ (−r, 0) ou P = (r, 0), enta˜o perto de P o c´ırculo e´ gra´fico de x =√ 1− y2 ou de x = −√1− y2. No Caso 1 podemos calcular a derivada da func¸a˜o y = y(x), para x num intervalo, do seguinte modo: derivo a expressa˜o x2 + y(x)2 = r2 pela regra da composta: (x2 + y(x)2)′ = (r2)′ ⇔ 2x+ 2y(x)y′(x) = 0⇔ ⇔ y′(x) = −2x 2y(x) . E agora substituindo y(x) por √ 1− x2, se y > 0, ou por y = −√1− x2 se y < 0, temos: y′(x) = −2x 2y(x) = −x√ 1− x2 , se y > 0, ou y′(x) = −2x 2y(x) = x√ 1− x2 , se y < 0. 1Na˜o confunda essa afirmac¸a˜o com o fato do c´ırculo ser uma curva de n´ıvel r2 da func¸a˜o F : R2 → R, F (x, y) = x2 + y2. 207 1. CURVAS VERSUS GRA´FICOS 208 No Caso 2 podemos obter a derivada da func¸a˜o x = x(y), para y num intervalo , do seguinte modo: derivo a expressa˜o (x(y))2 + y2 = r2 em y, pela regra da composta: ( (x(y))2 + y2 )′ = (r2)′ ⇔ 2x(y)x′(y) + 2y = 0⇔ ⇔ x′(y) = −2y 2x(y) . E agora substituindo x(y) por √ 1− y2, se x > 0, ou por x = −√1− y2 se x < 0: x′(y) = −2y 2x(y) = −y√ 1− y2 , se x > 0, ou x′(y) = −2y 2x(y) = y√ 1− y2 , se x < 0. Isso que fizemos se chama derivac¸a˜o impl´ıcita. E´ u´til mesmo quando na˜o sabemos a expressa˜o expl´ıcita de y = y(x) ou de x = x(y). Por exemplo, se nos damos uma curva no plano atrave´s de uma equac¸a˜o do tipo: x2y2 − 3y2 + y4 − 8y + 2y3 − 4 = 0 verificamos facilmente que (0, 2) e´ um ponto dessa curva. Sera´ que, num pequeno trecho perto de (0, 2) temos a curva dada como um gra´fico y = y(x) ? Ou seja, ∀x num intervalo aberto centrado em x = 0, sera´ que x2y(x)2 − 3y(x)2 + y(x)4 − 8y(x) + 2y(x)3 − 4 = 0 ?. Veremos que neste Exemplo esse e´ o caso (grac¸as ao Teorema 2.1 a seguir). Enta˜o supondo por um momento que sabemos que ha´ um gra´fico y = y(x) perto de (0, 2) qual o valor de y′(x) em (x, y) = (0, 2) ? Fazemos a derivada em x: (x2y(x)2 − 3y(x)2 + y(x)4 − 8y(x) + 2y(x)3 − 4)′ = 0⇔ 2xy(x)2 + x22y(x)y′(x)− 6y(x)y′(x) + 4y(x)3y′(x)− 8y′(x) + 6y(x)2y′(x) = 0 ⇔ 2xy(x)2 + y′(x)[x22y(x)− 6y(x) + 4y(x)3 − 8 + 6y(x)2] = 0 ⇔ y′(x) = −2xy(x) 2 x22y(x)− 6y(x) + 4y(x)3 − 8 + 6y(x)2 que da´ em (x, y) = (0, 2) y′(0) = 0 48 = 0, ou seja que o gra´fico y = y(x) em torno de (x, y) = (0, 2) tem reta tangente horizontal nesse ponto. CAPI´TULO 15. DERIVADAS DE FUNC¸O˜ES IMPLI´CITAS 209 2. Teorema da func¸a˜o impl´ıcita Como saberemos se lidamos com y = y(x) ou x = x(y) em torno de um ponto P = (x, y) de uma curva F (x, y) = 0 ? O Teorema 2.1 a seguir da´ uma resposta (sua prova se veˆ em Ana´lise Matema´tica): Para poder enuncia´-lo vamos introduzir um s´ımbolo novo: dada uma expressa˜o F (x, y) em duas varia´veis, defino ∂F (x,y) ∂x como sendo a derivada dessa expressa˜o em x (se houver), onde se considera y fixado. Por exemplo: se F (x, y) = yx2 + y2 enta˜o ∂F (x,y) ∂x = 2yx. Se F (x, y) = y2 enta˜o ∂F (x,y) ∂x ≡ 0. Se F (x, y) = exp(x)y2, enta˜o ∂F (x,y) ∂x = exp(x)y2. E analogamente, ∂F (x,y) ∂y se define como a derivada dessa expressa˜o em y (se hou- ver), onde se considera x fixado. Teorema 2.1. (Teorema da func¸a˜o Impl´ıcita). Seja F