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CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS DDiisscciipplliinnaa:: AAnnáálliissee ddee TTeennssõõeess ee AAvvaalliiaaççããoo ddee IInntteeggrriiddaaddee GGuuiillhheerrmmee VViiccttoorr PP.. DDoonnaattooƒƒƒƒƒƒƒƒ ƒƒƒƒ Engenheiro Mecânico, MSc Engenharia Metalúrgica e dos Materiais, Engenheiro de Equipamento da PETROBRAS. CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..22 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 ÍÍNNDDIICCEE PPAARRTTEE AA –– AANNÁÁLLIISSEE DDEE TTEENNSSÕÕEESS EEMM DDUUTTOOSS........................................................................................ 33 11.. IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO ............................................................................................................................................................................................ 33 22.. CCRRIITTÉÉRRIIOOSS DDEE EESSCCOOAAMMEENNTTOO...................................................................................................................................... 77 33.. CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDEE TTEENNSSÕÕEESS .............................................................................................................................. 1144 44.. CCAARRAACCTTEERRIIZZAAÇÇÃÃOO DDAASS TTEENNSSÕÕEESS.................................................................................................................. 1166 55.. TTEENNSSÕÕEESS AATTUUAANNTTEESS NNOO DDUUTTOO ............................................................................................................................ 2222 66 -- FFÓÓRRMMUULLAASS DDEE CCÁÁLLCCUULLOO DDAA EESSPPEESSSSUURRAA .................................................................................... 3311 77 –– DDIIMMEENNSSIIOONNAAMMEENNTTOO AA PPRREESSSSÃÃOO EEXXTTEERRNNAA .............................................................................. 3333 88 -- AABBEERRTTUURRAASS EE RREEFFOORRÇÇOOSS.......................................................................................................................................... 4400 PPAARRTTEE BB –– AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO DDEE IINNTTEEGGRRIIDDAADDEE DDEE DDUUTTOOSS .......................................................... 4422 11 -- IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO ...................................................................................................................................................................................... 4422 22 -- CCOORRRROOSSÃÃOO IINNTTEERRNNAA OOUU EEXXTTEERRNNAA .......................................................................................................... 4466 33 -- CCOORRRROOSSÃÃOO SSOOBB TTEENNSSÃÃOO IINNTTEERRNNAA OOUU EEXXTTEERRNNAA .......................................................... 5544 44 -- FFRRAATTUURRAA EEMM EEQQUUIIPPAAMMEENNTTOOSS ............................................................................................................................ 5588 55 -- FFRRAATTUURRAA EEMM DDUUTTOOSS DDEE BBAAIIXXAA TTEENNAACCIIDDAADDEE ........................................................................ 7722 66 -- FFRRAATTUURRAA EEMM DDUUTTOOSS DDEE AALLTTAA TTEENNAACCIIDDAADDEE ............................................................................ 8844 77 -- FFAADDIIGGAA............................................................................................................................................................................................................ 9933 88 –– DDEESSVVIIOOSS GGEEOOMMÉÉTTRRIICCOOSS .......................................................................................................................................... 111133 99 -- MMEEDDIIÇÇÃÃOO DDAASS TTEENNSSÕÕEESS RREESSIIDDUUAAIISS .................................................................................................... 113300 AANNEEXXOO AA –– EENNSSAAIIOO DDEE CCHHAARRPPYY.............................................................................................................................. 113366 AANNEEXXOO BB -- RREELLAAÇÇÕÕEESS TTEENNAACCIIDDAADDEE KKIICC EE EENNEERRGGIIAA CCHHAARRPPYY--VV .................. 114433 AANNEEXXOO CC -- EEXXEEMMPPLLOOSS DDEE CCAASSOOSS DDEE FFAALLHHAA .................................................................................. 115533 CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..33 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 PPAARRTTEE AA –– AANNÁÁLLIISSEE DDEE TTEENNSSÕÕEESS EEMM DDUUTTOOSS 11.. IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO Dutos são equipamentos destinados ao transporte de líquidos e gases, que se estendem além dos limites do proprietário e possuem características próprias. • Estrutura com estado de tensões simples; • Pressão interna como carregamento predominante; • Códigos de projeto e fabricação reconhecidos internacionalmente; • Procedimentos de normas de montagem bem estabelecidos. • Estrutura com grande extensão dificultando o controle, detecção e gerenciamento do dano; • Passagem por regiões fora do controle da empresa (além dos limites físicos da companhia). • Inspeção Visual não é uma ferramenta de controle da deterioração; • Inspeção é dificultada para dutos enterrados ou submersos; • Em muitos casos, as tensões de trabalho são elevadas aumentado o risco de falha na presença de danos na estrutura; • Ciclos de operação, movimentações de solo, corrosividade de produtos e do solo implicam em danos que podem levar a falha prematura e inesperada; • Podem afetar diretamente o meio ambiente e pessoas. As principais causas de falhas em dutos são relacionadas a seguir. • Ações mecânicas externas na estrutura; • Defeitos de fabricação (material, soldagem, montagem); • Corrosão interna (produto) e Corrosão externa (efeito do solo); • Corrosão sob tensão interna (produto) e Corrosão sob tensão externa (efeito do solo); • Fadiga; • Amassamentos; • Deformação plástica excessiva (tensões de tração elevadas na estrutura); • Flambagem (tensões compressivas elevadas na estrutura); • Colapso (efeito de pressão externa); • Vazamentos em ligações flangeadas. CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..44 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 As figuras abaixo apresentam estatísticas de falhas em dutos com suas principais causas. 13,5 12,5 7,5 8 44 1,5 4 9 Danos mecânicos causados por equipamentos Movimentação do solo Defeitos de construção Defeitos de material Corrosão química / bactérias Corrosão generalizada Pitting Corrosão sob tensão 25 16 19 23 17 Danos mecânicos Movimentação do solo Outros Corrosão Corrosão sob tensão CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..55 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.DonatoRevisão 2007 0 200000 400000 600000 800000 1000000 1200000 1400000 Milhas 1960 1970 1980 1990 1995 1996 1997 1998 Ano Gás Outros produtos 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 1970 1975 1980 1985 1990 1995 1996 1997 1998 1999 Danos [$ milhões] CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..66 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 As principais ferramentas de inspeção e controle disponíveis para que a integridade do duto seja preservada são as seguintes: • Inspeção visual; • Inspeção de faixa; • Inspeção externa: o Radiografia; o Partículas magnéticas; o Líquido penetrante; o Ultra-som; • Inspeção interna: o Pig geométrico; o Placa calibradora; o Pig inercial; o Pig ultra-sônico; o Pig fluxo magnético convencional; o Pig fluxo magnético de alta resolução; o Pig ultra-sônico - detecção de trincas. • Monitoração do sistema de proteção catódica; • Integridade do revestimento; • Gerenciamento da corrosão interna; • Teste hidrostático; • Medição de tensões; • Registro de variáveis operacionais; • Ensaios mecânicos; • Ensaios não-destrutivos não convencionais CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..77 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 22.. CCRRIITTÉÉRRIIOOSS DDEE EESSCCOOAAMMEENNTTOO Em um ensaio de tração simples existe um ponto determinado no diagrama tensão x deformação em que o material inicia a se deformar plasticamente. Nesse caso a tensão é uniaxial. E – módulo de elasticidade Sy – limite de escoamento 0,2% ou 0,5% Su – limite de resistência a tração σf – resistência à tração verdadeira; δf – alongamento após a fratura; ψf – redução percentual de área = 100.(Ao – Af) / Ao; εf – alongamento após a fratura real (ductilidade à fratura). Figura 1 - Curva de tensão x deformação convencional A ocorrência de um estado triaxial de tensões acarreta um comportamento de material diferente do obtido anteriormente. Existe, portanto a necessidade de traduzir um estado de tensões complexo em um valor “equivalente” que poderia ser comparado com as propriedades do material determinadas no ensaio de tração. A essa equivalência denomina- se “Critério de Escoamento”. ε = ∆L/L σ = P/Ao , P/A σf Su Sy Se εp εe εt = εe + εp δf σ E 0,2% 0,5% Curva de Engenharia Curva de Verdadeira CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..88 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 Alguns estados de tensões são especialmente importantes para análises de estruturas, pois representam o seu comportamento aproximado e simplificado sendo adequados para a grande maioria dos problemas práticos. Existem particulares estados de tensão que podem estar atuando em um componente, como os estados uniaxial, biaxial ou triaxial de tensões conforme figura 1. (a) σσσσ ττττ σσσσ1σσσσ2 = 0 σσσσ3 = 0 ττττmax σσσσ1 σσσσ1 σσσσy σσσσy (b) σσσσ ττττ σσσσ3 = 0 σσσσ2 σσσσ1 σσσσ1 σσσσ1 σσσσ2σσσσ2 ττττmax σσσσy σσσσy (c) σσσσ ττττ σσσσ ττττ σσσσ1σσσσ2σσσσ3 ττττmax σσσσ1 σσσσ1 σσσσ2σσσσ2 σσσσ3 σσσσ3 σσσσ1 σσσσ2σσσσ2 σσσσ3 σσσσ3 σσσσ3 σσσσ2 σσσσ1 ττττmax σσσσy σσσσy Figura 2 - Diferentes estados de tensões. Uniaxial (a) / Biaxial ou tensão plana (b) / Triaxial ou deformação plana (c) CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..99 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 As equações abaixo caracterizam o estado plano de tensões e plano de deformações. ⇒ σzz = τxz = τyz = 0 - Estado plano de tensões [ ]yyxxxx ..E 1 συ−σ=ε [ ]xxyyyy ..E 1 συ−σ=ε ( )yyxxzz ..E 1 σ+συ−=ε ( ) xyxy .E 1.2 τ υ+ =γ ⇒ εzz = γxz = γyz = 0 - Estado plano de deformações ( ) ( ) σ υ− υ −σ υ− =ε yyxx 2 xx .1 . E 1 ( ) ( ) σ υ− υ −σ υ− =ε xxyy 2 yy .1 . E 1 ( ) τ υ− υ + υ− =γ xy 2 xy .1 1. E 1.2 Observa-se que as equações para o estado plano de deformações são obtidas daquelas válidas para o estado plano de tensões, substituindo-se E por E/(1-υ2) e υ por υ/(1-υ). Considere como exemplo o cilindro de parede fina que está submetido a um esforço de tração P, um momento de torção T e uma pressão interna p. T P P T p Figura 3 - Combinação de tensões em um cilindro de parede fina CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..1100 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 Pela variação de pressão, força axial e momento de torção é possível obter várias combinações de tensões, que resultam em diferentes direções principais. Como determinar se uma combinação de carregamentos qualquer gera plastificação no cilindro? Os critérios de escoamento são representações desses estados de tensões de acordo com diversas teorias de plastificação. Serão apresentados 2(dois) Critérios de Escoamento: Teoria da Tensão Máxima ou Critério de Rankine, Teoria da Tensão Cisalhante Máxima ou Critério de Tresca e a Teoria de Energia de Distorção ou Critério de Von Mises. • Teoria de Tensão Máxima ou Critério de Rankine (W. Rankine – 1850) Esta teoria assume que o escoamento vai ocorrer quando a máxima tensão atuante em um material atingir a tensão de escoamento do material. Para um material que possua os mesmos valores para o escoamento à tração e à compressão, temos: σ1 > σ2 > σ3 � σ1 = ± σy A representação gráfica para um estado biaxial de tensões é dada pelo quadrado representado na figura 4. • Teoria de Tensão Cisalhante Máxima ou Critério de Tresca (H Tresca 1868) Esta teoria assume que o escoamento vai ocorrer quando a máxima tensão cisalhante em um material, submetido a uma combinação qualquer de cargas, atingir a metade da tensão de escoamento do material: τmáx = σy/2 Utilizando-se o Círculo de Mohr verifica-se que τmáx pode ser dado por 2 21 max σ−σ =τ , para um estado biaxial de tensões. Generalizando temos que: σ1 - σ2 = ± σy ou σ1 - σ2 = + σy σ1 - σ2 = - σy A representação da curva de escoamento para o caso do estado de tensões biaxial é conforme figura 4. CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..1111 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 • Teoria da Energia de Distorção ou Critério de Von Mises (R von Mises – 1913) Segundo este critérioo estado limite para o escoamento ocorre quando a energia de distorção se iguala à energia de distorção quando do escoamento do material em um ensaio de tração uniaxial. A energia de distorção é dada pela equação abaixo. G.2 IU 2d = Onde: G = E/2(1+ν) - módulo de cisalhamento. I2 - invariante de tensões O invariante de tensões pode ser expresso da seguinte forma. ( ) ( ) ( )[ ]2312322212 61I σ−σ+σ−σ+σ−σ= Na condição de tração uniaxial, temos. σ1 = σy σ2 = σ3 = 0 I2 = σy2 / 3 Portanto o Critério de Von Mises pode ser escrito como. ( ) ( ) ( )[ ] 36 1 2y2 31 2 32 2 21 σ =σ−σ+σ−σ+σ−σ Para um estado biaxial de tensões: σ12 - σ1.σ2 + σ22 = σy2 Esta equação representa uma elipse de Von Mises no plano σ1σ2 (X) (Y) AB C D E F G H �������� ���� ���� 1,0 1,0 -1,0 -1,0 σσσσ1 / σσσσy σσσσ2 / σσσσy A-B-C-D Maximum stress theory A-F-G-C-H-E Maximum shear theory A-F-G-C-H-E Distortion energy theory Figura 4 – Critérios de Escoamento Comparando-se as superfícies de escoamento de Von Mises e Tresca, temos uma diferença máxima de 15%. CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..1122 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 EXEMPLO: Aplicação dos Critérios de Escoamento em um duto Um duto sem restrições longitudinais, com diâmetro interno de 610,0 mm e espessura de parede de 9,5 mm é submetido a uma pressão interna de 6,5 MPa. Calcular o fator de segurança para o escoamento na parede do costado, remoto de descontinuidades. O material do costado é o API 5L X42, que possui uma tensão de escoamento a temperatura ambiente de 290,0 MPa. 7,208 5,9x2 0,610x5,6 t2 pD 1 ===σ MPa (tensão circunferencial) 3,104 5,9x4 0,610x5,6 t4 pD 2 ===σ MPa (tensão longitudinal) σ3 = -6,5 MPa (tensão radial) Critério de Tresca ou da Máxima Tensão Cisalhante: FS.22 y31 max σ = σ−σ =τ ( ) 35,15,67,208 0,290FS FS 31 yy 31eqv = −− = σ−σ σ =⇒ σ =σ−σ=σ Critério de Von Mises ou da máxima energia de distorção: FS y 323121 2 3 2 2 2 1eqv σ =σσ−σσ−σσ−σ+σ+σ=σ 323121 2 3 2 2 2 1 yFS σσ−σσ−σσ−σ+σ+σ σ = ( ) ( ) ( ) 56,15,6x3,1045,6x7,2083,104x7,2085,63,1047,208 0,290FS 222 = −−−−−−++ = Observa-se um resultado mais conservativo quando utilizado o critério de Tresca. CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..1133 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 EXEMPLO: Aplicação dos Critérios de Escoamento em um Tubo Tubo fechado na extremidade inferior e com uma chapa na extremidade superior mantida na posição pela ação de um peso agindo contrária a força hidrostática. p = 60,0 psi R = 240,0 in t = ½ in Área interna de seção: A = piR2 = pi x 240,02 = 180.956,0 in2 Força hidrostática: F = p.A = 60,0 x 180.956,0 = 10.857 kips Para garantir que não haja levantamento da chapa de fechamento do cilindro, é utilizado um peso equivalente a 20.000 kips. Avaliar se o projeto é seguro. As tensões principais atuantes no cilindro são as seguintes: Tensão circunferencial: σ1 = p.R / t = 60,0 x 240,0 / 0,5 = 28,8 ksi Tensão longitudinal: σ2 = p.R / 2t – W / (2piRt) = = 60,0 x 240,0/(2 x 0,5) – 20.000.000/(2 x pi x 240,0 x 0,5) = -12,1 ksi Para um limite de escoamento do material, obtido em ensaio de tração uniaxial, equivalente a σy = 36,0 ksi, temos: σ1 / σy = 0,8 σ2 / σy = -0,34 Verifica-se que as tensões principais, isoladamente são inferiores ao limite de escoamento do material, mas no gráfico correspondente aos critérios de escoamento, percebe-se que o cilindro está em condição de falha. (X) (Y) A B C D E F G H ���� ���� ���� ���� 1,0 1,0 -1,0 -1,0 σσσσ 1 / σσσσ y σσσσ 2 / σσσσ y A-B-C-D Maximum stress theory A-F-G-C-H-E Maximum shear theory A-F-G-C-H-E Distortion energy theory CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..1144 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 33.. CCLLAASSSSIIFFIICCAAÇÇÃÃOO DDEE TTEENNSSÕÕEESS Os códigos de projeto, geralmente, classificam as tensões em categorias com características diferentes. A - Tensões primárias: São as tensões necessárias para satisfazer as leis de equilíbrio da estrutura, desenvolvidas pela ação de carregamentos impostos. Sua principal característica é de que não é auto-limitante, ou seja, enquanto o carregamento estiver sendo aplicado à tensão continua atuando não sendo aliviada por deformações da estrutura. Como exemplo tem as tensões de membrana circunferenciais e longitudinais em dutos submetidos ao carregamento de pressão interna. As tensões primárias podem ser de membrana ou de flexão. A tensão de membrana é a componente da tensão primária constante através de toda a espessura da parede do duto. As tensões de flexão são resultantes da flexão das paredes do equipamento, e são variáveis através da espessura, sendo proporcionais à distância do ponto em que estão sendo analisadas ao centróide da seção considerada. Exemplos de tensões primárias são a tensão geral de membrana num casco cilíndrico sob a ação de pressão interna ou as tensões de flexão no centro de um tampo plano também causadas pela pressão interna. As tensões primárias de membrana são classificadas em tensões generalizadas de membrana, caso estejam atuando em todo o equipamento, e em tensões localizadas de membrana, caso estejam atuando em uma região limitada do equipamento. Uma tensão pode ser considerada como local se à distância na direção meridional, na qual a intensidade de tensões ultrapassa 1,1.Sm não excede √R.t. - Tensões secundárias: São as tensões desenvolvidas por restrições a deformações e compatibilidade de deslocamentos em pontos de descontinuidades. A característica básica desse tipo de tensão é sua capacidade de auto-limitação pela deformação. Como exemplos têm tensões devido à dilatação térmica restrita ou tensões residuais de soldagem. - Tensões de pico: São tensões extremamente localizadas que causam deformações e distorções reduzidas podendo contribuir exclusivamente para fenômenos cíclicos e para intensificação de tensões para efeitos de fratura frágil. CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..1155 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 O desenho esquemático a seguir apresenta exemplos de linhas de tensões em uma estrutura. Figura 5 – Linha de Tensões em Equipamentos Anel suporte Costado cilíndrico Linha de tensões L1 L1 L2 L2 Espessura Tensão Membrana Flexão Flexão Membrana Espessura Tensão Membrana Flexão Flexão Membrana Pico Linha de Tensões L1 – L1 Linha de Tensões L2 – L2 Pico CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..1166 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.DonatoRevisão 2007 44.. CCAARRAACCTTEERRIIZZAAÇÇÃÃOO DDAASS TTEENNSSÕÕEESS Para que ocorra o colapso do componente é necessário que toda a seção transversal do mesmo alcance o escoamento, conforme exemplificado pela figura 6. Figura 6 – Plastificação inicial e formação da rótula plástica Supondo a força “N” e o momento “M”, aplicados no elemento, que possui uma largura “b” e espessura “2h”. Seja σ(z) a tensão circunferencial atuante em qualquer ponto “z”, ao longo da espessura do componente. Para um comportamento puramente elástico, a tensão pode ser obtida pela teoria de vigas. ( ) IMzANz +=σ Parcialmente Plástico Totalmente Plástico 2h b + = σ σ σ σy σy σy -σy z z z Elástico Membrana Flexão z dz z +h -h N M ho CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..1177 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 Onde: A = 2hb I = (2/3)bh3 Supondo um material elástico perfeitamente plástico com escoamento “σy”, com a atuação da carga “N”, o primeiro escoamento da seção ocorre na fibra externa (z = +h). ( ) ( ) y2bh2Mz3hb2N σ=+ (1) Após o escoamento, se aumentada a carga aplicada, a plastificação irá se espalhar pela parede do vaso. Para um material com comportamento perfeitamente plástico, o estado limite da viga corresponde a uma plastificação em toda a seção transversal, o que significa a formação da rótula plástica. Matemáticamente, a distribuição de tensões é expressa como: σy z > - ho σ (z) = -σy z < - ho Nas equações de equilíbrio : ∫ − σ= h h zdzbM ( ) σ−+σ= ∫∫ − −− o o h h y h h y zdzzdzbM − σ= − −− o o h h 2h h 2 y 2 z 2 z bM −− −σ= 2 h 2 h 2 h 2 h bM 22 o 2 o 2 y ( )2o2y hhbM −σ= ( ) ( ){ }hhhhbdzdzbN ooy h h h h yy o o +−−+σ= σ−+σ= ∫ ∫ − − − � N = 2bhoσy ⇒ y o b2 N h σ = σ −σ=⇒ 2 y 2 y b2 N hbM � σ −= σ 2 2 y 22 2 2 y hb4 N 1h b M 1 bh2 N bh M 2 y 2 y = σ + σ Condição Limite CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..1188 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 Considerando ainda as seguintes restrições: M / (σy.b.h2) ≤ 1 [N / (2.b.h.σy)]2 ≤ 1 É possível obter o gráfico de interação de carregamentos, conforme figura 7. 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0 1.1 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0 1.1 Condição Limite Diagrama de Interação Escoamento Inicial Figura 7 – Curvas de Plastificação Inicial e Formação da Rótula Plástica Para uma viga em flexão pura (N = 0), o momento limite é dado por: ML = σy.b.h2 Se utilizada a equação (1), verifica-se que o momento necessário para o início do escoamento na fibra mais externa é: MY = (2/3).σy.b.h2. Conclui-se que ML / MY = 1,5. N / (2.σy.b.h) M / (σy.b.h2) CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..1199 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 Seção Esforço Razão [Escoamento Inicial/Rótula Plástica] Qualquer Tração 1 Retangular 1,5 Circular 1,7 Tubular D/t >> 1,27 Perfil I Flexão 1,14 (X-X) ou 1,60 (Y-Y) Se substituirmos N / 2.b.h = Pm (tensão elástica de membrana) e 3M / (2.b.h2) = Pb (tensão elástica de flexão, é possível modificar o gráfico anterior). Através da equação (1), temos: Pm + Pb = σy � Condição do início do escoamento A condição limite é dada pela equação (2): (2/3)(Pb / σy) + (Pm / σy)2 = 1 A combinação de tensões de membrana e de flexão fica limitada a σy, admitindo a plastificação inicial da fibra mais solicitada. Para as tensões secundárias, o limite de tensões é função do comportamento da acomodação de tensões. No primeiro ciclo de tensões térmicas ocorre uma plastificação e redução do nível de tensões devido à característica auto-limitante das tensões secundárias. Essa acomodação permite que as tensões possam alcançar um limite correspondente ao range elástico do material (limite de shakedown), equivalente a 2.Sy (duas vezes a tensão de escoamento), conforme representado pela figura 8. Se ultrapassado o limite de range elástico, o componente pode apresentar um comportamento descrito como “Plasticidade Reversa”, onde deformações plásticas alternadas ocorrem a cada ciclo, propiciando o fenômeno de fadiga de baixo ciclo, conforme indicado na figura 9. X X Y Y CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..2200 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 Para tensões atuantes ainda maiores, ocorre um acúmulo de deformações a cada ciclo, ocasionando o comportamento denominado de colapso incremental ou “ratchetting”, representado pela figura 10. 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 -1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 Pm + Pb + Q < 3.Sm y C BA Limite de Shakedown S / S y ε / ε Range elástico = 2.Sy Figura 8 – Shakedown 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 -1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 E D Pm + Pb + Q < 3.Sm y C BA Plasticidade Reversa S / S y ε / ε Range elástico = 2.Sy Figura 9 – Plasticidade Reversa CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..2211 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 -1.0 -0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 M L K J I H G FE D Pm + Pb + Q < 3.Sm y C BA Colapso Incremental S / S y ε / ε Range elástico = 2.Sy Figura 10 – Colapso Incremental CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..2222 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 55.. TTEENNSSÕÕEESS AATTUUAANNTTEESS NNOO DDUUTTOO 5.1 - TENSÕES CIRCUNFERENCIAIS DEVIDO A PRESSÃO INTERNA As tensões circunferenciais são aquelas que tendem a romper o cilindro segundo a sua geratriz quando este estiver sobre pressão interna. Em geral são as mais críticas e são calculadas conforme a expressão matemática a seguir: (pressão interna) x (raio médio) Tensão circunferencial = espessura Figura 11 – Tensões circunferenciais Cilindro: D – diâmetrot – espessura L - comprimento Área Projetada = D.L Área Resistente = 2.t.L Força de Separação = p.D.L Tensão Circunferencial = Força de Separação / Área Resistente Sc = p.D.L / 2.t.L = p.D / 2.t = p.R / t p p Sc Sc CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..2233 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 5.2 - TENSÕES LONGITUDINAIS DEVIDO A PRESSÃO INTERNA As tensões longitudinais são aquelas que tendem a romper o cilindro segundo a sua seção transversal quando este estiver sobre pressão interna. Em geral são menos críticas e são calculadas conforme a expressão matemática a seguir: (pressão interna) x (raio médio) Tensão longitudinal = 2 x espessura Figura 12 – Tensões longitudinais Cilindro: D – diâmetro t – espessura L - comprimento Área Projetada = pi.D2 / 4 Área Resistente = pi.D.t Força de Separação = p.(pi.D2 / 4) Tensão Longitudinal = Força de Separação / Área Resistente SL = p.(pi.D2 / 4) / pi.D.t = p.D / 4.t = p.R / 2.t A tensão longitudinal calculada através da fórmula acima é decorrente da ação do efeito de tampo, que ocorre em dutos curtos e nas mudanças de direção. Para dutos com movimento restrito, as tensões longitudinais são alteradas pela ação do terreno ao longo de seu comprimento. Nessa situação, a tensão pode ser definida como a seguir. SL = P.D.µ / 2.t p p Sl Sl CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..2244 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 5.3 - TENSÕES LONGITUDINAIS DEVIDO A OUTROS EFEITOS O duto pode estar sujeito a diversos outros efeitos relacionados a temperaturas, ação do solo, etc,... As tensões existentes na estrutura incluem as elásticas devido a instalação. Outra condição a ser avaliada corresponde a tensões geradas pela movimentação do duto e alteração de sua linha média. A tensão longitudinal total atuante no duto pode ser estimada pela equação a seguir. SLT = SE + SB + SS A tensão SE (tensão longitudinal existente) varia normalmente entre -10.000,0 e +20.000,0 psi. Em terrenos planos, não sujeitos a ação do solo, o duto estará submetido apenas a tensões devido a pressão interna, variações de temperatura e tensões elásticas devido a curvatura. SE = SL + ST + SC A tensão longitudinal devido mudanças de temperatura: ST = E.α.(T1 – T2) A tensão longitudinal devido a flexão é determinada através da seguinte equação: SB = wT.L2 / 12S O outro efeito gerado no duto corresponde a tração longitudinal devido ao alongamento restrito pelas extremidades engastadas. Esse efeito é obtido através da equação a seguir. SS = 2,67.E.(∆ / L)2 Em função da curvatura imposta ao duto durante procedimentos de montagem, podem existir tensões longitudinais de flexão elástica [SC] atuantes na estrutura que se somam a efeitos de carregamentos externos originários durante a operação do duto. A determinação dessa tensão é dificultada pelo desconhecimento do nível de curvatura e nível de esforços impostos durante a montagem. A montagem do duto com uma curvatura imposta submete a estrutura a uma tensão de flexão proporcional a essa curvatura. Quando o duto sofre alteração de sua linha média, como por exemplo, em regiões de rebaixamento de cota, são gerados 2(dois) efeitos adicionais no duto: flexão e alongamento. A Prática Recomendada API-RP 1117 – Movement of In-Service Pipelines, estabelece procedimentos para movimentação de dutos com determinação de valores máximos admissíveis de alteração de linha média e dimensão da área a ser movimentada de forma a manter as tensões longitudinais atuantes dentro de valores seguros. CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..2255 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 O rebaixamento do duto é analisado, segundo API-RP 1117, através do modelo de viga bi- engastada representada na figura a seguir. Figura 13 – Deformada do duto Verifica-se que a alteração do trajeto do duto, se consideradas as extremidades engastadas pelo terreno, ocasiona tensões de flexão e de membrana longitudinal. NOTAÇÃO: SLT – tensão longitudinal atuante no duto; SE – tensão longitudinal existente no duto; SB – tensão longitudinal causada pela flexão durante movimentação do duto; SS – tensão longitudinal causada pelo alongamento durante movimentação do duto; SP – tensão longitudinal devido a pressão interna; ST – tensão longitudinal devido mudança de temperaturas; P – pressão interna máxima de operação no duto; D – diâmetro externo do duto; ν - coeficiente de Poisson; t – espessura nominal do duto; E – módulo de elasticidade do material; α - coeficiente de expansão térmica; T1 – temperatura do duto na instalação; T2 – temperatura de operação do duto durante a movimentação; E – módulo de elasticidade do material do duto [psi]; ∆ - deflexão no centro do vão de rebaixamento de terreno [ft]; ∆ ∆x2 ∆x1 x1 x2 x3 ∆x3 L L/2 L/2 Posição original do duto Posição final do duto CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..2266 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 L - mínimo comprimento requerido, livre para deformar, que permita alcançar a deflexão ∆ [in] no centro do vão [in]; wT – corresponde ao carregamento distribuído necessário para alterar a linha média do duto, não considerando o peso próprio do duto e líquido no trecho [lb / in] S – módulo de seção do duto [in3]. 5.4 – AÇÃO DO SOLO NO DUTO A ação do solo no duto pode gerar efeitos relacionados a alterações geométricas (amassamentos, ovalizações, etc...) e/ou tensões longitudinais compressivas ou trativas elevadas. Para evitar falhas prematuras, é realizada uma avaliação combinada entre controle da movimentação do solo e tensões atuantes no duto. Sistemas de controle de tensões longitudinais em dutos através da utilização de “strain- gages” de corda vibrante, instalados em pontos críticos, possuem resposta adequada e durabilidade para monitorações de longo tempo. Apenas a ação do solo pode ser suficiente para levar a falha um duto e, portanto deve ser avaliada com cuidado. A figura a seguir apresenta esquematicamente efeitos do solo em duto em regiões de movimentação de terreno. Figura 14 - Movimentações de terreno e efeitos no duto Além das tensões atuantes, o efeito de carregamento do solo aliado a ação de processo corrosivo pode ser responsável pela formação de núcleos de trincamento associados a corrosão sob-tensão no material. Essas trincas podem levar à falha do duto, mesmo com carregamentos médios. Portanto dutos que possuam falhas de revestimento e sujeitos a ação externa de carregamentos devem ser investigados em relação a presença de defeitos. CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..2277 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 5.5 – TENSÕES ADMISSÍVEIS As tensões admissíveis para as tensões circunferenciais e longitudinais são diferentes. As tensões circunferenciais são utilizadas para a determinaçãoda espessura mínima requerida do duto e, portanto comparada com tensões admissíveis estabelecidas pelo código de projeto específico do duto. As tensões longitudinais são avaliadas em relação ao limite de escoamento do material e devem ser limitadas de forma a não introduzirem deformações permanentes na estrutura. O gráfico a seguir indica as possíveis superfícies de falha de um duto submetido a tensões axiais e circunferenciais. Figura 15 – Superfícies de Falha de Dutos. Observa-se que tensões longitudinais e/ou circunferenciais excessivas irão causar efeitos trativos no duto orientando a direção transversal da falha. Para o caso de tensões longitudinais compressivas, a combinação de efeitos poderá causar efeitos de instabilidade à compressão e colapsos locais na parede do duto. Tensão Longitudinal SL Tensão Circunferencial SC Falha Circunferencial Falha Longitudinal Falha Longitudinal Pressão Reduzida Buckling Wrinkling CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..2288 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 Valores Admissíveis para Carregamentos Longitudinais A tensão longitudinal admissível para flexão pode ser estimada pela seguinte equação: SA = FD.SMYS – SE – SS SA – tensão longitudinal admissível à flexão [psi]; FD – fator de projeto, especificado pelo operador do duto; SMYS – tensão de escoamento mínima especificada [psi] O fator de projeto FD depende do histórico da linha e condições operacionais, bem como o código e condições definidas para o projeto. Uma informação que possui relevância significativa na definição desse fator é o estado das juntas circunferenciais e sua qualidade intrínseca. Assim, de acordo com o API-RP 1117, o valor do comprimento mínimo requerido para o rebaixamento é definido pela equação a seguir. L = {[(3,87 x 107).D.∆ + (7,74 x 107).∆2] / [FD.SMYS – SE]}1/2 5.6 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA CRITICIDADE DO DUTO SH – tensão circunferencial; SL – tensão longitudinal; k – fator definido pelo código = 0,9; T – fator de temperatura = 1,0; Sy – tensão de escoamento mínima do material; Su – limite de resistência do material; Leq – comprimento efetivo sujeito a flambagem do duto; I – inércia da seção transversal do duto; A – área resistente da seção transversal do duto; t – espessura do duto; R – raio médio do duto; E – módulo de elasticidade do material do duto; Z – módulo de seção do duto; D – diâmetro externo do duto. CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..2299 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 • Soma das tensões longitudinais: conforme ASME B31.8 – Item 833.3 A soma das tensões longitudinais atuantes no duto deve ser limitada ao valor abaixo: 0,9.Sy.T • Tensões combinadas O estado de tensões combinadas biaxiais em operação deve ser limitado ao valor abaixo. Módulo de (SH – SL) ou Módulo de [SL2 – SL.SH + SH2]1/2 < k.Sy.T • Flambagem lateral do duto: conforme ASME B31.8 – item 833.10 I = piR3.t A = 2piR.t Sbuckle = pi2.E.I / A.Leq2 SLmax = (2/3).Sbuckle • Colapso devido a flexão (controle por carregamento) O colapso em flexão pura ocorre quando o tubo é sujeito a um momento de flexão ou deformação suficiente para causar colapso local. A resposta elástica de um cilindro sob flexão pode ser descrita pela teoria de viga. Para pequenas curvaturas, abaixo de 3 vezes a curvatura de escoamento, o cilindro sob flexão pode ser descrito por um modelo simples, baseado na teoria de vigas. εz / y = 1 / r MP = Z.Sy Z = I / (D/2) BS-8010: Mcr = MP.(1 – 0,0024.D / t) DNV 81: Mcr = MP.(1,06 – 0,0035.D / t) SUPERB 2M: Mcr = MP.(1,1 – 0,002.D / t) SUPERB 3M: Mcr = MP.(1,05 – 0,0015.D / t) DNV 1996: Mcr = MP A tensão crítica de flexão é calculada como. Sflexão = Mcr.(D/2) / I CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..3300 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 • Colapso devido a flexão (controle por deformação) Para o caso de flexão imposta por deformação, a relação abaixo indica o limite de deformação do material. BS-8010 : εcr = 15.(t / D)2 API RP 1111 : εcr = 0,5.(t / D) SUPERB 2M : εcr = 13.(t / D)2 + 0,005 SUPERB 3M : εcr = (t / D) - 0,01 DNV 1996: εcr = (t / D) - 0,01 DNV-OS-F101: εcr = 0,78.(t / D – 0,01).(1 + 5.Sc / Sy)(Sy / Su)-1,5 Dessa forma, a tensão longitudinal máxima elástica é definida como: SLmax = E.εcr • Carregamentos Combinados (Esforço Axial, Flexão e Pressão Interna) 1 P P P P1 M M F F 2 B 2 BP 2 p = + − + FP = Sy.pi.(D – t).t MP = Sy.(D – t)2.t PP = Su.2t / (D – t) CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..3311 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 66 -- FFÓÓRRMMUULLAASS DDEE CCÁÁLLCCUULLOO DDAA EESSPPEESSSSUURRAA A fórmula de cálculo da espessura para dutos variam em função do código adotado. As fórmulas dos códigos são baseadas na teoria da membrana contendo alguns coeficientes de seguranças empíricos. Dessa forma, não são levados em consideração os esforços de flexão. ASME B31.3 – Chemical Plant and Petroleum Refinery Piping Para t < D / 6 t = P.D / 2.(S.E + P.Y) S – tensão admissível do material – Tabela Apêndice A – B31.3 [MPa]; P – pressão interna de projeto [MPa]; D – diâmetro externo do duto [mm]; d – diâmetro interno do duto [mm]; t – espessura do duto [mm]; c – soma de fatores mecânicos admissíveis (rasgos, ressaltos, rôscas, sobrespessura de corrosão, ...) [mm]; E – eficiência de junta – Tabela Apêndice A – B31.3; Y – coeficiente de temperatura. Values of Coefficient Y: For t < D / 6 Temperatura oF (oC) Materiais 900 (≤≤≤≤ 482) 950 (510) 1000 (538) 1050 (566) 1100 (593) ≥ 1150 (≥ 621) Aços Ferríticos 0,4 0,5 0,7 0,7 0,7 0,7 Aços Austeníticos 0,4 0,4 0,4 0,4 0,5 0,7 Outros materiais dúcteis 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 Ferro fundido 0,0 ... ... ... ... ... CODE Barlow Equation Hoop Stress Factor ASME B31.4 0.72 ASME B31.8 nom i h t2 ODp =σ 0.4 a 0.8 CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..3322 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 BS 8010: Section 2.8 – Part 2: Code of Practice for Pipelines Pipelines on land: design, construction and installation Tensão circunferencial Parede fina Parede espessa Sh = p.D / 20t Sh = p.(D2 + Di2) / 10.(D2 – Di2) Para D / t > 20, a diferença entre as equações acima é menor do que 5%. Tensão longitudinal Seções restritas do duto Parede fina Parede espessa Sl = υ.Sh υ.(Sh – p / 10) Seções não restritas do duto: Sl = Sh / (k2 + 1) Parede fina Parede espessa k = 1,0 k = D / Di Sh – tensão circunferencial [MPa]; Sl – tensão longitudinal[MPa]; p – pressão interna de projeto [bar]; D – diâmetro externo do duto [mm]; Di – diâmetro interno do duto [mm]; t – espessura do duto [mm]; ν - coeficiente de Poisson. Recommendations on Transmission and Distribution Practice: IGE/TD/1 Steel Pipelines for High Pressure Gas Transmission t = P.D / 20.f.s s – tensão mínima de escoamento [MPa]; P – pressão interna de projeto [bar]; D – diâmetro externo do duto [mm]; t – espessura do duto [mm]; f – fator de projeto (máximo = 0,72). CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..3333 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 77 –– DDIIMMEENNSSIIOONNAAMMEENNTTOO AA PPRREESSSSÃÃOO EEXXTTEERRNNAA A ação de uma carga externa num componente cilíndrico em equilíbrio resulta numa deformação adicional que pode ou não desaparecer com a retirada dessa ação externa. Se a deformação desaparece o equilíbrio é dito estável, caso contrário, é instável. Quando é ultrapassado um valor crítico de carregamento ocorre instabilidade elástica, que pode ser seguida do completo colapso do componente. A instabilidade elástica é usualmente um critério decisivo nos projetos de dutos que operam à pressão externa. Para o caso de um cilindro submetido à pressão externa, com ou sem anéis de reforço, espaçados de um comprimento maior que um comprimento crítico, a instabilidade elástica ocorrerá, de um modo geral num nível de tensões abaixo da tensão de escoamento do material. Se o comprimento do cilindro entre tampos, ou a distância entre os anéis de reforço é menor que o comprimento crítico, a pressão crítica é função não só da relação t / D e do módulo de elasticidade do material, como também da relação L / D. A pressão crítica de flambagem para um cilindro com os extremos abertos em um comprimento maior que o crítico pode ser expressa pela equação: Pc = {2.E / [3.(1 - ν2)]}.(n2 – 1).(t / Do)3 Onde: E – módulo de elasticidade; t – espessura do vaso; Do – diâmetro externo; ν - coeficiente de Poison; n – número de lóbulos formados na flambagem, função de L / Do e Do / t. O valor mínimo desta pressão crítica corresponde a n = 2. Pc = [2.E / (1 - ν2)].(t / Do)3 Para o caso de um cilindro, com tampos, a expressão se torna: Pc = [2,42.E / (1 - ν2)3/4].{(t / Do)5/2 / [L / Do – 0,45.(t / Do)1/2]} Onde L é o comprimento de projeto. CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..3344 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 A pressão crítica assim calculada, teórica, é na realidade maior que a pressão crítica real de flambagem, verificada através de experiências práticas; isto é devido a imperfeições na fabricação do duto (ovalizações) ou a deformações causadas por cargas externas. Em uma primeira aproximação, o valor desta pressão crítica real de flambagem será em torno de 50% do valor calculado, para uma ovalização igual a espessura do duto e aproximadamente 75%, para uma ovalização igual a 10% da espessura. Um procedimento de projeto para um cilindro sujeito a pressão externa é: 1 – Através das relações t / Do e L / Do, obter através das equações adequadas a pressão teórica da flambagem (Pc); 2 – Fazer : CS = Pc / P, onde P – pressão externa atuante, sendo 3≤ CS ≤ 4; 3 – Determinar Pc’, carga real de flambagem; 4 – Fazer, novamente : CS = Pc’ / P ≈ 3; 5 – Calcular a tensão máxima nominal de projeto, que deverá ser inferior a Su/6 ou Sy/3. Como referência, para um estudo mais profundo sobre o assunto, indica-se: Timoshenko & Gere : Theory of Elastic Stability Flügge W. : Stress in Shells Pressure Vessels Design and Analysis – Bickell and Ruiz. Conforme visto anteriormente, a pressão crítica de flambagem para uma casca cilíndrica é dada pela expressão. Pc = [2.E / (1 - ν2)].(t / Do)3 Para um valor de ν = 0,3, temos: Pc = 2,2.E.(t / Do)3 Isto é válido para cilindros de comprimento de projeto maior que um comprimento crítico lc. lc = 1,111.Do.[Do / t]1/2 Para cilindros com um comprimento de projeto menor que o comprimento crítico, temos: Pc = K.E.(t / Do)3 Onde K é função das relações L / Do e Do / t. A tensão circunferencial de compressão, resultante desta pressão crítica é: S = Pc.Do / (2t) = [Do / (2t)].K.E.(t / Do)3 CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..3355 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 Rearrumando esta equação, temos: (S / E) = ε = (K / 2).(t / Do)3 A figura G do código ASME, apresenta os valores de ε (Fator A), em função das relações t / Do e L / Do. Os pontos de inflexão representam a região onde o comprimento de cilindro é crítico. Este gráfico é independente do material do equipamento. Se considerarmos um coeficiente de segurança igual a 4, adotado sobre a pressão crítica de flambagem, podemos escrever: Pc = 4.Pa = 2.S.(t / Do) Pa.(Do / t) = S / 2 (Fator B) No código as figuras CS 1, CS 2 e as demais (relativas ao material) apresentam a relação entre a deformação crítica de flambagem (Fator A) e uma tensão (Fator B) função da pressão crítica de flambagem, das dimensões e do material do cilindro. De acordo com o código, será calculado : Pa = (4/3).[B / (Do / t)] No código ASME, a seguinte notação é adotada na determinação das espessuras do cilindro submetidos à pressão externa: L – comprimento de projeto. Para dutos longos, adotar o limite do gráfico da figura G. E – módulo de elasticidade do material, na temperatura de projeto; Do – diâmetro externo do cilindro; t – espessura arbitrada para o cilindro, sem a sobrespessura para corrosão ou tolerâncias de fornecimento e fabricação; A – fator determinado a partir da figura UG 28.0; B – fator determinado a partir das figuras correspondentes ao material do cilindro, para a temperatura de projeto; P – pressão externa de projeto; Pa – valor calculado da pressão externa admissível de trabalho, para a espessura arbitrada. CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..3366 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 Figura 16 – Obtenção do Fator A através de Relações Geométricas CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..3377 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 Figura 16 – Obtenção do Fator A através de Relações Geométricas CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..3388 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 Figura 17 – Obtenção do Fator B para a Curva do Material CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..3399 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 A espessura requerida para suportar a pressão externa é obtida por um processo de tentativas, a partir de um valor arbitrado,que envolve os seguintes passos: (1) Se Do / t ≥≥≥≥ 10 a. Arbitre um valor de t e determine L / Do e Do / t. b. Obtenha na figura G o valor do fator A. Se L / Do > 50, use L / Do = 50 Se L / Do < 0,05, use L / Do = 0,05 c. Com o valor de A, determine o valor B na figura correspondente ao material do cilindro. Se o ponto encontrado cair à direita das curvas, prolongue-as horizontalmente e determine B. Se o ponto cair à esquerda, calcule diretamente o valor da pressão admissível: Pa = 2AE / [3.Do / t] , sendo E o módulo de elasticidade à temperatura de projeto d. Com o valor de B, determine Pa: Pa = 4B / [3.Do / t] e. Compare Pa com P Se Pa < P, arbitre um valor maior para a espessura ou utilize anéis de reforço Se Pa ≥ P, a espessura arbitrada satisfaz ao carregamento de projeto (2) Se Do / t < 10 a. Obtenha A e B conforme (1) Se Do / t < 4, calcule A = 1,1 / [Do / t]2 Se A > 0,1, use A = 0,1 b. Calcule Pa1 e Pa2 . O menor dos dois valores será Pa : Pa1 = [2,167 / (Do / t) – 0,0833].B Pa2 = [2S / (Do / t)].[1 – 1 / (Do / t)] Nesta última fórmula S é o menor valor entre: duas vezes a tensão admissível tabelada para o material à temperatura de projeto e 0,9 vezes a tensão de escoamento à temperatura de projeto, que pode ser obtida na Seção II, Part D 2 do CÓDIGO. c. Com o menor valor entre Pa1 e Pa2, compare com P Se Pa < P, arbitre um valor maior para a espessura ou utilize anéis de reforço Se Pa ≥ P, a espessura arbitrada satisfaz ao carregamento de projeto CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..4400 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 88 -- AABBEERRTTUURRAASS EE RREEFFOORRÇÇOOSS Quando um furo circular é realizado em uma chapa infinita, sujeita a uma tensão uniaxial σ, uma elevada concentração de tensões ocorre próxima ao furo. Figura 18 – Distribuição de Tensões em um Furo O valor desta tensão é máximo quando a = r, na seção n-n, e θ = 90º Kt.σ = (σ / 2).(2 + a2 / r2 + 3.a4 / r4) = 3.σ Pode-se observar que o efeito do furo é rapidamente atenuado e que na seção m-m surge uma tensão de compressão igual a -σ. O valor de concentração de tensões causados por um furo circular num cilindro ou esfera sujeito à pressão interna ou externa pode ser obtido por superposição de efeitos, a partir das considerações anteriores. No caso de um cilindro, a tensão circunferencial é o dobro da longitudinal. Desse modo, a tensão máxima na seção n-n será : 3.σy - σx = 2,5.σy No caso de uma esfera, onde as tensões circunferencial e longitudinal tem o mesmo valor, temos: 3.σy - σx = 2.σy 3 2 1 Kt.σ a 2a 3a 4a 5a σ m n n m a a 2a 3a 4a 5a +1 0 -1 Kt.σ σ CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..4411 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 Os dois requisitos básicos necessários ao material que é colocado como reforços junto a aberturas num vaso de pressão são: 1 – Deverá ser suficiente para compensar o enfraquecimento da parede do vaso provocado pela abertura; 2 – Deverá ser colocado dentro de determinados limites, a partir da extremidade da abertura, para minimizar o efeito de concentração de tensões. Para verificar os limites de reforço, utiliza-se a distribuição de tensões junto a um furo circular num casco cilíndrico, sujeito à pressão interna. σ1 = (σ / 2).(1 + a2 / r2) – (σ / 2).(1 + 3.a4 / r4).cos(2θ) [θ = pi / 2] + + (σ / 2).(1 + a2 / r2) – (σ / 2).(1 + 3.a4 / r4).cos(2θ) [θ = 0] σ1 = (σ / 4).(4 + 3.a2 / r2 + 3.a4 / r4) Esta tensão decresce rapidamente junto ao furo, quando: r = a � σ1 = 2,5.σ r = 2a � σ1 = 1,23.σ Por este motivo, uma distância da extremidade da abertura igual ao seu raio é usualmente adotada como limite de colocação de reforço na superfície do vaso. Figura 19 – Limites de Reforço Paralelos à Parede do Equipamento σσσσ σσσσ σσσσ / 2 σσσσ / 2 n n Eixo longitudinal 2,5.σσσσ 1,23.σσσσ a r = 2a θθθθ CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..4422 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 PPAARRTTEE BB –– AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO DDEE IINNTTEEGGRRIIDDAADDEE DDEE DDUUTTOOSS 11 -- IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO 1.1 - DEFINIÇÃO “Fitness-for-Service assessments are quantitative engineering evaluations which are performed to demonstrate the structural integrity of an in-service component containing a flaw or damage” [*] [*] API 579 - Fitness-for-service - Downstream segment - Jan/2000 1.2 - CONCEITUAÇÃO A atividade de adequação ao uso de equipamentos depende da capacidade de resposta a diversos questionamentos relacionados ao problema a ser resolvido, como por exemplo: ♦ Quais os limites para uma região com perda de espessura por corrosão?; ♦ Qual o intervalo entre inspeções recomendado para equipamentos que operam sujeitos a trincamento pelo meio (CST)?; ♦ Como determinar a probabilidade de falha de um equipamento?; ♦ Como definir propriedades de material para uma avaliação de integridade de uma estrutura?; ♦ Quais os fatores de segurança adequados para um equipamento com alto risco operacional e danos acumulados?; ♦ Como definir a vida útil de equipamentos com materiais com degradação metalúrgica?. A filosofia empregada para equipamentos novos é baseada na aplicação de códigos tradicionais de projeto e fabricação. Tais códigos definem as regras básicas envolvendo a especificação dos materiais, fatores de segurança, critérios de dimensionamento, processos e detalhes de fabricação, exigências de inspeção e testes de fabricação, ensaios a serem empregados, etc... Todo o conhecimento e experiência dos códigos de projeto tradicionais (ASME Code - BPVC, Ad-Merkblatter, PD-5500, ASME B31.3, ASME B31.8, API-1104, ..), resultam em requisitos e exigências que determinam a qualidade final do equipamento. CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..4433 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 A qualificação da mão de obra de inspeção de fabricação é totalmente direcionada para discernir e registrar o que interessa a um sistema ligado à fabricação, onde o objetivo principal é detectar e indicar regiões de reparo comparando-se padrões de aceitação definidos pelos códigos. A utilização de um código de projeto pressupõe a seleção e qualificação dos materiais, definição de detalhes de solda e de projeto, dimensionamento dos componentes pressurizados, qualificação e execução dos procedimentos de soldagem, inspeção de fabricação e teste de pressão final de aceitação. Mesmo após a finalização da fabricação, o equipamento aceito e atendendo todos os requisitos do código utilizado, ainda possui descontinuidades em um nível considerado adequado pelas exigências e procedimentos da inspeção de fábrica, para a classe de aplicação a que se destina. É o que se depreende como “workmanship”. Para equipamentos em operação, não existem regrastão definidas como no caso de equipamentos novos, cabendo ao responsável pela avaliação a definição de critérios e propriedades de material a serem empregadas, suportando a análise em publicações oficiais e reconhecidas, mas que não estabelecem todas as regras e exigências para realização do trabalho. Torna-se necessário, em muitos casos conviver com o dano, identificar sua extensão e acompanhar sua progressão, o que torna a inspeção de acompanhamento fundamental para a manutenção da segurança operacional do equipamento. Não existem padrões para reparo e sim critérios que permitem avaliar o dano e sua influência no risco operacional do equipamento. A atividade de avaliação de integridade exige MAIS ENGENHARIA X MENOR INTERVENÇÃO. É conhecido que equipamentos e tubulações em meia vida acumulam danos inerentes e dependentes da operação, resultantes da exposição do material a meios agressivos e condições operacionais críticas. Os códigos de projeto tradicionais não consideram esse acúmulo de danos e suas conseqüências no risco operacional. Os mecanismos de falha previstos quando do projeto são restritos a processos corrosivos uniformes nos componentes pressurizados, possibilidade de fratura frágil por inadequação da qualidade mínima do material e fadiga definida exclusivamente pela metodologia SN. CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..4444 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 Não são reconhecidos, de uma forma geral, pelos códigos de projeto a presença de descontinuidades planares (iniciação e/ou propagação), redução localizada de espessura através de processos corrosivos, desvios de forma relacionados a ciclos térmicos, etc,.. Ressalta-se que tais ocorrências apesar de inaceitáveis pelo código de projeto podem não ser relevantes para o equipamento e que por diversas vezes o dano presente no equipamento é oriundo das fases da fabricação, não sendo um resultado da operação e o tempo de uso. É importante reconhecer que equipamentos em meia-vida são diferentes que equipamentos novos e é com essa premissa que devem ser avaliados, sendo impraticável para a grande maioria das aplicações industriais, técnica e economicamente, a volta ao passado. O reparo em equipamentos é a ferramenta para mantê-lo operacional, dentro de um risco admitido, não para torná-lo novamente um equipamento recém fabricado. Dessa forma, atribui-se como o principal objetivo da atividade de Adequação ao Uso o de manter a integridade estrutural e quantificar o risco associado à operação de equipamentos com danos. Os fatores que influenciam a definição da adequação do equipamento e sua vida útil futura são equacionados como abaixo. Mecanismos de Danos (processo, material, produto,...) + Condição Física do Equipamento (inspeção e controle do dano) + Detalhes de Projeto (código de projeto) + Segurança no Dimensionamento (conservadorismo do projeto) + Nível de Atendimento aos Requisitos de Códigos de Projeto (não conformidades de fabricação) + Qualidade da Fabricação (qualidade do produto final) = AVALIAÇÃO DE INTEGRIDADE ESTRUTURAL. CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..4455 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 1.3 - ETAPAS E INFORMAÇÕES EM UMA AVALIAÇÃO DE INTEGRIDADE As etapas identificadas pelo documento API RP-579 para a realização da tarefa de Adequação ao Uso são as seguintes. ID Tarefa 1 Identificação do dano; 2 Definição da extensão do dano; 3 Definição do mecanismo de falha associado ao dano presente; 4 Levantamento dos dados do equipamento; 5 Verificação do critério de avaliação mais adequado, sua aplicabilidade e limitações; 6 Definição de F.S. para a operação dentro dos níveis de risco assumidos; 7 Utilização dos critérios de avaliação e aceitação; 8 Avaliação da vida remanescente do equipamento; 9 Definição do intervalo entre inspeções e/ou tempo de campanha; 10 Definição de medidas para reduzir a taxa de progressão do dano (remediação); 11 Definir meios de monitorar a extensão do dano e sua taxa de propagação 12 Documentação. As especialidades envolvidas para a completa caracterização de um problema, análise de falhas, avaliação da integridade estrutural e proposição de soluções são variadas e com funções definidas. Especialidades ID Metalurgia ou Materiais 1, 3, 4, 5, 8, 9, 10 Mecânico estrutural 1, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 Inspeção 1, 2, 4, 5, 9, 11 Mecânica da Fratura 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9 Processo 4, 9, 10, 11 CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..4466 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 22 -- CCOORRRROOSSÃÃOO IINNTTEERRNNAA OOUU EEXXTTEERRNNAA 2.1 - CONSEQÜÊNCIAS DO DANO: • Necessidade de um programa de controle da corrosão; • Utilização de inibidores durante a operação; • Revisão do sistema de proteção catódica; • Inspeção da integridade e continuidade do revestimento externo • Aumento da freqüência de inspeção; • Redução da pressão máxima de operação; • Substituição de trechos com dano mais acentuado; • Escavações para verificação de informações obtidas na inspeção. 2.2 - INSPEÇÃO DO DANO: • Inspeção não-destrutiva com limitações inerentes aos métodos empregados; • Inspeção por ultra-som convencional desejável para regiões com acesso, tanto para mapeamento quanto para verificação de medições realizadas por outros métodos de inspeção; • Inspeção através de pig´s magnéticos ou ultrasônicos com limites de detecção e não imunes a falhas. Limites de uso devem ser consolidados pela empresa. • Inspeção do revestimento com diversas técnicas com o objetivo de identificar pontos de falha na proteção; • Avaliação contínua do sistema de proteção catódica; 2.3 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: O método ASME B31G (ou B31G modificado e RSTRENG) para a previsão de pressão de falha de dutos corroídos foram, predominantemente, desenvolvidos e validados através de testes em full scale em dutos antigos (old line pipe steels). Os novos métodos (DNV-RP- F101 e BS 7910) foram desenvolvidos e validados através de testes em dutos com materiais recentes (modern, high toughness, line pipe steels). CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..4477 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 ASME B31G:1991 / Manual for Determining the Remaining Strength of Corroded Pipelines Critério tradicionalmente utilizado para perdas de espessura em dutos e tubulações. Possui restrição significativa para vasos de pressão pelo fato de não considerar a dimensão circunferencial da descontinuidade, o que poderá significar uma avaliação contra a segurança. O critério do procedimento ASME B31G, utiliza para avaliação a espessura nominal do duto, sendo calculada uma pressão reduzida em função da extensão máxima axial da descontinuidade. Profundidade máxima medida de corrosão d Eixo longitudinal do duto L : extensão longitudinal medida da área corroída Figura 20 – Desenho e diagrama experimental – ASME B31.G CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..4488 // 116600Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 Conforme Parte 2 do documento, temos: % pit depth = 100.d/t t.D.B.12,1L = Onde: 1 15,0 t d .1,1 t d B 2 − − = Se Lm > L Deve-se calcular a pressão reduzida Se Lm < L A descontinuidade é aceitável sem cálculos adicionais Onde: L - máxima dimensão axial admissível da descontinuidade D - diâmetro externo nominal B - valor determinado como abaixo d - máxima profundidade da descontinuidade t - espessura nominal do duto Lm - dimensão axial da perda de espessura Conforme a Parte 4 do procedimento do ASME B31G: = t.D L .893,0A m Para valores de “A” menores ou iguais a 4,0: + − − =′ 1A.t d . 3 21 t d . 3 21 .P.1,1P 2 Para valores de “A” maiores que 4,0: −=′ t d1.P.1,1P Onde: P´ - pressão máxima admissível para operação do duto com a presença da descontinuidade P - maior valor de diferença entre o valor da Pressão Máxima de Operação e o valor encontrado através da fórmula: D T.F.t.S.2P = F - fator de projeto (conforme norma ASME B31.4, ASME B31.8 ou ASME B31.11) T - fator de temperatura (conforme código B31 apropriado, se não citado, T=1,0) CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..4499 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 EXEMPLO: ASME B31.G Dimensão axial da perda de espessura (Lm) = 600,0 mm % pit depth = 30 t = 11,0 mm D = 406,4 mm Pressão máxima de operação = 60,0 Kgf/cm2 Tensão de escoamento do material do duto = 60.000,0 psi = 4.219,0 Kgf/cm2 Fator de projeto = 0,72 % pit depth = 100.d/t ⇒ d = 30% x 11,0 mm = 3,3 mm 33,11 15,00,11 3,3x1,1 0,11 3,3 1 15,0t d .1,1 t d B 22 =− − =− − = 6,990,11x4,406x33,1x12,1t.D.B.12,1L === mm < 600,0 mm Como o valor de “L” é inferior à dimensão axial da descontinuidade, deverá ser calculada a pressão reduzida. 0,401,8 0,11x4,406 0,600 x893,0 t.D L .893,0A m >= = = O valor da pressão máxima admissível do duto é calculada conforme abaixo: 4,164 4,406 0,1x72,0x0,11x0,219.4x2 D T.F.t.S.2P === Kgf/cm2 Continuando a avaliação da descontinuidade, temos: 6,126]30,01[x4,164x1,1 t d1.P.1,1P =−= −=′ Kgf/cm2 Como o valor de P´ calculado é superior à máxima pressão de operação do duto, a descontinuidade não afeta a integridade da estrutura. “Pressure Ratio” = Poper / P´ = 60,0 / 126,6 = 0,47 < 1,0 CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..5500 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 ASME B31G modificado Critério alterado que considera um perfil de corrosão menos conservativo (0,85.d.L). Possui restrição significativa para vasos de pressão pelo fato de não considerar a dimensão circunferencial da descontinuidade, o que poderá significar uma avaliação contra a segurança. A pressão de falha de uma área corroída pode ser estimada para equação seguinte. ( ) − − +σ= M 1 t d85.01 t d85.01 D t295.68P Yf Onde: > + ≤ − + = 0.50 Dt Lfor3.3 Dt L032.0 0.50 Dt Lfor Dt L003375.0 Dt L6275.01 M 22 242 Uma estimativa simples da pressão limite de áreas corroídas pode ser obtida admitindo-se um comprimento infinito afetado pela corrosão, através da equação a seguir. ( ) −+σ= t d1 D t295.68P Yf Pode-se adotar como fator de segurança o fator “f” definido em projeto do duto, conforme código original. ( ) − − +σ= M 1 t d85.01 t d85.01 D t295.68fP Ysop A máxima dimensão admissível para uma área corroída pode ser determinada pela equação abaixo. ( ) ( ) +σ σ − +σ σ − = M 1 95.68 1 95.68 1 85.0 1 t d Y Y Y Y CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..5511 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 EXEMPLO: ASME B31.G MODIFICADO Dimensão axial da perda de espessura (Lm) = 600,0 mm % pit depth = 30 t = 11,0 mm D = 406,4 mm Pressão máxima de operação = 60,0 Kgf/cm2 Tensão de escoamento do material do duto = 60.000,0 psi = 4.219,0 Kgf/cm2 = 414,0 MPa Fator de projeto = 0,72 % pit depth = 100.d/t ⇒ d = 30% x 11,0 mm = 3,3 mm 505,80 0,11x4,406 0,600 Dt L 22 >= = 88,53,35,80x032,03.3 Dt L032.0M 2 =+=+ = ( ) ( ) MPa_36,20 88,5 1 x30,0x85.01 30,0x85.01 4,406 0,11x2 x95,680,414 M 1 t d85.01 t d85.01 D t295.68P Yf = − − += = − − +σ= ( ) 66,1436,20x72,0P.f M 1 t d85.01 t d85.01 D t295.68fP fYsop === − − +σ= MPa = 149,4 kgf/cm2 Como o valor de P´ calculado é superior à máxima pressão de operação do duto, a descontinuidade não afeta a integridade da estrutura. “Pressure Ratio” = Poper / P´ = 60,0 / 149,4 = 0,40 < 1,0 CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO DDEE EENNGGEENNHHAARRIIAA DDEE DDUUTTOOSS PPgg..5522 // 116600 Instrutor: Guilherme V.P.Donato Revisão 2007 DNV – RP – F101 / Recommended Practice – Corroded Pipelines Critério desenvolvido recentemente (1999) que utiliza critério de cálculo determinístico equivalente ao definido pela BS-7910. São excluídos do escopo do documento os seguintes: 1. Materiais diferentes que aços carbono; 2. Materiais com graus superiores ao X80; 3. Carregamentos cíclicos; 4. Presença de trincas; 5. Combinação de corrosão e trincamento; 6. Combinação de corrosão e danos mecânicos; 7. Perda de espessura atribuída à remoção mecânica; 8. Defeitos de fabricação em soldas; 9. Defeitos com profundidade superior a 85% da parede do tubo. Os critérios do documento somente podem ser aplicados a dutos que possuem como critério de falha esperado o colapso plástico, assim dutos com materiais de tenacidade reduzida devem ser avaliados de acordo com critérios mais conservativos. Conforme Parte B do documento, temos: Psw = F.Pf Sendo: ( ) −−
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